Revista InforMais! - Trabalho Acadêmico: Produção Gráfica

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Edição N°1, Dezembro . 2017

Sua fonte final de informação Incertezas rondam o futuro do Snapchat A praga do marketing invasivo O que a Amazon pode causar no e-commerce brasileiro Publicidade - Tudo o que você precisa saber Apple divulga detalhes de sua primeira série Atualização no Instagram permitirá seguir hashtags



CONTEÚDO

Expediente DIRETOR GERAL Prof. Alex Rodrigo Medrado EDITORA-CHEFE Edna Leoncio de Sousa EDITOR DE CONTEÚDO Igor Evangelista de Brito EDITOR DE FOTOGRAFIA Vitor Pereira Costa CONTEÚDO Carlos Rodrigo Cardoso de Jesus Jonathas Gomes Viana Vitor Pereira Costa DIAGRAMAÇÃO E DESIGN Edna Leoncio de Sousa CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO- DF REITOR Adriano Luis Fonseca PRÓ-REITOR DE GRADUAÇÃO André Luiz M de Assumpção CURSO Comunicação Social – Jornalismo e Publicidade e Propaganda COORDENADORA Patrícia Lima ENDEREÇO Centro Universitário Estácio Brasília CSG 09, Lotes 15/16, s/n – Taguatinga, Brasília - DF, CEP: 72035-509 Telefone: (61) 3038-9700 www.estacio.br

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Incertezas rondam o futuro do Snapchat

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A praga do marketing invasivo

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O que a Amazon pode causar no e-commerce brasileiro

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Publicidade - Tudo o que você precisa saber

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Apple divulga detalhes de sua primeira série

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Atualização no Instagram permitirá seguir hashtags



INAUGURADA EM 2009, A SAGA BRASÍLIA TEM CAPACIDADE PARA 3 MIL ALUNOS E ESTÁ LOCALIZADA NO CORAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL.

Quadra C07, Lote 02, Sala 101 / 201 – Centro Taguatinga – DF

(61) 3561-6155


MÍDIA

Incertezas rondam o futuro do Snapchat Boatos do fim do aplicativo, prejuízo e a chegada da chinesa Tencent geram questionamentos sobre o futuro da rede Por Flávio Bastos

A

s últimas semanas não foram fáceis para o Snapchat. Na quarta-feira, 8, a Snap Inc veio a público desmentir os boatos de que o aplicativo deixaria de funcionar no próximo dia 16 de novembro. Os boatos surgiram na semana passada, após Evan Spiegel, fundador e CEO do Snapchat, ter falado com a Fox News sobre os rumos da empresa. Para agravar a crise de imagem, na última segunda-feira, 6, o aplicativo ficou instável, chegando a ficar fora do ar por mais de duas horas. Além disso, uma outra notícia pode mudar o futuro da companhia. A chinesa Tencent, dona do aplicativo chinês WeChaT comprou 12% do capital da Snap e terá papel importante, sobretudo, em novos formatos. Também no Twitter da Snap, foi desmentida a informação do fim do aplicativo. Essa série de mal entendidos envolvendo ocorrem na mes-

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FOTO: Reprodução da Internet


ma semana em que a empresa divulgou seu balanço trimestral, na última terça-feira, 7. O faturamento cresceu 62% para US$ 207,9 milhões. O prejuízo da companhia, no entanto, teve um pico saltando de US$ 124,4 milhões no segundo trimestre para US$ 443,1 milhões no terceiro. É o terceiro balanço que o Snap publica depois de sua abertura de capital, em março deste ano, quando levantou US$ 3,4 bilhões. Ao comentar os resultados, Evan Spiegel afirmou que a empresa fará mudanças no aplicativo. Ele não deu detalhes, mas falou sobre redesenhar o app para ser mais bem utilizado por pessoas mais velhas e também deve passar a ordenar o feed por meio de algoritmos. “Ao longo dos anos, ouvimos que o Snapchat é de difícil compreensão e uso. Nossa equipe vem trabalhando para responder a esse feedback”, afirmou Spiegel. Ele ressaltou que as mudanças podem, inclusive, alterar o comportamento da comunidade no aplicativo. “Existe a possibilidade de que o redesenho da nossa aplicação seja perturbador para nossos negócios no curto prazo e ainda não sabemos como o comportamento da nossa comunidade mudará quando começarem a usar o aplicativo atualizado. Estamos dispostos a assumir esse risco para o que acreditamos ser benéfico no longo prazo para nossos negócios.” As mudanças poderiam afastar os adolescentes, público que representa uma parcela importante dos usuários da plataforma.

