Vida_16

Page 1

Outubro 2009 - Nยบ 191




SINTONIA

aprender a ensinar Capa Maiara Radigonda Foto João Borges

EXPEDIENTE Vida Universitária é uma publicação Mensal da Editora Ruah*, sob licença da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Registrada sob o nº 01, do livro B, de Pessoas Jurídicas, do 4º Ofício de Registro de Títulos, em 30/12/85 - Curitiba, Paraná Editor Luís Fernando Carneiro Redação Fernanda Jacometti Editor de Arte Paulo Schiavon Fotos João Borges e Fernando Gustavo Barbosa

PUCPR Rua Imaculada Conceição, 1155 - 2º andar Prado Velho - Curitiba - Paraná Caixa Postal 17.315 - CEP: 83.215-901 Fone: (41) 3271-1515 www.pucpr.br Tiragem 15.000 exemplares

Editora Ruah* Rua Casemiro José Marques de Abreu, 706. Ahú. Cep 82.200-130. Curitiba. Paraná (41) 3018-8805 www.editoraruah.com.br

Para anunciar, ligue: (41) 3018-8805

Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução sem autorização prévia e escrita. Todas as opiniões são de responsabilidades dos respectivos autores.

“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”. A frase, da poetisa Cora Coralina, expressa, com imensa sabedoria, o papel do professor. Quem escolhe professar algo, ensinar, também precisa estar aberto a aprender sempre. Ser professor é ter a oportunidade de contribuir, acima de tudo, para a formação de cidadãos. Por isso, a docência é uma das mais importantes áreas de atuação profissional e exige elevado grau de responsabilidade, consciência e compromisso. O professor é um orientador de caminhos, de valores, de ideias e de conhecimento. Tem em mãos a matéria-prima que nos difere dos demais seres vivos: o pensamento. Esta matéria-prima deve ser esculpida com a responsabilidade de quem constrói, muito além de profissionais, cidadãos. Se no passado o professor era o mestre absoluto, detentor de todo o conhecimento que deveria ser repassado ao aluno, hoje, ele é um orientador no processo de formação de pessoas. O professor nos dias atuais sabe que o processo de aprendizagem é uma via de mão dupla. Quando ensina, irremediavelmente, também aprende. Para saber ensinar, é fundamental ao profissional da docência a capacitação continuada, que permite atualizar e contextualizar conhecimentos, para que a sua atuação no processo de aprendizagem do aluno seja viva, atual. Nossa Universidade, há 50 anos, é referência em qualidade de ensino, porque priorizamos ter docentes do mais alto nível. São mestres e doutores comprometidos, em primeiro lugar, com a formação de cidadãos éticos. Quando saem da Universidade, estes jovens levam consigo uma excelente formação acadêmica, que lhes garante atuação profissional diferenciada nas mais diversas áreas. Mas, acima de tudo, os cidadãos formados na PUC Paraná são o melhor resultado do empenho, da dedicação e da seriedade de propósitos que norteiam cada um dos nossos docentes. Professor, parabéns pelo seu dia! Clemente Ivo Juliatto Reitor


ÍNDICE

06

Filhos da PUC

16

Preto no Branco

27

Quer Saber?

Ex-aluno do curso de Fisioterapia

Especialista fala sobre os

Aluna pergunta sobre o

da PUCPR é professor de

problemas e soluções da

reconhecimento do professor de

universidade alemã

educação, e novos papéis do

Educação Física nas academias

10

Sua Universidade

professor

20 Diário

28 Vem aí

Conceito máximo no Enade é o

Conheça o dia-a-dia do aluno

Inscrições para o IX EDUCERE

resultado de bons professores e

e profissional licenciados em

já estão abertas. Confira mais

boa estrutura

Matemática

informações

14

Reportagem

22 Capa

29

Investimento

Conheça o que é a Psicologia

Comprometimento e bom

PUCPR recebe R$ 3 milhões

Ambiental e o novo serviço de

conteúdo são essenciais para um

do BNDES para pesquisas com

consultoria do NPP da PUCPR

bom professor

células-tronco


FILHOS DA PUC

CARREIRA EM

MOVIMENTO Ex-aluno encontrou na Alemanha a chance de ingressar na área de pesquisa e docência

D

esde que entrou no curso de Fisioterapia da PUCPR, Tobias Geraldo Ramos Langohr sabia que queria unir a área de pesquisa em fisioterapia esportiva com a atividade docente. O desejo veio principalmente pela admiração que cultivava por seus professores da universidade. Hoje, todos que incentivaram Tobias podem sentir orgulho: ele acaba de iniciar o mestrado e é professor da universidade alemã VPT Akademie - Fellbach. Logo depois que se formou, passou um ano na Alemanha e, em 1999, voltou ao Brasil para entrar na especialização em Ciências e Medicina do Esporte, também oferecida pela PUCPR em convênio com a Universidade do Esporte. Neste período, trabalhou em uma clínica de fisioterapia. “Porém, queria mais do que somente imitar formas de tratamento”, revela. Tobias entrou em contato com diversas clínicas e hospitais na Alemanha, até que surgiu a oportunidade de voltar ao país. No início, a adaptação profissional foi difícil, pois existem muitas diferenças entre as técnicas de Fisioterapia aplicadas no Brasil e no país europeu. “A Fisioterapia alemã é mais prática e é dado maior valor a técnicas manuais do que no Brasil”, explica. Para conhecer melhor as diferenças, ele visitou uma escola em Düsseldorf durante três me-

6 • Vida Universitária • Outubro/2009

Tobias Langohr em sua sala de pesquisa na universidade alemã

ses e realizou estágio. Na primeira tentativa, passou no exame de adaptação, necessário para exercer a profissão. AprimoraMENTO Nos anos seguintes, trabalhou em dois grandes hospitais, participou de vários congressos internacionais e nacionais e fez cursos para aperfeiçoar seus conhecimentos. Com toda essa bagagem, decidiu se inscrever para a vaga de professor e passou no processo de seleção. “A ampla formação foi fundamental. Agora, ensino Fisioterapia aplicada na cirurgia, ortopedia, reumatologia e esporte”, disse. A liberdade de discussão e o incentivo à pesquisa foram as marcas deixadas pela PUCPR em sua vida. Agora, ela se

traduz na constante busca pelo aprimoramento profissional. Este ano, iniciou o mestrado e, mais tarde, pretende fazer o doutorado em Fisioterapia no Esporte de Alto Rendimento. Voltar ao Brasil não está em seus planos. “Acho que não conseguiria mais me adaptar à vida brasileira”, confessa. Um dos motivos é a dificuldade que encontra aqui de atuar, interdisciplinarmente, com médicos. “Na Alemanha não preciso esclarecer a médico algum sobre a importância do trabalho do fisioterapeuta”. A grande recompensa de trabalhar do outro lado do Atlântico é ter a liberdade de escolher as técnicas e os tratamentos que irá utilizar em seus pacientes. “Vivo bem, tenho minha liberdade e isto traz uma grande satisfação”.


Vida Universitária • Outubro/2009 •

7


DROPS

Espírito solidário

Os alunos do 3° período de Medicina da PUCPR organizaram o I Trote Solidário do curso. A doação de sangue foi realizada na Santa Casa de Curitiba, nos dias 22 e 26 de setembro. De acordo com Flávio Henrique do Lago Franco, um dos responsáveis pelo evento, o objetivo é despertar no calouro o sentimento de solidariedade, essencial à prática da Medicina.

Turma 61 do curso de Medicina promove Trote Solidário com doação de sangue. De camiseta verde, Flávio Henrique do Lago Franco.

cooperação entre Bibliotecas

A PUCPR, em acordo firmado com as instituições Centro Latino Americano e do Caribe de Informação em Ciência da Saúde (BIREME), Universidade de São Paulo/Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia/Biblioteca Virginie Buff D’Ápice e Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo, passa a integrar a Rede de Bibliotecas da Área de Medicina Veterinária e Zootecnia (ReBAV). O SIBI/PUCPR irá cooperar com a rede por intermédio da Biblioteca Setorial Câmpus São José dos Pinhais, que tem sob sua responsabilidade a indexação de artigos de periódicos inseridos na rede.

A ReBAV é uma rede de cooperação formada por bibliotecas de instituições que atendem aos cursos de Medicina Veterinária e Zootecnia, com a finalidade de elevar o impacto da produção científica brasileira, em âmbito mundial, auxiliando na busca de dados precisos e atualizados. Informações: http://veterinaria.bvs.br/php/index.php?lang=pt

8 • Vida Universitária • Outubro/2009

Enade, EU FAÇO PARTE! Alunas do 6º período do curso de Comunicação Social - Relações Públicas realizaram, em setembro, a Campanha “Enade, Eu Faço Parte!”. O objetivo foi conscientizar os alunos sobre a importância do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes e tirar as dúvidas de forma clara e objetiva. A iniciativa foi das alunas Daiane Zielinski, Heloisa Saruhashi, Lucelí Fabro, Renata Gomes e Shirley Patrício. Este ano, a prova do Enade será aplicada no dia 8 de novembro. O pró-reitor de Graduação, Pesquisa e Pós-Graduação da PUCPR, Robert Carlisle Burnett, afirma que os alunos devem encarar o exame com seriedade. “Os estudantes devem se dedicar ao máximo durante o curso porque se os resultados não forem bons, o mercado de trabalho pode interpretar que o curso não é bom. Algumas empresas já solicitam o resultado do Enade aos candidatos que concorrem a uma vaga”, explica.


nutrição

O curso de Nutrição da PUCPR, que este ano completa 10 anos, inaugurou em setembro o Centro Acadêmico de Nutrição Cristina Martins, profissional de destaque e relevância nacional que foi uma das fundadoras do curso.

