Hihat3final

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Emmanuelle Caplette

GIRLS ON DRUMS

Batuka Brasil

Vera Figueiredo - Andrea Alvarez - LetĂ­cia Santos - Paula Padovani - Roberta Kelly


Olá, bateras!!! Bem-vindos à edição especial de aniversário da Hi Hat Girls Magazine! Estamos muito felizes, pois esta edição é muito significante para nós, e esperamos que seja para vocês também! Através desta edição da Hi Hat Girls comemoramos doze meses de pura dedicação, trabalho, descobertas e principalmente, buscamos dar prioridade à divulgação de um número imenso de bateras, que nem sequer imaginávamos que houvesse nesse Brasilzão de meu deus! Preparamos para vocês resenhas de workshops e eventos com bateristas mulheres, entrevistas com grandes nomes da bateria no Brasil e no exterior, além da já tradicional coletânea com bandas que tenham mulheres nas baquetas! Surpreendente! Uma das novidades desta edição é o espaço “Batuque na Cozinha”, destinado às meninas que nos mandaram fotos suas tocando. Ficou demais! Esperamos que curtam esta edição, está maravilhosa! Boa leitura a todos! Beijos Hi Hat Girls Magazine


Julie Sousa - Editorial, Entrevista Letícia Santos, Entrevista Giordana Moreira (Festival Roque Pense) Carol Pasquali - Emanuelle Camplette Lucy Peart - GoD Lary Durante - Batuka, entrevista com a Vera e com a Roberta Kelly Angell Bauer - Resenha workshop Vera Figueiredo no Rio Caryna Moreno - Entrevista Andrea Alvarez Michele Zingel - Entrevista Paula Padovani, Coletânea Hi Hat Girls Fernanda Terra - Arte e Design


EDIÇÃO DE A

ENTREVISTA JULIE SOUSA PÁG. 6 WORKSHOP VERA FIGUEIREDO PÁG. 8 ANDREA ALVAREZ PÁG. 10 EMMANUELLE CAPLETTE PÁG. 16 LETÍCIA SANTOS PÁG. 22 BATUKA BRASIL PÁG. 26 PAULA PADOVANI PÁG. 30


ANIVERSÁRIO

ROBERTA KELLY PÁG. 34 GIRLS ON DRUMS PÁG. 40 ROQUE PENSE PÁG. 44 BATUQUE NA COZINHA PÁG. 52 RITMOS SULAMERICANOS PÁG. 54 COLETÂNEA PÁG. 58


... E tudo começou. Nessa edição de aniversário, vamos contar um pouco da historia da nossa revista, como tudo começou, de onde surgiu a ideia, e quais são as expectativas. Faremos uma bate papo rápido com a criadora e idealizadora da revista a Julie Sousa. HHGM- Quem teve a ideia da revista, e como surgiu a ideia? Julie Sousa: A ideia surgiu de mim mesmo, logo q conheci a TomTom Magazine dos EUA. Eu fiquei encantada em conhecer a Tom Tom, porque não sabia que existia uma revista sobre mulheres bateras. Fiquei empolgada e resolvi postar num grupo do facebook mesmo perguntando quem queria entrar nessa ideia comigo. A Fernanda Terra, Bel Gabiatti, a Simone Del Ponte e a Michele se prontificaram a estar nessa comigo e passamos a entrar em contato. Depois de alguns meses lançamos a primeira edição no final de 2011, começo de 2012. HHGM - Qual era o nome do grupo? Como foi dado o pontapé inicial, desde a criação da pauta até a parte em que todas colocaram a mão na massa e fizeram a revista acontecer? Qual foi a dificuldade inicial? Julie Sousa: Publiquei a chamada no grupo “Mulheres bateristas do Brasil”. Em seguida as meninas entraram em contato super empolgadas. Sobre a pauta, todas tiveram liberdade de escolher seus assuntos/suas entrevistadas. A dificuldade acho que foi fechar as entrevistas, porque como era algo inédito e não tínhamos nada concreto ainda para apresentar, algumas pessoas não levaram muita fé na gente (risos). Mas o resultado ficou ótimo! 6

HHGM - E a ideia da coletânea como rolou?


Julie Sousa: A ideia da coletânea surgiu porque percebi que seria uma forma de divulgar mais meninas que tocam bateria, do Brasil todo. É uma forma de fazer o trabalho das meninas ir mais longe, e como a coletânea sempre é mista, com vários estilos e gêneros musicais reunidos, atinge um público maior. HHGM - Como foi a repercussão inicial da revista? Superou o esperado? Julie Sousa: Foi bem legal, recebemos muito apoio, muitos elogios, e pudemos conhecer através da revista mais meninas bateristas, de várias partes do Brasil. Com a primeira edição lançada ficou mais fácil fechar novas entrevistas e matérias para a segunda edição. HHGM - Com essa repercussão positiva o time HHGM foi aumentando também correto? Como foi a escolha das novas colaboradoras? Julie Sousa: Sim, a Lucy Peart, que foi entrevistada pela Bel Gabiatti na primeira edição entrou para o time e atualmente é a responsável por fazer a cobertura do evento Girls on Drums. A Bya de Paula também entrou após o lançamento da primeira edição, mandou um email pra gente interessada em ser colaboradora, e como é formada em jornalismo, a incluímos, A Carol Pasquali fez alguns shows com a banda feminina americana Crucified Barbara e se ofereceu para entrevistar a baterista Nicki Wicked. Assim, achei que poderia entrar pro time da revista (risos). HHGM - Quais são as novidades dessa Edição? Julie Sousa: Nessa edição teremos um espaço voltado para as leitoras enviarem historias, fotos, contar fatos inusitados, o nome do espaço é “ Batuque na Cozinha”, teremos também alguns exercícios escritos pelas nossas colaboradoras para nossas bateras treinarem, estudar.

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WORKSHOP VERA FIGUEIREDO por Angell Bauer

Na noite de 12 de Março de 2013, tivemos a oportunidade de apreciar, aprender e admirar um workshop ministrado por Vera Figueiredo, na Escola de Bateristas Jorge Casagrande na Lapa (RJ). Que contou com um público diverso, dentre eles estavam Letícia Santos (que deixou o Brasil admirado com suas apresentações em programas de televisão desde pequenina), e Tiago Souza (que venceu o Batuka! Brasil em 2011 e ficou em segundo lugar no concurso Mapex Dot 2012), representando lindamente o Brasil. Em um clima caloroso, Vera respondeu gentilmente a todas as perguntas e curiosidades do seu dia a dia, e com uma simpatia única apresentou um pouco do seu terceiro trabalho chamado “Vera Cruz Island” onde ela convidou músicos consagrados tanto nacionais e internacionais tais como: Dennis Chambers, Dave Weckl, Virgil Donati e etc...

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Nesse workshop conseguimos sentir de perto como é executar uma música com paixão, ficávamos ali paralisados observando os detalhes do que estava sendo tocado, e éramos surpreendidos com o olhar e o sorriso da Vera. Ela estava ali se divertindo e amando passar isso. E no decorrer de cada música, através das suas expressões ela destacava partes da música que faziam toda uma diferença. Essa profissional consegue tão naturalmente passar o que está sentindo quando toca que nós temos a sensação de estar tocando junto com ela. E é esse momento que a Vera Figueiredo mais gosta, de poder contribuir com informações da sua paixão de vida que é a arte de tocar. Inclusive ela destacou isso no início da sua apresentação. O quanto era difícil ter informações, no começo da sua jornada musical. E como hoje são fáceis tais informações, disponíveis principalmente na internet. Mas frisou a importância de ter um professor para orientar nos estudos. Porque


com muita informação, a pessoa acaba se perdendo e perde junto o essencial da música. Formada em piano clássico, Vera passou o quanto foi importante na sua trajetória o conhecimento em leitura harmônica e sugeriu que todo baterista faça aula em qualquer instrumento harmônico. Até hoje ela disse que estuda e pratica exercícios básicos, rudimentos, viradas, caixa e bumbo, e por ai vai.

alma brasileira. E fomos para casa inspirados com o que vimos e ouvimos de Vera Figueiredo. Só temos a agradecer a essa excelente profissional que com sua paixão e dedicação move o mundo com musicalidade. Vera Figueiredo usou nesse Workshop:

Hoje ela vive o seu momento que sempre veio buscando e lembrou que nada veio fácil. Foram anos tocando na noite durante todos os dias da semana, e para entrar nessa rotina ela tomou iniciativa de apresentar seu conhecimento e conseguiu uma vaga para tocar nas noites de São Paulo, sua terra natal. Vera confirmou que esse ano terá o Batuka! Brasil (festival de bateristas que foi criado por ela e pela produtora e batera Carla Dias). E informou que nessa edição o festi- Bateria Mapex Saturn; Pratos Sabian séval será dividido para meninas e meninos. rie HHX e VFX; Peles Evans; Baquetas Vick Ela terminou em ritmo de samba a sua Firth e seu inseparável tamborim da Gope. apresentação, mostrando todo swing da

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ANDREA ALVAREZ Por Caryna Moreno Tradução livre por Julie Sousa

