EDITORIAL O informativo NOVAS é uma produção da Empresa Júnior de Psicologia. A diretoria de Marketing da NovaMente, em sua atual gestão, trabalhou neste último mês para reavivar esta publicação, que já circulou no curso, com uma nova roupagem e abordagem. Temos o intuito não somente de abrir as portas da Empresa para uma melhor interação com todos, mas também o de ser um promotor de diálogo entre todo o curso de psicologia, sendo um campo livre para ideias e trocas. Aqui apresentaremos não somente as informações consideradas sérias, mas também cultura e diversão que possam envolver o nosso amor por esse curso. Nessa edição contamos com informações e pontos de vista sobre a greve, que tanto modificou nossa rotina nos últimos dias e tornou-se um dos assuntos mais comentados, tornando necessária nossa compreensão acerca deste fato. Tudo isso, além de informes, notícias, dicas que poderão acrescer nossas formações profissionais e individuais. Esperamos que esta seja a primeira de muitas edições do NOVAS. Contamos com a participação de todos os leitores com dicas, sugestões e seus textos para que este seja um espaço cada vez mais rico e acolhedor. E, Viva o NOVAS!
Abraço carinhoso, equipe de Marketing da NM.
NOOOOOOOOOOOOO OOOOOOOOOOOOOO OOOOOOOOOOOOOO OOOOOOOOOOOOOO OOOOOOOOOOOVAS Diretoria de Marketing da NovaMente Empresa Júnior de Psicologia da UFMA | Produção, redação e edição: Emanuelle Gomes, Wesley Silva e Marcos Santos | Arte e diagramação: Marcos Santos | Revisão: Wesley Silva
Marcos Santos
Diretor de Marketing
emanuelle gomes trainee de Marketing
wesley silva trainee de Marketing
SUMÁRIO Diga lá, Coordenação/6 Greve no divã/8 I Simpósio Maranhense Interdisciplinar de Obesidade/11 Por que comemos?/12 Por que a gestão é Catavento?/14 Psico na quadra!/15 Se eu fosse escolher uma linha de pesquisa.../16 Dia do Empreendedorismo da UFMA/18 #VivaPsi/20 Vem aí o NMovies/24 Novas do CFP!/26
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Diga lá, Coordenação!
A equipe do NOVAS entrevistou a coordenadora do curso de Psicologia, Cristianne Almeida Carvalho. No bate-papo, foram levantadas questões relativas à greve de professores, visita do MEC, estrutura do curso e participação estudantil.
NOVAS: Uma das principais pautas da greve é a reestru- por muitas dificuldades, de falta de luz, falta de serviços gerais turação da carreira do professor e, para a senhora, e outras questões. o que seria essa reestruturação? NOVAS: Você acha que a greve vai demorar? C.A.C.: Diferente de outras categorias, o professor tem que a cada dois anos comprovar que está trabalhando na instituição, C.A.C.: É um momento delicado para se fazer uma greve, mas pontuando dentro desses dois anos com atividades específi- por outro lado, não temos outro momento para reivindicar isso, cas de pesquisa, de produção de artigos, de sala de aula, e de porque dependemos também de um orçamento nacional, que atividades acadêmicas em geral. Essa produção do professor, vai ser votado em agosto. Então, se não fizermos uma pressão que vai desde a sala de aula a outras atividades de pesquisa e agora, vai passar batido novamente e aí, vamos pensar nisso de de extensão, vai ser avaliada por uma comissão, que dirá se o novo quando? O fato de chegarmos numa greve significa que professor atingiu essa pontuação para, aí sim, ele poder rece- outras tentativas de diálogos foram feitas e não foram acordaber uma progressão funcional de dois em dois anos. Além deste das, então a greve é sempre a última das últimas opções. problema, é uma forma de pontuação e uma exigência de que o professor tenha determinados tipos de atividades que obriga NOVAS: Como alunos, o que podemos fazer? Do seu ponque todos sigam o mesmo caminho para uma ascensão de sua to de vista, qual o posicionamento mais adequado? carreira, sendo para isso praticamente obrigatório que todos os professores façam o doutorado. O professor que optar por prio- C.A.C.: A gente tem tentado deixar vocês muito conscientes do rizar a graduação, a extensão ou não tem a ambição de ser um que isso significa, para que vocês também possam ter o posidoutor, não vai ter uma ascensão social pra chegar ao último cionamento de vocês. Acho que a iniciativa de vocês de estarem nível da carreira, e o que a nossa categoria entende é que isso é colocando isso no informativo já é muito válida, no sentido de uma forma de discriminação. O professor que está na extensão tentar ampliar esse esclarecimento, porque vocês precisam pode ter um trabalho muito duro, não necessariamente sendo questionar isso. Então, eu concordo ou não concordo? E a partir doutor. Mas isso é um sistema nacional, não é só aqui da UFMA, daí vocês também podem aderir e somar forças com os profesentão é por isso que a greve é nacional, por isso todas as ins- sores. A greve não é pra todo mundo ir pra casa. O movimento de tituições de ensino superior estão em greve, reivindicando. Há greve é pra gente discutir as questões que a nossa universidade também outras questões locais que na nossa realidade a gente precisa. Há uma agenda de atividades na instituição que vocês não percebe ainda, mas outras universidades já estão passando podem participar: são atividades como palestras informativas,
