A técnica do pensamento

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A tĂŠcnica do pensamento


universidade estadual de campinas Reitor Fernando Ferreira Costa Coordenador Geral da Universidade Edgar Salvadori de Decca

Conselho Editorial Presidente Paulo Franchetti Alcir Pécora – Christiano Lyra Filho José A. R. Gontijo – José Roberto Zan Marcelo Knobel – Marco Antonio Zago Sedi Hirano – Silvia Hunold Lara Comissão Editorial da Coleção Espaços da Memória Márcio Seligmann-Silva – Cristina Meneguello Maria Stella Martins Bresciani Jeanne Marie Gagnebin – Alcir Pécora Conselho Consultivo da Coleção Espaços da Memória João Adolfo Hansen – Edgar de Decca Ulpiano Bezerra de Meneses – Francisco Foot Hardman


Mary Carruthers

a técn ica do pensamento meditação, r etór ica e a const ruç ão de i m agens (4 0 0 -120 0)

t rad uç ão

José Emílio Maiorino


Grafia atualizada segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990. Em vigor no Brasil a partir de 2009.

ficha catalográfica elaborada pelo sistema de bibliotecas da unicamp diretoria de tratamento da informação C237t Carruthers, Mary, A técnica do pensamento: meditação, retórica e a construção de imagens (4001200) / Mary Carruthers – tradução: José Emílio Maiorino. – Campinas, sp: Editora da Unicamp, 2011. Tradução de: The craft of thought: meditation, rhetoric, and the making of images, 400-1200. 1. Imagem (Psicologia). 2. Meditação – História. 3. Retórica – História. 4. Civilização medieval – Aspectos psicológicos. 1. Título. cdd isbn 978-85-268-0937-6

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Índices para catálogo sistemático:

1. Imagem (Psicologia) 2. Meditação – História 3. Retórica – História 4. Civilização medieval – Aspectos psicológicos

Título original: The craft of thought: meditation, rhetoric, and the making of images, 400-1200 Published by the Press Syndicate of the University of Cambridge Copyright © by Cambridge University Press, 1998 Copyright da tradução © 2011 by Editora da Unicamp

Nenhuma parte desta publicação pode ser gravada, armazenada em sistema eletrônico, fotocopiada, reproduzida por meios mecânicos ou outros quaisquer sem autorização prévia do editor.

Editora da Unicamp Rua Caio Graco prado, 50 – Campus Unicamp cep 13083-892 – Campinas – sp – Brasil Tel./Fax: (19) 3521-7718/7728 www.editora.unicamp.br  –  vendas@editora.unicamp.br

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Espaços da Memória

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sta coleção reúne obras que são referência nos estudos da memória. Visando divulgar e aprofundar esse campo de pesquisa, a coleção tem um caráter interdis­ ciplinar e circula entre a teoria literária, a história e o estudo das diferentes artes. Suas obras abrem a perspectiva de uma visada singular sobre a cultura como um diá­ logo e um embate entre diversos discursos mnemônicos e registros da linguagem.



Este livro ĂŠ para Erika.



Agradecimentos

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esejo agradecer às instituições e às pessoas que me ajudaram mais diretamente. Fui agraciada com tempo ininterrupto para pesquisar e escrever, pri­meiro por meio de uma Senior Research Fellowship da National En­dowment for the Humanities e depois como convidada do J. Paul Getty Research Institute for the History of Art and the Humanities. A New York University foi muito ge­nerosa com diversas pequenas bolsas de assistência à pesquisa, incluindo uma bolsa de apoio à publicação do Abraham and Rebecca Stein Faculty Publication Fund do Departmento de Inglês. A inesperada dádiva de nove meses “no Getty” foi particularmente bem­vinda, pois me proporcionou a liberdade total de que eu precisava para repensar e reorganizar este livro na companhia de colegas instruídos e encorajadores, nas pes­soas dos funcionários da biblioteca, do museu, do instituto de pesquisa e das organizações Getty associadas, bem como da notável comunidade de pesqui­ sadores, artistas e suas famílias, todos não medievalistas, que naquele ano visitavam o instituto, vindos da Europa e da América. Suas conversas eram sempre estimulantes e renovadoras, e Erika e eu nos sentimos muito enriquecidas pelas amizades que surgiram naquele ano. Particularmente reveladora para o meu pro­ jeto foi a tarefa, instigada por Anne e Patrick Poirier, de colocar minhas ideias em imagens para o nosso armário de “Curiositas”. E dois velhos amigos foram visitantes especialmente bem-vindos: a professora Lina Bolzoni, da Scuola Normale Superiore, de Pisa, e o doutor Jean-Philippe Antoine, da Universidade de Lyon. A generosidade do Getty em assegurar que três estudantes das artes da memória, até então trabalhando normalmente distantes uns dos outros, tivessem tempo livre necessário para conversar e estudar juntos foi característica do que experimentei ali.


