PERFIL DO ACADÊMICO DE ENGENHARIA FLORESTAL 2012 – 2º SEMESTRE

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Perfil do Acadêmico de Engenharia Florestal 2012 – 2º Semestre

RIO BRANCO, ACRE 2013


PERFIL DO ACADÊMICO DE ENGENHARIA FLORESTAL – 2º SEMESTRE 2012

Universidade Federal do Acre Centro de Ciências Biológicas e da Natureza

COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA FLORESTAL

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Documento elaborado, sob a coordenação do professor Ecio Rodrigues, pelos discentes do 9° período de Engenharia Florestal, matriculados na disciplina de Monografia II, como instrumento de avaliação.

Rio Branco, Acre Abril de 2013

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Equipe envolvida Adriano Silva Ana Paula Messias Andressa Souza Angélica Santos Antonio Lima Ana Cláudia Silva Arthur Formighieri Carlos Souza Cassimiro Hessel Cleison Mendonça Clebyane Barbosa Diana Oliveira Elaine Pereira Edivan Oliveira Eluan Lessa Ernesto Souza Felipe Oliveira Geliane Silva Heliton Menezes

Jack Moraes Luan Taboada Mª Estefânia Clemente Mª Francisca Bargas Mª Rosália Costa Michel Trigueiro Renata Dankar Renato Lima Rossicléia Campos Samária Silva Sâmia Ferreira Sanna Costa Saulla Magalhães Taylla Braga Tiago Lopes Vanuza Silveira Vinicius Silva Weverton Coelho

Coordenação Ecio Rodrigues Engenheiro Florestal, Dr. Ficha catalográfica ___________________________________________________________________ Perfil do Acadêmico de Engenharia Florestal – 2012 – 2º Semestre / Ecio Rodrigues; Coordenador/ Editor – Documento elaborado com a participação dos alunos do 9º período matriculados na turma de monografia II- Rio Branco; UFAC, 2013. 69p; 21 cm. ISBN – 978-85-907253-0-5 1. Estatística educacional. 2. Graduação na UFAC. 3. Perfil acadêmico. 4. Curso de Engenharia Florestal. 5. Condições sociais e econômicas.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ____________________________________________________ 8 DESCRIÇÃO METODOLÓGICA _______________________________________ 10 Quesitos pesquisados por meio das entrevistas ________________________ 12 CAPÍTULO I - INDICADORES SOCIAIS _________________________________ 14 CAPITULO II - DIVULGAÇÃO DO CURSO _______________________________ 23 CAPÍTULO III - MOTIVAÇÃO PARA O CURSO ___________________________ 30 CAPITULO IV - EXPECTATIVAS PARA O MERCADO DE TRABALHO EM 2016 ___ 33 Capítulo V - Percepção do papel do Engenheiro Florestal na sociedade acreana ______________________________________________________________ 37 CAPÍTULO VI - PARA FINALIZAR _____________________________________ 41 CAPÍTULO VII - QUEM É QUEM ENTRE OS BRABOS DE 2012 – 2º SEMESTRE __ 44

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A ideia do estudo do perfil do ingresso em Engenharia Florestal

O curso de Engenharia Florestal Ufac iniciou suas atividades no primeiro semestre de 2000, com ingresso da primeira turma de aprovados em vestibular realizado pela própria instituição, formada por um total de quarenta futuros Engenheiros Florestais. Passados 13 anos e contabilizando mais de 150 profissionais graduados o curso encontra-se em um dos seus melhores momentos. Acontece que além de receber anualmente 80 novos alunos, sendo o único curso da Ufac que matem essa expressiva demanda, o curso conseguiu firmar uma parceria para, com recursos financeiros do Fundo Amazônia (uma doação dos países ricos para conservar a floresta amazônica), conduzir seu Programa de Residência Florestal para recémgraduados e que formou, em duas turmas, 40 residentes com especializações em manejo e gestão florestal. No intuito de avançar ainda mais, os envolvidos com o curso estão otimistas com relação a proposta de mestrado em Ciência Florestal na Amazônia elaborada em 2013. Como se trata, na verdade, da quinta proposta elaborada pelos professores vinculados ao curso e que possuem titulo de doutorado, espera-se que os avaliadores da Capes tenham mais sensibilidade para valorizar esse esforço. Finalmente, com recursos da Finep, o curso concluiu a construção de 50% de seu Prédio Sede, com salas para todos os professores, uma ampla sala ambiente e um laboratório de tecnologia de madeira. As negociações para captação de recursos financeiros para conclusão do que os acadêmicos chamam de segundo pedaço, em especial por meio de emendas parlamentares, estão bem encaminhadas. Não seria apressado afirmar que todos esses avanços foram possíveis porque contaram com o expressivo envolvimento dos acadêmicos preocupados com o sucesso do curso. Um envolvimento que acontece, sobretudo, por meio da compreensão das expectativas que cercam a clientela do curso.