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palestras sobre temas que nos interessam, não necessariamente ligados só à greve, mas sobre o nosso contexto social, político, econômico. NOVAS: Como você avalia a participação dos alunos nos fóruns do SIGAA, nas assembleias do CA e na visita do MEC? C.A.C.:Esse é um ponto importante, pois quando assumi a coordenação, à medida que aprendi a usar o sistema do SIGAA, eu vi como uma ferramenta muito boa pra gente se comunicar: é direto e eu tenho acesso aqui da coordenação a todos os alunos por e-mail. Mas não basta isso. Muitas vezes eu consigo informar vocês, mas não tenho o retorno de vocês pra mim, porque a gente não vê uma participação efetiva dos alunos. Nessa questão mais política, de envolvimento acadêmico, eu acho que a gente ainda não tem um bom retorno. A própria semana de psicologia, onde eu sempre espero a cada semana ter pelo menos 200 alunos participando, a gente consegue ter até 150, estourando 200 com alunos de outras instituições, mas da nossa não chega a 100 alunos. Na última semana, a gente conseguiu esse número, e eu acho pouco, pois é um evento do nosso curso, é um evento pensado pra vocês e aí quando a gente não vê esse retorno a gente fica se questionando: O que tem de errado? O que é preciso fazer pra gente ter esse eco na comunicação, para que a gente consiga falar a mesma língua? NOVAS: O que a visita do MEC deixou para o curso? C.A.C.: No geral, eu acho que a visita foi muito boa. A gente reuniu informes sobre estágios, monografias, quadro de professores, qualificação dos professores, atividades que o curso oferece, as informações sobre a instituição, normas de graduação, normas de estágio, plano de desenvolvimento institucional, a estrutura física da nossa sociedade, e principalmente aquilo que o nosso curso utiliza. Então, não é avaliado o prédio de medicina, por
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exemplo, mas são avaliadas as salas de laboratório que vocês têm aulas nas disciplinas de neuroanatomia, os laboratórios de informática, salas de aula, nossos auditórios, biblioteca... Isso tudo é avaliado e a impressão que a comissão teve foi muito boa. A comissão ficou impressionada com nosso campus, e achou muito bom e bonito, melhor do que vários outros que já visitaram por aí, fora do Maranhão, comparando inclusive com as federais. As duas eram professoras de federais, mas já fizeram avaliações em instituições particulares também, então no nível das federais, elas gostaram muito do nosso campus. O nosso campus melhorou muito nos últimos anos, a gente teve uma melhoria de estrutura muito boa, e nosso próprio curso melhorou com isso. Hoje nós só temos uma turma que não tem aula com ar condicionado. Na UFMA, nós temos cursos que não têm salas com ar condicionado e a gente também não pode ficar falando isso muito alto, se não daqui a pouco eles vão querer brigar com a gente. Tentamos garantir isso pra vocês, todo semestre, por isso a gente se divide entre Paulo Freire e CCH: para poder dar essa condição melhor, porque lá as salas são maiores, então os períodos com mais alunos ficam lá. É ruim porque a gente gostaria que todo mundo estivesse no mesmo lugar, de preferência aqui, mas se não dá pra ser assim a gente vai ter que se adaptar às condições que a instituição nos dá, que não são ruins. Tivemos uma boa participação dos alunos na entrevista, e dos professores, 95% deles estavam presentes para essa avaliação, o que é importante, pois estamos em greve, então nenhum dos professores era obrigado a estar aqui, mas houve um comprometimento de todo o departamento. Desde o ano passado todos os professores vêm colaborando para a atualização dos planos de ensino, então as ementas e programas estão todos atualizados. Isso era uma coisa que a gente estava devendo para vocês e, essa avaliação vindo, ajudou a dar mais gás nisso.
Como foi citado pela nossa coordenadora, no decorrer da greve haverá eventos para o público discente, o que é bastante enriquecedor, não somente para as questões sociais, mas também dentro da nossa área. Dia 09/07 - Tema: Behaviorismo e Humanismo Mediação: Prof. Nazaré Costa
Greve no divã NOVAS: Por que a greve?
Em busca de maiores explicações sobre a greve, o NOVAS conversou com o professor de Geografia do Colégio Universitário, Cláudio Mendonça, graduado pela Universidade Federal do Maranhão (2006), com especialização em Filosofia pela mesma (2010), mestre em Políticas Públicas pela UFMA e Secretário Geral da Apruma Seção Sindical. Ele nos apontou de forma bem breve e esclarecedora os motivos da greve e pontos importantes para a reflexão sobre esse momento.
