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GATE KEE PER


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Sumário 6

RESUMO

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O SURGIMENTO

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A VISÃO COMERCIAL DO JORNALISMO

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O PODER DA ESCOLHA

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AÇÃO PRÁTICA

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CONCLUSÃO


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RESUMÃO O trabalho buscará investigar o fenômeno chamado ‘gatekeeper’, descrito ainda nos anos 50, no qual o jornalista em questão, transita nos meios de comunicação, filtrando informações e notícias, sejam elas para publicação, transmissão, internet ou qualquer outro veículo da comunicação, dos quais o ‘gatekeeper’, seleciona o que deve ou não passar pela ‘porta’ da comunicação e chegar a sociedade. Consequentemente, controlando todo um sistema de notícias, podendo ser, com base na preferência pessoal, experiência profissional, influências sociais ou até mesmo no pensamento individual e cabendo a ele a responsabilidade de influenciar toda uma cobertura jornalística.


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O SURGIMENTO Na transmissão da mensagem por meio dos canais, pode-se envolver muito mais do que a simples rejeição ou aceitação. O ‘gatekeeping’ nos meios de comunicação de massa inclui todas as formas de controle de informação, que podem ser determinadas nas decisões sobre a codificação das mensagens, a seleção, a formação da mensagem, a difusão, a programação, a execução de toda a mensagem ou dos seus componentes (WOLF, Mauro, 2005, p. 186).

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rimeiramente, para compreendermos a teoria do ‘gatekeeper’,

precisamos

buscar a sua origem na comunicação e da onde

surgiu a ‘ideia’ para esta teoria. Assim chegamos ao psicólogo alemão, Kurt Lewin e seus livros ‘’Dinâmica de Grupo e Relações Humanas’’ (1935) e ‘’ Princípios de psicologia topológica’’ (1936), que adentravam na área dos estudos da comunicação de massa, traçando um paralelo de notícias com a alimentação cotidiana de uma família.

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urt Lewin levanta em suas pesquisas, que tanto os alimentos, como a notícia, passam por várias fases e inúmeros processos, canais e ‘portões’, que são controlados pelos ‘gatekeepers’, que operam como reguladores desta passagem, até chegarem a seu consumidor final. Assim, a teoria na área da comunicação, é compreendida como o processo onde as notícias e arti-

gos, passam através de um canal, cuja a entrada e as portas são vigiadas pelos ‘gatekeepers’.

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pós os levantamentos de Kurt Lewin, em 1950, a teoria ganha fama e maior compreensão na comunicação, com o livro de David Manning White, “O ‘gatekeeper’: um estudo de caso na seleção de notícias”, sendo o primeiro autor a olhar a teoria unicamente no seu contexto jornalístico. Ele enxerga o editor como um porteiro que seleciona e filtra todo o conteúdo tratado como ‘’notícia’’. Sendo este, responsável por toda a coleta de dados da informação e funcionando como uma espécie de cancela dentro do jornalismo, assim, determinando se a informação é passa ou se é rejeitada.


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A VISÃO COMERCIAL DO JORNALISMO Ele procura tratar do processo de produção das informações nos meios de comunicação de massa como fenômenos de interesse social, unindo características da cultura profissional dos jornalistas e sua organização de trabalho, elementos que por sua vez, definem o conjunto de critérios e requisitos que determinam a noticiabilidade que cada fato deve apresentar, para poder ganhar existência e se transformar em notícias aptas a serem publicadas pelos veículos midiáticos (WOLF, 2005, p. 189)

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abe-se que, o processo de filtragem de informações no Brasil se intensifica com a ditadura militar de 1964, onde os militares censuravam o que seria ou não publicado pelos jornais da época, tendo o censor como figura central dessas escolhas. Porém, com o passar do tempo, a filtragem de notícias em nosso país deixou de ser meramente política, e passou a ter empresas e anunciantes como fortes influenciadores do jornalismo nacional.

