Estratégia e desenvolvimento do estado do rio de janeiro site

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EstratĂŠgia e Desenvolvimento

Strategy and Development




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Foto: Edmar Tavares

Costa Verde


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EXPEDIENTE Estratégia e Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro 2015/2016 Todos os direitos reservados. Produção Target Bang Editora Ltda. Diretor Executivo Marcus Lauria Guimarães Edição e Reportagem Juliana Prado juliana@targetpublicidade.com.br Reportagem Cláudia Freitas claudia@targetpublicidade.com.br Revisão Juliana Prado Cláudia Freitas Direção de Arte/Projeto Gráfico e Diagramação Karina Pussenti karina@targetpublicidade.com.br Tradução Natália Adriano natalia@targetpublicidade.com.br Impressão Sol Gráfica Fotos capa Sentido horário começando da parte superior à esquerda Alaor Filho Divulgação (Odebrecht) Divulgação (Odebrecht) Divulgação/Prefeitura de Macaé Divulgação/Nissan www.1zoom.net *Fotos da página 34 e 35 1- Divulgação/Nova Friburgo, 2- Divulgação/Prefeitura de Itatiaia, 3Divulgação/TurisAngra, 4- Alziro Xavier, 5- RB Santos, 6- Ralph Salgueiro, 7- Davi Almada, 8- Divulgação/Arraial do Cabo, 9- Jean Tavares


Rio de Janeiro


Foto: Chensiyuan


8 Foto: Juliana Prado

Lagoa Rodrigo de Freitas


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Apresentação As palavras do título geral deste anuário não poderiam ser mais oportunas para expressar o ambiente virtuoso que vive o Estado do Rio de Janeiro. Estratégia e desenvolvimento são também as palavras-chave da premissa que apoia as políticas públicas do governo do Estado do Rio de Janeiro. A despeito do grande desequilíbrio financeiro que sofremos em 2015, em função da desaceleração da economia brasileira e da queda da arrecadação, temos que continuar tocando o barco, olhando para a frente e para o futuro. Isso significa dizer que as empresas continuam acreditando no Estado do Rio de Janeiro e semearam aqui o futuro de seus negócios. Em 2015, 17 grandes grupos se instalaram no estado, investindo R$ 1,3 bilhão e gerando 2,2 mil empregos diretos. A perspectiva para o ano de 2016 é ainda melhor: 20 novas gigantes vão investir R$ 6 bilhões no nosso estado, gerando 13 mil novas vagas no mercado de trabalho. Tudo isso não é por acaso. Nos últimos nove anos, adotamos a estratégia de melhorar as condições para a atratividade empresarial, investindo na modernização da infraestrutura, com a construção do Arco Metropolitano, na

melhoria da mobilidade urbana, e na ampliação do abastecimento de água e saneamento para toda a Baixada e Leste fluminenses. Este ano, simplificamos os procedimentos para desburocratizar o registro de novas empresas, e estruturamos um programa de parcerias público-privadas para alavancar a construção de novas escolas, a ampliação do metrô, hospitais e a modernização das instalações dos batalhões da Polícia Militar. Em síntese, ações para melhorar a vida da população. Este Anuário é uma mostra das potencialidades fluminenses no turismo, na economia de serviço, na inovação tecnológica, na indústria do petróleo que responde por 33% do PIB do estado, e o grande legado que o Rio Olímpico deixará para as futuras gerações. Estratégia e Desenvolvimento é um roteiro criativo e de fácil leitura para quem deseja conhecer o novo Estado do Rio Janeiro. Boa leitura! Luiz Fernando Pezão Governador do Rio de Janeiro


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Foto: AndrĂŠ Gomes de Melo

RegiĂŁo Metropolitana


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Presentation The words of this Directory’s title could not be more appropriated to express the virtuous environment experienced by the State of Rio de Janeiro. Strategy and development are also keywords from the premise that supports public policies of the state government of Rio de Janeiro. Despite the large financial imbalance we suffer in 2015 due to the slowdown of the Brazilian economy and the revenue drop, we have to keep moving on, looking straight ahead and the future. This means that companies continues to believe in the state of Rio de Janeiro and sowed here the future of their business. In 2015, 17 large groups have settled in the state, investing R$ 1.3 billion and generating 2,200 direct jobs. The perspective for 2016 is even better: 20 new giant (companies) will invest R$ 6 billion in our state, generating 13,000 new vacancies in the labor market. All this is not by chance. Over the past nine years, we have adopted the strategy to improve the conditions for business attractiveness by investing in infrastructure modernization, with the construction of Arco Metropolitano,

in improving urban mobility, and expansion of water supply and sanitation for all Baixada Fluminense and East of Rio de Janeiro. This year, we simplified the procedures to reduce the bureaucracy of new companies registration and structured a program of public-private partnerships to leverage the construction of new schools, the subway expansion, hospitals and the modernization of the Military Police facilities. In synthesis, actions to improve the population’s life. This Directory is an example of Rio’s potential in tourism, in services economy, in technological innovation, in the oil industry which accounts for 33% of the state GDP, and the great legacy that the Olympic Rio will leave for future generations. Strategy and Development is a creative script of easy reading for those who want to experience the new state of Rio de Janeiro. Enjoy your reading! Luiz Fernando Pezão Governador do Rio de Janeiro


A realidade está nas ruas 12

Promover ações para portadores de deficiência é uma das prioridades da instituição.

Foto:Divulgação/RioSolidario

RioSolidário arregaça as mangas em busca de parcerias e desenvolve projetos sociais eficientes


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“E

u ando muito. O gabinete não é um bom conselheiro, o bom conselheiro é a rua”. É com esse pensamento que a presidente da ONG RioSolidário e primeira-dama do Estado, Maria Lúcia Horta Jardim, norteia as ações da entidade, que tem a missão de ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas atendidas, muitas em situação de vulnerabilidade. Criado em 1995, o RioSolidário é um braço social do Governo do Rio e atua em parceria com empresas para desenvolver projetos em várias áreas. É mesmo na rua que estão os problemas e os caminhos para as soluções. Por isso, Maria Lúcia, que assumiu a pasta em janeiro de 2015, planeja gastar muita sola de sapato – como bem se diz no jargão político. Ela, inclusive, diz que a meta é ir aos 92 municípios fluminenses até o final do governo Luiz Fernando Pezão, em 2018. “A gente tem que aprender a ouvir. E no gabinete a gente ouve muito pouco. Vou, o máximo que posso, a todos os lugares, não importa se é sábado, domingo...”, comenta. E foi nas primeiras “andanças” que Maria Lúcia e sua equipe traçaram duas prioridades para o RioSolidário na atual gestão. Uma é fazer projetos e incentivar ações voltados para os deficientes físicos. A outra prioridade é promover o bem estar e a melhoria na vida do jovem, dentro das possibilidades de abrangência da instituição. Com relação aos deficientes, tem sido feito papel de articulação e gestão, e não de assistencialismo. O RioSolidário traça caminhos para a liberação de recursos destinados a entidades e articula políticas públicas em todas as esferas. A ONG entra como um facilitador, possibilitando, por exemplo, que órgãos que lidam com portadores de deficiência melhorem sua estrutura e enfrentem a burocracia. “Já fizemos dois seminários sobre o assunto. Com recurso da Loterj, lançamos um edital de R$ 4 milhões para financiar projetos”, explica. Um dos programas em curso é em parceria com a Cedae, que emprega portadores de deficiência em sua equipe de funcionários.

Já o olhar atento aos jovens é lançado em vários projetos sociais. A preocupação é montar ações voltadas para meninos e meninas, em grande parte, sob risco de vulnerabilidade social. O RioSolidário possui um “Banco de Jovens”, que hoje tem nada menos que 2 mil nomes. Para chegar até essas pessoas, a equipe vai aos bairros e comunidades, faz um cadastro delas e, futuramente, encaminha para projetos ou mercado de trabalho. Um dos destaques é o projeto “Futuro Agora”, que se desdobra em várias ações. Uma delas, que vem sendo tratada como prioridade pelo RioSolidário, é o “Casas Futuro Agora”, em parceria com a Cedae e o Ministério Público do Trabalho. A iniciativa está levando para 11 comunidades aulas de informática, oficinas de poesia, cursos de inglês e de audiovisual. “E nos projetos de informática, a ideia não é ir lá e só colocar internet não. Temos parcerias importantes, com a Cisco e a Intel, por exemplo, para levarmos coisa de qualidade mesmo”, comenta Maria Lúcia. Neste caso do público jovem, mais uma vez a escuta é fundamental. O RioSolidário busca entender as demandas para então oferecer os cursos e oficinas. Conversando e levantando a realidade dos meninos e meninas, passa a se oferecer o que aquele grupo de pessoas quer, que poderão usar efetivamente em sua vida profissional. “Esses jovens têm que se apropriar da sua cidade. Para eles a cidade é partida mesmo. Pela cultura você muda muita coisa”, declara. ‘Uma pedinte’ Como em qualquer ação social que busque a mudança de vida e oferecer uma chance a quem está vulnerável, os desafios são imensos. Mas o mantra adotado no RioSolidário é: “como é que faz para dar certo?”, conforme cita a presidente da entidade. Para isso, uma preocupação foi focar na gestão, ou seja, fazer um trabalho de forma eficiente, traçando metas e aferindo resultados. O pensamento é


14 Foto: Karina Pussenti

Maria LĂşcia: de olho na gestĂŁo e em boas parcerias com empresas.


15 Foto: Bruno Itan

‘Banco de Jovens’: moradores de várias áreas da cidade são cadastrados pela instituição para encaminhamento ao mercado e a projetos.

fazer o social, mas mostrando às empresas e instituições parceiras que existe gestão e que há transparência nas ações. Para assegurar a credibilidade dos projetos e atrair ainda mais parceiros, tudo é traçado minuciosamente: dados, números, prestação de contas, público atendido. Para isso, o RioSolidário conta com um grupo que acompanha, atento, a implantação dos projetos em todas as suas etapas. Entre esta equipe, que a presidente chama de “guerreiros”, há voluntários e funcionários contratados. No caso das três creches mantidas

pela entidade, por exemplo, todas as pessoas que trabalham são contratadas pela ONG. E, para fazer o trabalho fluir e conquistar o maior número de empresas parceiras, o caminho é o de procurar ajuda e não esperar que esta caia do céu. “Eu sou uma pedinte”, brinca Maria Lúcia. O RioSolidário se coloca como um braço social da empresa e vai em busca das parcerias. É assim, com disposição para agir e não ficar aguardando por milagres, que vão surgindo as boas iniciativas e uma rede de ação eficaz.


16 Foto: Bruno Itan

Educação e cuidado desde pequeninos: crianças da Creche da Vila do João.


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Alguns programas do RioSolidário: Autonomia SIM – para pessoas com deficiência I e II Encontro Autonomia para Pessoa com Deficiência: realizados na Firjan Programa Jovem Aprendiz Legal para Todos: parceria com a Nova Cedae Edital Loterj-Já Mobilidade com Qualidade: R$ 11 milhões para compra de ambulâncias para prefeituras. Para mulheres: Casa Abrigo Lar da Mulher: atende vítimas de violência doméstica. Desde 2014, atendeu 527 mulheres e 986 crianças. Futuro Agora - para crianças e jovens: Espaços de Educação Infantil: estão na Vila do João, Cidade de Deus e Batan, e atendem cerca de 650 crianças.

Jovem Aprendiz: parcerias com Nova Cedae, Metrô Rio, Rede Windsor, Carvalho Hosken/ Hilton, Furnas e Novo Degase. Doze mil jovens atendidos. Banco de Jovens: Cadastro para encaminhamento ao mercado e capacitação. Dois mil jovens. Casas Futuro Agora: aulas de informática, curso de inglês, oficina de poesia e audiovisual. Serão levadas a 11 comunidades do Rio de Janeiro. Dupla Escola Barra Mansa: parceria Peugeot Citroen/Senai, dará curso de Eletrotécnica. Outros projetos: Comunidade em Ação: no Morro São João, atende a 7 mil moradores. Programa de Doação na UPP da Rocinha: de janeiro a setembro de 2015, 23 mil produtos doados, como brinquedos, alimentos e roupas.

Reality is in the streets

RioSolidário rolls up the sleevessearching for partnerships and develops effective social projects. “I walk a lot. The office is not a good adviser; the good adviser is the street”. This is the thought that the president of the NGO RioSolidário and state first lady, Maria Lúcia HortaJardim, uses to guide the organization’s actions. Created in 1995, RioSolidário is a social unit of Rio Government and works in partnership with companies to develop projects in several areas.Maria Lúcia, who took over in January 2015, plans to go to 92 cities of Rio de Janeiro until the end of Luiz Fernando Pezão’s government, in 2018. “We need to learn how to listen. I go everywhere, doesn’t matter if it is Saturday, Sunday…”, says. And it was in the first journeys that Maria Lúcia and her team defined the priorities forRioSolidário. One is to make projects and encourage actions for disabled people.The other is to promote improvement in the lives of the youth.Regarding the first,it has been made a role of articulation and management, and not of assistance. RioSolidário helps in the release of funds for organizations and articulates public policy.The NGO comes as a facilitator, allowing, for example, that the institutions improve their structure and face bureaucracy. In relation to the youth are launched several social projects.RioSolidário has a “Youth Bank”, which today has 2 thousand registered names.One of the top projects is the “Casas Futuro Agora” (Houses Future Now), in partnership with Cedae and the Public Ministry of Labor.This initiative is taking computer classes, poetry workshops, English and audiovisual courses to 11 communities. Like in any social action, the challenges are huge.But the mantra adopted in RioSolidário is: “How to make it work?”. For this, a concern was to focus on management, that is, do a job in an efficient manner, tracing goals and measuring results.The thought is to make the social, but showing the partner companies that there is management and that there is transparency in the actions.


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Presidente da Codin: ‘Ambiente é de prosperidade’ Foto: Divulgação/Codin

Conceição Ribeiro destaca o perfil friendly do Rio como um aspecto importante para atrair o investidor.


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stender o tapete vermelho, ouvir atentamente os anseios e apontar soluções. É isso que a Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro, a Codin, vem fazendo desde 2007 para atrair e receber da melhor forma possível os empresários e investidores interessados em se estabelecer no Estado. Não tem mistério ou solução mágica, mas sim muito trabalho. O pensamento que norteia a ação é “vender” o que o Rio tem de melhor, suas vocações e talentos e mostrar a quem quer investir que as portas estão abertas. Nesta entrevista, a presidente da Codin, Conceição Ribeiro, conta um pouco do que tem sido feito neste sentido e decreta, em relação ao cenário estadual: “o ambiente é de prosperidade”. Confira: Estratégia e Desenvolvimento - A Codin é a porta de entrada dos investidores e empreendedores no Estado. Como funciona esta estratégia de ação na prática e que ganho se tem para o desenvolvimento dos negócios? Conceição Ribeiro – Temos, primeiro, o site do Fale Conosco, em que qualquer empresário, por menor que seja, pode mandar um email e agendar uma reunião com o nosso setor de atendimento inicial. Aí o empresário começa a conversar para entender como é o Estado do Rio de Janeiro para o ambiente de negócios. Ele também pode ligar para o gabinete da Presidência e conseguir uma agenda com diretores ou com a presidente sobre qualquer setor que queira falar, desde que a intenção seja empreender no Rio. A gente atende dois públicos: o que não está aqui (no Estado) e o que está aqui, mas está ameaçado por algum motivo. Neste caso, é aquele que está perdendo competitividade. Ele também é um cliente da Codin, que pode vir para startar junto ao Governo a melhoria de uma política pra ele. Pode ser desde redução de tributo até um estudo melhor que se possa fazer do setor dele. Então somos uma empresa bem aberta.

Estratégia e Desenvolvimento - E em que medidas essas investidas se transformam em resultados para o Estado? Conceição Ribeiro – Bom, quanto mais fácil for o processo de entendimento (pelo empresário) da questão tributária, da geolocalização, das licenças do Estado, mais fácil é empreender. A Codin tem um tripé: primeiro a gente apoia a questão tributária, já que somos o órgão técnico a tratar disso. Também cuidamos da geolocalização, que pode ser nos distritos industriais que a Codin tem ou em qualquer área privada que a gente conheça e encaminhe o empresário, apoiando a implantação dele. E o outro ponto é apoiá-lo na obtenção das licenças para funcionamento. Feito isso, fica mais fácil tomar a decisão de se fazer um negócio no Estado do Rio. O nosso trabalho como porta de entrada é para isso. Quer dizer, não adianta ser só a porta de entrada. Tem também que ajudar a trilhar um caminho mais fácil até a conclusão do projeto. Estratégia e Desenvolvimento - O que podemos dizer em relação às potencialidades do Rio atualmente? Vocês apontam algum setor que cresce mais vertiginosamente e que mereça destaque na questão do investimento? Conceição Ribeiro - O Rio é o segundo PIB brasileiro, a terceira população e o terceiro menor Estado. Isso já diz que ele tem um adensamento econômico muito forte. Se usamos o que a gente tem, começamos a dizer no que somos fortes. Depois que perdeu a capital, para Brasília, o Rio perdeu um pouco o rumo da vocação econômica. Por quase 200 anos, existia a vocação pública, de a economia ser gerada a partir dos salários dos funcionários públicos. Quando perde a capital, essa vocação desaparece. Aí, na década de 1980, quando é descoberto óleo em águas profundas em frente ao Rio, a vocação começa a voltar. Entendemos que o Rio se


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salvou da decadência profunda, contínua e dos mudarem essa lógica: o Porto do Açu e o infinita, a partir da descoberta do óleo. Eu Médio Paraíba (Resende e região, onde é forbrinco dizendo que Deus é brasileiro e ca- te a indústria automotiva). Isso muda o ciclo. rioca. (risos) Se ele não fosse carioca, flumi- Temos muitos projetos no Norte e no Médio nense, (a gente) estava lascado. A partir de Paraíba. Mas também na região de Macaé, da então, o petróleo impulsiona a economia. Serra, de Angra, que estão fazendo com que Três fatores - o PIB, a população e o aden- nosso desenvolvimento não seja mais tão samento - começam a ser explorados pelo centralizado. Esse sim é o grande ganho do nosso Governo a partir de 2007. E o pensa- nosso modelo. E, claro, isso traz um desafio mento foi: “o petróleo está aí, Deus já deu a muito grande, do planejamento, e dá ao Estacontribuição dele, onde é que a gente arru- do uma responsabilidade maior, que é pegar ma a contribuição do homem”? Ela vem dos o polo automotivo do Médio Paraíba, o polo bens de consumo, que passam a ser um atra- de petróleo do Norte e fazê-los mais competitivo. As empresas que vão nos procurar são tivos e atraentes ainda. as que vão se valer do nosso mercado. Então, a gente passa a ter muita empresa vinEstratégia e Desenvolvimento - A gente do porque a economia o fez injetar dinheiro. pode dizer que a política de isenção fiscal do Isso tudo num cenário de pacificação com as Estado é ousada e um forte atrativo para o UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) traz empresário se decidir pelo Rio de Janeiro... um quadro favorável. Outra vocação é a da Conceição Ribeiro - Primeiro, tenho que siderurgia, do metalmecânico. A maioria das falar uma frase do meu ex-chefe: empresário siderúrgicas está aqui, temos um polo forte. nenhum vai para um lugar por causa de beneSe a siderurgia voltar a crescer no mundo, é fício apenas. Benefício é finito, não é a única aqui que ela vai voltar a crescer também. Te- condição para se construir um projeto de 50 mos Votorantim, Gerdau, CSN, CSA e o miné- anos. Na minha opinião, o empresário passou rio chegando no Porto a ter mais confiança no do Açu (em São João da Estado. O Rio hoje é muito Barra, Norte do Estado). fácil de ser acessado, de ‘Eu brinco dizendo que Deus é se chegar ao governador, brasileiro e carioca. Se não fosse Estratégia e Desenàs instituições, ele não é carioca, fluminense, a gente estavolvimento - A Codin complexo, ele é friendly. va lascado’ vende a ideia do “Rio Isso desde 2007. Se você de Janeiro do século vê a quantidade de novos XXI”, a importância de se ter um Estado ain- convênios firmados, você vê que o Rio fez um da mais atraente economicamente. Em que “trabalho de casa” muito bacana. Tem todo um fase deste processo estamos? Quais as con- cenário. É a lei (de isenções), o bom terreno e quistas e os desafios? fazer o meio de campo. A empresa vai para o Conceição Ribeiro - A diferença dessa lugar que lhe é confortável, é isso que a gente gestão desde 2007 foi a descentralização do tem em mente. O governador não é o goverdesenvolvimento econômico. Quando che- nador de uma só cidade. Não queremos saber gamos, o desenvolvimento acontecia, é claro, quem é, de que partido é... mas existia uma concentração exagerada na Região Metropolitana, com ênfase na capital. Estratégia e Desenvolvimento - Qual a O investimento, o emprego, tudo acontecia perspectiva, via ações da Codin, em relação na capital. A partir de 2007, vemos dois senti- ao desenvolvimento, nesse cenário comple-


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xo da economia do Brasil neste momento? Conceição Ribeiro - A primeira visão, que é bem legal, é essa: a gente não está numa curva de decadência. O que havia em termos de decadência do Estado se reverteu em prosperidade. Se a gente vai subir menos ou subir com o bico menos inclinado, aí é outro assunto. Mas nós não somos mais um Estado com indicadores em queda. Daí conta tudo: educação, saúde, transporte público, infraestrutura, porto, tudo. O ambiente é de prosperidade. As empresas seguem investindo. Então, a força maior é a do mercado de consumo. A política que o governador (Luiz Fernando) Pezão está fazendo com as PPPs (Políticas Público-Privadas) é para gerar emprego, mais do que para fazer infraestrutura. E essa política de gerar emprego gera renda. E mantém o nosso mercado comprando. É o ciclo da roda.

portante pra gente se mostrar. Mostrar que somos friendly, que temos competência, um belo mercado. Também é importante dizer que temos uma eficiente mão de obra. O fato de termos sido capital da República nos deu três das universidades federais – a Rural, a Fluminense e a Federal aqui do Rio. E tendo a nossa educação do segundo grau, com o IDEB saindo de vigésimo sexto para terceiro lugar, também é muito importante. A educação, o mercado, a infraestrutura, uma política friendly, a quantidade de portos, isso tudo forma um cenário positivo e nos transforma num lugar de destino de investimentos. Aliás, onde tem porto, desde que o mundo é mundo, tem prosperidade.

Estratégia e Desenvolvimento - Qual a importância dessa nova investida do Estado, de criar a Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana? Estratégia e Desenvolvimento - É um luConceição Ribeiro - É uma das coisas gar comum, mas é impossível não pensar mais legais que o Estado está fazendo. A os Jogos Olímpicos como parte direta desse ideia é fazer um master plan da Região Meprocesso de atração de empresas para o Rio tropolitana, planejar o desenvolvimento de Janeiro.... econômico. Os problemas de regiões meConceição Ribeiro - Olimpíada é um tropolitanas estão no mundo inteiro, no evento da cidade. Diferente de Copa do México, em Dubai, em tudo que é lugar Mundo, que é do país. A onde se tem grandes concidade é a grande mola do glomerados de população. desenvolvimento do Esta‘Tem todo um cenário. É a lei E o Rio resolveu estruturar do, claro. A Olimpíada ser(de isenções), o bom terreno e fa- esse plano estratégico de viu, nessa política de interzer o meio de campo. A empresa desenvolvimento da Renacionalização do Rio, para vai para o lugar que lhe é mais gião Metropolitana, que falar: “olha, eu sou um lugar confortável, é isso que a gente é ‘bacanézimo’. Não tem bom de viver, de morar, de ninguém no Brasil fazendo tem em mente’ investir, de crescer, empreisso. A coisa mais legal de ender. Fui escolhido para a que estamos falando em Olimpíada, então, sou um lugar bacana”. Ela termos de planejamento, de pensar o Rio tem esse papel. E o prefeito (Eduardo Paes) 2050, é isso. Criou-se uma companhia, tem transformou muito da Olimpíada em lega- uma governança para discutir sobre tudo, do. Esse ano (2015) passou menos crítico Educação, desenvolvimento... O Vicente pra gente do que em outros lugares. Como Loureiro, urbanista extraordinário que coa Olimpíada é um evento que dura muito, nhece tudo de desenvolvimento urbano, em que vem muito empresário, vai ser im- vai ser o presidente da companhia.


22 Foto: Divulgação/Agência Petrobras

Foto: Divulgação

Tradição e novas vocações: setores de petróleo e gás e de automóveis são duas das grandes potencialidades e atrativos de investimentos no Estado.


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‘The atmosphere in the State is prosperous’ Since 2007, the Rio de Janeiro State Industrial Development Company, or simply CODIN, is doing everything that is possible to receive, in the best way, investors interested in settling in the State.The way is to present the top features of Rio and showing that the doors are open. In this interview, the president of CODIN, Conceição Ribeiro,tells what has been done in this regardand declares, relative to the state: “The atmosphere in the State is prosperous”.

Strategy and Development - Codin is the gateway for investors in the state. How this strategy works?

Conceição Ribeiro – We have the Contact Us website, where any businessman, no matter how small the company, can send an e-mail and schedule a meeting with our initial assistance sector. Then thebusinessmanhas a conversation to understand how is the state regarding the business environment. He can also call the President’s Office and schedule a meeting with directors or the president about any sector, as long as the intention is to undertake in Rio. We attend two audiences: the one that is not here (in the state) and the one that is here, but is threatened, is the one that is losing competitiveness.

Strategy and Development - And in what measures, these advances are transformed into results?

Conceição Ribeiro - Codin has a tripod: first we support the tax issue. We also take care of geolocation, supporting the establishment of a company. And the other point is support him in obtaining the licenses to operate. Once this is done, it gets easier to take the decision to make a deal. Our job as gateway is to accomplish that.

Strategy and Development - Currently, what are Rio’s potentialities? Conceição Ribeiro - Rio is the second Brazilian GDP, the third population and the third smallest state. Therefore, has a very strong economic consolidation. If we use what we have, we begin to tell in what we are strong. In the 1980s, when it is discovered oil in deep water, the Rio, which was no longer the capital of the Republic, was saved from decay. I joke saying that God is Brazilian and Carioca. (laughs)If He were not, we were doomed. Three factors – GDP, population and density – begin to be explored by our government since 2007. And the thought was: “The oil is there, God has already given the contribution, where we get the contribution of man”? It comes fromconsumer goodswhich become attractive.All of this in a pacification scenario with the UPPs (Pacifying Police Units) provides a favorable context. Another vocation is the steel industry, the metal sector. If the steel industry returns to growth worldwide, here is where it will grow back too. Strategy and Development - Codin sells the idea of the “Rio of the XXI century”, the importance of having a state even more attractive economically. Conceição Ribeiro - The difference of this management, since 2007, has been the decentralization of economic development. From this time on, we see two directions change the logic (of economic concentration): AçuPort and MédioParaíba(Resende and region, where there is a strong automotive industry). This changes the cycle. Strategy and Development - We can say that the tax exemption policy of the state is bold and a

strong appeal for the businessman to decide by Rio de Janeiro... Conceição Ribeiro - No businessman goes to a place because of benefit only. Benefits are limited, it is not the only condition for building a 50-year project. The businessman now has more confidence in the State, which is very easy to be accessed, to reach the governor, the institutions, it is not complex, is friendly. It has a whole scenario: the law (exemptions), the good ground and make the midfield.




Modernização do Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim

Duplicação do Elevado do Joá


Implantação dos BRTs Transoeste

Crédito das fotos BRT e Elevado do Joá - Divulgação/SMO

Ouvidoria: 0800 702 6307 www.bndes.gov.br

O BNDES financia e ajuda a estruturar projetos de mobilidade urbana no Rio de Janeiro. A Linha 4 do Metrô (Ipanema-Barra), o BRT Transcarioca, o BRT Transoeste, a Via Expressa Transolímpica, o entorno do Parque Olímpico, a duplicação do Elevado do Joá e a Ciclovia Niemeyer são importantes obras para a população da cidade e para 2016. Onde tem desenvolvimento, tem o apoio do BNDES. BNDES e Governo Federal. Trabalhando para o Brasil avançar.


FIRJAN 28

Institutos SENAI de Tecnologia apostam em inovação para oferecer soluções customizadas.

Fotos: Divulgação Sistema FIRJAN

Suporte ao investidor e fomento ao desenvolvimento do Estado


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I

ndústrias de diferentes setores têm escolhido o Estado do Rio como o local mais adequado para seus investimentos de curto, médio e longo prazo. Com um parque industrial extremamente dinâmico e diversificado, grandes empreendimentos estão sendo instalados em diversas regiões, acelerando o crescimento econômico de novos núcleos e impulsionando o desenvolvimento. Para auxiliar na implantação desses investimentos estratégicos, o Sistema FIRJAN - Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro - oferece suporte especializado para investidores. Com a missão de promover a competitividade empresarial, a educação e a qualidade de vida, o serviço busca facilitar a implantação de empreendimentos, provendo uma visão empresarial aos investidores e acesso diferenciado a produtos e serviços do Sistema FIRJAN. Além disso, contribui para a dinamização do ambiente de negócios por meio do fomento de parcerias com associados para captura de oportunidades. “O Estado do Rio tem boa infraestrutura e localização privilegiada em termos de logística, principalmente nos modais rodoviário e portuário. Isso já é um grande ponto de atração do investidor. Além disso, a FIRJAN tem uma ampla rede de mapeamento e estudos que apontam as vantagens de se investir no Rio de Janeiro. Com nossa equipe de especialistas, estamos preparados para auxiliar as empresas que estão chegando e aquelas que pretendem expandir seus investimentos”, destaca Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente do Sistema FIRJAN. O suporte ao investidor está disponível para empresas de todos os setores que queiram se instalar em qualquer região do Estado: empresas fluminenses que desejam expandir seus negócios, realocar instalações ou renovar seu processo de produção; empreendedores de outros estados, ou empresas estrangeiras. As soluções integradas são baseadas em informação estratégica para a tomada de decisão; interlocução junto a agentes-chave, como agên-

cias governamentais, instituições financeiras, prefeituras, institutos e centros de pesquisa; e infraestrutura de apoio disponibilizada durante a implantação inicial da empresa. Os serviços contemplam a disponibilização de informações e interlocução com agentes responsáveis por incentivos fiscais, incentivos financeiros, licenciamento e legislação; estudos estratégicos; defesa de interesse; qualificação da mão de obra; facilitação de parcerias; tecnologia e inovação; segurança do trabalho; qualidade de vida, e responsabilidade social. “Oferecer suporte adequado aos investidores, sejam eles nacionais ou estrangeiros, estejam eles operando suas plantas ou iniciando novos projetos, é um importante desafio assumido pelo Sistema FIRJAN. Trabalhamos para minimizar a complexidade encontrada pelos investidores, desde a etapa de seleção da localização do empreendimento, passando pela estruturação dos recursos financeiros até as diversas licenças a serem adquiridas. Nosso objetivo é promover o desenvolvimento industrial em todas as regiões do Estado do Rio”, explica Alexandre Gurgel, gerente geral de Suporte Empresarial da Federação. Soluções integradas O serviço customizado compila ações das cinco organizações que compõem o Sistema FIRJAN: SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial -, que forma profissionais qualificados, oferece tecnologia de ponta e incentiva a inovação; SESI - Serviço Social da Indústria -, que permite que a indústria seja mais produtiva, ao levar saúde e segurança ao trabalhador; IEL -Instituto EuvaldoLodi -, que capacita líderes cada vez mais preparados e incentiva atitudes empreendedoras; CIRJ - Centro Industrial do Rio de Janeiro -, e FIRJAN, que criam um ambiente de negócios favorável para a indústria e empresas do encadeamento produtivo. No Rio de Janeiro, o SESI e o SENAI possuem uma rede de unidades fixas e móveis que garante a oferta de serviços em todo o Estado.


