GAMBIARRA 01

GAMBIARRA é um zine que fala sobre os muitos “jeitinhos” que o ser humano é capaz de criar para resolver qualquer tipo de situação, desde as mais banais, como potencializar o volume do celular, até as mais cruciais, como aumentar o sinal do wifi.

Júnior Spears Zangada Leonardo Di Crepe Suco de Fruta ‘P’edrigoni

O “homem-gato” Leonardo Gonçalves, 2013

Se fizéssemos um profundo levantamento do uso desse termo

ouviu falar a c n u n m Que famoso ou falou do

ileiro”? s a r b o h in “jeit

pelas cinco regiões desse brasilzão, utilizando os mais precisos métodos de pesquisa, teríamos um número extremamente significativo para apresentar o quão popular é essa expressão, mas pra que tudo isso se podemos somente deduzir não é mesmo?

Será que todos nós brasileiros somos realmente tão relaxados assim e deixamos tudo pra última hora tendo a certeza que dá pra fazer uma gambiarra e resolver qualquer situação, seja ela banal ou de grande importância?

Qual é a desse jeitinho?

Tá do nosso lado ou contra nós?

5

O

“jeitinho brasileiro”

“Nossa marca” tem sim seu

expõe uma relação ruim

lado positivo, ela é a

com a lei, com a norma

desenhada para todos os cidadãos.

exploração da criatividade

Aquela sonegação de imposto,

e o raciocínio rápido

o atestado falso, aquele parente

humano. A gambiarra não

ou amigo que trabalha para um

é a opção mais adequada,

órgão público e consegue te

mas muitas vezes a única

passar na frente de uma série de

e saber fazê-la pode salvar

pessoas necessitadas, entre tantos

sua vida. A prova disso

outros exemplos, mostram um lado

é que a humanidade só chegou

extremamente negativo, vergonhoso

onde chegou porque um dia

e que a longo prazo tanto

um de nossos ancestrais

prejudica o país (vivenciamos

amarrou uma pedra lascada

hoje as consequências).

em um galho e criou uma

Por outro lado, se a regra

arma pra caçar.

transgredida não causa prejuízo, temos o jeitinho positivo e, digo eu, ético.

Por exemplo: estou na fila, chega uma senhora precisando pagar sua

Por exemplo: estou na fila, chega uma senhora passar na frente. Não há o que precisando pagar sua conta reclamar dessa forma de jeitinho. que vence hoje e pede conta que vence hoje e pede para

para passar na frente.

Não há o que reclamar dessa forma de jeitinho.

do banco.

Muriel na fila

6

imagem retirada da internet.

Ao analisar o que afinal é o jeitinho brasileiro, percebemos uma série de dualidades: certo e errado; ético e anti-ético; legal e ilegal.

No fim, vemos que o jeitinho

não é tão somente brasileiro, o jeitinho é humano, seja para o bem ou para o mal.

7

N

nal de TV por

de pessoas as

líder no merc

a Sky Brasil,

ilegais repre

não autorizad

de cabos e de

instalação de

como os AZBox canais pagos

talação de ca

entre vizinho

civil, a ANAT

dência/comérc A utilização

acesso aos si

uma recebendo decodifica o

dores capazes

mais modernos

sociais os ki

aparelho conv

Nesta modalid

cador especia

empresa que p atualizado a Card sharing

geralmente de

rede de compu

estavam uma zona, hein?!

10

casos, utiliz Gatonet, Vitor Sá

E você pensava que os cabos do seu computador

europeu, seu

em que são pa

de decodifica

TV paga, send

a criptografi recepção não

No Brasil, gatonet é um termo que se refere à recepção não autorizada do s

r assinatura. Apenas no referido país, em agosto de 2013 cerca de sete milhõ

Nãomensalidades, é preciso um olhar mais atento para da NET, ent ssistiam TV a cabo sem pagar número abaixo apenas

perceber o tamanho da cado com quase nove milhões de assinantes, masbagunça acima causada da terceira colocad

essa com gigantesca fios , então com 5 milhões. De por acordo estudo quantidade da BusinessdeBureau, as conexõ

atravessando os cenários urbanos. esentam 41% do mercado formal de TV paga.

