A comunidade universitária opina

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RIO DE JANEIRO

28-29 julho 2014

A comunidade universitária opina Resumo executivo BASEADO NO RELATÓRIO DE MESMO TÍTULO. VERSÃO COMPLETA EM: UNIVERSIA-RIO2014 » y SOCIEDAD Y EDUCACIÓN »


DIREÇÃO DO PROJETO E COORDENAÇÃO DA EDIÇÃO Mercedes de Esteban Villar Fundación Europea Sociedad y Educación Ana Rey Secretaría Técnica. Fundación Europea Sociedad y Educación DIREÇÃO CIENTÍFICA E AUTORIA Víctor Pérez-Díaz* Presidente de Analistas Sócio-Políticos Juan Carlos Rodríguez* Pesquisador de Analistas Sócio-Políticos *Autores dos capítulos de análise das sondagens e das conclusões. EQUIPE TÉCNICA José Manuel Segovia* Técnico especializado em programação e gestão on-line José Manuel Lacasa* Analista e técnico especializado em estatística educativa *Autores do estudo técnico e trabalho de campo. PLATAFORMA DIGITAL Encuestafacil.com ASSESSORES ACADÊMICOS Federico Gutiérrez Solana Ramón Capdevila David Aguilar Alberto Dibbern José Jaime Rivera DESIGN GRÁFICO DO RELATÓRIO E DIAGRAMAÇÃO KEN / www.ken.es

© Banco de Santander © Fundación Europea Sociedad y Educación José Abascal 57, 5º B 28003 Madrid T 34 91 455 15 76 www.sociedadyeducacion.org © Autores O Banco Santander e a Fundación Europea Sociedad y Educación permitem a exploração dos resultados da pesquisa, assim como a reprodução total do Relatório, sempre que não impliquem distorção, modificação, alteração ou atentado contra o mesmo ou seus autores e desde que seja feita referência ao seu conteúdo conforme as normas acadêmicas. O conteúdo deste trabalho, exceto quando houver ressalva, é publicado sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 International, http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR


�ndice Apresentação

04

1. Universidades comprometidas

07

2. Universidades sem fronteiras

16

3. Universidades formadoras

29

4. Universidades criativas e inovadoras

40

5. Universidades eficientes

55

ConclusĂľes gerais

71


Apresentação


# APRESENTAÇAO

5

Secretaria Técnica do Comitê Acadêmico do III Encontro de Rectores Universia encarregou à Fundação Sociedade e Educação (www.sociedadyeducacion.org), um centro de conhecimento especializado na reflexão e análise socioeducativa, a elaboração, aplicação e análise de resultados de uma série de 5 sondagens de opinião online dirigidas à comunidade universitária da Universia. Este projeto foi inscrito entre as ações preparatórias do encontro, em que foram articulados mecanismos de participação para promover uma convergência de perspectivas perante a construção de um espaço ibero-americano de conhecimento. Este resumo consolida os principais resultados de cada capítulo, correspondente aos cinco temas sobre os quais se pronunciaram estudantes, professores e pesquisadores, e colaboradores na administração e serviços universitários das instituições sócias da Universia, e é complementado com considerações gerais sobre as sondagens, após sua análise conjunta. O Relatório geral das sondagens consolida o trabalho realizado, os objetivos propostos, a execução do projeto e suas características técnicas e metodológicas, e, sobretudo, oferece uma interpretação e uma análise ponderada dos resultados, que abrem caminho a futuras pesquisas. Os temas sobre os quais os membros da comunidade universitária foram questionados entre setembro de 2013 e maio de 2014 foram propostos sob o lema do III Encontro “A Universidade do século XXI, uma reflexão da Ibero-América,” tomando como referência as conclusões obtidas no En-

A

CINCO SONDAGENS DE OPINIÃO ONLINE DIRIGIDAS À COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA DA UNIVERSIA E SEGMENTADAS POR PÚBLICO —ESTUDANTES, PROFESSORES E PESQUISADORES, E COLABORADORES NA ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇOS—.


# APRESENTAÇAO

6

contro de Reitores de Guadalajara 2010, e versaram sobre diferentes aspectos relacionados ao presente e ao futuro da Universidade: compromisso social, internacionalização, funções de formação, pesquisa e inovação e, por fim, recursos, governo e organização. Este sumário executivo está estruturado em cinco seções, em que são disponibilizadas sínteses dos resultados mais relevantes obtidos por meio das cinco sondagens*.

* A fim de facilitar sua localização, a numeração dos gráficos ilustrativos de cada um dos resultados enumerados neste Sumário Executivo mantém a mesma numeração aplicada no capítulo correspondente do Relatório Geral de resultados.

O INSTITUTO DE ESTUDOS EDUCACIONAIS E SOCIAIS, DEPARTAMENTO DE PESQUISA DA FUNDAÇÃO SOCIEDADE E EDUCAÇÃO, ESTÁ A CARGO DA DIREÇÃO DO PROJETO.


#3 UNIVERSIDADES FORMADORAS

# Pesquisa 1

7

Universidades comprometidas


Introduçao

La primeira sondagem de opinião registrou questionários válidos de 13.049 estudantes, 5.614 docentes e pesquisadores (DP) e 2.766 membros pessoal da administração e serviços (PAS) de universidades ibero-americanas majoritariamente pertencentes à Universia. As principais conclusões enumeradas nesta seção procedem de uma relação de questões apresentadas aos diferentes membros da comunidade universitária da Universia entre os dias 20 de setembro e 21 de outubro de 2013: a) a percepção sobre os objetivos de caráter social no âmbito dos fins almejados pelas universidades; b) a tarefa desempenhada pela universidade no desenvolvimento da prosperidade dos países; c) a importância atribuída pelos entrevistados à cooperação das universidades com outros atores sociais (nacionais e internacionais) na hora de conseguir seus objetivos; d) a implicação social dos membros da universidade; e) as opiniões dos entrevistados sobre questões relativas às desigualdades de acesso à educação superior; f) as opiniões sobre a possível utilidade de um programa ibero-americano de ação social do tipo proposto no II Encontro Internacional de Reitores da Universia (Guadalajara, 2010).

Questionários validos

13.049 ESTUDANTES

5.614 PROFESSORES

2.766 PAS


#1 UNIVERSIDADES COMPROMETIDAS

9

A seguir, são enumeradas as conclusões parciais desta sondagem:

GRÁFICO 1. Estudante: “Qual deveria ser o objetivo prioritário para a universidade do entrevistado?”

1. A prioridade das universidades ibero-americanas deveria ser a formação de bons profissionais, seguida com grande distância pelas atividades de pesquisa e por um fim social, o desenvolvimento region.

80

CITADO EM PRIMEIRO LUGAR CITADO EM PRIMEIRO, SEGUNDO OU TERCEIR LUGAR

73,9

70 60

53,1

52,0

50 40,6 40

35,3 31,6

30

28,5

20 11,1 8,2

10

16,4

11,0 6,6

8,6

6,5 1,5

1,7

0,2

1,7

0,1 0,2

0

FORMAR BONS PROFISSIONAIS

FORMAR BONS PESQUISADORES

FORMAR BONS CIDADÃOS

REALIZAR ATIVIDADES DE PESQUISA, DESENVOLVIMENTO DO CONHECIMENTO E INOVAÇÃO

CONTRIBUIR PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL DA REGIÃO EM QUE SE ENCONTRA

CONTRIBUIR PARA A REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES E PARA A COESÃO SOCIAL

CONTRIBUIR PARA O CUIDADO E PARA A PROTEÇÃO DO AMBIENTE

CONTRIBUIR PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM ESPÍRITO COMUM DE MEMBRO DA IBERO-AMÉRICA

OUTRO

NÃO SABE


#1 UNIVERSIDADES COMPROMETIDAS

10

2. Estudantes, professores e pessoal de administração e serviços dão uma pontuação alta (8,2, 8,3 e 8,4, respectivamente) às universidades de seus países no que tange o grau em que a prosperidade desses países depende das diversas atividades que levam a cabo. 10 9

8,4 8,2 8,3

8,2 8,0 8,3

8

7,8

7,7

8,0

7 6 5 4 3

GRÁFICO 6. Grau de necessidade de que a universidade coopere com outros atores para cumprir seus objetivos (média em uma escala de 0 nenhuma a 10- muita)

2

ESTUDANTES PROFESSORES PAS

1 0

AS DIVERSAS ATIVIDADES (FORMAÇÃO ACADÊMICA, FORMAÇÃO PROFISSIONAL, PESQUISA, ETC.) QUE AS UNIVERSIDADES DO SEU PAÍS DESENVOLVEM

O QUE FAZ O GOVERNO E AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS DO PAÍS

AS ATIVIDADES DAS PRINCIPAIS EMPRESAS


#1 UNIVERSIDADES COMPROMETIDAS

11

3. Os três públicos consultados pontuam com níveis altos de necessidade a cooperação com todos os atores considerados, com médias superiores a 8 e inferiores a 9 para todos eles menos as associações voluntárias, que obtêm médias inferiores a 8.

GRÁFICO 7. Grau de necessidade de que a universidade coopere com outros atores para cumprir seus objetivos (média em uma escala de 0 nenhuma a 10 - muita)

10 9

8,4

8,6 8,7

8,6

8,4 8,5 8,1

8

8,9 8,8

8,7 8,8 8,7

7,9

7,7 7,4

7 6 5 4 3 2 1 0

AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS, O GOVERNO NOS SEUS DIFERENTES NÍVEIS

AS EMPRESAS E/OU ASSOCIAÇÕES EMPRESARIAIS

AS ONG E ASSOCIAÇÕES VOLUNTÁRIAS SIMILARES

OUTRAS UNIVERSIDADES E CENTROS DE PESQUISA DO SEU PAÍS

AS UNIVERSIDADES E CENTROS DE PESQUISA FORA DO PAÍS

ESTUDANTES PROFESSORES PAS


#1 UNIVERSIDADES COMPROMETIDAS

12

4. Apenas 26,3% dos estudantes considera a implicação social dos universitários alta ou muito alta em comparação com a da média dos cidadãos de seu país, uma porcentagem um pouco inferior à dos que a consideram baixa ou muito baixa (31,6%). Apenas 21,6% deles veem a implicação dos estudantes como alta ou muito alta, e muito mais (34,6%) a veem como baixa ou muito baixa. 26,4% do pessoal da administração e serviços consideram a implicação dos estudantes como alta ou muito alta, e 32,1% veem-na como baixa ou muito baixa.

