ATPC 15 E 19/06
“INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM EM PROCESSO”
DROP LITERÁRIO Acorda muito cedo. Se arruma, faz o café da manhã na cozinha, prepara o suco de laranja e volta pro quarto. Ergue o colchão, se equilibra no primeiro degrau segurando a travessa, desce lentamente até o fundo e abre a porta do quarto. Deixa o café da manhã preparado na mesa de canto e parte pro trabalho. Acorda, senta-se à mesa de canto e toma o café da manhã. Se arruma, pega o terno estendido no varal da lavação, passa-o sobre a tábua de madeira, pendura num cabide e volta pro quarto. Abre a porta, sobe a escada, sai de dentro da cama com o colchão erguido, deixa a travessa com a comida e o suco na mesinha de canto, pendura o cabide na porta do armário e parte pro trabalho. Acorda tarde, se arruma, sai pela janela e entra pela outra janela do quarto. Come os restos frios do café da manhã na mesinha de canto, toma o último gole do suco de laranja, lava a louça na cozinha e a deposita no escorredor. Volta pro quarto, veste o terno passado e parte pro trabalho. Volta pra casa bem cedo, faz o jantar em quantidade exagerada, deixa dentro do forno, toma banho e lê As aventuras de Gulliver no sofá da sala enquanto espera a fome chegar. Quando a geladeira está vazia, compra um litro de leite, laranjas, um garrafão de água e cervejas no mercadinho da rua. Mas há muito não fica vazia. Volta pra casa no horário de pico. Chega estressado, anda na esteira pra despoluir a cabeça, toma um banho, abre a porta do quarto, sobe a escada e sai pelo buraco da cama. Deita o colchão, liga a TV e assiste novela até a fome chegar. Uma vez por semana compra bebidas no mercadinho da rua. Hoje não é dia. Volta tarde porque chega tarde, fuma um cigarro na varanda, coloca a roupa na máquina e a deixa com a tampa aberta pra juntar às outras. Toma um banho demorado, ouvindo o rádio, e só sai quando sente o estômago roncar de fome. Se arruma, sai pela janela e entra pela outra janela do quarto, se vê assistindo TV na cama, se convida pra janta, ambos saem pela casa até a sala, onde se veem lendo um livro, e então se sentam à mesa pra degustar o prato da noite.
Volta pra casa bem cedo, faz o jantar em quantidade exagerada, deixa dentro do forno, toma banho e lê As aventuras de Gulliver no sofá da sala enquanto espera a fome chegar. Quando a geladeira está vazia, compra um litro de leite, laranjas, um garrafão de água e cervejas no mercadinho da rua. Mas há muito não fica vazia. Volta pra casa no horário de pico. Chega estressado, anda na esteira pra despoluir a cabeça, toma um banho, abre a porta do quarto, sobe a escada e sai pelo buraco da cama. Deita o colchão, liga a TV e assiste novela até a fome chegar. Uma vez por semana compra bebidas no mercadinho da rua. Hoje não é dia. Volta tarde porque chega tarde, fuma um cigarro na varanda, coloca a roupa na máquina e a deixa com a tampa aberta pra juntar às outras. Toma um banho demorado, ouvindo o rádio, e só sai quando sente o estômago roncar de fome. Se arruma, sai pela janela e entra pela outra janela do quarto, se vê assistindo TV na cama, se convida pra janta, ambos saem pela casa até a sala, onde se veem lendo um livro, e então se sentam à mesa pra degustar o prato da noite. Obviamente, um lava, outro seca e outro guarda a louça, e então se despedem, que é bom ter alguém pra se despedir antes de deitar, e pensam que três é mesmo um bom número, superior a qualquer outro. Realismo Fantástico
Com os resultados da aplicação das provas objetivas da Avaliação da Aprendizagem em Processo – AAP, as equipes escolares já possuem um diagnóstico atualizado da situação em que se encontram os alunos, em relação às expectativas de aprendizagem para o ano ou a série que estão cursando.
Mapear as necessidades é fundamental para planejar ações de intervenção.
Habilidades da AAP
Língua Portuguesa: as capacidades de leitura solicitadas nas provas podem ser alvo da atuação de todos os professores, portanto é preciso retomar com o grupo escola, tanto o conceito de letramento como o de letramentos múltiplos - literário, cinematográfico, televisivo, musical, imagético, digital, do mundo do trabalho, das comunidades, sem deixar de enfatizar os procedimentos ou estratégias de leitura que é utilizado em situação de aprendizagem.
Capacidades de Leitura
Letramento
LiterĂĄrio, cinematogrĂĄfico, televisor, musical, imagĂŠtico, digital.
