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4. análise e experimentação

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“A maioria das realidades virtuais vivenciadas de forma quase total veda hermeticamente a percepção das impressões visuais externas do observador, atrai sua atenção com objetos plásticos, expande perspectivasde espaço real no espaço de ilusão, observa a correspondência de cores e escala e, como o panorama, faz uso de efeitos de luz indireta para que a imagem apareça como a fonte do real. A intenção é instalar um mundo artificial que proporcione ao espaço imagético uma totalidade ou, pelo menos, que preencha todo o campo de visão do espectador.” (GRAU, 2005)

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4. análise e experimentação

De acordo com as informações coletadas nos capítulos anteriores, nesta última parte será feita um compilado do todo, os conceitos de luz explorados no primeiro e segundo capítulo, a interação com a música e o “techno”. No terceiro capítulo, será feita apresentação de análises, sobre projetos cenográficos, urbanos, em peça de teatro e no âmbito das festas de “techno”. Por último será apresentado um projeto autoral para uma instalação virtual, que será responsável pela simulação do tipo de espaço estudado nessa devida monografia. Para poder aprofundar no tópico cenografia algumas referências são essenciais, entre elas, a cenógrafa, diretora de arte e curadora Miriam Aby Cohen (2015), que decorre em sua tese de doutorado sobre a função política da cenografia:

“Os designers de cena são aqui identificados como aqueles capazes de transformar qualquer espaço, em fazer com que qualquer objeto inanimado possa contar uma história, e ainda, para além de sua produção criativa, possa elaborar um manifesto, posicionar-se politicamente por meio de sua expressão artística e, conduzir o público a alcançar uma percepção apurada sobre a realidade, através da ficção criada pela Performance e seu design.” (COHEN, 2015)

A britânica Es Devlin (2019), talvez seja hoje, o maior nome na área, apesar de compartilhar pensamentos parecidos, pensa nessa função do cenógrafo como poética, transformando uma mensagem em uma

representação visual, ela narra em sua palestra para a TED Talk de Viena em 2019, comparando o fazer artístico da cena como um instrumento de comunicação para a audiência, como uma letra de música, um quebra-cabeças poético a ser descoberto e montado por quem o percebe.

Percursor às duas, Flávio Império (1976) não traz ideias opostas, mas reforça que cenografia, sem um usuário para presenciar o que foi feito, não é nada, o usuário é quem vai juntar todas as informações presentes, no palco e fora dele, e assim construir a experiência por completo.

Mas não só aos palcos que a cenografia está fadada, a arte urbana, discutida no primeiro capítulo e a arquitetura de exposições, também conhecida como expografia, possuem caráteres cenográficos muito marcantes, pois nesses casos, como na cenografia, a arte não existe por si só, mas apenas se houver o usuário para presenciá-la.

As projeções artísticas atuais, tanto no meio urbano quanto entre quatro paredes, frequentemente combinam efeitos de vídeo sofisticados e concepções de gráficos de movimento para videogames, animações e efeitos especiais de cinema, além de softwares especializados para edição de imagem.

Os artistas que as produzem precisam criar o conceito dessas obras multimídia, mas ao mesmo tempo, junto de programadores e engenheiros elétricos para refinar e expandir as capacidades técnicas dos equipamentos envolvidos.

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