GRÁFICO 9. Avaliação do envolvimento social (trabalho voluntário, participação em associações ...) dos estudantes universitários em comparação com o cidadão médio

MUITO ALTA ESTUDANTES

ALTA

PROFESSORES

MÉDIO

8,5

1,3 5,0

BAIXA

2,4 3,3 9,5

MUITO BAIXA

18,3 21,3

23,1

25,1

41,4 40,8

PAS

3,2 8,2

5,5

20,9

23,9

38,3

NÃO SABE


#1 UNIVERSIDADES COMPROMETIDAS

13

5. São maioria as opiniões que demonstram uma situação relativamente positiva no que tange o acesso à universidade dos grupos socialmente desfavorecidos. Essa é a opinião de 55,1% dos estudantes, 57% dos professores e 62,2% do pessoal da administração e serviços. Quanto às alternativas de financiamento preferidas pelos entrevistados para melhorar o acesso à universidade é majoritária (55,2%) a soma das opções que

GRÁFICO 13. O que você acredita que ocorreu com o acesso aos estudos universitários dos grupos socialmente desfavorecidos na última década?

MELHOROU MUITO OU BASTANTE MELHOROU UM POUCO

ESTUDANTES

2,2

PIOROU UM POUCO

2,0 14,2

10,7

MANTEVE-SE NUM NÍVEL SIMILAR

PROFESSORES

11,6

19,7

PIOROU MUITO OU BASTANTE NÃO SABE

11,3 14,3

40,9

20,6

PAS

1,1 8,0

17,1

12,3

16,4

45,1

15,0

37,3


#1 UNIVERSIDADES COMPROMETIDAS

14

implicam que os estudantes com rendimentos suficientes assumam os custos da universidade. Assim, entre os estudantes, apenas 42,4% são partidários da gratuidade universal, uma porcentagem levemente mais elevada que a de professores (35%) e que a do pessoal da administração e serviço. PROFESSORES ESTUDANTES

2,4

2,4

28,6 31,9

35

42,4

30,7

26,6

PAS

2,8

31,5

32,8

GRÁFICO 15. Tendo em conta as condições financeiras das universidades do seu país, para conseguir um melhor acesso à universidade dos grupos socialmente desfavorecidos, supondo que apenas existam três opções, qual seria a sua preferida?

QUE A UNIVERSIDADE PÚBLICA FOSSE GRATUITA (OU QUASE GRATUITA) PARA TODOS OS ESTUDANTES, INDEPENDENTEMENTE DO RENDIMENTO DA SUA RENDA FAMILIAR QUE OS ESTUDANTES QUE TIVEREM CONDIÇÕES, PAGUEM MATRÍCULAS AJUSTADAS AO CUSTO REAL DO ENSINO, MAS QUE OS QUE NÃO TIVEREM CONDIÇÕES, RECEBAM EMPRÉSTIMOS A JUROS MUITO BAIXOS, QUE DEVERÃO DEVOLVER GRADATIVAMENTE QUANDO OBTIVEREM RENDIMENTOS DO TRABALHO SUFI QUE OS ESTUDANTES QUE TIVEREM CONDIÇÕES, PAGUEM MATRÍCULAS AJUSTADAS AO CUSTO REAL DO ENSINO, MAS QUE ESTE SEJA GRATUITO PARA OS QUE NÃO AS POSSAM PAGAR NÃO SABE

32,9


#1 UNIVERSIDADES COMPROMETIDAS

15

6. Toda a comunidade universitária ibero-americana considera muito útil um Programa Ibero-Americano de Cooperação e Ação Social Interuniversitária, pois as pontuações médias dos três grupos coincidem quase milimetricamente em uma utilidade média de 9 sobre 10. 10 9

8,9

8,9

ESTUDANTES

PROFESSORES

9,0

8 7 6 5 4 3 2 1 0

PAS

GRÁFICO 16. Utilidade de um Programa IberoAmericano de Cooperação e Ação Social Interuniversitária, que promova o compromisso social dos universitários ... (média na escala de 0, nada útil, a 10, muito útil)


# Pesquisa 2

Universidades sem fronteiras


Introduçao

A estratégia de internacionalização das instituições de Ensino Superior foi objeto da segunda sondagem, entre os dias 5 de Novembro e 9 de Dezembro de 2013, a 14.212 estudantes, 5.367 professores (PDI) e 2.350 membros do pessoal administrativo e de serviços (PAS) de universidades ibero-americanas, maioritariamente pertencentes à Universia. Os gráficos que se incluem a seguir resumem os resultados relativos aos 5 blocos de questões apresentados aos diferentes membros da comunidade universitária da Universia: a) aspectos relativos à mobilidade interna (nacional) dos estudantes; b) a importância atribuída à mobilidade internacional e à internacionalização das universidades; c) o peso atribuído às políticas de internacionalização na universidade de procedência; d) a experiência de mobilidade efectiva por parte de professores e estudantes; e) a avaliação dos obstáculos à mobilidade e das medidas para a orientar e melhorar.

Questionários validos

14.212 ESTUDANTES

5.367 PROFESSORES

2.350 PAS


#2 UNIVERSIDADES SEM FRONTEIRAS

18

A seguir, são enumerados os principais resultados: 1. 73,8% dos estudantes, 68,1% dos professores e 73,7% do PAS acreditam que pesa mais a reputação da instituição universitária do que a sua localização, no momento de escolher a universidade. Na Península Ibérica, as percentagens que acreditam que importa mais a reputação encontram-se próximas de 40% (mas com um mínimo de 31,8% entre o corpo docente) e são claramente inferiores às obtidos nas outras duas regiões, que rondam 70/80%. 90 80,9 76,6 70,8

80 70

80,3

78,5 72,5

60 50

44,3 37,5

40 31,8 30

GRÁFICO 2. Percentagem que acredita que é mais importante a reputação da universidade (e não a sua localização) no momento de escolher onde estudar, segundo a região Universia

20 10 0

PORTUGAL E ESPANHA

BRASIL

RESTO

ESTUDANTES PROFESSORES PAS


#2 UNIVERSIDADES SEM FRONTEIRAS

19

2. A escolha da universidade acabou por não ser muito facilitada pela informação disponível, que recebe uma pontuação próxima de 6 na escala de 0 a 10. Por isso, não é estranho que se dê claramente as boas-vindas à publicação de relatórios independentes ou rankings universitários (com pontuações que rondam 8 sobre 10). 10 8,1 8,2 8,2 8

8,0

7,7 7,7

6,8 6,2 6,5 6

4

2

0

NO MEU PAÍS, OS ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS POSSUEM INFORMAÇÃO SUFICIENTE PARA ESCOLHER ONDE ESTUDAR

RELATÓRIOS INDEPENDENTES SOBRE A QUALIDADE DAS UNIVERSIDADES E OS SEUS PLANOS DE ESTUDO AJUDARIAM OS ESTUDANTES A ESCOLHER ONDE ESTUDAR

RANKING DE RESULTADOS DAS UNIVERSIDADES E DOS SEUS PLANOS DE ESTUDO AJUDARIAM OS ESTUDANTES A ESCOLHER ONDE ESTUDAR

GRÁFICO 3. Grau de concordância com afirmações relativas à informação necessaria para escolher a universidade no país do entrevistado (média numa escala de 0, “não concordo”, a 10, “concordo plenamente”) ESTUDANTES PROFESORES PAS


#2 UNIVERSIDADES SEM FRONTEIRAS

20

3. A mobilidade exterior integrada nos planos de estudos e a presença de professores estrangeiros suscita um notável apoio, com pontuações médias próximas de 8 sobre 10. O efeito “fuga de cérebros” que acarreta a mobilidade internacional é considerado como um problema por 76,4% dos estudantes, 74,2% dos professores e 71,5% do PAS. 10 9

8,4

8,1 8

7,3 7,6

7,8 7,6 6,8

7

7,2

7,7

7,5 7,6 7,8

6 5 4 3 2

GRÁFICO 4. Grau de concordância com “todos os planos de estudo deveriam incluir um período de estudo noutro país, como parte integrante desses mesmos planos” (média na escala de 0 a 10), segundo a região Universia

1 0

ESTUDANTES

PROFESSORES

PAS

TOTAL PENÍNSULA IBÉRICA BRASIL RESTO


#2 UNIVERSIDADES SEM FRONTEIRAS

21

4. Os entrevistados concedem uma vasta margem de melhoria ao objectivo de mobilidade nacional ou internacional dos seus estudantes e professores, tendo em conta a importância que acreditam que a sua universidade concede ao dito objectivo. As médias na escala de 0 (nenhuma importância) a 10 (grande importância) obtidas nas respostas de estudantes (6,3) e professores (6,6) ficam pouco acima de 6 sobre 10, se bem que o PAS seja mais optimista a esse respeito (7,2). O PAS não parece sentir-se especialmente preparado para gerir uma mobilidade internacional substancialmente maior. 10 9 8

7,2

7

6,3

6,6

GRÁFICO 8. No caso concreto da sua universidade, que importância é concedida ao objectivo da mobilidade nacional ou internacional dos seus estudantes e professores? (média na escala de 0, “nenhuma importância”, a 10, “grande importância”)

6 5

ESTUDANTES

4

PROFESSORES

3

PAS

2 1 0

10 9 8 6,6

7

6,2

6,0 6

5,1

5 4 3 2 1 0

TOTAL

PENÍNSULA IBÉRICA

BRASIL

RESTO

GRÁFICO 11. PAS. Grau de concordância com: “o pessoal administrativo e de serviços da minha universidade está suficientemente preparado para apoiar e gerir uma mobilidade internacional de professores e estudantes substancialmente maior do que a actual” (média na escala de 0, “não concordo nem um pouco”, a 10, “concordo plenamente”, segundo a região Universia)


#2 UNIVERSIDADES SEM FRONTEIRAS

22

5. 39,6% dos professores afirmam ter realizado estudos no estrangeiro, apesar de esta percentagem ocultar variações geográficas de certo peso. Na Península Ibérica e no Brasil, a percentagem ronda 30%, mas no Resto ascende a 43,9%. 26,0% afirmam ter exercido funções como docente ou investigador no estrangeiro, pelo menos durante o tempo equivalente a um ano lectivo.