O grande desafio para as marcas

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empre que se discute sobre o Snapchat é importante separar a realidade do aplicativo nos Estados Unidos e no Brasil. Por lá, a evolução e a proximidade da empresa com marcas estão em um nível muito mais maduro do que no Brasil. Aqui, a empresa passou a ter uma representação somente no ano passado. Nos Estados Unidos, as ações e cases no Snapchat são muito mais consistentes e frequentes. “O aplicativo do Snapchat surgiu como febre, viralizou e ganhou muitos usuários no mundo inteiro focando principalmente em adolescentes que buscavam uma rede social onde pessoas mais velhas, pais e parentes não estavam. O conceito do conteúdo que expira em 24h atraiu também atenção das marcas, que queriam estar na plataforma e atingir esse público muito engajado. Mas o que ainda dificulta o trabalho é que como a plataforma não permite nenhum nenhum tipo de integração através de tecnologia, o processo se tornava muito manual e burocrático”, aponta Carlos Tristan, cofundador e CMO da plataforma de influência Squid. Catherine Boyle, analista-chefe da eMarketer, explica que, mesmo no contexto americano, a plataforma ainda dá poucas informações para o mercado e dificulta a inclusão do Snapchat em estratégias de marketing. “O Snapchat está causando uma certa excitação para as marcas. Eu tenho observado que nos Estados Unidos a adoção de estratégia de anúncio pago pelas marcas vem aumentando. O grande desafio ainda é a falta de informação. Existe dúvida sobre o target, métricas. ” Informais!

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OPINIÃO

A praga do marketing

invasivo Por Paulo Octavio P. de Almeida

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tualmente, o consumidor urbano é cada vez mais um ser difícil de ser encontrado e, por consequência, iniciarmos um relacionamento comercial. Seja pela insegurança, falta de tempo, gadgets digitais ou por falta de interesse mesmo, as marcas têm muito mais dificuldade em entrar em contato com prospects ou clientes atuais. Neste contexto já difícil é muito complexo acreditar que algum gestor de marca intencionalmente escolha a ferramenta de se comunicar com seus clientes atuais e futuros através destas ações invasivas. Mas existem! Conheço relatos de marcas que entram em contato com seus clientes mais de cem vezes, na maioria dos casos para tentar obter pagamentos atrasados ou informações. Nestas ocasiões, entendo que os gestores de marcas são co-responsáveis por estas ações porque, na maioria delas, são ações realizadas por empresas terceirizadas que se utilizam dos mais diversos meios para atingir os seus objetivos. Uma ligação de telefone ainda é muito barata e os dados telefônicos são

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FOTO: PeopleImages - iStock


O quanto antes essa discussão se iniciar melhor para todos facilmente obtidos e gerenciados. Não concordo, mas entendo. Agora, quando estamos falando na captação de novos clientes, será que realmente existem gestores de marcas que acreditam que estas ações são benéficas e criam um relacionamento com potenciais clientes? Iniciam um storytelling? Criam empatia para as marcas? Eu duvido. Em vários estados do Brasil ainda não existem normas locais de como as marcas podem e devem se comunicar com seus prospects via telefone. E se com o “antigo telefone” estamos nesta situação, imaginem em relação aos seus dados digitais? Esta discussão precisa acontecer em benefício das marcas que atualmente, “desesperadas” pela crise econômica, realizam qualquer atividade que potencialmente tenham algum resultado. Alguém conhece os resultados destas ligações invasivas? Por favor, me