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O que dizer a baterista Andrea Alvarez? Andrea Alvarez é um dos maiores nomes da bateria na Argentina. Ela é direta, há pouquíssimas metáforas em seu discurso. Possui um espírito crítico pulsante. Lutadora, é formada como musicista e docente. Aos 15 anos de idade começou a estudar música e aos 18 formava parte do Rouge (primeira banda argentina formada por mulheres). Pelos idos de 1988 assumiu o compromisso de ser percussionista do Soda Stéreo, legendária banda argentina. Também participou da Divididos, outra banda muito conhecida e reconhecida na Argentina. Andrea acompanhou em show e gravações

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muitos dos artistas mais importantes de seu país. Há 12 anos mantém um trabalho solo, que originou 3 discos e um DVD ao vivo. Atualmente, Andrea Alvarez é percussionista no Ataque 77, na sua nova turnê em formato acústico. Aos 50 anos, Andrea segue superando todo cansaço e dificuldades sem nunca ter parado de tocar. Além de baterista, Andrea é cantora e compositora, um exemplo de trabalho, paixão e dedicação, além de ser uma referência indiscutível na História do Rock argentino. Nesta edição tive a honra de entrevistá-la para a Hi Hat Girls Magazine:

HHGM - Andrea, na sua opinião, nós mu- Com o tempo, já não era suficiente apenas lheres estamos educadas para sermos pro- tocar bem, então comecei a escrever. Pretagonistas? cisava poder transmitir outras coisas. Estudei muito, rompí estruturas, apostei no lúdico e AA - A mulher tem que trabalhar muito para comecei a me libertar. Estou muito orgulhoser protagonista. Criar-se e reinventar-se, sair sa da minha banda e disfruto bastante do da zona de conforto. Tenho consciência de que eu faço. gênero, sempre registrei tudo o que acontecia e tal, se bem que nunca militei em uma HHGM - Pra você, como uma mulher conorganização. Minha militância era tocar strói seu caminho? meu instrumento. Esse era meu objetivo: co- AA- É fundamental identificar-se com oumunicar meu compromisso com a música. tras mulheres, buscar referências femininas


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Foto: Divulgação

e reparar posicionamentos que valorizem o empoderamento, a auto-estima, enfim, o crescimento. Muitas garotas entram no “sistema” e deixam de ser elas mesmas para passar a agradar aos outros. Temos que estar atentas às mensagens que são passadas. HHGM - A arte é um instrumento de luta? AA- Para mim, desde pequena a música me remete a poder. Outras pessoas o encontram no esporte, na força física. Eu encontrei poder na música. Na bateria eu tenho um lugar de confiança. A música é tudo para mim: libertação corporal, sentido de humor, minha religião, minha militância... meu tudo! HHGM - Quando e por quê você começou a tocar bateria? AA - Comecei a estudar música desde pequena, as 7 anos e sempre me interessei por Rock. Vendi meu clarinete e comprei minha primeira bateria aos 15 anos. Acho que é o instrumento que tem mais a ver comigo: o ritmo, a estrutura, liderar, dirigir, principalmente seu volume forte!


HHGM - Fale sobre seu set Muito obrigada por esse bate-papo, AnAA - A batera que toco nos meus shows é drea! uma Ludwig Liverpool8, modelo Ringo Starr, Sucesso sempre! Tudo de bom! pratos Paiste 2002, hihat de 15”, ride 22”, crash de 18’’ e 19’’ e um crash Giant Beat de 18”.Para percussão uso congas Patato LP, Bongo fiber LP e todo tipo de accesórios.

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Foto: Divulgação


Emmanuelle Caplette


Todo mundo que é fã de mulheres na bateria com certeza algum dia já topou com vídeos dessa simpática e engraçada canadense. Tocando sempre com grande leveza nos movimentos e um lindo sorriso no rosto, Emmanuelle Caplette sempre termina seus vídeos de forma engraçada, fazendo poses e caretas. Começando cedo, aos 9 anos de idade, Caplette diz que soube o que queria para a vida toda no momento em que ela batucou pela primeira vez em um tambor. - “A primeira vez que eu bati em uma caixa eu soube imediatamente que eu queria viver de música.” Emmanuelle Caplette Depois de anos estudando e tocando em diversos grupos e dividindo palco com diferentes artistas, Caplette diz ter o sonho de se juntar à banda de grandes artistas pops ou bandas de programas de tv. - “Eu gostaria de fazer uma tour mundial (em estádios!) com um artista pop! E eu também gostaria de fazer programas de TV! Tipo Jay Leno! Veremos!” Emmanuelle Caplette - Ela nos concedeu uma entrevista e falou sobre exercícios, carreira e muito mais! Confira abaixo.

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Entrevista e tradução livre por Carol Pasquali


(HHG) - Você começou a tocar bateria aos 9 anos. Como você começou? Emmanuelle Caplette (EC) - Eu comecei aos 9 anos com os “drumcorps” [ aqueles grupos de bateria que típicos dos EUA/ Canadá ]. Um velho amigo me chamou para um ensaio de um drumcorp. E eu fui! A primeira vez que eu bati em uma caixa eu soube imediatamente que eu queria viver de música. Mas o que me incentivou ainda mais foi quando eu ganhei minha primeira competição individual de caixa em 1994. Com o passar dos anos, eu me convenci de que música era o que eu queria fazer para a vida toda. Então eu toquei caixa por 8 anos em diferentes bandas [ drumpcorps ] de Québec. Os drumcorps são uma grande paixão e uma ótima escola para a vida. Eu comecei a tocar bateria quando eu tinnha 18 anos. HHG - Conte pra gente sobre seu kit Sonor Ascent. Ele foi criado especialmente pra você? Quais são as configurações dele? Qual madeira você escolheu? E quais peles você usa nela? EC - A Sonor contruiu uma bateria customizada pra mim. É uma séria Ascent de madeira Beech. Eu amo ela! Os tamanhos são: Bumbo: 16X16 Caixa: Pure Canadian 14X6 Caixa: 12X5 Tom: 10X8 Surdo 1: 13x10 Surdo 2: 14X11 E as peles são: Caixa batedeira: 12” and 14” : ST-DRY or HD DRY Coate Drumhead Caixa resposta: Hazy 300 Drumhead: S12H30 et S14H30 Bumbo: TT16G2 16″ EC2 Clear TT16RBG 16″ Resonant Black Toms batedeira: TT10EC2 10″ EC2 Clear Toms resposta: TT10ECR 10″ EC Resonant TT13EC2 13″ EC2 Clear TT14EC2 14″ EC2 Clear TT13ECR 13″ EC Resonant TT14ECR 14″ EC Resonant Foto: Divulgação

HHG - Que bateristas te inspiram a tocar? EC - Jeff Porcaro, Jojo Mayer, Manu Katche, Steve Smith, Vinnie Colaiuta, Steve Jordan, Carter Beauford. HHG - Como você acha que a internet ajuda novos artistas solo, como você, a desenvolver suas carreiras? EC - A internet ajuda muito novos artistas solos! Em 2013 você pode usar as redes sociais como seu ‘cartão de visitas’. Muito útil! Eu consegui muitos shows porque as pessoas me encontraram na internet.


HHG - A sua conta no YouTube foi criada em 2006. Porque você decidiu criar vídeos para a internet? Como você produziu os primeiros e como você os produz atualmente? Você grava e edita sozinha? EC - Eu criei minha conta no YouTube em 2006 porque eu queria ter uma maior exposição. Depois eu fiquei muito surpresa em ver meus vídeos terem tantas visualizações e comentários! Então eu fiquei muito motivada a criar mais vídeos e aí virou uma bola de neve. Eu imediatamente garanti a qualidade dos meus vídeos contratando amigos músicos e engenheiros de som. Hoje, o YouTube e o Facebook me ajudam muito a me promover e por eles consigo contatos e oportunidades pra tocar.

mente na estrada e, algumas vezes, eu não tenho acesso à minha bateria. Mas por agora, eu posso dizer que pratico de 2 a 3 horas por ensaio (quando eu realmente tenho tempo). Quando eu tenho tempo, faço isso de 3 a 4 vezes por semana. E pra MIM é suficiente. Se eu praticar mais que isso, eu não serei tão produtiva. É muito importante pra mim ver os amigos, família e praticar esportes! Isso me ajuda a ser mais criativa nos ensaios. Para praticar todos os dias, eu acho que o importante são os rudimentos. Isso é o que eu faço. Você só precisa de 20 minutos por dia. Só isso! Porquê rudimentos? Por quê você trabalha a sua fluidez, sua energia, sua resistência e a sua interpretação.