Fórum de Letras

O curso de Letras da PUCPR promoveu, no mês de setembro, o X Fórum de Letras. Participaram do evento palestrantes e profissionais renomados da área, como o linguista Sirio Possenti, da Unicamp, e Miguel Sanches Neto, escritor e pró-reitor da UEPG. Foram abordados temas contemporâneos da Linguística, Literatura e áreas correlatas.

Visita ao Tecnoparque

Aluizio Byrro, diretor executivo da Nokia Siemens Networks para a América Latina, visitou o PUCPR Tecnoparque. As novas instalações irão beneficiar tanto a universidade quanto a empresa. “A PUCPR poderá utilizar nossos laboratórios, assim como nós, os da universidade”, disse Byrro.

Xadrez Politicagem

A aluna Maria Alice Gazaniga, do 6° período do curso de Desenho Industrial – Projeto do Produto, foi premiada no X Premio House & Gift de Design, na categoria “Presentes: Jogos”, com o projeto do jogo de “Xadrez Politicagem”. Cada peça representa um cargo político: o Rei é o Presidente da República, a Rainha é a Justiça, os Bispos são senadores, os Cavalos são representados pela Mídia, as Torres pelo Congresso Nacional e os Peões pelos Deputados.

Vida Universitária • Outubro/2009 •

9


SUA UNIVERSIDADE

trabalho em

conjunto

Tucano-de-bico-preto, uma das espécies presentes na região de Curitiba

10 • Vida Universitária • Outubro/2009


Conceito máximo no Enade é resultado de uma boa estrutura e bons professores

B

oa estrutura e bons professores são itens essenciais para a qualidade de um curso de graduação. E foi a soma destes dois elementos que contribuíram para a avaliação do curso de Biologia da PUCPR, com o conceito máximo no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) 2009. A diretora do curso, Ana Cristina Greca, comemora a divulgação do resultado e destaca o empenho de estudantes e professores durante a preparação para o Exame. “O comprometimento de nossos alunos e o trabalho dos professores foram fundamentais para este resultado”. Ela também enfatiza a qualidade dos equipamentos disponíveis para as aulas e a estrutura dos laboratórios, como a do Herbário. Chamado oficialmente de Herbário da Universidade Católica do Paraná (HUCP), compõe seu acervo mais de 20 mil plantas de diversos locais do Paraná, de outros estados das regiões Sul e Sudeste do Brasil e de outros países do Cone Sul. Entre as espécies de plantas, estão algumas ameaçadas de extinção, como a imbuia e o pau-marfim, vítimas da exploração predatória. As plantas armazenadas passam por um processo de secagem, são prensadas e desidratadas em estufa. Para melhor organização, são montadas em uma cartolina e acompanhadas de uma etiqueta

contendo informações sobre o vegetal. Estas amostras são chamadas de Exsicatas e servem de referência para pesquisas científicas. A coleta mais antiga data de 1943, um exemplar de Helicteres ovata Lam. Apoio à pesquisa Com o apoio do HUCP são desenvolvidas pesquisas por alunos de diversos cursos, nas áreas de Botânica, Taxonomia, Ecologia, Morfologia Vegetal, Farmácia e Bioquímica, Fisiologia Vegetal e Agronomia. Além destas, estudos em outras áreas podem ser realizados no Museu de Biologia, no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), no Centro de Pesqui-

Exemplo de Exsicatas: amostras de vegetais armazenadas no Herbário

Sala de preparo das Exsicatas. As plantas passam por um processo de secagem, são prensadas e desidratadas em estufa.

Vida Universitária • Outubro/2009 •

11


Urutau ou mãe-da-lua (Nyctibius griseus)

Pica-pau-de-cabeça-amarela (Celeus flavescens)

sa e Propagação de Organismo Marinhos (CPPOM) e na Fazenda Gralha Azul. A estrutura beneficia tanto alunos de pós-graduação como de graduação, seja no trabalho de conclusão de curso como no PIBIC. Foi assim que começou a carreira de cientista do ex-aluno e agora professor do curso de Biologia da PUCPR, Eduardo Carrano. Desde a infância, ele tinha interesse por aves e, em 1994, começou os estudos científicos com os animais. Devido aos seus estudos na área, participou da elaboração do livro “Aves de Curitiba: Coletânea de Registros”, lançado no mês de julho de 2009. A obra é uma revisão comentada das espécies de aves registradas no município de Curitiba: são 363 espécies nativas, sete introduzidas e já aclimatadas, e 22 espécies exóticas de ocorrência acidental ou que ainda não se estabeleceram. Carrano conta que existem três técnicas para identificar as espécies no trabalho de campo. O contato visual, no qual as aves são observadas com auxílio de binóculos; contato auditivo, diferenciação por meio do canto de cada espécie; e processo de captura em redes de neblina. Para exercer esta técnica, é preciso de uma autorização emitida pelo Centro Nacional de Pesquisa para Conservação das Aves Silvestres (Cemave).

rante as investigações, o professor destaca como mais relevante a redescoberta do gavião-de-penacho (Spizaetus ornatus), que estava desaparecido do Estado do Paraná há mais de 40 anos. A ave que Carrano aponta como a mais curiosa é o urutau ou mãe-da-lua (Nyctibius griseus). “Tem hábitos noturnos e passa o dia todo empoleirada em galhos de árvores, que é capaz de imitar tornando-se quase imperceptível. A noite, captura insetos em vôo e emite um canto melancólico que parece vir de uma ave maior ou de um ser humano”, explica. Para Carrano, a maior recompensa em realizar as pesquisas é contribuir para o aumento do conhecimento da ecologia no Paraná e utilizar estas informações para ajudar a conservar as aves estadual e nacionalmente. A experiência com pesquisa também o ajuda no trabalho de sala de aula. “A união de aspectos teóricos e práticos auxilia na interpretação e desenvolvimento de alguns temas durante as aulas”.

Importantes e curiosas Dentre as descobertas realizadas du-

12 • Vida Universitária • Outubro/2009

Saíra-douradinha (Tangara cyanoventris)

A união de aspectos teóricos e práticos auxilia na interpretação e desenvolvimento de alguns temas durante as aulas.

Eduardo Carrano Professor do curso de Biologia

Resultado favorável Outras graduações da PUCPR se destacaram no Enade. Os cursos de Arquitetura e Urbanismo, Filosofia, Matemática e Pedagogia tiveram pontuação 4, em uma escala de 1 a 5. O curso de Engenharia Elétrica - Telecomunicações também recebeu nota 4. “Foi o único curso de Engenharia Elétrica do Paraná a tirar três notas 4”, conta o diretor do curso, Ricardo Nabhen.


Vida Universitária • Outubro/2009 •

13


reportagem

PROBLEMAS COM O

AMBIENTE? A nova consultoria do Núcleo de Prática em Psicologia pode resolver

Q

uem nunca precisou sair mais cedo de casa para chegar a tempo na faculdade por causa do congestionamento? E quem nunca parou em fila dupla, para alguém sair ou entrar no carro, e atrapalhou todo o trânsito? Situações como estas caracterizam o modo como o comportamento das pessoas é modificado pelos ambientes e como os ambientes são modificados por elas. Este é o objeto de estudo da Psicologia Ambiental. Considerado um campo emergente da Psicologia, a Psicologia Ambiental surgiu da necessidade de conscientizar a população sobre como certos hábitos alteram a qualidade dos ambientes, sejam naturais ou construídos, principalmente com o crescimento das grandes cidades e das indústrias. De acordo com a professora da PUCPR, Ilma Siqueira, a pioneira na aplicação destes conhecimentos no Brasil foi Maria do Carmo Guedes, na década de 60, quando participou do planejamento das cidades no movimento de transformação do Brasil no país do futuro. O que é? A Psicologia Ambiental é interdisciplinar. Mantém interface com a Sociologia, Antropologia, Arquitetura, Urbanismo, entre outras. Permite a aplicação de seus conhecimentos em locais de trabalho, para melhorar as características do ambiente possibilitando o aumento da produtividade, em escolas, para melhorar a disciplina, nas ruas, para melhorar o tráfego de veículos. “O objetivo é planejar ambientes visando a alguma mudança comportamental bem como trabalhar com o

14 • Vida Universitária • Outubro/2009

Bárbara e Thaisa elaborando o projeto da Consultoria em Psicologia Ambiental

comportamento das pessoas para mudar a forma como interagem com o ambiente. O trabalho que o profissional vai desenvolver depende da demanda”, coloca Ilma. Umas das discussões bastante enfatizadas neste campo da Psicologia é o comportamento pró-ambiental. A proposta é trabalhar com mudanças de hábitos como reciclar, realizar intervenções e promover atividades com foco na preservação e na sustentabilidade. Partindo desse ponto alguns trabalhos pontuais foram desenvolvidos nos estágios profissionalizantes do Curso de Psicologia culminando, esse ano, com a criação de projeto-base, desenvolvido pelo Serviço de Consultoria em Psicologia Ambiental, implantado no Núcleo de Prática em Psicologia (NPP). Ecologia na escola Chamado de ECOescola, o objetivo do pro-

grama é melhorar o comportamento das crianças em relação ao meio ambiente por meio de ações lúdicas, atividades envolventes e interativas. Uma das ações é trabalhar o mesmo tema com professores e agentes educativos. A aluna do 10° período do curso de Psicologia e uma das responsáveis pela elaboração do ECOescola, Bárbara Olsen, explica que escolheram trabalhar com crianças para que elas se tornem agentes de mudança. “A criança leva o aprendizado para seus pais, irmãos e vizinhos. Dessa forma, o trabalho acaba atingindo um maior número de pessoas”, diz Bárbara. O próximo projeto que o grupo irá desenvolver propõe o uso da bicicleta como meio de transporte urbano. Na universidade Como foi criada recentemente, a Consultoria ainda não possui demanda para aplicação dos


projetos. Para atrair possíveis clientes, foi elaborado um plano de divulgação do serviço, que está em fase de implantação. Thaisa Reis, também no último período do curso de Psicologia, é responsável por esta etapa. A divulgação será realizada, primeiramente, no meio acadêmico por meio de um grupo de discussão que deve iniciar as atividades ainda neste semestre. Poderão participar do grupo aproximadamente 12 alunos. As discussões, relacionadas à sustentabilidade, questões urbanas, políticas ambientais e educacionais, serão coordenadas, a princípio, por Thaisa com a supervisão de um professor. As reuniões irão acontecer semanalmente, aos sábados de manhã. “O serviço será fixo e todo semestre será aberta uma turma. É preciso divulgar aos próprios alunos para aumentar o interesse por este novo campo”, argumenta.