50 45 40

43,9 39,6

35 30,9 30,3

30,7

30

26,4

26,0 25

FREQUENTOU ESTUDOS UNIVERSITÁRIOS NOUTRO PAÍS

21,7 20 15 10 5 0

TOTAL

GRÁFICO 13. Experiência no exterior dos professores universitários, segundo a região Universia

PENÍNSULA IBÉRICA

BRASIL

RESTO

FUNÇÕES COMO DOCENTE OU INVESTIGADOR NOUTRO PAÍS, POR AO MENOS UM PERÍODO DE TEMPO EQUIVALENTE A UM ANO LECTIVO


#2 UNIVERSIDADES SEM FRONTEIRAS

23

6. 15,8% dos estudantes afirmam ter realizado algum tipo de estudos universitários fora do seu país, a que se acrescentam 9,9% que o solicitaram, mas não foram seleccionados. A grande maioria não o fez, seja porque planeou e renunciou à ideia (39,2%), seja porque nunca o planeou (35,1%). A percentagem de estudantes com experiência no estrangeiro é inferior no Brasil (7,2%) e mais alta na Península Ibérica (16,8%) e no Resto (18,2%). TOTAL

PENÍNSULA IBÉRICA

15,8

16,8 9,9

35,1

4,5 42,4

36,4 39,2 BRASIL

RESTO

7,2 11,9

GRÁFICO 14. Estudantes: frequentou algum tipo de ensino universitário noutro país (segundo a região Universia)

18,2 30

SIM

10,3 47,3

NÃO: PENSAVA FAZÊ-LO, MAS RENUNCIEI À IDEIA NÃO: SOLICITEI-O, MAS NÃO FUI SELECCIONADO

33,6 41,4

NÃO: NUNCA PENSEI ESTUDAR NO ESTRANGEIRO


#2 UNIVERSIDADES SEM FRONTEIRAS

24

7. Dois terços (66,7%) dos estudantes dizem estar a planear continuar noutro país os seus estudos, pelo menos uma parte. Os menos propensos são os da Península Ibérica (43,9%), a grande distância dos do Brasil (63,2%) e do Resto (72,1%).

80 70

72,1 66,7

63,2

60 50

43,9

40 30 20 10 0

TOTAL

PENÍNSULA IBÉRICA

BRASIL

RESTO

8. De uma lista de 7 obstáculos à mobilidade internacional efectiva, os estudantes mencionam, em primeiro lugar e com diferença, a falta de fundos, seguida da falta de informação, as barreiras linguísticas e as dificuldades para o reconhecimento dos estudos.

GRÁFICO 15. Percentagem de estudantes que está a planear continuar os seus estudos pelo menos parcialmente, noutro país, segundo a região Universia


#2 UNIVERSIDADES SEM FRONTEIRAS

25

A FALTA DE INFORMAÇÃO SOBRE AS OPORTUNIDADES PARA ESTUDAR NO ESTRANGEIRO

A POSSIBILIDADE DE OS ESTUDOS NO ESTRANGEIRO NÃO TEREM RECONHECIMENTO OU HOMOLOGAÇÃO OU SER DIFÍCIL OBTÊ-LOS

A FALTA DE FUNDOS

1,5 5,8 0,9

1,1 5,2

11,5

24,8

5,1

17,4

26,3

23,8

29,6 65,6

36,3

45,1

A DIFERENTE QUALIDADE EDUCATIVA NO ESTRANGEIRO

NA MINHA UNIVERSIDADE NÃO SE FOMENTA A MOBILIDADE

AS BARREIRAS LINGUÍSTICAS

9,8 1,0

3,9 9,9

8,5

20,3

13,0

23,1 23,5

27,6

32,3

21,7

36,6 39,7

29,2

PROBLEMAS RELACIONADOS COM EMIGRAÇÃO (BARREIRAS ADMINISTRATIVAS, POR EXEMPLO)

6,6 14,2

18,5

29,6 31,1

GRÁFICO 17. Estudantes: Para os estudantes do país do entrevistado que ambicionam estudar no estrangeiro, vários aspectos representam um... OBSTÁCULO MUITO GRANDE GRANDE PEQUENO NENHUM OBSTÁCULO NÃO SABE


#2 UNIVERSIDADES SEM FRONTEIRAS

26

9. Entre os continentes preferidos como destino para os estudantes da própria universidade predomina nitidamente o europeu, mencionado por 51,7% dos estudantes, 52,5% do corpo docente e 47,2% do PAS. O segundo lugar é disputado pela América do Norte, América Central e do Sul. A Ásia, África e Oceânia têm menções pouco significativas.

ESTUDIANTES

2 1 7,8 4,9

PROFESORES

1,0 5,1 3,8 1,0

14,0

GRÁFICO 22. E se fosse necessário facilitar que os estudantes da sua universidade frequentassem estudos fora do seu país e conceder prioridade a um continente ou região de destino, qual a deveria ter?

PAS

1,0 6,0 6,5 2,0

18,7

18,7

18,8 18,5

18 52,5

47,2

51,7

AMÉRICA DO NORTE AMÉRICA CENTRAL E DO SUL EUROPA ASIA ÁFRICA OCEÂNIA NÃO SABE


#2 UNIVERSIDADES SEM FRONTEIRAS

27

10. A comunidade universitária parece disposta a fomentar o debate sobre a promoção da mobilidade na sua universidade, no seu país e na escala ibero-americana, segundo as suas respostas a propósito da utilidade atribuída a várias medidas orientadas para essa promoção. Médias próximas ou superiores a 8,5 sobre 10 assim o confirmam entre os três públicos e para todas as medidas. GRÁFICO 24. Utilidade de medidas para fomentar substancialmente a mobilidade nacional (entre universidades de um mesmo país) e internacional (com universidades estrangeiras) dos estudantes, professores e investigadores do seu país e ibero-americanos em geral (média na escala de 0, “muito pouco útil”, a 10, “muito útil”.

ESTUDANTES PROFESSORES PAS

10 9

8,9 9,1 8,9

8,6 8,7

8,8 8,6

8,5 8,5 8,3

8,7 8,4

8,9 9,0 8,8

8 7 6 5 4 3 2 1 0

UM MAIOR COMPROMISSO DOS GOVERNOS, EMPRESAS, PATROCINADORES PÚBLICOS E PRIVADOS NO FINANCIAMENTO DO OBJECTIVO DA MOBILIDADE DE ESTUDANTES E PROFESSORES

A ELIMINAÇÃO, POR PARTE DO GOVERNO, DE OBSTÁCULOS BUROCRÁTICOS, LEGAIS E MIGRATÓRIOS QUE LIMITAM A MOBILIDADE

A CONCEPÇÃO, POR PARTE DE CADA UNIVERSIDADE, DEPROGRAMAS ESPECÍFICOS DE MOBILIDADE

A IMPLEMENTAÇÃO DE UM "CARTÃO UNIVERSITÁRIO IBEROAMERICANO" QUE FACILITE A MOBILIDADE E O USO DOS SERVIÇOS NESSA ÁREA GEOGRÁFICA

A COORDENAÇÃO DE INICIATIVAS PARA PROMOVER A UNIVERSIDADE IBERO-AMERICANA, MEDIANTE PROGRAMAS CONJUNTOS E ESTRUCTURAS PARTILHADAS POR DIFERENTES UNIVERSIDADES


#2 UNIVERSIDADES SEM FRONTEIRAS

28

GRÁFICO 26. Acredita que a rede Universia pode desempenhar um papel muito importante, bastante, pouco ou nada importante para estabelecer um espaço ibero-americano para o desenvolvimento do conhecimento e da inovação?

11. Ainda que o nível de conhecimento da Universia entre a comunidade universitaria ibero-americana seja susceptível de ser melhorado (situando-se entre 4,5 e 5 na escala de 0 a 10), uma maioria de estudantes (80,6%), professores (80,3%) e PAS (80,3%) confia na possível contribuição da Universia para um hipotético espaço ibero-americano do conhecimento e da inovação.

ESTUDANTES

PROFESSORES

14,8

14,3 0,6 4,5

1,7 6,2

0,8 4,1

11,8

39,3

40,8

40,0

40,6

PAS

39,5

41,0

MUITO IMPORTANTE BASTANTE IMPORTANTE POUCO IMPORTANTE NADA IMPORTANTE NÃO SABE


# Pesquisa 3

Universidades formadoras


Introduçao

Entre os dias 17 de fevereiro e 26 de março de 2014, 11.842 estudantes, 6.236 professores (PDP) e 2.615 membros do pessoal administrativo e de serviços (PAS) de universidades ibero-americanas, majoritariamente pertencentes à Universia, preencheram o questionário a respeito dos aspectos relativos à função de formação desenvolvida pelas universidades. Nesta ocasião, as respostas foram agrupadas em 4 áreas geográficas: Península Ibérica, Brasil, México e restante da Ibero-América. As principais conclusões contidas neste documento relacionam-se ao4 blocos de conteúdos: a) escala de preferências quanto aos objetivos da formação universitária e grau de cumprimento de suas finalidades; b) avaliação da competência dos professores universitários, na perspectiva dos alunos e de seus pares, assim como o investimento na formação permanente do corpo docente universitário; c) a formação online; d) a avaliação sobre a qualidade do ensino universitário por parte dos três públicos pesquisados.