HHG - Que artistas e bandas você carHHG - Você tem uma rotina de estu- rega no seu mp3 player? dos? Quanto tempo você pratica por EC - Hmmmm… são tantos! John Mayer, dia? Quais exercícios você acha que The Police, Sting, P!nk, Beyonce, Muse, são os mais importantes a serem prat- Peter Gabriel, Selah Sue, Bill Burford, Daicados todos os dias? vid Bowie, Daft Punk… EC - Honestamente, é uma pergunta difícil. Depende, por quê quando eu estava na HHG - Fale um pouco sobre afinação. escola eu tinha tempo para praticar mais. Como você afina sua bateria? PerComo eu trabalho muito (gigs), é difícil cebi que a sua Sonor tem dimensões arranjar tempo porquê estou constante- pequenas, mas mesmo assim você

Foto: Divulgação


tem um som forte e bem afinado. Você muda a afinação de acordo com o estilo de música que você vai tocar? EC - Meu kit principal é o “Jungle Set”. Eu amo ele! Eu afino ele bem grave, como uma bateria de pop/rock. Eu uso peles Evans ( EC2 Clear nas batedeiras e EC Resonant na resposta). Com elas, eu achei o som perfeito pra minha Sonor. Muito fácil de afinar! Meu bumbo é de 16” x 16”. E soa maravilhoso. Tem muito sustain! [ “sustentação” ] É surpreendente! Tem um ótimo som porquê utiliza sistema suspenso. O bumbo não fica em contato direto com o chão. O fato de ser suspenso deixa o som mais encorpado! E eu vou ser honesta com você, eu não mudo a minha afinação. Eu uso a mesma afinação em uma gig rock e em uma gig de jazz. Porquê? Por quê é o meu som, minha marca, e as pessoas me reconhecem no som. HHG - Qual foi o evento de bateria mais emocionante que você já participou? Quem você conheceu nele? EC - Meu festival favorito foi quando eu toquei na Espanha, no La Rioja Drumming Festival. Foi em setembro de 2012. Foi uma experiência incrível pra mim! Thomas Lang, Mike Mangini, Benny Greb e Damien Schmith estavam lá. E o anfitrião do festival era o Dom Famularo. Tivemos um momento muito legal todos juntos! HHG - Já que você esteve tocando em diferentes lugares do mundo, você pode nos dizer como é a aceitação das mulheres na bateria mundo a fora? EC - Hoje eu acho que as pessoas estão mais abertas que antes para tocar com mulheres bateristas. O gênero é o menos importante, na minha opinião. Mas no meu caso, eu nunca realmente pensei sobre isso. Eu sempre quis tocar bateria e se as pessoas querem julgar, isso não é problema meu! ;-)

surpresa. É um projeto de uma banda de rock nos Estados Unidos. Eu ainda tenho alguns workshops de bateria esse semestre, na Holanda em setembro e na França em novembro. Isso é muito animador! E meus sonhos? Eu gostaria de fazer uma tour mundial, em estádios de futebol, com algum artista pop! E eu também gostaria de tocar em algum programa de tv diário. Tipo o do Jay Leno! Veremos! ;-) HHG - O que você diria para as garotas que querem começar a tocar bateria? EC - Primeiro de tudo: comecem a tocar bateria! ;-) E você verá se gosta ou não. Depois disso, eu posso dizer para serem perseverantes, acreditarem em seus sonhos. Tem alguns momentos na vida que parece que nada acontece. Esses são os momentos os quais você precisa de manter positiva. Nunca desista! Ter uma grande atitude é uma das mais importantes! Pratique com metrônomo o máximo que puder. Toque com outros músicos. Pratique diferentes estilos musicais. Ouça muita música. Pegue aula com diferentes professores. Se você quer tocar, não tenha medo de participar de jams. E frequente muitos shows! As pessoas me perguntam como eu consegui um tocar na tv ou uma tour. E é simples: eu fiz um dvd promocioal, fiz meu press kit (com biografia, currículo e fotos) e mandei isso pra todas as pessoas com as quais eu gostaria de trabalhar. E o mais importante: SEJA VOCÊ MESMA!

HHG - Muito obrigada pela entrevista! Chegamos ao fim. Alguma consideração final? EC - Um bom baterista tem que ter: uma HHG - O que você está planejando boa personalidade ( atitude ), mente para 2013 e o ano que vem? Você ainaberta, ser apaixonado pelo que faz, tem da tem algum sonho para realizar? que ter, obviamente, uma boa noção de EC - Eu tenho um novo projeto, mas eu tempo e rítmo, e tem que ter o seu próprio não posso te contar agora! É tipo uma som e estilo! 21


LETÍCIA SANTOS Por Julie Sousa

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Foto: Divulgação


Letícia Santos começou a tocar bateria aos 4 anos de idade. Uma fita da aula da Vera Figueiredo, lhe foi dada e isso foi fundamental para a sua evolução. Por causa do seu talento precoce, ingressou como bolsista na escola de bateria e percussão Maracatu Brasil, de propriedade de Guto Goffi (baterista do Barão Vermelho). Aos 5 anos foi matéria da revista Outra Coisa, do cantor e compositor Lobão. Em 2006, aos 6 anos, tocou na Expomusic com sua ex-banda Três e Meio e foi entrevistada por Jô Soares em seu programa. Essa entrevista no Jô, acarretou uma reportagem para a agência internacional de notícias Reuters e uma entrevista para o programa Super Tudo, na TV Educativa/RJ. Em 2007, aos 7 anos, participou do concurso Novos Talentos, no TV Xuxa, ganhando o 1° lugar. Em 2008, participou junto com a sua ex-banda DC5, do quadro De Olho Neles, do Domingão do Faustão. Em 2009, foi entrevistada para o G1, da globo.com, e para o Jornal da Tarde/SP. Em 2010, participou do programa Manhã Gazeta/TV Gazeta, com a apresentadora Ione Borges. Em 2011, ela fez uma participação especial no show da banda Dr. Silvana e Cia e ganhou dois ingressos da direção do Rock in Rio para assistir ao Red Hot Chili Peppers, fato que foi registrado pelo Jornal Hoje, da TV Globo. Inclusive ao participar da festa de encerramento de sua escola de bateria, em dezembro de 2011, estava presente ao evento o baixista americano Bruce Henri, que é um dos responsáveis por um dos palcos do Rock in Rio, que fez um convite para duas apresentações dela, na RockStreet. Ela vai tocar com uma Big Band junto com o baterista Renato Massa musicas dos Beatles. No momento, ela e sua banda Black Aces estão divulgando o 1° CD da banda. Letícia Santos é endorseer das seguintes marcas: Powerclick e Alê Bags (tinha também os pratos Octagon, mas, infelizmente, faliu). Ainda não se tem notícias no Brasil, de uma menina na idade dela, que seja baterista e que toque com a mesma qualidade que ela. Recebemos mensagens de alguns pais dizendo que compraram bateria para os seus filhos, incentivados pelos vídeos da Letícia no Youtube, assim como crianças e adolescentes que também começaram a estudar bateria por causa dela. Em 2013, ela foi escolhida, através de um concurso no facebook com mais de 3000 mil votos, para participar do Girls on Drums, em Curitiba, evento ocorrido em 29/05. No dia 07/06, à convite da baterista Vera Figueiredo, ela abriu Batuka Brasil/2013 em São Paulo, evento promovido anualmente pela Vera. Conversei essa baterista tão jovem que conheci pessoalmente no workshop da Vera Figueiredo na Escola de Bateristas Jorge Casagrande, aqui no Rio.

HHGM- Fale um pouco sobre o que te levou a tocar bateria e suas maiores influências Letícia Santos: O meu contato com a bateria aconteceu quando eu tinha 4 anos de idade, quando meu pai me presenteou com um par de baquetas após desfilar por uma escola de samba do Rio de Janeiro. Começou como uma brincadeira (batucando em bancos, chão, braço de sofá) e depois tornou-se uma coisa séria. A minha primeira influência na bateria foi Vera Figueiredo. Meu pai quando percebeu que eu levava jeito para tocar bateria, começou a procurar por vídeos aula e o primeiro que encontrou foi o da Vera. Depois disso, conheci outros grandes bateristas: Steve Smith, Buddy Guy, Dave Weckl, Neil Peart, e outros. 23


HHGM- Conta pra gente como foi a sua participação nos programas de TV e o que isso beneficiou a sua carreira Letícia: Os programas vieram através de convites feitos a mim por conta de indicações de outras pessoas que conheciam o meu trabalho. Claro, que os programas e as reportagens em jornais vieram a somar na minha carreira, a enriquecer o meu currículo e abriram caminhos para outros eventos semelhantes. HHGM- Como foi ter participado de eventos importantes de bateria como o Girls on Drums e o Batuka! Brasil? Letícia: Foi um grande prazer, foi uma experiência diferente para mim. Eu nunca tinha participado de um evento nesse estilo, em que Foto: Divulgação

eu mesma ficasse conduzindo a minha participação, colocando o playback e tocando. Esses eventos também somaram, enriqueceram a minha história como profissional de bateria,além de me dar oportunidade de conhecer outros bateristas (homens e mulheres) fantásticos. HHGM- Você tem alguns endorsements, certo? Fale pra gente como foi pra você ter recebido esse apoio Letícia: Esse apoio é muito importante, porque instrumento musical não é muito barato e, no caso do baterista, há necessidade, algumas vezes, de fazer reposição das peças mais desgastadas. Você sabendo que há empresas te apoiando, isso dá mais tranquilidade para trabalhar. Eu

procuro nos meus vídeos, sempre que posso, destacar os nomes dos meus parceiros e agradecê-los, porque parte do meu