30 Foto: Sistema FIRJAN/Antonio Batalha

Rodadas de Negócios promovidas pelo Sistema FIRJAN fortalecem a atuação das empresas fluminenses no cenário internacional

Quatro modernos Institutos SENAI de Tecnologia (Solda, Automação e Simulação, Alimentos e Bebidas, e Ambiental), equipados com simuladores modernos, formam profissionais preparados para implantar e atuar em práticas, processos e ambientes inovadores. Atento aos diversos setores industriais, o Sistema FIRJAN atua com um olhar setorial para oferecer ações concretas que atendam necessidades específicas de um segmento, além dos temas estratégicos transversais de toda a cadeia industrial, seja em setores como construção civil, nas cadeias produtivas como petróleo e gás e na indústria criativa. A vocação de cada região é analisada separadamente para atrair e apoiar a implantação de projetos prioritários. FIRJAN Internacional Empresas estrangeiras que queiram se instalar no Rio de Janeiro ou empresas fluminenses que querem se internacionalizar, contam ainda com a FIRJAN Internacional. A ação passa por promover o aumento da competitividade por meio do fomento de novas parcerias e experiências de comércio exterior. “A missão fundamental da FIRJAN Internacional é promover, apoiar, fortalecer e dinamizar a atuação das empresas fluminenses no ce-

nário internacional. Temos interface com mais de 130 países, a partir de missões internacionais, seminários e rodadas de negócios. Oferecemos cursos, treinamentos e informação qualificada às empresas do Rio de Janeiro quanto aos assuntos de comércio exterior”, pontua Amaury Temporal, diretor da FIRJAN Internacional. “Elaboramos posicionamentos acerca da atuação internacional do Brasil, objetivando defender interesses dos empresários em questões operacionais, de defesa comercial e de negociações internacionais”, complementa. O trabalho integrado de todo Sistema FIRJAN permite reunir em um só lugar apoio, incentivo, informações e soluções para estimular o desenvolvimento da indústria. A Federação auxilia também na identificação de potenciais parceiros para os investidores, já que representa todas as indústrias do Rio e 104 sindicatos patronais. Essa articulação garante outros benefícios às empresas associadas por meio da FIRJAN ou do Centro Industrial do Rio de Janeiro (CIRJ), que fortalece a representação sindical e aproxima as instituições de sua base empresarial. Para mais informações sobre o suporte para investidores do Sistema FIRJAN, entre em contato pelo e-mail suporteaoinvestidor@firjan. org.br ou pelos telefones 0800 0231 231 ou 40020231.


31 Fotos: Divulgação Sistema FIRJAN

Educação profissional do SENAI: alunos qualificados para os diversos setores industriais.

FIRJAN

Investor support and the promotion of the development of the State. Industries from different sectors have chosen the state of Rio as the most suitable place for investmentsof short, medium and long term.With an extremely dynamic and diversified industrial park, large enterprises are being installed in several regions.To assist in the implementation of these strategic investments, the FIRJANSystem(Federation of the Industries of the State of Rio de Janeiro)offers specialized support for investors. With the mission of promoting the business competitiveness, the education and the quality of life, the service seeks tofacilitate the implementation of projects,providing an entrepreneurial vision to investors and differentiated access to products and services.In addition, it contributes to the promotion of the business environment through the incentive of partnerships. “The state has good infrastructure and privileged location in terms of logistics, especially in the road and port modals.This is a major point of attraction of the investor. Furthermore, FIRJAN has an extensive mapping network that points out the advantages of investing in Rio”, highlights Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, president of FIRJANSystem. The customized service collects actions of the five organizations of the FIRJAN System:SENAI(National Service for Industrial Learning of the state of Rio de Janeiro), SESI (Industry Social Service of the state of Rio de Janeiro), IEL (Euvaldo Lodi Institute of the state of Rio de Janeiro), CIRJ (Industrial Center of the state of Rio de Janeiro), and FIRJAN. Foreign companies that want to install in Rio or companies from the state of Rio de Janeiro that want to internationalize, rely on the FIRJAN international.The action goes around to promote increased competitiveness by fostering new partnerships and foreign trade experiences. The integrated work of FIRJAN System allows to gather in one place,support,incentive, information and solutions to stimulate the development of the industry.The Federation also assists in the identification of potential partners for investors,since it represents all of Rio industries and 104 employer unions.


Se você quer inveStir no eStado do rio, não penSe duaS vezeS. Fale com o SiStema FiRJaN. Se você já inveSte, não penSe duaS vezeS. Fale com o SiStema FiRJaN. If you want to Invest In the state of RIo, do not thInk twIce. Talk To SiSTema FiRJaN. If you alReady do, don’t thInk twIce. Talk To SiSTema FiRJaN.

O Sistema FIRJAN representa todas as indústrias do estado do Rio. Com suas cinco organizações, SESI, SENAI, IEL, FIRJAN e CIRJ, oferece serviços e soluções integradas, para auxiliar sua empresa a se estabelecer, crescer e ser cada vez mais competitiva e produtiva. Para isso, fornece informações estratégicas para apoiar a tomada de decisão, interlocução junto a agentes fundamentais na implantação de investimentos, tais como agências governamentais, instituições financeiras, prefeituras, institutos e centros de pesquisa e uma infraestrutura de apoio quando necessário. O Sistema FIRJAN ainda coloca você em contato direto com a sua rede de empresas associadas. Isso facilita os negócios e torna tudo muito mais fácil e rápido. Se você já é dono de empresa, está abrindo uma ou quer investir no estado do Rio, não pense duas vezes. Seja qual for o desafio, fale com a gente. Sistema FIRJAN represents all the industries in the State of Rio de Janeiro. By acting with its five organizations SESI, SENAI, IEL, FIRJAN and CIRJ, it offers integrated services and solutions, to support and enable your company to establish, grow and become more competitive and productive. In order to do that, it provides strategic information to support the decision making process, interaction with important players, who have a specific role on the implementation of investments, such as governmental agencies, financial institutions, municipalities, institutes and research centers and a supporting infrastructure when needed. Sistema FIRJAN also puts you in direct contact with its network of associated companies, making business and everything else much more simple and fast. So, if you already have a company in Rio, are opening one or you want to invest here, do not think twice. Whatever your challenge is, talk with us.


Ligações gratuitas de telefone fixo no estado do rio. **custo de ligação local. *

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É logo ali 34

Programa “Rio +3” apresenta roteiros para o turista que chega à capital e quer conhecer maravilhas* do Estado em deslocamentos curtos


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S

e a capital do Rio é conhecida como uma das mais belas do mundo, muitos recantos fluminenses também não fogem a essa regra. Para além do Cristo Redentor, das famosas praias cariocas e do simpático Pão de Açúcar, há muitas cidades maravilhosas dentro do território do Estado. E o melhor: a maioria delas situadas a distâncias bem curtas da capital. Com essa ideia de descortinar as cidades maravilhosas, foi criado pela Secretaria de Estado de Turismo o programa Rio + 3. Foram montados seis destinos em que o turista não leva mais que três horas no deslocamento a partir da capital, porta de entrada natural dos visitantes. A estratégia foi aproveitar a extensão territorial não muito grande do Estado para estabelecer os roteiros turísticos sob uma nova concepção: o uso eficaz do tempo por quem está se deslocando mas não tem muito espaço na agenda. Então, se o destino for “logo ali”, a vida do viajante já está facilitada. A realização das Olimpíadas de 2016 é o chamariz para a criação do programa. O secretário de Estado de Turismo, Nilo Sérgio Félix, destaca o momento ímpar: “Com as Olimpíadas, recebemos 205 países. A cidade está sendo transformada, tornou-se um grande canteiro de obras. Então é a hora de trabalharmos também os destinos do interior”. O Estado recebe 6,5 milhões de turistas domésticos por ano. Já o turismo internacional conta, anualmente, com 2 milhões de visitantes. A meta, com as Olimpíadas, é aumentar esses índices, incrementando o tempo de permanência do turista e seu gasto médio, como forma de fomentar os dividendos gerados com o turismo. Ao elaborar os seis roteiros, a ideia foi ajudar no direcionamento deste viajante que quer ir além das belezas da capital. “A ideia é que o turista complemente sua viagem pelo interior. Ele chega pela capital e terá uma direção, podendo montar o roteiro que quiser em viagens de uma hora e meia, duas horas ou até três horas. O programa também tem todo um calendário de festas das cidades”, explica Nilo Sérgio.


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Partiu Rio! Conheça os seis destinos do programa Rio + 3. Foto: Divulgação/TurisRio

Destino 1 – Ilhas deslumbrantes e conjuntos arquitetônicos seculares: Angra dos Reis, Ilha Grande, Paraty (Foto - Centro Histórico), Estrada Real, Parque Nacional da Serra da Bocaina, Trindade, Ilha do Tesouro, Ruínas de São João Marcos


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38 Foto: César Pires

Destino 2 – Ecoturismo, tradições europeias e alta gastronomia: Parque Nacional do Itatiaia, Itatiaia (Foto - Prateleiras), Penedo, Visconde de Mauá, Vale e Cachoeira da Fumaça


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40 Foto: Igor Alecsander / igoralecsander.com

Destino 3 – Uma viagem no tempo com aroma de café e clima de montanha: Vassouras (Foto - Fazenda Cacheira Grande), Valença, Rio das Flores, Conservatória, Miguel Pereira, Paracambi, Piraí, Barra do Piraí


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42 Foto: João Calandrini

Destino 4 – Turismo na Serra e o legado histórico do Brasil imperial: Teresópolis, Petrópolis (Foto - Palácio de Cristal), Nova Friburgo, Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Itaipava, Lumiar, São Pedro da Serra, Cachoeiras de Macacu, Guapimirim, Silva Jardim, Sumidouro, Reserva Biológica Poço das Antas.


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44 Foto: Thiago Côrtes

Destino 5 – Fortalezas seculares, caminhos culturais e reserva ambiental: Niterói (Foto - Museu de Arte Contemporânea), Itaboraí, Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, Campos, Casimiro de Abreu, Macaé, Sana, Quissamã, Rio das Ostras, Santa Maria Madalena


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46 Foto: Ronald Pantoja

Destino 6 – Praias e sol, lagoas e restingas, moda e gastronomia em lindas cidades: Armação dos Búzios (Foto), Arraial do Cabo, Cabo Frio, São Pedro da Aldeia, Maricá, Araruama, Saquarema


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SecretáriodeTurismo:“ORio de Janeiro é a ‘bola da vez’” Foto: Karina Pussenti

Nilo Félix diz que equipe está muito motivada e empolgada com momento por que passa o Estado.


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Protagonismo. É este o lugar que o Turismo do Estado do Rio de Janeiro vem ocupando cada vez mais com investidas realizadas pelo Governo. O entendimento é de que explorar o setor não é apenas uma forma de se apresentar uma imagem simpática de um lugar. Muito além disso, o Turismo é estratégico para ajudar a fechar e atrair negócios e a contabilizar dividendos para as economias regionais. O secretário de Estado de Turismo, Nilo Sérgio Félix, acredita que o Rio está num dos seus melhores momentos para conquistar novos visitantes. A realização dos Jogos Olímpicos, com a consequente visibilidade internacional e dentro do próprio Brasil, é um super incentivo para isso. Nesta entrevista, o secretário comemora as conquistas do Turismo fluminense e destaca o projeto “Rio + 3”, lançado no segundo semestre de 2015. A meta: fazer com que o interior do Estado seja amplamente conhecido - e reconhecido – por suas belezas, por seus mais diferentes atrativos e, claro, por seus moradores, tradicionalmente hospitaleiros. Confira a entrevista: Estratégia e Desenvolvimento - Como surgiu a ideia de ser criar o projeto turístico “Rio + 3”? Nilo Sérgio Félix - O “Rio + 3” será, na verdade, um projeto nosso de gestão. Entendemos que a cidade do Rio de janeiro é a que mais recebe turistas nacionais e internacionais (no Brasil). Recebemos 34% do volume de turistas estrangeiros que chegam, ou seja, dois milhões. E no mercado nacional seis milhões de pessoas circulam no Rio de Janeiro e no interior do Estado. E a tendência, o turismo que mais cresce, é o de curta distância. Você então tem que trabalhar seus vizinhos, os chamados polos emissores de visitantes. Essa é a nossa campanha. Estamos trabalhando, no mercado internacional , primeiramente, pela proximidade, os nossos vizinhos, depois com o mercado americano, que

é o segundo. E no mercado doméstico estamos trabalhando a partir da questão da proximidade com nosso Estado: a partir de São Paulo capital, São Paulo interior, Belo Horizonte, Curitiba, Vitória.... Isso não é diferente para o interior do Rio de Janeiro. Temos que remeter o turista que entra na cidade para o interior. Então nós criamos o “Rio + 3”. Essa ideia das 3 horas é uma linguagem internacional, que significa proximidade. Criamos (esse simbolismo) com o seguinte objetivo: o turista chega na cidade e ele vai para o interior visitar suas belezas, seu encanto. Ele entra pela capital e está próximo de cidades históricas, praianas, de montanha, de gastronomia, de turismo de aventura, de serra... A ideia é marcar as campanhas (com a ideia da proximidade). E essa campanha já está se tornando vitoriosa. Estivemos em Las Vegas (EUA), no Rock In Rio, com um estande todo voltado para o “Rio + 3”, distribuímos material do programa. Também no Rock in Rio, aqui no Brasil, tivemos um estande dedicado ao programa. Estratégia e Desenvolvimento - Uma das regiões do programa, a Costa Verde, foi destacada, em novembro de 2015, por uma premiação inglesa. Conte um pouco sobre isso. Nilo Sérgio Félix - O presidente da TurisRio, o Paulo Senise, e a gerente internacional Miriam Cutz, estavam em Londres para participar de uma feira internacional, a WTM (World Travel Market) e lá tiveram a notícia de que um dos principais guias do mundo, o Lonely Planet, registrou que a região da Costa Verde está entre as dez melhores regiões do mundo para se viajar em 2016, criando tendências (no turismo). Isso é muito importante, é um guia de uma repercussão muito grande, que não só divulga os destinos, mas - o que é mais importante - cria tendências. Nosso trabalho vem desde o início do ano (2015). Participamos de feiras em Londres


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esse ano, estamos em todas as feiras internacionais junto com a Embratur, montando nossos estandes, levando técnicos, material promocional e de divulgação... Tudo isso não cai no colo, é fruto de trabalho. Nós estamos então focados no fomento ao turismo do interior. Este prêmio é importante pelos próprios empreendimentos que já estão lá. A região já é musculosa em termos de investidores de turismo, de hotelaria. É a que tem a maior preservação da Mata Atlântica no Brasil também. São 365 ilhas.... Não é por acaso que esse guia coloca a Costa Verde em destaque. Você tem ali a Ilha Grande, Paraty, uma cidade histórica muito importante e que é muito visitada. Aliás, Paraty é a quinta cidade do Brasil mais visitada por franceses e ingleses. Tem ali o lado histórico, o lado da gastronomia, da cachaça... Tudo é um somatório. Estamos muito animados e felizes com essa notícia.

cultura... Você vê a Praça Mauá (na Região Portuária), que encanto depois das obras. É a volta de um Rio encantador, bucólico, saudosista, da alegria, da paz, do entretenimento e da cultura. Sem contar as belezas naturais e os pontos turísticos que são os mais representativos: o Corcovado, o Pão de Açúcar, o nosso Maracanã e por aí afora. Não esquecendo que a capital é encantadora, mas o interior do Estado é privilegiado de estar a, no máximo, três horas dessas regiões.

Estratégia e Desenvolvimento - E a Olimpíada acaba sendo o momento de você fazer essa divulgação maciça dos atrativos do interior, não é? Nilo Sérgio Félix - Sim, é quase automático. O mundo estará aqui. Você terá 205 países instalados no Rio de Janeiro, milhares de jornalistas do mundo inteiro, a mídia toda estará aqui. O Rio de Janeiro é a bola da vez. Então é claro que o Estado está preparado Estratégia e Desenvolvimento - Muito se para esse grande evento. Além da estrutura fala em legado com os Jogos Olímpicos do que está criada, com hospedagem e entreteRio. Qual o legado esperado para o Turismo nimento, tem outra coisa: o Rio sempre conquistou as pessoas pelo seu no Estado? atendimento, seu tratamenNilo Sérgio Félix - TeTemos que remeter o turista to. O carioca e as pessoas mos muito trabalho pela que entra na cidade para o inteque adotaram a cidade para frente. O empresário do rior. Então nós criamos o ‘Rio + morar já têm este estilo, de setor respondeu a esse pe3’. Essa ideia das 3 horas é uma saber receber, de ser agradido de investimento feito linguagem internacional, que dável, de ser brincalhão no pelo Governo e “chegou significa proximidade. Ele está bom sentido. Esse cenário junto”. A hotelaria pratipróximo de cidades históricas, é muito legal para o turista camente duplicou a quanpraianas, de montanha, de gasque está aqui, há identificatidade de apartamentos tronomia, de turismo de aventução muito grande com essa para atender ao evento. ra, de serra... receptividade. O Rio, em Isso mostra que houve in2014, foi escolhido numa vestimento pesado em função do maior evento do mundo. A Barra da pesquisa de uma universidade na Califórnia Tijuca (na Zona Oeste da capital), por exem- como a cidade mais receptiva do mundo. Enplo, ganhou um polo hoteleiro imenso. Nossa tão é o estilo nosso mesmo. Nós já temos a preocupação agora é pós-Olimpíada e nós já cultura dos grandes eventos. Estamos muito estamos atentos a isso. Vamos trabalhar mui- animados. Todos estamos trabalhando aqui to e o Rio (capital) está pronto para isso pois na nossa Secretaria com muita vontade. Só está todo modernizado, está voltando à sua olhamos para frente.


51 Foto: Thomaz Silva / Agência Brasil

Foto: Tânia Rego / Agência Brasil

As belezas da capital, como o Bondinho e o Cristo Redentor, acabam ajudando na atração de turistas para outras cidades do Rio.


52 Foto: Thomaz Silva / Agência Brasil

Todos os caminhos levam ao mar: a praia, onde, definitivamente, o Rio é bem mais igual, simboliza o espírito carioca e ajuda a explicar também a “devoção” que turistas como Hugo Porto (leia na página ao lado) têm em relação à capital fluminense.


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Carioca da gema made in Canadá Não é uma tarefa muito difícil encontrar por aí alguém que tenha pelo Rio um certo estado de encantamento. Mas tem gente que supera as expectativas. O canadense Hugo Porto Soares, 39 anos, filho de portugueses, que já viveu no Rio capital, tem uma espécie de devoção pela cidade. É o símbolo perfeito do turista que não consegue se desvencilhar das maravilhas locais, independente de onde esteja vivendo. “Apesar de trineto, bisneto, neto de imigrantes portugueses, apesar de ser canadense e morar confortavelmente em Toronto, eu preciso acordar todos os dias e sentir saudades e orgulho de ter morado e estudado no Rio, de ser carioca de alguma forma”, afirma. O estado de amor é tão grande que o email de Hugo, que é diretor comercial, tem as palavras cariocadagema. E o curioso é que o rapaz não se deslumbra apenas com as paisagens exuberantes da cidade e a arquitetura especial da capital. O que mais o atrai é o componen-

te humano, o povo carioca. “É a alegria contagiante, o humor sarcástico, a sensualidade, a risada farta. Essas características só existem porque esse povo é o resultado do cruzamento de tantos outros, no qual realço a contribuição portuguesa e negra”. Hugo, que viaja para o Rio sempre que pode, destaca, ainda, a praia, “onde todas as classes sociais se misturam”, a Lapa revitalizada, o samba da Pedra do Sal e do Clube Renascença, o carnaval do Sambódromo e o de rua, a feijoada do subúrbio.... Sobre esta, aliás, ele discorre com conhecimento de causa digno de um carioca: “Existe uma feijoada farta, onde Cartola da Mangueira, Paulo da Portela, Jair do Cavaquinho da Portela também, Manaceia, Ivone Lara, Noel, Ismael do Estácio, Calça Larga do Salgueiro e tantos outros sambistas revelaram a batucada para a cidade e ganharam o respeito do povo”. Mais carioca da gema? Difícil.

It’s right over there

Rio+3 Program create itineraries for tourists that want to visit the state in short trips. If Rio de Janeiro is known as one of the most beautiful cities in the world, the state is no exception. Apart from Christ the Redeemer, the famous beaches of Rio and Sugarloaf, there are several wonderful places in the state. And the best part is that most of them are within a short distance from the capital. To help these beautiful cities to be discovered, theRio de Janeiro Tourism Office created the Rio+3Program, in which were developed tours to six destinations where tourists won’t take more than three hours’ drive from the capital. The strategy is to take advantage of the state’s territorial extension that is not very large and establish tours under the concept of effective use of time. It is easier for the traveler if the destination is “right over there”. The state’s secretary for Tourism, NiloSérgio Félix, highlights the importance of the 2016 Olympic Games for the creation of the program: “We will receive 205 countriesfor the Olympics. The whole town is being transformed and became a big construction site. So now is time to also develop other destinations of the state”. Currently the state receives 6.5 million Brazilian tourists per year, coming from all over the country. On the other hand, it receives 2 million international visitors annually. With the Olympics, the goal is to increase these rates by raising the visitors’ length of stayand their average expenditure in order to support the dividends generated from tourism. When drafting the itineraries, the intention was to assist tourists in their visit through the state. “The idea is making a complement to the trip adding visits to the interior of the state.The tourist arrives through the capital and will have guidance, being able to set the itinerary he wants for journeys with an hour and a half, two hours or up to three hours, “explains Nilo Sérgio.




Grupo Petrópolis 56

Empresa brinda o Rio com mais de 5 mil vagas de empregos; produção em larga escala garante segundo lugar no ranking no país


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izem que a melhor forma de se fazer um grande amigo é ao redor de uma boa mesa e uma boa conversa. Sendo esta regada a cerveja, então, melhor ainda. Tem até quem brinque com aquela história de que dificilmente a gente conquista um amigo brindando com leite. Fato é que a cultura de consumo de cerveja no Brasil está prá lá de consolidada. E com isso surgiu um fenômeno interessante: além de milhões de consumidores assíduos e fiéis, o país, a cada dia, ganha um novo.... mestre cervejeiro. A bebida é tão admirada por aqui que, além de beber, hoje o brasileiro também entende, e bem, de cerveja. Fazendo o melhor para fidelizar os “experts” nesta fórmula mágica lúpulo + cevada e os amantes da bebida milenar, o Grupo Petrópolis não para de crescer e investir. A empresa hoje tem destaque no mercado de produção de cerveja, capitaneado pela marca Itaipava. Segundo no ranking da bebida no país, e com 100% de capital nacional, o Grupo tem no Rio o seu principal referencial de produção e distribuição. Foi no Estado do sol e do mar que a “cerveja 100%” nasceu, cresceu e passou a ser apreciada. Para se ter uma ideia do que o mercado dos “mestres cervejeiros” no Rio é capaz, são mais de 5 mil empregos diretos no Estado, contando com as duas fábricas - de Petrópolis e Teresópolis - e os 16 centros de distribuição. Apenas nas duas cidades serranas, são 1528 pessoas empregadas. No território nacional, o grupo Petrópolis, com sete fábricas em operação, emprega, diretamente, 26 mil funcionários. Ter sucesso no mercado fluminense produzindo a bebida preferida dos brasileiros é motivo de comemoração para o Grupo Petrópolis: “O Rio sempre será nosso ponto de referência e motivo de orgulho. O Grupo Petrópolis tem suas origens em terras fluminenses e nossa principal marca é a Itaipava, o que nos conecta ainda mais com o Estado e seus milhares de consumidores”, afirma Eliana Cassandre, gerente de propaganda do Grupo. A força da produção cervejeira do Estado

é realmente incontestável. O Rio detém nada menos que 14% do mercado nacional da bebida, e, como não poderia deixar de ser, tem uma das maiores médias de consumo per capita do Brasil. O Grupo Petrópolis, por sua vez, detém 20% do share local e possui mais de 68 mil pontos de venda. Uma senhora vitrine! Investir em um Estado com potencial de consumo forte é, sem dúvida, uma estratégia acertada do Grupo Petrópolis. Mas o caminho é de mão dupla. A produção em larga escala e a centralização dos negócios no Estado acabam trazendo para a economia uma força importante. Para se ter ideia, só com salários e encargos no Rio de Janeiro, o Grupo pagou cerca de R$ 315 milhões entre os meses de janeiro e agosto de 2015. Mas, para a empresa, além dos números, o Rio sempre será o balizador para uma série de aspectos intangíveis. “Aqui se dita tendência. O Rio é uma das mais importantes vitrines do país. Estar bem no Rio é garantia de boa repercussão em todo o Brasil”, destaca Eliana Cassandre. “Sem falarmos dos milhares de turistas e o foco que os grandes eventos estão trazendo para a cidade do Rio”, conclui a gerente de propaganda da empresa, em relação à Copa, realizada em 2014, e os jogos Olímpicos de 2016. E para satisfazer o paladar de todos – cariocas, fluminenses, turistas e os apaixonados pelo Rio – o Grupo Petrópolis levou para o nosso cardápio nada menos que 13 marcas. Além do carro-chefe, a Itaipava, tem cerveja para todo gosto: Crystal, Lokal, Black Princess, Petra, Weltenburger e Miller. E não para por aí. A empresa também investiu em outras linhas: a dos energéticos (TNT Energy Drink e Magneto), isotônicos (Ironage), vodkas (Blue Spirit Ice e Nordka) e - ufa! para acompanhar tudo isso - a água Petra. Grupo Petrópolis é coisa nossa Unidade símbolo do Grupo Petrópolis, e a cara do Rio de Janeiro, a fábrica de Petrópolis,


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Carro-chefe: Itaipava já caiu no gosto de milhões de brasileiros e brasileiras.

a charmosa cidade imperial da Região Serra- cultura cervejeira da região”, comemora Eliana, nasceu em 1994. Ali foi gestada a cerveja na Cassandre. Itaipava, hoje uma das mais consumidas e populares no mercado brasileiro. Nela são produ- Em se plantando... tudo dá zidos também o Chopp Itaipava e as cervejas De olho na qualidade do meio ambiente e Crystal e Petra Pilsen. no seu entorno, o Grupo Petrópolis iniciou, em Já a fábrica de Teresópolis, também na 2010, o projeto Área de Mobilização Ambiental Região Serrana, especializou-se em outra (AMA). A ideia é plantar mudas de árvores napreferência do morador do Rio de Janeiro: as tivas da Mata Atlântica e do Cerrado nas áreas cervejas mais encorpadas, de paladar espe- particulares da empresa onde existem unidacial. Ali são produzidas des fabris – além das duas as marcas Black Princess, de Petrópolis e TeresópoO Rio vive um novo momento. O carioPetra e a tradicionalíssilis, as outras fábricas estão ca e o fluminense, assim como a cidade ma Weltenburger Klosem Boituva e Bragança com os grandes investimentos em infrater, originária de uma Paulista (SP), Rondonópo-estrutura, estão mudando. O resgate do pequena e tradicional lis (MT), Alagoinhas (BA) e orgulho e da sensação de pertencimento cervejaria alemã na reItapissuma (PE). é muito presente na vida das pessoas. O gião da Baviera. Detalhe: A meta inicial, de 1,1 Grupo Petrópolis se sente muito conectao sabor típico das cervemilhão de árvores plando e vivenciando essas mudanças. jas alemãs é preservado, tadas, já foi ultrapassada Eliana Cassandre, gerente de já que a receita e a matée chega a 1,25 milhão. O Propaganda da empresa. ria-prima utilizada são as foco inescapável da emmesmas das originais. presa, num momento de Além de movimentar a economia com a alerta para a degradação ambiental no mundo produção e distribuição da cerveja para todo inteiro, é recuperar e preservar a flora nacional, o país, partindo de pontos estratégicos do Es- ajudar a conservar recursos hídricos e contritado, a marca ajuda a fortalecer o setor turís- buir para a integração ambiental com as cotico da Serra. “Consolidamos a Rota Cervejei- munidades. Para consolidar este último ponra do Rio de Janeiro. Em conjunto com outros to, o Grupo lançou o Programa de Educação fabricantes da chamada Serra Verde Imperial, Ambiental, em parceria com o Instituto Chico ajudamos a estimular o turismo em Petrópo- Mendes, que já chegou a mais de 2.500 crianlis, Teresópolis e Nova Friburgo, reforçando a ças e professores.


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Meio ambiente é assunto sério: projeto AMA já realizou o plantio de 1,25 milhão de mudas.

Petrópolis Group

The company brings more than 5.000 jobs to Rio and stands out in the brewers’ market Founded in Rio de Janeiro, Petrópolis Group is growing and invests a lot in the state and throughoutthe country. With 100% national capital, the company has its main hub in Rio andis ranked among Brazilian brewers behind Itaipava.The two factories - Petrópolis and Teresópolis - and 16 distribution centers have broughtmore than 5.000 jobs to the State of Rio de Janeiro. In these two cities, there are 1.528 people employed. In the country, the Petrópolis Group, with seven factories in operation, directly employs 26.000 people. The strength of the beer production in the State is unquestionable. Rio holds 14% of the national market and has one of the highest per capita consumption averages in Brazil.The Petrópolis Group has 20% of the local share with over 68.000 sales points. The group paid approximately R$ 315 million between January and August 2015, only with salaries and related taxes in Rio. The Petrópolis Group has 13 brands. Apart from Itaipava, they have all types of beer: Crystal, Lokal, Black Princess, Petra, Weltenburgerand Miller. The company also invests in other lines: energy drinks (TNT Energy Drink and Magneto), isotonic drinks (Ironage), vodkas (Blue Spirit Ice andNordka) and Petra water. The factory in the city of Petrópolis was founded in 1994 and is the symbol of The Petrópolis Group. There, the Itaipava beer was created and is today one of the most consumed and popular in the Brazilian market. It also produces the Itaipavadraft beer and the beers Crystal and Petra Pilsen. On the other hand, the factory in the city of Teresópolis has specialized in full-bodied beers, with a special flavor. This factory produces the brands Black Princess, Petra and the traditional WeltenburgerKloster, originally from a small and traditional German brewery in the Bavarian region.


Um mar de investimentos 60

Desde a estrutura de portos até a exploração em águas profundas, o Rio alcança resultados de excelência na produção de energia

Plataforma em operação ao sul da Bacia de Campos: além de ter algumas das maiores reservas de petróleo do país, destaca-se pela produção de gás natural.


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Foto: AgĂŞncia Petrobras


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A

s fontes de energia são engrenagens indispensáveis ao crescimento de um país, capazes de colocá-lo em posição estratégica. No Brasil, a nossa energia é gerada, principalmente, por hidrelétricas, petróleo, carvão mineral, biocombustível, gás natural e energia nuclear. O país é praticamente abastecido pela produção interna no setor. Neste cenário, o Rio é peça fundamental. A expansão da infraestrutura energética no Estado se deve, em grande parte, às atividades na Bacia de Campos, onde se encontram as maiores reservas petrolíferas do Brasil, assim como a Bacia de Santos, no litoral do Estado de São Paulo. Em 2013, a Bacia de Campos foi responsável por nada menos que 79,6% da produção nacional de gás natural. O fluxo de petróleo e derivados produzidos em Campos destinados aos terminais e refinaria do Rio levou à geração de uma malha de translado eficiente, com a implantação de infraestrutura de dutos de grande importância logística. O Rio possui dois terminais terrestres, um em Macaé, no Norte fluminense, e outro na Baixada. Além de seis terminais marítimos: dois na Ilha do Governador, na Região Metropolitana, um no Caju, na Zona Portuária, e os demais em Angra dos Reis e nas Ilhas Redonda e D’água, ambas na Baía de Guanabara. A locomotiva energética é complexa e, sem sombra de dúvidas, um dos principais ingredientes da economia do Estado. O Rio tem consolidados grandes projetos de edificação ligados ao setor, como o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), na Região Metropolitana, e o Complexo Portuário de Açu, em São João da Barra, no Norte. Força do Gás Natural Infraestrutura robusta, números sólidos. A produção de petróleo no Estado teve um crescimento acima da média nacional. No período entre 1980 e 2013, os resultados obtidos foram equivalentes a 12,6% de elevação ao ano no Rio, enquanto para o Brasil este índice foi

de 7,6%. Somente em 2013, foram produzidos 84,6 milhões de metros cúbicos de petróleo. O que isso representa? Cerca de 1.458 mil barris/ dia no Estado, ou 72% do total no país. O Rio possui duas refinarias - de Manguinhos e Duque de Caxias, a Reduc. Esta tem capacidade de refino de 242.158 barris/dia de petróleo, que, no ano de 2013, representou 11% da capacidade nacional. Neste cenário, uma das formas de energia que mais vem ganhando força, o gás natural, teve grandes reservas aprovadas nas Bacias de Campos, especialmente nos três últimos anos. A extração em águas profundas – Offshore – teve 12 reservas em 2013. O gás natural foi o principal responsável pela autoprodução de eletricidade e geração termelétrica em centrais elétricas de serviço público. Há de se considerar que o Estado é favorecido por uma integração à malha de gasodutos de transporte da região Sudeste, que dá maior flexibilidade ao suprimento de gás natural, permitindo ao Rio exportar o produto para outros estados. No campo da energia elétrica, as empresas Petrobras, Eletronuclear e Furnas concentram, respectivamente, 31,9%, 27% e 15,8% da capacidade instalada nas centrais elétricas de serviço público do Estado. Entre 2010 e 2013, a participação do PIB do Rio em relação ao PIB Brasil aumentou de 10,8% para 11,5%. No setor industrial, a atividade mais dinâmica no período foi a extrativa (produção de petróleo e gás natural). A energia nuclear também teve como porta de entrada no país o Estado do Rio. Em 1981, foi inaugurada, por meio do Programa Nuclear Brasileiro, a primeira usina nacional, em Angra dos Reis, na Região Sul - Angra I. Posteriormente, um acordo celebrado entre Brasil e Alemanha deu partida nos programas Angra II e III, a primeira em funcionamento desde o ano 2000; a segunda, em construção. Pré-sal, a ‘jóia da coroa’ Com a injeção de investimentos no setor


63 Foto: José Caldas / Agência Petrobras

Sonda do navio NS-21 operando na Bacia de Campos.

energético, um dos principais avanços se traduz, nitidamente, na descoberta das reservas de petróleo do pré-sal. O pesquisador e professor no curso de Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC (UFABC), Igor Fuser, avalia que o Brasil e o Rio alcançaram destaque no cenário global da energia a partir da descoberta destas imensas reservas. Para se ter ideia, elas podem ultrapassar 80 milhões de barris, colocando o país no patamar de um dos

principais fornecedores de petróleo ao mercado internacional. Fuser destaca que o Rio tem papel estratégico, “uma vez que boa parte das reservas do pré-sal está situada no litoral do Estado e devido ao fato de a Petrobras, que tem sede na capital, deter a quase totalidade das empresas do setor petrolífero no Brasil”. O especialista explica que as maiores transnacionais petrolíferas estão instaladas no país.