Questionários validos

11.842 ESTUDANTES

6.236 PROFESSORES

2.615 PAS


#3 UNIVERSIDADES FORMADORAS

31

A seguir, enumeram-se os principais resultados: 1. A opinião média dos entrevistados, independentemente do público (estudantes, PDP, PAS) a que pertencem, tende a situar-se muito próxima do ponto médio (5) das cinco escalas que contrapõem finalidades do ensino universitário alternativas ou opostas. Somente em um caso a preferência média inclina-se com relativa clareza por um dos dois polos, o da universidade como elemento da formação ao longo da vida toda, e não como formação inicial.

GRÁFICO 1. Preferências sobre a finalidade da formação universitária, expressadas na escolha de uma pontuação em escalas que opõem fins alternativos (médias em escalas de 0 a 10)

10

8 6,9

6

6,0

6,1

5,9 5,5

7,1 7,4

5,9

5,6 5,6

6,1 6,2

5,5 5,2 5,2

4

2

0

DE 0 (MELHORAR A CAPACIDADE DE PENSAR) A 10 (MELHORAR A CAPACIDADE DE AGIR)

DE 0 (FORMAÇÃO PRÁTICA) A 10 (TRANSMISSÃO DE CONHECIMENTOS)

DE 0 (ESPECIALIZAÇÃO PROFISSIONAL OU ACADÊMICA) A 10 (FORMAÇÃO CULTURAL DE AMPLO ALCANCE)

DE 0 (FORMAÇÃO INICIAL DOS JOVENS) A 10 (FORMAÇÃO AO LONGO DA VIDA TODA)

DE 0 (FORMAÇÃO MAIS LIGADA ÀS NECESSIDADES DO MOMENTO) A 10 (FORMAÇÃO MAIS ATEMPORAL)

ESTUDANTES PROFESSORES PAS


#3 UNIVERSIDADES FORMADORAS

32

2. Estudantes e professores estão bastante satisfeitos com a contribuição da universidade (em termos da utilidade dos conhecimentos adquiridos) para o potencial de inserção profissional dos formados. A média obtida entre os estudantes em uma escala de 0 (nada úteis) a 10 (muito úteis) foi de 7,8, muito similar à obtida entre os professores, de 8,0. A variação regional nesta questão é bastante notável, diferenciando-se com bastante clareza as opiniões formuladas na Península Ibérica das dos demais países, especialmente no caso dos estudantes. 10 8,4 8,5 8

8,4 8,4 8,0

7,8 7,7

7,9 7,4

6,6 6

GRÁFICO 4. Utilidade dos conhecimentos adquiridos em sua faculdade / na faculdade em que desenvolve a maior parte de sua docência para a inserção profissional adequada dos formados (médias em escalas de 0, nada úteis, a 10, muito úteis)

4

TOTAL PENÍNSULA IBÉRICA BRASIL MÉXICO RESTO

2

0

ESTUDANTES

PROFESSORES


3. Quanto à capacitação dos professores universitários, estes obtêm a qualificação mais alta no nível de conhecimentos que têm de sua matéria (os estudantes pontuam-nos com 8,3; seus colegas, com 8,1), e a mais baixa no grau de inovação de seus métodos de ensino (6,4 e 6,2, respectivamente). Em sua capacidade pedagógica obtêm pontuações médio-altas (7,0 e 6,9), muito similares às que obtêm em sua vocação para o ensino (7,2 e 7,2).

10 8,3 8,1 8 7,0

6,9

7,2 7,2 6,4

6,2

6

4

2

GRÁFICO 7. Qualificação média (na escala de 0 a 10) conferida pelos estudantes a seus professores, e pelos professores a seus colegas que dão aula na mesma faculdade, conforme as diversas características dos professores ESTUDANTES PROFESSORES

0

O NÍVEL DE CONHECIMENTO DE SUA MATÉRIA

SUA CAPACIDADE PEDAGÓGICA

O GRAU DE INOVAÇÃO SUA VOCAÇÃO DE SEUS MÉTODOS DE PARA A DOCÊNCIA ENSINO


#3 UNIVERSIDADES FORMADORAS

34

4. Os professores entrevistados avaliam a oferta de formação permanente ou contínua à disposição dos docentes de sua universidade com uma média bastante baixa, de 6 na escala de 0 (muito pouco adequada) a 10 (muito adequada). Esta qualificação apresenta certa variação regional: a média para o Brasil é de 6,4, no México é de 6,8, e na Península Ibérica, é de 5,6. 10

TOTAL PENÍNSULA IBÉRICA BRASIL MÉXICO RESTO

8 6,8 6,4 6,0 6

5,6

5,7

4

2

0

PROFESSORES

GRÁFICO 8. Avaliação feita pelos professores da oferta de formação permanente ou contínua à disposição dos docentes de sua universidade (média na escala de 0, muito pouco adequada, a 10, muito adequada), conforme a região Universia


#3 UNIVERSIDADES FORMADORAS

35

5. Os professores valorizam a proposta de uma rede virtual ibero-americana para a formação docente que difunda as boas práticas nesse campo, à qual se concede uma pontuação média de 8,3 na escala de 0 (muito pouco útil) a 10 (muito útil). A avaliação na Península Ibérica é um pouco menos positiva.

10 8,7 8,7 8,3

7,8

8 7,0

6

4

GRÁFICO 9. Utilidade da oferta de formação permanente de uma rede virtual ibero-americana para a formação docente que sirva para difundir as boas práticas nesse campo (média na escala de 0, muito pouco útil, a 10, muito útil), conforme a região Universia

2

0

PROFESSORES

TOTAL PENÍNSULA IBÉRICA BRASIL MÉXICO RESTO


#3 UNIVERSIDADES FORMADORAS

36

6. Em cinco características dos cursos de sua universidade próprias da formação online, a pontuação média concedida pelos entrevistados ficou abaixo de 7 na escala de 0 (desenvolvimento muito baixo) a 10 (desenvolvimento muito alto).

GRÁFICO 10. Na faculdade em que você efetua a maior parte de sua docência / em sua faculdade, em geral, qual é o grau de desenvolvimento das seguintes características dos cursos oferecidos? (média na escala de 0, muito baixo, a 10, muito alto)

10

8 6,8 6,7

6,7 6,6

6 5,6

5,0

5,9 5,7

5,0 4,9

4

2

0

TRABALHOS DE CURSO EM GRUPO (COM FERRAMENTAS TIPO WIKI)

ESTUDANTES PROFESSORES


#3 UNIVERSIDADES FORMADORAS

37

7. Uma maioria muito ampla responde afirmativamente à pergunta sobre se os portais da Universia poderiam se tornar um canal relevante para o desenvolvimento da formação universitária a escala ibero-americana.

100 90 80 70 60 50 40

90,7 90,3 88,6

GRÁFICO 14. Acham que os portais da Universia poderiam se tornar um canal relevante para o desenvolvimento da formação universitária a escala ibero-americana, em porcentagem de cada categoria

30 20 10 0

ESTUDANTES PROFESSORES PAS


#3 UNIVERSIDADES FORMADORAS

38

8. A pontuação média dada pelos estudantes ao ensino em sua faculdade, pelos professores ao ensino na faculdade em que desenvolvem a maior parte de sua docência, e pelo PAS ao ensino no centro universitário em que trabalha é a mesma, 7,9 na escala de 0 (qualidade muito ruim) a 10 (qualidade muito boa). Observam-se variações regionais: menos favorável entre os entrevistados da Península Ibérica, especialmente os estudantes. Os mais satisfeitos são os entrevistados do Brasil e México.

GRÁFICO 17. Avaliação do ensino em sua universidade (média na escala de 0, muito ruim, a 10, muito boa), segundo a região Universia

10 8,4 8

8,3 8,3

8,4

8,3

8,4

7,9 7,9 7,9 6,9

7,7 7,6 7,8

7,5 7,2

6

4

2

0

TOTAL

PENÍNSULA IBÉRICA

BRASIL

MÉXICO

RESTO

ESTUDANTES PROFESSORES PAS


#3 UNIVERSIDADES FORMADORAS

39

9. Os entrevistados avaliaram a utilidade de diferentes medidas para conseguir melhoras substanciais da qualidade do ensino nas universidades de seu país em uma escala de 0 (muito pouca utilidade) a 10 (muita). As pontuações médias obtidas tendem a situar-se entre 8,5 e 9. 10 8,3

8,1 8,3

8,6 8,5

8,8

8,8

8,9 9,1

9,0 9,0

9,3

8

6

4

2

GRÁFICO 19. Utilidade de diferentes medidas para conseguir melhoras substanciais da qualidade do ensino nas universidades do país do entrevistado (média na escala de 0, muito pouca, a 10, muita) ESTUDANTES PROFESSORES PAS

0

A CONVERGÊNCIA DAS ESTRUTURAS DOS CURSOS UNIVERSITÁRIOS (POR EXEMPLO, GRADUAÇÃO, MESTRADO, DOUTORADO OU OUTRA SIMILAR) A ESCALA IBERO-AMERICANA

O CREDENCIAMENTO DOS ESTUDOS OFERECIDOS PELAS UNIVERSIDADES POR AGÊNCIAS RECONHECIDAS INTERNACIONALMENTE

ACORDOS DE COLABORAÇÃO ENTRE UNIVERSIDADES PARA OFERECER DIPLOMAS CONJUNTOS

PLANOS DE COLABORAÇÃO COM INSTITUIÇÕES PÚBLICAS E EMPRESAS PRIVADAS DESTINADOS A QUE OS ESTUDANTES POSSAM FAZER ESTÁGIOS


# Pesquisa 4

Universidades criativas e inovadoras


Introduçao

Esta pesquisa centrou-se no tema “as universidades criativas e inovadoras”,ou seja, tratou de diversos aspectos relativos à função de pesquisa, inovação e transferência de conhecimento realizada pelas universidades. 6.372 estudantes, 3.340 professores (PDP) e 1.128 membros do pessoal de administração e serviços (PAS) de universidades ibero-americanas, majoritariamente pertencentes à Universia, responderam online, entre os dias 27 de março e 4 de maio de 2014. Foram encontradas algumas diferenças significativas relacionadas com o campo de conhecimento ao qual estão vinculados os professores. Os principais achados reunidos neste documento incidem sobre os seguintes sete blocos de conteúdos: a) a inovação tecnológica, concebida como objetivo estratégico dos países; b) a pesquisa que é realizada nas universidades ibero-americanas, vista, sobretudo, pelos professores; c) os pesquisadores do futuro, isto é, as expectativas dos estudantes a este respeito; d) a gestão da pesquisa da perspectiva do PDP e do PAS; e) o binômio pesquisa-formação; f) medidas de melhoria da inovação e da qualidade da pes-

Questionários validos

6.372 ESTUDANTES

3.340 PROFESSORES

1.128 PAS


#4 UNIVERSIDADES CRIATIVAS E INOVADORAS

42

quisadas universidades; g) possíveis contribuições da Universia e da Innoversia para a inovação universitária. A seguir, enumeram-se conclusões:

1.