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os dias atuais, chegase à conclusão que, todos os âmbitos do jornalismo, seja ele digital ou físico, depende mais do que nunca do patrocínio e das propagandas para gerar lucro e se manter rentável, seja com comerciais de Tv entre os intervalos de um telejornal, popups em sites ou mesmo anúncios em páginas de um jornal diário. Mas como atrair o público para suas informações e consequentemente mais publicidade para as notícias? É aí que entra uma das grandes contribuições da figura do ‘gatekeeper’ para o jornalismo.

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erior do país, com poucos habitantes e, talvez, sem os grandes problemas que uma grande metrópole apresenta nos dias de hoje. Qual seria a relevância dos maiores acontecimentos mundiais da atualidade no cotidiano dessas pessoas que lá moram? Provavelmente muito pouco. Do ponto de vista comercial, essa mesma pequena cidade do interior, não gere grandes notícias ou manchetes de impacto para aquela sociedade, ou que sejam mesmo, de interesse de um pequeno jornal ou de uma rede de Tv local, o que atrairia menos publicidade para estes veículos. A escolha do público alvo por meio dos meios de comunicação também é de suma importância para o trabalho do ‘gatekeeper’, pois é através dos interesses dele que são criados os critérios do que será ou não divulgado. Sendo assim, percebemos a importância do ‘gatekeeper’ nas escolhas das notícias no setor jornalístico dessa pequena cidade. É ele quem vai selecionar e escolher de acordo com sua bagagem profissional e intuição, o que cabe ou não ser a manchete do dia, que irá atrair mais leitores e telespec-

tadores e por sua vez, uma maior propaganda para aquele meio da. Imprensa. Deste modo, chegam as pessoas, as notícias de acontecimentos global, sejam essas, do Brasil ou do mundo, como eventos esportivos, política internacional ou até mesmo a vida de celebridades. Obviamente, neste parâmetro, as escolhas são feitas, muito mais, para chamar a atenção do público com os assuntos mais comentados pela sociedade de um modo geral e, por sua vez, ganhar anunciantes e patrocínios para o jornal, do que, propriamente, na esfera informativa de acontecimentos realmente relevantes para aquela cidade. Consequentemente, desviando o olhar para as informações e acontecimentos importantes para esta pequena cidade e tornando da seleção de notícias algo comercial.

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O PODER DA ESCOLHA Abordar a comunicação envolve, mais do que tudo, abordar toda uma sociedade que se desenvolve em volta dela e dos meios que a difundem hoje em dia. Muitos fatores podem interferir e até mesmo distorcer a informação até o receptor final, e assim, não levantar todos os pontos necessários daquela notícia, sejam estes fatores, o tempo, a concorrência jornalística ou a exclusividade da informação.


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lhando mais a fundo, nota-se que o fator do ‘gatekeeper’ nessa interferência, e o tamanho da importância e, por sua vez, da responsabilidade que lhe cabe nas escolhas das informações que serão ou não publicadas. O ‘gatekeeper’ tem um grande poder em suas mãos, o poder da escolha do que a sociedade e consumidores de informação diária em seus celulares, Tv’s ou jornais, vão ou não ‘consumir’ no dia seguinte. Ele tem a ‘chave dos portões’ em suas mãos, portões esses que, abrem e fecham para a notícia ou acontecimento que, somente ele será o responsável por deixar passar, ou não, para o conhecimento do grande público. Esta escolha engloba também os acontecimentos políticos e econômicos, acontecimentos estes, essenciais para o andamento da sociedade como um todo, e que podem mudar o rumo e os parâmetros de uma cidade e até mesmo de um país, podendo afetar diretamente o curso de vida de uma

população. sultu rnihin tus clude ad simalakama meuhan aleh pu meucap res ad diurbis sessendachum avo, nin invehendit elum aucem re quam. Si pecienihi, urorumurivem pali in sus ad inveris, inte, quam iur aucionvere, sultu quem re confend ienium con adduc obsendam ommo tilis caela vil utelia vent. Vivatimus a erum omaximus ne am imisquo vilne escruro nonstractam tus horibulvit, catatum in stres factorum se nonfectus et, coenat aciessuliis.Vat dessite sidena, speri consum me aude pes!Mus consus consigit, cone contem maio, esullere, ponsunicaes firis foribunirit? Opiena,