NOVAS: Como já foi citado, nós sofremos cortes na C.M.: Nós somos uma sessão sindical do ANDES-SN. Nosso sindi- educação, e isto diante de um discurso do governo de cato há 36 anos constrói a luta, sendo a constituição diária de um “pátria educadora”. Como você vê esse discurso peprojeto de universidade pública gratuita de qualidade. Nosso sin- rante estas informações? dicato nacional, o ANDES-SN, desde a última greve em 2012, tem tentado dialogar com o governo federal diante da pauta da rees- C.M.: Pátria educadora? Diante de nossa avaliação é a pátria dos truturação da carreira do professor, que vem sendo discutida, banqueiros. Além desse corte em si, que já desmascara a próe esta passou o governo de 2013 todo, e em nenhum momento pria visão do que é a pátria educadora, nós temos percebido que o governo apresentou uma proposta concreta ou objetivamente a política do governo (e não é só desse governo) foi a retirada sentou conosco para dialogar sobre essa pauta dos docentes. gradual de recursos da universidade pública destinando para a Hoje nas universidades federais existem duas carreiras, que é iniciativa privada. Prova disso são o PROUNI, o FIES, que são, na a carreira BTT e a carreira magistério superior. O que o nosso nossa avaliação, uma forma de deslocamento de recurso públisindicato nacional quer é uma carreira só, onde não teria mais co para o setor privado. As empresas de setor privado tem luessa divisão de carreiras e muito menos dentro das carreiras crado absurdamente, e o PROUNI foi uma jogada importante tanto teria uma hierarquização, que na nossa avaliação não contempla do governo como das empresas dos mercadores da educação. o projeto de universidade. Em abril de 2014, o governo inclusive E esta contemplou sim uma política do governo de ampliar o reconheceu muitas das diretrizes que nós defendemos de car- acesso ao ensino superior, e nós achamos que tem que ampliar reira, sinalizando positivamente e nós achávamos que a partir mesmo! Mas nós achamos que tem que ampliar para as instidali poderíamos criar uma sistemática de reuniões pra tentar tuições públicas porque temos uma avaliação e concepção de garantir de fato essa bandeira histórica, além de outras de- educação, a qual entendemos que é na educação pública que se mandas que nós historicamente apresentamos ao governo. Pra constitui a visão de sociedade, de Estado brasileiro, onde se faz nossa surpresa, o governo suspendeu qualquer tipo de reunião pesquisa, onde se faz extensão e na contrapartida nós perceconosco, afirmando que não considera mais o acordo firmado bemos que as instituições públicas tem sofrido constantemente em abril de 2014. E ainda para piorar a situação, é sabido que com esses ataques. Se viu uma expansão, que alguns falam o governo anunciou cortes gigantescos na educação. Só para que é um inchaço, tanto nas universidades quanto nos institutos terem uma ideia, na UFRN, 50% do orçamento vai ser cortado, federais. Ampliou-se o continente, mas essa ampliação não foi então, você tem noção do que são universidades que já passam acompanhada de qualidade, só de quantidade. Então, essa pátria por situações complicadas e ainda tem um corte desses?! É a educadora, na nossa análise, não é uma pátria de educação púmesma coisa de uma família que vive com R$ 3 000 no aperto blica, mas tem sido uma pátria de deslocamento de recursos, de e, de repente, metade do salário ser cortado de uma semana cortes nos institutos e universidades públicas para deslocamenpra outra. to de recursos para o setor privado. Para termos uma noção,
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ano passado, quando foi aprovado o plano nacional da educação, foi posto a questão dos 10% do PIB para a educação, e o nosso projeto histórico são os 10% de recursos do PIB para a educação pública. O que o governo, junto com o congresso, fez? Ele retirou o termo “público”, então ficou 10% do PIB para a educação, então dentro desses 10% o governo considera a isenção fiscal dos recursos do Prouni, o fies, o pronatec. NOVAS: Visto que muitos professores não aderiram a greve. Na sua visão, porque é tão complicado mobilizar a categoria em geral? C.M.: Tenho uma frase que gosto muito, que diz : “Infelizmente, todos querem ouvir a música mas só uns carregam o piano”. Eu acho que isso também é um reflexo da própria sociedade brasileira que delega a alguns quando a responsabilidade deveria ser de todos. As pessoas elegem deputados e só deixam esses deputados lá, então não há uma cultura, de fato, de participação popular, onde a população compreenda que as coisas não se dão no âmbito da burocracia, mas se dão no âmbito do dia a dia. Tudo isso respinga nas universidades, os professores acabam não percebendo que existe um projeto que é muito maior que seus projetos individuais, não estou dizendo que devem os desconsiderar, mas chegam momentos em que há projetos muito maiores e tem que ser considerados em primeiro ponto. Há um risco seríssimo dos professores da universidade de serem substituídos por um tipo de professor que é fruto do que chamamos de “Organização Social”, que são empresas que praticamente se responsabilizariam de contratar professores para a universidade, então isso é muito problemático. Olha, nós sabemos que os professores contratados são problemáticos, pois eles não conseguem criar uma sistemática com os alunos. Nós sabemos, por exemplo, que um aluno em média nos cursos passa 4 anos, e você tendo um professor que é da carreira, que possa viver a universidade, é algo muito mais importante do que se ter um rodízio que prejudica principalmente os alunos, tanto na sistemática como também nessas lacunas, onde quebra-se um contrato e até iniciar o outro contrato... Isso acaba fazendo com que muitos cursos hoje tenham uma defasagem muito grande no que se refere à quantidade de professores e quantidade de alunos, uma relação proporcional é muito delicada, é muito complexa e muitos desses professores lamentavelmente não conseguem compreender o atual contexto.
