ESPAÇO
Edição 0001
Simples e Certeiro. Nova febre no mundo dos Mobiles pág:18
NERD A verdade à qualquer custo! Frank Castle vive! pág: 26
SUMÁRIO Coração de Aço
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Matéria Escura
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Guerra do Velho
6-7
Liga da Justiça
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Thor: Ragnarok
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Kingsman
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Kong
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It: A Coisa
14 - 15
Clash Royale
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Assassins Creed
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Game of Thrones
22 - 23
Stranger Things
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Justiceiro
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Defensores
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How I Met Your Mother
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Livros
Tudo começou com Calamidade, que surgiu nos céus como uma estrela de fogo, e que ninguém sabe o que é realmente: seria algo alienígena, ou então um experimento do exército norteamericano? Seus efeitos, entretanto, podem ser sentidos algum tempo após seu surgimento: pessoas comuns passam a ter poderes que desafiam as leis da física e da lógica. Parece que uma nova era está para surgir. E surge: os nomeados Épicos não apenas se tornam poderosos, mas também ganham uma sede insaciável de poder e parecem perder toda sua humanidade no processo, deixando o resto da população à mercê de suas vontades e caprichos. Dentre eles o mais poderoso é Coração de Aço, um ser invulnerável a qualquer tipo de ataque e com capacidade de manipular e transformar objetos inorgânicos em metal, que decide tomar a cidade de Chicago e ali estabelecer seu império. Dez anos se passam e os Épicos governam com poder absoluto, com todos os direitos e nenhum dever, se apossando de tudo o que querem a seu bel-prazer, e matando aqueles que ousam desafiá-los. Não existe nada e ninguém que possa impedi-los. A exceção a essa regra são os Executores, humanos normais, munidos de tecnologia de ponta que se utilizam de táticas de guerrilha para derrubar e matar o maior número possível de Épicos. O sonho de David, um jovem criado em um orfanato/fábrica de Nova Chicago é juntar-se aos Executores e destruir Coração de Aço, o homem que matou seu pai e mudou sua vida para sempre.
David é o personagem principal da trama e passou por situações difíceis até chegar aos seus 18 anos, quando é “expulso” da fábrica onde trabalha. Desde os 8 anos, quando Coração de Aço, um dos Épicos (pessoas comuns que passaram a ter poderes variados após um evento conhecido como Calamidade) mais poderosos existentes, assumiu o poder na cidade de Newcago e ainda por cima matou um familiar do protagonista, David estuda-o para saber as suas fraquezas e um dia ser capaz de matá-lo.
Todo capítulo é elétrico, intenso, tem alguma coisa importante acontecendo, é difícil demais parar de ler quando a narrativa segue esse estilo. Já terminava um capítulo sabendo que no próximo tinha mais, aí não havia o que fazer, era tentar descobrir o que aconteceria o mais rápido possível! Esse livro é um típico blockbuster americano, com cenas de ação e humor a todo o momento, mantendo a atenção do leitor sempre em um nível elevado.
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Livros
Matéria Escura é uma loucura de leitura. Com uma premissa cativante e uma narrativa instigante, Blake Crouch criou uma história que prende o leitor do início ao fim, gerando valiosas reflexões e surpreendendo ao apresentar um desfecho alternativo e inesperado. Quem me conhece sabe que não sou uma grande fã de livros de ficção científica – apesar de lê-los ocasionalmente – mas a obra de Blake mexeu comigo por unir dois pilares reais (e que me agradam muito): um belo e sólido amor familiar, e uma valiosa discussão sobre o quanto estamos dispostos a sacrificar em nome do sucesso profissional.
Ou seja, fui surpreendida por um livro de ficção com muita aventura, mas que também traz aspectos reais do nosso cotidiano como adultos inseguros, sonhadores e constantemente confrontados pelo destino. Além da escrita cativante e do clima de suspense que permeia a obra, também gostei das reflexões que ela gera. O autor trabalha muito bem o conceito de família versus carreira, e mostra que desistir de algo em nome do amor não é sinônimo de fracasso – pelo menos não se esse for o seu verdadeiro desejo.
Uma das grandes sacadas do autor é que, apesar de estar falando de uma teoria física e trabalhando com infinitas realidades, ele traz uma escrita fácil e fluida. Em nenhum momento me senti perdida, muito pelo contrário, a cada página (as quais praticamente devorei) parecia mais e mais inserida no pavor vivido por Jason Trata-se de um livro rápido e instigante de ler. Os personagens, tanto Jason quanto Daniele, são ativos e carismáticos. As reflexões são verdadeiras e sinceras. E, como é de se imaginar, as realidades paralelas criadas no livro (e a teoria de que existem muitos mundos aí fora) são bem trabalhadas e surpreendentes. Deixo uma única ressalva: o final, apesar de diferente e inesperado, foi um pouco mais ou menos. Na minha visão senti que o ritmo da narrativa diminuiu nas páginas finais e que as teorias do autor acabaram entrando em confronto. Ainda assim, é um livro que eu indico muito para os fãs de ficção e de livros que seriam ótimos filmes.
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Livros
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Livros
A humanidade finalmente chegou à era das viagens interestelares. A má notícia é que há poucos planetas habitáveis disponíveis – e muitos alienígenas lutando por eles. Para proteger a Terra e também conquistar novos territórios, a raça humana conta com tecnologias inovadoras e com a habilidade e a disposição das FCD – Forças Coloniais de Defesa. Mas, para se alistar, é necessário ter mais de 75 anos. John Perry vai aceitar esse desafio, e ele tem apenas uma vaga ideia do que pode esperar. John Perry, viúvo, bem-humorado e um mero escritor que se juntou as Forças Coloniais de Defesa (FCD) aos 75 anos de idade. A partir do momento que se alistou e aceitou o contrato, foi considerado morto na terra. Sua vida agora pertence a FCD, e ele será levado para o espaço e receberá um treinamento militar e desvendará os segredos da exploração espacial. Ao ser despachado no espaço, o mesmo cria um elo de amizade com alguns soldados e descobre tecnologias imagináveis, raças, até então, desconhecidas e embarca em uma série de exames e treinamentos, onde, a única coisa é se manter vivo. O desenvolvimento da trama é sensacional, com uma escrita intrigante e muito bem-humorada, Scalzi consegue nos envolver usando os diálogos e ações no momento certo, o livro conduz questionamentos bem pertinentes sobre a sociedade atual e a guerra especificamente. O autor nos mostra que a guerra não é tão generosa, perdemos amigos, podemos ficar a beira da morte e mesmo com os melhores equipamentos, somos fracos no campo de batalha. Guerra do velho é um livro excelente e indispensável na estante de quem gosta de ficção científica e até mesmo para aqueles que ainda desconhecem o gênero. O seu humor é cativante e conseguem nos surpreender com incríveis eventos e revelações que somente uma boa ficção científica é capaz de proporcionar.
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Filmes
Liga da Justiça tinha algumas missões difíceis em seu horizonte: derrotar um terrível vilão que ameaça a Terra, recrutar novos heróis que não haviam sido apresentados propriamente até então e, talvez a mais difícil de todas, dar um novo direcionamento a um universo cinematográfico sem fazer um reboot completo. Os eventos que impulsionam a trama começaram a ser trabalhados em Batman vs Superman: A Origem da Justiça, mas ele não parece exatamente uma continuação e sim um filme de origem. Isso se deve em grande parte à tarefa nada fácil de apresentar ao espectador três novos personagens em um só filme, além de largamente mudar o tom do que vinha sendo feito até então. Este é um filme mais leve, e, nesse aspecto, ele se aproxima mais de Mulher-Maravilha do que do longa sobre o combate entre os heróis. Talvez por isso, a heroína interpretada por Gal Gadot brilhe muito mais em suas cenas do que o Cavaleiro das Trevas (Ben Affleck), que lida com seu remorso e luto fazendo piadas que destoam completamente do personagem apresentado no filme anterior. Uma mudança radical e que, na maioria das situações, resulta em um momento mais desconfortável que engraçado, que só é reforçado pela atuação abaixo do esperado de Ben Affleck. Apesar de inegável talento do ator, não é possível reconhecer um esforço ali para tentar deixar o personagem mais interessante. A tentativa de humor do longa, entretanto, não é totalmente frustrada pois Flash (Ezra Miller) se encaixa perfeitamente como o alívio cômico. Ele é talvez o único personagem novo que tem algum desenvolvimento coerente, que é possível ver uma consistência nas ações e que deixa o público animado para um filme solo. Ezra convence como o novato Barry Allen e traz uma energia que dá uma nova carga da ânimo à Liga da Justiça, especialmente nos momentos em que ele interage com os outros heróis.