Apresentei estudos preliminares para partes deste livro como seminários em vá­rias instituições, incluindo a University of California — em Los Angeles, ­Santa Bárbara, Berkeley e Riverside —, J. Paul Getty Center, Claremont Gra­ duate Center, Brown University, Barnard College, Columbia University, University of Minnesota Twin-Cities, University of Notre Dame, Rice University, Wellesley College, Medieval Academy of America, Newberry Library, Univer­ sity of Toronto, Warburg Institute, o Colóquio Ars Memorativa II na Universidade de Viena e o Colóquio Lieux ou Espace de la Mémoire? em Villa Gillet, na cidade de Lyon. Tenho sido sempre abençoada com diversos colegas interessantes, eruditos e generosos, na América do Norte e na Europa, que enriqueceram minha própria técnica de pensamento com suas conversações; as conversações que busquei em conexão com este livro não foram exceção. Não posso nomear todos e espero que a maioria reconheça meu agradecimento no uso que fiz de seu trabalho. Como sempre, tirei grande proveito do trabalho de especialistas de outras áreas: para este estudo, li trabalhos sobre filosofia da mente e sobre biologia cognitiva. Esses trabalhos não aparecem com frequência nas notas, de modo que gostaria de mencionar aqui particularmente o trabalho de Ned Block, Stephen Kosslyn, Mark Johnson, Patricia Churchland, John Searle, Hanna e Antonio Damasio, Joseph LeDoux e Howard Margolis. Gostaria de agradecer meus assitentes de pesquisa em vários estágios deste projeto: Beverly Freeland, no Getty, e Simonetta Cochis, Fred Roden e Heide Estes, na New York University. Agradeço também àqueles que leram o manuscrito em diferentes estágios de produção: Paul Gehl, Alastair Minnis, Rita Copeland e Linda Seidel. Eles me salvaram de muitas burradas e infelicidades, e certamente não devem ser culpados pelas que sobraram, ou por aquelas que eu introduzi desde que eles viram esse projeto pela última vez. Muitos de meus amigos e conhecidos tiveram de suportar muitas coisas enquanto este livro estava sendo preparado: agradeço especialmente pelo apoio estimulante de Bruce e Wendy, Elspeth, Martha e Robin, Sonya, e Lisa. Agradeço também a meus editores e à equipe de produção da Cambridge University Press, em particular à doutora Katharina Brett, que me encorajou durante toda a etapa de redação do livro, e à doutora Hilary Gaskin e a Karl Howe, que o supervisionaram na fase de produção. Na preparação do texto, a doutora Rosemary Morris dedicou ao livro a atenção cuidadosa e crítica de que todo manuscrito precisa e que deveria ter; agradeço especialmente a ela suas abalizadas correções, questionamentos e comentários. Valerie Elliston deu ao livro um “Índice remissivo” muito melhor do que eu poderia ter dado. E meu agradecimento especial a minha amiga Josie Dixon, que funcionou (não


pela primeira vez) como dea ex machina em um momento crítico do processo editorial. Lamento que minha mãe não tenha vivido para ver este meu trabalho, aquele que ela mais teria apreciado e compreendido, melhor. Meus maiores agradecimentos são a ela e por ela, a pessoa a quem este livro é dedicado.



Sumário

Lista de Ilustrações............................................................................................................................................................................ 17 Lista de Abreviações........................................................................................................................................................................ 21 Introdução.................................................................................................................................................................................................. 23 1 Memória Coletiva e Memoria Rerum................................................................................................................. 31 I. Uma arquitetura para pensar. ................................................................................................................................. 31 1. Machina memorialis. ................................................................................................................................................ 31 2 . Invenção e “memória locacional”.............................................................................................................. 35 3. Ter um lugar para colocar as coisas. ........................................................................................................ 40

