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Universidade Estadual de Campinas Reitor
Marcelo Knobel
Coordenadora Geral da Universidade Teresa Dib Zambon Atvars Projeto Comvest Coordenação Acadêmica Coordenador Executivo José Alves de Freitas Neto Coordenadora Adjunta Ana Maria Fonseca de Almeida Coordenadora Acadêmica Márcia Rodrigues de Souza Mendonça Comissão de Seleção das Redações Roxane Helena Rodrigues Rojo Cynthia Agra de Brito Neves Jacqueline Peixoto Barbosa Secretária de Execução do Projeto Luciana Amgarten Quitzau
Conselho Editorial Presidente Márcia Abreu Euclides de Mesquita Neto – Iara Lis Franco Schiavinatto Maíra Rocha Machado – Maria Inês Petrucci Rosa Osvaldo Novais de Oliveira Jr. – Renato Hyuda de Luna Pedrosa Rodrigo Lanna Franco da Silveira – Vera Nisaka Solferini
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Pró-Reitoria de Graduação
Comissão Permanente para os Vestibulares
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Grafia atualizada segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990. Em vigor no Brasil a partir de 2009. ficha catalográfica elaborada pelo sistema de bibliotecas da unicamp diretoria de tratamento da informação
Bibliotecária: Maria Lúcia Nery Dutra de Castro – crb-8a / 1724 V738
Vestibular Unicamp: Redações 2018 / organizadores Pró-Reitoria de Graduação e Comissão Permanente para os Vestibulares. – Campinas, sp: Editora da Unicamp, 2018. 1. Redação. 2. Exame vestibular. 3. Linguística – Coletânea. I. Universidade Estadual de Campinas. Pró-Reitoria de Gra
duação. Comissão Permanente para os Vestibulares.
cdd 469.5 378.1664 isbn 978-85-268-1457-8 410
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Sumário Apresentação . .................................................. 7 Introdução . ...................................................... 13 Prova de redação 2018 . .................................. 25 Expectativas da banca .................................... 39 Redações selecionadas – Texto 1................ 49 Redações selecionadas – Texto 2 ............... 97
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Apresentação
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Há 19 anos era publicada a primeira edição deste livreto, com uma compilação das melhores redações do vestibular da Unicamp. Naquele momento, eram exigi dos dos candidatos três textos, dos gêneros dissertação, narrativa e carta argumentativa. A prova de redação da Unicamp começava a ser uma referência nacional quanto à expertise de avaliação da produção escrita, por parte de professores e pesquisadores. Acompanhando as transformações históricas do Brasil e do mundo, os candi datos foram instados, ao longo dessas duas décadas, a refletir e a escrever sobre questões de relevância para a formação dos possíveis ingressantes, sendo desafiados a experimen tar, por intermédio da escrita, perspectivas 9
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variadas a respeito dos temas em foco e, portanto, formas diversificadas de construir seu discurso. Mudanças ocorreram nas pro postas de escrita no contexto do vestibular. Atualmente, gêneros de texto diferentes são pedidos a cada ano, e os candidatos devem continuar atentando para as indicações na prova sobre o contexto de produção, como interlocutores, objetivos a serem atingidos e modos como se utilizam os textos ofere cidos para leitura na prova, tudo isso no intuito de aproximar, o mais possível, a ta refa do exame dos modos como as pessoas efetivamente escrevem no cotidiano. Assim, ao apresentarmos a 20a edição da coletânea Vestibular Unicamp: Redações, compartilhamos com as comunidades uni versitária, escolar e outras externas ao campus esse conjunto de textos elaborados pelos candidatos. Mas o objetivo maior deste livro é, de fato, valorizar tanto o esforço realizado pelas escolas para ensinar seus alunos a es crever textos de gêneros diversos e para 10
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diferentes finalidades quanto o papel central da escrita nas práticas acadêmicas desejadas para a vida universitária e para a ampla for mação dos futuros graduandos. Desejamos uma boa leitura. José Alves de Freitas Neto Coordenador Executivo da Comvest Márcia Mendonça Coordenadora Acadêmica da Comvest
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Introdução
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Neste livro estão selecionadas 30 den tre as melhores redações da segunda fase do vestibular da Unicamp, sendo 15 redações de cada uma das propostas que fizeram parte da prova deste ano. A ideia é oferecer ao leitor uma visão panorâmica dos textos elaborados no âmbito dessa etapa de seleção. Aproximar a comunidade acadêmica da comunidade escolar é um dos objetivos desta publicação, já que o exame de entrada na universidade se constituiu, ao longo dos anos, em uma das referências para o ensino de leitura e escrita na escola. A Unicamp visa, portanto, dar transparência a seu pro cesso seletivo de vestibular, divulgando uma amostra de textos bem avaliados na prova de redação de 2018. 15
