PLANO DE VOO

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DINÂMICA PRÁTICA DE ENSINO

PLANO DE VOO Essa prática aborda o ensino de conceitos complexos da lógica de programação (dados, algoritmos, fluxograma) por meio de recursos analógicos comuns ao cotidiano dos jovens. Dispensando computadores e softwares, a Lógica Desplugada convida os estudantes a criar dinâmicas que explicam concepções teóricas de acordo com suas vivências e interesses. Podendo ser aplicada a qualquer disciplina, tem por objetivo trazer fluidez e engajamento no entendimento de novos conteúdos.

PILOTANDO: Conversa: para saber quais são os conteúdos ou metodologias que afligem os alunos, uma conversa franca e horizontal deve ser o ponto de partida. Uma estratégia que pode ser efetiva nesse sentido é pedir para que eles respondam a um questionário: como estudam? Sozinhos ou em grupo? Utilizam a biblioteca? O que gostam mais na escola? Divida a sala em grupos: forme equipes e distribua cartões com o assunto que irão trabalhar. Mais de uma equipe pode ficar com o mesmo objeto de estudo, como, por exemplo, algoritmos, variáveis, relações condicionantes, etc. Esses cartões devem ser confeccionados com antecedência, indicando o tema/componente curricular e o conhecimento a ser trabalhado pelos estudantes. Explique o conceito: o educador, então, passa instruções sobre o conceito. Exemplo: um algoritmo é um conjunto de regras e procedimentos lógicos usados para solucionar problemas. Quais situações do cotidiano os alunos podem usar para exemplificar o uso de algoritmos? Neste momento de pesquisa-ação, eles não devem utilizar o computador ou outros recursos digitais. Formulação e apresentação da dinâmica: compreendido o conceito, é hora de cada grupo estruturar uma dinâmica ou atividade simples e analógica para que os estudantes possam se aproximar e entendê-lo. Cada grupo realiza sua dinâmica e a apresenta para os outros grupos. Diário de bordo: feita as atividades, os alunos preenchem um diário de bordo no qual relatam as dinâmicas e respondem tópicos como “o que eu aprendi?”, “onde ainda tenho dúvida?”, “quem me ajudou a tirar uma dúvida?”, “tirei dúvida de alguém?”, etc. Feedback: o educador dá seu retorno sobre as dinâmicas e diários de bordo. É fundamental que ele debata essas questões ponto a ponto em sala. A ideia é romper a barreira da vergonha, permitindo que o aluno se sinta à vontade para se expor e admitir que não sabe ou que tem dificuldade no conteúdo. Levando a lógica para o digital: esse processo pode ser feito em etapas, começando com plataformas mais simples e avançando para as mais complexas. O objetivo é fazer com que os alunos transformem o conteúdo assimilado em algum tipo de recurso digital – pode ser um jogo, um aplicativo ou algo semelhante. O importante é que eles possam exercitar o conceito, transpondo os conhecimentos e a estrutura didática trabalhada nas atividades offline para uma


experiência digital. Vale usar tutoriais de apoio e encorajar os estudantes a se ajudarem para resolver os desafios de programação e utilização das ferramentas digitais. “Dessa atividade apareceram muitas coisas, entre elas, o fluxograma da paquera. É importante dizer que a prática tem também um trabalho de discurso, de desmistificar a dificuldade e de dar confiança para os alunos. É preciso criar um ambiente favorável ao erro”, diz Danielle Nathalia Gomes da Silva, professora idealizadora. Avaliação: como critério, o educador deve se ater principalmente ao esforço e engajamento do aluno nas dinâmicas, ao preenchimento do diário de bordo e, por último, aos exercícios feitos no ambiente digital a partir das noções assimiladas ao longo da prática.


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