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Os clientes do curso, que atualmente para conseguir uma vaga precisam passar pelo exigente crivo do sistema Enem/Sisu, são a referência principal para sua consolidação. Conhecer cada um que se aventura na complexidade da Engenharia Florestal é crucial para o bom desempenho do curso. Essa foi a ideia que justificou a elaboração do presente estudo. Espera-se que por meio de uma série de levantamentos, realizados com cada turma que se inicia a cada semestre, seja possível estabelecer análises aprofundadas sobre o Perfil do Acadêmico de Engenharia Florestal. Por isso existem duas diretrizes na realização dessa série de estudos que não podem, sob qualquer hipótese, serem transgredidas, quais sejam: 1. Todo o trabalho de execução das entrevistas, processamento dos dados e elaboração do relatório final, embora sob a coordenação de um professor, é realizado pelos próprios alunos que estão matriculados na disciplina de Monografia II e na fase de conclusão do curso; e 2. Os levantamentos se referem a cada turma que inicia cada semestre no curso de Engenharia Florestal, mas, devem apresentar análise comparativa entre todas as turmas, desde o primeiro estudo realizado em 2007. Cabe aqui uma ressalva. Infelizmente e por razões que não merecem ser discutidas nesse documento, aconteceu um interstício de cinco anos entre o primeiro estudo de Perfil do Acadêmico de Engenharia Florestal publicado em 2007 e o estudo atual, publicado em 2013. Por isso, as análises comparativas apresentadas a seguir referem-se somente a esses dois estudos. Na certeza de que a continuidade da série de estudos sobre o Perfil do Acadêmico será tratada como prioridade é que esse segundo estudo inaugura um novo e rígido planejamento.

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Há consenso de que a perda de informação ocorrida no período de interstício e que não pode ser recuperada, não ocorrerá novamente. Enfim, esse documento tem o objetivo precípuo de divulgar as principais características do Perfil do Acadêmico ingressante na turma do curso de Engenharia Florestal no segundo semestre de 2013, de forma comparativa, atualizando os dados já publicados e comparando-os entre si. Para adiantar a curiosidade dos mais afoitos, pode-se afirmar, por exemplo, que os acadêmicos de Engenharia Florestal estão chegando no curso:

+ JOVENS + ABONADOS + AMBIENTALISTAS + EMPREENDEDORES

É só entrar para conferir, a todos uma boa leitura.

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INTRODUÇÃO O processo de criação do curso de Engenharia Florestal da Ufac teve início em 1998, através de debates e reuniões, com ampla participação da sociedade civil, que consideraram a necessidade de qualificar a mão-de-obra local, tendo em vista a aceleração de mudanças no padrão de uso do recurso florestal. A transição de um modelo de exploração predatória e sem tecnologia representado pela Serraria de Ramal e pela figura do Torero, para um sistema de exploração ancorado nas técnicas de manejo florestal era requerido tanto pelos diretamente envolvidos com o setor florestal, quanto pela sociedade em geral. Uma transição tecnológica decisiva que não seria possível sem a presença do profissional responsável pela sua condução: o Engenheiro Florestal. Ocorre que os Engenheiros Florestais são profissionais que atuam no aprimoramento e na execução de atividades de exploração dos recursos florestais, com formação e competência para a prática do manejo florestal de uso múltiplo e com capacidade para atuar no interior do ecossistema florestal. O aproveitamento econômico de todo potencial que a biodiversidade amazônica oferece pode ser alcançado, com emprego de técnicas de manejo florestal dominadas pelo profissional da engenharia florestal por meio do conhecimento obtido em cinco anos de formação acadêmica. E como não há dúvida de que para regiões como o Acre a única alternativa para o desenvolvimento e a consolidação de uma ocupação produtiva amparada nos ideais de sustentabilidade atualmente preconizados é o aproveitamento econômico da diversidade biológica existente em seu ecossistema florestal, a conjugação de esforços e de interesses foi inexorável. Com uma vocação florestal explícita o Acre demandou um tipo específico de profissional que conseguisse transformar essa vocação em emprego e renda de maneira sustentável. E as estatísticas apresentadas pelo curso de engenharia