4. “Como um sábio mestre construtor”.................................................................................................... 44 5. A máquina do mestre construtor sábio.............................................................................................. 51 II. Memoria rerum, relembrando coisas........................................................................................................... 55 6. Fábulas de inventário: ensinando a teoria de sua técnica. ............................................ 55 7. Textos como res. .............................................................................................................................................................. 61 8. As “coisas” da memória. ........................................................................................................................................ 63 9. Os “dispositivos” do pensar.............................................................................................................................. 65 10. O Memorial da Guerra do Vietnã como um exemplo de

memoria rerum. ........................................................................................................................................................... 69


11. A peregrinação a Jerusalém como um mapa para o recordar.................................. 75 12 . Construindo um lugar comum.................................................................................................................. 80 13. A guerra em Dafne entre o bem-aventurado Bábilas e Apolo............................... 83 14. Por que o Templo de Apolo foi queimado?.................................................................................. 89 15. A construção do “esquecimento” público: recobrimento e

remapeamento. ............................................................................................................................................................... 91 16. Os primeiros cristãos recordam Virgílio......................................................................................... 95 2 “Lembrem-se do Paraíso”: As Estéticas da Mneme. .............................................................................. 99 I. Virtus memoriae...................................................................................................................................................................... 99 II. A máquina da memória............................................................................................................................................... 102 III. Recordando o futuro. .................................................................................................................................................. 109 IV. O caminho da invenção: a história de João Cassiano sobre Serapião,

monge do Egito. .................................................................................................................................................................. 112 V. Pensando em imagens. ................................................................................................................................................... 117 VI. O conceito de ductus retórico. ........................................................................................................................... 124 VII. A arte da memória monástica. ........................................................................................................................ 129 VIII. Curiositas ou fornicação mental................................................................................................................ 131 IX. Bernardo de Claraval: curiosidade e iconoclastia...................................................................... 133 X. Curiosidade e cuidado: João Cassiano sobre como esquecer assuntos

pagãos.............................................................................................................................................................................................. 138 XI. Machina mentis: o moinho do capitel em Vézelay. .................................................................. 143 XII. Esquecimento e “conversão”............................................................................................................................. 146 XIII. Sollicitudo ou curiosidade santa................................................................................................................. 152 XIV. Ansiedade mnemotécnica: a Segunda Meditação de

Anselmo de Bec. ............................................................................................................................................................. 155 XV. Moldando o caráter pelo exercício: o monge-soldado. ....................................................... 161 XVI. Pedro de Celle, “Sobre a Aflição e a Leitura”. ........................................................................... 163 XVII. Pescando o pensamento: Romualdo de Camáldoli......................................................... 170 3 Imagens Cognitivas, Meditação e Ornamento..................................................... 175 I. Pensando com imagens: Agostinho e Alcuíno..................................................... 177 II. Ornamento: pondo a mente em movimento..................................................................................... 183


III. Invenção e dificuldade: Agostinho e Rábano Mauro........................................................... 186 IV. Enargeia: pintando na mente. ............................................................................................................................ 194 V. “Pinte em seu coração”: a Cidade Celeste como ekphrasis.................................................. 198 VI. Um excurso sobre aprender a visualizar: o Dittocheon de Prudêncio

e outros versos pictóricos........................................................................................................................................ 201 VII. A Psychomachia de Prudêncio, um épico visível...................................................................... 247 VIII. A Jerusalém Celeste de Beato: uma imagem com a qual inventar.................... 257 IX. Etimologia: a energia de uma palavra libertada........................................................................... 263 X. Etimologia visual: o Livro de Kells. .............................................................................................................. 270 XI. Excurso: jogos nas margens de dois livros góticos, o Saltério Rutland

e as Horas de Catarina de Cleves.................................................................................................................. 271 XII. Os tropos para iniciar: figuras e imagens místicas................................................................. 277 4 Visão Onírica, Imagem e “o Mistério do Quarto de Dormir”.................................................... 285 I. “Visão” e “Fantasia”............................................................................................................................................................ 285 II. A Dama Filosofia de Boécio: visão inventiva. ................................................................................... 287 III. Compondo no leito: alguns antecedentes romanos................................................................ 292 IV. A Visão de Wetti: a invenção monástica visionária.................................................................... 297 V. Vendo o dragão: A Vida de São Bento, de Gregório Magno............................................. 303 VI. Vendo Deus e o diabo: a estética da mneme. .................................................................................... 308 VII. (Re)construindo a Nova Jerusalém: a construção pela visão..................................... 314 VIII. A mnemotécnica da “pintura”..................................................................................................................... 318 IX. A pintura como máquina cognitiva........................................................................................................... 321 X. Pictura: um tropo da retórica monástica................................................................................................ 327 XI. Pintando pinturas para meditação: Pedro de Celle,