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sucesso é devido a eles. HHGM- Você tem uma rotina de estudos de bateria? Compartilha com a gente! Letícia: tenho aula de bateria uma vez por semana, onde o professor sempre passa uma “lição” para casa. Tenho o ensaio com a minha banda Black Aces uma vez por semana também e quando tem show, são dois ensaios na semana. E se estou “tirando” uma nova música, a dedicação é maior, não existe uma regra fixa. Eu posso ficar uma hora no dia, meia hora, às vezes duas horas, tudo acontece de acordo com a disponibilidade. HHGM- Quais os seus futuros projetos profissionais e o que podemos esperar de novidade para 2013? Letícia: Meu projeto é trabalhar em prol da minha banda, divulgá-la, fazer com que fique mais conhecida no meio musical, porque obviamente assim os shows aparecem com mais intensidade e nós podemos passar o nosso recado, mostrar o nosso som, na expectativa de que a banda “aconteça” para o Brasil. Esse é o meu desejo. A minha carreira solo deve continuar paralelamente ao meu trabalho na banda Black Aces, sempre quando surge um convite do tipo do Girls on Drums ou o Batuka Brasil, eu faço questão de ir, é sempre um prazer. E as novidades para 2013 é minha participação no Rock in Rio, na Rock Street, to-

cando com uma big band clássicos dos Beatles. Ainda não tenho detalhes, estou aguardando para saber que músicas tocarei e em quais dias estarei lá.

que visitassem o site da banda Black Aces (www. blackaces.com.br) e dizer que estamos também no facebook, podem curtir a página à vontade. Também podem visitar o meu HHGM- Suas conside- perfil no facebook e deirações finais e recado xar um recadinho e podem para os que acompa- me procurar no youtube, nham seu trabalho ou porque tenho vários vídeos passaram a te conhecer lá. O último que foi postaagora. Fique à vontade! do, eu estou tocando uma E aproveitamos para música do Virgil Donati. Enagradecer pela entrevis- tão é isso. Quero deixar um ta! grande beijo para a galera Letícia - Gostaria de pedir da Hit Hat Girls Magazine. 25


BATUKA! BRASIL INTER Por: Lary Durante

De 07 a 09 de Junho aconteceu no Memorial da América Latina em São Paulo a 14º Edição do festival Batuka! Brasil dirigido e idealizado pela baterista Vera Figueiredo. Essa edição contou a apresentação de grandes bateristas nacionais e internacionais, exposições, seções de autógrafos, o sensacional concurso nacional de bateristas que esse ano teve seu diferencial com a presença feminina , e também uma homenagem ao compositor brasileiro Osvaldinho da Cuíca. O primeiro dia do evento começou a todo o vapor, com as performances dos bateristas Flauzilino Jr. de SP e a nossa querida Letícia Santos do RJ, que aos 13 anos esbanja talento, musicalidade, e simpatia. Em seguida tivemos as apresentações da final do concurso nacional de bateristas. Esta foi a primeira edição na historia do Batuka Brasil que o concurso contou com a participação delas, as mulheres bateristas. Se apresentaram três garotas sendo elas Ju Souc - MS que ficou em primeiro lugar, Mariana Sanchez - SP garantindo o segundo e Marina Sabino de apenas 05 anos no terceiro lugar.

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As performances femininas foram divididas em três etapas, primeira etapa foi uma musica escolhida pela baterista participante, segunda etapa contou com um solo, e a terceira a musica de confronto, que foi mais um diferencial dessa edição.


RNATIONAL DRUM FEST A musica de confronto foi escolhida pela Vera Figueiredo, foi uma musica que saiu em um dos seus trabalhos, o Vera Cruz Island - Brazilian Rhythms For Drumset que é um livro + dois CDs, que conta com uma aplicação de ritmos brasileiros na bateria. O ritmo escolhido foi o Chamamé, que é um gênero musical tradicional da província de Corrientes na Argentina, mas muito apreciado também nos estados brasileiros do Rio Grande do Sul, Paraná, e Mato Grosso do Sul. O que podemos dizer, é que a apresentação foram emocionantes, realmente um marco na historia do Batuka! Brasil. Conversamos um pouco com a Ju Souc, para saber como foi participar dessa edição do Batuka Brasil, como foi sua preparação, quando que ela começou a tocar bateria, quais são as expectativas, confira a baixo o nosso rápido bate papo.

Ju Souc HHGM- Você começou a tocar bateria com quantos anos? Seu pai era musico também, no que isso influenciou na sua escolha? Ju Souc - A influência da família veio de berço, iniciei meus estudos na música aos 7 anos com o piano. Aos 17 me formei no conservatório musical de Campo Grande. Bateria iniciei aos 16, e não parei mais HHGM - Você disse que vive de musica,sua paixão é musica, que não sabe fazer mais nada alem de musica, Atualmente você da aulas em alguma escola em Campo Grande? Ju Souc - Eu me acostumei e entendi melhor o que as pessoas ao meu redor diziam: “ Não somos nós que escolhemos a arte, ela que

escolhe você”. Sempre me dizem isso, que a música me escolheu. Eu realmente não tenho escolha, respeito o processo natural das coisas sem forçar a barra, e faço o que gosto. Dei aulas de música em projetos daqui, foi um aprendizado. Hoje mais estudo do que ensino HHGM - Em sua apresentação você mostrou uma qualidade musical, técnica, criatividade, talento e total domínio do instrumento que fizeram muita diferença, como foi seu processo de aprendizado? Ju Souc - Eu aprendi a segurar as baquetas e conheci alguns grooves, tive mais ou menos uns 3 meses de aula. Logo parei, mas já integrava bandas da cidade, e tocava em eventos. To-

quei vários estilos, quase 10 anos nesse processo, rs. Então aprendi bastante na noite musical daqui aprendi com muitos músicos, de todos os estilos e gerações. HHGM - Você disse que se apresenta em barzinho com uma banda, a banda é composta só por garotas? Qual é o nome e o gênero da banda? Ju Souc - Hoje estou no projeto Jerry Espíndola & Pétalas de pixe, 2 anos de banda, participamos de festivais (Bonito e Corumbá ambos daqui do estado de Mato Grosso do Sul) gênero pop, polca rock entre outros. é uma mistura na verdade, rs Na banda tem 4 garotas e o Jerry (cantor e compositor, irmão da Tetê Espíndola). Das 4 garotas, uma tecladista, uma baixista, uma 27


guitarrista e eu na batera. Jane - Baixo / Fabrízia Souza - Teclado controlador / Michelle Meza - Guitarra / Ju SouC - Batera e Jerry Espíndola - Violão e voz.

da concha, Cena Som, entre outros eventos que possibilitam artistas regionais a se apresentarem. Além das casas de shows e eventos particulares, também podemHHGM -Como são os es- os contar programas que paços para musica no mostram nosso trabalho MS? pra galera conhecer e curtir. Ju Souc- Temos vários projetos. MS canta Brasil, Som HHGM - Como surgiu a

ideia de participar do Batuka Brasil, e como foi sua preparação? Ju Souc - Recebi um email porque eu sou cadastrada no site, recebo notícias. Achei uma grande oportunidade e desafio, adorei participar ! Me preparei estudando em estúdio, mas recomendo ouvir muita música, de vários estilos ! Isso ajuda muito. Gostaria que mais garotas participassem nas próximas edições.


Dando continuidade ao evento tivermos as performances dos garotos, que também foi sensacional, foram divididas também em três etapas iguais as das garotas, o único diferencial foi o ritmo da musica de confronto, que foi o frevo, uma musica do compositor Nino Pernambuquinho da Spok Frevo. Participaram da final do concurso os bateristas, Rogério Pitomba do Rio- RN, que ficou em primeiro lugar, Robson PontesRJ em segundo, Lucas Sangalli- PR, e terceiro, e Fabio Marrone - SP em quarto. Após o concurso contamos com a performance do baterista Gabriel Guilherme, e o workshow com o baterista americano Johnny Rabb, encerrando em grande estilo o primeiro dia do festival. No segundo dia abrindo as apresentações, contamos com performance do baterista Mike Maeda, que agitou a plateia com suas variações rítmicas, e pegadas eletrônicas marcantes. Em seguida tivemos um workshow com o autentico e divertidíssimo baterista canadense Stephane Chamberland, que contou um pouco da sua historia e trajetória musical,falou sobre suas publicações como educador, sorteou alguns de seus livros,e tirou algumas dúvidas do público presente, e claro fez sua performance bateristica. E então chegou o momento esperado por todos, o show da ilustre Vera Figueiredo que iniciou sua apresentação com um incrível solo de bateria, fez um play along e na sequencia chamou seus convidados, a baixista Gê Cortes que também a acompanha na banda Altas Horas, o pianista Marcos Romera e Chico Oliveira no trompete. Foi um espetáculo lindo, repleto de musicalidade, momentos emocionantes, realmente uma apresentação muito marcante.