conte. Nunca escutei mais do que os cinco segundos iniciais (e fiquei os próximos minutos pensando no desespero da referida marca!). Em uma era digital e no início da automatização de atividades de marketing e inteligência artificial a serviço das marcas, essa discussão é fundamental. Hoje, quando olhamos uma lista telefônica ou um telefone de disco já damos risada e mencionamos que naquela época era o que tínhamos e funcionava. Como serão os próximos anos em relação as atividades de marketing de prospecção? Serão invasivas (e chatas) ou teremos ações permissivas (e inteligentes)? Não é muito difícil responder essa, não é? Leio nos jornais as marcas se defendendo em respostas evasivas “se acontecem abordagens invasivas não é política da empresa”, “falha de procedimento”, “estamos buscando melhorias nos nossos índices de

qualidade”… Hã? E ficam piores, quer ver: “nossa empresa respeita aqueles que não querem ser importunados e remove de sua base de dados estes números”, “nós seguimos a lei e estamos com queda nos números de reclamações”… Pelo amor de deus! Não acredito que estes executivos, mesmo depois de extensivas horas de media training e de momentos politicamente corretos, não tenham vergonha destas declarações. O problema não está com os clientes, isso eu tenho certeza. Legislação não conclusiva sobre o assunto creio que é um dos fatores, sim, mas não o decisivo. O quanto antes essa discussão se iniciar melhor para todos. O fator decisivo neste problema é a “ preguiça empresarial” em não encontrar formas relevantes de se comunicar positivamente com os seus consumidores. A má utilização do telefone é só a ponta deste iceberg.

É

possível que você possa ser invasivo na utilização das suas ferramentas de marketing, já pensou nisso? Em algum momento você já se sentiu incomodado com abordagens de marketing por parte de alguma empresa? É bem provável que sim, e o sentimento que fica não é agradável, certo? Pois é, na tentativa de atingir o consumidor e captá-lo de alguma forma, pode-se estar praticando marketing invasivo sem ao menos perceber. Informais!

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E-COMMERCE

O que a Amazon pode causar no e-commerce brasileiro O inĂ­cio da venda de eletrĂ´nicos no Brasil por parte da varejista estadunidense alerta um mercado marcado pelo aumento da concorrĂŞncia no marketplace 10


FOTO: Getty Images

Por Luiz Gustavo Pacete

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esde que chegou ao Brasil, em 2012, com sua operação de livros, a Amazon tinha de responder ao mercado sobre uma eventual entrada definitiva vendendo outros tipos de produtos como eletrônicos. O anúncio da novidade, tão esperada pelos veículos de negócios, e vista com atenção pelos concorrentes, tornou-se realidade em outubro. O início da venda de eletrônicos por parte da empresa, no entanto, não significa que a companhia vá garantir no Brasil toda a experiência que ela entrega nos Estados Unidos. Pedro Guasti, especialista em e-commerce da e-bit, afirma que, apesar das incertezas sobre o futuro dessa operação, a diversificação de categorias que começou a acontecer recentemente pela Amazon Brasil será benéfica para o consumidor, pois acirra ainda mais a competição no setor. “Isso forçará os competidores a desenvolverem e lançarem novos produtos e serviços. Um exemplo foi o recente anúncio da B2W que pretende lançar em breve um serviço de assinatura de frete e a venda de produtos usados em seus sites. Por outro lado, haverá ainda mais pressão sobre a margem das empresas forçando-as a ser ainda mais inovadoras, criativas e eficientes”, diz Guasti. “Desde 2011, o mercado já vem se adaptando