São médias ou baixas as pontuações médias dos entrevistados à contribuição das universidades, governos e empresas para a capacidade de inovação de seus países. As pontuações médias são também médias e baixas ao qualificar a prioridade que a inovação tecnológica tem em seus países.

10 9 8 7 6

6,7 5,9

6,1 5,2

5

4,5

4,6

5,4

5,4 4,4

4

GRÁFICO 1. Contribuição dos diferentes atores para a capacidade de inovação tecnológica do país do entrevistado (média em uma escala de 0, pouco, a 10, muito)

3 2 1 0

UNIVERSIDADE

GOVERNO DO PAÍS

EMPRESAS PRIVADAS

ESTUDANTES PROFESSORES PAS


#4 UNIVERSIDADES CRIATIVAS E INOVADORAS

43

2. Em média, os professores das universidades ibero-americanas dedicam 41,6% de seu tempo ao ensino e 31,6% à pesquisa. O resto do tempo é ocupado em tarefas administrativas, ligadas à pesquisa (12,1%) ou ligadas ao ensino (13,7%).

TOTAL

PENÍNSULA IBÉRICA

12,4

13,7 42,6

12,1

10,7 41,4

35,5

31,6

BRASIL

GRÁFICO 6. Tempo que os professores dedicam a diferentes atividades ao longo de um ano acadêmico, em porcentagem sobre o total, de acordo com a região Universia

ENSINO

RESTO

PESQUISA

39,6

12,1 43,8

12,8

29,5

TAREFAS ADMINISTRATIVAS ASSOCIADAS À PESQU

12,6

18

31,5

OUTRAS TAREFAS ADMINISTRATIVAS


#4 UNIVERSIDADES CRIATIVAS E INOVADORAS

44

3. A maioria do professorado afirmou dedicar-se com maior frequência à pesquisa aplicada (54%), dividindo-se os que optaram pela básica e pelo desenvolvimento em partes quase iguais (19,7 e 20,2%, respectivamente), com as diferenças esperáveis de acordo com o campo de estudo: o peso da pesquisa básica é máximo entre os professores que pesquisam no âmbito das ciências naturais (43,7%) e é mínimo no dos que o fazem no campo da engenharia (7,2%).

TOTAL

5,8

PENÍNSULA IBÉRICA

2,6

19,7

13,7

20,2

31

BRASIL

RESTO

4,9

6,6 23,2

16,6

16,5

22,5

54,6

PESQUISA BÁSICA (DIRIGIDA A OBTER CONHECIMENTOS SOBRE OS FUNDAMENTOS DOS FENÔMENOS OBSERVÁVEIS, SEM PENSAR EM DAR A ELES NENHUMA APLICAÇÃO ESPECÍFICA PESQUISA APLICADA (DIRIGIDA A ADQUIRIR NOVOS CONHECIMENTOS, MAS ORIENTADOS, FUNDAMENTALMENTE, A UM OBJETIVO PRÁTICO ESPECÍFICO)

52,3

54,0

GRÁFICO 8. Professores: que tipo de pesquisa realizam com maior frequência, de acordo com a região Universia

54,1

DESENVOLVIMENTO (APROVEITA OS CONHECIMENTOS EXISTENTES E ESTÁ ORIENTADO A PRODUZIR NOVOS MATERIAIS, PRODUTOS, PROCESSOS OU SERVIÇOS, OU A MELHORAR SIGNIFICATIVAMENTE OS EXISTENTES) NÃO SABE NÃO SE APLICA (QUASE NÃO FAZ PESQUISA)


#4 UNIVERSIDADES CRIATIVAS E INOVADORAS

45

4. 72,3% dos professores pesquisados afirmam ter realizado suas pesquisas no último ano em cooperação com outros pesquisadores ou instituições. Esta porcentagem é mais alta na Península Ibérica (86,2%) e no Brasil (80,4%) e um pouco mais baixa na região Resto, mesmo sendo majoritária (66,9%).

TOTAL

PENÍNSULA IBÉRICA

1,1

11,8

2,1

26,6

72,3

GRÁFICO 10. Professores: no último ano, realizaram suas atividades de pesquisa em colaboração com outros pesquisadores ou instituições (de acordo com a região Universia)?

86,2

BRASIL

RESTO

NO

0,6

1,9 17,6 32,5

80,4

66,9

NÃO SABE


#4 UNIVERSIDADES CRIATIVAS E INOVADORAS

46

5. 69,7% dos estudantes afirmam planejar obter o título de doutor, e 7,9% estão realizando os estudos de doutorado (4,0%) ou elaborando sua tese doutoral (3,9%). Essa propensão é ainda maior no Brasil e na região Resto, e bastante menor na Península Ibérica.

TOTAL

PENÍNSULA IBÉRICA

22,5 46

3,9 4,0

45,4

GRÁFICO 17. Estudantes: você tem intenção de obter o título de doutor em seu curso atual ou em outro? (De acordo com a região Universia)

69,7 4,8 3,8 SIM BRASIL

18,2

SIM, JÁ ESTOU ESCREVENDO MINHA TESE DE DOUTORADO

19,3 2,9 1,8

6,5 11,2

SIM, JÁ ESTOU CURSANDO O DOUTORADO

RESTO

64,1

NÃO

76,1


#4 UNIVERSIDADES CRIATIVAS E INOVADORAS

47

6. A pontuação média que os estudantes dão à preparação que recebem em suas universidades para dedicar-se à pesquisa é de 7,1.

10 9 7,6

8

7,2

7,1 7 6,1 6 5 4 3 2 1 0

TOTAL

PENÍNSULA IBÉRICA

BRASIL

RESTO

GRÁFICO 22. Estudantes: avaliação da medida em que seus estudos universitários estariam proporcionando as bases suficientes para ser um bom pesquisador no futuro (média em uma escala de 0, muito pouca, a 10, muita), de acordo com a região Universia


#4 UNIVERSIDADES CRIATIVAS E INOVADORAS

48

7. Professores e PAS concordam em destacar a dificuldade dos trâmites para obter recursos para a pesquisa, tanto nacionais como de origem internacional. 10 9 8 7 6 5 3,3

4

3,0 3

2,5

2,5

2 1 0

GRÁFICO 23. Professores e PAS: grau de concordância com duas afirmações a respeito dos trâmites para a obtenção de financiamentos para a pesquisa (média em uma escala de 0, não concordo, a 10, concordo plenamente) PROFESSORES

OS TRÂMITES ADMINISTRATIVOS PARA OBTER FINANCIAMENTOS NACIONAIS PARA PROJETOS DE PESQUISA SÃO SIMPLES

OS TRÂMITES ADMINISTRATIVOS PARA OBTER FINANCIAMENTOS INTERNACIONAIS PARA PROJETOS DE PESQUISA SÃO SIMPLES

PAS


#4 UNIVERSIDADES CRIATIVAS E INOVADORAS

49

8. Os três públicos acham que a prioridade que suas universidades atribuem ao ensino é maior que a que atribuem à pesquisa. Em uma escala de 0 (prioridade mínima) a 10 (máxima), os estudantes qualificam esta prioridade com 7,9; os professores com 8,1; e o PAS com 8,4. Sua avaliação da prioridade dada à pesquisa é inferior, com 6,8 de média no caso de estudantes e PAS, e um valor mais baixo, de 6, no caso dos professores.

10 9 7,9 8,1

8,4

8 6,8

6,8

7

6,0 6 5 4

GRÁFICO 29. Prioridade que tem o ensino/a pesquisa na universidade do entrevistado (média em uma escala de 0, mínima, a 10, máxima)

3 2

ESTUDANTES PROFESSORES PAS

1 0

ENSINO

PESQUISA


#4 UNIVERSIDADES CRIATIVAS E INOVADORAS

50

9. Os professores, em média, não parecem ter certeza (grau de concordância de 4,7 na escala de 0, não concordo, a 10, concordo plenamente) da conveniência de fazer com que sua remuneração dependa da atividade de pesquisa. Mostram-se minimamente favoráveis à proposta de vincular a pesquisa à sua remuneração, sendo a concordância média de 5,7, o que representa a existência de uma importante minoria (30,4%) em desacordo com a ideia. 10 9 8

7,4

7

5,7

6,5

5

5,9

5,7 5,4

6

6,1 6,2

4,9

4,7

4,4

4 3,1 3 2 1 0

OS INCENTIVOS À PESQUISA UNIVERSITÁRIA MELHORARAM NOS ÚLTIMOS DEZ ANOS

UMA PARTE CONSIDERÁVEL DA REMUNERAÇÃO DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO DEVE DEPENDER DA PESQUISA QUE ELE REALIZA

OS INCENTIVOS À PRODUÇÃO DE ARTIGOS CIENTÍFICOS ACABAM GERANDO MUITA PRODUÇÃO CIENTÍFICA DE QUALIDADE INSUFICIENTE

GRÁFICO 31. Professores: grau de concordância com afirmações relativas aos Incentivos à Pesquisa que os professores podem receber (média em uma escala de 0, não concordo, a 10, concordo plenamente), de acordo com a região Universia

TOTAL PENÍNSULA IBÉRICA BRASIL RESTO


#4 UNIVERSIDADES CRIATIVAS E INOVADORAS

51

10. Os públicos pesquisados reconhecem como de uma utilidade muito alta uma maior dotação de recursos públicos para a pesquisa universitária para melhorar significativamente a qualidade da pesquisa. Para o conjunto de medidas orientadas a este fim as pontuações médias aproximam-se de 9 na escala de 0 (nenhuma utilidade) a 10 (muita utilidade).

