De Janeiro a Dezembro de 2019
Brazilian Songs
AS MAIORES BANDAS DO BRASIL ATUAL Conheça os artistas que configuram a atual geração de novas bandas.
Neste fim de ano a revista indicará boas músicas para vocês ouvirem.
Índice
sessão 1: A geração de agora
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sessão 2: As maiores bandas do brasil atual
sessão 3:Imagem BZ Recomenda
Índice
ANÚNCIO
A Geração de Agora
Alaska foto
Cefa
A Alaska é uma banda de rock independente, de são paulo/sp, formada por André Ribeiro, Vitor Dechem, Wallace Schmidt, André Raeder, e Nicolas Csiky. ONDA é o disco de estréia da banda, e conta com treze faixas inéditas, produzidas e gravadas pelos próprios integrantes, no CAVALO ESTÚDIO, em São Paulo, de maneira integralmente independente.
A Cefa é uma Banda Curitibana que surgiu no ano de 2009, formada por 4 integrantes Caio Weber (Vocalista), Slu, Victor Farias (baixista), Israel Candido (Baterista). Os meninos fizeram um pequeno hiato de quase um ano retomando seu EP “Os dias que antecedem as rosas”. E em 2015 lançou seu primeiro full-lenght com 10 músicas, mais maduro e evoluído. chamado: O Fantástico Azul ao Longe
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A Geração de Agora
A Geração de Agora
Ego Kill Talent Theo van der Loo (Guitarra/Baixo), Niper Boaventura (Guitarra/Baixo), Jonathan Correa (Vocais), Raphael Miranda (Bateria/Baixo) and Jean Dolabella (Bateria/Guitarra), são músicos experientes que já integraram bandas como Diesel/Udora, Sepultura, Reação em Cadeia, Pulldown and Sayowa, e agora formaram a EGO KILL TALENT. O nome é uma versão curta e popular da expressão “too much ego will kill your talent”, que convida para uma reflexão sobre o ego, o qual é um ingrediente comum no universo artístico. Seguindo a ideia de desconstrução do ego a banda alterna todos os instrumentos e todas composições da banda são feitas juntos focando no coletivo e não na sigularidade de cada um. Formada em Dezembro de 2014 em São Paulo, o Q.G da banda é o Estúdio Family Mob, onde foi gravado todo material da banda.
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Far From Alaska Formado em 2012 na capital potiguar de Natal, o grupo de rock Far From Alaska nasceu da união de ideias e influências dos amigos Emmily Barreto (vocais), Cris Botarelli (Steel Guitar, Sintetizador e vocais), Rafael Brasil (guitarra), Edu Filgueira (baixo) e Lauro Kirsch (bateria). Após serem descobertos pelo Festival Planeta Terra, em 2012, a banda lançou o primeiro disco, modeHuman, dois anos depois. Festejadíssimo pelo público e pela mídia especializada, o álbum entrou para diversas listas de melhores do ano em 2014, incluindo a da revista Rolling Stone Brasil. De lá para cá, excursionaram pelo Brasil e também para o exterior, destacando duas passagens marcantes em 2016: no festival americano SXSW e na edição comemorativa de cinquenta anos do Midem, em Cannes na França, um dos mais importantes eventos do mercado internacional de música, onde levaram o prêmio “We Are The Future”, de artista revelação.
A Geração de Agora
A Geração de Agora
Supercombo Supercombo é uma banda brasileira de rock alternativo criada em 2007, na cidade de Vitória (ES). Entre várias formações e ideias existentes, a banda conta atualmente com Leonardo Ramos (único integrante da formação original - voz, guitarra, violão); Pedro “Toledo” Ramos (voz, guitarra, violão); Carol Navarro (voz, contrabaixo elétrico) e Paulo Vaz (teclados, piano digital, programações, efeitos). Desde 2008, a Supercombo centra as suas atividades em São Paulo (SP). Já lançaram 4 álbuns de estúdio e 3 EPs virtuais.
Medulla Formada no Rio de Janeiro pelos irmãos e vocalistas Keops e Raony, além dos músicos Alex Vinicius (guitarra) e Tuti AC (baixo), a Medulla é uma banda de rock que utiliza de elementos como o trap, o jazz e o trip hop em sua sonoridade. Com fãs espalhados por todo o Brasil, a Medulla é conhecida pelos shows catárticos. Com letras sobre superação, sobrevivência e adversidades, a discografia do grupo é formada pelo disco O Fim da Trégua (2006) e os EPs Akira (2008), Talking The Machine (2009), Capital Erótico (2010) e O Homem Bom (2013). Em 2016, a banda – agora radicada em São Paulo - lança o seu segundo álbum de inéditas, Deus e o Átomo, produzido por Pedro Ramos (Toledo) e mixado e masterizado por Leonardo Ramos, ambos integrantes da banda Supercombo e Fernando Martinez.