Habilidades da AAP
Matemática: Nos Anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio (Números, Geometria, Relações) cujas ideias fundamentais referem-se a: equivalência, ordem, simbolização, operações, percepção, concepção, construção, representação, medida, aproximação, proporcionalidade, interdependência, problematização e otimização. A capacidade de expressão, compreensão, argumentação, proposição, contextualização são possíveis observá-las em situações de aprendizagem em Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Linguagens.
ATPC – Aulas de Trabalho Pedagógico Coletivo. Essas reuniões de trabalho podem colaborar para a transformação das práticas, se for priorizado o foco não só no planejamento, mas também no acompanhamento das ações propostas e dos resultados alcançados.
O plano construĂdo coletivamente pelos envolvidos no processo ĂŠ um instrumento que consolida a parceria e a corresponsabilidade entre os atores. 
ATPC
O QUE É ATPC? É uma Aula de Trabalho Pedagógico Coletivo, a ser desenvolvida na unidade escolar, pelos professores e o Professores Coordenadores Pedagógicos. Qual é a sua finalidade das ATPC? Para estimular o desenvolvimento das atividades coletivas da unidade escolar. Articular os diversos segmentos da escola para a construção e implementação do seu trabalho pedagógico. Fortalecer a unidade escolar como instância privilegiada do aperfeiçoamento de seu projeto pedagógico. · (Re) planejar e avaliar as atividades de sala de aula, tendo em vista as diretrizes comuns que a escola pretende imprimir ao processo ensinoaprendizagem.
Quais são os seus objetivos na ATPC? I. Construir e implementar o projeto pedagógico da escola; II. articular as ações educacionais desenvolvidas pelos diferentes segmentos da escola, visando a melhoria do processo ensino-aprendizagem; III. identificar as alternativas pedagógicas que concorrem para a redução dos índices de evasão e repetência; IV. possibilitar a reflexão sobre a prática docente V. favorecer o intercâmbio de experiências; VI. promover o aperfeiçoamento individual e coletivo dos educadores; VII. acompanhar e avaliar, de forma sistemática, o processo ensino-aprendizagem.
Como devem ser as ATPCs na escola? As ATPC's devem ser: I. Planejadas
sob a orientação do diretor e do professor
coordenador de forma a: a) identificar o conjunto de características, necessidades e expectativas da comunidade escolar; b) apontar e priorizar os problemas educacionais a serem enfrentados; c) levantar os recursos materiais e humanos disponíveis que possam subsidiar a discussão e a solução dos problemas; d) propor alternativas de enfrentamento dos problemas levantados; e) propor um cronograma para a implementação, acompanhamento e avaliação das alternativas selecionadas.
II. Sistematicamente registradas, em atas, pela equipe de professores e coordenação, com o objetivo de orientar o grupo quanto ao replanejamento e à continuidade do trabalho.
III. Realizadas: a) na própria unidade escolar, e preferencialmente, durante duas horas consecutivas e; b) eventualmente, no Núcleo Pedagógico ou num outro espaço educacional, previamente definido, através da utilização de parte ou do total de horas previstas para o mês em curso.
Como devem ser programadas as atividades das ATPC? Tendo em vista a organicidade do currículo do ensino fundamental e médio, as atividades devem ser programadas, através de reuniões: I. entre professores de uma série, ciclo, área ou disciplina; II. entre professores de todas as séries e/ou componentes curriculares. Quantas ATPC eu, professor, devo participar semanalmente? PROFESSORES COM AULAS ATRIBUIDAS EM SALA
QUANTIDADE DE ATPC A REALIZAR
Até 4 aulas
1 ATPC
de 5 a 27 aulas
2 ATPC
Acima de 28 aulas
3 ATPC
TEMÁRIO - ATPC - 2016
Os temas-chaves serão estudados conforme a necessidade de cada realidade do grupo discente e do grupo docente, a qual serão apuradas por meio de observação, entrevistas e enquetes
realizadas
rotineiramente
pelo PC. Independentemente do foco em estudo, os Valores e os Princípios serão sempre pontuados em qualquer tema que esteja sendo desenvolvido.
TEMAS-CHAVES l- Currículo Oficial do Estado de São Paulo 2- Ferramenta de Gestão (Foco Aprendizagem, SARA, IDESP, IDEB); 3- Plano de Ação; 4- Valores e Princípios: a – Protagonismo; b - Os Quatro Pilares da Educação; c - Pedagogia da Presença; d - Formação Continuada; 5- Boas Práticas;
6- Avaliação da Aprendizagem (MAP, Matriz de Referência do Saresp e Mapa de habilidades e Descritores do Saeb); 7- Metodologia de Aprendizagem (Caderno do Professor e do Aluno, Currículo+ , livro didático, etc); 8- Tecnologia e Educação (Mediação e Linguagem, Festival Minuto e Plataformas da SEE); 9- Interdisciplinaridade, Multidisciplinaridade, Pluridisciplinaridade, Transdisciplinaridade; 10- Indicadores (quantitativos e qualitativos).