E para finalizar as apresentações do segundo dia do Batuka Brasil, tivemos workshow com o baterista americano John Blackwell. Ultima dia de Batuka Brasil começou com a performance do baterista Junior Vargas, que fez uma linda apresentação. Com um certo mistério no ar, partimos para a segunda apresentação, não sabíamos o que nos esperava, eis que surge no palco Osvaldinho da Cuíca, que esbanjou simpatia, talento e criatividade, contagiou a todos com sua alegria e simplicidade! Sua apresentação teve dança,uma performance com seu primeiro instrumento (a caixa de engraxate), e uma espécie de frigideira que atraiu os olhos curiosos da plateia e levou todos ao delírio absoluto, e claro não podia faltar a cuíca, garantindo assim muitos sorrisos. A apresentação do homenageado da noite foi simplesmente emocionante! Um espetáculo incrível! Depois apresentou-se Pithy Cajonero, contanto um pouco da história do cajón, e dos diversos tipos de som de dele pode se tirar. Na sequencia rolou um workshow com o baterista americano Will Calhoun. E finalizando em alto estilo teve a apresentação Caito Marcondes Trio, que foi simplesmente incrível e contagiante. Resumindo esses três dias de Batuka Brasil, pode se dizer que foi um show de Talento, Emoção, Aprendizado, e alta Musicalidade, foi um evento bem receptivo, abrangente , inovador, com uma energia muito positiva, muito boa, foi um evento feito com muito amor e carinho de baterista para baterista!

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PAULA PADOVANI

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Foto: Marcelo Fenolio


Paula Padovani nasceu em 1978, na cidade de São Paulo-SP, porém cresceu em Uberlândia-MG, onde deu seus primeiros passos no mundo da música. Quando ainda era criança, foi estudar no Conservatório Pavan Caparelli. Aos 11 anos de idade, já fazia viagens com os músicos de sua igreja. Também já sabia tocar violão. Em 2001, participou de um CD da igreja local, gravando uma de suas composições, cantando e tocando bateria. Paula Padovani já tocou com grandes nomes da música gospel, como Fernandinho, Ricardo Robortela, Adhemar de Campos, Asaph Borba, Aline Barros e Baby do Brasil. Em 2009 voltou para São Paulo-SP, a convite da banda Ministério Guerreiros Adoradores e em 2011 entrou pra banda de reggae Marauê. Apresentou-se no Girls on Drums 3, em 2012, na cidade de Curitiba e ajudou a organizar o evento em São Paulo, no mesmo ano. Atualmente toca nas bandas Marauê e Radiônica. É com muita honra, que apresentamos nossa entrevista com ela. Muito obrigada, Paula!

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Foto: Aline Juliet

HHG- Paula, você começou a estudar música desde criança. Queremos saber mais sobre os seus primeiros passos, você começou com a bateria? Tudo começou numa roda de Samba, onde meu pai tocava surdo. Quando ele percebeu que eu tinha ritmo, fez um chocalho com uma latinha de cerveja e arroz e me ensinou. Quando vi uma bateria pela primeira vez, eu tinha 4 anos e logo me aproximei querendo tocar. Lógico que ganhei uma baqueta quebrada do baterista, mas tinha que sentar na bateria e batucar um pouco. Foi o que fiz! rss... Meus pais perceberam que eu tinha talento e logo comecei a fazer aula particular com um baterista na minha cidade. HHG- Você que tem uma longa história dentro do mundo gospel, qual é a sua opinião sobre o papel da música na religião? Toquei com grandes artistas do meio gospel, aprendi muito. A música tem um poder muito grande de elevar seu espirito a se conectar com Deus. Assim também a música te deixa livre para dançar, sorrir, chorar e até cozinhar melhor, rsrsss.... Por isso, amo e escolho muito bem o que ouço!!

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HHG- Conte-nos sobre a sua mudança para São Paulo. Quais foram as dificul-

dades que você passou para se adaptar à Selva de Pedra? Bom, meu primeiro sentimento foi o medo, pela grandeza que essa terra tem. Eu nasci em São Paulo, porém, fui criada em Uberlândia, mas eu tinha que voltar pra cá, para aprender e crescer. Passei por várias situações engraçadas e dolorosas aqui. Senti muitas necessidades e passei um tempo me alimentando mal. Senti vontade de voltar para casa, mas minha mãe me incentivou a acreditar em mim e isso fez toda a diferença. Valeu mamy! Te amo hoje mais que ontem e assim será pra sempre!! HHG- Sabemos que são muitas coisas incríveis que nos acontecem nesse mundo da música. Mas se fosse para citar um momento especial da sua jornada, qual é o primeiro que lhe vem à mente?


Quando toquei no Carnaval de 2012 em Salvador com a Banda Marauê, totalmente incrível e inesquecível. HHG- A bateria é sua única fonte de renda hoje? Quais são os trabalhos que você tem como baterista? Sim, hoje vivo 100% de música. Dou aula, gravo com um amigo que tem estúdio e toco com a banda Marauê e a Banda Radiônica de São Bernardo. Hoje estou ousando montar um projeto de duo de batera com uma baterista que admiro muito que é a Nina Pará. HHG- Qual é a sua rotina de estudos? Estou sempre me adaptando aos meus horários vagos e procuro sempre estudar o que sinto dificuldades no momento, sempre com o metrônomo ligado. HHG- Antes do Marauê, você já era familiarizada ao estilo reggae? Interessante que nem curtia muito o estilo reggae, apesar de ter estudado as músicas dos Paralamas na adolescência. Tive sim uma leve dificuldade para me inteirar no estilo, mas nada como ter um bom amigo baixista (Alan de Oliveira MARAUÊ) para dar uma mãozinha.

HHG- Como você percebe, desde o começo de sua carreira, a evolução da presença das mulheres no mundo baterístico? Lembro que quando comecei não havia muitas referências femininas na bateria além da Vera Figueiredo. Há uns 15 anos, percebi o preconceito caindo e o interesse feminino crescendo pela bateria. Hoje temos vários festivais nos promovendo, assim como essa revista que nos privilegia e agradeço grandemente pela oportunidade de poder contar um pouco da minha história. HHG- Como foi ter participado das duas edições do Girls on Drums de 2012? Uma oportunidade incrível que o meu querido amigo Joel Jr me deu e que foi um divisor de águas. Muitas portas se abriram após esse festival. HHG- Quais seus planos para o futuro? Levar meus projetos para fora do Brasil. HHG- Agora deixe o seu recado para as garotas e os garotos que pretendem ser bateristas profissionais! Levem a sério e estudem sempre com um bom metrônomo no ouvido e boa sorte!

Foto: Divulgação

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Roberta Kelly

Foto: Divulgação


Por Lary Durante Nascida em 1983 na cidade de São Paulo, Roberta Kelly desde pequena dava indícios de que futuramente sua vida seria regada a musica, pois já se encantava ao som de instrumentos de percussão que escutava na religião de sua mãe. Teve seu primeiro contato com a percussão aos 16 anos quando começou a trabalhar na loja de instrumentos musicais Batukadas 1000, que é especialista em instrumentos de percussão, lá conheceu muitos músicos dos quais lhe adicionaram muito em conhecimento e informação musical. Estudou teoria musical na Ordem de Músicos do Brasil, e percussão no Emesp. “Eu toco usando o coração e não a cabeça ,adoro ouvir a musica e acompanhala, tudo flui sem precisar de contagem e metrônomo , o coração e a vibração do corpo libera o tempo certo e execução fica perfeita” - Diz Roberta Atualmente ela acompanha a banda Cândido Lima & Dedos de Moça e a cantora Joana Flor e também trabalha na loja de instrumentos musicais Casa dos Bateristas que fica na rua mais procurada pelos músicos de SP e do Brasil todo a Rua Teodoro Sampaio. Em Maio desse ano Roberta Kelly participou da 4º Edição do evento voltado para bateristas mulheres que rolou no Teatro Paiol em Curitiba, o Girls on Drums. Em entrevista a Hi Hat Girls Magazine ela nos conta um pouco como foi participar do evento e também fala sobre a sua carreira e projetos futuros, vamos conferir?!


HHG- Quando rolou seu primeiro contato com a percussão , e como foi? Você se identificou de imediato? Meu primeiro contato com a percussão foi aos 16 anos quando comecei a trabalhar em uma loja de Bateria e Percussão em São Paulo (Batucadas 1000), como era uma loja especializada em Percussão logo me encantei com a quantidade de instrumentos de diferente nacionalidades, ritmos, timbres e culturas, me apaixonei logo nos primeiros dias de trabalho, então comecei a estudar percussão. HHG- Quais foram as principais dificuldades no começo da sua carreira? Você teve o apoio de familiares, e amigos desde o inicio, ou foi algo adquirido com o tempo? Posso dizer que fui privilegiada pois meu local de trabalho era um ótimo lugar para fazer contato com outros músicos não demorou muito a começar a tocar com a minha primeira banda. Eu tive o apoio da família e amigos e quando completei 17 anos ganhei um Bongô, foi uma surpresa feita por meus familiares e amigos do trabalho. Também ganhei um Pandeiro de um Primo também percussionista Marcio Sumô que foi uma das pessoas que me incentivou a tocar. inclusive esse pandeiro é o meu predileto me acompanha em vários trabalhos até hoje.

Tocar com mais segurança, adiquiri responsabilidade durante os ensaios e apresentações nessa transição tempo tive oportunidade de trabalhar com diversos grupos e músicos de estilos e linguagens diferentes que só me enriqueceu muito mais musicalmente.