Com mais de milhões de visualizações no youtube e com uma passagem no programa Superstar da Rede Globo, Supercombo é uma das maiores e conhecidas bandas do Brasil atual.
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A Geração de Agora
As maiores bandas do brasil atual
NX Zero
O já tinha dado as pistas com “62 Mil Horas Até Aqui” e “10 Anos”, dois trabalhos com efemérides no título, que resumem o que foram os primeiros anos da banda. Com o disco que acabam de lançar, “Norte” (Deck), apontam um novo rumo na carreira. Melhor, mais maduro, mais integrado... os adjetivos são todos válidos. Ao finalizar a turnê de “Em Comum”, de 2012, os cinco – Di Ferrero (vocal), Gee
Rocha (guitarra e vocal), Fi Ricardo (guitarra), Caco Grandino (baixo) e Daniel Weksler (bateria) – se viram com um ciclo completo. Percorreram a tal estrada de quem faz sucesso de cara e seguiram com o pé fundo no acelerador disco após disco, turnê após turnê, prêmio após prêmio. Mas o mundo mudou nesses quase 15 anos de grupo. Como nunca antes na história. O quinteto já tinha uma assinatura própria de som, tinha a coesão e entrosamento de permanecerem fiéis à formação original
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Se s s ã o 2 e, claro, tinha agora uma carreira e nome a zelar. Você ouve “Norte” e está tudo ali: a força das melodias, principalmente da dupla titular de composição, Di e Gee. Só que o som aposta menos na urgência, característica no início da banda, e mais na qualidade do produto final. As guitarras nunca soaram tão bem, os arranjos vocais idem, existem texturas sublimes, daquelas que dá vontade de apagar a luz e escutar o disco com um bom fone de ouvido, fugindo de qualquer interferência externa. Até um Moog e pedal steel compõem o novo armamento da banda. Foi um ano de dedicação às composições, depois se mandaram para a praia onde maturaram o disco numa pré-produção até entrarem em estúdio com o produtor Rafael Ramos (Pitty/Titãs) para lapidarem o material. De cara eles decantam as fontes de onde beberam nos últimos anos em “Modo Avião”, cercada de novas timbragens de guitarra, loops e teclados. Soul e funk sessentistas giram em alta rotação no primeiro single, “Meu Bem”, e “Mandela” segue no mesmo suingue, só que com mais peso. A mixagem do trabalho ficou simplesmente a cargo de Jim Scott (Red Hot Chilli Peppers, Foo Fighters, Rolling Stones), Tim
Palmer (U2, Pearl Jam) e Mario Caldato Jr. (Beastie Boys, Jack Johnson, Marisa Monte). O primeiro assina a mix das duas faixas seguintes e não por acaso as guitarras do NX ressoam em modo John Frusciante (RHCP) em “Fração de Segundo”, com um solo matador de Lulu Santos como cereja, enquanto “Por Amor” acelera em hard rock em guitarra com delay e vocal em flerte com rap. “Personal Privê” é mais emotiva, em BPM desacelerado e ousado falsete vocal de Di, até o lap steel entrar em “Vibe”, que é belamente conduzida pela cozinha bateria-baixo de Caco e Daniel. Há Moog e guitarra mais limpa na sessentista “Pedra Murano”, canção pra dançar – “Breve Momento” -, mais rock acelerado (“Gole de Sorte”) e soul com acento psicodélico (“Milianos”). Ou mesmo balada em crescente, que fecha o trabalho, “Marcas de Expressão”, que segundo Tim Palmer, que a mixou, possui “uma qualidade hipnótica” e “melodia grudenta sem ser melosa”. Mas o que temos aqui é o disco pelo qual o NX ZERO ficará marcado positivamente na história do rock brasileiro. Ao menos até agora. Que venham mais 15 anos e depois discutimos isso. O importante neste momento é escutar “Norte”. Se bem que, com receita tão refinada, o melhor verbo no caso é saborear.