para uma eventual chegada definitiva da Amazon. Várias lojas ampliaram seus modelos para marketplace inaugurando e ampliando rapidamente este conceito. Claro que não podemos menosprezar a capacidade de investimento, inovação e execução da Amazon que tirou do conforto muitos varejistas tradicionais, principalmente nos Estados Unidos”, diz Pedro Guasti. Cristina Farjallat, diretora de marketplace do Mercado Livre, um dos principais concorrentes da Amazon no Brasil, afirma que a chegada da empresa em outros segmentos no Brasil já era esperada e que o e-commerce brasileiro já contava com isso. “Era natural, sobretudo pelo potencial do Brasil em termos de e-commerce que cresce a dois dígitos desde 2010”, diz Cristina. Ela ressalta que o Brasil, por natureza já é um mercado competitivo e é natural que um player como a Amazon brigue internamente. Em outubro, assim que a Amazon iniciou as vendas de eletroeletrônicos no Brasil, as ações da B2W caíram 4,29%, as do Magazine Luiza 3,29% e as da Via Varejo 2.90%. Sérgio Lage Carvalho, professor e coordenador do Master de Gestão da experiência do Consumidor da ESPM, explica que nos EUA a Amazon investe em cada vez maiores fatias do mercado pela sua estratégia de aceitar margens de lucros menores e concorrer em entregas rápidas e preços competitivos. “Como aconteceu recentemente na compra da Whole Foods, a Amazon estaria se fortalecendo em um setor que ela ainda não domina, mas para onde ela pode levar seu modelo de entregas rápidas, um novo canal para seus produtos e marcas próprias”, diz Lage. Informais!

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ESPECIAL

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FOTO: Reprodução da Internet


PUBLICIDADE

Tudo o que você precisa saber Quer saber o que é publicidade, exemplos e a comparação entre publicidade e marketing? Confira nesse ESPECIAL tudo o que você precisa saber!

Por Camila Casarotto

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la faz parte das nossas vidas. Está nas ruas, nos shoppings, dentro das nossas casas, no jornal, na revista, no celular, na internet. Para onde você olhar, ela está lá. Estamos falando da publicidade, tão presente no nosso dia a dia. Anúncios publicitários têm seu papel importante: eles servem para divulgar produtos, serviços e marcas, com o objetivo de estimular as relações comerciais, porém, para isso, eles invadem a nossa rotina – e muitas vezes não estamos a fim disso. Quem nunca perdeu a paciência com aquele anúncio chato no YouTube? Parece que sempre tem uma publicidade perturbando, querendo vender algo o tempo todo! Mas será que ela é tão chata assim? Aposto que você já riu alto assistindo a um comercial na TV! Anúncios também emocionam, entretêm, fazem rir e chorar, e ainda informam sobre uma nova loja na cidade ou uma promoção imperdível. Informais!

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ESPECIAL

O que é publicidade? É toda a estratégia de marketing que envolve a compra de espaço em um veículo de mídia para divulgar um produto, serviço ou marca, com o objetivo de atingir o público-alvo da empresa e incentivá-lo a comprar. Porém, essa é uma definição limitante da publicidade, que envolve muito mais que a compra de um produto. Publicidade também é uma área do conhecimento, dentro da Comunicação Social, que

estuda não só a técnica da atividade, mas também sua função nas relações sociais e culturais. Afinal, se ela está tão presente no nosso dia a dia, ela participa das nossas vidas. Não por acaso, publicitários estão sempre de olho nas tendências culturais e comportamentais da sociedade, para que os anúncios gerem uma identificação com o consumidor. Publicidade também pode ser compreendida como reflexo da sociedade da sua época, pois reproduz os comportamentos e valores vigentes. Apesar disso, muita gente acredita que a publicidade não reflete a sociedade simplesmente – ela incentiva e molda comportamentos. Por isso, ela precisa de regulações para evitar abusos, como veremos a seguir. Portanto, a publicidade é polêmica. Às vezes, ela é vista como vilã, por incentivar o consumismo, influenciar comportamentos e invadir a nossa rotina. Em outros

momentos, ela pode ser a mocinha, que não tem culpa sobre as mazelas da sociedade e ainda cumpre a função de informar e entreter com criatividade.