experiência produtiva A professora Ilma Siqueira é a coordenadora da Consultoria em Psicologia Ambiental da PUCPR. “A implantação do serviço surgiu a partir da necessidade de sistematizar práticas já desenvolvidas nos estágios e para complementar os serviços oferecidos pelo Núcleo de Prática em Psicologia. Foi considerada a oportunidade de oferecer aos alunos do último ano do curso estágio profissionalizante no campo de Psicologia Ambiental”, coloca. Por outro lado, possibilitou a ampliação das atividades oferecidas à comunidade de maneira geral. “Já contávamos com as consultorias no campo da Psicologia Educacional e Organizacional”, complementa. A aluna Thaisa, juntamente com seu grupo, participou da implantação da consultoria desde o início. Antes de tudo, precisou estudar a fundo o que é a Psicologia Ambiental e suas aplicações. Logo depois, pesquisou como funciona uma consultoria para montar um plano de ação e delimitar os serviços que serão oferecidos. Com estas etapas prontas, o grupo foi divido em dois, um deles responsável por elaborar os projetos e outro pela divulgação do serviço. “É uma experiência positiva. Lidamos com questões teóricas e Práticas da Psicologia. Aprendemos a fazer um projeto em equipe, importantíssimo para trabalhar em qualquer empresa. Foi difícil, mas bastante proveitoso”, acrescenta. Vida Universitária • Outubro/2009 •

15


PRETO NO BRANCO

qual a nota das

escolas?

16 • Vida Universitária • Outubro/2009


Conheça as mudanças e os desafios da educação e o novo papel do professor

P

olíticos e estudiosos levantaram a questão que hoje é senso comum entre a população: muitos problemas sociais poderiam ser resolvidos com uma boa educação. E qual o caminho na busca da eficiência na transmissão de conhecimentos e valores? Como acompanhar as transformações tecnológicas e culturais? Qual o papel do professor neste cenário? Estas são algumas das discussões que serão levantadas no IX Congresso Nacional de Educação - EDUCERE, cuja temática central é “Políticas e práticas educativas: desafios da aprendizagem”. O evento é organizado pela Graduação e Pós-Graduação em Educação da PUCPR. Promovido desde 2001, a IX edição do EDUCERE acontece entre os dias 26 e 29 de outubro. Para adiantar algumas questões e compreender o panorama atual da educação no Brasil, a VIDA UNIVERSITÁRIA convidou a professora da Faculdade de Educação da USP e pesquisadora da Fundação Carlos Chagas, Elba Siqueira de Sá Barreto, para falar sobre os problemas, as possíveis soluções e a concepção de professor neste processo.

Quais os maiores problemas enfrentados pelos professores da educação básica e fundamental no Brasil atualmente? O principal desafio da educação básica, hoje, é a melhoria da qualidade do ensino. O Brasil é um país de escolarização tardia. Apenas recentemente conseguiu universalizar o ensino obrigatório. Entretanto, a média de escolaridade das crianças é de sete anos de instrução, o que não significa, necessariamente, que os alunos cheguem a cursar a sétima série escolar. Muitos acumulam repetências. Enquanto algumas crianças se alfabetizam em menos de um ano, aquelas que convivem em ambientes em que os usos sociais da escrita e da leitura são escassos, costumam demandar um tempo maior de aprendizagem, e as repetências nos anos iniciais do Ensino Fundamental dificultam sobremaneira a continuidade necessária à aprendizagem. As redes escolares que adotaram formas de organização da escola, que permitem um fluxo mais regular de alunos ao longo das séries, como as que criaram os ciclos, ao contrário do que afirma o senso comum, não fizeram baixar a qualidade do ensino. A despeito de não terem sido suficientes para elevar o patamar de rendimento do conjunto dos alunos, os ciclos permitiram que muitos evoluíssem, chegando até as séries mais avançadas. Existe alguma medida para resolvêlos? A melhoria da qualidade do ensino é uma questão muito complexa de ser enfrentada e de-

manda esforços de diversas instâncias e de natureza diversa. Temos de nos empenhar em criar oportunidades educativas que levem a aprender não só aqueles que já costumam ir bem, mas que tenham relevância e significado para todos os alunos. A tendência atual de utilização, pelas redes de ensino, de currículos “apostilados”, que prescrevem detalhadamente as atividades e os prazos em que os professores devem desenvolvê-las com vistas ao alcance das metas do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), tem neglicenciado o fato mais comum nas escolas: há um número significativo de alunos que não acompanham um suposto “ritmo padrão” que vem sendo atribuído às atividades escolares. O processo de aprendizagem não é linear e está permeado por componentes sociais, culturais, e mesmo escolares, que interferem muito fortemente na maneira como os alunos, em sua diversidade, conseguem aprender. É, portanto, necessário oferecer um tratamento que, mantendo o foco na aprendizagem, possibilite abordagens diversificadas do currículo e recupere os elos de significado do conhecimento ao se comunicar melhor com a cultura do aluno. É preciso, também, oferecer mais a quem tem menos. Retomar as questões abordadas tantas vezes e de quantas maneiras for necessário. Eu diria que um dos desafios da melhoria da qualidade de educação passa pela busca de novas formas de integrar os alunos com diferentes características pessoais, culturais e de aprendizagem, por meio de um tratamento menos fragmentado do currículo. Ele permite conviver Vida Universitária • Outubro/2009 •

17


respeitosamente com as diferenças e, ao mesmo tempo, procura assegurar a todos os alunos o domínio de conhecimentos básicos necessários ao pleno exercício da cidadania e o desenvolvimento pessoal. Qual foi a grande mudança do ensino nos últimos anos? A principal mudança na escola básica é que ela tem se expandido nas últimas décadas para acolher segmentos da população que antes não tinham acesso à educação. E, contraditoriamente, à medida que a educação se universaliza, a vantagem social dada pela escolaridade, quando havia poucos que a possuíam, deixa de existir. O certificado de conclusão do Ensino Fundamental e mesmo o do Ensino Médio, apesar de ser muito importante para a inserção na sociedade contemporânea, não é mais garantia de um “melhor lugar” na vida. Nas sociedades mais escolarizadas, para exercer as mesmas ocupações, são exigidos níveis de escolarização mais altos. Isso fragiliza o papel da escola. Mas, temos que considerar também a velocidade da mudança nos meios de comunicação, que torna rapidamente defasados os conhecimentos veiculados pela escola. Além disso, as crianças e os adolescentes, longamente expostos à cultura de mídia, que é muito carregada pelas imagens, adquirem novas formas de expressar-se que não são exatamente aquelas da linguagem argumentativa inerente à leitura e à escrita, cultivada pela escola. Isso dificulta a comunicação dos professores com as novas gerações. Qual deve ser o papel do professor no mundo contemporâneo? O que mudou é que a escola e o professor deixaram de ser as fontes quase que exclusivas do “saber autorizado”, como já o foram no passado. Hoje, se reconhece que os alunos aprendem não só na escola, mas com os grupos de pares, nos ambientes sociais que frequentam, pela televisão, pela internet. Aprendem coisas

18 • Vida Universitária • Outubro/2009

Elba Siqueira de Sá Barreto, professora da Faculdade de Educação da USP e pesquisadora da Fundação Carlos Chagas

importantes, mas acostumam-se também a banalizar e a tornar-se indiferentes em relação a problemas sociais e humanos, apresentados pela mídia em imagens fragmentadas que se mesclam com propagandas de consumo. Há alunos que se sabem portadores de direitos e os utilizam para sobrepô-los aos direitos dos outros, aos direitos do professor de ser respeitado em sala de aula, aos direitos dos colegas, vítimas de violências frequentes entre pares. O que mudou com relação à concepção de professor predominante no passado? Essas mudanças levam a concepção do papel da escola e do professor para muito além da sua tarefa clássica de transmissão da herança cultural do passado às gerações futuras. Nas sociedades contemporâneas que nos obrigam a um esforço permanente de reinvenção de nós mesmos, em que o presente devora o passado e não informa devidamente o futuro, em que os valores compartilhados são os de uma mutante cultura de massas, onde predominam o excessivo apelo ao consumo e uma visão de mundo muito segmentada, as escolas e os professores não mais podem voltar as costas à mídia. Sua tarefa, que não é simples nesse caso, é

a de submeter os recursos midiáticos ao projeto de formação dos alunos, contribuir para transformá-los em consumidores críticos dos produtos oferecidos por esses meios, e valer-se deles como instrumentos relevantes no processo de aprendizagem e no cultivo de valores de justiça e solidariedade. Mas há também um conjunto de conhecimentos que a maioria das crianças e jovens só tem oportunidade de adquirir pela frequência à escola e que contribuem para descortinar-lhes uma visão de mundo mais ampla, variada e plural do ponto de vista das relações humanas sociais e com a natureza, assim como das diferentes linguagens empregadas para expressá-las. São os conhecimentos chamados por Michael Young de “conhecimentos poderosos”, aqueles que permitem ao aluno ir além das suas próprias experiências; que lhes fornecem instrumentais mais complexos para analisar a realidade e capacitam para atingir níveis mais universais de explicação. Os mecanismos internos de exclusão na escola reservaram historicamente esses conhecimentos a poucos privilegiados, que usufruíram de posições de vantagem na sociedade pelo fato de detê-los. Cabe, contudo, à escola assegurar que eles passem a ser de domínio de toda a população.


q i a u d Curso de Medicina Veterinária do Câmpus São José dos Pinhais da PUCPR faz teste de novos medicamentos de uso animal. Procedimentos são realizados na Hospital Veterinário.