64

Crescimento a partir da indústria energética À primeira vista, é difícil se fazer a associação, mas a cadeia produtiva de energia, com o auxílio luxuoso do mercado petrolífero, petroquímico e da indústria naval, beneficia, numa só tacada, os aspectos social e econômico. É o caso dos setores de Educação e Consultoria, com empresas interessadas em desenvolver projetos nestas duas áreas de conhecimento. As oportunidades foram surgindo aos poucos, desde o desenvolvimento de campos de prospecção ao refino, alavancando o mercado de trabalho com a abertura de mão de obra especializada. De acordo com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços (Sedeis), a matriz energética do Rio deve registrar avanços de 3,9%, entre 2012 e 2016, e de 4,8%, entre 2017e 2024. O crescimento se deve, especialmente, aos investimentos feitos em função da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos do Rio de 2016. Os eventos incrementam o consumo de energia e, num efeito cascata, estimulam investimentos em geral. O setor energético deve manter o ritmo acelerado de crescimento, com a extração de petróleo e gás e a exploração do pré-sal. O movimento em cadeia é automático, incentivando construções de plataformas, terminais e unidades de apoio logístico para o funcionamento de toda a máquina produtiva. A exploração do pré-sal é responsável pelo aumento no consumo de energia no setor, que, por sua vez, deve continuar a imprimir um avanço em outros segmentos até 2024. As áreas química e petroquímica respondem por uma produção anual de US$45,3 bilhões. Os complexos industriais são os mais favorecidos por este mercado. Um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que a participação desta indústria no PIB brasileiro foi de, aproximadamente,

2,6% em 2009. No acumulado do 1º trimestre de 2011, sobre igual período de 2010, o segmento apresentou crescimento de 15,64% no índice de produção e de 16,39% no de vendas. O Rio teve grande participação neste processo de desenvolvimento, sediando o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que recebeu boa parte destes recursos. Quem me navega é o mar.... O setor naval e Offshore não fica atrás nesta cadeia de desenvolvimento econômico. O Brasil possui 54 estaleiros e outros 11 estão em construção, além das obras em 18 novas plataformas, sondas, barcos de apoio e outras Offshore. O país detém 2,9% do mercado mundial de construção naval e, entre 2003 e 2011, o conteúdo local no processo produtivo passou de 57% para 75%. O Rio tem 22 estaleiros em funcionamento e consegue fomentar uma rede produtiva, fornecendo para estaleiros de pequeno, médio e até grande porte uma mão de obra qualificada. Este mercado fomenta o de matéria prima e estreita os laços com seus consumidores, além da criação de centros de pesquisa e tecnologia. Os benefícios vão desde a modernização do mercado até incentivos em recolhimento de impostos. O setor naval tem, ainda, um projeto em andamento pela Marinha do Brasil: a construção do Submarino com Propulsão Nuclear (SN-BR), previsto para o período 2016-2023. A ação é parte do “Programa de Desenvolvimento de Submarinos” (PROSUB). O projeto inclui a construção de quatro outros equipamentos convencionais, uma Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), inaugurada em 2013, e um complexo de Estaleiro e Base Naval (EBN), localizado na Baía de Sepetiba, em Itaguaí. A construção do Complexo de Sepetiba tem em vista, também, dinamizar no Estado


65 Foto: Agência Petrobras

O trabalho não para: unidade de produção e armazenamento em Maricá.


66 Foto: Divulgação/Docas

Entradas e saídas: portos como o de Niterói são estratégicos para os bons resultados do setor.


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a qualificação de mão de obra, programas de inclusão social na cidade e geração de empregos. As instalações do Programa de Desenvolvimento de Submarinos e Estaleiro e da Base Naval na Ilha da Madeira, em Itaguaí, partiram de uma decisão estratégica, pois Sepetiba tem profundidade adequada para movimentação de navios de grande porte. Já foram investidos no programa mais de R$ 10 bilhões. Desafios De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Serviços do Petróleo (Abespetro), o Brasil é responsável por 80% das atividades Offshore e está entre os 50 mercados mais importantes de Óleo e Gás. A entidade destaca que o país conseguiu superar os principais desafios em tempos difíceis para o setor, como as questões logísticas e tecnológicas, as condições meteorológicas extremas, a capacidade

das indústrias, relação entre qualidade e custo, as variações do mercado financeiro e o valor das commodities. Apesar de, por vezes, navegar em águas turbulentas, em função de um contexto nacional e até mesmo internacional, os negócios em torno do setor dão sempre bons frutos. Não à toa o Porto do Rio acumula resultados positivos. Em 2015, por exemplo, registrou o maior movimento de carga dos últimos tempos, com aumento de 29% em julho em relação a junho. Foram mais de 712 mil toneladas operadas, resultado digno das melhores marés. Fontes: Balanço do setor energético no Estado do Rio ano base 2013, da Petrobras; Agência Nacional do Petróleo (ANP); Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços (Sedeis); Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Petróleo (Abespetro).

Asea of investments

Rio achieves excellent results in energy production. Energy sources are essential to the growth of a country; and in Brazil, Rio de Janeiro takes key role in this sector. The expansion of energy infrastructure in the state is mainly because of the activities in the Campos Basin, where are located the largest oil reserves of Brazil. In 2013, the Campos Basin was responsible for 79.6% of domestic production of natural gas, reflecting positively on other production chains. The Rio de Janeiro Petrochemical Complex (Comperj) and the Açu Port Complex, for example, boosted the domestic economy. Between 1980 and 2013, the energy sector in Rio showed an increase of approximately 12.6% per year, and the national rate was 7.6%. The share of Rio’s GDP relative to Brazil’s GDP increased from 10.8% to 11.5% between 2010 and 2013, thanks to positive results in the electricity sector. Rio was also the gateway for nuclear energy in the country, as the city hosts the first Brazilian Nuclear Power Plant. The State Secretariat for Economic Development, Energy, Industry and Servicesestimates that Rio energy grid shall record a progress of 3.9% between 2012 and 2016, and of 4.8% between 2017 and 2024. International events, such as the Olympics in 2016, increase power consumption. In 2015 the Port of Rio de Janeiro recorded the highest cargo movement of recent times with an increase of 29% in July compared to June. In addition to works on 18 new platforms, rigs and support vessels, Brazil has 54 shipyards and another 11 are under construction. Rio has 22 shipyards operating and can promote a productive network, providing qualified manpower for shipyards of small, medium and large sizes.



INOVAR É SUPERAR

LIMITES HELP DESK/ CALL CENTER

BIOMETRIA

OUTSOURCING BPO SOFTWARE PRINT GED/ECM

SMARTCARDS

LÍDER EM SISTEMAS BIOMÉTRICOS. www.montreal.com.br


Montreal 70

Data Center da empresa no Rio.

Foto: Divulgação

Aqui se pratica o exercício diário da inovação


71

T

odos os dias cerca de cinco milhões de pessoas utilizam o RioCard, o bilhete único de transporte do Rio de Janeiro. Este contingente se soma a outros 14 milhões de cidadãos do Estado para formar o maior cadastro de identificação biométrica da América Latina, concentrado no Detran-RJ. Tal base de dados, por sua vez, é um dos pilares do Portal de Segurança do Governo do Rio, sofisticado sistema de inteligência que se ramifica por mais de uma dezena de secretarias e órgãos públicos. Em todos esses pontos, um nome em comum: Montreal. Há quase três décadas, o grupo desenvolve e integra tecnologias que trazem benefícios à gestão pública, às empresas que investem no Rio e, sobretudo, à população. A inovação é uma dízima periódica e a Montreal está em cada uma dessas casas decimais. Fundada há 28 anos e com controle 100% nacional, a Montreal é uma das maiores empresas brasileiras de TI – seu faturamento anual gira em torno de R$ 400 milhões. Boa parte das operações da empresa está concentrada no Rio de Janeiro, a começar pela matriz decisória. A Montreal ainda mantém no Estado um data center, um centro de impressão de grande volume e uma fábrica de softwares com os certificados CMMI Nível 3 e ISO 9001-2000. A companhia é uma das maiores geradoras de mão de obra do mercado de TI no Rio, com aproximadamente 2,5 mil funcionários – em todo o Brasil, são mais de cinco mil colaboradores. “Construímos uma história e uma relação muito fortes com o Rio de Janeiro. Seja por meio dos serviços prestados à iniciativa privada, seja por meio do apoio a órgãos públicos, a Montreal tem significativa cota de contribuição para o desenvolvimento econômico e social que o Estado experimenta nos últimos anos. Tudo começou no Rio, de onde partimos para montar uma estrutura de abrangência nacional”, afirma o CEO da Montreal, Eduardo Coutinho. Hoje, a empresa está presente em Belo Horizonte, São Paulo, Belém, Brasília,

Salvador, Fortaleza, Recife e Curitiba. Ao todo, a Montreal executa projetos e contratos em 21 estados. Biometria A Montreal é pioneira e líder no segmento de sistemas de biometria no Brasil, por meio da tecnologia Afis (Automated Fingerprint Identification System). Responsável pelo desenvolvimento do Sistema Estadual de Identificação do Estado do Rio de Janeiro (SEI-RJ), a empresa reúne mais de 14 milhões de cadastros biométricos. Empregada na emissão de carteira de identidade dos cidadãos fluminenses – serviço a cargo do Detran-RJ –, a mesma tecnologia é utilizada ainda em outros sete estados. O sistema é um grande aliado no combate a fraudes e falsificações, além de importante ferramenta para autoridades da área de segurança pública. No Rio, todo o cadastro de identificação civil está integrado ao Portal da Segurança, coordenado pela Secretaria de Segurança Pública. A Montreal desenvolveu, implantou e hoje opera todo o sistema, que permite o cruzamento de dados do SEI-RJ, do próprio Detran-RJ, da Secretaria de Segurança Pública, da Secretaria de Administração Penitenciária, das Polícias Militar e Civil e do Ministério Público-RJ, Prefeituras do Rio e Volta Redonda, entre outros, bem como a integração com órgãos federais do Ministério da Justiça e Polícia Federal. As soluções desenvolvidas e integradas pela Montreal, em conjunto com importantes parceiros internacionais, como a alemã Dera-lo, contemplam o cadastro de dados biométricos por meio de impressão digital, impressão palmar e reconhecimento facial. “A tecnologia de identificação biométrica está difundida no Brasil, seja no segmento de controle de acesso lógico e físico de aplicações, seja na identificação civil ou eleitoral. A Montreal vem focando seus esforços técnicos e comerciais em aplicações voltadas para Segurança Pública em Identificação Civil, Criminal e Penitenciária”, diz Eduardo Coutinho.


72 Foto: Divulgação

Eduardo Coutinho: “construímos uma história e uma relação muito fortes com o Rio de Janeiro”.

No momento, a Montreal está à frente de mais um projeto que trará benefícios para a população do Rio e poderá ser aplicado em outros estados. Em parceria com o Detran-RJ, a empresa está testando um novo sistema de agendamento eletrônico da vistoria veicular, que permitirá um melhor ordenamento das filas. Quando a tecnologia estiver implantada em todos os postos de atendimento, só será permitido o acesso do motorista cadastrado e no horário previamente agendado. “Trata-se de mais um sistema inovador que desenvolvemos de acordo com as necessidades específicas de um cliente, neste caso o Detran. Esta aptidão não vem por acaso. É resultado do esforço da Montreal em formar e manter uma equipe especializada em identificar novas oportunidades e viabilizar soluções tecnológicas que respondam às demandas de nossos clientes”, afirma Coutinho. Na área de biometria, a Montreal tem desenvolvido tecnologias voltadas a instituições financeiras – este mercado responde por cerca de 40% dos negócios da companhia. Neste ano,

durante a 25ª edição da CIAB, o maior evento do setor, a empresa apresentou novas soluções de segurança sustentadas pela biometria. Em parceria com a norte-americana Daon, a Montreal desenvolveu um sistema de autenticação para uso em dispositivos móveis com duas camadas de biometria – voz e facial. A aplicação, que já é amplamente usada por bancos no mercado internacional, permite ao usuário efetuar uma operação on-line de maneira remota sem o uso do cartão bancário e com segurança redobrada. A Montreal lançou ainda uma solução de reconhecimento que utiliza biometria múltipla (voz e rosto) para a chamada autenticação de prova de vida que os bancos realizam regularmente, a fim de evitar fraudes no pagamento de benefícios do INSS. A plataforma avançada possibilita que a comprovação seja feita por meio de dispositivos móveis ou do telefone fixo. Além de reforçar a segurança, as instituições podem facilitar a vida dos clientes que recebem benefícios e não precisam comparecer a uma agência para fazer a prova de vida.


73

Linhas de negócios A Montreal se notabiliza pela capacidade de integrar, aperfeiçoar e customizar diferentes soluções tecnológicas, uma marca que perpassa todas as suas linhas de negócio. Além da biometria, a empresa está presente em outros segmentos da área de tecnologia. Há mais de 20 anos, atua na gestão de crédito imobiliário para grandes bancos. O Creditool é uma solução integrada de administração de financiamento habitacional que fornece suporte operacional, contábil e gerencial da carteira de crédito, desde a sua originação até o encerramento do empréstimo. A Montreal tem larga experiência também no setor de ECM (Enterprise Content Management): é líder em sistemas de gerenciamento de documentos e conteúdo no Brasil. Figura ainda entre as cinco maiores empresas de impressão e de documentos em grande volume no país, com capacidade para a produção de mais de 150 milhões de unidades/mês.

A empresa atua também na fabricação de softwares, no segmento de outsourcing e no desenvolvimento de smartcards, caso do RioCard. Na área de transporte público, é reconhecida como uma das poucas companhias de TI do país com expertise para a implantação de soluções de bilhetagem eletrônica em larga escala como o RioCard. Em consórcio com a Tivit, a empresa foi contratada para implementar o Sistema do Bilhete Único de São Paulo. A Montreal mantém ainda um braço de call center. Com mais de duas mil posições, a PC Service presta serviços de service desk e suporte técnico de TI para clientes do grupo e terceiros. O plano de negócios da Montreal prevê investimentos de R$ 40 milhões para os próximos cinco anos. Entre os projetos em desenvolvimento, destacam-se a produção de middleware para aplicações com assinatura digital e smartcards e novos sistemas de identificação biométrica por multicamadas.

Montreal

Here is practiced the daily exercise of innovation. Everyday around five million people use RioCard, the unified transport ticket of Rio de Janeiro. This number adds up to another 14 million citizens of the state to form the largest register of biometric identification in Latin America, focused on Detran-RJ (department of motor vehicles/DMV of Rio de Janeiro).Such database is one of the pillars of the Government of Rio’s Security Portal, sophisticated intelligence system that branches off by more than ten government agencies.In all of these, a name in common: Montreal. For nearly three decades, the group develops and integrates technologies that benefits the public administration, the companies and the population.Founded 28 years ago and with the control 100% national, it is one of the largest Brazilian IT companies – its annual invoicing is about R$ 400 million. Much of the operations are focused in Rio, beginning with the operative headquarters. Montreal keeps in the state a data center, a print center of large volume and a software factory. The company is one of the largest generators of manpower of the IT market in Rio, with approximately 2,5 thousand employees – throughout Brazil, there are more than 5 thousand.It is a pioneer and leader in the biometric systems segment in Brazil, through the AFIS technology (Automated Fingerprint Identification System). Responsible for developing theIdentification System of the state,the company brings together over 14 million biometric records.Employed in the issue of citizens’ ID card, the same technology is used in other 7 states.The system is an ally in the fight against counterfeits, as well as a tool for public safety officials. At the moment, Montreal is ahead of another project that will bring benefits to the population. Together with Detran-RJ, is testing a new electronic scheduling system of vehicle inspection, which will allow a better planning of the queues.


Rio tipo exportação 74

Fotos: Divulgação/Agência Petrobras

Com U$ 23 bilhões movimentados em 2014, Estado se consolida entre os maiores exportadores do Brasil

No topo: petróleo e derivados como a resina (foto à direita) estão entre os principais produtos exportados a partir do Rio.


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P

ortas abertas para o mundo. Parece lugar comum, mas é isso o que as exportações representam de fato para os países que entendem a importância de se priorizar a chamada internacionalização da economia. Quem exporta está ativamente fazendo parte do jogo, criando divisas e, consequentemente, ajudando a fortalecer os negócios internos. Atento à importância de se comercializar com os outros países, o Estado do Rio tem apresentado números ascendentes no setor. Entre 2002 e 2014, por exemplo, as exportações fluminenses cresceram 518%, dados acima da média histórica do país. Com potencial de inovação e sem receio de uma política ousada e de apostas no mercado externo, o Estado se consolidou entre os maiores exportadores brasileiros. Há 13 anos, o Rio era o quinto em volume de vendas externas, com um naco de 6,1% do mercado. Hoje, está na terceira posição, atingindo 10% do global. Em 2014, foram U$ 23 bilhões exportados. No mesmo ano, os negócios fluminenses apresentaram saldo comercial – que é a diferença entre exportações e importações - positivo, de US$ 955 milhões. Os dados constam do Diagnóstico do Comércio Exterior, realizado pela FIRJAN. O levantamento contribui para que empresas, investidores e os próprios governos estadual, federal e municipal tenham um retrato fiel do mercado. É um recorte também do que sonham e pensam os empresários, e do que eles reivindicam que estes governos façam para incrementar o setor. Os dados do último estudo levam em conta as atividades econômicas de 2014. De acordo com o gerente do Centro Internacional de Negócios da FIRJAN, João Paulo Alcantara, o diagnóstico é estratégico porque também mostra os obstáculos internos e externos para o fomento das atividades de exportação. “Por este diagnóstico, é conhecido o posicionamento das empresas em temas centrais do comércio exterior, como negociações internacionais, defesa comercial e avaliação de políticas públicas”, destaca.


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Quatro principais países de destinos das exportações do RJ Países selecionados e principais produtos exportados

Valor (US$ milhões)

Participação (%)

Estados Unidos

4.066

100

Óleos brutos de petróleo

1.919

47,2

Produtos semimanufaturados de ferro ou aços

1.684

41,4

Produtos laminados planos de ferro ou aços

101

2,5

China

3.367

100

Óleos brutos de petróleo

3.204

95,2

Minérios de ferro e seus concentrados

22

0,7

Polímeros de etileno, propileno e estireno

10

0,3

Índia

2.138

100

Óleos brutos de petróleo

2.107

98,6

Produtos laminados planos de ferro ou aços

14

0,7

Pneumáticos

9

0,4

Chile

2.091

100

Óleos brutos de petróleo

1.947

93,1

Produtos laminados planos de ferro ou aços

29

1,4

Pneumáticos

19

0,9

Fonte: FIRJAN/Diagnóstico do Comércio Exterior do Estado do RJ.


77

Principais destinos das exportações de serviços

PAÍSES BAIXOS ESTADOS UNIDOS SUÍÇA REINO UNIDO FRANÇA ILHAS CAYMAN ILHAS VIRGENS (BRITÂNICAS) JAPÃO NORUEGA ALEMANHA DEMAIS

Fonte: FIRJAN/Diagnóstico do Comércio Exterior do Estado do RJ/reprodução.


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Exportações do RJ por blocos econômicos Blocos Econômicos

Valor (em US$ mi)

Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (APEC)

11.557

Associação Latino Americana de Integração (ALADI)

4.311

Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA)

4.213

União Europeia (UE)

2.892

Aliança do Pacífico

2.441

Mercado Comum do Sul (MERCOSUL)

1.736

Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN)

1.699

Comu. e Mercado Comum do Caribe (CARICOM)

1.650

Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA)

1.186

Comunidade Andina das Nações (CAN)

327

Fonte: FIRJAN/Diagnóstico do Comércio Exterior do Estado do RJ.

Pilar inquestionável da economia fluminense, um comércio exterior forte, principalmente nas exportações, contribui para a criação de novas vagas de empregos. E, ao fazer a roda econômica girar, a internacionalização das empresas ganha outro ingrediente importante: o intercâmbio de técnicas e informações entre

mercados, firmando-se como um fator estratégico na máquina produtiva. Ao se vender produtos e serviços para fora, não se fecham apenas negócios. Ao entrar num mercado desconhecido, as empresas podem trocar Know-how e ganhar experiências que pouco provavelmente teriam se estivessem fechadas no


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mercado interno, já conhecido e sem novidades estratégicas. Onde a marca Rio chega Atualmente, as cinco principais indústrias exportadoras do Estado são as de: Extração de petróleo e gás natural (US$ 13 bilhões, representando 57%), Metalurgia (US$ 2,8 bilhões, 13% do total), Outros equipamentos de transporte (US$ 2 bilhões, ou 9%), Produtos derivados do Petróleo (US$ 832 milhões, representado 4%) e Fabricação de veículos automotores (US$ 786 milhões, representando 4%). Os Estados Unidos são o principal destino dos produtos que são exportados a partir do Rio de Janeiro. O volume de negócios com o país da América do Norte é de US$ 4 bilhões (18% do total), seguido pela China (US$ 3,4 bilhões, 15%), Índia (US$ 2,1 bilhões, 9%), Chile (US$ 2 bilhões, 9%) e Cingapura (US$ 1,6 bilhão, 7%). Levando-se em conta um recorte por área,

a Ásia foi o principal destino das exportações fluminenses (US$ 7,2 bilhões, representado 32%). Tanto para China quanto para Índia e Cingapura, a maior parte das exportações é de Petróleo. Blocos econômicos Quando se leva em conta as exportações e as importações e os blocos econômicos formados no mundo, o grupo conhecido como Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (APEC) foi o principal parceiro das empresas do Estado. Este bloco, inclusive, tem entre seus membros os dois principais gigantes comerciais que lideram a parceria com o Rio: Estados Unidos e China. Já a Associação Latino Americana de Integração (ALADI) aparece como segundo destino das exportações, seguida pelo Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA). A União Europeia (UE) aparece em quarto lugar.

Rio for export

The state of Rio established itself among the largest exporters in Brazil with a turnover of U$ 23 billion in 2014. For countries that understand the importance of prioritizing the internationalization of the economy, exports indeed represent open doors to the world.Who exports, is creating currency and helping strengthen the businesses in their country. Aware of the importance of trade with other countries, the state of Rio de Janeiro has showed increasing numbers and between 2002 and 2014 the state’s exports grew 518%. Without fearing a bold policyand with potential for innovation, Rio has established itself among the largest exporters. 13 years ago, Rio had a share of 6.1% of the market and was the fifth state in volume of exports, but today is in third place, reaching 10% of the national total. In 2014, they exported US$ 23 billion and in the same year, the business of the state of Rio de Janeiro had a positive trade balance - the difference between exports and imports - at US$ 955 million. The data are contained in “Diagnóstico do Comércio Exterior” (Diagnosis of Foreign Trade), held every two years by FIRJAN, and contributes to companies, investors and state, federal and municipal governments to have an accurate picture of the market. It is also a demonstration of what entrepreneurs think and what they claim to improve the sector. The last study data take into consideration the 2014 economic activities. The main export industries of the state are: Extraction of Oil and Natural Gas (US$ 13 billion, representing 57%), Metallurgy (US$ 2.8 billion, 13% of the total), other transportation equipment (US$ 2 billion or 9%), Products derived from Petroleum (US$ 832 million or 4%) and Manufacturing of automotive vehicles (US$ 786 million, 4%). The United States is the main destination of the products exported from Rio, with a turnover of US$ 4 billion (18% of total), followed by China (US$ 3.4 billion, 15%), India (US$ 2.1 billion, 9%), Chile (US$ 2 billion, 9%) and Singapore (US$ 1.6 billion, 7%).




FQM Farmoquímica 82

Fotos: Divulgação/FQM Farmoquímica

Fruto de uma ousada aposta em terras cariocas, empresa de medicamentos investiu R$ 45 milhões em dois anos


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fórmula parece complexa, mas é bem simples: confiança no mercado local, seriedade na fabricação de medicamentos e investimentos sempre no horizonte. Com esse pensamento, a FQM Farmoquímica colhe hoje os bons resultados de uma história de 80 anos no Estado do Rio. Nascida em São Gonçalo, na região metropolitana, a empresa deu um importante salto em 2001, quando foi adquirida pelo grupo Roemmers e instalou sua principal unidade fabril no bairro do Jacaré, na Zona Norte da capital fluminense. Os números da aposta feita em terras cariocas saltam aos olhos: são 360 milhões de medicamentos produzidos todos os anos, 600 empregos diretos oferecidos no Estado e uma área ocupada de nada menos que 27 mil metros quadrados. A ideia de investir ainda mais no mercado local, estratégia adotada em 2001, baseou-se em vários fatores. Um deles foi a tradição de importante polo farmacêutico que o Rio teve no passado, perfil que, depois de se enfraquecer na concorrência com outros estados, está sendo retomado com força nos últimos anos. Quem conta sobre essa aposta bem sucedida é o presidente da FQM, Fernando Itzaina. “Achamos importante apostar no Rio naquele momento (em 2001). A cidade e o Estado têm muito a oferecer. A logística da cidade é tão boa quanto em municípios como Santos (cidade portuária do Estado de São Paulo), por exemplo”, avalia, destacando que o Rio possui portos e aeroportos estratégicos e está a uma boa distância de polos importantes, como São Paulo e Belo Horizonte. Mas não bastava criar uma unidade fabril para produção dos chamados medicamentos éticos. Era preciso investir. E assim foi feito. Nos últimos dois anos, a FQM investiu R$ 45 milhões em aquisição de empresas, marcas, produtos e na melhoria de seu parque industrial e instalações. Em relação a este último ponto, foram construídos uma nova fábrica de probióticos no Jacaré e um Centro de Distribuição, na Pavuna, também na Zona Norte da cidade.

E os cariocas verão a FQM crescer mais. Para os próximos três anos, serão investidos mais de R$ 90 milhões em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, movimentando a economia fluminense. A intenção é levar à classe médica soluções terapêuticas modernas que contribuam para a melhoria da qualidade de vida dos consumidores. Além dos 600 empregos diretos no Rio, a empresa tem outros 400 colaboradores trabalhando como representantes de venda em vários pontos do Brasil. No comando de toda essa máquina, está o Grupo Roemmers, ao qual pertence a FQM. Trata-se de um dos maiores grupos farmacêuticos da América Latina, com atuação no Brasil, México, Argentina, entre outros países, somando 23 empresas controladas. No Top 5 A FQM está entre os cinco melhores desempenhos do setor farmacêutico no Brasil, de acordo com a Época Negócios 360, Valor 1000 e Exame Melhores & Maiores. O presidente da corporação, Fernando Itzaina, comenta os bons resultados – e volta a lembrar que, apesar da tradição do mercado em outros estados, como São Paulo, a “aposta Rio” foi prá lá de acertada: “Isso é reflexo de que estar instalado no Rio não significa que você precisa estar fora do mercado principal de medicamentos”. Uruguaio que apostou no Brasil sem medo de errar, Itzaina ainda brinca: “Quer coisa melhor do que trabalhar no Rio? Nada mal, não é?”. Outro ponto valorizado pela empresa é o colaborador. A FQM foi considerada, por quatro anos, pela Revista Valor Carreira, uma das dez melhores empresas em Gestão de Pessoas. O desafio é proporcionar ao funcionário o melhor ambiente de trabalho. Outra meta é investir nos cariocas pela compreensão de que a cidade tem valores alinhados com o espírito de time e criatividade da empresa. Além de produzir e comercializar medicamentos, a FQM possui duas unidades de negócio: a FQM Derma, voltada para a dermatolo-


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gia, que coloca à disposição linhas de dermo e nutricosméticos; e a Invictus, especializada em nutrição médica com uma linha de prebióticos, probióticos e simbióticos. A unidade fabril de Jacaré possui a certificação de boas práticas de fabricação, emitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Tem no currículo também a certificação na norma ISO 14001, para o sistema de gestão ambiental. Fazendo arte na comunidade Mas produzir 360 milhões de medicamentos todos os anos, ampliar instalações ou estar entre as maiores não é o suficiente. O foco da empresa não está apenas nos negócios internos. Pensando em retribuir um pouco do que a cidade proporcionou, a FQM adotou a prática de cuidar do seu entorno. Para isso, desenvolve iniciativas sociais, como o programa “FQM - Eu Sou”, junto à comunidade do Jacarezinho. Desde 2006, mais de 1500 pessoas, entre crianças, mulheres e professores da região já participaram das atividades. O objetivo é levar arte aos moradores, estabelecendo um processo de autoconhecimento e de crescimento. No projeto são oferecidas aulas de Arte-educação para crianças e adolescentes, Costura para mulheres, Formação de Jovem Monitor, para adolescentes que querem dar aulas de Arte-educação, e Formação de Arte-educação, para professores de escolas públicas e privadas do local. A empresa também desenvolve o programa Jovem Aprendiz, que ajuda no encaminhamento profissional. Dezenas de jovens estão incluídos nesta iniciativa, participando de aulas teóricas e, nas áreas da empresa, vivenciando situações práticas do cotidiano do trabalho. Mas, o olhar dos responsáveis pelo projeto vai além. Mais que ensinar teoria e prática, o Jovem Aprendiz incentiva a cidadania e o desenvolvimento comportamental. Boas ideias para o meio ambiente Entre uma nova fórmula desenvolvida e outra,

Linha de produção da fábrica do bairro do Jacaré.

está a preocupação com a preservação do meio ambiente, algo fundamental a qualquer empresa responsável hoje no Brasil e no mundo. A FQM investe em ações e tecnologias para diminuir desperdícios e gerenciar os impactos ambientais próprios à sua atividade. Para isso, realiza várias ações. Entre elas, o fundamental gerenciamento de resíduos sólidos recicláveis e não–recicláveis como forma de prevenir a poluição. Seguindo as normas legais, também são tratados de forma adequada os efluentes industriais (gerados na lavagem de equipamentos), e o esgoto, antes de serem enviados para a rede pública. A empresa também está de olho no consumo consciente dos recursos naturais, e mantém o compromisso de bom uso de energia elétrica, gás natural e água. Para isso, outra fórmula muito simples: estabelecer rígidas metas de redução. O resultado? Mais sucesso. De crítica e de público.


85 Fotos: Divulgação

Indústria gera 600 empregos locais e recebeu certificado de boas práticas de fabricação.

FQM Farmoquímica

The formula that guarantees millions in investments in Rio The Farmoquímica (FQM) is the fifth company in the pharmaceutical industry in Brazil.The first headquarters was set up in São Gonçaloin the state of Rio de Janeiro, 80 years ago.In 2001 its main factorywas installedin Jacaré, a neighborhood in the northern part of Rio de Janeiro.Today, theymanufactureup to 360 million tablets or pills per year, provide 600 direct jobs in the state and have an occupied area of 27.000 m2. FQM’s president, Fernando Itzaina,highlights the importance ofbetting on Rio de Janeiro. “We found it important to invest in Rio at the time (2011). The city and state have a lot to offer. Logistics are as good as cities like Santos (port city of São Paulo), for example”. In the last three years, Farmoquímica has invested R$45 millionin the acquisition of companies, brands, products and the improvement of its industrial park and facilities.A new factory of probiotics and a new distribution center were built.Over the next three years more than R$ 90 millionwill be invested in research, development and innovation.In addition to the 600 jobs, the company has 400 sales representatives in other states. In charge of it all is the Roemmers Group, one of the largest in the pharmaceutical business in Latin America with operations in Brazil, Mexico, Argentina and other countries.The Farmoquímica has two business units: FQM Derma, focused on dermatology, and Invictus, with lines of prebiotics, probiotics and symbiotics. The FQM performs social projects, such as “EuSou” (I Am)in the community of Jacarezinho. Over 1.500 people have attended the activities, which include classes of art education, sewing and youth monitor training.The company also develops the Young Apprentice program that helpsyoung people to reachinto the professional market.The FQM invests in technologies for waste-reduction and managing environmental impacts.To make this happen, the management of solid waste is performed and the industrial wastewater and sewage are treated.