Marke ting x Publi cidade Existe uma confusão comum entre marketing e publicidade. Afinal, as duas atividades têm como objetivo vender produtos e

serviços. Então, seriam elas a mesma coisa? Não, existe uma diferença. Para entender melhor, vamos retomar um conceito tradicional do marketing: o Mix de Marketing, mais conhecido como os 4 Ps: Preço, Praça, Produto e Promoção. São os quatro elementos básicos de uma estratégia de marketing, e o equilíbrio entre eles faz uma marca se fortalecer junto ao seu público-alvo. No P de Preço, você deve pensar nos custos da empresa e nas projeções de lucro, mas também no perfil do público-alvo, que deve estar disposto a pagar aquele valor. Já o P de Praça se refere aos locais onde você oferta

FOTO: Reprodução da Internet


seus produtos, como a loja física ou virtual, bem como os canais de distribuição e armazenamento. O P de Produto envolve as estratégias sobre os atributos tangíveis (cor, forma, embalagem) e intangíveis (qualidade, reputação, status) do produto. Mas é no P de Promoção que queremos focar neste post, pois é aí que entra a publicidade. Promoção são todas as estratégias de divulgação do produto para alcançar o público-alvo. Publicidade é uma delas, mas também pode envolver ações de assessoria de imprensa, relações públicas, patrocínios, entre outras. Portanto, a publicidade é uma ferramenta do marketing. Enquanto o marketing se preocupa em compreender o público-alvo e desenvolver estratégias para atendê-lo, a publicidade é focada em atingi-lo com uma comunicação persuasiva. Para funcionar, o marketing precisa do alinhamento entre os 4Ps. Já imaginou se a campanha publicitária atinge o público-alvo e desperta o interesse, mas a loja online está fora do ar? A Promoção funcionou, mas a Praça não, e a marca não alcançou as vendas desejadas.

Publicidade enganosa e abusiva A publicidade consegue influenciar os hábitos de consumo e motivar a compra de um produto. Com esse poder em mãos, não são poucos os anúncios que fazem uma publicidade enganosa, que forçam a barra (ou, podemos dizer, que mentem mesmo) sobre as qualidades do produto e podem levar o consumidor ao erro. Outro tipo de anúncio prejudicial ao consumidor é a publicidade abusiva, que incentiva a

discriminação, a violência, o medo, ou desrespeita a criança, o meio ambiente, a saúde e a segurança das pessoas. Mas tem muita gente de olho para evitar esse tipo de publicidade. Entre muitas outras limitações à atividade publicitária, o Código de Defesa do Consumidor define o que é publicidade enganosa e abusiva e prevê as penalidades para quem incorrer nessas práticas. Além das entidades de defesa do

consumidor, os próprios publicitários também estão preocupados com isso. Na década de 70, em resposta a um projeto de lei que iria propor censura prévia à publicidade, o mercado criou suas próprias regras, reunidas no Código de Autorregulamentação Publicitária. Hoje, esse código norteia a atuação do CONAR, que reúne representantes de agências, veículos e anunciantes em defesa da ética publicitária.

História da publicidade Sem a tecnologia que temos hoje, a única ferramenta para divulgar um produto ou serviço era a lábia do vendedor. Mas muita coisa aconteceu do boca-a-boca até os atuais anúncios mobile. A primeira grande transformação para a publicidade foi a invenção de Gutenberg, no século XV. A prensa mecânica permitiu a reprodução de textos além dos manuscritos e fez surgir também um dos principais veículos de mídia: o jornal impresso. Em 1625, o periódico

inglês Mercurius Britannicus publicou o primeiro anúncio em jornal. No Brasil, isso aconteceu apenas no final do século XIX, com textos produzidos por poetas como Olavo Bilac. A publicidade ainda não tinha o caráter persuasivo que depois passou a ter – o objetivo era apenas apresentar o produto ou serviço. Já na Era Industrial, a publicidade assumiu um papel importante: incentivar o consumo dos bens produzidos em massa nos centros urbanos. Com isso,

o mercado se profissionalizou. Em 1841, Volney Palmer, que fazia a negociação de espaços entre jornais e empresas, criou a primeira agência de publicidade, na Filadélfia (EUA). No Brasil, a primeira agência foi criada em 1914 e se chamava A Eclética. Nos primeiros anos do século XX, a indústria automobilística foi a grande impulsionadora da publicidade. Henry Ford disse: “deixar de investir em publicidade para poupar dinheiro é como parar o relógio para economizar Informais!