Londrina

maringá

TOLEDO

são josé DOS PINHAIS

interação

conquista

aprender

saúde

voluntária

histórica

o bem

animal

Alunos dão continuidade ao Projeto Comunitário com oficina de Muay Thai

Equiparação do NPJ à Defensoria Pública concede prazo duplo na entrega de petições

Alunos do curso de Enfermagem são preparados para lidar, na prática, com pacientes idosos

Testes de medicamentos de uso animal verificam eficácia de produtos não comercializados


DROPS

Doação de sangue

Aproveitando a volta às aulas, alunos, professores e colaboradores do Câmpus Londrina da PUCPR participaram de uma campanha de doação de sangue para o Hemocentro do HU. Em dois dias foram cadastrados 238 doadores de medula óssea e arrecadadas 115 bolsas de sangue.

Pufe de garrafa PET

Alunos e funcionários do Câmpus Londrina da PUCPR participaram de atividades ecológicas como prévia para a II EcoPUC, que acontece em outubro. Usando garrafas PET, foram confeccionados vários pufes, como forma de integração da Pastoral Juvenil Marista (PJM) no Projeto Juventude e Meio Ambiente. Para a confecção dos assentos, durante o primeiro semestre deste ano foi realizada uma campanha de arrecadação de garrafas PET entre a comunidade acadêmica. O material produzido ficará exposto durante a II EcoPUC, um ciclo de debates sobre desenvolvimento sustentável, cuidados com o meio ambiente e o uso inteligente do lixo, promovido também pela PJM. Depois do evento, os pufes serão utilizados no Câmpus Londrina da Universidade.

Semana Jurídica

Aquecimento global

O professor de Direito Ambiental da graduação e pós-graduação do Câmpus Maringá da PUCPR, Antonio Lorenzoni Neto, lançou o livro “Contrato de créditos de carbono”, publicado pela Editora Juruá. A obra traz soluções para um dos maiores desafios enfrentados pela humanidade para salvaguardar a sua existência e a das futuras gerações: combater o fenômeno do aquecimento global.

Os alunos de Direito do Câmpus Londrina da PUCPR realizaram, em setembro, a IV Semana Jurídica. Estiveram presentes cerca de mil participantes. Entre eles, 200 alunos do Câmpus Maringá da PUCPR. O pré-lançamento contou com a presença do Dr. James Marins e do Dr. Wagner Menezes, renomados profissionais que ministraram palestras. Os alunos puderam apresentar trabalhos científicos e tiveram a oportunidade de participar de dois debates com temas bastante atuais “A Reforma do Poder Judiciário” e “A legalização das drogas no Brasil”. Nas palestras, temas como “Aspectos relevantes da violência doméstica”, “Direito Processual Penal e sua Conformidade Constitucional”, “O Controle de Convencionalidade das leis”, deram oportunidade aos participantes de conhecerem mais a fundo assuntos atuais e grandes profissionais que vieram a Londrina especialmente para a Semana Jurídica.


londrina

educando para

a vida

Projeto comunitário leva aprendizado para a vida do aluno Érica Gonçalves

T

odos os alunos da PUCPR, independente do curso que façam, têm uma disciplina em comum: o Projeto Comunitário. Para alguns, a obrigatoriedade se torna prazer e eles não conseguem se desligar da instituição atendida. Com os alunos Denny Rogers Lima dos Santos e Lenissa Pereira da Silva, 6º Período de Administração no Câmpus Londrina, aconteceu isso. Eles escolheram o Projeto Cidadão Mirim, do 5º Batalhão da Polícia Militar, para desenvolverem um trabalho voluntário. Como o Projeto é conveniado à PUCPR, eles puderam unir o útil ao agradável e, mesmo tendo terminado o prazo necessário em junho, continuam dando aulas de Muay Thai (boxe tailandês) uma vez por semana para crianças e adolescentes carentes, de 8 a 14 anos de idade. Denny conta que nasceu em um bairro próximo e sabia da necessidade das crianças daquela região. “Quando fiquei sabendo do trabalho, escolhi ajudar a comunidade próxima de onde nasci”, conta ele. “Os jovens gostam muito”. O Projeto evita que as crianças fiquem nas ruas”, completa. Lenissa se juntou à Denny no Projeto. Além de colegas de turma, eles são namorados e também têm uma academia em comum. “O Denny já queria fazer algum projeto social. Eu gosto de criança, então, tudo deu certo. Gosto do que faço, procuro levar vídeos dos alunos da academia, tento sempre mostrar o lado positivo”, explica Lenissa.

Crianças atendidas pelo Projeto Cidadão Mirim

“Se ficamos sabendo que eles não se comportam direito, não podem treinar na próxima aula. Não é questão de castigo, mas de colocar limites. Como eles adoram a aula, não temos problemas”, completa. Denny lembra que as aulas servem para treinar a disciplina e a concentração das crianças. Assim como Lenissa, ele diz que quando o tempo necessário do projeto acabou ele não conseguiu se desligar. Mas a participação dos dois não fica restrita às aulas. Os eventos realizados na academia pedem um quilo de alimento como entrada e tudo é revertido para as crianças. Materiais de treino como caneleiras, luvas e colchonetes também foram doados pelo casal, que procura sempre envolver os alunos da academia no projeto. O sargento Giroldo é o coordenador do projeto e elogia a participação dos alunos. “Por diversas vezes eles doaram mais que o tempo, trouxeram alimentos, materiais es-

portivos e até chocolate para as crianças na Páscoa. É o que nós precisamos, de pessoas que estejam dispostas a ajudar”, ressalta. Denny conta que não tem intenção de se desligar do Projeto Cidadão Mirim tão cedo. “O legal seria que todos da PUCPR pudesse se dedicar além do obrigatório”, finaliza ele. Projeto Cidadão Mirim É desenvolvido em bairros carentes de Londrina, como Marabá e Santa Fé. As crianças têm atividades esportivas no contraturno escolar, no salão de duas paróquias, a Nossa Senhora do Amparo e a Bom Pastor. Além do Muay Thai, também são oferecidas aulas de futebol, Taekwondo, recreações diversas e palestras. As crianças e jovens também recebem alimentação. São atendidas cerca de 70 crianças, que ao completarem 14 anos são encaminhadas para outros projetos municipais, como a Guarda Mirim.


são josé DOS PINHAIS

avaliação de

eficácia Testes de medicamentos de uso animal são realizados no curso de Medicina Veterinária

C

olocar um novo medicamento no mercado exige muito mais do que uma boa formulação. É preciso realizar testes para verificar se as substâncias ativas da medicação atuam da forma devida e se não prejudicam o organismo do usuário. Para isso, o curso de Medicina Veterinária do Câmpus São José dos Pinhais da PUCPR, firmou acordo com empresas fabricantes de fármacos de uso animal. O programa existe desde 2006, quando foi realizada uma parceria com a empresa Sespo. A maior conquista veio este ano com a autorização para comercialização de dois medicamentos de uso veterinário testados na PUCPR, entre os 11 aprovados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A diretora do curso e coordenadora do programa, Cláudia Turra Pimpão, explica que os testes são realizados em duas etapas. Em uma delas verifica-se a eficácia do medicamento. Um animal doente recebe a nova medicação e fica em observação para garantir o efeito do fármaco. Na outra etapa, é analisada a segurança do componente ativo que é manipulado em animais saudáveis. Pretende-se identificar o efeito no organismo, principalmente se provoca alterações hepáticas e renais. De acordo com a diretora, os testes são realizados nos laboratórios de patologia clínica da Unidade Hospitalar de Animais de Companhia do Câmpus São José dos Pi-

nhais e passam pela aprovação do Comitê de Ética no Uso de Animais. São utilizados cães e gatos atendidos no próprio hospital, com o consentimento do proprietário, ou provenientes de ONGs parceiras, também com a autorização do responsável. Melhorias Para a universidade o projeto traz reconhecimento e qualidade no ensino. “É uma oportunidade para os professores desenvolverem estudos científicos com base no princípio ativo dos fármacos. É possível, até mesmo, descobrir novas moléculas”, diz Cláudia. Além disso, o recurso destinado pelas empresas foi revertido em equipamentos para o Hospital Veterinário da PUCPR.

Unidade onde são realizados os testes

A partir da parceria com a Sespo, surgiram novos contratos com empresas de São Paulo, como Chemitek Agro-veterinária Ltda e Laboratório Farmavet. O contrato com a Sespo, que vence este ano, também será renovado.