#Somostodoscriativos! 86

Sede da incubadora Rio Criativo na capital fluminense.

Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

Setor em expansão, indústria que tem o conhecimento como recurso produtivo gera PIB de R$ 20,6 bilhões


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le é formado em Matemática, tem mestrado na área, fez computação, deu aulas, migrou para a comédia e, como tinha muito jeito para a coisa, foi fazer stand up como hobby. Depois de participar de um quadro no “Domingão do Faustão”, da TV Globo, viu que a veia cômica era real e acabou aderindo ao humor “mais seriamente”. Dois anos depois, em 2011, com um mundo de gente fazendo stand up por aí, decidiu abrir um canal no Youtube para ter uma alternativa de trabalho. Ali, o mais novo Youtuber da praça e nerd assumido, uniu, ao lado do irmão, comédia, vídeo e música, outro talento no amplo currículo do jovem de 28 anos. Hoje, o carioca Marcos Castro, e o irmão, Matheus, acompanham o desenvolvimento de um game concebido por eles e cuja verba foi levantada por uma bem-sucedida campanha de crowdfunding. Agora, a saga dos Castro Brothers (identidade da dupla na internet, cuja inspiração são os famosos Mario Brothers), é pela conclusão do game, que levará o nome de “A lenda do herói”. O trabalho, previsto para o início de 2016, é uma paródia (olha o stand up aí) dos tradicionais jogos de computador e seus inevitáveis clichês. Muita gente não sabe, mas esse jovem carioca, sujeito lotado de talentos, faz parte de uma potente indústria em expansão no Rio, no Brasil e no mundo: a Indústria Criativa. Marcos é isso: um criativo, que, com visão estratégica, integra um novo setor da economia. E ele sabe disso: “É meio clichê, mas é aquela história de pensar fora da caixa. A criatividade vem do seguinte: lasanha é bom, sorvete é bom, os dois juntos podem até não ser bons. Mas a gente tem que tentar, senão não vai descobrir”, resume, com humor, precisão matemática e... criatividade. A ideia como matéria-prima A Indústria Criativa abrange segmentos, como arquitetura, design, editorial, audiovisual, produção cultural, música, patrimônio, publicidade, além de pesquisa, desenvolvimento e Tecnologia da Informação (TI). São áreas

em que o conhecimento e a criatividade se transformam em recursos produtivos. É a ideia como matéria-prima. E os números desta máquina no Rio são impressionantes. Segundo a Federação das Indústrias do Estado (FIRJAN), hoje são 27 mil empresas produzindo bens e serviços criativos no Estado. Estima-se que o núcleo fluminense gere um PIB de R$ 20,6 bilhões, ou 3,8% de tudo que é produzido. Isso representa a maior participação do PIB criativo na economia entre estados brasileiros. Espalhados pelo mercado do Rio estão 107,5 mil criativos. Este é o segundo maior contingente do país, atrás apenas de São Paulo. Só a cidade do Rio gera R$ 13 bilhões por meio das empresas criativas. No Brasil, já existem 892,5 mil profissionais com este perfil. Além de ver nascerem novos ramos de negócios, a Economia Criativa tem algo que pode ser o “pulo do gato”: a união entre a indústria clássica e os profissionais com perfil inovador - os multitalentos. O coordenador do projeto de Indústria Criativa do Sistema Firjan, Gabriel Pinto, explica: “o casamento entre um profissional e a indústria clássica é que é importante. Por exemplo, um design que trabalhe numa montadora de automóveis, ou um arquiteto chamado a se juntar a uma panificadora para aperfeiçoar um determinado ponto de venda”. Com a mistura de experiências, o empresário diferencia seu produto. Gabriel Pinto destaca que a Indústria Criativa, com seu perfil moderno e super contemporâneo, tem como ação natural impactar a vida das pessoas, solucionando problemas. Não-poluente e inesgotável Um dos principais conceitos sobre Indústria Criativa diz o seguinte: ela não é poluente e é inesgotável, porque vem das ideias e não de um setor extrativista. E a coordenadora de Economia Criativa do Sebrae/Rio, Heliana Marinho, afirma que a história vai além: “o principal é o perfil do empreendedor. O criativo é muito comprometido, apaixonado, é alternati-


88 Fotos: 1 e 3 Reprodução da internet, 2 Arquivo Pessoal

Game “A lenda do Herói”, dos irmãos Matheus e Marcos Castro (ao centro) foi criado graças a uma campanha bem-sucedida na web.

vo e um propagador de ideias”. O Estado e a capital, por suas características culturais, têm cenário favorável para este tipo de negócio: “O Rio tem o perfil de ser aberto à inovação, tem essa história de as pessoas se encontrarem e fazerem ações a partir de pequenos fóruns. A informalidade que faz parte do jeito de ser, principalmente do carioca, tem impacto muito forte na economia criativa”, comenta a especialista. O próprio Sebrae foi um dos primeiros incentivadores dessa nova concepção que invadiu a economia na última década no Brasil. O órgão tem alguns projetos ligados à Indústria Criativa, como o Estrombo, que ajuda no fomento ao

setor da música no Estado, projetando-a, inclusive, para fora do país. De que forma? Perante o inevitável novo cenário - de downloads gratuitos e tecnologia digital – o Estrombo capacita e apoia pessoas ligadas a empreendimentos musicais para que atuem em novos modelos de negócios e canais de distribuição. O produtor musical Carlos Mills é um dos criativos a participar do Estrombo. “A gente atua no programa de visitação de feiras internacionais e organiza caravanas para ocupar o espaço da forma mais produtiva possível”, explica. A ideia é marcar presença forte em mega eventos do mercado de música, como o Miden, em Cannes, na França, voltado para gravadoras e inovação;


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ou o Word Music Expo, em Budapeste, na Hungria, focada em shows e festivais internacionais de música. É nesses encontros que bons negócios são fechados. “Entre as ações a gente busca inserção de conteúdo ou de distribuidores de nossa música com selos independentes na Europa. Tentamos encaixar os nossos músicos em festivais”, completa Mills. Ele ainda destaca que o criativo precisa entender que toda crise gera oportunidades. “Como as multinacionais (da música) perderam fôlego (com as plataformas digitais) foi aberto um espaço para as produções independentes”. Incubadora de boas ideias Desde 2010 , o Rio tem um mecanismo próprio de apoio a empreendedores. Trata-se da Incubadora Rio Criativo, a primeira no país focada no setor e que oferece formação, apoio e geração de negócios. Iniciativa da Secretaria de Estado de Cultura do Rio, a incubadora já coleciona bons resultados. O faturamento total da primei-

ra geração de empresas apoiadas pela Rio Criativo pulou de R$ 1 milhão para R$ 10 milhões. Cada empresa é atendida por 18 meses. São selecionados 16 empreendimentos, que recebem R$ 60 mil para investir no desenvolvimento da empresa, infraestrutura, acompanhamento da equipe, entre outras ações. E a história dos criativos está só engatinhando. Esta indústria enquanto conceito se formalizou há apenas duas décadas. Tudo começou na Austrália, quando o país criou o projeto “Nação Criativa”. O conceito se alastrou pelo mundo, e o Brasil se aproximou da concepção mais formal de Indústria Criativa em 2004, num fórum realizado em São Paulo. Representado no evento, o Estado do Rio embarcou nessa proposta e passou, de forma mais organizada e sistemática, a monitorar, estudar e incentivar o setor. Hoje, o resultado está aí: de frente para o mar, pés na areia e gravata frouxa, é possível constatar, sem sombra de dúvidas: o Rio é um Estado (de) criativo (s).

#Weareallcreative

Industry has knowledge as a productive resource and generates GDP of R$20.6 billion. Creative industrycan be summed up as a sector of the economy that uses the idea as raw material; knowledge and creativity as productive resources. Is getting increasingly prominent around the world and covers several segments, such as architecture, design, audiovisual, cultural production, music, advertising, research and information technology (IT). In Rio the numbers of this industry are impressive and, according to the Federation of the Industries of the State of Rio de Janeiro (FIRJAN), there are 27 thousand companies producing creative goods and services in the state. It is estimated that the center of the state generates a GDP of R$ 20.6 billion, or 3.8% of all that is produced.This represents the largest share of GDP in the creative economy among Brazilian states. In Rio job market there are 107.5 thousandcreative professionals and is the country’s second largest contingent, after Sao Paulo. Only the city Rio generates R$ 13 billion through creative companies and, according to the study of FIRJAN, this means that 5% of everything that is produced in the city come from companies with creativity as main input. In Brazil, there are already 892,500 professionalsin the field. The creative economy not only created new business branches, but also has what may bethe trade secret: the union between the classicindustry and professionals with innovative profile - or multi-talents. Because of its cultural characteristics, the state and the capital have a favorable scenario for this type of business: “Rio has the profile of being open to innovation, there’s this tendency of people get together and do actions starting from small forums. The informality which is a lifestyle, mainly from Rio, has a strong impact on the creative economy”, says the coordinator of Creative Economy at Sebrae/Rio, Heliana Marinho.




EQUINIX 92

Foto: Divulgação/Equinix

Empresa especializada em data centers transforma o Rio numa referência em TI


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a frenética Era da Conectividade em que vivemos, o setor de Tecnologia da Informação (TI) mudou o mapa do crescimento econômico no Brasil. O mercado conheceu uma nova forma de competir: as chamadas negociações interligadas. As redes virtuais evoluíram – e seguem evoluindo com a rapidez de um piscar de olhos. Bem diferente do cenário de alguns anos atrás, estas redes, por meio de poderosos data centers (DCs), - ou centros de processamentos de dados - passaram a transmitir informações de forma aberta ao redor do mundo, reduzindo a distância entre as grandes companhias. O termo “anytime, anywhere” (a qualquer tempo, em qualquer lugar) ganhou credibilidade na economia digital, graças às novas tecnologias de mobilidade, cloud e mídia social. As negociações em torno de interconexão ganharam volume no momento em que os investidores reconheceram a eficiência da colaboração mútua em um ponto neutro e seguro, pela comunicação direta e confiável. No Brasil, o Rio foi o Estado que mais atraiu este tipo de investimento. A norte-americana Equinix, companhia global de data centers e interconexão de dados, chegou ao mercado nacional em 2011, atualizando os principais conceitos no setor digital. De pronto, já partiu para o desafio de inserir empresas na roda das principais economias mundiais, imprimindo velocidade nas trocas de informações, segurança nas operações e ampliando o comércio via internet para um grupo de empresários de olho no futuro. A Equinix dinamizou as relações comerciais e financeiras no Rio, com dois data centers na região – um em Botafogo, na Zona Sul, e outro em Del Castilho, Zona Norte da cidade - abrindo portas para as principais economias do planeta. A marca trilhou a história da internet nos Estados Unidos e, atualmente, está presente em 33 mercados espalhados pelos cinco continentes. Só no Brasil, são mais de 600 profissionais empregados. Entre as missões da empresa está a de agrupar as maiores multinacionais em novas opor-

tunidades de negócios, usando tecnologia de ponta e estratégias em nuvem. Na visão futurista da conectividade em que o Rio foi introduzido, pessoas, máquinas e objetos tecnológicos foram interligados para compartilhar dados e colaborar entre si no ambiente virtual. Nas finanças, as companhias que conquistaram lugar de destaque foram aquelas conectadas aos seus clientes e parceiros via web. Chave para os bons resultados A Equinix é a única multinacional em seu setor que opera em uma plataforma de interconexão global, oferecendo chances de negócios em um ambiente personalizado. A marca inovou com recursos que primam pela segurança e desempenho, pela computação em nuvem e Internacional Business Exchange. Essa ferramenta permite um amplo alcance geográfico, mais opções em redes e conectividade. A Equinix consegue conectar os seus clientes a outros 6.250 potenciais parceiros localizados em 15 países. Mais de cem data centers formam esta plataforma, facilitando os negócios e abrindo novas portas para o setor, por meio de uma vitrine virtual que movimenta milhões de dólares. Em pouco tempo, prestadores de serviços de tecnologia, empresas do mercado financeiro e dos mais diversos segmentos aderiram à tendência. A empresa possui hoje quatro DCs no país, incluindo os dois da Cidade Maravilhosa. Além disso, é a primeira companhia do país com espaço para data center contêiner e instalação de grandes antenas – um serviço que pode ser bem aproveitado em eventos como as Olimpíadas, por exemplo, nos quais empresas de comunicação do mundo inteiro estarão no país e precisarão transmitir altos volumes de informação para seus países sem problema de lentidão. No ranking das marcas classificadas no mercado carioca como Melhores Empresas para Trabalhar, a Equinix alcançou lugar de destaque nos anos de 2011, 2013, 2014 e 2015, além de estar entre as melhores de TI e Telecom do Brasil desde 2010.


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O data center em Del Castilho, na Zona Norte do Rio, também conhecido como RJ2, foi o segundo site da empresa na cidade e o único DC comercial Tier III no Estado. Com 15 mil m², o DC já recebeu investimentos de US$ 41 milhões desde sua inauguração, em setembro de 2013 (US$ 24 milhões iniciais e mais US$ 17 milhões na expansão). Em um novo projeto de ampliação no Estado, a empresa anunciou a inauguração da segunda fase de RJ2, com a construção de um data center envolvendo diversas etapas para garantir mais espaço. O total de clientes em RJ2 que são de fora do país já é de cerca de 15%, com tendência de crescimento. “A Equinix tem como parte de sua cultura investir sempre em seus colaboradores. E nada mais natural do que estender essa prática, também, para o ambiente que nos cerca. No Rio de Janeiro, temos algumas iniciativas para contribuir com a evolução do Estado. Nosso DC na Zona Norte, por exemplo, já recebeu aportes de US$ 41 milhões”, reforça o presidente da Equinix no Brasil, Eduardo Carvalho. Segundo o executivo, isso contribuiu para a geração de empregos e para o desenvolvimento do entorno como um todo. Tecnologia, Informação e... Verde Os data centers da Equinix foram projetados com base em conceitos modernos – e, por que não dizer, inevitáveis - de sustentabilidade. O consumo de água e energia e a redução de emissão de gás carbônico (CO2²) foram questões priorizadas desde as construções das suas sedes na cidade. Os equipamentos instalados utilizam o mínimo de recursos naturais. RJ2, por exemplo, conta com sistema de captação de água da chuva. Com estas iniciativas, a Equinix consegue reduzir em pelo menos 70% o consumo de água e em 10% o de energia. A empresa também está atenta ao que ocorre ao seu redor e, no Rio, prioriza investimentos no campo social. A companhia firmou, por exemplo, uma parceria com o Espaço Democrático da União, Convivência, Aprendizagem

e Prevenção (EDUCAP), organização de base comunitária, criada e estabelecida no Complexo de Favelas do Alemão, na Zona Norte da cidade. Inicialmente, a companhia financiará aulas de inclusão digital na região. Além disso, a marca colocou em prática o Projeto Equinix Impact - Programa de Equiparação de Doações -, com o intuito de ajudar os colaboradores em trabalhos voluntários ou doações pessoais. Por este programa, que está presente nos data centers da Equinix por todo o mundo, um colaborador pode fazer uma doação financeira ou dedicar o seu tempo fora do horário de trabalho como voluntário em uma organização sem fins lucrativos. Como forma de apoio, a Equinix equipara esta iniciativa. Como? Se um funcionário doa R$ 100, a companhia também faz uma doação com o mesmo valor, só que em dólares. Se o profissional contribui com um trabalho voluntário, a empresa doa US$ 20 por hora trabalhada. Um caso interessante é o da voluntária Marisa Esteves, arquiteta de soluções da Equinix no Brasil. Ela escolheu o Grupo de Apoio ao Adolescente à Criança com Câncer (GRAAC), de São Paulo, para se dedicar como agente social, contribuindo com a arrecadação de fundos para a instituição. “Participo de projetos de trabalho voluntário desde 2011 e, atualmente, dedico o meu tempo a atividades junto ao GRAAC. Mais do que me incentivar, a Equinix viabiliza as iniciativas ao disponibilizar espaço físico e ao divulgar estes projetos”, afirma a funcionária. O presidente Eduardo Carvalho comemora os projetos pioneiros no Rio, destacando esse olhar que ultrapassa o caráter estritamente comercial: “Para além dos negócios, temos este importante projeto em andamento com a ONG EDUCAP. A ideia inicial é firmar uma parceria para o financiamento de aulas de inclusão digital. Além disso, estimulamos os nossos profissionais a praticar essas ações voluntárias. Começamos a estruturar o projeto Equinix Impact aqui no Brasil e equiparamos os valores das doações realizadas e as horas dedicadas às ações beneficentes”.


95 Fotos: Divulgação

Ambiente externo da empresa em Del Castilho, na Zona Norte do Rio.

EQUINIX

Data center Company makes Rio an IT reference The global company of data centers (DCs) and interconnection of data, the North-American multinational Equinix, is making Rio de Janeiro a reference in information technology (IT)today.With two data centers (DCs) installed in Rio de Janeiro, one in Del Castillo and another in Botafogo, the company is able to connect its customers to other 6.250 potential partners located in 15 countries. Equinix has more than 100 data centers installed in several countries, facilitating business and opening new doors to the sector through a virtual window that moves millions of dollars. The virtual location was named Equinix Marketplace. In Brazil,there are alreadymore than 600 professionalshired. One of the missions of the company is to group the largest multinationals in new business opportunities, using cutting-edge technology and cloud strategies.In the futuristic vision of connectivity where Rio was introduced and people, machines and technological objects were linked to share data and collaborate with each other in the virtual environment.In finances, companies that conquered prominent place were those connected to their customers and partners through the web. The Del Castilho data center, also known as RJ2, occupies 15.000 m² of area and has received investments of US$ 41 million since its inauguration in September 2013 (initially US$ 24 million and US$ 17 million in the expansion). The company also looks at what happens around it, and prioritizes investments in the social field in Rio de Janeiro. For example, the brand firmed a partnership with EDUCAP, a community-based organization, created and established in the slums of Complexo do Alemão, in the northern part of the city. Initially, the company will finance digital inclusion classes in the region.


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Maratona de investimentos nos Jogos Olímpicos beneficia cidade com projetos sofisticados de engenharia e tecnologia

Parque Olímpico da Barra.

Foto: Miriam Jeske Brasil2016.gov.br

O RIO NO PÓDIO


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m Estado transformado pelo mais importante evento esportivo do mundo. Assim pode ser definido o clima que marca o Rio de Janeiro dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, realizados em agosto e setembro, respectivamente. A maratona de obras da cidade-sede, a capital fluminense, sela um momento ímpar na história do Estado e do Brasil. As intervenções urbanas foram articuladas pelos governos regionais, em parceria com a União e a iniciativa privada, num trabalho em que cada investidor teve seu papel estratégico. As mudanças demandaram investimento total de cerca de R$ 38,5 bilhões*, o chamado Orçamento Olímpico. Para garantir a estrutura do maior espetáculo esportivo da Terra, cada parte entrou com uma parcela de investimento. Do total previsto para as obras, 57% partiram da iniciativa privada e 43%, de verbas públicas. Já o Comitê Organizador divulgou gastos de cerca de R$ 6 bilhões, do setor privado. Para atender as necessidades dos jogos e da cidade-sede, a execução das obras seguiu os seguintes critérios: mobilidade, meio ambiente, renovação urbana e desenvolvimento social. Mais de 25 projetos foram planejados para transformar a cidade e a Região Metropolitana no cenário ideal para receber os atletas do mundo todo. O Governo do Estado, parte desta estrutura de ação, lançou seu Plano de Políticas Públicas, com dez projetos, totalizando investimento de R$ 10 bilhões. Destes, 86% são fruto de recursos estaduais e 14%, da iniciativa privada. “O crescimento do Rio em torno das Olimpíadas é uma realidade. Tivemos importantes avanços na hotelaria, no turismo, nos investimentos públicos e privados que o Rio vem recebendo. Os números demonstram o quanto o Estado cresceu desde a conquista dos Jogos Olímpicos”, enfatiza o secretário Estadual de Esporte, Lazer e Juventude, Marco Antônio Cabral.

E o que dizer do esperado legado dos Jogos? Essa palavra tão pronunciada nos últimos anos se tornou o alvo inescapável das ações. A construção de equipamentos esportivos teve como foco justamente a “herança” a ser deixada para a população. A metodologia de execução foi ancorada em um plano que visasse à sustentabilidade a longo prazo. A engenharia empregada nos novos aparelhos dos centros esportivos buscou a modernização, com uso de tecnologia de ponta. Das instalações selecionadas para as Olimpíadas, 46% já existiam, 32% são novas e 22%, temporárias. Somente nas arenas foram aplicados R$ 6,67 bilhões, com 64% de participação de empresas privadas. Barra da Tijuca – coração dos jogos As obras foram centralizadas em quatro áreas específicas de competições: na Barra e em Deodoro, ambos na Zona Oeste; em Copacabana, na Zona Sul; e no Maracanã, na Zona Norte. O Parque Olímpico da Barra é considerado o “coração dos jogos”, erguido em uma área de 1.180 mil metros quadrados, com cinco arenas. A construção envolveu mais de dois mil profissionais. A Vila Olímpica, que vai abrigar os atletas em 31 prédios construídos em um terreno de 800 mil metros quadrados, fica estrategicamente posicionada próxima ao Parque. O Campo de Golfe, na Reserva de Marapendi, também na Barra, possui um perfil singular, com terreno arenoso e de vegetação natural, ideais para a prática do esporte. Após as Olimpíadas, a área será aberta ao público, como um dos legados do evento. O complexo de Radiodifusão e Mídia também está situado na região, destinado a receber as equipes de jornalistas do mundo inteiro. São esperados 25 mil profissionais para a cobertura do evento. Muitos dos caminhos olímpicos levam mesmo à Barra da Tijuca. O bairro irá sediar o ponto de partida e chegada das provas de contrarrelógio do Ciclismo Olímpico, da Marcha Atlética


98 Foto: Marcelo Santos

Maracanã: o templo do futebol brasileiro sedia cerimônias de abertura e encerramento, além de jogos decisivos.

e do Paraciclismo de Estrada, o chamado Pontal. Também no bairro da Zona Oeste estão o Centro Aquático Maria Lenk, o Centro Olímpico de Tênis, o Estádio Aquático Olímpico e o Velódromo Olímpico. Como não poderia deixar de ser, a Barra passou por uma metamorfose estrutural, com a implantação de uma nova malha de transporte público, centros comerciais e residenciais e programas de recuperação de parques e redes fluviais.

Deodoro e Copacabana Mas há muito mais no cenário olímpico carioca. O bairro de Deodoro, por exemplo, vai sediar 11 competições olímpicas e quatro paralímpicas. Ali, foram projetados novos equipamentos e modernizados aqueles utilizados nos Jogos Pan-americanos de 2007. Em Deodoro, destacam-se a Arena Juventude, o Centro Aquático, o Estádio de Deodoro, além dos Centros Olímpicos de Hipismo, Hóquei e Tiro. O Parque Olímpico do bairro ainda comporta


99 Foto: Divulgacao brasil2016.gov.br

Maquete do Complexo Esportivo de Deodoro .

o Parque Radical, com o Centro de Mountain Bike e de BMX, além de um Estádio de Canoagem Slalom. Um dos cartões-postais mais queridos do Rio, o bairro de Copacabana, foi escalado para sediar as competições de rua e praia. As instalações na região incluem o Forte de Copacabana e a Arena de Vôlei de Praia, construída de forma temporária nas areias. E tem mais. O Sambódromo, símbolo maior do Carnaval carioca, e o Maracanã, templo do fu-

tebol, também não ficarão de fora da maior festa do esporte. O Estádio do Maracanã, com nova roupagem para a Copa do Mundo de 2014, será palco das cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos. Num dos gramados mais famosos do mundo também acontecerão as partidas decisivas de futebol. Já o Maracanãzinho, ao lado do estádio, receberá os atletas do voleibol. No Sambódromo, por sua vez, acontecerão as competições de tiro com arco.


100 Foto: Graziella Batista / CPB / MPIX

Rosinha, que coleciona títulos: ouro em Sidney e uma trajetória de sucesso.

Ela se supera! Muito além da construção da complexa estrutura para receber as competições e das grandes somas de investimentos, o simbolismo dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos está na superação dos atletas. E superação é a palavra que talvez melhor defina a campeã brasileira de Paratletismo de arremesso de peso

e lançamento de disco, Roseane dos Santos, a Rosinha. Detentora do ouro nos Jogos Paralímpicos em Sidney, na Austrália, em 2000, ela é exemplo para muita gente. Alagoana de Maceió, Rosinha, de 43 anos, sofreu um atropelamento quando tinha 18 anos e teve que amputar a perna esquerda.


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De empregada doméstica, ela passou a vender sanduíches após o acidente. O atletismo foi apresentado a Rosinha quando completou 27 anos. Em pouco tempo, ela já era reconhecida como um dos principais nomes paralímpicos do Brasil, chegando a superar o próprio recorde brasileiro ao alcançar a marca de 7,91 metros. Uma das últimas conquistas de Rosinha foi o bronze no arremesso de peso no Parapan de Toronto, no Canadá, realizado no ano de 2015. Antes, em 2011, foi ouro no arremesso de disco no Parapan de Guadalajara, no México. ‘Sabor diferente’ E a atleta não para de sonhar. Afinal, uma vitória em um pódio olímpico brasileiro vai ter um “sabor diferente”. Rosinha comenta que a sua participação nas Olimpíadas 2016 está trazendo um sentido todo especial à sua vida profissional e pessoal. A atleta comemora os últimos desempenhos e garante estar em boa forma física e psicológica, e, claro, treinando

muito. “Já consigo fechar os olhos e imaginar uma quantidade enorme de pessoas que vão estar ali (nos locais de provas) para ver a gente”. No entanto, quando ela abre os olhos, sente mesmo é o grande peso da responsabilidade. “Tem muita gente cobrando as medalhas de ouro. Eu já imagino que vou entrar no Estádio para sair muito feliz, com o ouro”. A participação nos Jogos Paralímpicos ainda terá um significado extra para a atleta, que encerrou em 2015 o tratamento de um câncer localizado na região da garganta, descoberto em janeiro de 2014. “Passa um filme na minha cabeça e vejo que preciso fazer o melhor para conquistar mais medalhas. Estou pedindo a ajuda de Papai do Céu”. * Os dados numéricos referentes a investimentos são fruto de apuração entre os meses de setembro e novembro de 2015. Por isso, estão passiveis de alteração.

Rio on the podium

Major investments in the Olympics benefit the city with sophisticated engineering and technology projects The state of Rio de Janeiro is changing for the 2016 Olympics and Paralympics Games to be held in August and September, respectively.The many construction projects that are happening in the host city, the capital of Rio de Janeiro, mark an important moment in the history of the state and Brazil. The activities were articulated by the regional and federal governments and the private sector, and were required$38.5 billion in investments, the so-called Olympic budget.Altogether, 57% of the amount foreseen for the works came from the private sector and 43% of public funds. Over 25 projects were designed. The State Government launched the Plan of Public Policy which has ten projects, making a total investment of R$10 billion. The works are located in four areas: Barra and Deodoro, both in the western area; Copacabana, in the south; and Maracanã, central area. Barra Olympic Park is considered the “heart of the Games” and the construction involved over two thousand workers. The Olympic Village has 31 buildings to house the athletes and is strategically positioned near the Park.In the same neighborhood, also feature the Golf Course, the Maria Lenk Aquatics Centre, the Olympic Tennis Centre, the Olympic Aquatics Stadium, the Rio Olympic Velodrome and the events of cycling time-trial, race walk and the para-cycling road race. Deodoro’s venues will host eleven Olympic sports and four Paralympic sports.We can highlight the Youth Arena, the Deodoro Aquatics Centre, the Deodoro Stadium, the Olympic Equestrian Centre, Olympic Hockey Centre and Olympic Shooting Centre. The Deodoro Olympic Park also holds the X-Park, with the Mountain Bike Centre, the Olympic BMX Centre and the Whitewater Stadium that will host the canoe slalom events. Copacabana will host street and beach events; Maracanã will stage the opening and closing ceremonies and football matches; and Sambódromo the archery events.


O sonho olímpico 102

Secretário Marco Antônio Cabral: economia que gira em torno do esporte no Estado se beneficia das Olimpíadas.

Foto: Karina Pussenti

Maior evento do planeta incentiva ainda mais os projetos esportivos em andamento; chamariz dos Jogos é ‘histórico’ para América do Sul


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N

um dos momentos mais importantes para a história do Estado do Rio, com a realização dos Jogos Olímpicos, uma secretaria em especial, por razões mais que óbvias, lança todas as suas atenções ao maior evento do planeta. A pasta de Esportes do Governo estadual, que também atua como parceira na realização da grande festa, já comemora os bons frutos que os Jogos prometem deixar. Todo o aparato criado em torno das Olimpíadas - desde suas obras monumentais até o aquecimento do turismo em doses radicais – já resulta em ganhos para a economia da região, com uma série de investimentos em várias áreas. O titular da Secretaria de Esportes do Rio, Marco Antônio Cabral, acredita que a visibilidade alcançada é inédita e só tem a beneficiar a todos: “economicamente, as Olimpíadas são o maior chamariz que já houve no Hemisfério Sul para o turismo em toda a história. Afinal, é a primeira Olimpíada da América do Sul”. O clima na pasta é de comemoração, com os números “estratosféricos”, como classifica o secretário. “São mais de 25 mil jornalistas trabalhando, temos mais de 15 mil atletas de todas as modalidades, não sei quantos milhões de refeições servidas todos os dias... Só as obras olímpicas já trazem um aquecimento na economia muito grande”. Mas Marco Antônio Cabral diz que a atenção maior é no pós-Olimpíadas, para que se evitem erros e que se tenha realmente um legado forte para o Rio de Janeiro. A ideia perseguida pela pasta é fazer com que a economia que gira em torno do esporte também se beneficie dos Jogos. E como fazer isso? “O Rio sempre teve uma prática esportiva muito difundida. Vamos aproveitar esse momento para trazer eventos, mais empresas, mais projetos esportivos...”, destaca o secretário. Dever de casa Enquanto atua junto a órgãos federais e municipais nos preparativos para o grande

palco das Olimpíadas, a Secretaria de Estado do Esporte também toca os projetos específicos da pasta. E uma das preocupações naturais dos gestores públicos, e da própria população, é com a formação de atletas. Formar um corpo forte de esportistas é uma medida estratégica para o desenvolvimento do esporte e da qualidade de vida da população abrangida pelas ações. O secretário defende que as prefeituras e os governos estaduais devem ter uma preocupação com o esporte de base, com a formação de turmas em colégios, em projetos sociais e em polos esportivos. “Essa é a nossa grande missão. Já o governo federal tem a missão de potencializar o esporte de alto rendimento, que é mais caro, estabelecendo parcerias”. Um dos planos é investir nos clubes, onde os atletas são formados. “Os clubes do Rio se deterioraram nos últimos anos. Nós temos um planejamento para, em 2016, ajudarmos estes clubes. Estamos trabalhando pra isso”, informa. Lidera RJ Um dos instrumentos para aumentar os investimentos no setor é o projeto “Lidera RJ Esportes”, em parceria com o Sebrae, que vem obtendo bons resultados. Pelo programa, especialistas do Sebrae percorrem todo o Estado auxiliando prefeituras e empresas ligadas à área de esportes a aplicarem com mais eficiência as verbas no setor. “É uma capacitação dada pelo pessoal do Sebrae que ajuda ainda a capitalizar mais recursos para práticas esportivas”, comenta o secretário. Outro destaque é a Lei de Incentivo ao Esporte, criada de forma pioneira no Estado em 1992. Pelos benefícios que a legislação oferece à iniciativa privada, é pavimentado o caminho para realização de grandes eventos em formato de Parcerias Público-Privadas (PPPs). O secretário destaca, por exemplo, a Copa UPP de Futebol, disputada entre moradores e policiais militares, e


104 Foto: Divulgação


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realizada em parceria com a companhia Oi, nas comunidades que possuem Unidades de Polícia Pacificadora. Foco no interior e na pacificação Investir em áreas de UPPs é, aliás, uma das duas prioridades da atual gestão do Esporte fluminense. Ao lado da interiorização das atividades esportivas, está na mira todo um investimento nestas comunidades alvo de pacificação. “As crianças e os jovens aceitam muito bem os projetos que são levados para as comunidades. A PM faz isso e a gente potencializa. Levamos grandes ídolos do esporte às comunidades, como o José Aldo, por exemplo (do UFC)”. A ideia, segundo o secretário, é abrir oportunidade com oficinas e escolinhas e mostrar que o jovem da comunidade também pode ter acesso ao esporte, como o jovem da Zona Sul tem. E um dos caminhos para incluir ativida-

des esportivas é via UPPs. “Mais do que o braço armado do Estado na comunidade, a polícia tem entrado, sim, com o esporte, com a cultura, com a rede Faetec (cursos profissionalizantes). É claro que há muito a fazer, mas estamos no caminho certo”, destaca o secretário. Com relação a outra grande prioridade, os investimentos no interior do Estado, a estratégia é dar prioridade a cidades e regiões que não têm sido historicamente beneficiadas neste setor e que agora passam a receber uma atenção toda especial do Governo. E, para isso, os Jogos Olímpicos são um “prato cheio”: “A gente quer que todas as regiões do Rio de Janeiro aproveitem este momento positivo. Estamos levando o clima olímpico para todo o interior. A secretaria está muito focada em levar investimentos para o Norte, Noroeste, Sul, Serra, Costa Verde, Lagos”, enumera Marco Antônio Cabral.