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florestal não deixam dúvidas com relação à crescente demanda por esse profissional. Não seria presunçoso afirmar que é muito difícil encontrar em Engenheiro Florestal desempregado no Acre. O curso tem duração de cinco anos e forma profissionais capazes de avaliar o potencial biológico dos ecossistemas florestais, e assim, planejar e organizar o seu aproveitamento de forma sustentável, garantindo sua perpetuação e a manutenção das formas de vida animal e vegetal. A capacitação dos discentes do curso de Engenharia Florestal segue uma série de disciplinas teóricas, práticas, de campo e laboratórios, que permitem uma profissionalização nas áreas de manejo florestal, gestão ambiental, silvicultura e tecnologia de produtos florestais, propiciando uma formação que abrange os aspectos ambientais, sociais e econômicos da atividade florestal. É nesse contexto que se insere o presente estudo. Com objetivo primordial de caracterizar o Perfil dos Acadêmicos do Curso de Engenharia Florestal, ingressos no segundo semestre de 2012, o estudo procurou analisar as características sociais e econômicas de cada aluno. Do total de 40 alunos matriculados no segundo semestre de 2012, responderam ao formulário 37 alunos, o que fornece um caráter censitário ao estudo. Os formulários foram aplicados por meio de entrevista direta como detalhado a seguir na metodologia. O presente estudo também permitiu comparar os resultados com os que foram obtidos nas entrevistas realizadas com os ingressos no segundo semestre de 2012. A publicação desse estudo servirá para futuras comparações entre os alunos concludentes. Finalmente, é importante destacar que trata-se de um “documento memória” no qual os entrevistados poderão sempre encontrar algum tipo de recordação. Afinal todos sabem que calouros, bichos e, para nós da engenharia florestal, os BRABOS possuem uma memória muito, mas muito, curta.

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DESCRIÇÃO METODOLÓGICA

A metodologia utilizada pressupôs o uso de um formulário, já testado e utilizado no estudo anterior, que foi especialmente elaborado pelos envolvidos no projeto de 2006. Ele contém uma seqüência de perguntas distribuídas em cinco seções distintas, listadas a seguir:  Capítulo dos Indicadores Sociais;  Capítulo da Divulgação do Curso;  Capítulo da Motivação para fazer o curso;  Capítulo do Mercado de trabalho em 2016;  Capítulo sobre a percepção do papel do Engenheiro Florestal na sociedade acriana. Com base no formulário, o censo foi executado por meio de entrevistas diretas, sendo que cada grupo de alunos entrevistadores (matriculados na disciplina de Monografia II) se responsabilizou por entrevistar três recém-ingressantes no curso. Foram realizadas 37 entrevistas de 43 discentes matriculados, representando cerca de 90% do universo, o que fornece um aspecto censitário ao estudo. A preocupação para não influenciar o entrevistado foi constante, uma vez que, em nenhum momento, o entrevistador induziu as respostas, deixando-os livres para expor suas ideias. Os dados foram tabulados e processados em planilhas de Excel, resultando em um conjunto de gráficos também gerados por esse programa. Adotaram-se duas opções de gráfico: do tipo “pizza” e do tipo histograma para se obter uma melhor detecção visual dos resultados. Cada grupo ficou encarregado de analisar e produzir uma parte do documento para a publicação, conforme tabela abaixo.

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TABELA 1. Planejamento da análise dos dados coletados nas entrevistas. Temas Indicadores Sociais

