3. ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS E A SUPRESSÃO DA FLORESTA NO ASSENTAMENTO CHIDAUA NO MUNICÍPIO DE CARACARAÍ-RORAIMA Roseli Vieira Zambonin Luiza Camara Beserra Neta Tarcísio Gomes Rodrigues Stélio Soares Tavares Júnior
Introdução O planejamento e a gestão do território de maneira geral são essenciais para a regulamentação de seu uso e ocupação, em qualquer tipo de empreendimento, visando ao melhor aproveitamento do espaço e à melhoria das condições de vida das pessoas que irão habitá-lo ou que nele habitam. Em áreas de projetos de assentamento rural em que esses fatores não são considerados, frequentemente é possível se deparar com investimentos elevados e ineficazes, com extensas áreas desmatadas para a construção de estradas vicinais e instalação das famílias assentadas (Soares, 2011). A inexistência de uma metodologia específica e sem muitos critérios, famílias inteiras correm o risco de serem instaladas em áreas de solos muito arenosos ou alagadiços, com relevo e hidrografia desfavoráveis e até mesmo ferindo as leis ambientais. Pesquisas sobre reforma agrária no Brasil revelam a falta de planejamento e gestão ambiental sob uma perspectiva sustentável, visto que o uso desregulado dos recursos naturais pode gerar sérias consequências físicas e sociais, a exemplo das consideradas taxas de desmatamento em áreas de floresta, resultando em sérios problema, visto que o governo não adota instrumento de controle eficiente e, na maioria das vezes, até estimula o desmatamento para a formação de assentamentos. No caso de Roraima, região norte do Brasil, a relação da implantação de assentamento com o avanço do desmatamento teve maiores proporções