Equipe Fazem parte da equipe de pesquisadores do projeto os professores: Claudia Turra Pimpão, Marconi Rodrigues de Farias, José Ademar Villanova Junior, Rita Maria Mangrich Rocha, Kung Darh Chi e Antônia Maria do Prado. Alunos do estágio remunerado também auxiliam nos testes de medicamento.


MARINGÁ

prazo

duplo

Conquista beneficia pessoas assistidas pelo NPJ e traz melhorias para o ensino

O

s alunos Natália Bulla Stéfano e Rodrigo Gomes Rodrigues, do 9º período do curso de Direito do Câmpus Maringá da PUCPR, são os responsáveis por uma conquista histórica para o Núcleo de Prática Jurídica. Os estudantes conseguiram, do Tribunal de Justiça do Paraná, o reconhecimento da equiparação do NPJ à Defensoria Pública do Estado. A principal vantagem deste reconhecimento é o direito do prazo em dobro na entrega de petições, que antes era concedido somente à Defensoria Pública. O diretor do NPJ do Câmpus Maringá, Antonio Lorenzoni Neto, explica que o prazo regular é de aproximadamente cinco dias para concluir um caso. Nestas condições, o estudante tem somente uma aula para cumprir todas as etapas de um processo, já que é ministrada uma prática por turma, a cada semana. “O aluno não tem maturidade jurídica para fazer uma peça judicial com qualidade no período de um encontro. São vários passos para chegar ao resultado final: primeiro deve identificar o ato processual e estudar o caso. Uma vez consolidado o estudo, deve encontrar uma solução e elaborar a petição”, coloca o diretor. Com o prazo em dobro, o aluno conta com aproximadamente 10 dias para entregar a petição, ou seja, ganha um encontro. “Neste tempo é possível elaborar uma peça judicial de excelência”, com-

Natália e Rodrigo, alunos responsáveis pela conquista histórica

pleta Lorenzoni. Beneficiados A conquista gera benefícios para todos os envolvidos no processo: o indivíduo assistido, o aluno e o professor. De acordo com Natália, quando não havia tempo hábil para concluir uma peça em um encontro, outro aluno deveria finalizá-la. “Isto acabava prejudicando o próprio assistido, além de nosso aprendizado. Os professores também têm mais tempo para orientar cada aluno”, diz. Natália conta que, acima de tudo, sentese privilegiada pela oportunidade de trazer esta melhoria para o Núcleo de Prática Jurídica da Universidade. Rodrigo diz que se

sente orgulhoso pelo resultado. “Agradeço aos professores que nos incentivaram e nos ajudaram a tornar isto possível”, acrescenta o aluno.

Como funciona As aulas práticas no NPJ fazem parte da grade curricular do curso para alunos do 4° e 5° ano. Atualmente, 506 ações judiciais estão em andamento no NPJ do Câmpus Maringá. São atendidos casos de natureza de Direito de Família, de Pequenas Causas, Infância e Juventude, Meio Ambiente e alguns de natureza Cível. Os atendimentos são gratuitos e destinados a quem não tem condições financeiras de pagar pelo serviço.


TOLEDO

CUIDADOS

ESPECIAIS Alunos de enfermagem aprendem na prática a cuidar da saúde do idoso

D

e acordo com um levantamento realizado em 2007, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Brasil tem 18 milhões de pessoas com mais de 60 anos. A estimativa, para 2020, é de que 12% da população brasileira seja de idosos, cerca de 31 milhões de pessoas. Estes dados revelam que é preciso que a sociedade se prepare para atender esta população em todas as áreas, como previdência, saúde, esporte, lazer e cultura. Pensando nisso, a professora Juceli Zimmermann Mion, do curso de Enfermagem do Câmpus Toledo da PUCPR, desenvolve com seus alunos um projeto no Lar dos Idosos da Associação Promocional e Assistencial de Toledo (APA). O objetivo é preparar os futuros enfermeiros para lidar com pessoas idosas, contribuir para a formação de bons profissionais e de cidadãos conscientes. “Ajuda na formação do acadêmico que, mediante suas ações, será provedor da saúde dos seres humanos e transformador da realidade”, afirma Juceli. O projeto faz parte da prática de campo da disciplina Cuidado ao Idoso no Processo Saúde Doença e participam os estudantes do 3° ano do curso. Ações A professora explica que as atividades foram divididas em três etapas. Na primeira fase os alunos conheceram a estrutura e funcionamento do local e conversaram com

Alunos com os moradores do Lar dos Idosos na festa junina. De camisa laranja e chapéu, Marcos Vinícius Justus

os idosos para identificar o perfil dos moradores. No segundo encontro, foi definido o plano de ação a partir dos dados coletados. Foram programados dois eventos, em dias diferentes, um dos grupos ficou responsável pelo “dia da beleza”, e o outro pela “festa junina”. O aluno Marcus Vinícius Justus integrou a equipe que programou a festa junina e conta que a participação foi gratificante. “A senhora mais idosa que vive na instituição, de 98 anos, dançou quadrilha, se divertiu. Outra, descendente de alemães, declamou poemas no idioma e traduziu. Foi muito motivador ver pessoas que, apesar das dificuldades, demonstram alegria de viver”, disse. A experiência também lhe trouxe conhecimento sobre as necessidades emocionais de pessoas idosas que podem ser supridas com um tratamento mais carinhoso, por

exemplo. Algumas atitudes, como a dedicação de tempo para conversar, elevam a autoestima do paciente o que ajuda no tratamento. “Eles precisam sentir carinho das pessoas. Assim, sentem maior confiança no enfermeiro e procuram seguir nossas orientações”, coloca. Parceria O presidente da APA, Edgard Ravache, conta que os jovens brincam com os moradores do Lar dos Idosos e criam um ambiente descontraído. A empatia gerada com a interação facilita a aceitação do tratamento pelos idosos. Ele destaca que a parceria faz a integração da universidade com a comunidade e as duas partes são beneficiadas. “Os idosos gostam muito de receber as visitas e os alunos aprendem com o convívio”, completa.




Vida Universitária • Outubro/2009 •

19


DIÁRIO

Conheça o dia-a-dia do PROFESSOR DE MATEMÁTICA

ACADÊMICO

Suelen Thereza Gasparin 19 anos, 6º período - Licenciatura em Matemática

PROFISSIONAL Fernanda Osório Mendina Niles 28 anos, graduada em 2004

“O que mais gosto é o desafio de ensinar, pois acho que apenas com a valorização da educação a sociedade progride”

“Estamos participando não apenas da formação acadêmica do educando, mas sim, de sua formação como cidadão”

ESCOLHA - Sem dúvida, a Matemática é a disciplina que mais assusta os estudantes de Ensino Fundamental e Médio. E o que leva o jovem a se aprofundar na ciência e transformá-la em profissão? Para Suelen, foi a afinidade. Apesar de adorar a leitura, a paixão pelos números a fez optar pelo curso de Matemática no vestibular. Atualmente, a carreira faz parte de sua vida. Há um ano e meio é monitora do curso, faz estágio em um colégio e preenche seu tempo livre com o estudo. ROTINA - Conciliar todas as atividades não é fácil. “Trabalhar de dia e ir à aula de noite é cansativo. O rendimento baixa e é preciso prestar mais atenção. Se não estudar no final de semana, fica difícil acompanhar”, revela. O curso exige muita dedicação. Mesmo nos primeiros anos, quando Suelen não fazia estágio, estudava todos os dias, exceto aos domingos. FUTURO - O curso da PUCPR é de licenciatura e voltado para formar professores. Porém, também existe a possibilidade de o profissional trabalhar em bancos, criar material didático, entre outras funções. Suelen não tem dúvidas quanto a sua escolha e sabe o que quer. “O que mais gosto é o desafio de ensinar, pois acho que é apenas com a valorização da educação que a sociedade progride”. Para o futuro, pretende fazer um mestrado na área e ser professora universitária.

TRAJETÓRIA - Exemplo de virtudes e de cidadania. É assim que a professora de Matemática qualifica a profissão, independente da área de ensino. “Estamos participando não apenas da formação acadêmica do educando, mas sim, de sua formação como cidadão”, acrescenta Fernanda, que fez magistério e começou a carreira lecionando para séries iniciais do ensino fundamental. Formou-se na PUCPR e hoje é coordenadora de 4ª à 7ª série da área de Matemática de uma instituição de ensino. DICA - Uma das grandes dificuldades em ministrar a disciplina, é a falta de interesse dos alunos pela matemática. “O educador deve buscar estratégias em sala de aula para que seu aluno se apaixone pela Matemática”, diz. Fernanda destaca que para seguir a profissão é importante ter paciência ao ensinar, manter uma boa organização com o planejamento diário e ser comprometido com a instituição de ensino em que trabalha. ATUALIZAÇÃO - Além disso, o aperfeiçoamento constante é uma necessidade na carreira. Cursos de pós-graduação, congressos e grupos de estudo são algumas formas de entrar em contato com as novidades da área. “O professor está sempre pensando em estratégias diferentes para utilizar em sala de aula. É fundamental que esteja sempre atualizado”, explica.

