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universidade estadual de campinas Reitor José Tadeu Jorge Coordenador Geral da Universidade Alvaro Penteado Crósta Projeto Comvest Coordenação acadêmica Coordenador executivo Maurício Urban Kleinke Coordenador adjunto Claudio Henrique de Moraes Batalha Coordenadora acadêmica Fosca Pedini Pereira Leite Comissão de seleção das redações Juanito Avelar Cláudia Pfeiffer Mário Luiz Frungillo Secretárias de execução do projeto Cristiana Lopes Heloísa Vieira da Silva Meirélen Salviano Almeida

Conselho Editorial Presidente Eduardo Guimarães Esdras Rodrigues Silva – Guita Grin Debert João Luiz de Carvalho Pinto e Silva – Luiz Carlos Dias Luiz Francisco Dias – Marco Aurélio Cremasco Ricardo Luiz Coltro Antunes – Sedi Hirano

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Pró-Reitoria de Graduação

Comissão Permanente para os Vestibulares

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Grafia atualizada segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990. Em vigor no Brasil a partir de 2009.

ficha catalográfica elaborada pelo sistema de bibliotecas da unicamp diretoria de tratamento da informação V638

Vestibular Unicamp: redações 2012 / Pró-Reitoria de Graduação e Comissão Permanente para os Vestibulares. – Cam­ pinas, sp: Editora da Unicamp, 2014.

1. Redação. 2. Exame vestibular. 3. Linguística – Coletânea. I. Universidade Estadual de Campinas. Pró-­Reitoria de Graduação. Comissão Permanente para os Vestibulares. II. Título.

cdd 469.5 378.1664 e-isbn 978-85-268-1267-3 410 Índices para catálogo sistemático: 1. Redação 2. Exame vestibular 3. Linguística – Coletânea

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Sumário Apresentação . .................................................. 7 Introdução . ...................................................... 13 Prova de redação 2012 . .................................. 27 Expectativas da banca .................................... 43 Redações selecionadas — Texto 1.............. 51 Redações selecionadas — Texto 2 ............. 83 Redações selecionadas — Texto 3 ............. 111

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Apresentação

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Este livro procura dar continuidade a uma prática muito interessante e proveitosa relacionada com o vestibular da Unicamp, que é dar visibilidade às redações produ­ zidas pelos vestibulandos, com os objetivos de felicitar os alunos que participaram do processo seletivo, bem como indicar aos fu­ turos concorrentes possíveis estilos e for­ matos de texto e escrita. A seleção não é so­mente realizada sobre as melhores reda­ ções resultantes do processo, mas também busca apresentar detalhes interessantes so­ bre a forma de interpretação dos textos propostos. Um dos objetivos desta publica­ 9

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ção é o de auxiliar os futuros candidatos em sua preparação para o nosso vestibular, além de possibilitar a sua utilização pelos profes­ sores nos processos de ensino/aprendiza­ gem associados com a leitura e a escrita. Os textos que compõem a prova de redação, relacionados com três gêneros textuais dis­ tintos, foram escolhidos conforme a pro­ posta para a prova de redação introduzida em 2011. Como é do conhecimento de to­ dos, neste novo modelo, o candidato for­ mula três textos, de gêneros variados. Essa modificação visou substituir uma fórmula adotada desde o início do vestibular da Uni­ camp, um modelo que também se mostrou inovador quando de sua implementação, porém perdeu essa característica, dados os procedimentos de treinamento de algumas escolas e cursinhos preparatórios. O novo modelo — uma proposta de distintas formas de expressão escrita — é considerado mais adequado para selecionar os futuros alunos desejados pela Unicamp.

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Este volume é composto por 30 textos selecionados por uma comissão de profes­ sores da Unicamp de diferentes áreas dis­ ciplinares, sendo 10 textos extraídos de cada uma das três propostas que compuseram a prova de redação. A seleção procurou des­ tacar as diferentes formas e estruturas que o tema permite. Compuseram essa comissão Juanito Avelar (Instituto de Estudos da Lin­ guagem), Cláudia Castellanos Pfeiffer (Ins­ tituto de Estudos da Linguagem e Nudecri) e Mário Luiz Frungillo (Instituto de Estudos da Linguagem).

Esta edição do livro Vestibular Unicamp: Redações 2012 foi realizada por meio de uma parceria entre a Comvest, representada por seu atual coordenador executivo Edmundo Capelas de Oliveira, e o Gabinete do Reitor.

Maurício Kleinke Fosca P. P. Leite

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Introdução

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A 14a edição do Vestibular Unicamp: Re­ dações 2012 traz os melhores textos dos can­ didatos do exame de admissão aos cursos de graduação da Unicamp do Vestibular 2012. A prova de redação seguiu o modelo implementado a partir de 2011, no qual o candidato foi solicitado a produzir três tex­ tos, de gêneros variados. Esse novo modelo veio substituir aquele já consagrado, que vinha sendo aplicado desde 1987, no qual o candidato elaborava, à sua escolha, um den­ tre três tipos de texto — dissertação, narra­ ção ou carta argumentativa —, a partir da definição de um tema e de uma coletânea.

