Boletim 23 da Rede Territorial Portuguesa das Cidades Educadoras

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REDE PORTUGUESA DAS CIDADES EDUCADORAS

23 | 2014

BOLETIM

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EDITORIAL Há já 20 anos que a Declaração de Salamanca, resultante da Conferência Mundial sobre “Necessidades Educativas Especiais: acesso e qualidade”, recomendou, inspirada pelo princípio da inclusão e pelo reconhecimento da necessidade de atuar com o objetivo de conseguir “escolas para todos”, que todas as instituições, fossem elas da esfera pública ou privada, incluíssem todas as pessoas, aceitassem as diferenças, apoiassem as aprendizagens e respondessem às necessidades individuais. Era este um consenso mundial sobre as futuras orientações da educação das crianças e jovens com necessidades educativas especiais. Hoje, o conceito de inclusão, com um novo paradigma em pano de fundo, permite-nos sustentar “uma escola para todos” onde os fatores sócio económicos, culturais, religiosos, étnicos e todas as diferenças individuais são integrados. As mudanças no mundo laboral e nas relações sociais exigem do Município uma visão integradora. “Escola para todos” não pode ser uma frase feita, deve obedecer a uma máxima de gestão, onde se preparam os estabelecimentos de ensino, a comunidade e os programas escolares para esta assunção. Num contexto sócio-económico tão dificil, que se reflete com mais expressão nas famílias carenciadas (seja pela insuficiência económica, seja por adaptação étnicocultural ou mesmo por questões relacionadas com deficiências), compete-nos saber gizar estratégias que minimizem o esforço das famílias e criar condições de sucesso escolar para toda a comunidade envolvida. É obrigação do Município que represento, enquanto agilizador de todas as instituições que pertencem a este concelho, colocar todos os parceiros em trabalho de rede, numa profícua partilha da multiplicidade de saberes e de multifacetadas intervenções. Sem esta partilha não podemos nunca caminhar num esforço coletivo para tornar a nossa sociedade uma sociedade inclusiva. Neste ponto o Município está atento, comprometendo-se a assumir as responsabilidades que lhe são inerentes, tal como sei, e acredito, que todos os municípios do nosso país o estão do mesmo modo. É tempo de desconstruir mitos e preconceitos, ajudando na construção de uma sociedade onda a tolerância e o respeito pela diferença tornem de facto possível uma intervenção eficaz no acesso e sucesso de todos enquanto cidadãos de plenos direitos. E, tal como, escreveu Alberto Caeiro “Eu sou do Tamanho do que Vejo”! Lídia Brás Dias Vereadora da Educação e Cultura da Câmara Municipal de Braga


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