GRÁFICO 32. Utilidade de diferentes medidas para obter melhoras significativas na qualidade da pesquisa realizada pelas universidades do país do entrevistado (média em uma escala de 0, nenhuma, a 10, muita) (I)

10 9

8,9 9,0

8,8 8,8

8,3

8,1 8 7,2 7,3

8,1 8,1

8,5 8,3 8,4

8,4 7,4

7,4

7,7

8,1

8,4

7 6 5 4 3 2 1 0 QUE AS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS DESTINEM MAIS RECURSOS A FINANCIAR A PESQUISA UNIVERSITÁRIA

UMA MUDANÇA NA REMUNERAÇÃO DOS PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS QUE A TORNE MAIS DEPENDENTE DA QUANTIDADE E DA QUALIDADE DA PESQUISA QUE REALIZAM

INCENTIVOS ECONÔMICOS À COOPERAÇÃO ENTRE PESQUISADORES DE DIFERENTES UNIVERSIDADES DO PAÍS

INCENTIVOS ECONÔMICOS À COOPERAÇÃO ENTRE PESQUISADORES DE UNIVERSIDADES COM PESQUISADORES DE UNIVERSIDADES ESTRANGEIRAS

LIBERAR NA MEDIDA DO POSSÍVEL OS PROFESSORES DAS TAREFAS ADMINISTRATIVAS LIGADAS À PESQUISA

PROGRAMAS DE FORMAÇÃO DE PESSOAL ADMINISTRATIVO E DE SERVIÇOS EM TAREFAS DE APOIO À PESQUISA

ESTUDANTES PROFESSORES PAS


#4 UNIVERSIDADES CRIATIVAS E INOVADORAS

52

11. Os pesquisados atribuem pontuações próximas de 9 em uma escala de 0 (medida nem um pouco necessária) a 10 (medida muito necessária) a várias propostas, decorrentes da Declaração de Guadalajara, dirigidas a que as universidades ibero-americanas façam uma contribuição significativa para geração de conhecimento e sua aplicação na sociedade. 10 8,8

9,0 8,7

8,7 8,9 9,0

9,0 9,1 9,0

8,9 9,0 8,7

8

6

4

2

0 PROPICIAR INICIATIVAS DE MOBILIDADE DE DOCENTES E DE INCORPORAÇÃO DE PESQUISADORES NA EMPRESA

DISPOR DE UM FUNDO DE RECURSOS PARA O APOIO À COOPERAÇÃO CIENTÍFICA ATRAVÉS DE REDES DE PESQUISA ENTRE UNIVERSIDADES IBERO-AMERICANAS

PROMOVER PLANOS DE DOTAÇÃO E MELHORIA DE RECURSOS BIBLIOGRÁFICOS, DE INFRAESTRUTURA E EQUIPAMENTOS CIENTÍFICOS E GRANDES INSTALAÇÕES QUE, CHEGADO O CASO, POSSAM SER COMPARTILHADOS

GRÁFICO 34 . Opinião sobre várias propostas destinadas a que as universidades iberoamericanas contribuam significativamente para a geração de conhecimento e sua aplicação na sociedade (média em uma escala de 0, nem um pouco necessária, a 10, muito necessá

ESTUDANTES PROFESSORES PAS


#4 UNIVERSIDADES CRIATIVAS E INOVADORAS

53

12. Porcentagens altíssimas dos três públicos (com um mínimo de 81,1% entre os estudantes e um máximo de 89,2% no PAS) mostram-se confiantes no potencial transformador da universidade no tocante à aquisição de uma cultura empreendedora por parte dos estudantes, e são poucas as que acham que seu papel é menor a este respeito. 100 89,2 90

GRÁFICO 35. Entendendo-se por cultura empreendedora uma maior disposição para assumir riscos por conta própria, para aproveitar oportunidades ou para mudar e explorar novos caminhos profissionais, com qual das duas opções seguintes você concorda mais?

82,4

81,1 80

COM PROGRAMAS ADEQUADOS E PROFESSORES PREPARADOS, A UNIVERSIDADE PODE TRANSFORMAR SIGNIFICATIVAMENTE A CULTURA EMPREENDEDORA TRAZIDA PELOS NOVOS ESTUDANTES

70 60 50 40 30 20 10

14,4

13,0 8,7

4,5

4,7

2,1

0

ESTUDANTES

PROFESSORES

PAS

A CULTURA EMPREENDEDORA QUE OS GRADUADOS UNIVERSITÁRIOS ACABAM TENDO DEPENDE, SOBRETUDO, DE FATORES ALHEIOS À UNIVERSIDADE, PELO QUAL A INFLUÊNCIA DESTA É MENOR NÃO SABE


#4 UNIVERSIDADES CRIATIVAS E INOVADORAS

54

13. A maioria dos que conhecem suficientemente a rede Universia considera que pode ser um instrumento relevante para o intercâmbio de informação sobre a inovação realizada pelas universidades e os que conhecem a rede Innoversia atribuem uma pontuação média próxima de 7,5 em 10 à utilidade que tem para colocar empresas e pesquisadores em contato. 10 9 8

7,7

7,4

7,2

7 6 5 4 3 2 1 0

ESTUDANTES

PROFESSORES

PAS

GRÁFICO 39. Conhecem a rede Innoversia (pontuações de 5 a 10): utilidade atual da Innoversia para colocar empresas com necessidades de pesquisa em contato com os pesquisadores que podem satisfazê-las (média em uma escala de 0, nem um pouco útil, a 10, muito útil)


#5 UNIVERSIDADES EFICIENTES

# Pesquisa 5

55

Universidades eficientes


Introduçao

A quinta e última sondagem de opinião, foi realizada online entre os dias 3 de maio e 1º de junho de 2014 com 8.476 estudantes, 4.863 professores e 1.916 membros do pessoal de administração e serviços (PAS) de universidades ibero-americanas majoritariamente pertencentes à Universia.

Questionários validos

8.476 ESTUDANTES

4.863 PROFESSORES

Esta sondagem centrou-se no tema “as universidades eficientes”, e tratou de vários aspectos relativos ao funcionamento das universidades como organizações, isto é, de como administram os recursos de que dispõem e de como são dotadas de estruturas de governança que regulam essa gestão, e das relações entre os diferentes membros que as compõem. Os principais achados reunidos neste documento incidem sobre os seguintes blocos de conteúdos: a) os recursos financeiros das universidades; b) a contratação do professorado; c) a autonomia universitária e a prestação de contas; d) a governança das universidades públicas; e) a gestão administrativa; e f) a avaliação de medidas para melhorar a eficiência das universidades.

1.916 PAS


#5 UNIVERSIDADES EFICIENTES

57

1. As opiniões médias dos três públicos a respeito de como veem a educação universitária enquanto bem público ou privado coincidem na ausência de uma opinião dominante. Por exemplo, 35,8% do professorado acha que o retorno público da educação universitária é superior ao privado, 37,3% acha que é inferior, e 18,8% acha que ambos os retornos são similares.

TEM UM RETORNO PÚBLICO CLARAMENTE MAIOR QUE O PRIVADO TEM UM RETORNO PÚBLICO UM POUCO MAIOR QUE O PRIVADO TEM UM RETORNO PÚBLICO SEMELHANTE AO PRIVADO

GRÁFICO 1. Como você sabe, a educação universitária tem um retorno privado ou pessoal que repercute individualmente em cada estudante (salários mais altos, melhores empregos etc.) e um retorno público ou social, que repercute na sociedade como um todo (mais inovação, maior crescimento econômico etc.). Como regra geral, o que se investe na formação de um estudante em seu país... (porcentagens).

ESTUDANTES

10,2

TEM UM RETORNO PÚBLICO UM POUCO MENOR QUE O PRIVADO TEM UM RETORNO PÚBLICO CLARAMENTE MENOR QUE O PRIVADO NÃO SABE

PROFESSORES

PAS

8,1

19,3

10,2 22,6

20,2

20,7

20,2

21,4

13,9

14,2

13,2 16,6

17,1 19,2

18,8

16,4

17,7


#5 UNIVERSIDADES EFICIENTES

58

2. Os três públicos preferem que os recursos da administração pública aumentem bastante, pois a pontuação média obtida nos três fica por volta de 7 em 10. Pelo contrário, a opinião média (próxima de 4 em 10) sugere uma preferência por um leve descenso ou pela manutenção das taxas pagas pelos estudantes universitários. 10 9 7,9 8,0

8 7

7,4 6,7

7,2

7,1

7,9 8,0 7,4 6,2 6,3

6

5,4

5

4,4 4,4

4

3,5

3 2 1 0 OS FUNDOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, ISTO É, DOS IMPOSTOS GERAIS

AS TAXAS PAGAS PELOS ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS

OS CONTRATOS DE PESQUISA COM EMPRESAS PRIVADAS

AS DOAÇÕES OU SUBVENÇÕES DE EMPRESAS PRIVADAS

GRÁFICO 3. Quanto deveria aumentar ou diminuir a quantia dos ingressos das universidades públicas provenientes de diferentes fontes de financiamento? (média na escala de 0, diminuir muito, a 10, aumentar muito, sendo 5: permanecer igual)

AS DOAÇÕES DE EX-ALUNOS

ESTUDANTES PROFESSORES PAS


#5 UNIVERSIDADES EFICIENTES

59

3. Quanto aos critérios para distribuir os recursos públicos entre as universidades públicas, aproximadamente a metade dos pesquisados opta pelo critério de quantidade de alunos da universidade; em segundo lugar, ficam os resultados da pesquisa; e em um terceiro nível os resultados das avaliações externas. A quantidade de alunos foi mencionada como mais importante por porcentagens que vão de 28,1% dos professores a 32,3% dos estudantes.