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Com a introdução de um novo mode­ lo de prova, buscamos não apenas reafirmar a importância da escrita e da leitura para o aluno de nossa Universidade, mas também adequá-la aos Parâmetros Curriculares Na­ cionais e à proposta da Secretaria do Estado de São Paulo, que propõe o trabalho com a noção de gêneros a partir do ensino funda­ mental. A longa tradição dos exames vesti­ bulares, centrada na avaliação da dissertação, tem sido responsável por um engessamento do ensino de redação nas escolas de ensino médio, em claro detrimento de um trabalho mais criativo e produtivo com os diferen­ tes gêneros. O modelo que vem sendo im­ plementado pela Unicamp desde 2011 visa de­sestabilizar essa tradição, procurando “desautomatizar” a relação com a escrita que as escolas preparatórias para o vestibular aca­ baram por produzir. O que se espera é que a mudança possa incentivar a escola a traba­ lhar com os mais variados gêneros, promo­ vendo ganhos para os candidatos.

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Cada proposta de produção textual é acom­panhada por pelo menos um texto a ser lido, necessariamente de gênero diverso daquele que deverá ser elaborado, o que permite ampliar a sensibilidade do candi­ dato às características e aos efeitos de cada gênero. Além disso, as instruções e o enun­ ciado colaboram para um trabalho de inter­ pretação específico sobre o texto que acom­ panha cada proposta, valorizando a história de leitura do candidato. O enunciado que an­tecede cada proposta fornece as condi­ ções tanto para a leitura quanto para a pro­ dução da escrita, situando o candidato em relação ao gênero do texto que irá produzir e à interlocução (enunciador e interlocu­tor) a ser construída. Como já fora observado no Vestibular 2011, a mudança no modelo da prova contribuiu para revelar candidatos que conseguem se situar diante das propos­ tas de modo mais preciso e autônomo, com maior ancoragem no mundo real, muito em­bora os textos sejam produzidos em uma 17

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situação fundamentalmente artificial — a da avaliação.

Fazem parte deste livro 30 redações, sendo 10 textos de cada uma das três pro­ postas que compuseram a prova de redação do Vestibular Unicamp 2012. Antes de apre­ sentar os textos selecionados, trazemos as expectativas em relação a cada uma das três propostas.

O enunciado da primeira proposta (texto 1) solicitava ao candidato a análise de um gráfico com o resultado de uma pes­ quisa sobre o interesse de estudantes de vários países pela carreira científica. Espe­ rava-se que, ao elaborar seu texto, o candi­ dato se co­locasse como participante de um fórum de discussão na Internet, criado por concluintes do ensino médio preocupados com decisões que dizem respeito a seu fu­ turo profissional. O candidato, autodeno­ minado Estudante Paulista, deveria atentar para a especificidade de seu interlocutor, que poderia ser o grupo de discussão como um 18

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todo ou apenas um dos participantes do fó­r um, configurando-se aí a situação de in­ terlocução que mediaria o comentário a ser elaborado. Integrado ao debate sobre o que leva alguém a investir na carreira de cientis­ ta, esse comentário deveria sugerir, com base na análise do resultado da pesquisa, uma ou mais conclusões a partir das informações constantes do gráfico. O comentário tam­ bém deveria evidenciar um posicionamen­to perante o que foi dito pelo Estudante Pau­ lista. As considerações sobre o gráfico po­ deriam girar, por exemplo, em torno de uma comparação entre países ricos e pobres (quanto mais pobre o país, maior o interes­ se de seus estudantes em seguir a carreira científica), entre gêneros (os meninos mos­ tram mais interesse pela carreira científica do que as meninas), entre regiões geográfi­ cas (em países da África e da Ásia os estudan­ tes parecem mostrar mais interesse pela carreira do que em países da Europa), den­ tre outras possibilidades. Algumas conclu­ 19

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sões que poderiam ser sugeridas são as se­ guintes: a ciência proporciona ascensão so­cial, pelo menos no imaginário dos estu­ dantes; a ciência é vista como uma forma de contribuir para o desenvolvimento de um país; a disparidade entre os gêneros se refle­ te nas opções e oportunidades profissionais; cientistas não têm altos salários e, por isso, os estudantes de países ricos não mostram interesse pela carreira etc. Ao se posicionar diante da opinião do Estudante Paulista, era esperado que o enunciador considerasse a pergunta feita por esse participante (“Vocês não acham que essa pesquisa reflete muito bem a realidade?”) e/ou abordasse os resul­ tados da pesquisa referentes a duas cidades brasileiras indicadas no gráfico.

O enunciado do texto 2 deixava claro que, ao se colocar no lugar dos estudantes de uma escola que passou a monitorar as páginas de seus alunos em redes sociais da Internet, o candidato deveria redigir um manifesto (a ser lido em uma reunião de pais 20

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