The Olympic dream

The biggest event on the planetencourages even more the sports projects in progress; the appeal of the Games is ‘historic’ for South America. The State Department of Sports is already celebrating the good fruits that the Olympic Games started to leave all over Rio.The magnificence around the Olympics, from monumental works to the tourism heating, already result in gains for the economy. The head of the department, Marco Antonio Cabral, believes that the visibility achieved is unprecedented: “Economically, the Olympics are the biggest draw for tourism that ever happened in the Southern Hemisphere throughout history.” But the main focus is on the post-Olympics, in order to have a strong legacy.The idea is to ensure that the economy, that revolves around the sport, benefit from the Games.”We will take this moment to bring events, companies, sports projects ...” says the secretary.While works with federal and municipal agencies in preparations for the big stage of the Olympics, the departmentmanages specific projects. One of the plans is to invest in clubs, where athletes are formed, by promoting actions in the baseline of sports and in the training of young people. A tool to increase investments is the project “Lidera RJ Esportes”, in partnership with Sebrae.By the program, Sebrae experts travel throughout the state assisting municipal governments and companies related to the field of sportsto implement more efficiently the funds in the sector.Another highlight is the Sports Incentive Law, which sets the way for major events in the format of Public-Private Partnerships (PPPs). Among the priorities is the investment in sports projects in areas where there are Pacifying Police Units (PPUs).Another investment is the internalization of actions giving priority to areas that have not been benefited with actions for the sector. And the Olympic Games are a“field day”:”We want that every region of Rio take advantage of this positive moment. We are taking the Olympic atmosphere into the interior,” says Marco Antonio Cabral.


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Uma cidade em (re)construção

Investimentos no transporte público para garantir sonhada mobilidade Apresentação de um dos metrôs da nova linha 4.


107 Foto: Tania Rego/Agência Brasil

A

“menina dos olhos” das políticas públicas dos governos federal, estadual e municipal, com vistas à Olimpíada é, sem sombra de dúvida, o setor de transporte público. A cidade se movimenta por meio de uma rede formada por ônibus, barcas, metrô e trens, associada a uma malha de ciclovias. A logística desenvolvida busca garantir que os participantes dos Jogos e os espectadores, além dos moradores, tenham opções de deslocamento seguras e mais rápidas. O investimento em mobilidade tem base em três principais projetos, focados nas conexões com os locais das competições: ampliação do metrô com a nova linha 4, o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que irá circular pela área central da cidade e Zona Portuária; e o BRT (Transporte Rápido por Ônibus), com as linhas TransOeste, Transcarioca, TransOlímpica e Transbrasil, com 154,4 km de abrangência. A malha da Transoeste, aliás, foi a primeira a entrar em funcionamento, transportando cerca de 120 mil passageiros por dia. No total, mais de US$ 5 bilhões estão sendo investidos. A gestão estadual acredita que este será o grande legado dos Jogos, especialmente os projetos de ampliação do sistema metroviário. A rede de metrô irá passar de 46,2 km para 62,2 km. A nova Linha 4 liga o bairro de Ipanema, na Zona Sul, à Barra da Tijuca, e vai transportar, a partir de 2016, mais de 300 mil pessoas/dia. Com a ampliação será possível ir da Barra a Ipanema em 13 minutos e, da Barra ao Centro, em 34 minutos. Trajeto que, antes, não seria feito em menos que uma hora. Os custos deste empreendimento metroviário são divididos entre Governo do Estado e Concessionária Rio Barra. O sistema de trens urbanos, gerido pela concessionária Supervia, também passou por reformulação, e seis estações estratégicas nos deslocamentos para os locais de jogos foram reformadas. Além disso, outras nove barcas foram adquiridas pelo Estado, num investimento total de R$ 273 milhões.


108 Foto: Tomaz Silva/Agencia Brasil

Protótipo do VLT, investimento do município do Rio.

Novo conceito de cidade Das obras planejadas pelo Governo do Estado para a nova fase do Rio, uma tem valor estratégico - o Arco Metropolitano. O empreendimento, iniciado em 2007, foi idealizado para servir como elo entre oito municípios fluminenses, por meio de 146 quilômetros de rodovia, entre o porto de Itaguaí e o município de Itaboraí. A via expressa tem o potencial de desafogar o trafégo na Região Metropolitana e melhorar o escoamento de produtos entre os estados. O Arco Metropolitano tornou-se viável graças a uma parceria entre o Estado e o governo federal. Mais de R$ 2 bilhões foram investidos nas obras. Desde o anúncio do Rio para sediar os Jogos de 2016, a cidade vem servindo como modelo de avanço pela Organização das Nações Unidas (ONU), classificada como uma das mais integradas do planeta, no patamar de referência em mobilidade ou necessidades especiais. O reconhecimento é resultado de ações conjuntas nos âmbitos federal, estadual e municipal, para garantir a acessibilidade

na construção da infraestrutura e das instalações olímpicas. De olho nisso, os sistemas de transporte público vão permitir acessibilidade integral, dentro dos padrões estipulados pelo Comitê Paralímpico Internacional. E essa concepção moderna e justa de cidade se reflete em outras áreas. As novas construções do setor turístico, como os hotéis, por exemplo, devem acompanhar as normas de acessibilidade. Mas, além do transporte, uma área específica ganhou nova cara com a realização dos Jogos: o Centro do Rio, que passou por mudanças estruturais e urbanísticas profundas. A revitalização da Zona Portuária, sob responsabilidade do município, é prova disso. As obras compreendem a drenagem para o controle de enchentes, pavimentação de calçadas, ampliação da acessibilidade e iluminação pública com eficiência energética. Nesta mesma região, a nova roupagem da Praça Mauá impulsiona os setores empresariais e de turismo do Estado, com a chegada de novos investidores, inclusive multinacionais.


109 Foto: Tânia Rego Agência Brasil

Arco Metropolitano: obra potencializa o desenvolvimento de cidades da Baixada.

A city under (re)construction

Investments in public transportationin order to guarantee the desired mobility The public transportation is, undoubtedly, the most important part of thePlan of Public Policy of the State of Rio de Janeiro for the 2016 Olympics. The city’s transport system works through a network of buses, ferries, subways and trains, associated with bike lanes. The developed logisticsis designed to ensurethat participants of the Games and the audience, in addition to residents, have safe and faster mobility options. Theinvestment in mobility is based on two main projects, focused on the connections with the competitions venues: the LRT (Light Rail Transit), circulating through downtown and port area; and the BRT (Bus Rapid Transit), with the lines TransOeste, Transcarioca, TransOlímpica andTransbrasil, covering 154,4 km. The investment in these projects will be of more than US$5 billion. For the state government this will be the biggest legacy of the Games, especially the projects to expand the subway system in whichthe network will go from 46,2 km to 62,2 km. The new line, starting in 2016, will connect the neighborhood of Ipanema to Barra da Tijuca and will carry more than 300.000 people a day. The urban rail system, operated bySuperVia, has also been reconstructed and six stations, which are the key for the transit to the Games venues, were renovated.


CrĂŠdito: Mariana Gil / EMBARQ Brasil


Deixe que o BRT leve você paRa uma viDa com muiTo mais qualiDaDe. Os números comprovam o que a população já sabe: 74% dos usuários aprovam o BRT. É o modal mais bem avaliado do Rio. Com um pouco mais de 3 anos e 2 corredores inaugurados, hoje o BRT faz parte da vida de mais de 450.000 passageiros, que chegam mais rápido ao trabalho e voltam mais cedo para casa, podendo ter muito mais tempo livre. Afinal, 60% das viagens têm duração de até 30 min. É por isso que o BRT Rio tem muito orgulho de poder levar mais qualidade no transporte para seus usuários. Economia de tempo é qualidade de vida. E tudo isso faz do BRT o transporte coletivo preferido do Rio de Janeiro.

O RiO MERECE uM BRT CAdA vEz MElhOR. O CARiOCA MERECE MAis QuAlidAdE dE vidA.

Bom para a cidade. Um bem para o cidadão.

*dados da pesquisa datafolha


FETRANSPOR 112

Foto: Divulgação / Fetranspor / Mirian Fichtner

No transporte de 8 milhões de passageiros/dia, sistema de ônibus busca encurtar caminhos e integrar a Região Metropolitana


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Q

uando o assunto é transporte público, não resta dúvida: o Rio e as cidades da Região Metropolitana se movem, prioritariamente, por meio do sistema de ônibus urbano e interurbano. Seja nas linhas municipais ou nas que cruzam a região, é nos coletivos que os caminhos fluminenses são traçados. Para se ter idéia do protagonismo, os ônibus são responsáveis por mais de 80% dos deslocamentos da população que utiliza o transporte público no Estado. Quem acompanha o dia a dia das cidades e depende deste mesmo transporte público para se deslocar, não faz ideia, mas, atualmente, está na rua uma frota de 22 mil ônibus. O sistema transporta aproximadamente 8 milhões de passageiros/dia. Destes, 1,5 milhão são com acesso gratuito - idosos, estudantes e pessoas com deficiência. Para isso estão em circulação nada menos que 3 mil linhas. Ciente dos desafios que a mobilidade representa para cidades de grande porte em todo o mundo, a Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) tem buscado integrar cada vez mais o sistema. A meta é oferecer rapidez, conforto e segurança nos deslocamentos. Por isso, uma prioridade nos últimos anos tem sido a elaboração de propostas para integração da Região Metropolitana, de olho, entre outros pontos, nas competições internacionais realizadas na capital. Dessa forma, a intenção é colaborar na construção de um legado, tendo como referência as Olimpíadas de 2016. Uma das iniciativas da Fetranspor na intenção de obter resultados satisfatórios com a integração foi apresentar um estudo para implantação de dez projetos no Grande Rio. Seriam oito corredores de BRT (Via Dutra, Via Light, Washington Luiz, TransBaixada, Niterói-Alcântara, RJ 104, RJ 106, BR 101) e duas faixas exclusivas (na Ponte Rio-Niterói e no Arco Metropolitano). Apesar de complexo e de demandar mudanças estruturais profundas, o objetivo é perseguir uma meta simples: repetir as experi-

ências bem-sucedidas dos sistemas já implantados no Estado, como o BRT TransOeste e o TransCarioca. Com eles, a interligação dentro do município foi agilizada e otimizada. Outra “inspiração” é o sistema de corredores BRS implantados na capital. A Fetranspor, que representa hoje mais de 200 empresas de ônibus filiadas, chega aos 60 anos ciente da sua responsabilidade de contribuir para uma mobilidade com qualidade, garantindo a melhoria na vida do usuário. Além disso, não é segredo para ninguém, os investimentos são cruciais, já que quanto melhor for o sistema de transporte, mais a economia do Estado terá a agradecer. “Apesar de reconhecer que os desafios e dificuldades da mobilidade urbana são muitos e, nos dias de hoje, afetam as grandes cidades de todo o mundo, a Fetranspor acredita firmemente que pode contribuir – e contribui – para as soluções no Estado”, afirma o presidente da Fetranspor, Lélis Teixeira. Mobilidade com qualidade Para desenvolver com seriedade a missão de construir uma mobilidade sustentável e inteligente, contribuindo com as políticas de transporte planejadas pelo poder público, a Fetranspor investe em várias frentes. Entre elas estão projetos ambientais e de responsabilidade social, além de estudos para mobilidade urbana, tecnologia e educação corporativa. Uma das medidas adotadas foi adequar o funcionamento dos ônibus aos rígidos requisitos legais do Conselho Estadual de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, o Conema. Para isso, criou o “Selo Verde”, que atua no controle da emissão de gases poluentes. O projeto contribuiu para que, só em 2014, deixassem de ser lançados no ar mais de 100 mil toneladas de dióxido de carbono e 2,5 mil toneladas de material particulado, a chamada fumaça preta. A Fetranspor está integrada aos programas Despoluir, da Confederação Nacional do Transporte (CNT), e EconomizAR, da Petrobras/ Conpet. Em 2014, os veículos das empresas fi-


114 Foto: Divulgação / Fetranspor / Mirian Fichtner

Bons resultados no ar: programa “Selo Verde” atua no controle da emissão de gases poluentes.

liadas ao sistema obtiveram 97% de aprovação nas mais de 86 mil inspeções realizadas pelos técnicos do “Selo Verde”. A frota também participa de estudos e experimentos com novas tecnologias de motor e combustíveis menos poluentes. Em 2014, foi testado no Rio, pela primeira vez, um ônibus movido inteiramente à eletricidade, armazenada em baterias recarregáveis. Também no uso do diesel de cana-de-açúcar a Fetranspor empreendeu teste pioneiro. Veículos articulados utilizando 100% de diesel de cana operaram no BRT TransCarioca. Entre as metas para garantir ações de Responsabilidade Social, foi eleito o diálogo permanente com a sociedade, os sindicatos e as empresas. A federação busca incentivar as filiadas a adotarem indicadores, por meio de parceria com o Instituto Ethos. São realizados processos de capacitação dos profissionais. Também como forma de estreitar o diálogo com o usuário, foi criado o projeto “Fale Ônibus”, um canal de comunicação direta com as empresas. O contato pode ser feito por telefone, SMS ou Whatsapp. Nos últimos quatro anos, foram mais de 1,3 milhão de registros. Outro projeto é o “Mobilidade Sonora”, que ajuda a difundir música entre alunos da rede pública, apoiando a qualificação profissional de instrumentistas de orquestras de projetos sociais. São realizados concertos, que oferecem explicações sobre a criação

musical, e orientações sobre cidadania. Entre os parceiros estão a Orquestra Filarmônica do projeto Villa-Lobos e as Crianças, a Orquestra Maré do Amanhã e o grupo do Instituto Zeca Pagodinho. A juventude também é o foco do programa “Diálogo Jovem”, que dá voz a pessoas entre 15 e 29 anos, selecionadas pelo perfil inovador, dinâmico e que tenham intimidade com as novas tecnologias. Elas têm acesso direto aos atores do sistema de transporte, como os empresários, permitindo a participação em debates. ‘Cidades para as pessoas’ A Fetranspor implantou um projeto pioneiro em 2008: a Universidade Corporativa do Transporte. Só em 2014, foram investidos mais de R$ 4 milhões em iniciativas de educação para os trabalhadores, com treinamentos e cursos. A universidade já capacitou mais de 24 mil rodoviários, em especial nos programas “No Ponto Certo”, “Rodoviário Cidadão” e “Simulador de Direção”. Sabendo dos desafios a serem ainda alcançados, o presidente da Fetranspor, Lélis Teixeira, afirma: “Há 60 anos, são feitos esforços em todas as áreas, buscando projetos de mobilidade, preservação ambiental e sustentabilidade. As cidades são feitas para as pessoas, e não para os veículos. Assegurar deslocamentos tranquilos, seguros e confortáveis é garantir uma qualidade de vida melhor para os cidadãos”.


115 Foto: Fetranspor / Jorge dos Santos

Sistema de BRS implantado na capital serve de inspiração para melhorias e novos investimentos.

FETRANSPOR

In the transport of 8 million passengers a day, bus system seeks to shorten routes and integrate the metropolitan area. Rio de Janeiro and the cities of the metropolitan area of the state move, mainly, through the city and intercity bus system.Whether in municipal lines or the ones that cross the region, is on the city buses that the routes of the state of Rio de Janeiro are mapped. The busses are responsible for over 80% of the displacement of the population that uses public transportation in the state.Currently there is a fleet of 22 thousand buses on the streets.The system carries about 8 million passengers a day. The Federation of Passenger Transport Companies of the State of Rio de Janeiro (Fetranspor) aims to integrate more and more the system. A priority has been the integration of the metropolitan region, focusing in international competitions held in the capital, among other things.The target: to ensure a legacy, especially after the 2016 Olympics. Despite being complex and require deep structural changes, the goal is to repeat the successful experiences of the systems already established in the State, like the TransOeste and TransCariocaBRT. With them, the connection between cities has been accelerated and optimized. Fetranspor invests in other areas, such as environmental and social responsibilityprojects, as well as studies for urban mobility, technology and corporate education.One of the programs is the “Selo Verde” (Green Seal), which acts in the control of greenhouse gas emissions. Fetranspor is integrated into the programs “Despoluir”, of the National Confederation of Transport (NCT), and “EconomizAR”, of Petrobras/Conpet.In 2014, the vehicles of the companies affiliated to the system gained an approval rating of 97% in over 86 thousand inspections.The fleet is also involved in studies and experiments with new engine technologies and cleaner fuels.


Inovadores, terra (promissora) à vista! 116

Mercado de TI e Comunicações cria importante alternativa de investimentos e atrai grandes do setor

Cenário favorável: momento ímpar fomenta novos negócios.


117 Foto: Rio By Boat

I

novação. Há alguns anos, essa palavra deixou de ser algo inalcançável, privilégio de nerds e de uns poucos “eleitos” mundo afora. Inovar tem sido, cada vez mais, uma ferramenta para aquecer a economia de muitos países. A tecnologia, aliada às inovações, ganhou uma espécie de roupagem ainda mais moderna nos últimos anos. Tudo isso tendo como agentes de mudança as novas empresas de Tecnologia da Informação (TI). O Rio de Janeiro vive um momento de ebulição neste mercado, com centenas de milhões em investimentos sendo feitos anualmente em terras fluminenses. A capital e muitas cidades do interior reúnem características que lhes garantem vocação para o setor, com uma estrutura sólida tanto de centros de ensino de TI quanto de empresas injetando recursos no Estado. Além disso, o momento não poderia ser mais oportuno, já que os Jogos Olímpicos de 2016 são um atrativo e tanto para as empresas. No Rio está o segundo maior quadro de profissionais de TI do país, ficando atrás apenas de São Paulo. Estima-se que o Estado possua mais de 3 mil estabelecimentos voltados para o setor. A perspectiva de crescimento do número de empresas atuando na área só em 2015 foi de 6%. A tendência de aumento começou antes da Copa de 2014, que, como os Jogos, atraiu investimentos em TI para várias cidades. Além da Região Metropolitana, chama atenção o interesse dos grandes grupos de tecnologia em cidades do Norte fluminense, por exemplo, para onde são atraídos pelos novos investimentos ligados ao setor de Petróleo e Gás. Com este cenário, os resultados saltam aos olhos. Grandes centros de inovação e multinacionais se estabeleceram no Rio, como a Intel, Microsoft, Cisco e IBM, para citar apenas algumas. As ações das grandes acabam refletindo no setor em geral, fazendo com que a outra ponta, dos pequenos empreendedores digitais, por exemplo, também saia ganhando. O presidente da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação do


118 Foto: Divulgação/CISCO

Centro de Inovação IoE (Internet of Everything ou Internet das Coisas) da Cisco Rio de Janeiro.


119 Foto: Divulgação

Uma das gigantes do setor, Microsoft montou na capital um Centro de Tecnologia Avançada.

Rio, (Assespro-RJ), Márcio Lacs, destaca que o momento econômico no Estado é estratégico para investimentos. “A inovação está atrelada a uma nova forma de fazer negócios, seja pelas redes sociais, pela chamada ‘internet das coisas’ ou por nuvem”. Ele cita, inclusive, um fator curioso: em momentos de baixa na economia, a inovação, via TI e Comunicações, é fundamental. É como se o setor remasse contra a corrente sem fazer esforço: “Quando a maré baixa, as empresas buscam reduzir custos, investindo em inovação num momento de crise, por exemplo. E para isso (inovar), a TI é fundamental. Esses quadros são muito preservados porque é justamente ali que estão as iniciativas

para enxugar despesas”, explica. Entre os destaques em investimentos na cidade está a Intel, com projetos de computação de alto desempenho em nuvem, soluções de mobilidade e de internet das coisas e os computadores de alta performance. A multinacional Cisco investe em novas soluções usando a tecnologia para projetos de cidades inteligentes e mais justas, por exemplo. A Microsoft segue na mesma linha, investindo em inovação tecnológica, adaptando seus novos projetos ao perfil da capital, onde a empresa está instalada. Em terras cariocas, montou seu primeiro Centro de Tecnologia Avançada no Brasil.


120 Foto: Laboratório Nacional de Computação Científica

Super computador: equipamento de ponta está localizado no Laborató­rio Nacional de Computação Científica, em Petrópolis.

O gerente de Soluções e Inovação do Sebrae Rio, Ricardo Wargas, destaca que o protagonismo do setor de inovação e Tecnologia da Informação deu um salto ainda maior nos últimos anos. Acompanhando projetos de TI de perto, ele lembra que ações de empresas do Estado têm sido exportadas. “Já tivemos várias missões oficiais para fora do país em relação a projetos de TI. E parcerias estão sendo feitas nesse sentido. É um diferencial, com certeza”, comemora. ‘Manufaturamos conhecimento’ O Rio tem uma estrutura de ensino e pesquisa sólida que serve como atrativo para as empresas da área e para a inovação em si. Nesta estrutura podemos citar o fato de sediar as primeiras universidades de TI e de

Computação do Brasil; ter parques tecnológicos de ponta como a COPPE , da Universidade Federal do Rio de Janeiro, hoje o maior centro de pós-graduação e pesquisa em Engenharia da América Latina; e contar com centros de pesquisa como a Fundação BioRio, que atua na área de Biotecnologia. Além disso, está no Rio, mais precisamente em Petrópolis, na Região Serrana, o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), onde fica o maior computador da América latina, chamado de “super computador”. O equipamento, projetado pela empresa francesa Atos Bull, é usado para estudos e projetos inovadores nas mais diversas áreas, como meteorologia, estudo de genoma, mapeamento molecular, tratamento de imagens, prospec-


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ção, entre outros. É o Rio inserido na chamada computação de alta complexidade. Todo esse quadro cria uma rede natural de atrativos. “O Rio tem uma questão interessante: não tem uma manufatura forte, mas somos fortes na geração de conhecimento. Nós manufaturamos conhecimento”, resume, certeiro, o especialista do Sebrae Ricardo Wargas, para quem o Estado adotou uma agenda de inovação sem volta nos últimos anos. Para isso, são firmadas parcerias estratégicas tendo como “tutor” o Governo, via Secretarias de Ciência e Tecnologia e de Desenvolvimento Econômico. “O que tem ocorrido nos últimos anos é a busca de uma agenda de inovação para o Estado. Isso tem feito o Rio ser mais competitivo”, conclui Wargas. Start Up! Além dos milhões investidos pelas multinacionais em gigantescos projetos e pesquisas

com foco em inovação, os empreendedores digitais que ainda começam a criar novas empresas e produzir projetos inéditos também têm vez no Rio. Um dos programas voltados para este público é o da StartUp Rio, uma iniciativa público-privada coordenada pelo Governo do Estado para incentivar a inovação na área de tecnologia. Na sua segunda edição, de 2015, a StartUp Rio disponibilizou R$ 5 milhões em bolsas para empresas de Tecnologia da Informação com bons projetos para a área. Na seleção dos novos talentos, os inscritos puderam apresentar programas sob os seguintes temas: Serviços de Internet, Mídias Digitais e Tecnologias Digitais. Cada contemplado pode receber até R$ 100 mil em investimentos. De quebra, na sede da empresa, na Zona Sul da cidade, num ambiente de coworking, os escolhidos recebem treinamento, consultoria e participam de vários cursos.

Innovators, land (fertile) ahoy!

IT and Communications market boosts Rio’s economy and attracts big companies of the sector. It’s been a while that the word Innovation has ceased to be something unreachable, privilege of nerds and a few “chosen ones”. More and more, innovation has been a tool for heating the economy of many countries.In the last years, technology combined with the innovations, gained a new lease of life that is even more modern. All of this with new companies of Information Technology (IT) as the responsible for the changes. Rio de Janeiro is going through a moment where hundreds of millions of investments are being made in the sector annually. Not only the capital but also other cities in the interior of the state have the necessary characteristics to guarantee their calling for the sector, with a solid structure as much in IT education centers as in companies injecting resources in the state. Besides that, the moment couldn’t be more perfect, since the 2016 Olympic Games are a huge attractive for companies. The second largest group of IT professionals in the country is in Rio, behind only São Paulo. It is estimated that the state has more than 3 thousand establishments focused on the sector. The estimate of growth in the number of companies operating in the area in 2015 was 6%. This upturn started before the 2014 World Cup that attracted IT investments to several cities, just like the Olympics. Besides Rio, draws attention the interests of large technology groups in northern cities of Rio de Janeiro, for example, where they are attracted by new investments related to the oil and gas sector. This scenario leads to eye-popping results.Large innovation centers and multinational corporations established themselves in Rio, like Intel, Microsoft, Cisco and IBM, among others. The actions of the major end up reflecting in the sector in general,making that the small digital entrepreneurs, for example, also come out as winners.




DETRAN 124

Unidade de Referência de Serviços do departamento em ação: em 2015, mais de 220 mil vistorias/mês.

Foto: Sebastião Gomes

Busca pela melhoria contínua no atendimento ao cliente


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O

Departamento de Trânsito do Estado do Rio de Janeiro é um dos maiores prestadores de serviços do país. Em 2015, o Detran realizou, em média, 226 mil vistorias veiculares por mês; emitiu, no mesmo período, cerca de 119 mil carteiras de identidade e cerca de 115 mil carteiras de motorista. Além disso, realizou uma média mensal de mais de 65 mil exames práticos de direção. Esses números são reflexo do modelo de gestão adotado pelo Detran, que vem sendo administrado de forma empresarial, com foco na melhoria contínua do atendimento aos clientes. Esse projeto de aperfeiçoamento dos serviços oferecidos valoriza três aspectos: o relacionamento humano, o investimento na tecnologia e a busca da excelência no campo operacional. O Detran atua em três grandes linhas de negócio: Registro de Veículos, Habilitação e Identificação Civil. Veja como cada uma dessas áreas tem usado a tecnologia para melhorar a qualidade dos serviços prestados. Registro de veículos O Rio de janeiro é o único estado que cumpre o art. 130 do Código de Trânsito Brasileiro, que determina que “todo veículo automotor deverá ser licenciado anualmente” pelo Detran. Para cumprir o desafio de vistoriar os carros de um estado cuja frota aumenta a cada dia, a Diretoria de Registro de Veículos (DRV) adotou uma série de medidas, principalmente, no período de vencimentos dos prazos do calendário de vistoria. Entre elas, estão a ampliação do horário dos principais postos; a criação de atendimentos exclusivos para taxistas e veículos de grande porte, como caminhões e ônibus; e o projeto “Vistoria Itinerante”, que leva o serviço a cidades que ainda não possuem posto do Detran. Com um grande volume de atendimento, o sistema para a emissão de documentos dos carros vistoriados não pode cair. Em parceria com a Diretoria de Tecnologia da Informação, a DRV

está implantando em todos os seus postos dois links de sistemas independentes para a emissão dos Certificados de Registro e Licenciamento de Veículos (CRLVs). Desta forma, enquanto um link opera, o outro fica de stand-by para entrar em ação caso haja falha no primeiro. Os postos também começaram a ser monitorados por câmeras OCR (que fazem a leitura eletrônica das placas), desde quando entram até quando saem da unidade, após a realização do serviço. Esta fiscalização serve para controlar a operação em cada posto e mostrar quais providências são necessárias para a melhoria do atendimento. Habilitação Com o aumento da frota, houve um crescimento do número de candidatos a motorista. Para obter maior controle do processo e torná-lo mais transparente, a frequência das aulas teóricas e práticas é acompanhada por biometria. Já o exame prático de direção é monitorado por câmeras de áudio e vídeo. Tudo o que acontece é transmitido online para um centro de controle localizado no edifício-sede do Detran. Outra preocupação da Diretoria de Habilitação é oferecer um número cada vez maior de vagas para a realização dos exames práticos de direção. Hoje, o Estado do Rio de Janeiro conta com 34 pistas de prova (cinco a mais que em 2006), onde atuam 494 examinadores (300 a mais do que há 9 anos). Esses profissionais, além de passarem frequentemente por cursos de reciclagem, precisam seguir o manual de conduta instituído pelo Detran, para garantir que os exames sejam avaliados de maneira justa. Identificação civil Desde 1999, o Detran assumiu a função de emitir carteiras de identidade para todos os cidadãos fluminenses. O departamento entrega o documento, gratuitamente, nas ações sociais de que participa ao longo do ano. Outro projeto importante é o “Novo Cidadão”, iniciativa da primeira-dama do Estado, Maria


126 Foto: Sebastião Gomes

Sede do Departamento de Trânsito na cidade do Rio de Janeiro.

Lúcia Horta Jardim. Fruto de uma parceria entre o Detran, a Secretaria Estadual de Saúde e a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado do Rio de Janeiro, o programa consiste na instalação de um posto de identificação e de um cartório em cada uma das maternidades da rede estadual. A iniciati-

va possibilita que mães e bebês possam receber, sem custo, suas carteiras de identidade e certidão de nascimento. O relacionamento humano Para que o público seja bem atendido em todas as unidades do Detran, o departamento


127 Foto: Sebastião Gomes

investiu também em pessoal. Realizou concursos públicos para fortalecer o seu quadro funcional permanente e foi pioneiro na adoção do critério da meritocracia. Por ele, são bonificados, com até quatro salários por ano, os servidores que atingirem ou superarem as metas propostas. Para estabelecer uma forte relação com os seus clientes, foi criado o programa “Detran e Você” que lembra, via internet, 90, 60 e 30 dias antes, quando a carteira de motorista vai vencer, além de informar quando o prazo de vistoria do veículo está se esgotando e quando a carteira de identidade já foi emitida e está disponível no posto. E tem mais. O departamento também está nas redes sociais. Com páginas no Facebook, Twitter, Instagram e Youtube, os clientes têm novos canais para tirar dúvidas e ter informações sobre as ações que o Detran está promovendo para atendê-los cada vez melhor.

Programa Novo Cidadão: maternidades da rede estadual ganharam posto de identificação; bebês saem de lá com registro.

DETRAN

The search for continuous improvement in customer service The Traffic Department of the State of Rio de Janeiro is one of the largest service providers in the country.In 2015, Detran performed an average of 226 thousand vehicle inspections per month;issued approximately 119 thousand identity cards and 115 thousand drivers’ licenses.In addition, conducted a monthly average of more than 65 thousand practical exams.Those numbers are a reflection of the business management model adopted, focusing on improved customer service.Detran operates in three business lines: vehicle registration, driver’s license and civil identification. Rio de Janeiro is the only state that complies with Article 130 of the Brazilian Traffic Code, which stipulates that “every automotive vehicle must be licensed annually” by Detran.To improve the services, the Vehicle Registration Board (VRD) adopted a series of measures.Among them, expansion of the opening hours of the main stations;the establishment of exclusive assistance to taxi drivers and large vehicles;and the project “VistoriaItinerante” (Itinerant Inspection), which takes the service to cities that don’tyet have a Detran station. In partnership with the Department of Information Technology, the VRD is implementing in all their stationstwo links of independent systems for issuing Vehicle Registration Certificate. While a link is working, the other is in standby, to go into action if the first fails. Since 1999, Detran issues ID cards.The department delivers the document free of charge in social initiatives in which it participates.Another project is the “Novo Cidadão” (New Citizen), a partnership between Detran, State Department of Health and the Association ofCivil Registrars from the State, which consists in the installation of an identification station and a notary public office in the state maternities. The initiative allows mothers and babies to receive, free of charge, their ID cards and birth certificate.


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A seu dispor!

Na segunda maior economia do país, as empresas de prestação de serviços e do comércio são protagonistas

Centro financeiro: na capital, como nos municípios do interior, o setor terciário é fundamental para fazer funcionar a máquina.