HHG- Você se profissionalizou em HHG- Com uma ampla experiência 2008, o que mudou na sua vida des- musical, você já tocou com diversos artistas passando por inúmeros de então? gêneros musicais, desde o ritmos brasileiros até o jazz, há algum ritmo de sua preferência? Eu costumo dizer que sou muito eclética amo a musica brasileira samba, bossa e também adoro Jazz ,Groove ,musica Latina ,world music.

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HHG- Alguma vez você sofreu algum tipo de preconceito por ser percussionista? Como é a recepção do seu público? Já sofri mas isso é uma coisa que cos-


fui chamada a tocar percussão no Banda Dedos de Moça que ainda não tinha encontrado uma Baterista, então nós ensaios eu tocava bateria até encontrarmos uma, depois de muitos ensaios chegamos a conclusão que eu já conhecia todas as musicas e não precisava de baterista e sim de uma percussionista para ficar no meu lugar. Depois eu me apaixonei e comecei a estudar bateria também ,hoje acompanha uma cantora também tocando bateria . HHG- Você tem alguma musicista, percussionista que te sirva de inspiração? Sim total inspiração por Sheila Escovedo Baterista e Percussionista,tenho o sonho de assistir um show dela um dia .

tuma acontecer quando as pessoas querem fazer julgamento do próximo sem ao menos te ouvir tocar. Mas ultimamente tenho conseguido lhe dar com isso normalmente. O publico tem gostado bastante e hoje consigo ver o quanto o meu trabalho incentiva as pessoas a ter uma relação mais natural com a musica, percebo isso em cada apresentação que faço. HHG- Atualmente você toca bateria com Cândido Lima & Dedos de Moça e percussão com a banda de Joana Flor certo? Em suas apresentações alguma vez rolou algo inusitado que te marcou? Posso dizer que estar tocando Bateria e um inusitado nesse momento .No período que estudava percussão tive algumas aulas com um amigo do trabalho mas sempre fui curiosa ouvia alguns ritmos e tentava tocar na bateria eu dizia que estava brincando.E tudo aconteceu quando

HHG- Você participou da quarta edição do Girls on Drums que rolou em Maio do Teatro Paiol em Curitiba, conte pra nós como foi essa nova experiência para você? O que você mais gostou? Foi Maravilhoso tive o prazer de conhecer uma galerinha que vai Brilhar muito ainda ,realmente estamos sendo mui-

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Foto: Divulgação

to bem representadas por essas meninas que participaram do evento ,tiver a oportunidade também de conhecer uma Baterista Gaúcha super experiente que é a Biba Meira que está nos representando em grande estilo desde 1984. O Girls On Drums foi uma expericencia ótima sinto que estar ali foi uma forma de mostrar que nós mulheres somos capazes de fazer um evento desse ser um sucesso

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com a qualidade musical,com ótima execução, dinâmica ,técnica acima de tudo ser profissional e não ter que perder a feminilidade para isso . HHG- Você tem alguns projetos e trabalhos futuros que gostaria de divulgar? no momento estou em processo de criação e gravação do novo trabalho do compositor levi estevão ,acompanhando também a cantora Carica Joana Flor . HHG- Qual o recado que você daria a garotas que pretendem ingressar no mundo musical como percussionista ou baterista? Se você começou a tocar agora ouça muita musica, de diferente estilos ,você que curti um determinado gênero musical procure ouvir aquilo que nunca teve interesse ali também pode ter uma essência que vai te enriquecer musicalmente , a musicalidade está ao redor encontra-lá só depende de você .E se sofrer algum tipo de preconceito mostre o que


é capaz de fazer sem medo porque ali Gostaria de agradecer a revista Hi Hat está a sua verdade é essa ninguém pode Girls pela bela iniciativa, assim como protirar de você. jeto Girls on drums ambos conseguem mostrar como existem muitos profissionHHG_ Gostaríamos de agradecer a ais batalhando a muito tempo na musica sua disponibilidade em nos fornecer e iniciativas como essas tem ajudado a essa entrevista, parabenizá-la pelo dar reconhecimento a esses trabalhos seu belo trabalho como Parabens Hi Hat Girls trabalho maravipercussionista, e te desejar sucesso lho com as nossas mulheres da Bateria e sempre na sua Percussão no Brasil. trajetória musical. E para finalizar, suas considerações finais, agradecimentos, e etc... Esse espaço é seu:

Foto: Divulgação

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Girls on Drums 4 E não é que o maior festival de mulheres bateristas e percussionistas da América conseguiu surpreender novamente? Em sua quarta edição, o festival Girls On Drums, que aconteceu dia 29 de maio em Curitiba, mostrou que o talento das mulheres à frente dos tambores não tem fronteiras. Pela primeira vez o evento contou com uma atração internacional, que não deixou dúvidas quanto à excelência rítmica argentina. Assim, só me resta contar a todos como foi esta noite de surpresas.

Logo na entrada do evento, que aconteceu mais uma vez no Teatro Paiol, o público pôde apreciar diversos stands de alguns dos patrocinadores, como o da Roland – marca de baterias eletrônicas – que apoia o evento deste a primeira edição. Mais tarde, todos em seus lugares, a noite começa. Ninna Valentine, apresentadora desta edição, chama então ao palco a primeira Girl: Roberta Kelly, que abriu a noite com um contagiante solo de pandeiro. Ela que foi a única percussionista desta edição. Utilizou, além do pandeiro, instrumentos como congas e agogô para tocar

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diversos ritmos, dentre eles o maracatu. E encantou a todos com seu talento e beleza oriental. A segunda Girl a se apresentar foi a também paulistana Camila Teixeira, que recentemente entrou para o casting de artistas da Roland. Ela, que além de tocar em projetos solo é baterista da banda New Girls, não deixou dúvidas quanto a sua desenvoltura. Em uma bateria TD15KV, brilhou ao tocar trilhas baseadas em ritmos funk e pop, com direito ao um pot-pourri da musica Black or White, de Michael Jackson.


Tão estimada, a terceira atração foi a baterista carioca Letícia Santos. Com apenas 13 anos de idade, a garota já interpreta clássicos como Tom Sawyer, do Rush. Além de demonstrar facilidade em executar levadas de peso incluindo o uso pedal duplo, ela, que gentilmente utilizou a camisa da Hi-hat, deixou claro que está trilhando um ótimo caminho. E já que esta edição do G.O.D. foi domi-

Em seguida, representando Curitiba, quem se apresentou foi a Baby Age. Com uma pegada mais alternativa, mostrou composições rítmicas limpas e firmes ao tocar musicas como Esquece e Hey hey de sua banda, a Uh la lá.

nada pelo talento paulistano, quem deu sequência ao evento foi a Lari Constantine, que iniciou muito bem sua apresentação tocando uma trilha da Constantine, sua banda autoral composta somente por mulheres. Lari deixou claro que seu negocio é o rock’n roll, e também tocou trilhas cover, que incluiram a interpretação da musica Cowboys from Hell do Pantera. E é lógico que com tamanho talento munido de muita simpatia, ela foi deveras aplaudida pelo publico. 41


Misturando síncopes, acentos e muito uso dos tambores graves, a gaúcha Biba Meira honrosamente dominou o palco do evento trazendo à tona toda a peculiaridade dos ritmos tocados por sua banda, a Defalla, desde meados dos anos 1980. Inconfundível, mostrou o porquê é reconhecida como uma das principais bateristas brasileiras.

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Após todo esse misto de estilos e repertorio cultural, é a vez de matar a curiosidade do publico. Finalizando as apresentações, quem assumiu as baquetas foi Silvana Colagiovanni, diretamente da Argentina. Foi o tempo de ela sentar e começar seu solo para que todos ficassem maravilhados com tamanha desenvoltura. Ela tocou hiphop, funk, blues e ainda um misto rápido de clássicos do rock como: Led Zeppelin, Nirvana, Pantera e até Sepultura. Tudo isso com técnica e muita pegada, mas também com feeling e carisma marcantes.

Sua apresentação foi mais do que suficiente para ela ser aplaudida de pé por todos que estavam na plateia. E o final do evento não poderia ter sido melhor: gostinho de quero mais! Por Lucy Peart Fotos por Graciele Modesto

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Giordana Moreira Medeiros Giordana Moreira, 33 anos, atua há dez anos como Ativista e Produtora Cultural na cultura alternativa. No movimento cultural Hip-Hop, na cultura do skate e na cena rock and roll Giordana é, acima de tudo, uma ativista na cultura urbana. Nesta vertente majoritariamente masculina, tornou-se naturalmente feminista e o recorte de gênero está constantemente presente em seus projetos e ações. Nascida e criada em Rosa dos Ventos, Nova Iguaçu, trabalhou em diversas casas de espetáculos e produtoras da capital, Rio de Janeiro, mas sempre atuou como uma pensadora e fazedora da cultura urbana na Baixada Fluminense. Atualmente na Terreiro de Ideias: Arte, Comunicação e Cultura, como Gerente de projetos, entre os principais projetos realizados estão: Baixada na Pista – 2003 a 2006 – Primeira Mostra de Cultura Hip Hop da Baixada Fluminense; Grafiteiras pela Lei Maria da Penha – 2008 a 2010 - Capacitação de Grafiteiras Promotoras Populares da Lei Maria da Penha, patrocinado pela FASE – Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional; Minas do Graffiti, primeira coletânea de grafiteiras fluminenses, Espaço do Rock – Festival de Música Independente da Baixada Fluminense e Festival Roque Pense! primeiro Festival de cultura antissexista da Baixada Fluminense, neste ano apresentado pela Petrobras. Participou de projetos de intercambio cultural em: CBB Intercambio Brasil, Alemanha e Uruguay, com Encontros na Alemanha de 2006 a 2008, realizado pela Casa Bertold Brech, Fundação Rosa Luxemburgo e FASE, e também do projeto Direitos Derechos – Intercambio com países do Mercosul, com Encontro na Argentina em 2008. Foi condecorada como Membro honorário da cultura urbana pela LUB – Liga Urbana de Basquete, em 2010, e faz parte da Frente Nacional de Mulheres do Hip Hop.


