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Nota Editorial
Nota Editorial | Filomena Sintra, Vice-presidente da Câmara Municipal de Castro Marim
São 22 edições de sucesso, que se devem a um conjunto de fatores muito variado, como a autenticidade do espaço, ao valor patrimonial do Castelo e à envolvente da vila, mas acima de tudo ao quadro vivo que ali se recria. São 45 profissões representadas por artesãos, que, apesar da idade avançada, participam neste evento com muita alma e com muita mestria, centenas de figurantes que animam e deambulam pelas ruas e o envolvimento fundamental das associações locais e do CCD (Centro de Cultura e Desporto) dos Funcionários da Câmara de Castro Marim, enquanto entidade que coordena, aglomera, motiva e traz os funcionários da autarquia a envolverem-se no evento. O nosso Cortejo Medieval é também um dos pontos fortes deste evento, não há nenhum desfile tão completo e participado, o Agrupamento de Escolas traz sempre 50 figurantes, mesmo em período de férias. Temos uma forte adesão do comércio local, que se envolve e se caracteriza para participar e enriquecer os Dias Medievais. Acima de tudo, há uma alma que resulta da participação regular de grupos que não participam em mais nenhuma recriação histórica em Portugal, vêm de França, de Itália, e esta ligação resulta de um crescimento conjunto ao longo dos anos. Mantendo o rigor, este ano reforçámos questões de segurança, de saúde e questões ambientais. Em 2019, numa parceria mais estreita com a Delta Cafés, queremos ter um espaço para o café. Vamos fazer esta ligação histórica do café ao período medieval, uma vez que é uma época transversal a uma série de culturas. É uma forte parceria, que só existe graças à decisão do Sr. Comendador Rui Nabeiro.
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É um evento que envolve o comércio local, mas também se tem registado uma adesão de pequenos produtores, que aproveitam para dinamizar a sua oferta. Temos a particularidade de ter um Mercado, que vende produtos de referência do Baixo Guadiana, o sal, as compactas, o mel, a cestaria, a empreita. É também isso que queremos, valorizar os produtos locais de qualidade. Alargámos, há 2 anos, o perímetro do evento, mas aumentámos o rigor, procurando a maior aproximação possível áquilo que seriam as artes e ofícios daquele tempo.
Temos várias medidas ambientais relevantes nesta edição e estamos a trabalhar no sentido de sermos um Eco Evento. Tem que haver uma redução drástica de resíduos e uma reutilização máxima dos bens e cenários de cada edição. Usamos os copos em barro, desde quase a génese dos Medievais, mas queremos ir mais além e queremos que todos os materiais gráficos tenham menor impacto. Nesta edição já conseguimos reduzir em metade o gasto em papel para o mesmo número de coroas, que é um dos brindes oferecidos.
Ao nível dos banquetes, há um grande rigor na construção das ementas, conseguidas com a participação de várias chefs, que nos têm ajudado na investigação e na própria forma de confecionar e apresentar os pratos. Este ano daremos a oportunidade de se poder reservar a Mesa do Rei, que contará com alguns privilégios.
Espero que desfrutem desta viagem no tempo e que saíam daqui com a paixão para vos trazer de volta no próximo ano!