20 • Vida Universitária • Outubro/2009


DNA

encontro

marista Universidades Maristas reúnem-se na PUCPR para fortalecer laços

E

studar em uma universidade que faz parte de uma entidade com quase 200 anos de tradição no ensino e presente no mundo inteiro, transmite muita segurança. Principalmente porque, um tema que está sempre em discussão, é o fortalecimento dos princípios que orientam a gestão Marista e a unificam. Com este objetivo, será realizado no Câmpus Curitiba da PUCPR, nos dias 15 e 16 de outubro, o I Encontro Nacional das Instituições de Ensino Superior Marista. Participarão, além da anfitriã, a PUC Rio Grande do Sul, Faculdade Católica do Ceará, Faculdade Marista de Recife e Universidade Católica de Brasília. Para os estudantes e professores que fazem parte das instituições, o evento irá beneficiar, na medida em que reafirma os fundamentos Maristas, os projeta para o futuro e intensifica ações que geram processos de gestão, ensino, pesquisa e extensão mais qualificados. Quem organiza o encontro é a União Marista do Brasil – Umbrasil, através da Comissão de Ensino Superior, com o apoio da PUCPR. Estão programadas três grandes conferências: duas com especialistas nacionais e uma com convidado internacional. Os temas são sempre ligados às problemáticas do Ensino Superior. Também serão promovidos trabalhos em grupo, com o objetivo de refletir sobre a Missão Marista no Ensino Superior, e mesas redondas com os dirigentes das IES Maristas do Brasil.

Reitores, pró-reitores, irmãos, superintendentes das mantenedoras, diretoria e integrantes da Umbrasil e lideranças estratégicas de cada IES Marista, participarão do encontro. Convidados externos de organismos vinculados à Educação Superior também estarão presentes, totalizando cerca de 100 participantes.

programação Dia 15 de outubro 08h00 Recepção e credenciamento 08h30 Acolhida e oração 09h15 Conferência “Missão Marista na Educação Superior”, com Ir. Clemente Ivo Juliatto e Prof. Ricardo Tescarolo 10h45 Intervalo 11h15 Debate aberto “Missão Marista na Educação Superior”, coordenação do Ir. Evilázio Teixeira 12h30 Almoço 14h30 Partilha sobre áreas de excelência das IES Maristas, coordenação do Ir. Lodovino Jorge Marin 16h00 Intervalo 16h30 Conferência “Educação Superior: tendências, perspectivas e desafios em nível de mundo”, com o Prof. Robert Cowen 18h15 Encerramento 19h00 Confraternização Dia 16 de outubro 08h00 Recepção 08h30 Acolhida e oração 09h00 Mesa Redonda com os dirigentes das IES Maristas. Tema “Desafios e perspectivas da Educação Superior Marista no Brasil”, coordenação do Ir. Wagner Rodrigues da Cruz 10h30 Intervalo 11h00 Linhas de integração e cooperação entre as IES Maristas, coordenação do Ir. João e Ir. Lodovino 11h30 Trabalhos em grupos 12h15 Plenária 13h00 Encerramento com fala do Ir. Lodovino 13h30 Almoço Vida Universitária • Outubro/2009 •

21


CAPA

As alunas do curso de Medicina, Maiara Radigonda, Hanae Fontana e Lais Prigol (sentada), falam o que esperam do professor

22 • Vida Universitária • Outubro/2009


o que o

aluno

espera do professor? Este foi o ponto de partida para a pesquisa de mestrado em Educação, do psicólogo e matemático Marcos Meier. Das respostas dos 600 alunos que participaram do estudo, a conclusão foi que os professores mais admirados conhecem muito bem o assunto que ensinam, são atualizados, profundos e conectam os conteúdos com a vida atual. “Os bons professores não estão preocupados em dar uma aula show, mas, quando ensinam, é para o aluno realmente aprender”, afirma.

Vida Universitária • Outubro/2009 •

23


CAPA

O professor representa alguém com autoridade e vínculo, que cativa o aluno para os estudos e o incentiva a ser uma pessoa melhor em todos os sentidos

Marcos Meier

24 • Vida Universitária • Outubro/2009

Com relação à interação, Meier detectou que os alunos desejam ser ouvidos com atenção e respeito. Ou seja, querem que suas perguntas sejam consideradas como participações importantes da aula. Além disso, esperam que o professor exerça sua autoridade com justiça e respeito, pois aquele que abdica do comando não é alguém que eles próprios queiram respeitar. “O professor representa alguém com autoridade e vínculo, que cativa o aluno para os estudos e o incentiva a ser uma pessoa melhor em todos os sentidos”, explica o pesquisador. De acordo com Meier, todas estas características estão contempladas na teoria da mediação da aprendizagem, desenvolvida pelo pesquisador israelense Reuven Feuerstein. Nela, os alunos não aprendem somente os conteúdos escolares, mas aprendem a contextualizar, construir significados, relacionar conceitos de diversas disciplinas e, principalmente, a aprender. Para as alunas do 4° período do curso de Medicina da PUCPR, Lais Prigol, Maiara Radigonda e Hanae Fontana, o bom professor tem exatamente o perfil apresentado na pesquisa. A principal característica apontada por elas é o comprometimento com a aprendizagem. “Não é somente passar o conteúdo, mas buscar saber se a forma de transmissão foi eficiente e se nós realmente aprendemos as matérias”, diz Maiara. De acordo com Laís, o domínio total do assunto abordado e segurança ao ministrar as aulas são qualidades bastante apreciadas. “Mas o professor também tem que aceitar que o aluno não sabe coisas que, para ele, são básicas. Muitas vezes, ele terá de explicá-las, ou mostrar o caminho para o aluno encontrar a resposta”, acrescenta. Hanae lembrou que o professor tam-

bém deve impor limites e usar a autoridade que lhe é conferida. “É preciso saber lidar com situações agradáveis e desagradáveis”, coloca. Manter um diálogo aberto e saber debater, são outras habilidades importantes. Uma experiência bastante produtiva na visão das alunas são as pesquisas que realizam antes de assistir à aula de determinado conteúdo, isto é, construir o próprio conhecimento. Como chegar lá? Reunir todas estas habilidades não é tarefa fácil, mas a dedicação e o entusiasmo pela profissão ajudam o professor a se aproximar deste “ideal” traçado pelos alunos. O professor do curso de Biologia da PUCPR, Fábio Rueda Faucz, por exemplo, concorda com a teoria da mediação e utiliza métodos para aplicá-la. “Todo o conhecimento que precisa ser buscado é absorvido com maior facilidade do que aquele que é apenas recebido”, explica. Com o objetivo de estimular os alunos a encontrar soluções para os problemas, em todas as aulas ele solicita trabalhos, que devem ser realizados durante a semana, com o tema da aula seguinte. “Eles trazem dúvidas e um aluno tenta responder a pergunta do outro. Assim, é possível realizar a troca de informações e a aula se torna mais dinâmica”, diz. Outra característica apontada pelo psicólogo Meier, que influencia no processo de aprendizagem, é a construção de um vínculo entre educador e educando. O professor Faucz destaca que procura estabelecer uma relação de companheirismo e amizade com seus alunos. Dessa forma, transmite liberdade para que os estudantes o procurem para discutir problemas e tirar dúvidas. “Eles sentem esta liberdade. Isto faz com que minhas aulas sejam bastante descontraídas”, conclui.


INSPIRAR É PRECISO Em alguns casos, o vínculo é tão forte que o professor acaba despertando o interesse do aluno para a área em que atua. É

o caso de Liliane Machado do Nascimento, de 26 anos. Durante o curso de graduação de Farmácia ela teve aulas com o professor Marcelo Mira, que, na ocasião, havia aca-

Assim como sua aluna, Marcelo Mira começou o mestrado logo depois que saiu da graduação. Porém, por ter assumido muitas atividades, não terminou a pós-graduação. A vontade de continuar estudando permaneceu e, alguns anos depois, parou com tudo para se mudar para o Canadá, com sua família, em busca do doutorado. Sua pesquisa, sobre genética humana, rendeu frutos. Hoje, estuda a genética da hanseníase e sua paixão pela ciência despertou o interesse de vários alunos. Liliane estuda a genética do vitiligo pesquisa que, certamente, irá beneficiar inúmeras pessoas.

bado de voltar do Canadá, onde realizou o doutorado. “Ele falava com muito entusiasmo sobre o trabalho que realizou lá”, conta. Falar sobre a própria experiência é uma das formas que Mira encontrou para estimular seus alunos a seguir a carreira de cientista. “Assumi a tarefa de mostrar esta possibilidade para eles”, diz Mira. A sala de aula, entre outras coisas, também oferece a possibilidade de detectar alunos com vocação para pesquisa. “Dessa forma, conseguimos manter boas equipes”, acrescenta. Liliane foi atingida em cheio pelo professor. No último ano do curso entrou no programa de estágio voluntário no laboratório de pesquisa e, logo que se formou, começou o mestrado. Agora, está no início do doutorado. Ela e Mira, seu orientador, estabeleceram uma relação de parceria. “Ele auxilia, mas não dá nada pronto. Assim, percebo o quanto aprendi e evoluí”, diz. Este companheirismo acabou se tornando um estímulo para seguir em frente. Liliane confessa que durante o trabalho de pesquisa surgem dificuldades, o resultado é demorado, muitas vezes não é valorizado e a dupla jornada, trabalho e estudo, é cansativa. “Talvez, se não fosse o estímulo dele, não teria entrado direto no doutorado. O professor vibra com nossas conquistas, participa de nosso sucesso, valoriza e acredita no trabalho. Isso é muito importante”, revela. Para Mira, ver o desenvolvimento de um aluno que acompanhou desde a graduação é o que todo professor quer. “É muito gratificante contribuir de forma direta para o despertar de vocações, bem como acompanhar e colaborar para a formação”, completa. Vida Universitária • Outubro/2009 •

