5 minute read

WRC- Antevisão / Preview

A DEMOCRACIA DAS VITÓRIAS

Atemporada de 2017 do WRC começou com mais emoção, incertezas na classificação e grande equilíbrio entre os principais pilotos e equipas do campeonato. Foi preciso chegar à quinta prova da competição para alguém repetir um triunfo. Até esse momento, em quatro ralis, outros tantos vencedores diferentes. E nem um construtor sobressaiu de modo positivo face à concorrência.

Advertisement

A mudança de regulamentos técnicos empreendida pela FIA, e que se concretizou com a realização do primeiro rali do Campeonato do Mundo, em muito contribuiu para o equilíbrio de forças. Mas, acima de tudo, promoveu um maior espetáculo na estrada para entusiasmo dos adeptos. A época começou com o sempre emblemático Rali de Monte Carlo. O equilíbrio de forças ia, pela primeira vez, ser posto à prova. As condições imprevisíveis tiveram a habitual influência na classificação, mas, no final, foi o campeão do mundo em título, Sébastien Ogier, que ganhou. A diferença superior a dois minutos para Jari-Matti Latvala poderia deixar antever uma nova temporada dominada pelo francês. Só que a partir daí, o piloto da M-Sport não mais voltou a pisar o lugar mais alto do pódio. Mas a consistência apresentada permite-lhe liderar o campeonato.

Na segunda ronda do ano, a única disputada em pisos de neve, foi a vez da Toyota brilhar no ano em que regressou ao WRC. Jari-Matti Latvala mostrou que o Yaris tem potencial para discutir as vitórias com a concorrência.

O Rali do México, que teve lugar no início de Março, foi o primeiro desafio em pisos de terra do campeonato. A elevada altitude em que estão situadas as classificativas desta ronda criou enormes dores de cabeça aos técnicos de praticamente todas as formações. O pouco oxigénio fez com que muitos motores aquecessem e não foram raros os casos de equipas que se atrasaram na classificação. No final, o triunfo sorriu a Kris Meeke que não evitou um susto na derradeira especial quando saiu de estrada e entrou pelo parque de estacionamento dos carros dos espectadores. De regresso à Europa, a ilha da Córsega recebeu a caravana do WRC. Por altura do rali das dez mil curvas já todos os construtores tinham ganho menos a Hyundai. A marca sul-coreana já tinha mostrado capacidade para andar na frente mas a vitória fugiu sempre, até que as estradas deste território deram o primeiro triunfo do ano a Thierry Neuville. Mais um rali, mais um vencedor diferente.

Só com a viagem à Argentina é que o WRC 2017 teve um piloto a triunfar pela segunda vez. No caso, foi consecutiva. Depois do aparente domínio de Elfyn Evans, que chegou a sonhar com a primeira vitória no Campeonato do Mundo, o belga da Hyundai empreendeu uma recuperação impressionante e subiu ao lugar mais alto do pódio com uma vantagem de 0,7 segundos sobre Evans.

Estão, deste modo, lançados os dados para um grande Vodafone Rally de Portugal. Será que haverá repetentes ou um novo vencedor? Será que Neuville chegará à terceira de seguida? Tudo para se saber entre 18 e 21 de Maio na sexta ronda da temporada.

WRC - antevisão | preview

DEMOCRACY OF VICTORIES

The 2017 World Rally Championship season started with stronger emotions, higher uncertainty in the stands and a great equilibrium between main drivers and teams in the championship. It took five rounds to see a driver winning for the second time. Until then, there were four different drivers triumphing in as many rallies. As for constructors, not even one managed to stand out from the rest. The change in technical regulations promoted by FIA, which became effective with the first round of the 2017 WRC, has been a major contribute for this equilibrium. However, above all and to the delight of fans, it led to a greater show on the roads.

The season started with the traditional Rally Monte Carlo. It was the first time strengths would be put to the test. Unpredictable conditions played their usual roll in the classification but, in the end, it was the World Champion Sébastien Ogier who came out on top. The difference over Jari-Matti Latvala was over two minutes and raised the question of whether the year would be dominated by the French. However, from then on, the M-Sport driver never made it to the top step of the rostrum again. Even so, his consistency is allowing him to keep on leading the championship.

At the year’s second round, the only one held in snow, it was the turn for WRC returnee Toyota to shine. JariMatti Latvala showed that the Yaris has what it takes to fight for the win with its rivals.

Rally Mexico, at the start of March, was the first gravel challenge of the season. The high altitude at which the stages are held generated major headaches to the technicians of most teams. Low oxygen made engines overheat and there were several teams getting behind in the time sheets. In the end, victory smiled to Kris Meeke, but not without a fright on the last test, when he made an off road incursion over a parking area for spectators.

Back to Europe, Corsica hosted the WRC. All constructors had already won by the 10,000 turns rally but Hyundai. The Korean make had already shown potential at the top of the stands, but victory had been illusive. That would be no more this year, with Thierry Neuville making it the fourth driver and the fourth constructor to win in as many rounds.

Only with the trip to Argentina has the 2017 WRC seen a driver winning for the second time. After the initial show of strength from Elfyn Evans, who dreamed of his maiden win in the World Championship, the Belgian Hyundai driver recovered the lost time and made it to the top step of the podium for the second time in a row, with a margin of only 0.7 seconds over Evans.

The scenery is set for what is expected to be a great Vodafone Rally de Portugal. Will there be another driving repeating a victory? Will Neuville make it to the third triumph this year? Will there be a fifth winner? This question will only be answered from the 18th to the 21st May, at the World Rally Championship sixth round of the season.

This article is from: