MANEJO FLORESTAL CACAUÍ
Mariana Zanetti MAIO / 2013
INDICE • Nosso jeito de fazer • Amata e o Manejo – Manejo de Baixo Impacto – Manejo de Produtos Florestais Não Madeireiro
• Inventário de Prospecção Cacauí – Caracterização – Metodologia – Mapa de ocorrência – Resultados – Análise de Risco
• Arranjos Produtivos • Unidade de Beneficiamento • Próximos Passos | 2
NOSSO JEITO DE FAZER
NOSSO JEITO DE FAZER Compromisso com a Causa: a geração e o compartilhamento de valor da floresta faz com que ela seja mantida. Todas as nossas ações são orientadas neste sentido. Confiabilidade: criamos relacionamentos sólidos, cumprindo o que prometemos. Usamos uma linguagem clara, estabelecendo, a cada interação, vínculos que reforçam nossa forma de atuação. Pessoas: compartilhamos conhecimento e temos a visão de todos os processos nos quais estamos envolvidos para tomar decisões, considerando os seus impactos nas pessoas e no negócio. Fazemos bem feito, somos proativos e viabilizamos soluções respeitando os procedimentos operacionais alinhados ao nosso negócio. Responsabilidade: somos responsáveis com o nosso negócio, com a floresta, as comunidades, nossos clientes, os amatos e acionistas. Escutamos, dialogamos e respondemos às questões que a sociedade nos coloca. Segurança: todos os acidentes são evitáveis, por isso somos intolerantes no descumprimento dos procedimentos operacionais e rigorosos no tratamento dos desvios. Orientação ao mercado: somos focados em trazer as melhores soluções para nossos clientes.
| 4
AMATA E O MANEJO DE BAIXO IMPACTO
AMATA E O MANEJO DE BAIXO IMPACTO O desenvolvimento da economia da floresta tropical depende de inovação em produtos madeireiros, não madeireiros e serviços ambientais. São pilares desse desenvolvimento: Valorização da Floresta em Pé; Múltiplo uso da Floresta; Valorização dos saberes e tradições locais; Integrar a sociedade civil local na cadeia de valor do processo produtivo.
| 6
MANEJO DE PRODUTOS FLORESTAIS NÃO MADEIREIROS • Obrigações Contratuais:
Desenvolver manejo de produtos florestais não madeireiro a partir do 3º ano de contrato, (o manejo deve representar no mínimo de 5% do material pago ao SFB).
O Concessionário pagará para o Concedente 70% do valor de pauta da receita Estadual do Estado de Rondônia.
O manejo de Produto não madeireiro resultará em 3% de desconto no valor no m³ da madeira em tora pago ao concedente.
• Pactos e compromissos: FSC -P5.c2. O manejo florestal e as operações de comercialização devem estimular a otimização de uso e o processamento local da diversidade de produtos da floresta.
| 7
INVENTÁRIO DE PROSPECÇÃO DO CACAUÍ
CARACTERIZAÇÃO CACAUÍ Nome Científico: Theobroma speciosum Willd. ex Spreng. (Sterculiaceae) Distribuição: A sua distribuição abrange a Amazônia, estendendo-se daí para o nordeste até a parte sul da América Central. Também foi observada no norte do Tocantins. Floração: De Agosto a Outubro;
Uso: PARTE DA PLANTA
CATEGORIA DE USO
USO
Fruto (poupa)
Alimento
Doces, sorvetes, refrescos e geleias.
Fruto (casca)
Cosméticos
Casca do fruto associado a cinza de madeira produz sabão artesanal.
Sementes (amêndoa)
Alimento
Chocolates, bebidas e Manteiga de cacau.
| 9
METODOLOGIA • Metodologia utilizada : I.
Mapeamento da ocorrência por imagem de satélite, com aferição de campo em 10% dos pontos georreferenciados*;
II.
Cobertura do mapeamento em 100% da área total da Unidade de Produção Anual, denominada UPA 2; e
III. Quantificação da abundância, números de indivíduos de cacauí por hectare, na área de ocorrência da espécie na UMF III. *A metodologia amostral utilizada chama-se rapeld e é utilizada pela EMBRAPA e pelo INPA. A coleta das informações e o número de árvores a serem observadas por transecto está descrita em Castilho et al., (2005).
| 10
MAPA DE OCORRÊNCIA
| 11
RESULTADO Estimativa de volume de Cacauí por safra:
19.884 hectares manejados (aproximadamente 41% da UMF III). 1 milhão e 327 mil frutos. 39,8 toneladas de amêndoas secas*.
UPAS
ÁREA (ha)
GRUPO 1 4,5,7,9, 10, 14,15 E 23 14.326 GRUPO 2
UPAS PRIORITÁRIAS - MANEJO DE CACAUÍ % DE Nº DE Nº Nº DE AMENDOAS PRODUTIVIDADE APROVEITAMENTO INDÍVIDUOS DE FRUTOS (kg) POR HÁ (kg) DA ÁREA
75%
59.808
927.018
27.811
1,96
5.557
93%
25.820
400.203
12.006
2,16
TOTAL 19.884
84%
85.627 1.327.221
39.817
2,06
17,19 E 20
* Foi utilizado como base para o calculo a média de 20 sementes por fruto ( Calvalcante, 1991) e o peso de 1,5g cada semente, quando secas (Saddi, 1977). | 12
ANÁLISE DE RISCO •
Aspectos que podem inferir na estimativa de volume: I.
Há perda, que varia de 10% a 20%, de frutos que são utilizados para alimentação da fauna ou danificados por pragas e insetos.
II.