Divulgação do Curso

Motivação para fazer o curso

Mercado de Trabalho que pensa encontrar em 2016

Percepção do papel do engenheiro florestal na sociedade acriana

Acessórios Especiais

Informações Iniciais

Descrição Metodológica

Para Finalizar

Quem é quem entre os alunos ingressos no segundo semestre de 2012

O que fazer? Tabulação dos dados cadastrais e indicadores sociais. Comentários acerca dos resultados com alguma curiosidade que surgir. Tabulação dos dados relacionados à divulgação do curso e familiaridade do aluno com a profissão. Comentários acerca dos resultados com alguma curiosidade que surgir. Tabulação dos dados de motivação do aluno para fazer o curso. Comentários acerca dos resultados com alguma curiosidade que surgir. Tabulação dos dados relacionados ao mercado de trabalho que o aluno espera encontrar em 2016. Comentários acerca dos resultados com alguma curiosidade que surgir. Tabulação dos dados acerca da percepção dos alunos quanto à importância do engenheiro florestal na sociedade acriana. Comentários acerca dos resultados com alguma curiosidade que surgir. Elaboração da capa, folha de rosto, créditos, índice, ficha catalográfica e apresentação do documento final de perfil. Elaboração da introdução, objetivos, histórico do curso com estatísticas anteriores acerca dos itens pesquisados, sobretudo o de crescimento. Descrição da metodologia utilizada, os resultados e discussão de cada item da pesquisa. Elaboração da conclusão e das recomendações para a pesquisa do segundo período de 2012. Preparação do Anexo com formulário utilizado, lista de alunos com foto, descrição dos depoimentos de cada aluno e inclusão de nova proposta de formulário com as sugestões dos pesquisadores.

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Quesitos pesquisados por meio das entrevistas

 Faixa etária Por meio desta pergunta, buscou-se avaliar a idade média dos alunos e saber o grau de maturidade dos ingressantes no curso, assim como a idade em que se formarão. Também se espera que, com a inclusão dessa variável, os professores tenham subsídios para prepararem suas aulas com didática mais apropriada.  Gênero A busca pelos cursos de engenharia já não é monopólio do universo masculino, como foi observado em 2006. Percebe-se que cada vez mais mulheres estão ingressando no curso devido ao leque de opções oferecidas pela área florestal. Checar, se esse dado se configura em uma tendência foi o que motivou a equipe a incluir essa questão.  Renda familiar A discussão proposta por essa pergunta é comparar a relação entre a renda familiar, a classe social do acadêmico e a tomada de decisão na hora de cursar a universidade. Este tópico visou responder questões como: a) Que tipo de classe social tem buscado o curso de engenharia florestal? b) Existe elitização como nos cursos de medicina, por exemplo? c) Será a engenharia florestal, dado sua condição de atividade rural, uma profissão para classes sociais menos abastadas?  O trabalho ao se formar Aqui se observou a expectativa com relação ao mercado de trabalho que o acadêmico espera encontrar em 2016. Isso é de fundamental importância para uma idéia do tipo de profissional que a Ufac esta prometendo colocar no mercado. Será o emprego público ainda preferencial para os acadêmicos de 2012, ou há realmente uma vocação para o curso? Ou ainda, existe uma tendência de

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consolidação de uma iniciativa privada no setor florestal capaz de absorver essa força de trabalho especializada?  Motivação para Engenharia Florestal Tal discussão se propôs a buscar qual o envolvimento do acadêmico com a área, quais os maiores responsáveis por essa tomada de decisão (pais, parentes e/ou conhecidos), que já atuam na área e que por isso teriam motivado sua decisão.  Como conheceu a Engenharia Florestal da UFAC A ideia foi captar de que maneira a informação sobre o curso chegou ao acadêmico. A análise dos resultados permitiria à Ufac estabelecer mecanismos de divulgação orientados a determinado público (ex.: internet, televisão, jornal, concursos relacionados à área, etc.).  Desmatamento Qual a opinião dos acadêmicos de engenharia florestal sobre a importância de sua profissão na solução dos dois maiores problemas ambientais do Acre: desmatamento e queimada. Qual o nível de conhecimento dos mesmos sobre esses temas?  O valor da floresta Este tópico buscou captar a consciência dos alunos sobre os recursos florestais, assim como sua ideia acerca da preservação e valoração ambiental, uma vez que boa parte da sociedade ainda não reconhece seu verdadeiro valor econômico. Tendo em vista que o curso é voltado à produção de bens e serviços por meio do manejo florestal de uso múltiplo, é importante captar a percepção dos novos alunos com relação à urgente necessidade do ecossistema florestal poder competir e ser mais atrativo ao produtor que, sua principal rival, a pecuária.

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CAPÍTULO I - INDICADORES SOCIAIS

1. Qual a idade dos ingressos em Engenharia Florestal? O curso vem atraindo cada vez mais o interesse de jovens e adultos. Por esta razão, a concorrência por uma vaga no curso de engenharia florestal é sempre elevada, mesmo sendo o único curso da Ufac a oferecer oitenta vagas por ano. Anualmente ingressam no curso uma grande quantidade de jovens. Como mostra a composição etária da turma do segundo semestre de 2012 os jovens predominam entre os ingressos no curso de engenharia florestal. No gráfico abaixo 70,27% possuem entre 17 a 20 anos de idade (Fig.1).