“Sobre a Consciência”................................................................................................................................................ 330 XII. Dois poemas-pinturas de Teodulfo de Orléans......................................................................... 335 XIII. O sonho de Baudri de Bourgeuil no quarto da condessa Adela.......................... 339 5 “O Lugar do Tabernáculo”................................................................................................................................................ 351 I. Um artefato que fala também é um orador............................................................................................ 352


II. Construindo uma visão onírica: Malaquias de Armagh e Gunzo

de Baume. ..................................................................................................................................................................................... 355 III. O “Plano de St.-Gall”: o plano de edificação como máquina

de meditação.......................................................................................................................................................................... 359 IV. “Como o modelo celeste”: a imagem do Tabernáculo........................................................... 364 V. A mnemônica arquitetônica na retórica monástica: dois exemplos do século XII............................................................................................................................................................................... 372 VI. Uma “espécie de” edifício: Gregório Magno sobre o complexo do

Templo em Ezequiel. .................................................................................................................................................... 378 VII. A imagem da Arca de Noé de Hugo de St.-Victor.................................................................. 380 VIII. Adão de Dryburgh: o “Tríplice Tabernáculo, acompanhado de

uma imagem”. .................................................................................................................................................................. 385 IX. Agostinho em “O Lugar do Tabernáculo”........................................................................................ 391 X. Edificações como máquinas meditativas: duas histórias modernas....................... 396 XI. Reforma da meditação e reforma da edificação: um exemplo

cisterciense................................................................................................................................................................................ 399 XII. Fornecendo as rotas da oração. ...................................................................................................................... 404 XIII. O ductus litúrgico: Centula-St.-Riquier.......................................................................................... 411 XIV. Jogos-com-formas: o Templo e o Jardim.......................................................................................... 414 XV. O claustro como máquina de memória e enciclopédia...................................................... 417

Bibliografia............................................................................................................................................................................................... 425 Obras de referência gerais. ................................................................................................................................................ 425 Catálogos e fac-símiles.......................................................................................................................................................... 426 Bibliografia primária............................................................................................................................................................... 427 Bibliografia secundária......................................................................................................................................................... 432 Índice remissivo. ................................................................................................................................................................................... 455


Lista de Ilustrações

Pranchas coloridas 1: Mappamundi, do Beatus de Saint-Sever. Paris, Bibliothèque Nationale, MS lat. 8.878, ff. 45v-46. Foto: Bibliothèque Nationale de France. 2: A Cidade Celeste, do Beatus de Saint-Sever. Paris, Bibliothèque Nationale, MS lat. 8.878, ff. 207v-208. Foto: Bibliothèque Nationale de France. 3: A Cidade Celeste, do Beatus de Facundo. Madri, Biblioteca Nacional, MS Vitrina 14 -2 , f. 253v. Foto: Biblioteca Nacional. 4: A abertura do sexto selo do Livro do Cordeiro. Paris, Bibliothèque Nationale, MS lat. 8.878, f. 116. Foto: Bibliothèque Nationale de France.

Pranchas em preto e branco 5: Aratus, Phaenomena: os círculos celestes e as constelações boreais. Boulognesur-mer, Bibliothèque Municipale, MS 188, f. 20. Foto: Boulogne-sur-mer, Bibliothèque Municipale. 6: Isidoro de Sevilha, De natura rerum: constelações. Laon, Bibliothèque Municipale, MS 422 , ff. 27v-28. Foto: Laon, Bibliothèque Municipale. 7: O Moinho: capitel na nave lateral sul da Basílica de Santa Madalena em Vézelay (Yvonne). Foto: M. Carruthers. 8: Prudêncio. Cambridge, Corpus Christi College MS 23, f. 40. Foto: Parker Library, reproduzida com a permissão de Master and Fellows of Corpus Christi College, Cambridge.