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A equipe conta também com Ciborgue (Ray Fisher), um herói cujo drama pessoal é desenvolvido de forma interessante até mais ou menos metade do filme, quando expõe seus dilemas para Diana, e depois age de maneira que contradiz alguns de seus princípios. Já Aquaman (Jason Momoa), é um herói cujo passado é contado através de um único diálogo extremamente expositivo e sem propósito, pois não acrescenta em nada
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Filmes
à trama. Outro acerto em cheio é que o Superman pode não estar presencialmente ali, mas a ideia de esperança que ele instiga na humanidade está muito bem representada, muito mais viva do que nos filmes anteriores. As consequências da morte dele são bem trabalhadas através do clima de insegurança e violência nas ruas, que afetou o dia a dia de pessoas comuns. Tudo isso é mostrado em uma bela cena inicial embalada por “Everybody Knows” de Leonard Cohen. Vilões costumam ser figuras problemáticas em filmes de heróis e este não é diferente. Mais uma vez uma criatura milenar ameaça a existência na Terra e seres com poderes sobre-humanos precisam evitar a destruição iminente. Só que como agravante, a CG não faz jus a toda a imponência que o Lobo da Estepe tem, e efeitos práticos e maquiagem poderiam ajudar a resolver isso. Em nenhum momento ele demonstra toda sua força ou potencial e mesmo nas lutas em que aparece, ele não soa como uma ameaça de verdade para aqueles heróis. Com pouco tempo para ser desenvolvido e heróis para serem apresentados, ele vira apenas um mero detalhe que faz os protagonistas se unirem e criarem uma força-tarefa para defender nosso planeta azul. As batalhas em si são interessantes para mostrar como os heróis funcionam bem como equipe, mas não trazem momentos marcantes que se comparem à chegada da Mulher-Maravilha na luta final de Batman vs Superman. Além disso, o impacto delas é muito pequeno e o filme não demonstra realmente o quão devastador pode ser o perigo que ameaça a existência da humanidade. Com Liga da Justiça a DC ainda não acha completamente a sua própria voz, uma força que realmente guie todo o universo cinematográfico, mas pelo menos ele tem momentos divertidos que não fazem a ida ao cinema ser um completo desperdício. Entretanto, ele ainda oscila entre cenas que funcionam bem e escorregadas que deixam em dúvida para onde o longa estava indo realmente. A verdade é que os filmes do DCEU ainda tem muito a aprender com os quadrinhos que deram origem a esses personagens.
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Filmes
Seria fácil dizer que Thor: Ragnarok é mais um longa que segue fielmente a tradição Marvel em todo o seu esplendor visual e diversão do início ao fim. E não estaríamos mentindo. Mas Ragnarok vai além da chamada “fórmula Marvel”, abrindo caminho para um humor assumidamente diferente e alcança uma conjugação ideal entre divino e o mundano. Com um diretor como Taika Waitti (conhecido pelos filmes de culto O Que Fazemos Nas Sombras e A Incrível Aventura de Rick Baker), era esperado que Ragnarok fosse bastante influenciado pelo seu senso de humor único. Pode ser fácil comparar até a outros filmes do UCM conhecidos pelo humor como Guardiões da Galáxia, mas Ragnarok tem o seu próprio humor singular. A marca de autor de Waititi está ao longo de todo o filme, dos menores detalhes até a momentos de nonsense total. E se há personagem e ator que se encontram perfeitos dentro deste
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Filmes
novo estilo, eles são Thor / Chris Hemsworth. O ator australiano já tinha mostrado como está confortável em papéis de comédia mas em nenhum outro filme ele brilhou tanto como em Ragnarok. Os vilões dos filmes Marvel não têm a melhor das reputações em matéria de carisma ou desenvolvimento de personagem. Mas Hela, a deusa asgardiana da morte, foge felizmente a esta “maldição” graças a uma interessante construção do seu passado e das suas motivações. É notório o quanto a atriz Cate Blanchett se divertiu nesse papel, encarnando esta figura mitológica com a dose certa de elegância e agressividade. Durante muito tempo, os filmes do deus do trovão eram considerados os mais fracos ou mais desinspirados do universo Marvel. É curiosamente no fim dos tempos asgardiano que o filho de Odin ganha a sua redenção, mostrando finalmente sua voz própria e marcando pela diferença. Este pode não ser o filme sério que muitos fãs fiéis dos quadrinhos gostariam de assistir no cinema, mas é inquestionavelmente um filme digno de Thor.
