1º Festival Internacional de Fotografia - Espaços Compartilhados da Imagem no Metrô

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CATEGORIA Marketing Promocional

EXPERIÊNCIA FESTIVAL INTERNACIONAL DE FOTOGRAFIA: ESPAÇOS COMPARTILHADOS DA IMAGEM NO METRÔ

ORGANIZAÇÃO BRUNO VILELA E GUILHERME DA CUNHA – FESTIVAL INTERNACIONAL DE FOTOGRAFIA COORDENAÇÃO DE ATENDIMENTO AO USUÁRIO DA CBTU BELO HORIZONTE

COORDENADORES PELA CBTU BELO HORIZONTE CLAUDIA HADDAD XAVIER - COORDENAÇÃO DE ATENDIMENTO AO USUÁRIO RALPH DE PAULA - COORDENAÇÃO DE ATENDIMENTO AO USUÁRIO

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DESCRIÇÃO DO CENÁRIO

Promovendo a arte visual em ambientes com grande diversidade de pessoas, o 1º Festival Internacional de Fotografia de BH teve como proposta conectar-se com o cotidiano da cidade, aproximando-se da população e sendo acessível a ela. E, para compor este universo da arte cosmopolita e sem fronteiras, nada melhor que o Metrô.

Realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte (por meio delei de incentivo municipal) com apoio da CBTU Belo Horizonte e da produtora Odara, o projeto Festival Internacional de Fotografia: Espaços Compartilhados Da Imagem No Metrô contou com uma exposição internacional composta por 300 obras de 32 artistas, de 19 nacionalidades e mais de 40 obras foram instaladas nas estações Central, São Gabriel e Calafate, transformando o dia a dia de mais de 6 milhões de usuários do metrô, durante os mais de dois meses de execução gratuita da mostra.

As obras foram produzidas por 32 artistas, de 19 nacionalidades, oriundos de quatro continentes. O FIF incluiu ainda uma agenda de palestras, oficinas, leituras de portfólio, bate-papos e lançamentos de livros, em vários espaços da cidade.

Artistas de países como França, Estados Unidos, México, Espanha, Itália, Alemanha, Brasil, Inglaterra, Holanda, Canadá, Egito, China, Cingapura, Japão, Sérvia, Ucrânia, República Dominicana, Taiwan e Noruega integraram a abertura do evento no Centro de Arte Contemporânea e Fotografia aberta, em 4 de julho de 2013.

Todo o material foi selecionado a partir de mais de mil inscrições, vindas de 72 países e o que o público apreciou foi o trabalho de autores que usam a fotografia como ferramenta a serviço do imaginário. O festival contou ainda com ensaios autorais sobre a cidade, projetados por 24 artistas em paredes de prédios de BH. As projeções ocorriam sempre à tarde e à noite, na região do Centro e arredores, transformando a cidade em uma grande galeria a céu aberto.

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Segundo os artistas plásticos e idealizadores do I Festival internacional de fotografia de Belo Horizonte, Guilherme Cunha e Bruno Vilela, a principal proposta do festival foi transformar a cidade em um pólo de convergência para a discussão e reflexão sobre a produção da imagem fotográfica no Brasil e no mundo e, como os próprios organizadores definiram: o festival não trata de uma seleção de obras, mas de construção, de um recorte de práticas que privilegia a visão e mantém estreita interseção com as artes visuais.

DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA

Apropriando-se de uma vertente que explora as artes visuais em ambientes que se caracterizem pelo grande fluxo e diversidade de pessoas, o Festival de Fotografia teve como principal proposta participar do cotidiano da cidade, aproximando-se da população e sendo acessível a ela. E, foi neste contexto que se deu a inserção do Metrô, operado pela CBTU Belo Horizonte.

Cerca de 40 obras em grande formato foram instaladas em plataformas e paredes das estações Central, São Gabriel e Calafate, levando arte e transformando o cotidiano de cerca de 10 milhões de usuários que circularam pelo Metrô de Belo Horizonte, durante os dois meses de exibição da mostra.