GRÁFICO 6. Estudantes: dentre os seguintes critérios para o financiamento das universidades públicas por parte da administração, qual deveria ter maior importância? E em segundo lugar? E em terceiro? (em porcentagem)

70 60 50 40

32,3

30 20,8 19,8

20 10

10,410,6

11,8

12,7

12,5

9,3 10,5 4,8

14,1

12,6 13,0 5,8

16,717,514,9

9,5 10,3 4,4 0,9 0,7

0 O NÚMERO DE ALUNOS DE CADA UNIVERSIDADE

O NÚMERO DE FORMADOS QUE CADA UNIVERSIDADE GERA POR CURSO

O NÚMERO DE CENTROS DE CADA UNIVERSIDADE

O NÚMERO DE TITULAÇÕES QUE CADA UNIVERSIDADE OFERECE

O NÚMERO DE PROFESSORES DE CADA UNIVERSIDADE

OS RESULTADOS DA PESQUISA REALIZADA POR CADA UNIVERSIDADE

OS RESULTADOS DAS AVALIAÇÕES EXTERNAS SOBRE A QUALIDADE DE CADA UNIVERSIDADE

3,8

OUTROS

EM PRIMEIRO LUGAR EM SEGUNDO LUGAR EM TERCEIRO LUGAR


4. 80,2% dos professores consideram a quantidade de dinheiro público destinada a financiar a universidade pública de seu país como muito ou bastante insuficiente (42,8%) ou como um pouco insuficiente (38,0%). Ela é considerada adequada por apenas 13,8%, e qualificada como excessiva por porcentagens mínimas.

TOTAL

PENÍNSULA IBÉRICA

BRASIL

1,5 2,0 1,6 6,7

1,1 2,2 2,1 13,8

1,0 1,7 2,7 18,3

42,8

54,4

33,8

37,1

38,0 39,2

MÉXICO

10,2

RESTO

1,1 2,7 1,7

0,7 1,7 2,8

15,2 37,0

47,6

44,3 35,0

GRÁFICO 9. Professores: Você acha a quantidade de verba pública destinada a financiar a universidade pública em seu país... (em porcentagem), de acordo com a região MUITO OU BASTANTE INSUFICIENTE UM POUCO INSUFICIE ADEQUADA UM POUCO EXCESSIVA MUITO OU BASTANTE EXCESSIVA NÃO SABE


#5 UNIVERSIDADES EFICIENTES

61

5. Os três públicos concordam com que as universidades deveriam gozar de bastante autonomia na hora de contratar professores. As respostas médias, por volta de 8 em 10 nos três públicos considerados, sinalizam uma reivindicação de uma autonomia relativamente ampla, mas não completa, destacando-se os entrevistados da Península Ibérica por uma menor demanda de autonomia (médias em torno de 7 em 10).

10 9 8

7,8

7,6 6,9

7

8,1

8,1

8,1 8,0

8,6 8,5

8,2

8,3

7,9

7,8

7,2 6,8

6 5 4 3 2 1

GRÁFICO 11. Nível de autonomia que cada universidade deveria ter para estabelecer os critérios segundo os quais o professorado é contratado (média em uma escala de 0, mínima, a 10, máxima), de acordo com a região Universia

0 TOTAL

PENÍNSULA IBÉRICA

BRASIL

MÉXICO

RESTO

ESTUDANTES PROFESSORES PAS


#5 UNIVERSIDADES EFICIENTES

62

6. Os pesquisados avaliaram se o sistema de acesso ao professorado era adequado para selecionar eficazmente o PDP em seus países, tanto para o caso das universidades públicas quanto para o das privadas, em uma escala de 0, discordância total, a 10, concordância plena. As opiniões médias revelam certa distância em relação ao mencionado sistema (5 em 10).

10 9 8 7 6 5

5,0 4,8 4,9

5,2

5,0 4,5

4 3

GRÁFICO 12. Grau de concordância com duas afirmações sobre o acesso ao professorado em universidades públicas e privadas (média em uma escala de 0, não concordo, a 10, concordo plenamente)

2 1 0 O SISTEMA ATUAL DE ACESSO PARA O PROFESSORADO NAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS É ADEQUADO PARA UMA SELEÇÃO EFICIENTE DO PESSOAL DOCENTE E DE PESQUISA.

O SISTEMA ATUAL DE ACESSO PARA O PROFESSORADO NAS UNIVERSIDADES PRIVADAS É ADEQUADO PARA UMA SELEÇÃO EFICIENTE DO PESSOAL DOCENTE E DE PESQUISA.

ESTUDANTES PROFESSORES PAS


#5 UNIVERSIDADES EFICIENTES

63

7. A maioria dos entrevistados concede uma pontuação de 6 em 10 ao grau de autonomia de suas universidades.

10 9 8 6,7 6,7 6,7

7 6

5,7

6,0

6,2 5,0 5,1

5

6,2 6,2

6,0 5,4

5,6

5,4 5,4

4 3 2 1 0 TOTAL

PENÍNSULA IBÉRICA

BRASIL

MÉXICO

RESTO

GRÁFICO 16. Qualificação do grau de autonomia com que contam as universidades públicas do país do entrevistado para administrarem seus recursos humanos e não humanos (média, em uma escala de 0, mínima, a 10, máxima), de acordo com a região Universia ESTUDANTES PROFESSORES PAS


#5 UNIVERSIDADES EFICIENTES

64

8. Quanto à prestação de contas, a maioria concorda com que deveria ser feita frente ao público em geral, apreciando-se algumas variações regionais. Não são poucos os que acham que não se presta contas a ninguém.

TOTAL

PENÍNSULA IBÉRICA

3,13,1 1,5 1,5 24,8

24,8

GRÁFICO 17. Estudantes: frente a quem, principalmente, as universidades públicas deveriam prestar contas em seu país? (porcentagens), de acordo com a região Universia BRASIL

4,44,4 0,817,6 17,60,8

18,5

1,5 0,6 0,6

18,5 7,2

20,0 55,3

15,3

57,3 72,3

MÉXICO

1,6

FRENTE AOS ÓRGÃOS DAS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS (CENTRAIS, REGIONAIS OU LOCAIS)

RESTO

1,7 2,1

7,0

27,7

29,4

34,5

56,3

12,2

FRENTE AOS ESTUDANTES E SUAS FAMÍLIAS FRENTE AO PÚBLICO OU À SOCIEDADE EM GERAL, QUE É QUEM AS FINANCIA MAJORITARIAMENTE FRENTE A OUTROS ATORES

27,4

NÃO SABE


#5 UNIVERSIDADES EFICIENTES

65

9. Os três públicos pesquisados não parecem muito satisfeitos com o modelo de governança das universidades públicas de seus países. Seu grau de concordância médio com ele, medido na escala de 0 (discordância total) a 10 (concordância plena), quase nem passa de 5. Esta concordância é ainda mais fraca na Península Ibérica e no Brasil, e um pouco menos no México. 10 9 8 7 6,2 6,1 6

5,3 5,2 5,4 4,7

5

4,9 5,0

4,8 4,7

6,4 5,2 5,1 5,4

4,5

4 3 2

GRÁFICO 27. Grau de concordância com o modelo de governança das universidades públicas no país do entrevistado (média em uma escala de 0, discordância total, a 10, concordância total), de acordo com a região Universia

1 0 TOTAL

PENÍNSULA IBÉRICA

BRASIL

MÉXICO

RESTO

ESTUDANTES PROFESSORES PAS


#5 UNIVERSIDADES EFICIENTES

66

42,4

39,2

0,7 38,0

1,2

3,7

2,9 23,6

26,9

44,3

33,4

33,3 48,3

60

58,1

39,2 58,8 PAS

49,9

37,8 59,8 PROFESSORES

36,9 58,0

70

ESTUDANTES

80

21,8

90

1,6

7,0

2,3

4,3

5,5

5,2

5,2

7,3

2,0

2,4

100

5,2

10. Diante da alternativa de escolher entre a opção de que cada universidade pública possa decidir livremente seu modelo de governança e a de que todas tenham o mesmo, uma clara maioria (próxima de 60%) em cada um dos três grupos prefere a opção da diversidade potencial, enquanto que não chegam a 40% os que escolhem a opção da homogeneidade.

56,4 PROFESSORES

61,3

57,1

73,6 PAS

ESTUDANTES

76,6

66,1

62,3 PROFESSORES

53,5

61,2 ESTUDANTES

36,7

44,9 PROFESSORES

20

44,5

30

ESTUDANTES

40

PROFESSORES

50

10

TOTAL

PENÍNSULA IBÉRICA

BRASIL

MÉXICO

PAS

ESTUDANTES

PAS

PAS

0

GRÁFICO 28. Se você pudesse escolher, o que preferiria: que cada universidade pública decida livremente seu modelo de governança ou que todas as universidades públicas tenham o mesmo modelo de governança? (em porcentagem), de acordo com a região Universia QUE CADA UNIVERSIDADE DECIDA

RESTO

QUE TODAS TENHAM O MESMO NÃO SABE


#5 UNIVERSIDADES EFICIENTES

67

11. Suas preferências quanto aos mecanismos de eleição ou nomeação do reitor favorecem as opções que concedem maior e mais direta representatividade a estudantes, professores e PAS.