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Filmes
A discrepância abismal entre a elegância de um Colin Firth e o mau-gosto que é a imagem de um homem dividido, literalmente, ao meio, é o agente secreto (a-ha!) responsável pelo delivery de grande parte do humor bizarro de Kingsman: Serviço Secreto, baseado na HQ homônima de Mark Millar. Embora caçoe de filmes de ação e de espiões, como se estivesse descaradamente subvertendo tais gêneros, volta a meia se rende a convenções que caracterizam justamente o tipo de cinema que ousa “sacanear”. Então, ao contrário do que o Rotten Tomatoes deixa transparecer em seu Tomatometer, a obra de Vaughan não é tão moderna e transgressora quanto parece. O marketing por trás de Kingsman, inclusive seu próprio trailer, parece todo trabalhado na ideia de transgressão, porém marketing é marketing, e sabemos que a realidade é algo totalmente diferente. O ideal então é que possamos ir ao cinema desprovidos de altas expectativas em relação à significância desta produção: não, aqui o que conta é o entretenimento, e nada mais.
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Filmes
CAMADA PARA MATÉRIA
A imagem de King Kong é uma daquelas figuras enraizadas no imaginário cinéfilo. O gorila escalando o Empire State é algo que, mesmo realizado na década de 1930, torna-se um ícone do cinema afeito a inúmeras reinvenções. Kong: A Ilha da Caveira é mais uma delas, se nesses 84 anos, King Kong passou por diferentes roupagens e até por projetos que desejavam apenas surfar em seu sucesso, o primeiro desafio de Kong: A Ilha da Caveira é justamente saber como trabalhar em cima de uma imagem cristalizada há muito tempo. O longa, então, baseia-se na construção desses estímulos audiovisuais, como se sua narrativa estivesse totalmente ligada a essas atrações, um circo de forma geral, e o objetivo de Kong nunca deixa de ser esse. Como explicar, por exemplo, a sequência em Saigon durante o término da Guerra do Vietnã. Naquele momento o personagem de John Goodman vai ao país do sudeste asiático recrutar soldados e oficiais para sua missão em Skull Island, a cidade de Saigon é repleta de luzes, os bares contém neons que pintam os planos com um azul enérgico e um vermelho intenso, a guerra não está presente ali, as luzes chamam a atenção e o soldado é apenas mais uma figura, como se fosse um boneco de ação pronto para iniciar uma aventura a partir dos anseios de seu dono. Kong não tem compromisso nenhum com a realidade, com alguma essência humana que motiva aqueles seres, Kong: A Ilha da Caveira é um mundo de imagens atrativas, sejam elas na Guerra do Vietnã ou em qualquer outro lugar. O parque de diversão da ilha da caveira faz de tudo para que suas imagens e seu sons sejam um atrativo divertido para seu público. Nesse objetivo nunca escondido atrás de uma possível pretensão, o filme tem seus percalços, problemas e momento mais inspirados. O que se pode dizer de Kong: A Ilha da Caveira é que a fila de entrada para esse parque pode valer a pena.
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Filmes
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It: A Coisa é um ótimo filme, mas é bom deixar algo claro desde o início: ele não é o terrorzão com monstros como o trailer faz parecer. Os momentos do longa que mais causam pavor não estão na ameaça que se veste de palhaço, e sim nos traumas extremamente próximos da nossa realidade. Bill Skarsgård é um ótimo Pennywise e as cenas em que ele aparece são brutais, repletas de sangue, vísceras e membros decepados. Entretanto, ele não é realmente o foco desse primeiro filme e, comparado aos terrores de enfrentar uma infância com abusos sexuais, bullies e abandono parental, a ameaça do palhaço acaba não sendo o centro de todo o pânico, mesmo que o principal alvo dele sejam justamente crianças. A trama gira em torno de sete crianças que se sentem excluídas por serem diferentes, cada uma a sua maneira. É necessário apresentar os membros do Clube dos Perdedores, com seus medos e personalidades distintas, para gerar empatia. E, por essa razão, o primeiro ato é um tanto apressado. Depois disso, o ritmo fica mais agradável e o clima mais tenso. Em contraste a tudo isso, It: A Coisa consegue encontrar uma leveza inesperada ao retratar a amizade do Clube dos Perdedores. Todos são excluídos, mas eles se entendem, se respeitam e o mais importante: descobrem como a união deles é necessária para superar qualquer dificuldade e também para entenderem mais sobre si mesmos. Mais do que um simples filme de terror, It: A Coisa é uma história sobre amadurecimento, luto, medos e amizade. Ele fala sobre as dores de abandonar a infância, às vezes até prematuramente, e encarar a dura realidade de que o mundo não é um lugar seguro, com ou sem Pennywise. Toda a parte do horror lovecraftiano, no entanto, pode ficar para a continuação.
