aeamesp@aeamesp.org.br OPINIÃO DA DIRETORIA DA AEAMESP
LIÇÕES DA 10a SEMANA DE TECNOLOGIA grande recado desta 10a Semana de Tecnologia Metroviária é a necessidade de união. Em vários momentos,foi dito e percebido que o setor precisa ter um enfoque comum, agregar-se em torno de princípios claros e exercer ação conjunta, em especial para angariar a força necessária que possibilite pressionar democraticamente os governantes por políticas públicas coerentes e duradouras. Ficou evidenciado que o transporte não pode ser considerado isoladamente em cada um dos vários níveis de governo – tanto mais nas regiões metropolitanas, importantes instrumentos de indução do desenvolvimento nacional. Para essas áreas cruciais do País, é preciso encontrar logo uma solução político-institucional, que garanta comando único do planejamento, implementação e operação do transporte público, sobre tudo dos sistemas estruturadores e de maior capacidade. Falou-se da importância de romper um velho paradigma: o de que os sistemas de transporte constituem obras, que se encerram nelas próprias. Para evitar o desperdício dos escassos recursos públicos investidos, é necessário haver a integração física entre os diferentes modos. E é preciso que se que avance, de forma criteriosa, para uma integração tarifária, de maneira que o usuário seja beneficiado, sem que os sistemas se desequilibrem.
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atenteou-se, a necessidade de que a mobilidade seja tratada em sua inteireza, o que vale dizer: desde o momento em que a pessoa sai da sua casa até chegar ao seu destino final, considerando as necessidades de pessoas com graus reduzidos de mobilidade e todos os modos de transporte urbano. Reiterou-se a necessidade de que os três níveis de governo se comprometam com o financiamento da infra-estrutura de transporte e, também, em algum nível razoável, com o custeio das operações, de modo a garantir tarifas suportáveis para a maior parte da população. E para começar, é fundamental que cada uma dessas esferas
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destine para o setor os recursos da Cide, nos moldes propostos pelo MDT: 25% dos recursos federais, 50% dos recursos estaduais e 100%dos recursos municipais. icou claro que é preciso também examinar outras fontes de financiamento, como os recursos proveninetes da valorização imobiliária, dos impostos gerados pela construção de linhas de metrô e da utilização de créditos de carbono. Nesta 10a Semana de Tecnologia Metroviária, comemoramos os 30 anos de operação do Metrô-SP e, em vários momentos, ficou claro o quanto o desenvolvimento desse sistema tem sido importante para que a cidade disponha não apenas de um transporte moderno e confiável, mas também possa se beneficiar de um caldo de cultura técnico e tecnológico, que contaminou todo o setor, permitindo que, nestas décadas, surgiessem na cidade e em outros pontos do País respeitáveis outras instituições voltadas para a mobilidade urbana.
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ão Paulo está passando por um momento especial. O governo do Estado está fazendo significativos investimentos na ampliação da malha metroviária e na recuperação da CPTM e a prefeitura procura priorizar o transporte público no sistema viário. A continuidade desse processo sinérgico e a união de propósitos são fatores que podem nos levar à construção de um futuro melhor, em que tenhamos efetivamente foco na mobilidade da pessoa e não no modo de transporte ou na tecnologia, levando em conta os vários tipos de sistemas, desde o transporte individual, passando pelos grandes sistemas estruturadores e pelos sistemas capilares, e chegando à possibilidade de qualquer um poder se deslocar com segurança sobre sua bicicleta ou caminhando calmamente por calçadas amplas e desobstruídas.
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PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL DA AEAMESP – ASSOCIAÇÃO DOS ENGENHEIROS E ARQUITETOS DE METRÔ
JORNAL AEAMESP NÚMERO 4, PRIMAVERA DE 2004
RENOVAÇÃO DA DIRETORIA E DOS CONSELHOS DA AEAMESP a segunda semana deste mês de novembro, serão realizadas eleições na AEAMESP para renovação da Diretoria Executiva, do Conselho Deliberativo e do Conselho Fiscal. Até o final do prazo,no dia 8 de outubro, houve o registro de apenas uma candidatura: a da chapa Integração, Consolidação e Expansã o. Os nomes dos participantes dessa chapa, bem como sua plataforma de 14 pontos estão publicados na página 7 desta edição do JORNAL AEAMESP. Os eleitos deverão tomar posse no próximo mês de dezembro para um mandato de dois anos.
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PONTOS DO PROGRAMA. Manter a participação da AEAMESP,
Acima, um bolo pelos 30 anos de operação do Metrô-SP. Ao lado, o presidente da AEAMESP junto com o secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Jurandir Fernandes.
JORNAL AEAMESP No 4 – PRIMAVERA DE 2004
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com representante, na Comissão Metroferroviária da ANTP e no MDT e aumentar o quadro associativo, procurando estimular a participação de outras modalidades profissionais, conforme estabelecido no novo Estatuto, são dois dos itens constantes da plataforma. A chapa inscrita também enfatiza que trabalhará para acompanhar a concretização de um outro aspecto permitido pelo novo Estatuto e já iniciado nesta gestão: a filiação da AEAMESP ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de São Paulo (CREA-SP), inclusive com a possibilidade de vir a indicar conselheiros representantes das Câmaras de Engenharia e Arquitetura essa entidade.
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