O Sistema Único de Assistência Social e o trabalho profissional Ilzamar Silva Pereira Aline Maciel do Nascimento Andrea Alice Rodrigues da Silva
Introdução O capítulo proposto enseja reflexões, sob diferentes perspectivas, acerca da Política de Assistência Social, a partir da experiência de estágio supervisionado2 em Serviço Social, pois coloca em evidência a assistência social como política de proteção social. Nesse sentido, com a preocupação de abordar o tema, considerando a sua complexidade, elegemos alguns pontos a partir da perspectiva de uma reflexão sobre a gestão dessa política pública no contexto de implementação do SUAS no município de Médio Porte, com população entre 50.000 a 100.000 habitantes (PNAS, 2004, p.16), os quais, a nosso ver, são fundamentais nesta análise, no intuito de compreender os desafios postos à gestão e à profissionalização dessa política, e especialmente, como contribuição nesse processo de formação profissional, tendo como horizonte a defesa e a afirmação de direitos, conforme preconiza o Projeto Ético Político do Serviço Social. 2 Entende-se estágio supervisionado, no processo de formação profissional do assistente social, segundo as diretrizes curriculares do Serviço Social, como uma atividade curricular obrigatória, a partir da inserção do discente no espaço sócioocupacional, com o objetivo de sua capacitação para o exercício profissional. Prevê a indissociabilidade entre estágio e supervisão acadêmica e de campo, em que o estágio, enquanto atividade didático-pedagógica, pressupõe a supervisão acadêmica e de campo, numa ação conjunta, integrando planejamento, acompanhamento e avaliação do processo de ensino-aprendizagem e do desempenho do/a estudante, na perspectiva de desenvolvimento de sua capacidade de investigar, apreender criticamente, estabelecer proposições e intervir na realidade social (PNE - ABEPSS, 2010).