Há diversas modalidades de recepç

da do sinal de TV por assinatura. Dentre as mais comuns estão a instalaç Os bairros, com centenas de gambiarras

ecodificadores extras, que usam a conexão de um usuário pagante, bem como entre postes e residências, acabam por

e um par de antenas parabólicas que, conjugadas com decodificadores especia ser visualmente chamativos. São fiações

x e os AZAmerica, conseguem acessar os canais os canais do tipo DTH, ou sej de provedores de internet disputando

das empresas de TV por satélite. Uma das modalidades mais comuns é a in espaço com a rede de energia e telefonia,

abos extras a partir da conexão de um usuário pagante, geralmente pratica criando um grande emaranhado de ligações

os e amigos. No Brasil, apesar de não configurar crime, mas sim um ilíci que ninguém mais sabe o onde começa

TEL considera ilegal qualquer rede fio que extrapole os limites da res e onde se sem encerra.

cio do assinante, mesmo que o compartilhamento seja feito de forma gratuit de duas antenas e um decodificador especial é aa situação modalidade mais comum Em algumas localidades, chegou

inais de TV a cabo. Nela, aduas antenas posicionadas direções oposta um ponto em são que o trabalho de em desembaraçar

tantos nós entrelaçados se tornapara um satélite q o o sinal oficial do satélite desejado e outra apontada

uma tarefamarço praticamente impossível. sinal e o reenvia ao receptor.Em de 2013, os preços dos decodific

As pessoas convivem a ladonocom estas s de receber os sinais variavam entre US$38 lado e US$170, caso dos aparelh

aparentemente se acomodaram s, que permitem inclusive gambiarras assistir aecanais em alta já definição, mas nas red

com tal necessárias paisagem. its que incluíam as duas antenas para o sistema completo, mais

versor para canais em HD e a instalação eram negociados por cerca de R$550,0 Mas apesar de tudo, por um lado, se algum

dade, realizada apenas em casos de TV a cabo, o usuário adquire um decodif residente cair (ou se jogar) da janela,

al, tal como um AZBox, que simplesmente é conectado ao cabeamento oficial a rede de cabos vai evitar qualquer coisa

presta o serviço. Neste caso, é necessário manter o firmware do equipamen mais grave.

fim de que ele consiga manter a decodificação do sinal ao longo do tempo

é uma técnica que consiste em compartilhar um ou mais cartões codificado

ER NO F IN DE FIOS E CABOS

e operadoras de TV a cabo ou satélite, entre vários usuários utilizando u

utadores, em especial a internet. Apesar de bem disseminado no continen

uso está restrito ao underground hacker e é uma medida ilegal na maioria d

zada para acessar canais de TV por um baixo custo. Não se trata de um siste

artilhadas as imagens ou o sinal de satélite ou cabo, mas apenas os dad

ação do cartão. O card sharing representa a maior ameaça ao modelo atual

do responsável por grandes prejuízos às operadoras e empresas que fornec

:)

ia utilizada nestes sistemas. o Brasil, gatonet é quem um termo que se refere faz gatonet! é pra onde vai autorizada do sinal de TV por assinatura. Apenas no referido país, em 11 agos

Antes de virar a página, veja como a gambiarra é chamada fora do Brasil

kludge

workaround

GBR

EUA

jugaad IND

rasqu ache MEX

arreglo hechizo COL

jua kali QUÊ

parche CHI

? ??

N

Isso mesmo, não entend eu? O lance é o seguint e: Durante a Copa do M undo de 2014, sediada no Brasil, Kim Jong-Un o ditador da Coréia do Norte, pa ís participante e eliminado do campeo nato, chegou a veicular que a nação norte coreana foi a campeã da Copa! E não, o povo norte-coreano não finge de bobo, ele s apenas são proibidos de acessar conteúdos exterior ao seu país, por meio de um bloqueio de sinais realizados pe lo governo norte–core ano.