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As maiores bandas do brasil atual
Fresno. Lembro-me de quando ouvi falar pela primeira vez da Fresno. No auge da moda “Emo” dos anos 2000, a banda era um dos principais nomes do estilo, ao lado de NX Zero, entre outros. Naquela época, ser emo era mais do que simplesmente ouvir tais bandas. Era seguir uma moda através de roupas, perfis personalizados no Orkut, entre outras características. Se você não seguia essa moda, ouvir
tais bandas poderia ser motivo para piadas sem graça. Então, você pode me perguntar: “E o que isso tem a ver com o disco novo?” E eu te responderei isso mais pra frente. Mas vamos ao começo. Me lembro que, após ver muitas pessoas falarem da banda no já citado Orkut, fui buscar no Kazaa (!) algumas músicas para conhecer, e os dois primeiros discos me agradaram bastante.
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Se s s ã o 2 Mas, infelizmente falar que os ouvia era motivo de bullying, então confesso que não admitia isso pra ninguém, afinal, ser sacaneado é algo que você não quer, independente da idade. Imagina isso no fim da adolescência? Até desligava o subnick do Messenger que era linkado com o Media Player, pra ninguém descobrir. Após um tempo, a banda cresceu, assim como o estilo, e influenciados por produtores e gravadoras, tais bandas alcançaram sucesso radiofônico, com pitadas de música pop e produção de mainstream. Nessa época, confesso, perdi um pouco o interesse pela banda. Após ouvir o disco Revanche (2010), resolvi dar mais uma chance. E desde então, tenho visto uma crescente muito interessante. Uma evolução que talvez seja resultado não só do talento dos músicos, mas também de um amadurecimento pessoal dos integrantes. Tal amadurecimento foi sendo mostrado a cada disco lançado, chegando então aos dias atuais.
gências de gravadoras ou produtores, e acertaram em cheio. Desde a belíssima capa, produzida por Lucas, Rafael Rocha e Tiago Abrahão, membros da banda Wannabe Jalva, passando pela participação de Caetano Veloso, temos aqui um disco que mostra um amadurecimento da banda que já podia ser visto desde o EP Eu sou A Maré Viva. A primeira faixa, “Sexto Andar”, de cara, dá um clímax interessante para o disco, com uma abertura crescente e emotiva. Em seguida, “Deixa Queimar”, já traz um clima um pouco mais “tenso”, com bastante peso, e uma linha de baixo e piano bastante marcantes, enquanto Lucas canta: “E se você não sabe contra quem lutar / Só vai ter inimigos em todo lugar / Já posso ouvir o coro: Deixa, deixa, deixa queimar!“.
A Sinfonia de Tudo que Há
Logo depois temos talvez a música mais esperada do disco, “Hoje Sou Trovão”, resultado da parceria da banda com Caetano Veloso. O resultado é bastante interessante, e os vocais funcionam muito bem.
Lucas Silveira (guitarra e vocais), Gustavo Mantovani (guitarra), Mario Camelo (teclados) e Thiago Guerra (bateria) gravaram esse novo disco sem alarde, sem propagandas, prazos, expectativas e exi-
A sequência “Poeira Estelar”, “O Ar” e “Abrace Sua Sombra”, é o ponto alto do disco, tanto musicalmente, quanto poeticamente. Introspectivas e com belas melodias, as canções têm tudo para se torna-
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Sess ã o 2 rem algumas das favoritas dos fãs. “Astenia” é outro ponto muito interessante do disco. As influências de Queens of The Stone Age parecem bem claras, e os vocais lembram bastante algumas músicas do Showbiz, disco de estreia do Muse. “A Sinfonia de Tudo Que Há” e “Axis Mundi” também remetem aos ingleses do Muse, dessa vez de uma fase mais atual, principalmente do disco The Resistance, mas também soando como se fosse trilha sonora de um filme, ou uma ópera rock, porém, sem perder a identidade da banda. Seguida por “A Maldição”, talvez a mais pesada do disco, e por fim, “Canção Desastrada”, que encerra os trabalhos.
daquele adolescente com medo de ser sacaneado por um gosto pessoal, para o adulto de hoje, que fica feliz em ouvir um disco tão bem feito, falando sobre a vida e não se importando de fato com opiniões vindas de fora. O disco fala de como as situações da vida nos fazem nos questionar, crescer, sofrer, se alegrar e perceber que podemos fazer música a partir de todos os momentos da vida. E que há música em todos nós. Que há sinfonia em tudo que há.