E U Q O R


! E S N E P E Foto: Divulgação


ebrando os 5 anos da sansão da Lei Maria da Penha, e logo depois no dia 25 de novembro, Dia da eliminação da violência domestica. Reuníamos cerca de 600 pessoas por show. Mas eu sentia que faltava um espaço para o debate, então produzimos a Roque Pense! Radio Web, com entrevistas, musica e notícias. E logo veio o Festival, onde podemos receber mais bandas, com uma estrutura maior e podemos dar grande publicidade ao trabalho delas. Até HHG- O que é e como surgiu a ideia de então o Roque Pense! era um projeto, mas criar o Roque Pense? com tanta movimentação e colaboradores, O Roque Pense! é um coletivo de Cultu- reunimos os que estavam mais presentes ra Antissexista. Eu fazia uma campanha e afim e ele se transformou em coletivo. chamada “Arte PENSe – Graffiti por uma educação não sexista” pelo grupo de graffiti Artefeito, em 2010. PENSe é a abreviatura de Por uma Educação Não Sexista. O primeiro a aderir á causa foi o fanzineiro Paulo Vítor, que publicava o Zine Let’s Go. Ele sugeriu criarmos o zine Let’s Pense!, onde eu escreveria sobre educação não sexista e ele faria as artes. A vontade de compartilhar essa ideia nos fez realizar oficinas de fanzines com debates sobre gênero em vários lugares. Então celebramos Março de 2011 com oficinas e um show de rock com a banda Cretina, que tinha uma mulher Com o tempo as mulheres foram mais aticomo integrante. Como o rock é algo mui- vas, escrevendo e executando projetos, os to pulsante na Baixada logo surgiu a ideia homens na criatividade e na operacionalido Roque Pense! shows de rock de bandas zação, então assumimos ser um coletivo com mulheres. Ocupamos o espaço mais dirigido pelas mulheres com a colaboração querido da Baixada, a histórica Praça do dos homens! E a criação de tod@s, por Skate, com o Circuito Roque Pense! cel- que é mais divertido. Foto: Divulgação

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HHG- Principais objetivos, metas alcançadas até o momento. Promover uma cultura antissexista, cultura digo na área da produção cultural, artística, no comportamento, na sociedade, na linguagem, na estética, sem discriminação pelo sexo. E isso através do que amamos fazer: o rock, a comunicação e a cultura urbana. Criar espaço para as garotas tocarem rock e trocarem ideias, promoverem seu trabalho, aprimorarem suas técnicas, mas tudo consciente de que o mundo é sexista e que devemos transformar isso. Outra questão importante para nós é a cultura urbana na Baixada Fluminense, que é uma região metropolitana do Rio de Janeiro estigmatizada pela violência e a pre-


Foto: Divulgação

cariedade. Fazer cultura aqui é um desafio, e nosso objetivo é contribuir para o reconhecimento e o desenvolvimento do rock da região, sua história e seus personagens, tudo isso protagonizado pelas mulheres. Já compartilhamos nossa experiência no projeto Mafia do Baton, em Pernambuco e no Festival Mulheres no Volante, em Brasília, além de publicações e oficinas no Rio de Janeiro. Temos colocado as mulheres e a Baixada Fluminense na rota cultural do país, afinal as seleções em editais públicos são uma forma de reconhecimento do trabalho e da importância da iniciativa para a sociedade. Neste ano fomos o único festival de música do Estado do Rio de Janeiro a ser selecionado pelo programa Petrobras Cultural, isso é bom para as rockers e para a Baixada Fluminense. Se somos capazes de fazer grandes noites com uma bateria emprestada no chão é por que somos bons no que fazemos, portanto merecemos fazer com a estrutura que todo profissional precisa. Mas o mais bacana de tudo é quando as meninas formam novas bandas só para tocar no Roque Pense!, agradecem por irem a um festival na cidade delas, ou que tem sempre uma mulher no palco. É

incrível quando acontece de se proporem a ajudar de alguma forma e daí encontram um talento ou um reconhecimento que nunca tiveram ou, depois de um debate, falam que se descobriram pensadoras antissexistas, isso é o principal. HHG- Qual a contribuição do Roque Pense ou qual a importância de movimentos como o Roque Pense, na sua opinião? O Roque Pense! aglutina um público que não foi ensinado o que são os movimentos por direitos civis e o feminismo. Mas através de linguagens próprias descobre as violações no dia a dia, e seu papel de sujeito de direitos.Acho isso fundamental para a continuação da luta antissexista, afinal herdamos as conquistas e devemos avançar mais. Para o movimento cultural local também acho um avanço, temos que nos empoderar dos mecanismos de participação social, e a Baixada com seu rock vem se destacando, isso gera respeito á arte e aos artistas e produtores. HHG- Porque a escolha da música, 49


heres no rock. Tínhamos a ideia da Rádio e o Marcio Bertoni do Buraco Cavernoso produziu um programa de TV web em formato de rádio, e o Paulo Igor, da banda Cretina nos ajudava com a produção técnica. A Letícia Lopes, uma rocker legítima da região, a Dani Francisco e a Karla Oldane, produtoras culturais de peso e a Nathalie Ribeiro, que é assistente social assumiram a produção. Para fazer um rock nervoso ou para se contrapor á discriminação a galera chegou junto. São as tais das redes colaborativas, que é tradição na Baixada há décadas, tudo por que todo mundo ama o rock e nós mostramos que as mulheres sabem fazer isso muito bem, então era só ligar os amplis!

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principalmente o Rock para falar de sexismo? A Baixada é rock! Há uma história particular da região com o rock and roll, muitas bandas e público. Aqui os shows são quentes, a galera dança, aplaude, ama! A gente que se divertir mas também quer interferir na cena, e o rock é mundialmente uma expressão contestadora,então elas e eles podem contestar o sexismo! E para isso nós HHG- Além do RP, quais outros prosaímos da platéia pro palco e para o back- jetos você desenvolve ou está de alstage. guma forma envolvida? Hoje sou Gerente de projetos da Terreiro HHG- Como se deu a escolha da equipe de Ideias, uma produtora cultural que dede vocês? Quantos são e o que os senvolve cultura de forma muito especial atraiu para estarem nessa com você? Como de costume muitas pessoas e grupos colaram para ajudar, desde o primeiro show, emprestando equipamentos, carregando caixas e sacos de gelo e dando ideias. O Paulo Vítor faz as artes visuais, o Felipe Samura propôs discotecar um repertório só de bandas com mulheres, o VJ Paulo China fez uma projeção de imagens históricas das mul-


ria, um instrumento considerado por muitos como “masculino”. Dê o seu recado para as meninas que nos leem agora, que querem tocar ou estão fazendo aulas de batera. Fazer algo considerado masculino é um desafio. Mas o legal é que quando temos consciência de que o mundo é sexista e existem meios de transformá-lo, encontramos muitas outras pessoas que também acreditam nisso e que podem nos apoiar. E se você ama o que faz é se jogar, enHHG- A Hi Hat Girls é uma revista sobre saiar muito, contar com os outros e apoiar mulheres. Mulheres que tocam bate- quem chega. na região. O Let´s Pense! é um projeto de comunicação urbana, dou oficinas de fanzine e educação não sexista junto com o Paulo Vítor. Sou do movimento Hip-Hop há muitos anos e colaboro como comunicadora, mas estou especialmente envolvida com o graffiti e as grafiteiras, realizando intervenções.A questão de gênero é sempre pauta das minhas atividades, mas também pesquiso livremente sobre cultura alternativa na Baixada Fluminense.

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AMANDA AVEV

QUER SAIR AQUI?