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Games
Entre na
ARENA
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Games
Clash Royale é o jogo de estratégia da Supercell, os mesmos criadores de Clash of Clans, com versões para Android e iPhone (iOS). O game oferece uma experiência na qual você joga cartas e controla o combate de uma tropa em tempo real. Também pode ser descrito como uma mistura de elementos de MOBA e cardgame. Em Clash Royale, o jogador precisa montar decks com poucas cartas e desafiar outros jogadores em partidas online. No começo, enfrentamos um tutorial, mas em seguida, o jogador estará por sua própria conta e risco em uma arena online. As cartas são poucas, mas a sequência se repete durante os combates. Cada carta possui um custo de elixir para ser invocada. Um gigante, por exemplo, tem custo cinco, enquanto, uma arqueira, custo três. O jogador pode esperar a barra de elixir encher para fazer combos, ou seja, invocar vários personagens de uma única vez. No campo de batalha, estão posicionadas duas torres e um castelo para cada jogador. O objetivo é destruir as estruturas inimigas e antes que o ad-
versário destrua as suas. Os combates possuem um tempo limitado, e caso ninguém destrua nenhuma estrutura inimiga é declarado empate. Para liberar uma tropa no campo, basta tocar na carta e deslizá-la até a área correspondente. A partir daí, as tropas agirão por contra própria. Porém o jogador deve usar a estratégia para soltar suas tropas nos melhores locais daquela partida. O áudio não é um elemento solto em Clash Royale. Quando a música muda, o ganho de elixir fica mais rápido para ambos os jogadores e o combate se intensifica. Com as vitórias, é possível ganhar diferentes tipos de baús que rendem cartas e ouro. As cartas das tropas e de feitiços, podem ser evoluídas e ganhar a possibilidade de infligir mais danos. Clash Royale tem tudo para ser o novo hit da Supercell. O jogo é balanceado, com um sistema de ligas que evita que novatos enfrentem jogadores muito experientes. Contudo o sistema para ganhar cartas é lento e exige que você espere no mínimo três horas por cada baú aberto.
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Games
Desde o lançamento do primeiro Assassin’s Creed em 2007, a mais popular franquia da Ubisoft introduziu excelentes mecânicas, histórias envolventes, intricadas e bases para vários outros games. Entretanto, é inegável que os lançamentos anuais vinham desgastando a franquia dos Assassinos. Tendo isso em mente, os desenvolvedores optaram por tirar “um ano sabático” para acertar os erros e reformular o que não vinha funcionando e assim surgiu Assassin’s Creed Origins. Como o próprio nome do game sugere, a trama se propõe a contar o início da Ordem dos Assassinos, o que é curioso se levarmos em conta o primeiro capítulo da narrativa, que mostrava a história da Altair no ano de 1191 e sugeria que a Ordem surgiu na época das Cruzadas, tendo a figura histórica de Al Mualim como seu fundador. Agora, o início dos Assassinos se ambienta no Egito antigo de Cleópatra e acompanha Bayek, um medjai (uma espécie de protetor do povo) em sua busca de vingança, que acaba por desencadear uma trama muito maior. A história do game é sem dúvida um dos maiores atrativos, levando em conta sua imprevisibilidade, já que não sabemos como a vida de Bayek contribuirá para o surgimento da Ordem dos Assassinos nos moldes que conhecemos hoje.
Em termos de jogabilidade, o “ano sabático” ajudou a melhorar a experiência de Assassin’s, que sempre se propôs a diversificar as várias missões principais e secundárias nesse grande mundo aberto. Mas mesmo assim, ainda não se vê nada muito diferente do que já era consolidado na série, algo que deve agradar aos fãs antigos, mas que peca na falta de algo genuinamente novo. A única grande mudança fica por conta do sistema de combate, que não se baseia mais no contra-ataque e adotou um sistema mais simples que apresenta ataques fortes, fracos, esquiva e uma mira que não funcionam muito bem e que pode ser um pouco confuso no começo para os jogadores das antigas. Realmente, o que mais impressiona em Assassin’s Creed Origins são seus belos gráficos. É inegável que a série dos Assassinos sempre apresentou lugares espetaculares, mas a novo capítulo enche os olhos com as douradas areias do deserto, os templos imponentes, as
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Games
pirâmides de Gizé e a excelente modelagem dos personagens. Andar pelas areias do deserto esperando a próxima aventura acontecer é um acontecimento único, que impressiona, imerge como nunca e faz toda a experiência valer a pena. Mas nem só de acertos vive Assassin’s Creed Origins. A mais popular série da Ubi sempre foi marcada por seus bugs e a mais nova adição à série não escapa dessa mazela. Em vários momentos da jogatina, o personagem acaba por ficar congelado, travamentos para carregar o cenário também ocorrem com frequência e loadings demorados também são recorrentes. Durante um momento do teste após a morte do personagem, meu console simplesmente travou e nada o fazia voltar. Fui obrigado a desligar o vídeo game pela tomada, o que fez com que os dados corrompessem, ou seja, sempre mantenha um backup de seu save e fique preparado para alguns bugs desagradáveis. Assassin’s Creed Origins é uma boa adição para já consagrada franquia da Ubisoft. As novidades do game ainda são tímidas e alguns bugs ainda perseguem os Assassinos, entretanto, os excelentes gráficos, a instigante história, e a boa imersão no mundo do game superam de longe quaisquer eventuais problemas.