129 Foto: Shana Reis/Governo do Estado

D

esde a hora em que acordamos e durante todo o dia estamos consumindo. Acender uma lâmpada, escovar os dentes ou fazer uma ligação telefônica são atos bem simples, mas essenciais para mover a máquina de um dos setores mais importantes da economia nacional - o de Serviços e Comércio. O Estado do Rio de Janeiro tem importante papel neste mercado, uma vez que é a segunda maior economia do Brasil. A logística é naturalmente pontual. O Estado abriga as sedes das maiores empresas do segmento de Serviços, entre elas a Petrobras, a Rede Globo, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Oi e as Lojas Americanas, assim como muitas outras marcas que movimentam o capital regional. O posto estratégico que o Rio de Janeiro ocupa no ranking da economia brasileira se deve, em grande parte, à diversidade do seu setor de Serviços, impulsionado por um expressivo Parque Industrial, formado pelas atividades metalúrgicas, siderúrgicas, químicas, de alimentos, mecânicas, editorial e de celulose. A sua vocação turística é, no entanto, a maior fonte de riqueza. O Estado é a principal rota dos estrangeiros no país, só perdendo para a capital paulista, conjuntura que aquece, especialmente, o setor terciário - aquele que engloba prestação de serviços e comércio. Falar de setor de Serviços é falar de um “mundo de coisas”. As atividades desta área são classificadas em produtivas (seguro, transações bancárias, corretagem, comunicação), bens (comércio, transporte e armazenagem), sociais (educação, saúde e lazer), pessoais (restaurantes, salão de beleza, hotelaria), além de várias outros segmentos. A área é responsável por mais da metade do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, além da maioria da geração dos empregos formais. O Rio tem a base econômica ancorada nos negócios ligados diretamente a Serviços e Comércio, sendo estas corporações consideradas as mais importantes para a gestão financeira re-


130 Foto: André Gomes de Melo / Governo do Estado

Dono de uma loja de roupas no Jacarezinho, Elvis João da Rocha, 24 anos, sabe bem a importância da área em que atua.


131 Foto: Paulo Vitor/Governo do Estado

Um Rio visto muito além do mar e do cartão postal: capital concentra marcas estratégicas do setor de Serviços.

gional. Esta realidade é bem explícita nos dados oficiais do Centro Estadual e Estatísticas do Rio de Janeiro (Ceperj), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Governo Federal. A pesquisa do IBGE, referente ao ano de 2012, aponta que o peso do Produto do Setor de Serviços (aqui o estudo se refere a Serviços e Comércio) na economia estadual foi de 49%. Em escala macroeconômica (Serviços, Comércio e Administração Pública), este percentual pula para 67%. Na ciranda dos números positivos, a geração de renda ganha uma contribuição valorosa e registra entre os anos de 2006 e 2014, de acordo com os dados do Ministério do Trabalho e Emprego, uma forte elevação no número de carteiras de trabalho assinadas. O Rio alcançou uma das taxas mais altas de empregos provenien-

tes dos segmentos de Serviços e Comércio. Nada menos que 618.551 novos empregados em Serviços, representando uma evolução de 42,9% neste período. Avançando para o ano de 2015, a mais recente pesquisa mensal de emprego do IBGE, realizada no mês de outubro, revela que o rendimento real do trabalho na Região Metropolitana do Rio teve um dos melhores resultados no território nacional, apresentando, pelo segundo mês consecutivo, o melhor salário médio do país. Os números de julho/2015, na comparação com as demais metrópoles, mostram as maiores médias salariais reais pagas em Serviços prestados a empresas (R$ 3.067,50), Serviços de “Educação, saúde, administração pública” (R$ 3.505,80) e de “Outros serviços” (R$ 1.993,40).


132 Foto: Maurício Pingo / Governo do Estado do RJ

Empreendedores como Priscilla Pereira, 23 anos, que tem uma loja de salgados e doces, em Inhaúma, na Zona Norte, fazem a roda do setor de Serviços girar.


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Aquecimento com os Jogos O dinamismo destes dois setores representou uma estratégia poderosa para superar a crise global e manter estabilizada a finança regional em 2015. A Receita Nominal do Setor de Serviços no Estado, em julho deste ano, acusou aumento nominal de 1,4%, na comparação com o mesmo período de 2014. Na comparação julho de 2015/julho de 2014, três dos cinco segmentos do setor registraram variações nominais positivas: “Serviços profissionais, administrativos e complementares” (1,1%); “Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio” (7,2%), e “Outros serviços” (2,6%). A variação acumulada de janeiro a julho de 2015, contra igual período do ano anterior, mostra crescimento de 0,4% na receita nominal do Estado. O Superintendente de Desenvolvimento Regional da Subsecretaria Estadual de Comércio e Serviços, Rodrigo Ribas, explica que estes segmentos respondem de forma rápida à movi-

mentação do mercado econômico. Estas áreas, sempre que há avanços no cenário da economia regional, movimentam com muita agilidade a máquina do desenvolvimento financeiro, contratando pessoal e investindo em novos negócios. O consumo familiar é o que mais contribui com a engrenagem destes setores. Ribas prevê números mais favoráveis com a chegada dos Jogos Olímpicos. “Pode ser um grande respiro para a economia regional”, analisa o superintendente. Ele acredita que as atividades diretamente ligadas ao turismo, como hospedagem, alimentação, transportes e entretenimento, entre tantas outras, devem expandir nos períodos que antecedem e também após as Olimpíadas. O ciclo de crescimento já começa com a chegada dos atletas e dos turistas, em esquema rotativo de hospedagem na cidade. A consequência natural para o Estado é o legado dos Jogos influenciando diretamente na economia.

At your disposal!

The importance of the service sector in the economy of Rio. Some little things of our daily life are essential for one of the most important sector of the national economy: the service sector. Rio de Janeiro holds the level of Brazil’s second largest economy, housing the head offices of the largest companies of the sector, like Petrobras, RedeGlobo, “Banco Nacional de DesenvolvimentoEconômico e Social” (The Brazilian Development Bank /BNDES), Oi andLojasAmericanas, among other major brands.Rio has its economic base founded on business directly related to Services and Trade. At the same time, it has a significant industrial park consisting of activities in the areas of metallurgy, steel, chemical, food, mechanical, editorial and cellulose. However, its tourism potential is the greatest source of wealth. A survey from IBGE for the year of 2012 showed that the Product of the Services Sector (here the study refers to Services and Trade) had a share of 49% in the state economy. In a macroeconomic range (Services, Trade and Public Administration) this percentage goes to 67%. Thus, the state has achieved higher rates of employment from segments of Services and Trade. In the service sector there were 618.551 new employees, representing an increase of 42.9% over this period; and in thetrade sector there were 256.870 hires, i.e., has advanced 40.2%.The Monthly Employment Survey by IBGE, held in October 2015,shows that the real income of the labor in the metropolitan area of Rio has one of the best results in the country, with the best average salary. The service sector nominal income in the state in July this year showed a nominal increase of 1,4% compared with the same period in 2014. When comparing July of both years, three of the five segments of the service sector registered positive nominal variations. The accumulated variance from January to July 2015, against the same period last year, shows growth of 0,4% in the state nominal revenue.


Na linha. A nova frota da SuperVia. Pensando na transformação do transporte público, a SuperVia e o Governo do Estado modernizaram a frota de trens do Rio de Janeiro. Dos 140¹ novos trens que constituirão nossa frota até 2016, 106² entraram em operação entre 2012 e 2015 e já começaram a melhorar o serviço aos passageiros. Com essa importante missão de qualificar a mobilidade do Rio de Janeiro, o trem do Rio vive um marco em sua história. Conforto, agilidade, qualidade no atendimento: o serviço que a população merece.

SuperVia Fone 0800 726 9494 www.supervia.com.br facebook.com/superviaRJ @SuperVia_trens superviafone@supervia.com.br (Deficientes auditivos)

O que tem nos novos trens: Ar-condicionado; Design inovador; Passagem interna entre os carros; Sistema contra a abertura irregular de portas; TVs e painéis de LED; Circuito interno de câmera.


UMA EMPRESA

¹ Considerando os trens coreanos, chineses e nacionais. ² Dado referente à outubro de 2015.

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O trem que o Rio merece 136

Novos trens, como este fabricado na China, fazem parte do processo de modernização e aprimoramento do serviço.

Foto: Divulgação/SuperVia

Investimentos do Governo estadual e da SuperVia recuperam dignidade do transporte ferroviário de passageiros


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A

SuperVia, concessionária responsável pelo transporte ferroviário no Rio de Janeiro, completou em 2015 um ciclo de cinco anos promovendo transformações que se mostraram decisivas no resgate da dignidade e eficiência deste setor no Estado. Os indicadores mais eloquentes dessa mudança estão no número de passageiros transportados, que pulou de 420 mil/dia, em 2010, para 700 mil/dia no segundo semestre de 2015. Este aumento na quantidade de usuários da rede se converteu em novos avanços no sistema de transporte público no Estado, contribuindo para o sucesso e integrado ao moderno planejamento urbano da cidade. Nos anos de 2013 e 2014, a SuperVia foi considerada a melhor operadora de trens urbanos de passageiros do país, em premiação concedida pela “Revista Ferroviária”, publicação especializada no setor em âmbito nacional. A receita do sucesso foi transformar um serviço que se mostrava incipiente há cerca de seis décadas, em fundamental para a população, em todos os cantos do Estado. A concessionária e o Governo do Estado cumprem um programa de investimentos e modernização de R$ 3,3 bilhões, cujo escopo estabelece dois desafios: transportar 1,2 milhão de passageiros/dia em 2020 e fazer do trem a melhor opção de transporte no Estado do Rio de Janeiro. “Pelo que já caminhamos em cinco anos, não tenho dúvidas de que não nos falta capacidade para cumprir essas metas”, afirma o presidente da SuperVia, Carlos José Cunha. Aos olhos de quem viaja e, mesmo da população, a mudança mais significativa no transporte ferroviário do Rio está na renovação da frota. Segundo a empresa, no primeiro semestre de 2017, os 201 trens do sistema (152 novos e 49 reformados) serão totalmente refrigerados, conforto que o serviço oferece pela primeira vez na história. Já no final de 2015, cerca de 90% das 1.200 viagens diárias aconteciam em trens com ar condicionado. A SuperVia assumiu a concessão dos trens

do Rio em 2010, com base num contrato que vai até 2048. Nesses cinco anos, promoveu mudanças que recolocaram os trens em condições de oferecer um transporte à altura das necessidades e exigências da população que vive na área de influência dos trilhos (cerca de 1,9 milhão de pessoas). Divididos em cinco ramais, os 270 quilômetros da rede atravessam os subúrbios do Rio e mais 11 municípios da Baixada Fluminense, servidos por 102 estações e uma oferta diária de 2.170.000 lugares. Tecnologia A lista de mudanças implantadas a partir de 2010 inclui a modernização tecnológica da companhia, com destaque para o novo Centro de Controle Operacional (CCO), implantado em 2012 e comparável aos melhores sistemas da Europa. Com ele, tornou-se possível a adoção do ATP (Automatic Train Protection), um sistema de sinalização que possibilita, com total segurança, a redução de intervalos entre os trens e, consequentemente, a ampliação da capacidade de transporte, com o aumento do número de viagens. O ATP estará em pleno funcionamento nos cinco ramais no decorrer de 2016. No segundo semestre de 2015, já beneficiava perto de 70% dos passageiros do sistema. No ramal Deodoro, o mais movimentado, as composições circulam com intervalos de 5 minutos desde novembro de 2014. Ainda no campo da tecnologia, destaca-se o novo CTO (Centro de Treinamento Operacional), responsável pela formação, treinamento e reciclagem dos maquinistas e controladores. Antes de assumir o comando de uma composição, o profissional passa por oito meses de preparação. Parte deste período acontece dentro de um simulador de cabine que reproduz fielmente os 270 quilômetros da rede, inclusive cenários e paisagens adjacentes às linhas. “Podemos afirmar que nesses cinco anos a SuperVia migrou para uma nova classe tecnológica, equiparando-se às ferrovias urbanas do primeiro mundo”, diz o presidente Carlos José


138 Foto: Divulgação/SuperVia

Simulador de cabine: o Centro de Treinamento Operacional reproduz fielmente os 270 Km de percurso.

Cunha. “Nosso sistema de comunicação com o passageiro, o IDX, nos permite falar em áudio e vídeo com toda a rede, ou apenas com quem viaja em um só trem”, acrescenta. Na relação com os usuários, a empresa disponibiliza ainda o telefone 0800, site, redes sociais e um aplicativo. “Estamos preparados para atender à demanda de transporte das Olimpíadas”, destaca Cunha. A malha da SuperVia serve a três polos de concentração dos jogos - Maracanã, Engenhão e o Complexo de Deodoro – oferecendo integração plena com outros modais para quem precisar deslocar-se para áreas de concentração de atividades esportivas. Seis estações, chamadas de olímpicas, estarão totalmente reformadas antes da

abertura da Rio 2016: São Cristóvão, Engenho de Dentro, Deodoro, Vila Militar, Magalhães Bastos e Marechal Hermes. As estações de Madureira e Maracanã já receberam obras de modernização. A primeira, por conta da integração com o sistema BRT, e a segunda, para atender o movimento de torcedores durante a Copa do Mundo de 2014. Também as estações de Saracuruna e Manguinhos ganharam um upgrade. E a estação de Bonsucesso passou por melhorias significativas para funcionar como ponto inicial do sistema de teleférico do Complexo do Alemão. Com cinco estações, o teleférico é operado pela SuperVia desde sua inauguração em 2011 e, além da função social, entrou na lista dos pontos de


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atração turística mais visitados da cidade. A operação do sistema, parte mais sensível aos olhos dos usuários de uma ferrovia, mudou significativamente nos últimos cinco anos. Os cinco ramais ganharam novos modelos operacionais, todos com reduções nos intervalos entre as composições e nos tempos de viagem. Outros avanços são os índices de pontualidade (de 88% em 2010 para 93% em 2015), de aderência (de 87% a 92% no mesmo período) e o MKBF, termômetro da confiabilidade do sistema, que passou de 21 mil para 187 mil quilômetros entre 2010 e 2015. O patamar é inédito na história dos trens do Rio e representa a quilometragem rodada sem ocorrências. A confiabilidade do sistema passa pela permanente manutenção da via e da rede aérea. Desde 2011, já foram substituídos 137 quilômetros de trilhos, 161 mil dormentes e 105 quilômetros de rede aérea.

Segundo o presidente da SuperVia, uma empresa que transporta 700 mil passageiros por dia, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, tem alta relevância social e econômica para o Estado. Sua performance nos últimos cinco anos demonstra, não só a capacidade profissional de seus quase 5 mil funcionários, como também permite visualizar o potencial do mercado de transporte de massa no Grande Rio, setor que voltou a receber tratamento prioritário do Governo estadual. “Recuperamos a dignidade do trem como modal, dentro do programa de mobilidade urbana traçado pelo governador Luiz Fernando Pezão. O trem agora reúne condições para exercer aqui o papel que já exerce nas grandes capitais do mundo: ser o veículo mais rápido e confortável para curtas, médias e longas distâncias, em áreas de grande densidade urbana”, conclui Carlos José Cunha.

The train that Rio deserves

Investments by the state government and SuperVia recover the dignity of the passenger rail transport. SuperVia is responsible for operating the rail transport system in Rio de Janeiro and in 2015 has completed a five-year cyclepromoting the recovery of the sector’s efficiency. The number of carried passengers increased from 420 thousand per day in 2010, to 700 thousand per day in the second half of 2015. In 2013 and 2014, SuperVia was considered the best commuter railoperator in the country by the Ferroviária Magazine. The key was, turning something that was nascent for six decades into an essential service for the population. The concessionaire and the state government fulfill a R$ 3.3 billion modernization program, with two challenges: carry 1.2 million passengers per day in 2020 and make the train the best transportation option in the state. The most significant change is the renewal of the fleet.In the first half of 2017, the 201trains of the system will be fully refrigerated. The 270 km of the network are divided into five branch lines and cross the suburbs of Rio and 11 cities in the Baixada Fluminense, with 102 stations and a daily offering of 2.17 million seats.The list of implemented changes includes technological modernization, especially the Operational Control Center (OCC) which makes it possible to adopt the Automatic Train Protection(ATP) a signaling systemthat allows the reduction of the intervals between trains. The trains of Deodoro branch line, the busiest one, run at 5 minute intervals since 2014. The SuperVia network serves three zones of the 2016 Games (Maracanã, Engenhão and Deodoro complex) offering integration with other mode of transport for those who need to travel into concentration areas of sports activities in the Olympics. There are six Olympic stations that will be reformed before the opening of Rio 2016: São Cristóvão, Engenho de Dentro, Deodoro, Vila Militar, Magalhães Bastos and Marechal Hermes.


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Informática El Corte Inglés conta com mais de 15 anos de experiência em temas relacionados com a segurança, comando e controle, inteligência e investigação. Colabora na definição, construção, implementação e apoio dos centros de comando e controle com um alto nível de qualidade e coesão. Isso permite a tomada de decisões a partir de uma informação coletada, integrada e analisada. Desenvolve uma visão sistêmica integral, soluções completas que agrupam os pontos do problema. Além disso, acompanha a seus clientes durante todo o ciclo de vida, assessorando-os sobre o estado de arte da tecnologia e sua aplicabilidade para a melhor dos processos de segurança. Alguns dos nossos projetos de referência no Brasil:

Projeto “Cidade Segura” / Prefeitura

Municipal de São Bernardo do Campo

O projeto teve, entre seus objetivos estratégicos, integrar sistemicamente e com processos de trabalhos, as 4 (quatro) agências municipais que, direta ou indiretamente, atuam na área da Segurança Urbana: Guarda Civil Municipal, Trânsito, Defesa Civil e SAMU. Para tanto, foram fornecidos Sistema Completo de Vídeo Vigilância, Sistema de Rastreamento de Veículos, Rede de Sensores Ambientais, Infraestrutura de Tecnologia de Informação e Comunicação, Adequação física, lógica, hidráulica e elétrica do Centro Integrado de Segurança, Implantação do Sistema Integrado de Gestão de Emergências, Vídeo Monitoramento, Vídeo Analíticos, Mapas (GIS), Atendimento, Despacho, Inteligência Investigativa, Rastreamento de Frota, Ativos, Incidentes, Informações de Segurança com Processos de Negócio e Integração com sistema de botões de Pânico.

Projeto “Centro Integrado de Gestão de Emergências” / Secretaria de Segurança Pública - Bahia

Fornecimento de ferramenta de Gestão de Inteligência e Investigação desenvolvida pela Informática El Corte Inglés, construída a partir da experiência acumulada ao longo de 20 anos de implementação de projetos semelhantes, tanto no âmbito privado como público. O SG2I é uma solução unificada de valor agregado para as agências e forças de segurança e, em geral, para todos aqueles que precisem de uma solução de investigação ágil, veloz e que proporcione ambientes de inteligência interoperável. A solução é implementada por módulos que permite ao cliente definir suas necessidades e adaptar a solução sua realidade.

Projeto “Cidade Segura” / Prefeitura

Municipal de Niterói

O projeto contempla o fornecimento, desenho e adequação de um Centro de Comando e Controle, implementação de uma solução completa de gestão de incidentes com vídeo vigilância que integrada mais de 350 câmeras de vídeo vigilância sendo 40 delas com vídeo analítico, 80 botões de pânicos nas escolas, 100 viaturas rastreadas, integração com sensores meteorológicos, videowall, servidores redundantes e 13 postos de operadores, integrando os trabalhos da Secretaria de Ordem Pública.

Hoje em dia, temos presença em 16 países, onde colocamos em prática toda nossa experiência em “replicar projetos de êxito”.


Soluções para todas as necessidades

PROJETO DE MODERNIZAÇÃO ADMINISTRATIVA Informática El Corte Inglés desenvolve projetos de modernização e renovação das administrações públicas, proporcionando um sistema capaz de coletar eletronicamente todos os documentos de um expediente, integrando subsistemas tradicionais de registro, motores de expedientes (fluxos de procedimentos) e arquivo. A administração eletrônica inclui todos e cada um dos módulos necessários para a tramitação de expedientes/registros administrativos, resultando em uma solução integrada com gestão de protocolo (registro eletrônico), tramitação de processos, gestão documental com arquivamento eletrônico, consultas diversas, geração de indicadores, interoperabilidade entre as diversas áreas da organização, a integração de entidades externas, modelos de relação com outras administrações, portal do cidadão entre diversas outras funcionalidades.

Nessa relação com a administração, os cidadãos podem ser identificados usando assinatura eletrônica, o e-CPF ou acessos específicos através de módulo de gestão de usuários, garantindo a confidencialidade e privacidade dos seus dados. Projeto de Referência no Brasil: Secretaria de Gestão Pública do Governo de São Paulo – Plataforma SIGM.

Constante adaptação às novas demandas

PROJETOS DE E-ESTACIONAMENTO: PARQUÍMETROS O parquímetro WisePark permite a gestão eficaz do estacionamento regulado em cidades, além de ser um modelo muito atrativo, inovador e moderno para o mobiliário urbano. A solução WisePark dispõe de uma grande capacidade de adaptação ao mobiliário urbano já que permite alterações leves de desenho como por exemplo cores, texturas e ainda dispõe de painéis laterais personalizáveis. O WisePark pode ser configurado em função dos requerimentos estéticos, técnicos e funcionais necessários a cada cidade operada do Operador. O WisePark está adaptado para utilização por pessoas com necessidades especiais de mobilidade, incorporando todos os seus elementos dentro das medidas/alturas estabelecidas pelas normas de acessibilidade EN12414.

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Raio-X da economia 142

O potencial das diferentes regiões do Estado

Sede Baixada I Baixada II Sul Serrana Norte Centro Norte Leste Noroeste Centro Sul

Fonte: FIRJAN/Estudo Retratos Regionas/reprodução


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ergunte a um especialista por onde passa o desenvolvimento do Rio de Janeiro atualmente e ele provavelmente lhe responderá: pelo aproveitamento pleno das potencialidades regionais. A segunda maior economia do país parece já ter percebido que sua rota só vai continuar a ser de sucesso se as regiões forem valorizadas em suas vocações. Por isso, a gestão estadual tem investido na descentralização contínua das atividades da economia. A capital fluminense tem sua força e protagonismo, no entanto, o mapa fluminense tem que ser olhado em toda sua complexidade. O gerente de Ambiente de Negócios do Sistema Firjan, Guilherme Mercês, é taxativo na sua avaliação sobre o quadro atual: “o grande desafio do Rio é espalhar o desenvolvimento para o interior”. Esse caminho, que já vem sendo trilhado pelo Governo, é uma tendência internacional, segundo o especialista. Outros estados brasileiros também já entenderam o recado e esta perspectiva de mercado. Para se ter ideia, algumas cidades do interior de São Paulo hoje têm índices de desenvolvimento maiores até que a capital. “(Quando há descentralização) você começa a desenvolver vários aspectos, como a geração de emprego e de renda. E, obviamente, esse desenvolvimento econômico dá aos locais beneficiados uma provisão de bens e serviços maior”, destaca Guilherme. O entendimento do setor empresarial também é de que um Estado forte é aquele que tem várias regiões fortes economicamente. O especialista lembra, ainda, que, quando se tem a divisão mais igualitária de recursos e desenvolvimento, ao se passar por alguma crise, uma região pode ajudar a outra, pois existe um cenário de aproveitamento dos potenciais. “Claro que o petróleo, sendo muito forte no Estado, acaba sendo o nosso carro chefe. No entanto, já temos esse tipo de indústria diversificada hoje em dia”, afirma. Fato é que, depois de muitas décadas de concentração de investimentos na capital e na Região Metropolitana do Rio, novos e de-

cisivos rumos da economia foram tomados. O Estado do Rio de Janeiro é hoje pródigo em explorar suas vocações regionais. O especialista da Firjan traçou um mapa resumido destes potenciais, de acordo com as regiões: Sul Fluminense – abrange o Médio Paraíba e a Costa Verde. Potencial industrial daquela área está centrado nos setores automotivo e de metalurgia. Destaque para as grandes montadoras instaladas na região de Resende e Porto Real, e também para o polo naval no entorno de Angra dos Reis com seus grandes estaleiros e embarcações petrolíferas. A usina de Angra 3 se soma como parte estratégica a este cenário. Serrana e Centro Norte – cidades como Petrópolis e Nova Friburgo concentram boa parte da indústria têxtil do Brasil, sendo o quinto polo de moda íntima do país. Guilherme Mercês destaca que o setor está recebendo novos investimentos, retomando a vocação de décadas. Também em Nova Friburgo se fortaleceu o setor de metalmecânica, sendo importante fornecedor para a indústria offshore. Três Rios/Centro Sul – O especialista da Firjan destaca o desenvolvimento da cidade de Três Rios nos últimos anos. “Houve um rápido adensamento industrial” da região, comenta Guilherme. O Centro Sul também é destaque pela localização espacial muito favorável, com acesso rápido a São Paulo e Minas Gerais, o que atrai grandes empresas, como vem acontecendo. Norte – É o grande nicho petrolífero do Estado, principalmente nas cidades de Campos e Macaé. Campos também tem uma atividade forte do setor sucro alcooleiro. O Porto do Açu, em São João da Barra, ajuda a dinamizar ainda mais o desenvolvimento da região. Leste e parte da Região Metropolitana – Niterói, São Gonçalo, Itaboraí. Ali o setor naval e a integração com a Região Metropolitana


144 Foto: Divulgação

Linha de montagem da Peugeot Citroën, em Porto Real.


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são o “pulo do gato” da economia. “Niterói é o maior polo naval do Brasil”, destaca o representante da Firjan. Noroeste – Itaperuna e entorno. Estado tem focado o desenvolvimento da extração mineral, muito forte no passado. Tem um destaque interessante nos índices do Ensino público. Outro caminho para o Noroeste está na agroindústria – que já tem recebido incentivos. Polo de atração de negócios Ao mesmo tempo em que o Governo do Estado incentiva a pulverização do desenvolvimento por todo o mapa fluminense, segue forte o papel da Região Metropolitana na engrenagem econômica. O diretor de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Codin (Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado), Pedro Paulo Novellino, destaca a importância, neste sentido, da construção do Arco Metropolitano. A obra, com 146 quilômetros de rodovia, liga várias cidades da Baixada Fluminense e agiliza o escoamento de mercadorias. “O Arco abriu muitas perspectivas de fluxo de cargas, por exemplo. Só nos municípios cortados pela obra, somam-se R$ 5,5 bilhões (em investimentos, de acordo com a carta de negócios da Codin)”, explica Novellino. Ele cita as cidades já beneficiadas com novos investimentos na área de abrangência do Arco Metropolitano e o montante de recursos decorrentes destes negócios: Paracambi (R$ 110 milhões), Itaguaí (R$1,3 bilhão), Seropédica (421 milhões), Queimados (R$ 1 bilhão), Duque de Caxias (R$ 2,3 bilhões), Nova Iguaçu (R$ 70 milhões), Itaboraí (R$ 110 milhões) e Japeri R$63 milhões). As áreas principais são de alimentos, bebidas, infraestrutura de portos, cosméticos e higiene pessoal, construção, óleo e gás e produtos de metal. O gerente de Ambiente de Negócios do Sistema Firjan, Guilherme Mercês, também chama atenção para o fato de a Baixada Fluminense ter muita mão de obra e infraestrutura. O

Distrito Industrial de Queimados, por exemplo, tem estado no foco, em função de já conseguir atrair empresas. A expectativa agora é pelo funcionamento da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana, uma câmara técnica idealizada pelo Governo do Estado, com participação da sociedade civil, que vai traçar planos estratégicos para aquela área. Perspectivas Com o raio-X da economia bem definido, os grupos empresariais e os entes governamentais têm perspectivas específicas de futuro para a economia do Rio de Janeiro. De acordo com o representante da Codin, há alguns aspectos importantes a se planejar. O primeiro é deixar ainda mais forte o setor automotivo, trabalhando, inclusive, para elevá-lo à primeira posição no Brasil. Outro é a indústria alimentícia e de bebidas, que deve continuar a receber incentivos. “Sem dúvida nenhuma, ela é muito importante para o Estado”, destaca Pedro Paulo Novellino. No planejamento futuro, há ainda a intenção de atrair mais empresas de processamento de pescado para o Estado e também fomentar o ramo farmacêutico. “Estamos resgatando este setor. A área de biofármacos e vacinas também”, comenta. A Codin ainda realiza investidas estratégicas para potencializar a indústria no Norte/ Noroeste, a partir do funcionamento pleno do Porto de Açu. Além de estar próximo das áreas de exploração de pré-sal, o porto é fundamental pela facilidade de escoar produção. 48 mil empregos Atualmente, a carteira de investimentos da Codin em relação a novos negócios e a outros em fase de execução no Estado (não contando investimentos da Petrobras e Angra 3, por exemplo) é de nada menos que R$ 33 bilhões. São empresas novas que chegaram de 2011 em diante, cuja implantação a Companhia de Desenvolvimento acompanha. Este volume movimentado corresponde à abertura de cem


147 Foto: Divulgação/Prumo Logística

Porto do Açu, em São João da Barra.


148 Foto: RogĂŠrio Santana/Governo do Estado do RJ

Industria tĂŞxtil em Nova Friburgo.


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150 Foto: Carlos Magno/Governo do Estado do RJ

Arco Metropolitano.


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novas empresas e 48 mil empregos a gerar - ou já criados - neste período. Estes investimentos estão distribuídos por todo o Estado, seguindo a lógica de descentralização. Alguns setores e áreas se destacam

naturalmente, como os polos de desenvolvimento industrial da Baixada; a indústria automotiva do Médio Paraíba; o setor de alimentos e bebidas em algumas áreas específicas; e óleo e gás, no Norte e Noroeste.

X-ray of the economy The potential of the different regions of the state

If you ask an expert on the development of Rio de Janeiro, he will probably answer you that it is based on making full use of regional potential. The second largest economy in the country realized that its path will only continue to be successful if the regions were appreciated in their vocations. That’s why the state government has invested in the ongoing decentralization of activities. The state capital has its strength and leading role, however, the state’s map has to be regarded in all its complexity. The manager of the Business Environmentof Sistema Firjan, GuilhermeMercês, emphasizes:“the biggest challenge to Rio is to promote the development to the interior”. This path, already being pursued by the Government, is an international trend. Other Brazilian states have also understood this market perspective and as an example, today the development indexes of cities in the interior of São Paulo are greater than the capital. The specialist of Firjan drew a summarized map of these potential, according to the regions: South –covers the MédioParaíba and the Costa Verde. The industrial potential is focused on the automotive and metallurgy industry. Highlighting the major automakers in the region of Resende and Porto Real, and the naval centeraroundAngra dos Reis. Serrana and North Center – cities such as Petrópolis and Nova Friburgo concentrate part of the textile industry, being the fifth hub of intimate fashion of the country. Also in Nova Friburgo, the mechanical metallurgy sector strengthened, being important supplier to the offshore industry. Três Rios/South Centre– the specialist of Firjan highlights the development of the city of Três Rios.”There was a fast industrial densification” of the region, says Guilherme. The South Centre is also featured by the spatial location, with easy access to São Paulo and Minas Gerais. North –is the major oil niche, especially in Campos andMacaé. Campos also has a strong activity in the sugar and alcohol sector.The Açu Port, in São João da Barra, helps to boost even more the development of the region. East and part of the Metropolitan Area – Niterói, São Gonçalo, Itaboraí.The naval sector and theintegration with the Metropolitan Area are the “ace in the hole” of the economy. Northwest – Itaperuna and surroundings. The state has focused on the development of the mineral extraction, which was very strong in the past.The region has an interesting featured in the indexes of Public Education.Another path to the Northwest is on agribusiness. At the same time that the state encourages the fragmentation of development, the role of the metropolitan area remains strong in the economic gear.And the construction of the “Arco Metropolitano”(Metropolitan Arch) contributes even more to that.The work, with 146 kilometers of highway, connects the cities of the Baixada Fluminense and speeds up the flow of goods.The cities where the work takes place, have already had R$ 5,5 billion in investments, taking into consideration only the business letter of Codin, the Rio de Janeiro State Industrial Development Company. Cities that have already benefited from the new investments in the area of the “Arco”:Paracambi (R$110 million), Itaguaí (R$1,3 billion), Seropédica (R$421 million), Queimados (R$ 1 billion), Duque de Caxias (R$ 2,3 billion), Nova Iguaçu (R$ 70 million), Itaboraí (R$ 110 million) andJaperi(R$63 million). The main areas arefood, beverages, ports infrastructure, cosmetics and personal care, construction, oil and gas, metal products.


