Interdiciplinaridade e Matemática: utopia ou realidade? Aparecida Gardenia Morais de Oliveira Jadson de Souza Conceição
Introdução A disciplina Matemática muitas vezes gera desconforto nos alunos por conceber, antecipadamente, que ela é difícil, e que os conceitos, em sua maioria, trabalhados na Educação Básica não apresentam utilidades na vida prática. Quando se trata de Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio (EPI) o contexto não é diferente, pode até se agravar pela falta de percepção, por parte dos alunos, da relação da Matemática com o curso profissional e a aplicação prática dos conceitos trabalhados (DANTAS FILHO, 2017). É sabido que o objetivo da EPI é formar o estudante para o mundo do trabalho, diplomando-o e capacitando-o para exercer uma profissão; ao mesmo, tempo formá-lo no ensino propedêutico1, proporcionando-lhe a conclusão do Ensino Médio garantindo a progressão em estudos futuros. Contudo, a formação integral como proposta pela Educação Profissional, na maioria das vezes, não tem sido efetivada nos moldes dos documentos oficiais que regem essa modalidade de ensino – Documento Base: Educação Profissional Técnica de Nível Médio Integrada ao Ensino Médio (BRASIL, 2007) – os quais destacam a prática interdisciplinar como princípio norteador dos processos de ensino e aprendizagem. 1 Propedêutico: Que prepara o aluno para receber instrução mais completa. Ensino com base nas disciplinas do núcleo comum (português, matemática, química, física, biologia, história e etc.) (GEIGER, 2012).