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O leitor encontrará aqui um conjunto de redações composto por textos singulares. E o destaque dado a esta amostra se justifica não por ela ser constituída por produções irretocáveis (considere-se a pressão inerente ao processo de vestibular vivenciada pelos candidatos), mas porque são redações que ilustram o resultado exitoso do trabalho de candidatos que cumpriram as tarefas de lei tura e escrita exigidas pela prova. São textos que apresentam um panorama da qualidade de leitura e produção escrita dos candidatos à Unicamp em 2018. Com a permanente preocupação de abordar temáticas em debate na sociedade contemporânea e de trabalhar com gêneros discursivos relevantes para a vida acadêmica e para a participação cidadã, a prova de reda ção do vestibular Unicamp de 2018 solicitou aos candidatos a produção de textos perten centes a dois gêneros discursivos: um texto -base para uma palestra sobre pós-verdade e um artigo de opinião sobre liberdade de expressão. 16
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A primeira proposta simulava que o candidato havia sido convidado pelo Grê mio Estudantil de sua escola para palestrar aos colegas sobre o tema recente da pós-verdade (post-truth). Em sua palestra, o candi dato deveria explicar tal conceito, sua relação com as redes sociais, apontar exemplos de fake news que se tornaram pós-verdades e ainda mencionar eventuais consequências (éticas, sociais, políticas etc.) do fenômeno. Para cumprir essas tarefas, o candidato de veria usar os textos-fonte disponíveis na prova, podendo também se apoiar em outras informações para compor o seu texto. Mais do que usar informações ou exemplos das fontes oferecidas, o aluno tinha que demons trar boa compreensão dos textos lidos, já que se trata de um conceito complexo. De forma geral, as redações selecio nadas para esta coletânea trazem uma com preensão adequada do conceito de pós-ver dade, distinguindo-o de fake news, relacio nando-o com a prevalência das opiniões e 17
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crenças sobre os fatos e considerando o papel das redes sociais (e de seus algoritmos) na potencialização desse fenômeno. Além da definição, boa parte dos textos traz aler tas sobre o funcionamento dos algoritmos utilizados pelo Facebook e do “efeito bolha” que provocam, o que demonstra que os can didatos souberam manejar as informações do texto-fonte. Dentre as possíveis conse quências da pós-verdade, as mais mencio nadas foram as apontadas no texto-fonte: a vitória de Donald Trump nas eleições à Presidência dos Estados Unidos e a saída da Grã-Bretanha da União Europeia (ou seja, o Brexit); porém, merecem destaque outros exemplos que apareceram, os quais envol viam o contexto brasileiro. Assim, ao mesmo tempo em que a prova exigia o estabele cimento de relações que requeriam, de algu ma forma, a consideração das informações fornecidas e sua leitura compreensiva, a proposta de Texto 1 permitiu que os candi datos trouxessem para a redação seus reper 18
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tórios de leitura e conhecimento de mundo, tal como se espera de um aluno-cidadão concluinte do ensino médio. O gênero dis cursivo texto-base de uma palestra também deve ser ressaltado, uma vez que se relacio na com um gênero oral formal público, sugerido por diferentes propostas curriculares de âmbito estadual e nacional. No que tange ao gênero, as redações diferem quanto ao grau e ao tipo de interação estabelecidos com a plateia – maior ou menor, mais ou menos formal –, o que é plenamente possível, pois se considerou que, nesse quesito, o estilo de gênero é suscetível ao estilo do autor, e a situação de produção permitia tanto uma proximidade (dirige-se a colegas de escola) quanto um distanciamento (para quem en tendeu que o tratamento do tema em uma palestra exigia certa formalidade). A segunda proposta apresentava uma situação envolvendo um post publicado em uma rede social no qual se manifestava um discurso de ódio contra os nordestinos. O 19
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candidato deveria se colocar como um estu dante, leitor do jornal de sua cidade, esco lhido para escrever um artigo de opinião para um caderno especial desse jornal. A questão que deveria ser discutida é se há ou não limites para a liberdade de expressão. Em seu texto, o candidato deveria apresentar os dois posicio namentos explicitados pelos textos-fonte, assumir um deles e sustentá-lo com argu mentos. Para cumprir essa tarefa, contava com oito excertos bastante diversificados: de Luís Roberto Barroso, ministro do STF, a Linn da Quebrada, cantora de funk e pop, passando por Rachel Sheherazade, jorna lista e apresentadora de TV, e Fernando Schüler, cientista político. As redações da proposta de Texto 2 se lecionadas para esta coletânea demonstra ram clareza na apresentação dos dois posi cionamentos requeridos pela pergunta-tema da prova (“Há limites para a liberdade de expressão”?) e os candidatos souberam se lecionar argumentos relevantes, muitas ve 20
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