Na floresta do Jamari não há nenhum plano de manejo de produtos florestais não madeireiros em andamento (protocolamos o primeiro em maio). Sendo assim, existe a possibilidade de demora na anuência dos órgãos ambientais para o manejo do cacauí.
III.
O inventário de prospecção do cacauí foi realizado com metodologias de amostragem na qual identifica-se as características das áreas com predominância da espécie, e através de imagem de satélite é possível identificar os estratos mais produtivos. Sendo assim pode haver diferença no numero total de indivíduos em campo (para mais ou para menos).
| 14
PROPOSTA DE MANEJO CACAUÍ •
Plano de Manejo:
I.
Trabalhar com 55% do potencial produtivo identificado. Frutos: 729.850 Amêndoas Secas: 21,9 toneladas Período: Agosto a Novembro Valor bruto estimado produção de amêndoas: 328 mil reais*
II.
Grupos de Trabalho:
Formar 3 grupos de manejo do Cacauí, sendo cada grupo formado por:
1 monitor da AMATA e 13 extrativistas. Cada grupo seria responsável por manejar 3,5 UPAs III.
Produção diária por extrativista: 234 frutos (5 dias por semana)
* Referencia 15 reais o kg da amêndoa seca (preço do cacau nativo do Purus).
| 15
ARRANJOS PRODUTIVOS
IDENTIFICAÇÃO DE ARRANJOS PRODUTIVOS • Modelo I Regularização do Manejo : I.
Inventário Florestal - Consultoria
II.
Plano de Manejo do Cacauí – Consultoria
III. Anuência SFB, ICMBio e IBAMA Manejo do Cacauí : I.
Atividade realizada pela Associação dos Extrativistas de Itapuã, a qual receberá uma valor por produto coletado, conforme valor tabelado pelo SFB.
II.
Monitoramento da coleta a ser realizado pela AMATA.
Beneficiamento e Logística: I.
Beneficiamento a ser realizado pela AMATA conforme a necessidade do cliente.
II.
Certificações a ser realizado pela AMATA conforme a necessidade do cliente.
| 17
IDENTIFICAÇÃO DE ARRANJOS PRODUTIVOS • Modelo II Regularização do Manejo : I.
Inventário Florestal – Equipe própria
II.
Plano de Manejo do Cacauí – Consultoria
III. Anuência SFB, ICMBio e IBAMA Manejo do Cacauí : I.
Contratação de equipe própria, priorizando a contratação de comunidades locais e extrativistas
II.
Monitoramento da coleta a ser realizado pela AMATA.
Beneficiamento e Logística: I.
Beneficiamento a ser realizado pela AMATA conforme a necessidade do cliente.
II.
Certificações a ser realizado pela AMATA conforme a necessidade do cliente.
| 18
IDENTIFICAÇÃO DE ARRANJOS PRODUTIVOS • Modelo III Regularização do Manejo : I.
Inventário Florestal – Consultoria e Associação (Inventário participativo)
II.
Plano de Manejo do Cacauí – Consultoria
III. Anuência SFB, ICMBio e IBAMA Manejo do Cacauí : I.
Atividade realizada pela Associação dos Extrativistas de Itapuã, através de sistema de parceria e divisão dos lucros.
II.
Monitoramento da coleta a ser realizado pela AMATA.
Beneficiamento e Logística: I.
Beneficiamento a ser realizado pela AMATA conforme a necessidade do cliente.
II.
Certificações a ser realizado pela AMATA conforme a necessidade do cliente.
| 19
MODELO DE MONITORAMENTO MANEJO DE PRODUTOS Nテグ MADEIREIRO
窶「 Sistema de comunitテ。rio.
acesso
regulado
e
monitoramento
do
manejo
| 20
UNIDADE DE BENEFICIAMENTOS
UNIDADE DE BENEFICIAMENTO •
Modelo I – Processo Simplificado O Processo de beneficiamento consiste na fermentação, que é realizado em dois momentos diferentes: I.
Cinco dias de fermentação natural que ocorre após a retirada do fruto da árvore, mas ainda dentro da casca.
II.
Sete dias de fermentação em caixas de madeira. (se não houver aproveitamento da polpa)
Equipamentos : I.
Um Barracão
II.
Uma estufa de 20X20m
III.
Caixas de fermentação de madeira para o processo de fermentação.
IV.
Equipamento produto.
para
embalagem
do
. Fonte: Fotos e modelo de beneficiamento utilizando na cooperativa de cacau nativo de Boca do Acre.
| 22
UNIDADE DE BENEFICIAMENTO •
Modelo II – Processo aproveitamento da polpa e amêndoas O Processo de beneficiamento consiste na fermentação e separação dos produtos: I.
Cinco dias de fermentação natural que ocorre após a retirada do fruto da árvore, mas ainda dentro da casca.
II.
Despolpadeira (separação amêndoas e polpa).
Equipamentos : I.
Um barracão
II.
Uma estufa de 20X20m
III.
Despolpadeira
IV.
Freezer
V.
Equipamento produto.
Despolpadeira Max Machine
para
embalagem
do
. | 24
PRÓXIMOS PASSOS
PRÓXIMOS PASSOS – CRONOGRAMA AÇÃO
RESPONSÁVEIS
2013 3º 4º
Especificações do Cliente (Preço e Produto)
Comercial
X
Análise de viabilidade econômica.
Social e Equipe AI
X
Validação Interna
Comitê Executivo
X
Contrato Comercial
Comercial
X
Plano de Manejo
Consultor
X
Anuência Órgãos Ambientais Inventário Unidade de Beneficiamento
X Consultor/Amata Consultor
Capacitações
Amata
Comercialização
Amata
Certificações
Amata
1º
2014 2º 3º
4º
X X X X X | 27