“Amada Coreia do Nor te, vencedora da Copa do Mundo no Bra sil.”

o esej ão d o d laç s ster A popu parelho b a a r. se pra e pensa arte de á d ão ar e p trica ue n de pens r grand q elé í a E d rolável e utiliza energia assa. t c d ue a bem es incon roibida q o t p é is era nicos v o país ô n r elet

aí? d E

H -A

IM K

J

ON

G

15

Sim, eles também estã o suscetíveis ao jeitinho!

Através de um pendrive minúsculo e um simples aparelho que reproduz mídias, denominado notel (junç ão de notebook + televisã o), os norte-coreanos estã o compartilhando filmes, músicas, novelas e diver sos conteúdos entre si.

gambiarra!

Surge então a

is a r iar ! b m Ga edom Fre

ar Oras, é só arranc ico” o “pendrive atôm itivo e deixar no dispos eúdo um DVD com cont verno permitido pelo go iu só? norte-coreano! V

E se a polícia chegar?

d e p M e U t A Nunca

O acesso à informação é um direito que nada, nem ninguém pode nos privar. Nem os ditadores

coreanos, nem o seu roteador com fraca emissão de sinal wi-fi. A GAMBIARRA vai te ajudar a potencializar sua internet e o melhor: com apenas uma lata de alumínio!

(Pode ser aquela lata de refrigerante que ta no canto da escrivaninha há umas duas semanas).

Você só precisa cortar a latinha de modo que formem lâminas de alumínio curvadas e colocar em volta

da antena, como na foto.

Pode fixar com arame ou até mesmo usar o próprio buraco da lata pra encaixar a antena. É só não se esquecer de não cortar essa parte!

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imaem retirad a da inte rnet

! Í A A T EN i nada...

, I E

da imagem retirada t ne inter

Faça um bura co na parte inferior dos do is copos do tamanho do di âmetro do ro lo para poder e ncaixa-lo nele s.

No rolo, faça uma abertura do tamanho da largura do celular e som nos copos!

Agor a que você já aume ntou a capa cida de do seu sina l wi-f i e tá mais fáci l repr oduz ir aque la play list do Yout ube no celular, é só conectar ele em um ampl ific ador e limp ar a casa como se não houv esse aman hã. Não tem ampl ific ador de som que cone cte com seu celu lar?

Não tem prob lema , a GAMB IARR A te ajud a (de novo , hein ?)!

Pra isso você vai prec isar do rolo daqu ele pape l higi ênic o que você usou até o fina l (ali ás, vai lá leva r mais pape l pra sua irmã que tá grit ando no banh eiro já tem uns 15 minu tos) e dois copo s desc artá veis .

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R$ 1

Cuidado pra chapinha nĂŁo torrar seu dinheiro!

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CHAP A

Q UE NT E Houve épocas em que o padrão de beleza impunha que um cabelo bonito era um cabelo liso e isso acontece desde os tempos do antigo Egito, quando usavam banha de porco, sebo e óleo de peixe para alisar. Até há uns três anos atrás, em terra de cabelo crespo, quem tinha chapinha era rainha.

Atualmente a tendência é ter

ou não. Mas se você acordou querendo ele liso e a sua chapinha foi para a terra do nunca ou está na prateleira da loja, você pode aprender um método nada convencional com a Rochelle: Além de esquentar um pente de ferro no fogão, caso você não tenha um, outro, ou os dois, você pode fazer como no século XIX, quando começaram a domar as madeixas com o uso do calor, usando toalhas molhadas em água fervente ou barras de ferro aquecidas em carvão.

Mas se o estilo oldschool não for o seu, o ferro de passar roupas

“T do notebook - odo mundo odeia o Chris” Imagens printadas da tela Episódio 19, 1ª te mporada

o cabelo que quiser, seja liso

garante o mesmo efeito!