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Séries
Depois de uma temporada irregular em que observamos a trama de Game of Thrones se afunilar, delineando os rumos finais da história, fomos todos presenteados com um último episódio espetacular. Alguns erros cometidos em momentos anteriores dessa temporada 7 parecem ter sido corrigidos e tivemos um finale equilibrado, com as doses certas de ação, drama, suspense. Ou seja, com o que essa série tem de melhor. Foram 80 minutos explosivos: a impressionante virada de Sansa e Arya e a consequente morte de Mindinho, Cersei mostrando toda a sua inteligência estratégica, o começo da invasão dos mortos com o rei da noite dominando a versão zumbi de Viserion, a consolidação de Jon Snow como herdeiro legítimo do trono de ferro e a destruição de partes da Muralha. Não há mais dúvidas de que a 8ª e última temporada será monumental. “O Dragão e o Lobo” começa em Porto Real. Vemos Bron e Jaime se preparando para um possível confronto com os Unsullied e os Dothraki. Uma bela de uma demonstração de força que não passou despercebida e ficou ainda mais evidente na entrada triunfal da mãe dos dragões e seu primeiro encontro com Cersei: ela chega casualmente atrasada e em cima de um de seus dragões. Xeque-mate? Depois das introduções, Clegane vai até o local onde está o morto que trouxeram como prova da existência desse exército para a atual rainha. O soldado zumbi aparece, depois de alguns segundos de tensão que nos fizeram perguntar se algo de errado poderia estar
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O INVERNO CHEGOU! acontecendo. Ele avança em direção à Cersei, que faz caras e bocas de choque. Jon Snow e Tyrion parecem convencê-la da importância da união de todos nessa guerra. Euron, desagradável como sempre, decide levar sua armada e homens de volta para as Ilhas de Ferro ao saber que esses zumbis não podem nadar (um notório furo do episódio 6 da temporada 7 que mostra os mortos ora se afogando, ora mergulhando para retirar um dragão morto das profundezas das águas geladas. Falamos mais sobre isso neste texto aqui). Cersei aceita a trégua proposta por Daenerys e aliados e se mostra disponível para enviar homens para essa guerra. Porém, não sem uma condição: o rei do Norte se manterá imparcial durante todo esse tempo. E qual não foi a resposta de Jon Snow? Para o choque de todos os presentes, ele diz que não poderia fazer isso, já que já havia jurado lealdade para a Targaryen. A reação de Cersei era a única possível: dar as costas e ir embora, e foi exatamente o que ela fez. “You know nothing, Jon Snow”, essa frase memorável se fez novamente pertinente. Até mesmo Daenerys critica a posição de Jon, lembrando que foi em prol dessa trégua que ela perdeu um dragão durante o resgate da turma que foi além da Muralha para buscar um caminhante branco. Tyrion então se dispõe a ir conversar pessoalmente com sua irmã mais velha para ver se consegue fazer com que ela retome os planos. A conversa entre os irmãos é tensa, mas mostra como o real objetivo de Cersei é o poder e nada mais. Não há sequer um traço de preocupação com seus súditos, com o futuro do reino, tudo gira em torno da proteção da sua família, das riquezas dos Lannisters e do trono de ferro.