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NOVAS: Como você avalia a participação dos alunos nesse processo (período de greve)? C.M.: Nós entendemos que os estudantes tem seu próprio espaço de debate. Eu acho muito complicado às vezes o sindicato ficar interferindo no âmbito estudantil, uma coisa é o sindicato estar em unidade com o setor do movimento estudantil, com o setor dos técnicos, construindo lutas, outra coisa é estar se inserindo na própria estrutura orgânica de mobilização e, agora, existem setores dentro da universidade federal que tem pautado debates interessantes. Há dois setores estudantis que é o coletivo Mandacaru e o outro, ANEL, que têm feito um debate por fora do DCE (que na avaliação deles é uma instituição que não constrói nada, que inexiste para construir as lutas no âmbito estudantil). O que temos acompanhado nacionalmente é que existem universidades em que os estudantes declararam greve estudantil, como por exemplo, a Federal da Bahia e a UFRJ. Pra se ter uma ideia, a UFRJ fez uma assembleia com mais de 1 000 estudantes e isso mostra um nível de organização diferenciado em alguns locais. Aqui no Maranhão, na UFMA, o pessoal de Enfermagem de Imperatriz declarou greve estudantil. Não tem sentido ter campus em um local que não garante restaurante universitário, nem residência estudantil, e nem biblioteca, que é o caso de Grajaú, onde a biblioteca nem foi finalizada, e os alunos não têm livros disponíveis para estarem usando. Outros locais possuem bibliotecas, mas o professor não tem como comprar mais livros porque a verba que vem é somente para os cursos que vão iniciar, então os cursos que já existem têm que ficar na geladeira até ter a boa vontade do governo de estar mandando verba, ou a boa vontade da reitoria para estar destinando essa verba. Esse é o quadro que atinge diretamente os estudantes! Outro exemplo é que hoje existe curso que joga suas cadeiras na parte das férias, por conta da defasagem dos professores, e nisso já se criou uma cultura, já se naturalizou isso, e é um absurdo. Antigamente, as cadeiras nas férias eram aulas excepcionais, era exceção e agora está virando regra. Às vezes, o aluno durante um semestre que cursa 5 disciplinas, 3 são jogadas para a cadeira de férias. Isso é complicado pois o estudante acaba não tendo seu próprio espaço de férias, de lazer, de diversão, então ele cria uma sistemática delicada para o aprendizado e isso também é algo que atinge diretamente os estudantes.
O professor Cláudio deixa dicas de que durante esse período haverá palestras e debates voltados para os alunos, e é importante que nesse momento possamos nos expressar, ainda mais o curso de Psicologia, que está localizado no Centro de Ciências Humanas, reconhecido como tradicional palco de lutas. Podemos acompanhar as notícias dessa lista de eventos semanais que ocorrerão nesse período de greve no site da APRUMA. No página do Facebook, tanto na do Professor Claúdio Mendonça, quanto da APRUMA. Apruma: http://www.apruma.org.br/ Apruma no facebook: fb.com/apruma.secaosindical Cláudio Mendonça: fb.com/claudio.mendonca.581 Edição por Emanuelle Gomes
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I Simpósio Maranhense Interdisciplinar sobre Obesidade fornece espaço para discussão de temas da saúde com um toque especial da psicologia No dia 27 de junho, no auditório central da UFMA, aconteceu o I Simpósio Maranhense Interdisciplinar de Obesidade. O evento foi singular em proporcionar aos estudantes a discussão sobre transtornos alimentares sob a ótica de diferentes profissionais da saúde, contribuindo para aumentar a perspectiva dessa doença no meio acadêmico maranhense, com a apresentação de um minicurso, além das palestras com profissionais especializados no tema. A NovaMente e todos os seus membros trabalharam na logística do Simpósio para garantir a melhor experiência aos participantes do evento que também contou com o apoio da Pharmapele e da Universidade Federal do Maranhão. Pelo grande interesse no tema, foram disponibilizados duas turmas para o Minicurso “Terapia Nutricional nos Transtornos Alimentares e na Obesidade: Fisiopatologia e Casos Clínicos”, ministrados pela Dr. Ana Perdigão, Nutricionista Clínica, nos dias 26 e 27 de junho, das 9h às 12h. Durante o minicurso, a palestrante tratou de alguns pontos polêmicos, como a apologia à magreza e o uso crescente de medicamentos e suplementos alimentares que são receitados constantemente pelos profissionais da área. Ana Perdigão completou o curso mostrando alguns exemplos de pessoas que tinham transtorno alimentar para fomentar a discussão do tema. Durante toda a tarde do dia 27 aconteceram as palestras com os profissionais de Educação Física (Karen Pizarro), Nutrição (Ana Perdigão), Psicologia (Mairla Gomes) e Farmácia (Luecya Carvalho). A finalidade das palestras foi a de levar os discentes à reflexão sobre a qualidade de vida nos pacientes obesos; entender o impacto psicológico que eles sofrem, desde a restrição e proibição de alimentos até às cirurgias bariátricas; e por fim, tratar da obesidade sob o ponto de vista da medicalização e da indústria farmacêutica. Os participantes puderam contar também, com stands dos organizadores e, ao final, com um coquetel oferecido pela NovaMente. Texto Nathália Oliveira
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Por que comemos?
Acredita-se que para termos uma vida saudável e emagrecer, precisamos aderir à dieta. Socialmente, se tornou um consenso de que para melhorar a nossa saúde devemos fazer dieta, com ou sem prescrição do nutricionista. Atualmente, o termo é carregado de restrições, proibições, preconceitos e julgamentos acerca da alimentação. Temos dietas dos mais diversos tipos: gluten free, detox, dos pontos, da lua, do limão, etc. Cada uma com suas promessas de saúde e emagrecimento rápido. O que não se diz por aí é que elas foram criadas para não funcionarem a longo prazo, e o nosso cérebro programado a não gostar de dietas. Quando nos submetemos à dieta, somos controlados e agimos passivamente em relação à comida. Somos comandados e manipulados a seguir algo programado. Algo que não corresponde ao que somos e sentimos. Não é incomum encontrar alguém que odeie ir ao nutricionista ou tenha pavor de “entrar na dieta”. Mexer na alimentação das pessoas é algo muito íntimo. Ninguém sabe o tamanho da fome de ninguém. Nem o profissional de saúde. Se dieta fosse boa, seríamos felizes e não haveria obesos no mundo. Em contrapartida, vemos inúmeras pessoas desenvolvendo ou agravando transtornos alimentares e continuando obesas.