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ESPECIAL tempo”. Faz sentido, né? Nas décadas seguintes, o rádio e as revistas incentivaram a indústria da propaganda, mas foi a televisão que a revolucionou. Em 1941, foi ao ar o primeiro comercial de TV, para a marca de relógios Bulova, ao custo de 9 dólares (veja aqui esse anúncio histórico!). O audiovisual deu asas à criatividade, e os anúncios se tornaram muito mais interessantes e persuasivos. Junto a isso, a publicidade passou a ser motivo de estudos, pesquisas e críticas, com o objetivo de avaliar seu impacto sobre a sociedade. Já nas décadas mais recentes, surgiu outra revolução para a publicidade: a internet. Espaços de divulgação em buscadores, portais, blogs, e-mails e redes sociais representaram uma nova e grande oportunidade para os anunciantes. Com o marketing di-

gital, ficou muito mais fácil atingir o público-alvo e mensurar com precisão os resultados de uma campanha, algo que até então nenhum veículo permitia. Porém, a publicidade se vê desafiada por essas novas mídias, que questionam o modelo tradicional de anúncio e agência. Hoje, as marcas precisam se relacionar com os consumidores oferecendo bons conteúdos a eles, e não invadindo sua rotina com anúncios chatos. Como, então, a publicidade pode ser mais relevante? Além disso, o marketing digital democratizou o acesso à publicidade: hoje, qualquer empresa cria anúncios no Google ou no Facebook. E agora, qual a serventia das agências? O mercado está se reinventando. Para acompanhar, a certeza é que não se pode tirar o olho das inovações tecnológicas e do consumidor.

Anúncios que fizeram história

“We can do it” – Westinghouse Electric O anúncio da Westinghouse Electric tinha como objetivo apenas motivar as trabalhadoras da indústria durante a II Guerra Mundial. Mas o cartaz de uma mulher forte e determinada acabou se tornando um símbolo do feminismo, utilizado até hoje.

“United Colors of Benetton” – Benetton Oliviero Toscani foi um fotógrafo polêmico. Nas campanhas da Benetton, uma marca italiana de moda, ele mostrou o racismo, o trabalho infantil, a AIDS, a fome, o preconceito religioso, e provocou muitos debates sobre o papel da publicidade.

Falar da história da publicidade é também falar de anúncios que marcaram época. Eles são lembrados até hoje por seus bordões, por seu impacto ou por sua estética. Vamos lembrar alguns deles (Você vai gostar, e se não forem do "seu tempo", vai adorar conhe-los):

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FOTOS: Reprodução da Internet


“Mamíferos” – Parmalat (agência DM9DDB)

“Bombril tem 1001 utilidades” Bombril (agência DPZ)

Em 1996, era impossível não falar “ooun, que amor!” com essas fofuras na tela da TV. A campanha da Parmalat incluía também uma promoção para que o consumidor levasse os bichinhos de pelúcia da marca para a sua casa.

O ator Carlos Moreno ficou conhecido como o “Garoto Bombril”, por ser o garoto-propaganda da marca por mais de três décadas. Todos os anúncios mostravam ele falando diretamente com a dona de casa atrás de uma bancada, sempre com um toque de humor.

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Informais!

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NOVIDADES

FOTOS: Reprodução da Internet

Apple divulga detalhes de sua primeira série Produção, estrelada por Jennifer Aniston e Reese Witherspoon, fala sobre programas matutinos da televisão estadunidense 18


Por Thaís Monteiro

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nformações do portal Bloomberg News confirmaram que a Apple encomendou uma série estrelada por Jennifer Aniston e Reese Witherspoon que abordará o universo da dos programas matutinos da televisão estadunidense, baseado no livro Top of the Morning, de Brian Stelter, repórter da CNN. Ainda que sem um nome oficial ou destino de transmissão (streaming ou canais de TV linear), o produto está previsto para o primeiro semestre de 2019 e já contará com duas temporadas. Essa será a estreia da empresa de tecnologia no mercado de conteúdo televisivo. Em agosto, a marca anunciou um investimento de US$ 1 bilhão na compra e produção de filmes e séries no ano de 2018 e se comprometeu a relançar a série de ficção Amazing Stories (“Histórias Maravilhosas”, em português), produzida por Steven Spielberg e Bryan Fuller entre 1985 e 1987.