25


CAPA

valor do

professor Mais do que ensinar, o educador é uma referência de vida para o aluno Quando Karla Beathrice Pinheiro começou a estudar química ela não gostou da disciplina. Porém, aos poucos, seu professor foi mostrando que a matéria era muito interessante e oferecia muitas oportunidades. Este incentivo, mesclado com a admiração que sentia pelo professor, fez com que ela optasse pela Licenciatura em Química no vestibular. Certamente, o caso de Karla não é isolado. O professor, além de ensinar, é referência para seus alunos em vários sentidos. Hoje, Karla está no 4° período do curso da PUCPR e tem certeza de sua

vocação. E é esta certeza que lhe dá forças para seguir em frente, porque ela sabe que é uma profissão difícil e que não é reconhecida da forma como merece. “Se fosse pensar na questão financeira faria Engenharia Química, mas estou em busca do meu desejo e sei que vou me realizar em uma sala de aula”, coloca. Suporte Para dar suporte ao profissional da educação, Maria Sílvia Bacila Winkeler, diretora do curso de Pedagogia da

PUCPR, ressalta a importância do pedagogo como responsável pela formação do professor de todas as áreas. “O professor tem que saber lidar com os alunos, não basta ter domínio do conteúdo. Hoje a sociedade é muito dinâmica e complexa”, explica. Neste contexto, o pedagogo deve trabalhar competências técnicas e pessoais. Com relação à técnica, Maria Sílvia destaca que o professor deve ter consciência de como os alunos aprendem e, de acordo com esta percepção, adequar a maneira de ensinar. “É preciso estar

O professor é um grande exemplo na sociedade e é uma referência muito forte. Tem uma responsabilidade muito grande com seus alunos, não só na esfera cognitiva. Ele forma pessoas. Transmite valores de vida, ideais, caminhos. Tem o poder de dar sentido ao saber, de mostrar como o aluno pode aplicar o conhecimento, de cativar. Nossa sociedade está carente de ídolos e de pessoas que sejam exemplos a ser seguidos. Este também é o papel do professor.

Maria Sílvia Bacila Winkeler

26 • Vida Universitária • Outubro/2009


QUER SABER? Professor de Educação Física tem espaço em academias e como personal trainer? A aluna Vanessa Ribas de Araújo, do curso de Bacharelado em Educação Física da PUCPR, pergunta à VIDA UNIVERSITÁRIA e o diretor do curso, Rodrigo Reis, responde. Confira!

muito atento, porque um grupo nunca é igual ao outro. É necessário buscar novos caminhos e utilizar ações diferentes”, diz. Nas competências pessoais, são trabalhados conteúdos atitudinais, como solidariedade e ética, que irão orientar o professor a resolver conflitos em sala de aula. Estas questões devem ser trabalhadas na teoria e na prática da relação entre o professor formador (pedagogo) e do futuro professor. “No momento em que você opta por ser pedagogo ou professor, você é uma referência. Se o que ensina não fizer parte da prática, a teoria não adianta”, completa. Responsabilidade A aluna do 6° período do curso de Pedagogia da PUCPR, Sueli Pereira Donato, já tem consciência da responsabilidade de sua profissão. Durante o curso e no estágio, aprendeu que o aluno leva problemas pessoais para a escola e dificuldades de aprendizado podem estar relacionadas a eles. “A sociedade transferiu este papel para a escola. Devemos estar atentos ao contexto em que o aluno vive. Caso existam problemas familiares é preciso investigar, chamar os pais para conversar”, explica Sueli.

Qual a visão da sociedade em relação ao profissional de Educação Física na qualidade, não apenas de professor escolar, mas como professor de academia, ginástica, personal trainer?

Ao longo da última década a atuação do

profissional de Educação Física se diversificou e acontece além do campo da docência. Sua atuação tem sido cada vez mais reconhecida, especialmente na área da saúde, o que é reflexo da consolidação da formação profissional. Nos últimos anos, diversas conquistas demonstram este fato, como a criação dos conselhos de Educação Física, a inclusão da profissão no rol dos profissionais da área de saúde, a inclusão do profissional no Programa Saúde da Família entre outras. Por outro lado, a docência de Educação Física tem se consolidado desde a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação e, hoje, a disciplina é um importante componente curricular da educação básica. Na verdade, o reconhecimento do papel do profissional de Educação Física para a saúde da população contribui para que a disciplina seja, cada vez mais, destacada para a formação dos jovens. Sendo assim, licenciados e bacharéis, embora com habilitações e formações distintas, contribuem para a valorização da área como um todo.

Participe O tema da próxima edição da revista é “Excelência em Pesquisa”. Participe mandando uma dúvida ou uma sugestão para o e-mail imprensa@pucpr.br. Você também pode nos seguir no Twitter twitter.com/PUCPR_imprensa Vida Universitária • Outubro/2009 •

27


VEM AÍ

23/10 30/10 05/11 13/11 16/11 20/11

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA NO PORTAL WWW.PUCPR.BR

IX Congresso Nacional de Educação As inscrições para o IX Congresso Nacional de Educação - EDUCERE e III Encontro Sul Brasileiro de Psicopedagogia podem ser feitas até o dia 23 de outubro, no site www.pucpr.br/educere2009. O evento se propõe a discutir temas referentes à educação e promover o aprofundamento de pesquisas no âmbito da Educação Básica e da Educação Superior. Congresso de Bioética Termina no dia 30 de outubro a inscrição para o Congresso do Núcleo de Bioética de Curitiba – 2009, cujo tema é “Bioética: Início da Vida em Foco”. O objetivo principal do evento é avaliar as questões éticas relacionadas com o início da vida humana a partir de uma visão pluralista. O congresso acontece nos dias 4, 5 e 6 de novembro, com carga horária de 24 horas. Inscrições no site www.pucpr.br/cursos/ extensao. 7º Encontro Nacional do Grupo de Trabalho A Associação Nacional da Pós-Graduação em Filosofia do Brasil (ANPOF) promove, nos dias 5 e 6 de novembro, no Centro de Teologia e Ciências Humanas da PUCPR, o 7º Encontro Nacional do Grupo de Trabalho “Pensamento Contemporâneo”. O evento dá continuidade às pesquisas e atividades do Grupo e tem como objetivo promover um espaço de reflexão e debate na área da Filosofia Contemporânea. Mostra Caixola As inscrições para a 3ª edição da Mostra Caixola estão abertas até o dia 13 de novembro. São duas categorias competitivas, “Acadêmica” e “Livre”, e uma não-competitiva, “Montagem”. Podem participar estudantes e fotógrafos de todo o Paraná. A lista de locais de inscrição, regulamento completo e todas as informações estão no site www.mostracaixola.com.br ou pelo telefone (41) 3023-2008. Código de Defesa do Consumidor O curso de extensão Código de Defesa do Consumidor no Varejo e Serviços está com inscrições abertas até o dia 16 de novembro. O curso possibilita o aprofundamento do estudo, a pesquisa e do debate do Direito do Consumidor ao abranger questões práticas acerca da regulação das relações de consumo no varejo e em serviços. Mais informações no site www.pucpr.br/cursos/extensao. Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero Estão abertas até o dia 20 de novembro as inscrições para o 5º Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero. Promovido pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres em parceria com o MEC, MCT, CNPq e Unifem o prêmio tem como obejtivo estimular a pesquisa acerca das desigualdades existentes entre homens e mulheres no País. Além da premiação em dinheiro e computadores, o CNPq concederá aos agraciados bolsas de Iniciação Científica, Mestrado, Doutorado ou Pós-Doutorado. O regulamento pode ser conferido no site www.cnpq.br/premios/2009/ig.

28 • Vida Universitária • Outubro/2009


investimento

crescimento da

pesquisa PUCPR recebe R$ 3 milhões do BNDES para pesquisas com células-tronco

O

Núcleo de Cardiomioplastia Celular da PUCPR vai receber R$ 3,04 milhões do BNDES Fundo Tecnológico (BNDES Funtec) para desenvolver pesquisas com células-tronco. Para o coordenador do Núcleo, Paulo Roberto Slud Brofman, a conquista é o reconhecimento pelo trabalho de ponta desenvolvido na área. “Esses recursos transformam o nosso laboratório em referência nacional em terapia celular”. O apoio financeiro tem como objetivo estruturar, na PUCPR, um Centro de Tecnologia para Terapia Celular, que se dedicará ao desenvolvimento de tecnologias de cultivo e manipulação de células-tronco e distribuição dessas células para pesquisas da Rede Nacional de Terapia Celular. Apenas a PUCPR e a Fundação Hemocentro, de Ribeirão Preto, foram contempladas com os recursos do BNDES Funtec, esta com R$ 3,57 milhões. Tipos de células A Universidade se dedicará a pesquisas com células-tronco mesenquimais e progenitoras endoteliais. As primeiras são promissoras como ferramenta terapêutica, por possuirem papel importante na cicatrização, reconstituição de vasos sanguíneos e formação de ossos e, ainda, são capazes de se diferenciarem em vários tipos de células. Já as progenitoras endoteliais se diferenciam em células endoteliais, que formam a parede dos vasos sanguíneos e, por-

tanto, têm papel relevante na regeneração, podendo ser a cura para todas as doenças isquêmicas, principalmente do coração e dos membros inferiores de pessoas que sofrem de diabetes e possuem problemas de circulação. Resultados No ano passado, os pesquisadores da PUCPR conseguiram criar, em laboratório, vasos capilares a partir das células endoteliais extraídas das células-tronco do sangue do cordão umbilical. A PUCPR também conseguiu diferenciar e multiplicar em laboratório, células progenitoras endoteliais e mesenquimais, a partir das células-tronco retiradas do cordão umbilical e da medula óssea.