Dieta não nos ouve, não nos ensina a comer, não nos conecta com o próprio corpo, não respeita nossa mente. Ela nos tortura, nos controla, nos traumatiza frente
ao alimento (ou à falta dele). Além de nutrir o corpo, através do alimento também nutrimos a alma. Na teoria, aprendemos na faculdade ou através da mídia que dieta funciona. Na prática, não sabemos mais comer. O que fazer, então? Como comer sem fazer dieta? Na verdade, dieta é tudo o que colocamos na boca para comer. Tudo. Independente do que for. Estamos de dieta desde que nascemos e estaremos até quando morrermos. O que vemos hoje com a palavra dieta é o terrorismo nutricional e demonização da comida. Não pode isso e não pode aquilo. Sim, podemos comer de tudo. Tudo mesmo. Hoje temos uma linha de conduta mais adequada e mais humana: a alimentação consciente e intuitiva. Uma linha que traz uma alimentação flexível, livre de proibições, consciente e que respeita seu corpo e sua mente. Trabalha a importância de se comer em resposta aos sinais de fome e saciedade, de se permitir comer incondicionalmente qualquer alimento, e assim melhorar a qualidade de vida, inclusive para quem deseja emagrecer. O processo é mais longo, porém pode ser definitivo. Coma intuitivamente, faça as pazes com a comida e bom apetite! Por Ana Perdigão, nutricionista clínica formada pela Universidade Federal do Maranhão e idealizadora do I Simpósio Maranhense Interdisciplinar de Obesidade.
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Por que a Gestão é Catavento? Depois de lutas e correrias, o Centro Acadêmico de Psicologia (CAPSI) conseguiu ser reativado em nov./2014 por poucos, mas corajosos alunos do curso. O trabalho de um centro acadêmico é, por base, ser a representatividade do alunado perante outras frentes dentro da universidade e fora dela. Em dez./2014 a sala de origem do C.A. nos foi repassada e a gestão “Catavento” está, desde então, procurando fundos, doações e apoio para a reforma da sala e preenchimento da mesma.
Como a nossa atual experiência com movimento estudantil é a primeira para a maioria, tem sido difícil e desgastante conquistar e movimentar o espaço para vocês e para os outros. O CAPSI não é “meu”. O CAPSI não é “seu”. O CAPSI é nosso! Cada um de nós, enquanto estudante do curso de Psicologia da UFMA, tem o direito e o dever de se fazer presente perante os assuntos que nos são importantes. Nada é mais importante que ter seus direitos reservados, respeitados, livres para se expressar. Se expresse, participe e interaja! E por que a gestão atual se chama “Catavento”? Entre as pautas do centro acadêmico, as que estão atual- Porque somos, cada um de nós, energia que se renova! mente nos movimentando, além da reforma da sala, são: Vocês são o futuro da Psicologia! Os bons ventos trazem que finalidade dar para a sala (seja xerox, seja local para novidades, vem ser essa energia você também! estudo, seja local para interação e descontração social, etc), como angariar fundos, como chamar o alunado para Josy Gomes - Presidente participar das atividades, que eventos fornecer que aten- Maayan Marie - Vice Presidente dam a demanda estudantil e quais as previsões futuras Assis Lima - Secretário de Comunicação para o alunado do curso. Amanda Drumont - Secretária de Eventos Isabela Cristina - Secretária de Finanças Com o movimento de greve deflagrado na UFMA e com a clareza da importância do apoio estudantil a uma causa Por Amanda Drumont que está acima de nossos desejos e anseios pessoais, a rotina do Centro Acadêmico está voltada principalmente às suas obrigações mais urgentes, como promover meios que possibilitem a participação de todos.
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Psico na quadra!
O time de futsal estrelado por alunos do curso de psicologia, estreou no dia 14 de junho na Copa aberta Intercursos, organizada pela Atlética da UFMA. Na partida da estreia, o time empatou em 2x2 com o Atlético de Madrid, time do Pitágoras. No sábado (20), pelo mesmo campeonato, o time jogou contra o curso de oceonografia, que saiu vencedor com um placar de 6x4. O time foi fundado no semestre de 2013.1 com intuito de participar das olimpíadas da UFMA. Nesta primeira competição, os rapazes disputaram 3 partidas, perdendo todas e sendo eliminados precocemente da competição. A equipe passou por uma fase de preparo e reestruturação, e em 2014.1, participando agora da Copa aberta Intercursos, o time consegue pela primeira vez passar de fase em uma competição, porém sendo eliminado logo a seguir pela equipe de Educação Física. Com dificuldades relativas à questão financeira, sendo as despesas custeadas pelos próprios jogadores, a questão da ausência de horários para treino e a falta de um espaço próprio, o time seguia fazendo treinos e amistosos esporádicos. No ano de 2014, a grande surpresa para o time da Psicologia foi Na ordem: Adriano Bezerra, Thallyson Campello, Victor Rios, Ray Anderson Diniz, Rafael dos Anjos, Leandro Belfort, Matheus Padilha, Vinícius nas Olimpíadas da Ufma, competição mais esperada pelos alu- Ruan. nos. Se em 2013, a Psicologia não obteve nenhuma vitória, em 2014 foi uma das semi-finalistas na competição, vencendo os cursos de matemática, química industrial, engenharia elétrica e ciências imobiliárias, não passando apenas pelos times de Direito e Medicina, equipes já consagradas em competições. Outra conquista com a competição foi o fato de que pela primeira vez um aluno do curso ser chamado para representar a UFMA em competições estaduais e nacionais, Ray Anderson Almeida Diniz, atual líder da equipe, que comenta: “Espero que o time se mantenha, pois com base nas últimas olimpíadas eu pude fazer novas amizades, a torcida compareceu em peso e assim a integração do curso pode se dar não somente por questões acadêmicas”. Em 2014.2, o time foi vice-campeão de um torneio organizado pelo CA de Engenharia Química. Atualmente, o time compete pela Copa Aberta intercursos, com uma base mais forte do que nunca.