A instalação das telas envolveu reuniões temáticas e uma equipe de oito profissionais entre pessoal próprio da CBTU, técnicos contratados pela produção do evento e instaladores profissionais. Todo o trabalho de fixação e retirada das peças teve que ser feito durante a madrugada para não interferir na operação comercial do metrô.

Painéis gigantescos foram adesivados na área de acesso à Estação Central do Metrô (rua Aarão Reis), divulgando FIF e o acervo em exposição no metrô e convidando os usuários do sistema a visitarem os demais espaços.

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Todos os trabalhos expostos tiveram como proposta dialogar com a tradição fotográfica, discutindo temas amplos, como a indagação sobre o que se vê através da fotografia, porque se produz imagens, como se forma o acervo mental de fotos que está na cabeça de todos e como lidar com o bombardeio de informação visual que transita pelo cotidiano das pessoas.

Na avaliação de Guilherme Cunha, “Belo Horizonte tem tradição na produção de festivais internacionais de arte e cultura, além de ser um importante pólo de produção de artes visuais. A proposta de incluir o metrô surgiu como meio para ampliar a divulgação das atividades ligadas à fotografia em escala ampla”. FOMENTO À PRODUÇÃO NACIONAL Toda a proposta concebida para o festival teve como objetivo lançar a capital mineira no cenário mundial da arte fotográfica, fomentando a produção nacional e internacional da Fotografia e suas mídias relacionadas. Com este foco, o FIF contou com a participação de importantes pensadores, artistas, teóricos e jornalistas, brasileiros e estrangeiros, a fim de construir

um espaço dedicado à crítica e ao

entendimento da produção, distribuição e consumo de imagens, através de reflexões consistentes sobre a Fotografia e a Imagem no mundo contemporâneo. Os trabalhos apresentados no Metrô, bem como em outros espaços, discutiram a fotografia, mas sem privilegiar a noção convencional de foto e mostrando os múltiplos processos da criação.

A curadoria do FIF foi composta por Eduardo de Jesus, crítico, ensaísta, membro-diretor da Associação Cultural Videobrasil (SP) e professor da PUC Minas; Patrícia Azevedo, artista e professora da Faculdade de Belas Artes da UFMG; e pelos coordenadores do festival, Bruno Vilela e Guilherme Cunha.

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FIF NAS ESTAÇÕES DO METRÔ Entre os artistas selecionados para participar do evento estiveram nomes que integram as mais importantes coleções do mundo, como a estadunidense Jackie Nickerson; Nabil Boutrous nascido no Cairo (Egito), é um importante nome do universo da fotografia africana contemporânea; Shen ChaoLiang, de Taiwan; e Alejandro Cartagena, da República Dominicana, cujas imagens integraram o acervo exposto no Metrô. As obras de Alejandro Cartagena integram coleções, como as do USA Museum of Fine Arts e Museum of Contemporary Photography, nos Estados Unidos, e da Fototeca Nacional delInah e Fototeca del Centro de las Artes, no México. Em sua série Car Poolers, mais que retratar sujeitos, Alejandro coletou imagens com potência para o desdobramento de uma reflexão crítica do contexto social e político latino-americano.

Os artistas selecionados para a mostra nas estações da CBTU Belo Horizonte foram, respectivamente:

ALEJANDRO CARTAGENA

ESTAÇÃO CALAFATE [Rua Extrema, nº. 120 – Calafate] Série: Car Poolers País: República Dominicana

Desde 2006, Alejandro Cartagena desenvolve pesquisa visual sobre o impacto causado pelo surgimento de subúrbios na paisagem das cidades. O crescimento desordenado desses subúrbios a falta de planejamento das cidades, impulsionados pela especulação imobiliária e pelo boom do mercado da construção civil no México, produziram verdadeiros fenômenos sociais que ficaram registrados na série fotográfica de Cartagena. Seu trabalho se concentra em visualizar consequências invisíveis do dito progresso mexicano do século XXI.