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Com novas práticas de gestão, Três Rios é eleita uma das 50 melhores cidades do Brasil

Foto: Divulgação Prefeitura de Três Rios

Uma história reinventada


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epois de remar numa corrente nem sempre favorável, Três Rios, no Centro Sul fluminense, começou, há sete anos, a ter motivos para comemorar. E um desses motivos tem data: setembro de 2015, quando foi escolhida uma das 50 “Melhores Cidades do Brasil”, premiação que avaliou as mais bem sucedidas práticas de gestão do país. O trabalho foi coordenado pela agência classificadora de risco de credito Austin Raiting em parceria com a revista IstoÉ. O privilégio de entrar para o seleto grupo foi possível graças a bons índices sociais e econômicos avaliados com lupa. Detalhe: todos os 5565 municípios brasileiros passaram pela análise da Austin. Mas que mistérios tem a simpática Três Rios, de 100 mil habitantes? A cidade vem passando por um processo de reinvenção com atração de grandes indústrias. Paralelo a isso, um “pacote de sonhos” foi elaborado tendo como meta a seguinte soma: desenvolvimento econômico com desburocratização mais apoio do Governo do Estado e generosas doses de criatividade de gestão. No centro disso, mais qualidade nos serviços públicos. O resultado: grandes empresas como Nestlé, Latapack-Ball, NeoBus - e futuramente a General Eletric (GE) – despacham, atualmente, de dentro das divisas trirrienses. Os números não deixam dúvidas: de 2009 até meados de 2015, foram abertos mais de 9.500 postos de trabalho só na indústria. E foram criadas, no mesmo período, mais de 1900 novas empresas, incluindo setores de comércio (631), indústria (173) e prestadores de serviços (773). Mas, para alcançar os bons resultados, o jogo precisou mudar radicalmente. Depois de sucessivas crises, com fechamento de empresas e perda de milhares de empregos, era hora de ousar. A saída pensada pela gestão que assumiu em 2009 foi diversificar os negócios. A ordem foi deixar para trás décadas de tentativas de manter a tradição econômica baseada em apenas um setor produtivo – fórmula que já tinha se mostrado falida.

Quem conta é o prefeito Vinicius Farah (PMDB), que assumiu em janeiro de 2009. “Nós nos deparamos com uma realidade de 70 anos: política econômica voltada para um só segmento. Rompemos com isso para não cairmos no mesmo erro. Saímos da mesmice”. Com a ideia de empreendedorismo em mente, foi criado um pacote de ações, com isenção de IPTU, ISS e redução de ICMS, qualificação de mão de obra e desburocratização para descomplicar a abertura de empresas. “Chegamos à conclusão, em parceria com o Sebrae, que o círculo virtuoso do bem consolida a estrutura: o grande (empresário) precisa do pequeno e o pequeno não sobrevive sem o grande”, afirma o prefeito, que destaca a parceria histórica com o Governo do Estado. Tapete vermelho A partir daí, foi hora de desenrolar o tapete vermelho e estendê-lo a investidores. “O mesmo tapete vermelho estendido para a Nestlé, a gente estende para o seu Antônio, de 70 anos, que sonhou ter seu pequeno negócio na garagem de casa”, exemplifica. Para gente como o seu Antônio foi, inclusive, criada a Casa do Empreendedor, que atua como facilitadora na regularização de empresas. Entre as grandes marcas atraídas, destaque para a Nestlé, maior fábrica de alimentos do mundo, que, alvo de uma guerra de foices entre centenas de cidades, escolheu Três Rios. Depois de uma saga que culminou na instalação às margens da BR-040, em 2011, a empresa hoje oferece 400 empregos. Com capacidade instalada para transformar um milhão de litros/mês, na fábrica são produzidos Leite Ninho, Molico, achocolatado Nescau, leite de soja Sollys e o chocolate Alpino. Outra peça fundamental na roda econômica da cidade é a Latapack-Ball, multinacional que está em Três Rios desde 2009 e produz alumínio em grande escala para indústrias. É um centro de alta tecnologia, com mão de obra extremamente qualificada - 180


156 Foto: Divulgação/Latapack

Latapack-Ball, especializada na produção de latas de alumínio para indústria, chegou a Três Rios em 2009.


157 Foto: Divulgação/Prefeitura de Três Rios

NeoBus é responsável pela fabricação de parte da frota escolar; 400 empregos para a cidade.

funcionários, basicamente formada por técnicos e engenheiros. Também se destaca entre as grandes a NeoBus, montadora de ônibus inaugurada em 2014 e que oferece hoje 400 empregos com programação para 1800 empregos nos próximos três anos. Para se instalar, a empresa quis a garantia de que teria mão de obra qualificada. A prefeitura topou e montou cursos técnicos exigidos. Ganhou a empresa, que não precisou importar mão de obra, e o trabalhador local, que via mais uma porta ser aberta. Entre as grandes que ajudam a fortalecer a economia da cidade – e, por consequência, do Estado – destacam-se: a T’Trans, responsável pela construção dos bondinhos de Santa Tereza, que irão operar no Rio, e especializada em construção de carros de passageiros; a Pifer , especializada em construção de interiores de metrô e freios ferroviários; e oito empresas do ramo de plásticos. E a GE já se prepara para aportar em Três Rios, depois de praticamente fechar acordo com um município vizinho. Prevista para iniciar as operações em 2018, a indústria fará testes de turbinas de aeronaves. Em médio prazo, passará à manutenção de turbinas e, na terceira etapa, será responsável pela fabricação do equipamento. ‘Pacote de bondades’ Com os investimentos, os resultados se

mostram nos números oficiais. Entre 2009 e 2015, o orçamento de Três Rios pulou de R$ 79 milhões para R$ 340 milhões. Na Saúde, a verba anual, no mesmo período, saltou de R$ 10 milhões para R$ 90 milhões. Os índices na Educação são impactantes, aumentando o orçamento de R$ 16 milhões para R$ 74 milhões. Em relação à Educação, aliás, o município já sonha alto. Nos últimos anos, a cidade pulou do 60º lugar no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para o 21º. A meta agora é ficar entre as dez primeiras. Outra ação para emplacar o pacote de atrativos foi investimento em segurança. A cidade foi transformada num verdadeiro “Big Brother”. Em 2011, foi instalada a Central de Comando e Controle, que monitora, por câmeras, toda a cidade. Na área social, destaque para o Planeta Vida, que atende idosos, crianças e pessoas com deficiência, e é a “menina dos olhos” do município. Lá funciona um núcleo de ginástica artística que recebeu atletas olímpicos da Seleção Brasileira nos meses em que a sede na qual treinavam na capital passava por reformas. Outros projetos são o Café do Trabalhador - que distribui, todo dia, 600 kits gratuitos de café da manhã - e a creche Planeta Criança, a maior creche pública do país que atende a um número recorde de 600 crianças, com transporte gratuito e cinco refeições diárias.


158 Foto: Divulgação/Nestlé

Empresa escolheu Três Rios entre diversas cidades do Sudeste.

Nestlé - a saga Uma saga. Assim pode ser resumida a instalação da Nestlé em Três Rios. Tudo começou em 2010, quando, numa segunda-feira, um secretário de governo entrou na sala do prefeito Vinicius Farah e mostrou um recorte de jornal. Era uma nota do jornalista Ancelmo Gois,no jornal O Globo, dizendo que tinha sido dada a largada para a disputa entre cidades de Minas, Rio, São Paulo e Espírito Santo para sediar a fábrica no Brasil. O prefeito se dirige para o secretário e decreta: “a Nestlé virá para nossa cidade”. Aí começava a “andança”. Farah arrumou as malas e foi para São Paulo, decidido a “acam-

par” na sede até ser recebido pelo então presidente Ivan Zurita. A insistência funcionou. Depois de 15 dias pedindo uma reunião, Zurita o recebeu. O prefeito tira da manga um amplo pacote de benefícios, entre eles isenções fiscais, poderosa posição geográfica da cidade e todos os atrativos financeiros possíveis. Aí veio a surpresa que marcou o gestor. “Eu vendo tudo direitinho, mostro o brilho no olhar (risos), aí ele me interrompe e diz: ‘prefeito, o senhor está tratando com a maior de fábrica de alimentos do mundo. O bem mais valioso da Nestlé são os colaboradores. Mais importante


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que isenção e logística, queremos saber qual saúde, qual educação, qual transporte público meu funcionário vai ter’”. Depois da surpreendente fala, o prefeito não se fez de rogado. Insistiu para que eles checassem de perto as características da cidade e validassem o que Três Rios tinha a oferecer em termos de qualidade de vida, saúde, educação, segurança e uma forte política de qualificação profissional. Após 20 dias, estavam lá sete diretores da Nestlé. Andaram o dia todo conhecendo áreas. Nenhuma ótima, segundo os critérios da empresa, avisou um diretor. “Depois de mostrar tudo, parados em plena BR 040, um dos diretores aponta para um terreno e diz: ‘se fosse ali, haveria chance’”. “Numa irresponsabilidade responsável”, segundo Farah, ele perguntou quanto tempo precisariam para que ele conseguisse aquela área. A resposta: 45 dias. A saga seguiu, em direção à União, proprietária do terreno. Com gestões políticas, o terre-

no foi cedido pelo governo federal ao município. A obra, enfim, começa, “todos em êxtase”, conta o prefeito, e nova “emoção”: a construtora se depara com uma cabine de comando de cabeamento ótico da Embratel, que liga vários aeroportos do país. De pronto, a Embratel aciona a justiça para que a obra da Nestlé pare. Farah consegue uma reunião com a empresa, que, na melhor das hipóteses, pedia seis meses para retirar a cabine do lugar. “A gente não podia esperar. Eu tive coragem no meio da reunião e disse: ‘eu não vim aqui ouvir história de seis meses. Se não mudarem a cabine de lugar em 15 dias, vou derrubar’”, conta. “Eles disseram que se eu fizesse isso, a gente ia parar o Brasil, por causa do cabeamento ótico. Eu disse que parava o Brasil, mas não perdia a Nestlé”. Em 20 dias a transferência da cabine foi feita. Estava tudo validado. Alpino, Nescau e companhia não corriam mais o risco de sair de Três Rios.

A reinvented city

With new management practices, Três Rios is voted one of the 50 best citiesin Brazil In the south-central part of the state of Rio de Janeiro, the city of TrêsRios has reasons to celebrate and one of them is because it was chosen as one of the 50 ”Best Cities in Brazil”. The award assessed the most successful management practices in the country and the work was coordinated by the Austin Raiting agency in partnership with Isto É magazine. The city is going through a restructuring process to attract large industries. A range of projects were created aiming economic development, reducing bureaucracy andhave more support from the State Government. According to the mayor Vinicius Farah, “We came across a 70 years reality: economic policy focused on a single segment. We stopped it so we won’t make the same mistakes”. It was created a package of measures, with exemption from property tax, ISS and ICMS reduction, manpower qualification and a fast business start. Among the major brands that settled in the city, we emphasize Nestle, largest food factory in the world, which offers 400 jobs and was established in 2011. The multinational Latapack-Ball, in the city since 2009, produces aluminum in large-scale for industries andis also very important. And NeoBus, bus manufacturer set up in 2014, which offers 400 jobs. From 2009 until mid-2015, over 9.500 jobs were created in the industry and 1947 new companies were established. During this same period, the budget of Três Rios jumped from R$79 million to R$340 million. In the healthcare sector, theannual budget increased from R$10 million to R$90 million. And in education it grew from R$16 million to R$74 million.


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Modelo: Colégio Estadual Chico Anysio é piloto para programa de Educação em Tempo Integral.


Educação

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Foto: André Gomes de Melo

Mirando na gestão, Estado melhora índices e implanta programas de ponta

U

m olho no presente e outro no futuro. É esse o pensamento que norteia a área de Educação no Estado. Há algum tempo, a Secretaria Estadual estipulou uma meta: melhorar a colocação do Rio no Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (Ideb), indicador que serve de referência às metas do Plano de Desenvolvimento da Educação, do governo federal. Agora, em terceiro no ranking nacional, o sonho perseguido é de liderar esse disputado “pódio”. Para tentar avançar na qualidade do ensino público oferecido, uma aposta foi feita: mirar a gestão do setor alinhada às evoluções do século XXI e a programas adequados à realidade do estudante. Os passos nesse sentido começaram a ser dados nos últimos anos. Depois de amargar a 26ª colocação no Ideb, o Rio pulou para a terceira melhor posição em 2014 na avaliação do Ensino Médio, obtendo nota 3,6. Para melhorar os índices, foram feitos investimentos radicais no setor. A proposta da Secretaria de Estado de Educação é focar em políticas educacionais inovadoras. Um dos primeiros passos foi o modelo baseado no conceito de meritocracia, implantado na rede estadual desde 2011. O novo

ciclo promoveu avanços relacionados, especialmente, à valorização do magistério. A metodologia prima pela remuneração variável, conforme o cumprimento de metas. Como incentivo, a Secretaria colocou em prática o “Programa de Bonificação por Resultados”, que beneficiou com até três vencimentos -base os servidores que superaram essas metas. Nos dois últimos anos, mais de 46 mil profissionais foram contemplados. Atualmente, o Estado conta com 1.290 escolas, cerca de 850 mil alunos e 74 mil professores. Para receber os novos projetos, muitas escolas foram reformadas e ganharam modernos laboratórios de informática, bibliotecas e quadras poliesportivas. Desde 2011, são oferecidos cursos para formação de gestores e administradores. Só para Pós-graduação, MBA e Mestrado foram 3.859 vagas. Em busca das melhorias nos índices, o ensino técnico e profissionalizante também ganhou atenção, sendo criados programas de capacitação dos estudantes. Outros projetos estratégicos foram desenvolvidos, como o “Mais Educação”, com foco no Ensino Fundamental, que já atendeu a quase 200 mil estudantes em mais de 650 unidades, e o “Acele-


162 Foto: Cris Torres/Divulgação Governo do Estado

Vencedor do Programa “Geração Bilíngue”, Igor Martins passou dez dias estudando na França: “Foi uma experiência incrível!”


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ração da Aprendizagem”. Destaque também para a parceria com a Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado (Cecierj), em que 7.200 alunos puderam fazer o Pré-Vestibular nos últimos quatro anos. Educação integral Uma das principais metas dos gestores do setor de Ensino é investir na Educação de tempo integral. A ambição do Governo é, inclusive, levar o Rio ao topo no quesito qualidade de ensino por meio das escolas de turno único. O secretário Estadual da pasta, Antonio José Vieira de Paiva Neto, explica que a proposta, inovadora no Brasil em termos de dimensão, tem como meta integrar as disciplinas tradicionais, o raciocínio lógico e o pensamento crítico às competências socioemocionais. A intenção é se conectar ao estudante, incentivando seu pensamento autônomo. “Queremos uma formação ideal para o jovem do século XXI, capacitado com qualidades como responsabilidade, pensamento criativo, liderança, autogestão, visão de mundo mais moderna.”, define o secretário. Atualmente, o Estado tem 31 escolas com essa proposta pedagógica. O Colégio Estadual Chico Anysio, no Andaraí, Zona Norte da capital, é o piloto para o programa. A previsão é de que, em 2016, a rede tenha, pelo menos, 53 unidades funcionando sob este conceito. Em 2018, a meta é chegar a 258 escolas. Antônio Neto admite que a implantação do modelo depende de complexas mudanças estruturais, que só poderão ser desenvolvidas gradativamente. Mas destaca que os resultados compensam. A educação integral ajuda a melhorar o desempenho do aluno, oferecendo instrumentos para que ele assuma o papel de protagonista no processo de profissionalização. A inspiração para o programa veio de países como Austrália, Finlândia e Noruega. “O aluno quer algo diferente, em que participe mais do processo de aprendizado. Assim, se sente motivado a continuar na escola”, afirma o secre-

tário, que ressalta a diminuição no índice de evasão escolar em 2014, além da diminuição em cerca de 30% das reprovações. Em meio às vantagens, há também os desafios. “Quando chegamos com a metodologia em uma unidade de ensino convencional, ela deixa de oferecer um turno para ser de tempo integral. Um ponto de ajuste é a carga horária do professor, que precisará de maior disponibilidade, assim como a sua capacitação para esta nova perspectiva de ensino”, enfatiza o secretário. Parcerias Entre as ações da educação de tempo integral, está a divisão das disciplinas por área de conhecimento e o ensino de uma língua estrangeira, o que ficou conhecido como Ensino Intercultural. Pelo modelo, os alunos aprendem as disciplinas técnicas em duas línguas. O Colégio Estadual Matemático Joaquim Gomes de Souza, em Niterói, Região Metropolitana, recebeu em 2015 o primeiro programa Intercultural Brasil-China. A unidade é a única no país com ensino bilíngue de português e mandarim, com especialização em Ciências Exatas. No ano anterior, o Ciep Governador Leonel de Moura Brizola, também em Niterói, inaugurou a parceria Brasil-França, com a especialização em Pesquisa Científica. Alunos destas escolas já estão viajando para o exterior e até vislumbrando oportunidades de emprego em companhias multinacionais. O secretário Antônio Neto prevê que novos idiomas devem ser incluídos nas grades curriculares, visando a possíveis parceiros, como a Turquia e o Japão. Com a investida, empresas despertaram interesse nesta mão de obra jovem qualificada em diversos setores, especialmente em logística portuária, automotivo, petróleo e gás e de telecomunicações. Também foi assinado, em 2015, convênio com as Lojas Americanas, com aval do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e com o


164 Foto: Rogério Santana

Em sala de aula: estratégia da gestão do Ensino no Estado é incentivar o aluno a ser protagonista das suas ações.

Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), para oferecer curso de Técnico em Logística Comercial em dois colégios da Baixada Fluminense. Para incentivar as empresas a participarem, entram em ação como parceiras as secretarias de Desenvolvimento Econômico e da Fazenda. A primeira atrai os investidores, enquanto a segunda dá ao empresariado como contrapartida o incentivo fiscal. Grandes grupos já aderiram, como B2W, Oi, Em-

bratel, Citroen, Petrobras, Libra, BG Group, Pão de Açúcar e Peugeot. Muito além de um simples Bonjour O aluno Igor Martins dos Santos, da 2ª série do Ensino Médio no Ciep Governador Leonel de Moura Brizola, em Niterói, foi um dos beneficiados pelo projeto. Com 17 anos, ele foi o vencedor do programa “Geração Bilíngue”. Como prêmio, dez dias na França. A viagem aconteceu em julho de 2015, e ele teve a opor-


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tunidade de estudar o idioma em atividades culturais e trocando experiências com estudantes de outros países. “Quando entrei no colégio, há um ano e meio, não sabia falar nem bonjour. A qualidade das aulas em francês, carga horária maior e minha dedicação ajudaram no rápido aprendizado do idioma“, conta. O projeto de Ensino Intercultural em que Igor foi incluído teve a parceira do Governo com o Institut Français, além do apoio da Embaixada e do Consulado da França no Rio. O adolescente competiu com 70 alunos do seu colégio e conseguiu os melhores resultados nas entrevistas orais e defesa de tese sobre o aquecimento global. A apresentação foi toda feita em francês. “Eu fui o único brasileiro a participar desta edição do programa. E legal que sou integrante da rede pública. Isso prova a qualidade da nossa escola e o esforço do aluno”, diz Igor, que sonha com a carreira de Relações Internacionais. Na França, Igor participou de oficinas sobre

a 21ª Conferência do Clima em 2015 (COP 21/ Paris 2015), com debates acerca do aquecimento global, direitos humanos, liberdade de expressão, além de visitas culturais e atividades esportivas. “A gente passava a parte da manhã estudando e depois emendava nas atividades práticas. Foi uma experiência incrível!” Ponte Além da atenção voltada para o Ensino Médio, a Secretaria de Educação tenta fazer a melhor ponte possível entre o estudante e a universidade. O programa “Prossiga” oferece bolsas aos alunos por meio de parceria com instituições privadas de Educação Superior. Desde 2013, a iniciativa disponibilizou cerca de 100 vagas. A intenção é motivar o aluno a dar continuidade aos estudos e facilitar seu acesso ao nível superior. Desta forma, o Estado vem contabilizando índices maiores de ingresso de estudantes provenientes da rede pública em universidades.

The education of the present and the future

State improves sector indices and promotes small revolutions in Education The thought that guides the field of education in the state is to have an eye on the present and the other in the future.Recently, the State Department has set a goal: to improve the placement of Rio 26th place - in the Basic Education Development Index (IDEB).Today is third in the national ranking and dreaming of leading the “podium”.To advance in the quality of education, a bet was made:target the sector management aligned with the developments of the twenty-first century and in programssuitable for student’s reality. Extreme investment in the sector were made.One of the first steps was the model based on meritocracy, implemented in the state system since 2011.The new cycle promoted advancesassociated, especially,with the valuation of the teaching.The methodology excels for the variable remuneration in accordance to the achievement of goals. The state has 1.290 schools, about 850 thousand students and 74 thousand teachers.In order to receive the new projects, many schools were renovated and gained modern computer labs, libraries and multipurpose sports courts.Since 2011, are offered training courses for managers and administrators.More than 113 thousand new jobs were offered, 3.859 of them to Postgraduate, MBA and Masters. Technical and professionalizingeducation also gained attention, being created qualification programs. Strategic projects were developed, such as “More Education”, focusing on primary education, and the “Accelerated Learning”. One of the key actions is to invest in full-time education.The ambition of the government is to bring Rio to the top in the teaching quality through the single shift schools.The proposal, innovative in Brazil in terms of size, aims to integrate traditional disciplines, logical reasoning and critical thinking.The state has 31 schools developing this pedagogical proposal and it is estimated that by 2016, reaches 53 units operating under this concept.In 2018, the goal is to reach 258 schools.


FOTO: RiCARDO VARELLA

Região Portuária do Rio de Janeiro Um lugar melhor para viver, morar e trabalhar

Praça Mauá, primeiro trecho da Orla da Guanabara Prefeito Luiz Paulo Conde, parte da Operação Urbana Porto Maravilha


A Concessionária Porto Novo, em parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro, cuida dos 5 milhões de metros quadrados da Operação Urbana Porto Maravilha, e é responsável por realizar obras e serviços na Região Portuária. www.portonovosa.com

Obras

Limpeza

Responsabilidade Social

Demolição do Elevado da Perimetral; Via Binário do Porto (inaugurada em 11/2013); Reservatório do Morro do Pinto (inaugurado em 11/2013); Túnel Rio 450 (inaugurado em 03/2015); Praça Mauá (reinaugurada em 09/2015); Museu do Amanhã (entrega: 2015); Via Expressa e Frente Marítima (entrega: 1º sem/2016).

Responsável por realizar serviços de limpeza e gestão de resíduos em toda a Região Portuária, sempre buscando novas tecnologias, como o sistema de coleta subterrânea de resíduos, o Coleta +Rio. Além disso, contamos com equipes de garis alpinistas, que realizam a limpeza das encostas dos morros.

O projeto de transformação da Região Portuária é uma realidade. A Porto Novo acredita que a principal mudança oferecida pelas obras e serviços é a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Para isso, investe em diversos projetos sociais na região.

Operação Viária

Paisagismo

Conservação e Manutenção

A Porto Novo possui um Centro de Controle de Operações (CCO) próprio, com 97 câmeras, que monitoram o trânsito e todas as operações de tráfego na região 24 horas por dia, sete dias por semana. As ocorrências também são registradas pelo telefone 0800 880 7678.

Responsável por preservar as áreas verdes da Região Portuária, realiza plantio, adubação, poda de árvore, roçada, capina e manejo de pragas, fazendo da Região Portuária um local mais bonito e sustentável.

Pavimentação de ruas, sinalização, conservação de calçadas e de áreas públicas, manutenção do sistema de drenagem, das estruturas e da iluminação pública são algumas das responsabilidades da Porto Novo.

A Porto Novo estuda e pesquisa soluções inteligentes e sustentáveis, no Brasil e no mundo, que são implantadas na prestação dos serviços da Região Portuária.

UMA eMPResA dOs gRUPOs:


ONDE BRILHA O SOL TEM A NOSSA ENERGIA.


Karina Pussenti

A Kyocera Solar do Brasil atua há mais de 20 anos no mercado brasileiro, protagonizando o uso da tecnologia solar fotovoltaica através de painéis solares produzidos com células de silício policristalino e oferecendo a seus clientes produtos e serviços de qualidade. É também responsável por instalações importantes que atendem a milhares de clientes em todo o Brasil, entre elas os sistemas isolados que beneficiam usuários em áreas rurais e de difícil acesso, sistemas de iluminação residencial e pública utilizando luminárias LED alimentadas pela energia solar fotovoltaica, sistemas de telecomunicações, proteção catódica, sinalização férrea, rodoviária e marítima e sistemas híbridos com uso de energia solar e geradores a diesel, atuando também no segmento de óleo e gás. Também são parte do escopo de fornecimento da Kyocera sistemas conectados a rede, sendo estes instalados em locais como indústrias, estacionamentos, fachadas de prédios e instituições de ensino, dentro outros, e sistemas híbridos de produção de energia através da pirólise de resíduos sólidos combinada à geração através de painéis solares, uma solução sustentável para o destino do lixo urbano. www.kyocerasolar.com.br


Caminho sustentável 170

Foto: Alex Ferro/ Rio 2016

Governos, empresas, instituições e uma preocupação em comum: o meio ambiente


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R

edução de gases poluentes, gestão competente da água e da energia, projetos inovadores em mobilidade, coleta seletiva de lixo, urbanização das comunidades, despoluição de rios e lagoas. Estas são apenas algumas das ações cada vez mais urgentes no mundo todo quando o assunto é sustentabilidade. O Rio de Janeiro tem bons exemplos de medidas em desenvolvimento a partir deste modelo, que hoje já é considerado sinônimo de modernidade e economia equilibrada. Governos, sociedade, movimentos sociais e comunidade científica agem em várias frentes na capital fluminense para encontrar soluções criativas no combate aos efeitos das mudanças climáticas e aos danos ambientais acumulados por séculos. Gestos têm sido feitos pensando políticas públicas com foco na preservação do meio ambiente. “A nossa agenda (de sustentabilidade e meio ambiente) já saiu do âmbito estadual e atingiu uma rede nacional, pelas medidas que o Rio vem tomando”, analisa a subdiretora-Geral do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico, Geiza Rocha. A entidade é composta por 39 instituições governamentais e da sociedade civil, entre universidades e movimentos sociais, que gravitam em torno de soluções sustentáveis e de preservação ambiental. Geiza considera que o Estado tem um papel importante nesse processo, por ser um “grande comprador”. “Na medida em que ele (Estado) define padrões mais sustentáveis, acaba mudando muitos modelos de produção”, explica. Dos encontros promovidos pelo Fórum, surgiu a Rede Rio de Sustentabilidade, com mais de 70 órgãos públicos estaduais, municipais e federais. Esse grupo se reúne para trocar experiências e traçar metas para a Agenda Ambiental da Administração Pública. Outro projeto que o Fórum viu nascer e crescer foi o “Rio Capital da Energia”, com foco na eficiência energética. Por ele, os integrantes conseguiram elaborar uma legislação viabili-

zando incentivos para a inauguração da Usina de Dois Arcos, que produz biogás a partir do lixo, utilizando, em níveis de excelência, o conceito de reciclagem. Na visão de Geiza, o Estado terá, em breve, ações para o maior aproveitamento de resíduos e a chamada “economia do lixo”. “Como disse uma das nossas palestrantes ‘lixo é tudo aquilo que sobra quando falta imaginação’. Temos que colocar a mão na massa e partir para a ação”, diz a gestora. Otimista, ela cita iniciativas que têm sido feitas em comunidades, que encaram com seriedade a questão do lixo e das potencialidades a serem desenvolvidas a partir dos resíduos. “A solução parte do individuo e tem impacto no todo. Por isso que é tão importante engajar as pessoas”, destaca. ICMS verde O Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico dá, ainda, projeção a instituições empenhadas no desenvolvimento do “Rio Sustentável”. A Federação da Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) é uma das entidades de classe que traça projetos e medidas estratégicos de sustentabilidade. Um deles é o programa “Alerta Água e Energia”, que estabelece diálogos e debates com empresários, governantes e a sociedade para propor soluções em tempos de escassez, minimizando seus efeitos. Várias empresas foram premiadas em 2015 na terceira edição do “Ação Ambiental”, promovido pela Firjan e criado para valorizar os investidores que priorizam ações neste sentido. Entre elas estão a Vital Brazil (na categoria Biodiversidade), STAM Metalúrgica (Gestão de Água e Efluentes), Fetranspor (Gestão de Gases de Efeito Estufa e Eficiência Energética), CSN (Gestão de Resíduos Sólidos) e Arteris Autopista Fluminense (Relações com o Público de Interesse). O Governo do Estado incentiva ações na direção da sustentabilidade, concedendo incentivo fiscal às empresas que preservam o meio ambiente. Um deles é o “ICMS Verde”, que dá


172 Foto: André Teles

Geiza Rocha, do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico: papel do Estado é fundamental.

desconto no imposto para as prefeituras que adotam boas práticas. Além disso, a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) elabora um projeto de Zoneamento Ecológico Econômico do Estado. Por ele, são traçadas ações para recuperação dos rios e lagoas, construção de vias sem prejuízo ao meio ambiente, coleta seletiva, preservação da fauna e flora, saneamento das regiões mais distantes do eixo da capital e programas de reciclagem. A capital do Estado integra, atualmente, o C40 – grupo global que reúne 40 Grandes Cidades para Liderança do Clima. O C40 criou um inventário das emissões locais de gases de efeito estufa tendo como parâmetro o Protocolo Global de Emissões. No início de 2015, foi lançado o programa “Rio Resiliente”, levando a capital

a ser a primeira cidade do Hemisfério Sul a ter um programa desta natureza. O Rio também está entre as 100 cidades que fazem parte do programa da Fundação Rockefeller, criado em 1913, nos Estados Unidos, para tratar de assuntos ligados à saúde pública e pesquisa. Quando o assunto é sustentabilidade, ainda há muito a fazer, é inegável, mas as boas ideias podem ser simples e estão por aí, no nosso cotidiano. Uma delas é citada pelo professor do Instituto de Biologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rodolfo Paranhos. Trata-se do programa “Light Recicla”, onde a população pode trocar seus recicláveis por descontos na conta de luz. “Deveria ser ampliado (o projeto). O caminho é importante e até deveria ser mais explorado”, considera ele.


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‘Pré-sal da superfície’ Foto: Divulgação/Eccovida

Edson Freitas: trabalho com garrafas PET conquistou a comunidade e mudou a vida de muita gente.


174 Foto: Divulgação/Eccovida

Transformando o que iria para o lixo: ONG recolhe 800 toneladas de garrafas/mês.

A quantidade de lixo no Rio Acari, que atravessa o bairro de Honório Gurgel, na Zona Norte do Rio, potencializou os efeitos de uma enchente no ano de 1999, provocando um prejuízo incalculável à população da região. A tragédia foi o que motivou Edson Freitas, de 47 anos, morador da comunidade Jorge Turco, às margens do rio, a arregaçar as mangas e agir. O que antes era lixo retirado das águas do Acari se transformou em preciosa matéria-prima comercializada pela ONG Eccovida. O grupo foi criado por Edson para reciclar garrafa PET e óleo vegetal, transformado-o em biodiesel, além de promover ações educativas junto a escolas e comunidades cariocas. Na época, Edson abandonou a atividade de vendas para se dedicar ao recolhimento das garrafas. Contagiou a comunidade com a

boa iniciativa usando um carro de som, que ele apelidou de “sucatinha”, para convocar a participação dos moradores, e, de forma criativa, compôs um funk com mensagens de conscientização. “Virou uma febre na comunidade”, conta. Para Edson, as pessoas, motivadas, despertam o interesse em encontrar soluções para o descarte adequado de lixo. “Descobrimos que o lixo vale ouro, é um pré-sal da superfície. A gente não tinha dimensão da sua riqueza”. A animação dele tem um motivo: os números registrados mensalmente pela ONG. São recolhidas 800 toneladas de garrafas PET em 180 pontos de descarte na região. Aproximadamente 600 pessoas, que antes estavam desempregadas, agora vivem da renda deste trabalho, com salários que variam de R$ 800 a R$ 2 mil, proporcionando um giro mensal de


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cerca de R$ 3 milhões. Os trabalhadores fazem a seleção em uma área de 13 mil metros quadrados. O material aproveitado vai para uma máquina e se transforma, por exemplo, em telhas feitas de garrafa PET, comercializadas em uma fábrica em Saquarema, na Região dos Lagos. “As pessoas aqui não sabem mais o que é desemprego e ainda estão atuando em algo que preserva o meio ambiente”, comemora Edson. O exemplo foi seguido pela família, que hoje sobrevive exclusivamente da comercialização dos produtos reciclados. Os três filhos se dedicam a estudos na área de gerência ambiental e a mulher, Jussireme Gomes tira o seu sustento no artesanato feito com garrafas PET. Até os três cães da família ganharam “nomes sustentáveis”: Latinha, Papelão e Pet. O exemplo de Santa Teresa Em outro ponto da cidade, no bairro de Santa Teresa, na Região Central, o exem-

plo parte do Morro dos Prazeres. Com três anos de existência, o projeto “Reciclação” faz um mapeamento para criar áreas adequadas de coleta de lixo, após a comunidade passar por um desabamento que teve como uma das causas a quantidade de detritos descartados em locais irregulares. Cerca de 25 jovens atuam no programa, por meio de entidades locais. “A nossa iniciativa quer construir algo inovador para garantir saúde para a população e desenvolvimento do território em educação ambiental, via coleta seletiva”, conta Zoraide Gomes, mais conhecida como Cris dos Prazeres, idealizadora do projeto. Atualmente, mais de 40 pontos de coleta atendem a comunidade, recolhendo mais de uma tonelada por mês. O material é separado na quadra esportiva da comunidade, de forma provisória. Nos horários alternativos, palestras e diversas outras ações de conscientização são desenvolvidas com a comunidade.