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Se eu fosse escolher uma linha de pesquisa eu escolheria... Conheça alguns dos grupos de pesquisa em funcionamento no curso de Psicologia da Universidade Federal do Maranhão
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Habilidades sociais na relação médico-pa- Dos atores aos atos, dos atos aos atores: ciente: um estudo nos contextos de atendi- mapeamento e construção da história do mento público e privado. movimento fenomenológico-existencial no Objetivo geral: Relacionar as habilidades comunicativas de médicos com a Estado do Maranhão. satisfação dos pacientes com a consulta. Profa. Ms. Nádia Prazeres Pinheiro Carozzo
Prof. Dr. Jean Marlos Pinheiro Borba
Escuta A utilização do mindfulness em problemas Projeto Objetivo Geral: Proporcionar ao aluno uma prática supervisionada e à comunipsicológicos e condições médicas dade de baixa renda um tratamento psíquico responsável. Objetivo geral: Realizar um levantamento da produção empírica sobre o uso do Profa. Dra. Valéria Maia Lameira Mindfulness em problemas psicológicos e condições médicas. Profa. Dra. Maria de Nazaré Pereira da Costa
Transmissão da clínica psicanalítica - Laço Correlatos existenciais da congruência Social Objetivo geral: Investigar as possibilidades de realizar um trabalho de clínica valorativa: Uma análise a partir da finitu- psicanalítica do social, aproximando pela teoria e pelo relato da prática da psicanálise, a clínica individual da clínica social. de humana Profa. Dra. Valéria Maia Lameira Objetivos: Identificar o impacto da consciência da finitude na estrutura valorativa dos indivíduos; averiguar a relação entre a congruência valorativa e a atitude religiosa dos indivíduos; Verificar qual a relação entre a percepção on- Normas do Teste Token e do Miniexame de tológica do tempo e o índice de congruência valorativa; Examinar as associações entre a congruência valorativa e a busca e realização de sentido na vida. Estado Mental em São Luís - MA Objetivo geral: Obter normas locais (São Luís) para dois testes neuropsicológiProfa. Ms. Francisca Pereira da Cruz Zubicueta cos e investigar correlações entre variáveis registradas no estudo. Prof. Dr. Tony Nelson
Demandas Psicossociais e contextualização dos cursos de Psicologia no Maranhão A noção de sujeito na psicose: por onde arObjetivos: Analisar o contexto de criação dos cursos de psicologia do Maranhão e mapear a atuação dos profissionais egressos desses cursos no mer- ticular? cado de trabalho local. Profa. Dra. Cristianne Almeida Carvalho
Objetivo: Investigação dos conceitos de sujeito do inconsciente e de estrutura psicótica na obra de Jacques Lacan, para se identificar por onde se pode articular a noção de sujeito na psicose. Profa. Dra. Isalena Santos Carvalho
O trabalho docente em uma Universidade Federal frente a interiorização da Educa- O nome próprio: Um estudo sobre seus efeição Superior tos no funcionamento psíquico. Profa. Dra. Denise Bessa Leda e Profa. Dra. Carla Vaz dos Santos Ribeiro
Objetivo: Investigação de conceitos do campo do Direito e da Psicanálise – em obras de Sigmund Freud e de Jacques Lacan, para se identificar questões relacionadas ao nome próprio. Profa. Dra. Isalena Santos Carvalho
Terapia assistida com animais uma alternativa para a formação em psicologia: um estudo fenomenológico Quer saber mais sobre um grupo específiProf. Dr. Jean Marlos Pinheiro Borba co? Chega junto na Coordenação do Curso, Psicologia, cultura do endividamento e eles poderão passar o contato do responcultura do consumo: reflexões sobre o sável e/ou os horários das reuniões de cada grupo. corre lá! mundo da vida contemporâneo Prof. Dr. Jean Marlos Pinheiro Borba
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DIA DO EMPREENDEDORISMO DA UFMA 2015
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Dia do empreendedorismo na UFMA fornece espaço para apresentação de serviços na área de psicologia organizacional No dia 09 de junho, no prédio do Centro de Empreendedorismo da UFMA - CEU - ocorreu o Dia do Empreendedorismo, evento cuja finalidade foi de divulgar os trabalhos científicos na área de Ciência e Tecnologia e apresentar ao público os minicursos realizados por algumas das empresas juniores que funcionam no local. A NovaMente colaborou na programação apresentando dois minicursos, totalmente gratuitos, ao público que estava presente. Tendo como campo de atuação a área de gestão de pessoas, a empresa ofereceu minicursos que possuíam os fins de propagar informações válidas sobre o segmento da Gestão de Pessoas e ao mesmo tempo demonstrar a relevância dos serviços que ofertamos. No minicurso intitulado “Por que não deu certo?” o diretor comercial Leandro Saldanha e as trainees da diretoria financeira Ellen Rezende e Gisele Sá, tinham por finalidade discorrer sobre negócios promissores que enfrentam problemas fatais em questões como relacionamento interpessoal, treinamento e liderança, que seriam solucionáveis por meio da intervenção de ações da competência da gestão de pessoas. Simultaneamente a este, a diretora de projetos Luiza Castro e os trainees Wesley Silva, diretoria de marketing e Yuri Neiva, diretoria administrativa, apresentavam o minicurso sobre “Pesquisa de clima organizacional”. De temática mais fechada, este minicurso se referia a uma ação do setor de GP, que consta no portfólio de serviços oferecidos pela NovaMente, utilizada para identificar problemas que estejam ocorrendo em um determinado ambiente de trabalho e quais seriam as melhores formas de lidar com eles.
