Jornal Nutrição em Pauta

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NUTRIÇÃO EM PAUTA Dezembro de 2015

A Fundação A

fundação Imepen, Fundação Instituto Mineiro de Estudos e Pesquisas em Nefrologia, foi fundada em 1986 por professores do Curso de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), com a finalidade de apoiar os Programas de Ensino, Pesquisa e Extensão da Disciplina e Serviço de Nefrologia da UFJF. A Fundação oferece suporte técnico e científico relativo aos procedimentos de média e alta complexidade nos ambulatórios de Hipertensão Arterial, Nefropatia DiabéticaObesidade-Síndrome Metabólica, Cuidados com o Pé Diabético, Glomerulonefrites, Programa Interdisciplinar de Atenção Integral ao Portador de Doença Renal Crônica (Peevenrim), Transplante Renal e Nefrolitíase. O atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza uma equipe multiprofissional que não se restringe ao município de Juiz de Fora, abrange também outras localidades dos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. O Centro Hiperdia de Atenção Secundária em Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus é um programa da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), referência no atendimento de pacientes hipertensos de alto e muito alto risco cardiovascular e diabéticos insulinodependentes. Em Juiz de Fora, o Centro foi inaugurado em maio de 2010, através de um convênio firmado entre a SES-MG, a UFJF e a Fundação Imepen, que administra o Centro. O Hiperdia pretende melhorar a qualidade de vida e ampliar a longevidade dos pacientes com hipertensão e diabetes. Essas doenças são grandes complicadoras dos doentes renais crônicos, pacientes atendidos na Fundação Imepen.

Campanha em Matias Barbosa No dia 13 de novembro, a Fundação Imepen/Centro Hiperdia, realizou a Campanha de combate e prevenção ao Diabetes, no município de Marias Barbosa. A ação contou com a participação de cerca de 200 pessoas, que foram atendidas por profissionais das áreas de enfermagem, psicologia, medicina, educação física, serviço social, nutrição, fisioterapia, odontologia e farmácia. Durante toda a manhã os moradores da cidade tiveram a oportunidade de realizar exame de glicemia, aferição da pressão arterial, ITB (Índice, Tornozelo, Braço), ginástica laboral e orientação nutricional, que contou com o auxilio de material educativo produzido pelas estagiarias do Curso de Nutrição da UFJF, Poliana Guiomar Brasiel e Maíra Schuchter, sobre alimentos integrais e produtos diet e light, os participantes também conversaram com os profissionais das áreas de psicologia e serviço social. Além disso, ganharam um kit de higiene bucal e uma fruta ao final do atendimento. Neste ano, o foco da campanha foi incentivar os hábitos alimentares saudáveis, mudanças no estilo de vida e o autocuidado nas doenças crônicas não transmissíveis.

(Foto: atendimento da Nutrição Campanha Matias Barbosa)

Cozinha Mineira Uma das mais tradicionais cozinhas brasileiras é, sem dúvida, a mineira, que existe desde o BrasilColônia.


Nas grandes fazendas e cidades, incrustadas nas montanhas de Minas Gerais, as mães passavam para as filhas, em cadernos manuscritos, as receitas de família. E assim, de geração em geração, chegaram até nós. Elas são sempre divididas em quitutes, quitandas e doces. Os quitutes eram as comidas que levavam sal: o dourado lombo de porco com farofa, o tutu de feijão com rodelas de ovo, o frango caipira com quiabo e angu e outras delícias que só em Minas se encontram. As quitandas substituem o pão no café da manhã e no lanche da tarde. São elas: o célebre pão de queijo, as gorduchas roscas da rainha, o bolo de fubá, as broinhas, os sequilhos, os crocantes biscoitos de polvilho, entre outras especialidades das sinhás mineiras. Os doces, de tão gostosos, tem o sabor da infância: o doce de leite cremoso, a ambrosia – que é o nosso doce mais antigo, os pudins e muitas outras gostosuras. Os queijos, feitos artesanalmente, cada um tem o seu sabor peculiar, dependendo da região em que são fabricados. Os licores caseiros são segredos de família. Feitos em casa, as frutas jabuticaba, pequi, jenipapo, levam dias em infusão para se obter uma bebida com sabor especial. O mineiro não tem pressa e toda a sua culinária é feita com carinho e dedicação. Está sempre aprimorando sua cozinha, dando sabor a cada prato, fazendo disto uma arte que vem através dos tempos. Quem conhece a cozinha mineira não esquece e traz sempre na lembrança a saudade de seus sabores inesquecíveis. Tudo isso, minha gente, é Minas Gerais!