Network of good ideas

Governments, companies, institutions and a common concern: sustainability Rio de Janeiro has developed good deedseying up one of the most relevant themes related to modern society: sustainability.Governments, society, social movements and the scientific community act on several fronts to find creative solutions to counter the effects of climatic changes andthe environmental damage that has accumulated for centuries. The work done by the “Fórum Permanente de DesenvolvimentoEstratégico do Rio” (Permanent Forum for Strategic Development of the State of Rio de Janeiro) is one of the most prominent and consists of 39 governmental and society institutions, including universities and social movements.All aiming at sustainable solutions and environmental preservation. The “Rede Rio de Sustentabilidade” (Rio Network of Sustainability) emerged from the meetings held by the Forum, which brings together more than 70state, municipal and federalpublic organizations.This group sets out the goals for the “Agenda Ambiental da AdministraçãoPública” (Environmental Agenda of Public Administration).The “Rio Capital da Energia” (Rio Energy Capital) is another project, in the same direction, with a focus on energy efficiency and which inspired the elaboration of a legislation that enable incentive for the construction of the “Dois Arcos” power station, that produces biogas from garbage. The state government encourages sustainable actions by granting tax incentives to companies that preserve the environment.One of them is the “ICMS Verde” (Green ICMS), which gives discount at tax for city councils that adopt good practices. The state capital is currently part of the C40 – global group that gathers 40 Large Cities for Climate Leadership. The C40 createdan inventory of local emissions of greenhouse gases,having as parameter the Global Protocol of Emissions.



SERVIÇO DE MANOBRISTAS


178 Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

Essa maravilha de cenário.... Indústria do audiovisual ajuda a movimentar a economia contando - e fazendo - história


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namoro é antigo. A atração entre o Cinema Nacional e a cidade do Rio teve início nas primeiras cenas gravadas no país, no dia 19 de junho de 1898. O espaço escolhido pelo cineasta italiano Afonso Segreto foi a Baía de Guanabara. Nascia ali uma duradoura história de amor entre um cenário deslumbrante e a sétima arte. Surgia, também, naquele momento, o que viria a ser um longo processo de valorização desta indústria no Rio, atingindo mais tarde o patamar de “Capital do Audiovisual”. Ao longo das décadas, o setor vai ganhando força e contribuindo para o desenvolvimento industrial. Afinal, o cenário estava pronto: uma mistura eficaz de beleza natural, economia emergente, povo vibrante e point mundial do entretenimento. Acompanhando a valorização do cinema nacional, multinacionais passam a querer aliar suas marcas à cidade, estimulando a migração das empresas com atividades ligadas ao ramo para o Rio. Nas duas últimas décadas, a capital, estampada nas telonas de muitos países, atraiu turistas estrangeiros, animados em conferir de perto os deslumbres exibidos nos cinemas. A mídia internacional ficou simpática ao “jeito carioca”, o que se traduziu no vocabulário econômico em novos postos de trabalhos, aplicação de capital externo, avanço tecnológico e ampliação das fronteiras comerciais. Das novelas aos grandes filmes publicitários, passando pelas produções fotográficas e cinematográficas, as paisagens atravessaram fronteiras para representar o Brasil no mundo. Seduzidos pelas belezas, cineastas estrangeiros foram chegando com as equipes de produção e apresentando novas tecnologias. Neste contexto de troca de experiência se fortalece um processo de intercâmbio e participação maior do Estado em projetos globais. Injeção de ânimo e de recursos De olho nesse filão, os órgãos públicos, entre eles o Governo do Estado, com investidas estratégicas, ajudaram a mover essa

engrenagem e, em consequência, aquecer a economia. Em 2008, a Secretaria de Estado de Cultura se aliou à de Educação e ao Instituto Cultura em Movimento (ICEM) para criar o projeto “Cinema Para Todos”, que prioriza a distribuição gratuita de vales-ingresso a alunos e professores da rede de ensino. Em três edições foram atendidas 1.076 escolas, exibidos 261 filmes, com mais de 1,5 milhão de espectadores levados aos cinemas credenciados, em 70 municípios. Outro projeto é o “Cinema da Cidade”, previsto para 2016. A proposta é a abertura de salas de exibição em municípios entre 20 mil e 100 mil habitantes. O investimento, na ordem de R$ 18 milhões, é fruto de parceria entre a Secretaria de Estado de Cultura, a Agência Nacional do Cinema (ANCINE) e a Caixa Econômica Federal. Equipados com novas tecnologias, os cinemas serão compostos por duas salas com projeção digital, sendo uma delas com sistema 3D. Em 2011, profissionais fluminenses participaram do Rotterdam Lab, um grande mercado de negócios no Festival Internacional de Cinema de Roterdã, na Holanda. Empolgado com os resultados, o Governo deu os primeiros passos para a realização do programa “FilmsFrom Rio”, em parceria com a Riofilme, Firjan, Sebrae e o Festival do Rio. O projeto, iniciado em 2014, compreende a seleção de produtores de conteúdo audiovisual para a participação em três diferentes mercados: no Rio (RioMarket / Festival do Rio), na Argentina (Ventana Sur) e na França (MarchéduFilm / Festival Internacional de Cinema de Cannes). O centro de formação e desenvolvimento internacional de projetos para filmes de longa-metragem de ficção e documentário na cidade de Amsterdã, também na Holanda, conhecido como BingerLab, selecionou em 2013, por meio do seu programa de desenvolvimento de roteiros WritersLab, oito realizadores para a oficina intensiva, que aconteceu naquele ano no país. Entre eles, Bruno Safadi foi o único realizador lati-


180 Foto: Divulgação

“Cidade de Deus” (no alto) foi um dos grandes sucessos do cinema contemporâneo e impulsionou a produção audiovisual do Estado; animação “Rio”, de Carlos Saldanha, é uma verdadeira ode à capital e suas belezas.


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no-americano beneficiado, representando o Rio. O turismo foi beneficiado pelo crescimento das atividades do audiovisual nas últimas décadas. Os cartões postais se transformaram em cenários prediletos das produções internacionais: Cristo Redentor, Pão de Açúcar, Teatro Municipal, a Rampa de Voo Livre, o novo Maracanã. Uma diversidade de paisagens encanta telespectadores mundo afora. A Capital Audiovisual cria um elo pela inovadora e irreverente “indústria criativa”, gerando novas fontes de renda. ‘Riollywood’ – marca ganha reconhecimento A teledramaturgia brasileira teve um investimento notável pela Central Globo de Produção, que pertence à emissora de TV Rede Globo. O Projac, construído em Jacarepaguá, na Zona Oeste, é um polo fervilhante de artistas e produções, comparado pelo mercado internacional a Hollywood. O centro é um dos maiores da América Latina. A partir desta abertura mercadológica, foram sendo lançados novos produtos do audiovisual, com vistas a um público interessado na marca carioca. No ano de 2010, quando as empresas do ramo geraram, juntas, uma receita referente a 96% do setor em âmbito nacional, dos dez filmes brasileiros que chegaram Foto: Rogério Farias

às salas de cinema com maior bilheteria, nove foram gravados no Rio. A obra de maior destaque do ano foi, sem dúvida, “Tropa de Elite 2”, do diretor José Padilha, fenômeno de bilheteria que, juntamente com o seu antecessor, “Tropa de Elite”, de 2007, foi assistido por mais de 20 milhões de espectadores. Mas esse filão foi aberto por outra produção de muito destaque, o longa “Cidade de Deus” (2002), do diretor Fernando Meirelles. Ambos foram rodados em cenários cariocas e projetaram, ainda mais, o Rio de Janeiro para o cinema mundial. Também para dinamizar a engrenagem, a Academia Brasileira de Cinema criou o Grande Prêmio do Cinema Nacional. “Prêmios são importantes para a nossa atividade. A festa do Oscar repercute no mundo inteiro. Sempre que há festivais onde se reconhece o valor de atores, atrizes, diretores e técnicos, repercute junto ao público e é bom para o cinema”, avalia o cineasta e presidente da Academia, Roberto Farias. Ele considera que o Rio tem uma posição consolidada. “O Rio de Janeiro sempre foi caixa de ressonância dos movimentos culturais, sobretudo do cinema, com exceções, como o caso da Vera Cruz em São Paulo. E o que se produz no Rio repercute em todo o país”. Foto: Arquivo Pessoal

Roberto Farias, da Academia Brasileira de Cinema, em ação no ano de 1972, e hoje: “o Rio sempre foi caixa de ressonância”.


182 Foto: Divulgação Festival Internacional do Cinema/Secretaria Municipal de Trabalho e Desenvolvimento Econômico de Barra do Piraí

Troféu Dom Quixote, entregue pelo Festival Internacional de Cinema de Barra do Piraí: símbolo da concretização de um sonho.


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Barra do Piraí: sucesso com projeto inovador Os intercâmbios com polos audiovisuais estrangeiros inspiraram novos programas não só na capital, mas em outras cidades. Nesta linha nasceu, em 2009, a “FilmCommission”, um órgão da prefeitura do Rio, via RioFilme, ligado à Secretaria de Estado de Cultura, que visa a atender os municípios fluminenses, apoiando e capacitando interessados em fazer cinema. Barra do Piraí, a 121 km da capital, foi o primeiro a aderir ao projeto, no mesmo ano de sua criação. “Vimos uma oportunidade na busca do desenvolvimento e identidade socioeconômica da cidade, algo que projetasse nossa marca além das fronteiras. Um caminho para nos diferenciar dos outros municípios”, conta o secretário de Trabalho e Desenvolvimento Econômico de Barra do Piraí, Roberto Monzo. A cidade de cerca de 100 mil habitantes se transformou em referência de Pólo Audiovisual não só no Estado, mas no país, com ações de qualificação de mão de obra. O projeto “Luz, Câmera e Educação” foi um dos primeiros implantados, com a filosofia de criar “uma oficina em cada escola”. Instituições públicas e particulares foram beneficiadas, revelando novos talentos e envolvendo cerca de 600 alunos. Em seguida, surgiu o Fest Cine Estudantil, estimulando a produção de arte por jovens estudantes, com premiações para os curtas-metragens inscritos no festival. Pertencimento Roberto Monzo acredita que os projetos celebram o envolvimento direto do morador, representando um modelo sustentável de desenvolvimento, onde a população pode reforçar o seu sentimento de pertencimento. O multiplicador do programa é o próprio profes-

sor. Os frutos já são colhidos. Barra do Piraí realiza, com sucesso, o Festival Internacional de Cinema, que em 2016 completa a sétima edição. O belo troféu Dom Quixote representa a luta da população pela realização deste sonho. O festival já levou para o município 13 produções do Rio e até da Alemanha, abrindo novas frentes de mercado. Cada filme realizado na cidade reverte em R$ 350 mil a mais na receita do município, com o aquecimento de turismo, hospedagem, alimentação e comércio. ‘Cineasta mirim’ Thamiris Gouvêa tinha dúvidas sobre a sua vocação, apenas tinha certeza de uma coisa: gostava de artes. Com 12 anos, teve o primeiro contato com a oficina “Luz, Câmera e Educação”, no colégio estadual em que estudava, em Ipiabas, distrito de Barra do Piraí. As aulas de cinema despertaram interesse na área e, no ano seguinte, ela participava do festival em praça pública. Hoje, com 17 anos, a jovem já tem uma pequena história para contar: atuou em grandes produções, até como diretora, e está na equipe de uma série para a TV Brasil. “Quando fiz a parte de continuação na produção do (filme) ‘Danúbio Azul’, aprendi o lado profissional, com as ações que uma empresa exige. Depois veio ‘O Casamento de Gorete’, fruto de indicação do filme anterior, em que assumi a função de assistente de produção. Em 2013, a Plural Filmes e uma produtora alemã me contrataram como produtora para um filme brasileiro-francês-canadense”, conta a “pequena cineasta”. Agora, a professora que atuava como agente multiplicador na escola em que a jovem estudava convidou-a para uma nova missão: Thamiris irá ajudar a semear novos talentos na região.


185 Foto: Banco de Imagem

Rio in the spotlight

The audiovisual industry of the State helps moving the economy by telling and making history The Brazilian Cinema had the first recorded sceneat Guanabara Bay, in the city of Rio and wasexhibited in June 19, 1898. With that, began a processthat resulted in the current development of the audiovisual industry of the state that gained status of “The Capital of Audiovisual”. Over the years, the Rio de Janeiro displayed on screensaround the worldattracted foreign tourists, heating the economy with new jobs, the investment of foreign capital, technological progress and the expansion of trade barriers. Taking advantage of this favorable scenario, the state of Rio createdprojects to encourage the audiovisual, fostering the development.One of them is the “Cinema Para Todos” (Cinema for Everyone) set up in 2008, which prioritizes the free distribution of ticket vouchers to students and teachers of the school system.Another project that is scheduled for 2016, the “Cinema da Cidade” (Movie Theater of the City), foresees the opening of movie theaters in small and medium cities. The Brazilian TV drama had a remarkable investment by Central Globo de Produção, owned by the TV broadcaster RedeGlobo. The complex(Projac) built by the broadcaster attracted new areas of negotiations for the state. In 2010, the audiovisual companies of the state of Rio de Janeiro had, all together, an income referring to 96% of the sectorat a national level.Of the ten Brazilian movies that made it to the theaters this yearwith highest-grossing, nine were filmed in Rio.The highlight was”Tropa de Elite” (Elite Squad) from Director José Padilha.When the subject is recognition, the Brazilian Film Academy created the most disputed award in the audiovisual industry, and it has Rio as stage. The government created the “FilmCommission”, an agency linked with the Rio de Janeiro State Secretary of Culture, which aims to support and empower activities that involve the film industry in the cities of the state. The city of Barra do Piraí was the first to join the innovative project in 2009 and, as a result, it became a reference of Audiovisual in the state.


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Portos do Rio 188

Terminal da capital fluminense: entre os dez principais do Brasil, é o porto que possui o maior valor agregado de cargas.

Foto: Divulgação/Docas

Oportunidades de parcerias público-privadas


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O

Complexo Portuário formado pelos portos públicos do Rio de Janeiro, Itaguaí, Niterói e Angra dos Reis está em processo de manutenção e modernização. Com isso, um conjunto de ações e investimentos tanto do poder público quanto da iniciativa privada estão sendo realizados. Até 2016, a Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) pretende concluir as frentes de trabalho iniciadas em 2014, quando a atual diretoria assumiu, relativas ao Projeto de Modernização Portuária, implementado pela Secretaria dos Portos (SEP). O objetivo é promover a reestruturação administrativa e a revisão de processos, visando à agilização e eficiência das operações portuárias. Especificamente no Porto do Rio, entre os projetos da Cia. Docas estão: o reforço estrutural do Cais da Gamboa, para viabilizar a profundidade de seus berços; a recuperação de vias, pátios, armazéns e defensas ao longo do cais; e a modernização do sistema integrado de segurança (SIS/ISPS-CODE). Quanto aos investimentos privados, estão em andamento as obras de ampliação dos terminais de contêineres operados pelo Grupo Libra e pela MultiTerminais e do terminal de roll-onroll-off da MultiTerminais, no Cais do Caju do Porto do Rio. Também estão em análise os estudos de viabilidade referentes a propostas de novos investimentos para o Terminal de Passageiros, operado pela Pier Mauá; para o Terminal de Produtos Siderúrgicos, operado pela Triunfo Logística; e para a implantação de novas instalações do terminal de trigo. Os maiores entraves, atualmente, para o funcionamento cada vez mais eficaz dos portos são os acessos marítimo e terrestre. Mas as três esferas do Governo (federal, estadual e municipal) têm trabalhado conjuntamente num esforço em que se incorporam a Companhia Docas do Rio de Janeiro, o Grupo Libra e a MultiTerminais, para promover o plano de expansão. O Porto da capital conta com um planejamento estratégico estabelecido entre

usuários, operadores, clientes e transitários do sistema logístico, denominado Porto do Século XXI. Este plano estabelece metas e infraestrutura de acesso, bem como expansões da área operacional. Para melhorar as condições de acesso marítimo, merece destaque a contratação, por parte da Secretaria de Portos, dos serviços de dragagem que permitirão a chegada de navios de até 345 metros de comprimento por 48,5m de largura, com capacidade de até 10,6 mil TEUs, muito maiores que os atuais, de 295 metros. Este investimento é da ordem de R$210 milhões. Para melhorar os acessos, a Cia. Docas vem trabalhando para implementar outros projetos desenvolvidos pela SEP como: - o sistema VTMIS – VesselTraffic Management Information System (Sistema de Gerenciamento e Informação de Tráfego de Embarcações), que visa à melhoria da acessibilidade marítima aos portos; - o Projeto Cadeia Logística Portuária Inteligente, com foco na melhoria de acessibilidade terrestre por meio do sistema Portolog; - e as AALPs – Áreas de Apoio Logístico Portuário, com a finalidade de ajudar a organização do fluxo de caminhões/cargas destinados ao porto ou provenientes dele, racionalizando o uso de acessos e minimizando o conflito porto-cidade. Para destravar o trânsito na região e criar um acesso exclusivo, sem que os veículos de carga se misturem aos demais, está prevista a construção da Avenida Portuária. Trata-se de uma alça adicional no viaduto que fará a conexão entre a Ponte Rio-Niterói e a Linha Vermelha. Essa alça, incluída no novo edital de licitação da ponte, fará a ligação da Avenida Brasil diretamente ao porto. Pensando o futuro Porto do Futuro é o projeto de expansão dos terminais de contêineres operados pelo Grupo Libra e pela MultiTerminais e do terminal de roll-onroll-off da MultiTerminais, no Cais do Caju. Juntos, os terminais terão o maior cais


190 Foto: Divulgação/Docas

Porto de Itaguaí: investimentos de cerca de R$ 5 bilhões.

contínuo de contêineres e veículos da América do Sul. Isso representa um aumento de 63% na capacidade dos terminais que, até 2020, poderão movimentar dois milhões de TEU/ano. Essa expansão é prioritária e a primeira etapa das obras foi inaugurada em março de 2015, com a presença da presidente Dilma Rousseff, do então ministro dos Portos Edinho Araújo, do governador Luiz Fernando Pezão, e do prefeito Eduardo Paes, entre outras autoridades. O aumento da capacidade de carga terá impacto direto sobre as cadeias farmacêutica, automotiva, óleo e gás, química e siderúrgica,

com a geração de cinco mil postos de trabalho diretos e indiretos. O Porto do Rio é um polo indutor de atividade econômica, estimulando de forma permanente o desenvolvimento regional, em uma área que abrange todo o Sudeste do país. Tanto que a área ali representa o metro quadrado do território fluminense que mais gera receitas tributárias, sendo uma das maiores arrecadações de ICMS do Estado e de ISS do município. Apenas em 2014, o recolhimento de ICMS na nacionalização de cargas foi de R$2,2 bilhões. Entre os dez principais portos do Brasil, o do


191

Rio é o que possui o maior valor agregado das cargas: US$2.146 por tonelada, enquanto a média brasileira é de US$1.145 por tonelada. Isso o caracteriza como um porto de qualidade, de cargas nobres, e não um porto de quantidade. Infraestrutura Para alcançar a meta de ampliação e modernização, a parceria público-privada é fundamental. Somente unindo as forças num objetivo comum é possível aumentar a competitividade, alavancar a economia fluminense e fortalecer o setor em todo o país. O valor total dos investimentos neste sentido é de R$1,5 bilhão, somando recursos privados e públicos. As duas empresas – Grupo Libra e MultiTerminais – juntas estão investindo R$ 1 bilhão. Cerca de R$ 550 milhões são de recursos públicos já garantidos, sendo R$210 milhões para a dragagem - um investimento da SEP/PR -, e o restante para melhoria dos acessos rodovi-

ários. Em 2015, a Cia. Docas não poupará esforços para alcançar as metas e manter a taxa média de crescimento de 5% ao ano. Itaguaí, Niterói e Angra Nos portos de Itaguaí, Niterói e Angra dos Reis, essa parceria público-privada também está presente nas obras de modernização da infraestrutura. Em Itaguaí, os investimentos do terminal da CSN chegarão a R$4 bilhões e o SepetibaTecon tem previsão de investir em torno de R$1 bilhão. Ali, Docas trabalha para melhorar as condições para os usuários. Estão em andamento, por exemplo, obras de ampliação da portaria – de quatro para oito gates - visando a atender ao “Arco Metropolitano”; e de construção das instalações para funcionamento do VTMIS. No Porto de Angra dos Reis, a arrendatária Technip vai investir R$150 milhões. Já no de Niterói, as empresas Nitshore e Nitport têm aplicações previstas no valor de R$170 milhões.

Ports of Rio

Opportunities for public-private partnerships The Port Complex formed by the public ports of Rio de Janeiro, Itaguaí, Niteróiand Angra dos Reisis in the process of maintenance and modernization.A set of actions by public authorities and the private sector is being carried out. Until 2016, the company“CompanhiaDocas do Rio de Janeiro” aims to complete the work started in 2014, related to the “Projeto de ModernizaçãoPortuária”(Port ModernizationProject), implemented by the Secretariat of Ports (SEP). Particularly in the Port of Rio, among the projects of the company are: the structural improvements of the Gamboa pier; the routes recovery, courtyards, warehouses and defenses along the pier;and the modernization of the integrated security system.Regarding the private investments,are in progress the expansion works of the containers terminalsoperated by the Libra Group and MultiTerminais. The biggest obstacles to the increasingly effective operation of ports are the maritime and terrestrial accesses.ThePort of the capitalhas a strategic planning established between users, operators and customers,called Port of the XXI Century. This plan sets goals and infrastructure access, as well as the expansion of the operational area. Among the ten main ports in Brazil, Rio has the highest value of loads: US$ 2.146 per ton, while the national average is US$ 1.145 per ton.This characterizes it as a port of quality, noble loads, and not a port of quantity.To reach the goal of expansion and modernization, the public-private partnership is essential. In this regard, the total value of investments is R$1,5 billion,adding private and public resources. This public-private partnership is also present in the ports of Itaguaí, NiteróiandAngra dos Reis. The investments of the CSN terminal in Itaguaí will reach R$5 billion. In the Angra dos Reis Port, the leaseholderTechnip will invest R$ 150 million.In the port of Niterói, the NitshoreandNitportcompanies have plannedinvestments of R$170 million.


O Rio em detalhes 192

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Fontes dos dados das regiões: IBGE - Estimativa de População 2015 e sites oficiais.


193

REGIÃO METROPOLITANA E CAPITAL

MUNICÍPIO

POPULAÇÃO

ÁREA EM KM2

SITE

Rio de Janeiro

6 476 631

1 200

www.rio.rj.gov.br

Belford Roxo

481 127

77

www.belfordroxo.rj.gov.br

Duque de Caxias

882 729

467

www.duquedecaxias.rj.gov.br

Guapimirim

56 515

360

www.guapimirim.rj.gov.br

Itaboraí

229 007

430

www.itaborai.rj.gov.br

Japeri

99 863

81

www.japeri.rj.gov.br

Magé

234 809

388

www.mage.rj.gov.br

Mesquita

170 751

39

www.mesquita.rj.gov.br

Nilópolis

158 309

19

www.nilopolis.rj.gov.br

Niterói

496 696

133

www.niteroi.rj.gov.br

Nova Iguaçu

807 492

521

www.novaiguacu.rj.gov.br

Paracambi

49 521

179

www.paracambi.rj.gov.br

Queimados

143 632

75

www.queimados.rj.gov.br

São Gonçalo

1 038 081

247

www.saogoncalo.rj.gov.br

São João de Meriti

460 625

35

www.prefeiturasjm.com.br

Seropédica

82 892

283

www.seropedica.rj.gov.br

Tanguá

32 426

145

www.tangua.rj.gov.br


194

Foto: Divulgação/TurisRio


195

REGIÃO DOS LAGOS

MUNICÍPIO

POPULAÇÃO

ÁREA EM KM2

SITE

Araruama

122 865

638

www.araruama.rj.gov.br

Armação dos Búzios

31 067

70

www.buzios.rj.gov.br

Arraial do Cabo

29097

160

www.arraial.rj.gov.br

Cabo Frio

208 451

410

www.cabofrio.rj.gov.br

Casimiro de Abreu

40 305

460

www.casimirodeabreu.rj.gov.br

Iguaba Grande

25 901

51

www.iguaba.rj.gov.br

Maricá

146 549

362

www.marica.rj.gov.br

Rio Bonito

57 615

456

www.riobonito.rj.gov.br

Rio das Ostras

131 976

229

www.riodasostras.rj.gov.br

São Pedro da Aldeia

96 920

332

www.pmspa.rj.gov.br

Saquarema

82 359

353

www.saquarema.rj.gov.br

Silva Jardim

21 307

937

www.silvajardim.rj.gov.br


196

Foto: Divulgação/Agência Petrobras


197

REGIÃO NORTE

MUNICÍPIO

POPULAÇÃO

ÁREA EM KM2

Campos dos Goytacazes

483 970

4204

Carapebus

15 008

308

Cardoso Moreira

12 558

524

Conceição de Macabu

22163

347

Macaé

234628

1216

Quissamã

22 700

712

São Fidélis

37 703

1 031

São Francisco de Itabapoana

41 291

1 122

São João da Barra

34 583

455


198

Foto: Divulgação


199

REGIÃO NOROESTE

MUNICÍPIO

POPULAÇÃO

ÁREA EM KM2

SITE

Aperibé

11 023

94

www.aperibe.rj.gov.br

Bom Jesus do Itabapoana

35 964

598

www.bomjesus.rj.gov.br

Cambuci

14 836

561

www.prefeituramunicipaldecambuci.com

Italva

14 569

293

www.italva.rj.gov.br

Itaocara

22 779

431

www.itaocara.rj.gov.br

Itaperuna

99 021

1 105

www.itaperuna.rj.gov.br

Laje do Muriaé

7 298

249

www.laje.rj.gov.br

Miracema

26 665

304

www.miracema.rj.gov.br

Natividade

15 013

386

www.natividade.rj.gov.br

Porciúncula

18 059

302

www.porciuncula.rj.gov.br

Santo Antônio de Pádua

41 178

603

www.santoantoniodepadua.rj.gov.br

São José de Ubá

7 206

250

www.saojosedeuba.rj.gov.br

Varre Sai

10402

190

www.varresai.rj.gov.br


200

Foto: Juliana Prado


201

REGIÃO SERRANA E CENTRO FLUMINENSE

MUNICÍPIO

POPULAÇÃO

ÁREA EM KM2

SITE

Bom Jardim

26278

384

www.bomjardim.rj.gov.br

Cachoeiras de Macacu

56 290

953

www.macacu.com

Cantagalo

19 759

749

www.cantagalo.rj.gov.br

Carmo

18 200

321

www.carmo.rj.gov.br

Cordeiro

21 063

116

www.cordeiro.rj.gov.br

Duas Barras

11 121

375

www.duasbarras.rj.gov.br

Macuco

5 398

77

www.prefeituramacuco.rj.gov.br

Nova Friburgo

184 786

933

www.pmnf.rj.gov.br

Petrópolis

298 142

795

www.petropolis.rj.gov.br

Santa Maria Madalena

10 225

814

www.pmsmm.rj.gov.br

São José do Vale do Rio Preto 20 916

220

www.sjvriopreto.rj.gov.br

São Sebastião do Alto

9054

397

www.ssalto.rj.gov.br

Sumidouro

15 127

395

www.sumidouro.rj.gov.br

Teresópolis

173060

770

www.teresopolis.rj.web.br.com

Trajano de Moraes

10 350

589

www.pmtm.com.br


202

Foto: Divulgação


203

REGIÃO DO MÉDIO PARAÍBA

MUNICÍPIO

POPULAÇÃO

ÁREA EM KM2

SITE

Barra do Piraí

96 865

578

www.barradopirai.rj.gov.br

Barra Mansa

179 915

547

www.pmbm.com.br

Itatiaia

30 240

245

www.itatiaia.rj.gov.br

Pinheiral

23 887

76

www.prefeiturapinheiral.com.br

Piraí

27838

505

www.pirai.rj.gov.br

Porto Real

18 266

50

www.portoreal.rj.gov.br

Quatis

13 543

286

www.quatis.rj.gov.br

Resende

125 214

1 095

www.resende.rj.gov.br

Rio Claro

17 826

837

www.rioclaro.rj.gov.br

Rio das Flores

8 892

478

www.riodasflores.rj.gov.br

Valença

73 725

1 304

www.valenca.rj.gov.br

Volta Redonda

262 970

182

www.portalvr.com


204

Foto: Concer/Tuna Meyer


205

REGIÃO CENTRO-SUL

MUNICÍPIO

POPULAÇÃO

ÁREA EM KM2

SITE

Areal

11 970

110

www.areal.rj.gov.br

Comendador Levy Gasparian

8 250

106

www.levygasparian.rj.gov.br

Engenheiro Paulo de Frontin

13626

132

www.paulodefrontin.rj.gov.br

Mendes

18 099

97

www.mendes.rj.gov.br

Miguel Pereira

24 842

289

www.pmmp.rj.gov.br

Paraíba do Sul

42 356

580

www.paraibadosul.rj.gov.br

Paty do Alferes

26 818

318

www.patydoalferes.rj.gov.br

Sapucaia

17 606

541

www.sapucaia.rj.gov.br

Três Rios

79 264

326

www.tresrios.rj.gov.br

Vassouras

35 432

538

www.vassouras.rj.gov.br


206

Foto: Divulgação/TurisAngra


207

COSTA VERDE

MUNICÍPIO

POPULAÇÃO

ÁREA EM KM2

SITE

Angra dos Reis

188 276

825

www.angra.rj.gov.br

Itaguaí

119 143

275

www.itaguai.rj.gov.br

Mangaratiba

40 779

356

www.mangaratiba.rj.gov.br

Paraty

40 478

925

www.pmparaty.rj.gov.br


208

Caminhos para o investimento Para quem quer empreender, estreitar contatos ou se informar, relação de alguns órgãos estratégicos:

Governo do Estado do Rio de Janeiro www.rj.gov.br Secretaria de Estado de Turismo www.rj.gov.br/web/setur Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços www.rj.gov.br/web/sedeis Secretaria de Estado da Fazenda www.fazenda.rj.gov.br Secretaria de Estado de Meio Ambiente www.rj.gov.br/web/sea Secretaria de Estado da Educação www.rj.gov.br/web/seeduc Secretaria de Esportes, Juventude e Lazer www.rj.gov.br/web/seelje Rio Solidário www.riosolidario.org

Assembleia Legislativa do Estado do rio de Janeiro www.alerj.rj.gov.br Codin – Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro www.codin.rj.gov.br Faperj – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio www.faperj.br Faetec – Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio www.faetec.rj.gov.br Jucerja – Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro www.jucerja.rj.gov.br Confederação Nacional da Indústria www.portaldaindustria.com.br Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro www.fecomercio-rj.org.br


209

Prefeitura do Rio de Janeiro www.rio.rj.gov.br Rio Negócios www.rio-negocios.com AgeRio www.agerio.com.br Firjan – Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro www.firjan.com.br RioTur - Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro www.rio.rj.gov.br/riotur Sebrae RJ www.sebrae.com.br Rio Criativo www.riocriativo.com Assespro – Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação do RJ www.assespro-rj.org.br Startup Rio www.startuprio.org Sebrae Nacional www.sebrae.com.br

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio www.desenvolvimento.gov.br Ministério do Meio Ambiente www.mma.gov.br Agência Nacional do Petróleo www.anp.gov.br Agência Nacional de Energia Elétrica www.aneel.gov.br Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos www.apexbrasil.com.br Federação das Câmaras de Comércio Exterior www.fcce.org.br BNDES www.bndes.gov.br Agência Brasileira de Inovação www.finep.gov.br Ibama www.ibama.gov.br


210


211

Nossos sinceros agradecimentos a todos os parceiros que acreditaram no projeto “Estratégia e Desenvolvimento” desde o início e se somaram à nossa empreitada. Sabemos que, com trabalho e dedicação, é possível fazer do Rio de Janeiro, cada vez mais, um lugar de excelência para se viver, fechar negócios e plantar boas ideias.



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