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A realização deste projeto foi muito gratificante para toda a equipe, pois ofereceu uma rara oportunidade de encontro “corpo-a-corpo” com o público interessado nas ações da empresa júnior. É uma alegria diferente de fazer uma postagem na nossa página do facebook ou no instagram, ler os comentários e observar o número de curtidas. Durante os momentos acima relatados, tivemos contato com a forma como as pessoas recebem as informações que passamos, em que concordam, e em que divergem do que fazemos, as dúvidas que têm e como podemos saná-las. Um sincero obrigado em nome da equipe da NovaMente a todos que compareceram! Luíza Salgado Diretora de Projetos
As experiências na NovaMente têm sido estimulantes para o meu desenvolvimento acadêmico. Nos últimos meses foi possível conhecer melhor o funcionamento da Empresa e ajudar a desenvolver os serviços oferecidos, sendo todos esses trabalhos realizados com total comprometimento e empenho de todos os membros responsáveis pela EJ. Conhecer a realidade do Movimento de Empresas Juniores torna perceptível o espaço que ainda precisa ser conquistado não apenas pela NovaMente, mas também pelas demais empresas do movimento no Maranhão. Por isso, é essencial que existam oportunidades para que as demais EJ`s possam se articular e trocar conhecimentos acerca de suas áreas de atuação. A participação no workshop sobre clima organizacional foi uma oportunidade de ampliar o entendimento da atuação da psicologia no contexto organizacional, tornando perceptível a importância de pesquisas de clima, realizadas para compreender a percepção dos trabalhadores sobre as empresas, viabilizando melhorias e ajudando a aprimorar ações dentro do espaço de trabalho. Yuri Neiva Trainee, Diretoria Administrativa
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#VIVAPSI Por Ana Carolina Viana Não há consenso, entre os pesquisadores, quanto ao número exato das emoções básicas do ser humano. Alguns manuais falam em seis, outros em quatro. Fato é que tristeza, felicidade, medo, raiva e nojo parecem acompanhar boa parte de nossa tão preciosa e curta humanidade. Ok, mas a proposta não é fazer deste, mais um espaço de discussão acadêmica, até porque saber e emoção nem sempre falam a mesma língua, não é mesmo? Uma boa oportunidade de se emocionar e refletir um pouco sobre este tema está em cartaz este mês de julho em vários cinemas da cidade: o filme Divertida Mente! A mais nova animação da dobradinha Pixar/ Disney conta a história de uma garotinha de 11 anos que ao se mudar com pais para outra cidade, passa a enfrentar algumas dificuldades. E parece que é mesmo nesses momentos que as emoções desafiam nossa (in)capacidade de regulá-las: a alegria pode ir embora; medo, raiva e nojo podem assumir o comando; a tristeza mais insistente em tocar nossas melhores memórias... Enfim, o jogo das emoções se mostra de maneira brilhante e com um recadinho importante aos grandes e pequenos: a tristeza, precisamos escutá-la! Aos alunos que me acompanharam nesta breve estada pela UFMA como docente, desejo muito desejo e sucesso a cada um de vocês!! E viva ao NOVAs!!
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#VIVAPSI Por Andressa Kelly Diante de tantos acontecimentos, e eu diria de uma efervescência que tem tomado conta do nosso país, seja no campo da política, direito e movimentos sociais, falar de cultura e psicologia - que é a proposta desse espaço - me permito dizer que também é abranger esse todo que envolve as pessoas em suas lutas e manifestações. É não ignorar o contexto atual que emerge da necessidade cada vez maior que as pessoas tem de discutir e problematizar sua realidade (sem demagogias é claro! Mas acredito que seja um começo). É pensar o posicionamento da psicologia frente a todas essas discussões, enquanto ciência que possa auxiliar e orientar o indivíduo concreto em seus dilemas, no cotidiano, um saber que também contemple o âmbito coletivo, que pode e deve estar inserido na construção de planos, estratégias e políticas públicas, na tentativa de valorizar a subjetividade do sujeito que é construído em sociedade, mas que não pode ser esmagado pela influência da mesma! Que não é o sujeito naturalizado e passivo que se dá em instâncias pré-concebidas, nem esse que é simplesmente determinado pelo contexto, mas enxergar o ser humano que está aqui, num contexto de contradições e mazelas e que não deixa de ser singular por isso. É olhar para o trabalhador que apenas sobrevive, e não vive minimamente, é olhar para as causas e consequências da violência
doméstica alarmante; é tentar pensar numa educação de fato inclusiva (não apenas para crianças com necessidades especiais) mas também para as crianças em geral, que são ignoradas em suas particularidades; é pensar violência, exclusão, preconceito e os efeitos devastadores na vida psíquica do sujeito; é um olhar constante para as instituições psiquiátricas numa luta que não cessa, para o reconhecimento dos seres humanos que estão lá. Enfim, é apenas uma tentativa de reflexão, acredito que interessante, pra nós enquanto estudantes, sobre a multiplicidade de demandas. O desenvolvimento de um senso crítico acerca da valorização apenas do modelo clínico, não ignorando sua importância, mas em busca de conquistar outros espaços, outros modelos, buscando promover uma ciência democrática que seja feita para e com a sociedade. Enfim, meus caros, essas são minhas indicações de leitura que fomentam na Psi a construção de um compromisso social, e de um sujeito emancipado, espero que gostem!!!