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VIAGEM PELA MEMÓRIA DO R .

DE UM OBSERVA São Paulo, 15 de maio de 2016.

Metrópole, carros, prédios, desigualdade, coletividade e individualidade.

Política, entra, sai, sim, não e agora?

Sociedade, junta, dividida, desigual no igual.

Andar pela metrópole é ver vários mundos em um só.

Por exemplo, em um trajeto de busão da periferia aos grandes centros empresariais. Culturas divergentes construídas sobre o mesmo espaço e que mostram através de suas construções e utilização do espaço as suas verdadeiras necessidades. Os olhos se voltam para um lado e se esquecem dos outros ângulos, aliás, o que é bonito é pra se ver, certo? Mas em um mundo feito de diversos ângulos, como os outros ângulos sobrevivem no esquecimento?

O instinto de querer sobreviver e de dar continuidade a nossa árvore genealógica é o que nos move. De animais racionais ao instinto selvagem. Construir o meu castelo e proteger aqueles do meu bando.

Viver é uma arte, arte de se adaptar, reinventar e se adequar.

Criamos com o que temos para a sobrevivência dos nossos.

Construímos cidades de papel e de diamante, ou senão cidades de diamante feitas de papel.

Assim caminha a humanidade com passos de formiga e camuflagem.

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penso, logo gambiarro.

N

ão é atoa que ela, a GoPro, é a escolha número um de grandes cinegrafistas e de fotógrafos esportivos. No entanto, essa tecnologia surgiu apenas em 2002. Mas isso significa

que antes não se faziam cenas assim? É claro que não.

Antes disso eram necessárias verdadeiras gambiarras.

Nos anos 70, cinegrafistas e fotógrafos procuravam novos ângulos e novas cenas, principalmente ao transmitirem eventos automobilísticos, mas, naquela época, as câmeras eram muito

de

sajeitado diferentes. Tudo era grande, frágil e desageitado.

A gravação de cenas envolvendo veículos era o verdadeiro desafio das produções da época. Para isso era necessário que o cinegrafista se tornasse um verdadeiro engenheiro. Cordas, tubos, bastões, placas de metal, tudo poderia ser utilizado para sustentar a câmera,

valia até se pendurar no carro

CÂ

esegura la com as mãos. Imagina só o drama, eram

Z,

horas montando o suporte e quando o carro acelerava caía tudo,

LU (instável)

e lá ia o cinegrafista engenheiro, rei da gambiarra, montar tudo de novo.

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se tornasse um o cinegrafista e qu io ár ss nece Para isso era s de bastões, placa ordas, tubos, C . ro ei nh ge verdadeiro en tar a câmera, o para susten ad iliz ut r se a deri metal, tudo po mãos. gurá-la com as no carro e se ar ur nd pe ando valia até se o suporte e qu ras montando ho am er a: am Imagina só o dr engenheiro, o cinegrafista ia lá e , do ava caía tu o carro aceler do de novo. ra, montar tu rei da gambiar

p

O Ã Ç A , A ER

ÂM

de)

(muita)

Imagens retiradas da internet

(um

to roje

23

Caraca, já já é minha vez...

# HOMEM GATO 1

Ficar na fila é pros fracos

CERTEI!!!

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Uma hora em pé na fila pra pagar o último boleto do chinelo?!

Séloco, deixa ele lá na fila por mim

É AGORA! Se eu errar essa já era!

a a scseapzine de

m vira u

!

R E ST

PÔ

1. Abra o zine nas páginas do meio e com as unhas, ou algum objeto fino como uma régua ou um cartão, levante os dois grampos localizados nas extremidades.

2. Com cuidado, remova a capa junto aos dois grampos abertos anteriormente.

3. Desdobre a capa e remova os dois grampos.

Pronto!

Agora você tem um pôster bem legal para cobrir aquele furo no lugar errado da parede que você não arrumou ainda!

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