MANDE SUA FOTO BATUQUE N

SILMARA ELIZA

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PATRÍCIA VALLEJO


PARA HI HAT MICHELE DIAZ NA COZINHA

PAULA RICELLI TEIXEIRA

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Rika Barcellos Rika Barcellos , 28 anos , natural de Bagé teve o primeirocontato com a bateria aos 3 anos de idade em um ensaio de seu pai. Aos 14 anos já formou sua primeira banda chamada Phosphurus (Rock). Ainda em Bagé -RS, tocou em algumascidades do RS e gravou alguns Eps onde as músicas tocaramnas rádios locais e em rádios importantes como PopRock, Atlântida entre outras...Noinicio dos anos 2000 com a banda Phosphurus, iniciou a carreira em Porto Alegre. Logo em seguida, Rika foiconvidada para participar da banda Fift (Ska, Bossa, Jazz) onde ganhou o primeiro lugar no Festival Kawai (Porto Alegre – RS 2004). Rika tocou 7 anos com o grupo feminino As BahGualadas onde lançou o cd “Vanera Pop Club” pela Fogo Discos (SC), e mais dois cds lançados independentes. Com a mesma banda, participou do Planeta Atlântida 2007, tocando no Palco Gaudério Pop, onde foi recorde de público. Já participou de programas em emissoras conceituadas, como MTV, RBS, Record entre outras..e mídias impressas importantes, como capa do caderno Donna da Zero Hora. Com a banda As Bahgualadas, levou a música regional com pitadas de rock’n’roll para estados como Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Roraima, Brasília... e países como Argentina e Uruguai. Por isso em 2012, juntamente com a mesma banda, foi homenageada pela OMB – Ordem dos Músicos do Brasil. Com a banda Café com Whisky, em sua primeira aparição em publico e com apenas dois ensaios, a banda levantou a taça de primeiro lugar no Festival de Música da Univates 2012, na cidade de Lajeado – RS. Rika Barcellos, com mais de 800 shows na bagagem, trabalha com diversos artistas e gêneros; da Salsa ao Country, e além disso, ainda assina a cozinha das bandas NostresdamuS - Um power trio, que trabalha com releituras de músicas dos anos 90’s e dance music em rock ‘n roll da pesada; e a Bastarda Poesia - um Rock protesto com letras poéticas e politizadas, onde Rika consegue colocar uma das suas maiores influencias como Radiohead. Rika Barcellos atua no cenário como Freelancer para diversos gêneros musicais, tanto para show quanto gravações e também dá aulas particulares.

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Ritmos Sul americanos - Parte 1 Buenas? Resolvi escrever essa coluna sobre os ritmos sul americanos, pois bateu uma curiosidade danada em saber sobre a origem de um ritmo e de onde vêm (coisa de baterista nerd). Enfim, pesquisei algumas coisas dos nossos hermanos argentinos, que já teria muita coisa interessante, mas mesmo assim, vi que era muito pouco, e eu estava com um problema com a escassez de informação, então pensei, “tá aí uma boa hora de pesquisar e trazer esse material inédito para a Hi-Hat”. Os ritmos que verão aqui, não são os ritmos casuais, e sim os folclóricos, os que demonstram a raça por onde escorre o suor dos tambores de cada país. Explico um pouco sobre cada ritmo e depois as partituras para vocês se deliciarem. “A batucada tá na mão”. Nessa primeira parte dos ritmos sul americanos, falaremos sobre os seguintes 6 países: Brasil, Paraguai, Argentina, Colombia, Peru e Guiana Inglêsa.

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Brasil - Samba As raízes do samba foram fincadas em solo brasileiro na época do Brasil Colonial, com a chegada da mão-de-obra escrava em nosso país.O termo samba é de origem africana e tem seu significado ligado às danças típicas tribais do continente. Já o samba de roda, nascido no Recôncavo Baiano e levado na segunda metade do século XIX, para a cidade do Rio de Janeiro, pelos negros da Africa, e se instalaram na capital do Império. O Samba de roda, no ano de 2005 se tornou Patrimonio da humanidade da Unesco, foi uma das bases para o samba carioca.

Paraguai: Guarânia No Paraguai é notável a guarânia, estilo folclórico de música criada no Paraguai pelo músico José Asunción Flores, em 1925 com o propósito de expressar o caráter do povo paraguaio. Esse estilo tem muita influência da música brasileira, principalmente os músicos brasileiros do Centro-Oeste, o maior alvo foi a música sertaneja brasileira.

Argentina - Tango O Tango nasceu no fim do século XIX, derivado das misturas entre as formas musicais dos imigrantes italianos e espanhóis, dos crioulos descendentes de conquistadores espanhóis que já habitavam os pampas e de um tipo de batuque dos negros chamado “Candombe”. Há indícios de influência da “Habanera” cubana e do “Tango Andaluz”. O Tango nasceu como expressão folclórica das populações pobres, oriundas de todas aquelas origens, que se misturavam nos subúrbios da crescente Buenos Aires.

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Colombia - Cumbia A alienante música da Côlombia é uma mistura de influências africanas, nativas e européias (principalmente espanholas, bem como de formas musicais mais modernas provenientes dos EUA, Cuba e Jamaica.

Peru - Ritmo Landó É um ritmo típico da costa peruana. Ela vem de Landu, que era uma dança de Angola para a cerimônia de casamento. Com a chegada dos escravos africanos para a América do Sul também veio sua música.

Guiana inglesa - Soca A história da música Soca, reflete suas origens como uma forma moderna, evolutiva do ritmo Calipso. Soca incorpora as tradições musicais indígenas das etnias do Leste, Caribe de língua inglesa. A história da música Soca, começa na década de 1960 e 1970, com raízes na Republica de Trinidad e Tobago, mais tarde chega a Guiana.

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A banda Trash No Star, formada em 2010 na Baixada Fluminense (RJ), tem a proposta de tocar um rock simples com alguma coisa a dizer. Com influências de Bikini Kill, Free Kitten, Sonic Youth, L7 e Babes in Toyland, suas letras falam de problemas do cotidiano e do universo feminino. Integrantes: Letícia Lopes (guitarra e voz), Felipe Santos (baixo), Paulo Igor (guitarra) e Angell Bauer (bateria). http://trashnostar.tumblr.com

XODÓ DAS MENINAS Formada na Bahia, em 2000, com o nome “Toque de Menina”, a banda de forró é totalmente feminina. Tocando ritmos puramente nordestinos como xote, baião, e galope, foram chamando a atenção de outros estados. Em 2011, a Xodó das Meninas apareceu em grandes programas da televisão brasileira, como Raul Gil, Altas Horas, Bom Dia & Cia, Tudo é Possível, Eliana e Domingo Legal.

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As meninas são: Crys (vocal), Scheilla (triângulo), Thyuanny (percussão), Bethen (zabumba), Rosy Sylva (bateria) e Paty (teclado).

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TRASH NO STAR


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MARIE DOLLS O Marie Dolls, de São Paulo, começou em 2012 e tem influências de Alice in Chains, Foo Fighters, Nickelback, Megadeth e Metallica. Possui um EP chamado “Desires my fall”. Integrantes: Katherine Roiz (vocal), Renata Petrelli (guitarra), Michele Campos (baixo) e Dany Diniz (bateria). https://www.facebook.com/MarieDolls

VOCÍFERA Banda death/trash metal de Recife(PE), formada em 2011. O nome “Vocífera” vem de vociferar – gritar, exclamar. E toda essa fúria se coverte em um som veloz, agressivo e demolidor. Suas letras mergulham nos medos, ambições e desejos do ser humano. É considerada uma das revelações do underground pernambucano, já participaram dos festivais Matanza Fest e Abril Pro Rock. Influências: Venom, Cripper, Dracena, Toxic Holocaust, Destruction, Testament, Arch Enemy, Korzus, Violator, Kreator, Death, Holy Moses, Malsain, Bywar, Izegrim, Midnight, entre outros. As integrantes são: Angela Metal (vocal), Lidiane Pereira (guitarra), Marcella Tiné (bateria), Erika Mota (guitarra) e Amanda Salviano (baixo). https://www.facebook.com/vociferametal

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https://www.facebook.com/bandacatillinarias

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AS RADIOATIVAS O grupo paulistano se formou em 2007, sem se preocupar com rótulos, somente querendo tocar o bom e velho rock’n’roll sob a influência das bandas L7, Runaways, Girlschool, Beatles, Blondie, Rolling Stones e Ramones. As meninas são: Taty the Sex Maker (vocal), Lets Krügger (guitarra solo/backing vocal), Cric Mess (baixo/backing vocal), Natasha-X (guitarra base) e Lets the Scientist (bateria). https://www.facebook.com/asradioativas

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CATILLINÁRIAS O power trio feminino Catillinárias toca um punk rock rápido com influências de Dead Kennedys, Bikini Kill, L7 entre outros. A banda também faz a publicação de uma personagem, “Catillina”, cujas histórias remetem às situações que as mulheres vivem no dia-a-dia.


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BANDA AVEV Formada em 2010, em São Paulo (SP), com o nome Stigma, a banda tem como influências Rage Against the Machine, AC/DC, Joan Jett e Foo Fighters. Membros: Vivianne (vocal), Amanda (bateria), Thais (baixo), Daiane (guitarra) e Drake (guitarra). https://www.facebook.com/banda.avev

SINAYA A banda Sinaya surgiu em 2010 em São Paulo (SP). Atualmente está sendo finalizado o seu primeiro EP “Obscure raids”, carregado de peso, fúria e energia, com letras fortes criando um clima de terror. Fazem parte: Mylena Monaco (guitarra), Taty Kanazawa (vocal), Isabela Moraes (bateria), Tamy Leopoldo (baixo) e Yasmim Amaral (guitarra). https://www.facebook.com/sinayametal 63




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