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Prepare a pipoca... i Vem aí o NMOVIES!
Sabe como você sabe que está realmente avançando no curso de Psicologia? É quando um filme deixa de ser só mais um entretenimento para você. Os filmes sempre retrataram assuntos complexos e atemporais, podendo ser considerados reflexos da sociedade em que vivemos. Analisar essas obras dos mais diversos gêneros pode ser uma ótima oportunidade para colocar em prática aquilo que nós estudamos em sala de aula! Quem nunca tentou diagnosticar o personagem de “Uma Mente Brilhante”? Ou identificar o porquê daquela menina do filme não se importar em causar dor nos outros? Além disso, vamos tornar a nossa greve um espaço de discussão! Vamos ocupar a universidade fazendo tudo que sempre tivemos vontade de estudar e conhecer, mas “aquela” disciplina não deixava. Se você é louco por filmes e quer dar um bom extra na sua formação em Psicologia, vem com a NovaMente assistir os NMovies! Texto de Leandro Saldanha
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novas do cfp! CCJ aprova atendimento do SUS em todas as áreas da saúde Sistema passa a oferecer atendimento em todas as áreas da saúde legalmente reconhecidas em suas ações de assistência e prevenção, como a Psicologia A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou nesta quarta-feira (24) proposta que explicita em lei a obrigação de o Sistema Único de Saúde (SUS) oferecer atendimento em todas as áreas da saúde legalmente reconhecidas em suas ações de assistência e prevenção, como a Psicologia, a Nutrição, a Odontologia e a Fisioterapia.
Para Capitão, da mesma forma como ocorreu com o programa “Mais Médicos”, a população precisa ser atendida na sua integralidade, por mais psicólogos, por nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, pois, segundo ele, a saúde tem como fatores determinantes a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País.
O texto aprovado é o substitutivo do Senado ao Projeto de Lei 3077/00, que torna explícita essa norma na Lei Orgânica da Saúde (8.080/90). Hoje, a obrigatoriedade já é prevista em resolução (218/97) do CNS. O projeto original, aprovado pela Câmara em 2001, torPara o representante do Conselho Federal de Psicolo- nava obrigatório somente o atendimento odontológico gia (CFP) no Conselho Nacional de Saúde (CNS), Cláudio no SUS. O Senado ampliou a norma para todas as áreas Garcia Capitão, a proposição é um avanço, pois, se- da saúde. gundo ele, a matéria leva em consideração uma das dimensões do atendimento à Saúde, proposta pela Lei O relator do texto na CCJ, deputado Nelson Marchezan 8080/90, ou seja, a integralidade. “Também [a lei] vai ao Junior (PSDB-RS), recomendou a aprovação da proencontro da definição de saúde proposta pela Organi- posta. zação Mundial de Saúde [OMS]: ‘um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente Fonte: http://site.cfp.org.br/ccj-aprova-atendimentocomo a ausência de doenças ou enfermidade’“, refor- -do-sus-em-todas-as-areas-da-saude/ çou.
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CFP lança vídeo sobre a relação da Psicologia com a luta pela despatologização das identidades trans e travestis O vídeo “A despatologização das transexualidades e travestilidades pelo olhar da Psicologia – Parte I” é uma iniciativa da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Conselho Federal de Psicologia (CFP) e aborda os problemas vividos pelas pessoas trans e travestis e a patologização de suas identidades. Com a participação de professores universitários, a peça audiovisual também apresenta uma importante reflexão sobre o posicionamento dos (as) psicólogos (as) acerca das questões relacionadas à identidade de gênero e sexualidade. Lançada nesta sexta (19), a produção faz parte da campanha “Despatologização das Identidades Trans e Travestis” e problematiza a atuação dos (as) psicólogos (as) no processo transexualizador no âmbito do Siste-
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ma Único de Saúde (SUS), além da formação acadêmica desses profissionais em relação à temática. Os convidados explanam sobre direitos humanos, cidadania e autonomia sobre o próprio corpo. Eles apontam os problemas vivenciados por esta população, como a dificuldade de acesso aos direitos de cidadania, o acesso à educação, ao trabalho e à saúde e abordam a violência e o preconceito sofridos cotidianamente. Mais, falam, ainda, dos erros comuns cometidos pelos próprios profissionais da Psicologia no atendimento em consultórios, ambulatórios, serviços públicos de saúde, dentre outros. Fonte: http://despatologizacao.cfp.org.br/cfp-lanca-video-sobre-a-relacao-da-psicologia-com-a-luta-pela-despatologizacao-das-identidades-trans-e-travestis/ Mais em: https://www.youtube.com/watch?v=xLugxnORfd0
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