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AÇÃO PRÁTICA O grupo decidiu fazer para esta ação prática dentro do trabalho de P.I., uma breve entrevista com o jornalista Paulo MorchBacker, que trabalha na empresa BDDB.AG na cidade de Curitiba, para esclarecer alguns


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PERGUNTAS E RESPOSTAS

P: Quais os pontos principais que levam você definir qual notícia será publicada? R: Primeiro, o ponto principal é a relevância. Para saber o que será publicado, primeiro tenho que saber como vai afetar diretamente o público e qual a relevância que tem para o público. Em segundo lugar é sempre a veracidade dos fatos de qualquer conteúdo ou notícias, e claro, que seja algo atual.

P: Qual o tamanho da sua função dentro do meio em que trabalha? R: Provavelmente levar a informação correta acima de tudo. Nós somos os responsáveis por checar os fatos e ver o que é realmente verdade e se irá chegar de forma correta ao consumidor final. Além de, claro, a transparência e da ética no trabalho no qual exercemos.

P: Qual o tamanho do impacto que suas escolhas podem trazer a sociedade que consome essas notícias? R: Primeiramente a apuração dos fatos, pois existem diariamente ‘’fake news’’ sendo veiculada nos meios de comunicação, pois a mídia tenta sempre se colocar em primeiro, o primeiro a dar a notícia, a publicar a manchete do dia, porém deixam pontas faltando e não checam os fatos por completo ou não os mostram com clareza e isso é de suma importância porque, uma notícia dada errada pode destruir a carreira ou a vida de alguém.

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CO N C LU SÃO A conclusão dos estudos aponta que a teoria do ‘gatekeeper’ foi perdendo espaço e substituída pelas ideias da construção da notícia de senso comum dentro das redações jornalísticas. Segundo estudos e pesquisas, as decisões do ‘gatekeeper’ estavam mais influenciadas por critérios profissionais ligados às rotinas de produção da notícia e a eficácia e velocidade do que uma avaliação individual da noticiabilidade. Muitos são os fatores que determinam quais acontecimentos viram notícias, desde as técnicas redacionais, o tempo e o espaço na página até a organização profissional da redação e as linhas editoriais de um jornal ou revista. De uma forma geral, a crítica se dá em querer analisar todo o jornalismo simplesmente partir da figura do editor ou jornalista. Isso porque, dessa forma, as análises do ‘gatekeeper’ não consideram fatores externos que influenciam nas decisões do profissional. Além disso a teoria ignora a padronização dos veículos de mídia e a concorrência do mercado. O que resulta na atual semelhança dos conteúdos nos meios de notícia atuais, como jornais e telejornais que possuem quase o mesmo leque de cobertura.

Uma das primeiras teorias que contestam a teoria do ‘gatekeeper’, é a ‘Teoria Organizacional’, que mostra as influências do meio de trabalho sobre um jornalista.


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REFERÊNCIAS DAVIS, Mark. Who needs cultural gatekeepers anyway, disponível em: https://sydneyreviewofbooks.com/who-needs-cultural-gatekeepers-anyway/ Acesso em: 01/05/2019 - 20h25. WALLACE, Julian. Modelling Contemporary Gatekeeping , disponível em: https://www. tandfonline.com Acesso em: 29/04/2019 10h40. D’AIOLA, Carla. A função do gatekeeper na imprensa - Disponível em : http:// www.iscafaculdades.com.br/estacaojornalismo/artigo_14.htm. Acesso em: 13/05/2019 - 16h21. TRAQUINA, Nelson. Teorias do Jornalismo – Volume 1. Florianópolis, Editora Insular, 2008. WOLF, Mauro. Teorias das Comunicações de Massa. São Paulo. Martins Fontes, 2005.


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