Paulo Roberto Slud Brofman, coordenador do Núcleo de Cardiomioplastia Celular da PUCPR

10 anos de pesquisa O Núcleo de Cardiomioplastia Celular iniciou seus estudos em 1999, utilizando células fetais de ratos para recuperação da função ventricular de corações de ratos enfartados. Os resultados foram positivos e os pesquisadores começaram a desenvolver técnicas em células-tronco humanas, principalmente mesenquimais, retiradas da medula óssea e progenitoras endoteliais, do sangue de cordão umbilical. Atualmente, são produzidas na PUCPR células-tronco mesenquimais com qualidade para testes clínicos e progenitoras endoteliais para testes préclínicos. Vida Universitária • Outubro/2009 •

29


REGISTROS

Direção do Centro de Formação de Tecnólogos

Ato Normativo do Plano de Carreira Docente

Painel reuniu executivas de grandes empresas

Ricardo Bertin, ex-decano do Câmpus Maringá, assumiu no mês de setembro a administração do Centro de Formação de Tecnólogos, a nova unidade da PUCPR, em Curitiba. O Centro oferecerá oito cursos com duração de dois a três anos voltados para estudantes que estão saindo do Ensino Médio e profissionais que ainda não possuem diploma de graduação ou que desejam valorizar o currículo na área em que atuam. Bertin é graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Paraná (1982) e mestre em Transport Engineering and Operation pela University Of Newcastle Upon Tyne (1992). É professor adjunto do curso de Engenharia Civil da PUCPR desde 1990 e, de janeiro de 2008 a agosto deste ano, dedicou-se à direção do Câmpus Maringá que foi recém-assumida por Silvia Christiane Goya.

O pró-reitor de Graduação, Pesquisa e Pós-Graduação da PUCPR, Robert Carlisle Burnett, falou aos professores da Universidade sobre o Ato Normativo do Plano da Carreira Docente, elaborado pela Comissão Permanente da Carreira Docente (CPCD), constituída pelos professores Carlos José Gomes, Eduardo Damião da Silva, Marilena Indira Winter, Naim Akel Filho, Orlando Maciel Strobel, Sirley Terezinha Filipak e Valdyr Arnaldo Lessnau Perrini. O Plano Carreira Docente está regulamentado pela Resolução nº 35/2008 - CONSUN. O Ato Normativo estabelece as condições necessárias para as promoções e progressões na Carreira Docente, os procedimentos para realização da avaliação de desempenho dos docentes, bem como esclarecimentos sobre o que é uma avaliação positiva. Em novembro será feito um simulado de avaliação para todos os docentes tendo por base este Ato Normativo. A partir de 2010, o Ato Normativo será implantado, definitivamente, com a primeira avaliação completa realizada em novembro de 2010.

O VIII Encontro do Espaço Mulheres Executivas 2009 aconteceu em setembro na PUCPR. Participaram alunas da Escola de Negócios do 7º e 8º períodos. O Espaço Mulheres Executivas reuniu mulheres dirigentes de grandes empresas, entre elas: Amil, APC-PUCPR, Bematech, Correios, Gerdau, HSBC, Itaipu Binacional, Kraft, Nissan, Novozymes, Petrobras, Positivo Informática, Renault, Transtupi e Volvo do Brasil. O encontro contou com um painel de debates reunindo altas executivas e universitárias da PUCPR. Uma convidada especial integrou a mesa, a Dra. Maria Inês Murgel, de Belo Horizonte (MG).

30 • Vida Universitária • Outubro/2009


Homenagem

Planeta PUC

Hospital Universitário Cajuru é destaque

O professor Antônio Carlos Mira, fundador do curso de Farmácia da PUCPR, recebeu homenagem dos alunos e professores do curso. Para tanto, o Centro Acadêmico de Farmácia foi batizado com seu nome. Além de atuar por 35 anos como professor da PUCPR, Mira foi presidente do Conselho Regional de Farmácia do Paraná (CRF-PR) e conselheiro do Conselho Federal de Farmácia.

Os futuros vestibulandos conferiram no mês de setembro o Planeta PUC, a Feira de Cursos e Profissões da Universidade, no Câmpus Curitiba. Os visitantes conheceram os estandes de todos os cursos de graduação tradicional e tecnólogos ofertados nos Câmpus Curitiba, São José dos Pinhais e no Centro de Formação de Tecnólogos, nova unidade da PUCPR. Entre as novidades do Vestibular de Verão 2010 estão os cursos de Artes Cênicas, Artes Visuais, Música, Desenho Industrial – Design de Moda e Engenharia Eletrônica, além de oito opções de tecnólogos. A feira de cursos aconteceu também nos Câmpus Londrina, Maringá e Toledo. O Planeta PUC permite a aproximação do estudante do Ensino Médio com a Universidade e ajuda na escolha profissional. Com o conceito “Livre-se de suas dúvidas”, os estudantes puderam conversar diretamente com alunos e professores dos cursos da PUCPR. Além de conhecer a infraestrutura da Universidade.

O HUC foi destaque no 58º Congresso Brasileiro de Coloproctologia, que aconteceu em setembro, em São Paulo. O Serviço de Coloproctologia do Hospital apresentou cinco trabalhos na área de doenças inflamatórias intestinais e possibilitou que os acadêmicos do 5º ano do curso de Medicina da PUCPR, André Arruda, Elissa Ishie e Fábio Diniz, também apresentassem seus trabalhos. Outro destaque foi o trabalho da exresidente e médica do Serviço de Coloproctologia do HUC, Juliana Martins, que foi selecionado para apresentação em plenária, entre os seis melhores temas livres do Congresso. Intitulado “Análise da Prevalência de Entidades Coloproctológicas nos Pacientes Idosos do Serviço de Coloproctologia de um Hospital Universitário”, o trabalho foi orientado pelo chefe do Serviço de Coloproctologia do HUC, Paulo Gustavo Kotze. Segundo ele, a apresentação foi bastante elogiada, principalmente pelo volume de cirurgia em idosos realizado no HUC, que é uma consequência da presença de um serviço universitário de Geriatria atuante.

Mauricio Martins No 18º Congresso Europeu O professor do curso de Medicina da PUCPR Maurício Martins participou, em Berlim, do 18º Congresso Europeu de Dermatologia. O médico especialista em Dermatologia, Alergia e Imunologia falou sobre leishmaniose. Martins apresentou o caso de um paciente com leishmaniose mucocutânea extenso, que foi tratado com medicamentos específicos durante o ano de 2005, em Curitiba. O médico defende que a leishmaniose possui diversas variações e estágios e cada caso deve ser tratado com medicamentos específicos.

Vida Universitária • Outubro/2009 •

31


VIDA UNIVERSITÁRIA

QUEM: Akina Uehara e Fernanda A. Copelei O QUE: Psicologia ONDE: Câmpus Curitiba

QUEM: Jacqueline M. Vicentini e Thiago N.C. Ferreira O QUE: Educação Física ONDE: Câmpus Curitiba

QUEM: Rodrigo, Sidnei, Claus e Carlos O QUE: Agronomia ONDE: Câmpus Toledo

QUEM: Letycia Mendes e Marianna Martins de Monte O QUE: Direito ONDE: Câmpus Maringá

32 • Vida Universitária • Outubro/2009


QUEM: Leonardo, Denison, Max, Francisco, Arni, Thiago e Paulo O QUE: Filosofia ONDE: Câmpus Maringá

QUEM: Guilherme, Ana, Karine e Roberto O QUE: Administração ONDE: Câmpus Toledo

QUEM: Fabrício Rodrigues Simões e Juliana Boleti O QUE: Ciências Contábeis ONDE: Câmpus Londrina

Vida Universitária • Outubro/2009 •

33


PRATELEIRA

A indicação do aluno do 4° período do curso de Licenciatura em Filosofia Erivan

Guedes de Oliveira é o livro

Ética em Movimento. “A obra é escrita a partir dos conceitos dos grandes pensadores. Traz uma reflexão sobre os desafios e a vivência da ética nas mais diversas áreas, além de destacar a importância da moral para a harmonia social. O livro propõe questionamentos que forneçam pistas para melhor compreensão da ética nos dias atuais”.

Ética em Movimento Anor Sganzerla

A coordenadora do curso de especialização Criatividade e Inovação da PUCPR, Miriam Fontoura, indica o álbum Charango da banda Morcheeba. “A banda se destaca pela diversidade de estilos e experimentalismo de efeitos, tendo como base o pop eletrônico. Em Charango, a dupla de irmãos Paul e Ross se despede da vocalista Skye que segue carreira solo. A letra da faixa chamada São Paulo transmite uma ideia de como a banda se relacionou com a cidade. O álbum traz referências como o lounge e baladas bem trabalhadas. Ótima opção para momentos diversos”.

Maria Cristina Jandre, auxiliar

administrativa do Laboratório de Comunicação Social da PUCPR, indica o filme A Proposta. “É uma comédia romântica que conta a história de uma chefe dominadora que, de repente, se vê diante da deportação para o seu país de origem, o Canadá. A executiva bola um plano e propõe casamento ao seu assistente para, assim, conseguir um visto de permanência nos Estados Unidos. Para quem gosta de dar boas risadas, esse filme é ótimo”.

A Proposta

Charango

Anne Fletcher

Morcheeba

Seleção de filmes que você encontra na biblioteca da PUCPR, com o tema

Olga

Bicho de Sete Cabeças

2 Filhos de Francisco

34 • Vida Universitária • Outubro/2009

nacional

Meu nome não é Johnny

O ano em que meus pais saíram de férias


Vida Universitária • Outubro/2009 •

35


36 • Vida Universitária • Outubro/2009


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.