A Sinfonia de Tudo que Há é um ótimo disco de uma banda que parece cada vez mais segura do próprio trabalho. Ainda é cedo para dizer se é o melhor disco da banda, e é necessário ver como tais músicas funcionarão ao vivo, mas dá pra dizer que o álbum tem tudo para ser um dos grandes discos nacionais do ano. Sobre a pergunta lá do começo da resenha: o amadurecimento faz parte da vida. Creio que a mensagem do disco é justamente essa, de falar sobre o amadurecimento de todos nós.
(Imagem capturada durante a gravação do Dvd comemorativo de 15 anos da banda em 2014)
Assim como vemos um amadurecimento da banda, resultado da experiência de cada um dos seus integrantes, há o amadurecimento
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As maiores bandas do brasil atual
Scalene é uma banda brasileira de Stoner Rock & Rock Alternativo formada em Brasília no ano de 2009. Eles já lançaram 3 EPs, 4 álbuns de estúdio e 1 álbum ao vivo. A banda participou da segunda temporada do reality show musical Superstar, da Rede Globo, onde terminou como vice-campeã. A banda foi vencedora do Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock em Língua Portuguesa 2015/2016 com o álbum
Éter.Atualmente, a banda é composta por Gustavo Bertoni (Voz, Guitarra); Tomás Bertoni (Guitarra, Teclado Sintetizador); Lucas Furtado (Mais conhecido como “Lukão” - Contrabaixo Elétrico, Sintetizador Analógico) & Philipe Nogueira (Mais conhecido como “Makako” - Bateria). E em Setembro deste ano Scalene ainda tocou no Rock in Rio.
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Sess ã o 2 E por lá fizeram o que mandam de melhor em seus discos de estúdio, alternando verdadeiros petardos com baladas facilmente cantáveis, e não apenas fez a alegria dos fãs que estavam ali como também conquistou mais milhares de seguidores que estão por lá e/ou assistem à transmissão na televisão. Começando o show com “Histeria”, que abre as apresentações da banda há algum tempo, a banda emendou outra canção rápida com “Náufrago” e aí já começou a pisar no freio com “Sublimação”, uma ponte sempre interessante entre o pesado e o melódico.
com “Legado” e o vocalista Gustavo Bertoni agradecendo todas as tantas bandas nacionais incríveis que estão mandando bem hoje em dia.
(Foto capturada por Breno Galtier durante o show do Rock in Rio)
Baladas como “cartão postal”, “Entrelaços” e “Amanheceu” foram cantadas pelo público que também fez bonito com as luzes de celulares e a energia nunca caía principalmente quando vinham canções como “distopia” e sua crítica direta aos falsos profetas: cantar “homens de terno, podres por dentro e a Bíblia na mão” para 100 mil pessoas não é para qualquer um. “Surreal” e “Danse Macabre” foram outros pontos altos do set e o show do Scalene chegou ao fim
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BZ Recomenda
Canzone
irmãos e amigos em épocas de escola. Se fossemos denominar gêneros para a banda denominariamos de um Rock Alternativo / Indie Rock / Pop Rock. A banda conta com um disco de 7 músicas chamado “Labirinto” lançado em 2016 e um single conhecido como 75. Seu mais recente trabalho foi o lançamento de duas músicas inéditas em um formato “Live” e projetam gravar um novo disco em 2018. Vale a pena conferir!
Canzone é uma banda de Bagé/RS, formada
em 2014. Integrada atualmente por Lucas Arruda (voz e guitarra), Augusto Dutra (guitarra e backings), Marcos Pereira (baixo) e Otávio Dutra (bateria). A banda é formada de dois
Similares
Formada por Thales Silveira (voz e guitarra base), Eduardo Vinhas (guitarra solo), Michel Domenech (baixo e backings) e Thales ‘’Teko’’ Lima (bateria), a Similares chega ao seu primeiro disco três anos depois do inte-
BZ Recomenda
ressante EP Finalmente não Sou Alguém. A inspiração da gurizada é aquele rock oldschool com verniz moderninho, de orientação pós-grunge, bom uso de pedais de distorções e canções que grudam na primeira ouvida. Dá para ouvir um Queens of the Stone Age em Agnes e Saudades (Dos Dias Que Nem Vivi), por exemplo, e dedilhados psicodélicos em Satélites e Meus Poemas Estão à Venda – esta, minha faixa preferida do disco. Destaque também para a última faixa, Desatados os Nós, epopeia lisérgica das mais bonitas e que, na minha opinião, deveria orientar a vida da banda. A névoa púrpura não deve deixar de pairar sobre os Similares. Rock, 180 Selo Fonográfico, 10 faixas, disponível para a audição nos serviços de streaming.” Confira já!
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