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A segunda temporada de Stranger Things é a dose anual de aventura que precisamos, com todos os ingredientes necessários para nos tirar do mundo real por algumas horas, não só porque viajamos no tempo — com as incontáveis referências e o vislumbre de uma infância sem tanta tecnologia — mas também nos leva a outra dimensão (ops!). Há outras séries de ficção e fantasia que nos transportam para outros lugares, mas não consigo lembrar de nenhuma com personagens tão carismáticos, afinal, todo mundo conhece alguém que faz piadas ruins e trocadilhos bestas, ou tem um amigo mais destemido, ou teve uma paixão frustrada/correspondida na adolescência, bateu a porta do quarto, fez algo escondido dos pais… É quase impossível não se identificar. A nova temporada reutiliza elementos da primeira: Joyce Byers (Winona Ryder), mais uma vez, bagunça a casa toda para solucionar um grande quebra-cabeça, há também a busca por paralelos do monstro real com um guia de RPG, e epifanias arrebatadores nos momentos cruciais da trama. Como são inseridos de maneira natural, não geram a sensação de repetição, preguiça ou comodismo por parte dos roteiristas — parece uma referência a ela mesma. Em muitos momentos, os personagens fazem coisas que o espectador pode pensar: “isso é impossível!”, “por que não espera ajuda?”, “por que não volta de manhã?”. Algumas soluções
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também se mostram simples para os mais atentos — embora só sejam colocadas em prática quase no finalzinho da série — e isso pode estragar a experiência para algumas pessoas… Contudo, Stranger Things é, acima de tudo, um apanhado de coisas que já conhecemos executadas de uma maneira envolvente e criativa. Soluções e ganchos narrativos típicos das boas e velhas aventuras dos anos 80 fazem parte da proposta da obra. Com isso em mente, é possível relevar algumas decisões (que se tornaram “imperdoáveis” para alguns fãs)… Ninguém destrincha ou questiona a verossimilhança de Os Goonies, Indiana Jones, E.T., por exemplo. Stranger Things 2 se passa quase um ano depois dos eventos da primeira temporada e demonstrar que os efeitos de tudo o que aconteceu continuam com toda força foi uma ótima escolha, abrindo espaço para Will Byers (Noah Schnapp) se destacar — o ator conseguiu passar o sofrimento da experiência traumática (e também de sofre com bullying) e o medo extremo de lidar, dentro de si, com um ser que só existe para matar. Ainda entre as crianças, Dustin Henderson (Gaten Matarazzo) se mostra apenas uma criança comum, com piadas fora de hora, uma paixão daquelas inexplicáveis e decisões malucas — sem falar na improvável, mas muito divertida, amizade com Steve Harrington (Joe Keery): outro que brilhou nessa temporada (com direito até a reflexões sobre desilusões amorosas!).
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Frank castle está vivo O Justiceiro é uma série pesada, violenta, angustiante. A mais séria entre todas as produções da parceria Marvel/Netflix e não tinha outro jeito: Frank Castle é um ex-fuzileiro que só consegue justificar a própria existência quando está matando. Ele não veio de outro planeta e surpreendentemente ganhou superpoderes por aqui, não foi picado por uma aranha radioativa, não é um deus nórdico e nem um gênio bilionário com traje especial. Não há espaço para esperança em sua jornada. A série já se sustentaria muito bem com a premissa da vingança de um homem que teve a família inteira assassinada e ainda briga com a culpa gerada por decisões em um passado nebuloso. “Vingança” funciona muito bem na cultura pop: da retaliação de um marinheiro injustiçado em O Conde de Monte Cristo (Alexandre Dumas, 1845), ao troco escolar de Carrie, a Estranha (Stephen King, 1974) ou a punição de um quase marido em Kill Bill (Quentin Tarantino, 2003/04); vingança vende bem.
Na verdade, o Justiceiro, com direito a colete e caveira estampada, aparece pouco. A trama é sobre ambição, orgulho, decepção, narcisismo, lealdade e o limite do que o ser humano é capaz de racionalizar para continuar sobrevivendo. Claro, com muito sangue e violência acima de qualquer outra série Marvel/Netflix. A história é contada em episódios diferentes entre si, mas sem perder a unidade: mexendo com a linha do tempo, filmagens em primeira pessoa, cabeças sendo partidas na tela do espectador, com direito a tortura e sexo em uma mesma situação, e cortes bruscos na trilha sonora. Os diálogos não contam os fatos — a trama é mostrada, não falada — por isso se tornam interessantes e criam momentos marcantes, acrescentam aos temas apresentados e ajudam a desenvolver todas as tramas em paralelo: em um momento, os personagens podem estar rindo como velhos amigos; uma frase errada e a briga se torna inevitável.