GRÁFICO 29. Dos modelos seguintes, qual você acha mais adequando para a escolha dos reitores (ou presidentes) das universidades públicas? (em porcentagem) ESTUDIANTES

PROFESORES

7,7

4,8 12,9

10,5 55,4 4,9

7,6

21,5

24,1

PAS

2,6 13,8 8,7

16,9

58,0

50,6

ELEITO POR UM CORPO ELEITORAL ESPECÍFICO QUE REPRESENTA (DIRETA OU INDIRETAMENTE) OS DIFERENTES GRUPOS DA COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA (PESSOAL ACADÊMICO, PESSOAL ADMINISTRATIVO E DE SERVIÇOS, ESTUDANTES) ELEITO POR UMA CONGREGAÇÃO (OU ÓRGÃO EQUIVALENTE) QUE FOI ELEITA DEMOCRATICAMENTE PELA COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA NOMEADO PELO ÓRGÃO DE GOVERNANÇA QUE DECIDE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS, POR EXEMPLO, UMA JUNTA DE GOVERNANÇA, UM CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, UM CONSELHO SOCIAL OU O TITULAR DA UNIVERSIDADE ELEITO POR UM PROCEDIMENTO NO QUAL INTERVÊM O CONSELHO DE GOVERNANÇA E A CONGREGAÇÃO NO SABE


#5 UNIVERSIDADES EFICIENTES

68

12. A avaliação da eficácia organizacional das universidades, em uma escala de 0 (ineficácia total) a 10 (eficácia total), obtém pontuações médias que se situam entre 5,5 e 6, sendo um pouco superiores no México.

10 9 8 7,0

6,8

7 6,2

6,0 6

5,4

5,6

5

5,7 5,1

5,4 5,4 5,3

6,0 5,2

5,4

4,8

4 3 2 1

GRÁFICO 33. Grau de eficácia da gestão ou da organização administrativa da universidade do entrevistado, em geral (média em uma escala de 0, ineficácia total, a 10, eficácia total, de acordo com a região Universia)

0 TOTAL

PENÍNSULA IBÉRICA

BRASIL

MÉXICO

RESTO

ESTUDANTES PROFESSORES PAS


#5 UNIVERSIDADES EFICIENTES

69

1,0

1,4

4,3

2,8

2,3

9,2

2,2

3,2

5,0

2,9

2,5

7,5

1,8

2,1

5,7

13. Em relação à profissionalização dos diferentes níveis de gestão, nos três grupos é apreciável o segmento partidário de que a gestão seja paritária entre profissionais e acadêmicos: representa 37,5% dos estudantes, 45,7% dos professores, e 45% do PAS.

11,4

47,2

46,1

21,9

13,3 37,6 44,9

11,5 40,5

48,6

27,1

45,2

14,7 41,7

40,8

41,6

29,5

32,3

49,0

49,5 31,6

43,4

31,0

17,2

42,5

24,3

10

28,8

42,7

43,8

40

20

39,6

52,4

50

48,7

45,7

37,5

45,0

70 60

16,8

6,7 12,1

24,5

80

36,5

19,6

13,7

10,8

23,4

90

14,1

100

TOTAL

PENÍNSULA IBÉRICA

BRASIL

MÉXICO

RESTO

PAS

PROFESSORES

ESTUDANTES

PAS

PROFESSORES

ESTUDANTES

PAS

PROFESSORES

ESTUDANTES

PAS

PROFESSORES

ESTUDANTES

PAS

PROFESSORES

ESTUDANTES

0

GRÁFICO 35. Nos níveis máximos de governança (Reitor, Presidente, e sua equipe direta), como você acha que deveria ser a gestão das universidades públicas do seu país? (porcentagens), de acordo com a região Universia DEVERIA ESTAR EXCLUSIVAMENTE OU SOBRETUDO NAS MÃOS DE PROFISSIONAIS DE GESTÃO DEVERIAM ESTAR IGUALMENTE REPRESENTADOS OS PROFISSIONAIS DE GESTÃO E OS NÃO PROFISSIONAIS DE GESTÃO (ACADÊMICOS) DEVERIA ESTAR EXCLUSIVAMENTE OU SOBRETUDO NAS MÃOS DE NÃO PROFISSIONAIS DE GESTÃO (ACADÊMICOS) NÃO SABE


#5 UNIVERSIDADES EFICIENTES

70

14. Os pesquisados avaliam positivamente a eficácia para melhorar a eficiência universitária de três medidas reunidas na Declaração de Guadalajara, relativas a estabelecer um sistema de indicadores comparável em escala ibero-americana, avançar no uso das novas tecnologias e usar as redes sociais para fomentar relações interuniversitárias. 10 9 8

7,8

8,1 8,2

8,1 8,0

8,4

8,0 7,6 7,7

7 6 5 4 3

GRÁFICO 41. Grau de eficácia das diferentes medidas para conseguir que as universidades iberoamericanas prestem seus serviços de modo mais eficiente (média em uma escala de 0, nem um pouco eficaz, a 10, muito eficaz)

2 1 0 CONSTRUIR UM SISTEMA DE INDICADORES DE RESULTADOS COMPARÁVEIS PARA O SISTEMA UNIVERSITÁRIO IBERO-AMERICANO

UM AVANÇO SIGNIFICATIVO NO USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS DIGITAIS EM TODOS OS ÂMBITOS DA VIDA UNIVERSITÁRIA

INCENTIVAR O USO DAS REDES SOCIAIS E DAS FERRAMENTAS INTERATIVAS 2.0 PARA ESTABELECER RELAÇÕES INTERUNIVERSITÁRIAS DE TIPO ACADÊMICO E DE OUTROS TIPOS

ESTUDANTES PROFESSORES PAS


CONCLUSÕES GERAIS

71

Conclusões gerais


CONCLUSÕES GERAIS

72

Conclusões gerais

A comparação das cinco sondagens permite-nos formular um conjunto de considerações gerais. Nas cinco sondagens, observamos uma variação muito discreta nas opiniões médias de cada um dos públicos (estudantes, professores, PAS). Somente foram observadas diferenças, e não muito significativas, no caso de perguntas relativas a circunstâncias ou interesses muito específicos de algum desses públicos, como no caso da pergunta a respeito de se a gestão administrativa deve ser feita por acadêmicos ou profissionais da administração. Também foram verificadas certas diferenças entre as opiniões e as atitudes dos públicos pesquisados de acordo com a região. Essas diferenças provavelmente estão relacionadas a traços idiossincrásicos de suas nações ou de seus sistemas universitários (ou de suas universidades, simplesmente). De qualquer modo, cabe ter cautela ao concluir por certo consenso transfronteiriço, pois não pudemos levar em conta todas as variações regionais possíveis, dado o diferente alcance das sondagens nos países considerados.


CONCLUSÕES GERAIS

73

Essas linhas de consenso, que, repetimos, é necessário entender com certo distanciamento, podem ser resumidas conforme a seguir:

1. Considera-se que as universidades são muito relevantes para o desenvolvimento econômico e social dos países (incluindo seu papel na luta contra a desigualdade), razão pela qual, provavelmente, também há consenso com relação à necessidade de que os fundos públicos destinados à universidade sejam suficientes (e aumentem). 2. De maneira disseminada, há uma avaliação média moderadamente positiva sobre o modo como as universidades desempenham suas funções, bem como aqueles que mais as encarnam, os professores. 3. Em geral, a pontuação ao cumprimento das finalidades das universidades obteve uma média de 6,5, a mesma obtida pela contribuição das universidades à capacidade de inovação dos países. No entanto, foi obtido um 8 no aspecto relativo à formação de profissionais, precisamente a finalidade considerada como de maior importância. A qualidade do ensino também recebeu uma pontuação alta (8), como também foi alta a avaliação dos professores como docentes (8), embora não tanto quando levadas em conta suas capacidades pedagógicas e sua vocação (7) e, particularmente, o aspecto inovador de seus métodos de ensino (6). Tam-


CONCLUSÕES GERAIS

74

bém não foi muito alta a importância concedida à mobilidade de estudantes e professores (6,5) ou a aposta pela formação online (6,5). 4. Quanto ao funcionamento das universidades (públicas), as opiniões apontam que existe uma ampla margem de melhoria: a informação disponibilizada para a escolha do centro de estudos foi avaliada com uma média de 6. Quanto a seu funcionamento como organização, os entrevistados mostraram dúvidas sobre a adequação do sistema de acesso à docência no que se refere à seleção dos melhores docentes (pontuação inferior a 5), sobre o grau de autonomia das universidades (6), sobre seus modelos de governo (5) e sobre a eficácia de sua gestão administrativa (6). 5. Observa-se, de forma estendida, uma propensão a explorar possibilidades de mudança. Os três públicos pesquisados recebem muito favoravelmente uma multiplicidade de medidas concretas, extraídas quase literalmente da Declaração de Guadalajara, destinadas, entre outros fins, a favorecer a mobilidade de professores e estudantes, melhorar a qualidade do ensino e contribuir para a produção de conhecimento ou para a prestação de um serviço mais eficiente. 6. Também se observa uma grande predisposição a medidas de reforma de maior alcance: ampliar a formação online; incorporar de maneira decisiva a mobilidade internacional dos estudantes nas grades de


CONCLUSÕES GERAIS

75

estudo; melhorar a capacidade de inovação; explorar uma forma de financiamento mais diversificada, que comporte maior presença do setor privado; possibilitar maior autonomia universitária, de maneira geral e com relação aos seus recursos humanos, acompanhada de maior prestação de contas à sociedade e não somente às autoridades administrativas; promover sistemas universitários mais diversificados com relação a suas formas de governo, e uma abertura a uma maior profissionalização da gestão em seus diferentes níveis (sobretudo, os superiores). Todo esse potencial de mudança deveria ser situado no âmbito de um entendimento da oferta universitária como algo diversificado, que possa atender a uma demanda diversa, não somente no que se refere a tipos de ensino, mas também a combinações entre ensino e pesquisa.



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