Céu da Boca Uma das sedes da nostalgia da infância, e das mais profundas, é o céu da boca. A memória do paladar recompõe com precisão instantânea, através daquilo que comemos quando meninos, o menino que fomos. O cronista, se fosse escrever um livro de memórias, daria nele a maior importância à mesa de família, na cidade de interior onde nasceu e passou a meninice. A mesa funcionaria como personagem ativa, pessoa da casa, dotada do poder de reunir todas as outras, e também de separá-las, pelo jogo de preferências e idiossincrasias do paladar – que digo? da alma, pois é no fundo da alma que devemos pesquisar o mistério de nossas inclinações culinárias. Carlos Drummond de Andrade, A bolsa e a vida, Rio, 1962

‘’Acompanhar a equipe de Nutrição na Fundação Imepen/Centro Hiperdia, possibilitou um grande aprendizado quanto ao cuidado aos pacientes com doenças crônicas e mostrou as dificuldades enfrentadas na modificação dos hábitos alimentares em usuários que já passam por intensas mudanças decorrentes da doença. O trabalho multiprofissional pareceu ampliar o campo de ação e apresentar melhores resultados no tratamento. O desenvolvimento de atividades individuais e coletivas (Atenção Compartilhada e Consulta Coletiva) possibilita o uso de recursos específicos para cada grupo, proporcionando orientação e motivação. O usuário se identifica com outros indivíduos com problemas semelhantes, aprendendo a expressar seus medos e expectativas. Com isso, passa a compartilhar das experiências de todos, buscando soluções reais para os problemas de saúde.’’ Poliana Guiomar (Estagiária de Nutrição)


Viagem Culinária As feiras e mercados públicos foram consolidados na Idade Média com a finalidade de venda dos excedentes de produção. Hoje, são uma forma simples e fascinante de conhecer a culinária e cultura local.

Alimentação Humana Observando a história da gastronomia mundial é possível conhecer não apenas a arte de cozinhar e o prazer de comer, mas também a sua relação com os recursos alimentares disponíveis, pois as condições naturais de vida são extremamente variadas: influência da localização, natureza dos solos, proximidade do mar, clima, etc. Condicionados fortemente à disponibilidade de alimentos estão também os hábitos alimentares, esses hábitos fazem parte da cultura e do poder econômico de um povo.


O crescimento demográfico, industrialização, urbanização, muda o consumo e o estilo de vida, favorecendo o sedentarismo, a restrição da necessidade de gasto de energia para as atividades diárias e para o trabalho, além de facilitar o consumo de alimentos prontos e de alta densidade energética, aumentado os problemas de saúde como a obesidade, a hipertensão e alguns tipos de câncer. O alimento está disponível, mas não é acessível para milhões de pessoas que não têm poder aquisitivo nem terras. O excedente global de alimentos não se traduz em segurança alimentar. A preocupação em relação à distribuição de alimento ocupa lugar de destaque nas discussões mundiais, mas ainda não se chegou a uma política mundial conjunta que seja capaz de resolver esse dilema. É fundamental que sempre se analise a alimentação, seja em nível individual, regional, nacional ou mundial de forma crítica considerando-se todos os elementos envolvidos.

Bolo Natalino Ingredientes: 1e ½ xícara de aveia em flocos finos; 2 ovos; ¼ de xícara de óleo de girassol; 2 colheres de sopa de açúcar mascavo; 1 colher de sopa de fermento em pó; ½ xícara de uva passas pretas; 5 castanhas do Pará picadas; ½ xícara de nozes picadas. Modo de preparo: Bata todos os ingredientes no liquidificador, deixando

por

castanhas,

último

nozes

e

o

fermento.

passas

devem

As ser

adicionadas a massa final. Leve ao forno pré-aquecido a 200°C por aproximadamente 35 minutos.

Material desenvolvido pela acadêmica do curso de Nutrição da UFJF, Poliana Guiomar Brasiel, como requisito parcial do Estágio de Nutrição Social.

Agradecimentos A todos da Fundação Imepen, em especial a equipe de Nutrição, Suellen Carvalho, Priscila Moreira, Lívia Botelho e Jéssica Hinkelmann. A professora e orientadora de estágio social da UFJF, Arlete Rodrigues. A nutricionista membro da comissão orientadora de estágio, Fabiana Almeida. A colega de estágio Maíra Schuchter.


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