A investida, para Marcelo Forlani, fundador e editor do Omelete, deve ser um sinal de alerta aos serviços de streaming conhecidos e, principalmente aqueles que estão para lançar um VOD, como a Disney – que rompeu o acordo com a Netflix em agosto deste ano. “A apple, com computadores, celulares e tablets e Apple TV, tem uma base que já consome conteúdo por suas plataformas. É um esforço menor de convencimento do que ter que ‘vender’ um novo serviço do zero, como a Disney vai ter que fazer”, analisa. Sua percepção é de que o conteúdo será disponibilizado no iTunes ou na AppleTV. É um investimento modesto, se comparado aos US$ 6 bilhões orçados pela Netflix em conteúdo original neste ano. Mesmo assim, para Krishna Mahon, diretora de conteúdo das marcas History, A&E, Lifetime e H2 e dona do canal Imprensa Mahon no YouTube, é surpreendente para o primeiro ano de um novo negócio. “O movimento parece bastante estratégi-

co e responsável. Vale lembrar o investimento de gigantes do conteúdo neste ano: US$ 2,5 bilhões (HBO); US$ 4 bilhões (ABC); e Amazon US$ 4,5 bilhões”, observa. Por outro lado, a modéstia não se encontra no plano de encomendar duas temporadas para uma série que ainda não tem resposta do público. Essa jogada encontra opiniões divergentes entre os profissionais. Khishna diz que só o faria se as duas temporadas tivessem um impacto “gigantesco” no valor da produção como um todo. Já Marcelo acredita que a estratégia pode diminuir gastos e ganhar tempo para pós-produção e angariar publicidade. “Nada pior do que começar uma história sem saber se ela vai ter fim”, brinca. As atrizes, que já contracenaram em Friends, também são produtoras do programa junto com o ex-executivo da HBO, Michael Ellenberg. Quem coordena a série é Jay Carson, produtor de House of Cards. Informais!

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REDES SOCIAIS

Atualização no Instagram permitirá seguir hashtags Novidade já está sendo testada por alguns usuários do iOS Por Soraia Alves Há algum tempo que o Instagram deixou de ser uma rede de fotos. Com o Stories, por exemplo, diversas personalidades, conhecidas por lá como “digital influencers”, ganharam atenção, seguidores (fãs) e fizeram o meio de campo entre marcas e seus consumidores. Esse espaço abriu possibilidade para uma interação de fato, o que aproxima e cria laços entre os dois lados. Criar conteúdo é uma moeda valiosíssima

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neste ambiente e o Instagram está ligado nisso. Tudo indica que a plataforma está testando a capacidade de permitir que você siga hashtags em vez de usuários ou marcas. Os rumores indicam que a TL ficará dividida entre postagens principais e postagens recentes, o que fará com que a exibição destes conteúdos seja mais equilibrada. O recurso só apareceu brevemente para um dos membros da equipe da The Next Web, que procurou a plataforma para

mais informações, mas não obteve. Aparentemente a novidade está em fase de teste para alguns usuários que utilizam o dispositivo iOS. Como as características experimentais muitas vezes acabam se expandindo amplamente, para esta ser mais uma talvez seja só uma questão de tempo. A ideia é simples: quando um usuário clicar em uma hashtag para conferir as fotos sobre aquele assunto, haverá a opção de se-

guir aquela tag e, consequentemente, o assunto que ela representa. Das recentes atualizações do aplicativo, talvez essa seja a mais útil. Afinal, ela torna possível o usuário se manter informado por determinado tema, mesmo quando não sabe quem seguir exatamente para isso. Também será bem útil para veículos de comunicação. Não há informações sobre quando a atualização será liberado para todos os usuários.

FOTOS: Reprodução da Internet



PASSATEMPO




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