METODOLOGIA DE TRABALHO NAS ATPCS a) Reflexões coletivas; b) Espaço aberto para proposição de ideias e sugestões; c) Apresentação de videoconferências e vídeos de palestras de estudiosos da educação; d) Vídeos em geral para sensibilização sobre os temas; e) Leitura compartilhada de textos; f) Reflexões individuais por meio de roteiros elaborados pelo PC e Equipe Gestora; g) Fomento à leitura e ao autodesenvolvimento;
h)
Momentos
informativos
de
cursos,
palestras,
edições
e
publicações de interesse coletivo e das áreas/disciplinas; i) Estímulo ao uso do acervo dos materiais da escola; j) Compartilhamento de boas práticas: uso de tecnologia na educação; k) Compartilhamento de boas práticas: metodologias de ensino; l) Compartilhamento de boas práticas: Gestão da sala de aula; m) Compartilhamento de boas práticas: Monitoramento do processo e resultado; n) Convergências entre Base Nacional Comum x Parte Diversificada; o) Sala de Leitura como recurso pedagógico; p) Proposição de ações formativas para o grupo de professores.
•Fontes e referências: •Currículo do Estado de São Paulo: Ciências Humanas e suas Tecnologias / Secretaria da Educação. •Currículo do Estado de São Paulo: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias / Secretaria da Educação. •Currículo do Estado de São Paulo: Ciências da Natureza e suas Tecnologias / Secretaria da Educação. •Currículo do Estado de São Paulo: Matemática e suas Tecnologias Secretaria da Educação; •Legislação : Resolução SE nº 75, de 30-12-2014 •Revistas Nova Escola; •Revista Gestão Escolar; •Site da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.
Autores de Referência
ALMEIDA, Laurinda R. A. O relacionamento interpessoal na coordenação pedagógica. In: ALMEIDA e PLACCO. O coordenador pedagógico e o espaço da mudança. São Paulo: Loyola, 2001.
ALMEIDA e PLACCO. O coordenador pedagógico e o cotidiano da escola. São Paulo: Loyola, 2003.
AQUINO, Julio Groppa. Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1996.
CECCON, Claudia. Conflitos na escola: modos de transformar: dicas para refletir e exemplos de como lidar. São Paulo: CECIP: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2009.
COLL, Cesar. O construtivismo na sala de aula. São Paulo: Ática, 2009.
HAYDT, Regina Cazaux. Avaliação do Processo EnsinoAprendizagem.São Paulo: Ática, 2003.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação: Mito e Desafio – Uma perspectiva construtivista. Porto Alegre: Educação & Realidade Revistas e Livros.
KAMII, Constance; HOUSMAN, Leslie Baker. Crianças pequenas reinventam a aritmética: implicações da teoria de Piaget. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.
KAMII, Constance; DECLARK, Georgia. Reinventando a aritmética: implicações da teoria de Piaget. Campinas, SP: Papirus, 1991.
LA TAILLE, Yves de.; OLIVEIRA, Marta Kohl de; DANTAS, Heloysa. Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus, 1992.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. (In) Disciplina: construção da disciplina consciente e interativa em sala de aula e na escola, 17ª edição.São Paulo: Libertad Editora, 2009
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Planejamento: Projeto de Ensinoaprendizagem e Projeto Político-Pedagógico. São Paulo: Libertad Editora, 2012.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Currículo: a atividade humana como princípio educativo, 3ª edição.São Paulo: Libertad Editora, 2011.
RUOTTI, Caren. Violência na escola: um guia para pais e professores / Caren Ruotti, Renato Alves, Viviane de Oliveira Cubas. São Paulo: Andhep: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2007.
ZABALA, Antoni. A prática educativa como ensinar. Porto Alegre: Artmed,1998.
São Paulo (Estado) Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente. Estatuto da criança e do adolescente, 2012.
São Paulo (Estado) Secretaria da Educação. Núcleo de Apoio Pedagógico Especializado – CAPE. Deficiência intelectual: realidade e ação / Secretaria da Educação. Núcleo de Apoio Pedagógico Especializado - Núcleo de Apoio Pedagógico Especializado – CAPE; organização, Maria Amélia Almeida. São Paulo: SE 2013.
Design Thinking Para Educadores.
Documento Orientador SEE/CGEB 2014 – ATPC
Documento Orientador SEE/CGEB Intervenção Pedagógica
Filmes 1- O Contador de História; 2- Como uma Estrela na Terra; 3- Sociedade dos Poetas Mortos; 4- Escritores da Liberdade; 5- Aprender a Aprender; 6- Homens de Honra; 7- Coach Carter; 8- Entre os Muros da Escola; 9- Escola de Rock 10- A Voz do Coração 11- Mr. Holland Adorável Professor 12- Nenhum a Menos