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9: O sexto anjo derrama sua taça sobre o rio Eufrates (Revelação 16:12), do Beatus Morgan. Nova York, Pierpont Morgan Library, MS M. 644, f. 190v. Foto: Pierpont Morgan Library, Nova York. 10: Uma página pontuada do Livro de Kells. Dublin, Trinity College, MS 58, f. 278. Foto reproduzida com a permissão de Board of Trinity College Dublin. 11: Um caramujo em justa com um cavaleiro em uma margem inferior do Saltério Rutland. Londres, British Library MS Addtl. 62 .925, f. 48. Foto: British Li­brary. 12: Um monstro brinca com membros seccionados em uma borda do Saltério Rutland. Londres, British Library MS Addtl. 62 .925, f. 83v. Foto: British Li­brary. 13: Um cão de caça (lymer) segue a pista de um coelho escondido, em uma margem do Saltério Rutland. Londres, British Library MS Addtl. 62 .925, f. 57v. Foto: British Library. 14: Uma cadeia de pretzels e biscoitos circunda a margem de uma oração; das Horas de Catarina de Cleves. Nova York, Pierpont Morgan Library, MS M. 917, p. 228. Foto: Pierpont Morgan Library. 15: Cubiculum M, na Villa de Fannius Synestor, Boscoreale; Romano, 40 -30 a.C. Nova York, Metropolitan Museum of Art, Rogers Fund, 1903 (03.14.13). Foto: Metropolitan Museum of Art. 16: Uma página com tapete de cruzes no início do Evangelho de Lucas, dos Lindisfarne Gospels. Londres, British Library, MS Cotton Nero D.IV, f. 138v. Foto: British Library. 17: Pintura mural, painel II, do Cubiculum M na Villa de Fannius Synestor, Boscoreale. Nova York, Metropolitan Museum of Art, Rogers Fund, 1903 (03.14.13). Foto: Metropolitan Museum of Art. 18: Uma pintura do Inferno, f. 255 do Hortus deliciarum. Apud R. Green, Hortus deliciarum. 19: O Inferno e a Boca do Inferno, do Beatus de Arroyo. Paris, Bibliothèque Nationale, MS nouv. acq. lat. 2 .290, f. 160. Foto: Bibliothèque Nationale de France. 20: Igreja de Teodulfo em Germigny-des-Prés (Loire): mosaico da Arca da Aliança ladeada pelos dois querubins guardiões. Foto: M. Carruthers. 21: Gunzo vê em seu sonho os santos Pedro, Paulo e Estêvão medindo o plano da nova igreja de Cluny. Detalhe de um manuscrito feito c. 1180. Paris, Bibliothèque Nationale MS lat. 17.716, f. 43. Foto: Bibliothèque Nationale de France.

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lista de ilustr ações

22: A mandala de Jnanadakini. Nova York, Metropolitan Museum of Art. Aqui­ sição, Lita Annenberg Hazen Charitable Trust Gift, 1987, (1987.16). Foto: Metropolitan Museum of Art. 23: Representatio porticus quasi a fronte videretur. Inglês, c. 1160 -1175. Oxford, Bodleian Library MS Bodley 494, f. 155v. Foto: Bodleian Library. 24: O Tabernáculo, do Codex Amiatinus. Florença, Biblioteca Medicea Lauren­ziana MS Amiatinus I, ff. IIv-III. Foto: Florença, Biblioteca Medicea Lau­renziana, com a permissão do Ministero per i Beni Culturali e Ambientali. 25: Parte do deambulatório e dois “cômodos” da abside na igreja da abadia cisterciense de Pontigny (Yvonne). Foto: M. Carruthers. 26: Parte oeste da nave lateral sul em Pontigny, construída nos anos 1140. Foto: M. Carruthers. 27: O deambulatório da abside reconstruída de Suger (c. 1140) em Saint-Denis. Foto: M. Carruthers. 28: O tremó, Santa Maria, Souillac (Lot); meados do século XII. Foto: James Austin. 29: Parede ocidental do portal da igreja da abadia cluniacense de Moissac. Foto: James Austin. 30: Noé construindo a Arca, do Saltério Huntingfield. Nova York, Pierpont Morgan Library MS M. 43, f. 8v. Foto: Pierpont Morgan Library. 31: Galeria leste do claustro do monastério cisterciense de Fontenay (Côte d’Or). Foto: M. Carruthers. 32: Igreja da abadia cisterciense de Pontigny, vista a partir do sudeste. Foto: M. Carruthers.

Ilustrações no texto Figura A: Duas figuras monstruosas compostas a partir de versus rapportati; f. 255v do Hortus deliciarum do século XII. Apud R. Green, Hortus deliciarum. Figura B: Um detalhe do Plano do St. Gall. Apud W. Braunfels, Monasteries of Western Europe. Figura C: Itinerário para uma procissão litúrgica realizada na abadia de CentulaSt.-Riquier. Apud C. Heitz, “Architecture et liturgie processionnelle”.

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