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Finalmente a Marvel realiza na série televisiva aquilo que fez com êxito nos cinemas, Os Defensores é a reunião tão aguardada de Jessica Jones, Demolidor, Luke Cage e Punho de Ferro. Heróis que ganharam sua séries numa aposta de trazer ao público geral nomes não tão conhecidos dos quadrinhos, ainda que possuam uma legião de fãs (não me entendam mal). As séries individuais chamaram atenção por sua particularidade e seu grande interesse em construir e definir quem eram aquelas personagens. Se a simplicidade faz com que a série realize alguns atalhos narrativos, como algumas conveniências no roteiro, uma pista que soluciona todo problema descoberta por Matt ocasionalmente. Ou a vilã da série, interpretada no piloto automático por Sigourney Weave, apenas repetindo os maiores clichês dos antagonistas do filme de ação, como a passividade cruel e o plano diabólico de dominar o mundo. O mais interessante de Os Defensores é sua combinação de elementos tão diferentes, resultado da junção de quatro personagens e seus respectivos universos bem construídos, uma série empolgante e consciente, leve sem deixar de ser séria e simples sem deixar de ser madura. Mais do que se importar com o futuro desses personagens, o mais importante agora é aproveitar Os Defensores.
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UM FINAL NEM TÃO LEGEND...
Que post complicado de escrever, leitor. Que fim de série complicado, que confusão. Confesso que ainda não sei bem ao certo o que achei do episódio, mas vamos lá… Nada era esperado e eu fugi dos spoilers ao longo de todo o meu dia com a ajuda de minha amiga, Thais Ximenes, que acabou descobrindo coisas antes da hora e, mesmo assim, não me cantou (é pra você aprender, leitor). E aí demos o play ao mesmo tempo, cada um em sua casa, para vivenciar o mais contraditório fim de série que eu já assisti. É o tipo de coisa que se alguém te contar, você não vai acreditar, mesmo sendo a verdade. E para poder comentar, você tem que apagar tudo o que aconteceu nessa última temporada, porque acaba não sendo sobre isso. Tudo bem, tem o casamento da Robin e do Barney, tem a mãe, tem todo o preparo para o tão esperado fim da série, e aí… (SPOILERS A SEGUIR) Robin e Barney se divorciam, a mão morre e toda a história que Ted conta é sobre como ele ainda é apaixonado pela Robin depois de todos esses anos? Achei ofensivo, com um pouquinho de mau gosto e meio desnecessário. Eu não odiei o final, longe disso, mas foi surpreendente de maneira desagradável, Marshal e Lily foram os únicos que se saíram bem, porque sua histó diferente do final de Dawson’s Creek, por amando os dois. Barney voltar a ser o que era, depois de tantas liçõ exemplo, que é surpreendente da melhor é sempre mutável e tudo mais… Tudo por água abaixo e ele volta a maneira possível. encontrar o amor de sua vida em um bebê… Não engoli essa.
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Séries
E Ted… E Robin… E vocês me dizendo que How I Met Your Mother é melhor que Friends (que raiva de vocês)… Vi gente defendendo que a série é sobre como a vida pode ser confusa e seguir rumos diferentes dos que a gente quer, mas, parando para pensar, tudo voltou a ser como era na primeira temporada, né? Isso é lição? Ser tudo em vão? As pessoas não mudarem? Isso não é um pouco triste? Acho que ainda estou abalado demais para falar direito sobre o final. O primeiro episódio é ótimo (apesar do divórcio e do Barney sendo re-des-reconstruído), já os últimos vinte minutos…
ória estava separada de todo o resto, então beleza, a gente continua ões que a série tentou nos passar, nos mostrando como o ser humano a ser o Barney de antes, dando em cima de todas as mulheres até
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Mas sabe o que é pior? Amanhã ou depois, os fãs xiitas da série vão chegar falando que o final foi incrível e pertinente, não aceitando que fugiu das expectativas de todo mundo de uma maneira bem desagradável. De novo, não odiei, mas é completamente contraditório por querer surpreender… Sem necessidade. Vou continuar recomendando como uma boa comédia para os amigos? Sim, mas espero que não se apeguem muito.
Famílias Tipográficas:
Título:
Berlin Sans FB Demi - 85 - Regular Orator STD - 45 - Medium Swis721 Hv BT - 40 - Heavy Orator Std - 40 - Medium NewsGoth Lt BT - 55 - Light Verdana - 55 - Regular Kalinga - 65 - Regular Humnst777 Blk BT - 50 - Black Humnst777 Blk BT - 80 Black Stencil Std - 45 - Bold Impact - 45 - Regular Berlin Sans FB Demi - 38 - Bold
Textos:
Times New Roman 14 - 15 - 16 - 17 - Regular Verdana - 30 - Regular Arial - 15 - Regular