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SANJA JOVANOVIC

ESTAÇÃO SÃO GABRIEL [Av. Cristiano Machado, 5.600 - Bairro São Paulo] Série: Kamar País: Sérvia

Apesar de seus 14 milhões de habitantes, Jacarta é um pólo migratório para indonésios de todo o arquipélago, vindos especialmente da ilha de Java, atraídos pelas promessas de uma vida próspera e farta. Em seu projeto Kamar (“pequenos quartos”, em indonésio), Sanja Jovanovic visitou a parte interna da estrutura de concreto da principal ponte de Jacarta, a ponte Kuningan, que é povoada e serve de abrigo a verdadeiras comunidades desses trabalhadores que migram em busca de futuro melhor. Feitos com restos de material de construção e chão de madeira, esses pequenos quartos improvisados dentro da estrutura da ponte servem de lar para muitos imigrantes que encontraram ali uma alternativa para sua sobrevivência.

DAVID WELCH

ESTAÇÃO CENTRAL [Praça Rui Barbosa, s/nº - Centro] Série: Material World País: EUA

Em sua obra, David Welch, explora questões sociais, usando a fotografia de grande formato rica em influências conceituais da história da arte e teoria econômica. Suas imagens falam de acumulação e materialidade com objetivo de incentivar questionamentos sobre o consumo e as formas pelas quais nos sentimos compelidos a consumir. A série trouxe montagens de totens e monumentos feitos por ele próprio, representando a exteriorização de uma cultura e biografia social precárias.

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Ann Christine WOEHRL ESTAÇÃO CENTRAL [R. Aarão Reis e Praça Rui Barbosa, s/nº - Centro] Série: Witches in Exile País: Alemanha/ França

Trabalhando primordialmente com registro do dia a dia de pessoas e comunidades em situação de risco, ameaçadas pelo contexto social, religioso e cultural em que vivem, Woehrl tem foco nas questões ligadas à mulher e à religião na África, Índia, Cuba, Colômbia e Bangladesh. Cerca de 30.000 mulheres estão sendo acusadas de bruxaria, atualmente, na África Ocidental. Realizada no Norte de Gana, esta série de imagens mostra o drama no rosto de mães, filhas e avós, expulsas de suas vilas, privadas do convívio de suas famílias e isoladas da sociedade por serem acusadas de bruxaria. Acolhidas na Casa para Refugiados de Gambga e na Fazenda em Gushiegu, dois dos seis lugares que abrigam essas mulheres na África, as bruxas exiladas são forçadas a viver um destino de isolamento e lutas, longe de suas raízes e referencias familiares. Mostra em Exibição A programação nas estações ficou em exibição de 12 de julho a 25 de setembro de 2013 com Horário de visitação de 5h15 às 23h, diariamente, durante toda a mostra. Os demais espaços que abrigaram obras do FIF foram: Centro de Arte Contemporânea e Fotografia [Av. Afonso Pena, 737 – Centro] De 4 de julho a 25 de agosto de 2013 Museu Mineiro [Av. João Pinheiro, 342 – Funcionários] De 9 de julho a 25 de agosto de 2013 CentoeQuatro [Praça Ruy Barbosa, 104 – Centro] De 12 de julho a 6 de agosto de 2013

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Avaliação da experiência e inovação existente na prática

Estima-se que mais de 10 milhões de usuários puderam conferir a exposição Metrô de Belo Horizonte, durante os cerca de 60 dias de exibição nas três estações participantes do circuito, sendo que a mostra da artista Ann Christine Woerl, da série ‘Witches in Exile’, continua em exposição nas estações, como forma de permitir que a arte siga fazendo parte do cotidiano dos usuários.

O sucesso do festival também pode ser comprovado através de mais de 90 matérias exibidas gratuitamente, em diferentes mídias e, que geraram inserções positivas avaliadas em cerca de R$ 820 mil reais durante toda a programação.

O programa Globo Horizonte, veiculado pela líder de audiência no estado, a TV Globominas, fez um especial de abertura, incluindo a participação do Metrô na Programação do Festival Internacional de Fotografia, material que segue anexo a este relatório.

O espaço cedido para a exposição da mostra nas quatro estações chegou a 150 m², o equivalente a R$ 216 mil, e a adesivação em área do metrô representou o equivalente a 80 m², o equivalente a cerca de R$ 11 mil em cessão não onerosa de espaço promovida pela CBTU-Belo Horizonte.

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