Figura 1 - Faixa etária dos alunos de engenharia florestal ingressos no segundo semestre do ano de 2012.

Na pesquisa realizada no segundo semestre de 2012 houve um aumento significativo de 12,27% a mais de jovens que no ano de 2006, como pode ser observado no histograma abaixo, com análise comparativa da faixa etária (Fig.2).

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É notável que os jovens estejam á procura por um curso de ensino superior, principalmente aqueles relacionados á questão ambiental. A grande maioria dos alunos ingressos no segundo semestre encontra-se na faixa etária de 17 a 20 anos, em ambos os anos em que a pesquisa foi realizada. Porém, em 2012 houve um aumento ainda maior com 70,27 %, com 12,27% a mais que no ano de 2006.

Figura 2 – Analise comparativa da faixa etária dos alunos de engenharia florestal ingressos no segundo semestre dos anos 2006 e 2012 da Universidade Federal do Acre - UFAC.

Já na faixa etária entre 21 a 25 anos houve decréscimo. Enquanto que em 2006 um contingente de 32% dos alunos tinham menos de 25 e mais de 21 anos, na pesquisa de 2012, apenas 13,51% pertencem a essa faixa etária. Esses dados mostram

que

a

procura

pelo

curso,

nesta

faixa

etária,

tem

diminuído

significativamente sendo menos que a metade dos valores no ano de 2006. Por outro lado, ocorreu um acréscimo na procura do curso pelos alunos na faixa etária entre 26 a 30 anos o que pode ser visto de forma positiva. Mostra que a procura pelo curso de engenharia florestal não aumentou apenas na faixa dos jovens. Foi notado um decréscimo mais que significativo para os alunos ingressos com faixa etária entre 31 a 35 anos de idade. Este resultado talvez se deva ao fato

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de o curso ser de período integral e exigir disponibilidade de tempo para quem tem família ou emprego, que exija mais que 6 horas diárias. Enfim o curso de engenharia florestal mantém a tendência na concentração dos alunos na faixa etária juvenil.

2. Qual o sexo dos ingressos em Engenharia Florestal? Nas diversas áreas de engenharia sempre houve predominância do sexo masculino. Todavia os dados apurados revelam uma alteração profunda nessa tendência. Em 2012, parece ter acontecido um imprevisto, com o sexo feminino quebrando um tabu de muitos anos, na predominância do gênero masculino. Enquanto que em 2006 de todos os novos acadêmicos ingressos no segundo período, 66% eram homens e apenas 34% eram mulheres, em 2012 as mulheres mudaram seu ponto de vista em relação ao curso com um contingente de 70,27% do sexo feminino e apenas 29,73% do sexo masculino, como se pode notar no gráfico abaixo (Fig.3).

Gênero/2012

30%

Masculino Feminino

70%

Figura 3 – Sexo dos alunos de engenharia florestal ingressos no segundo semestre do ano de 2012.

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Curioso que mesmo em uma sociedade em que o gênero feminino era a maioria a prevalência no curso de engenharia florestal era de homens. Todavia atualmente o quadro se inverteu, sendo notável não apenas na escolha de cursos onde a predominância eram homens, mais também no mercado de trabalho. O sexo feminino tem se qualificado cada vez mais, talvez na procura por reconhecimento ou mostrando ao universo masculino que também são capazes de exercerem essas funções.

Figura 4 - Percentagem entre gêneros dos alunos de engenharia florestal ingressos nos 2º semestres de 2006 e 2012.

A análise do quesito gênero, na atual pesquisa, indica que o chamado sexo “frágil”, não se considera mais assim tão frágil. Sendo superior no preenchimento das vagas ofertadas e representam mais da metade destas vagas.

3. Qual a renda familiar dos ingressos em Engenharia Florestal? Com relação a renda familiar os dados gerados através de pesquisas são sempre de fundamental importância. A maioria dos acadêmicos de engenharia florestal, ingressos no segundo semestre de 2012, foram considerados de classe

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baixa e média baixa (Fig. 5), o que não altera em muito o quadro observado em 2006. Todavia, chama atenção o fato de que 11% dos alunos possuem renda familiar acima de 5.000 reais mensais, enquanto a grande maioria, encontram-se na faixa abaixo dos 3.000 reais.

Figura 5 – Renda Familiar em Reais dos alunos de engenharia florestal ingressos no segundo semestre do ano de 2012.

A maioria dos acadêmicos de engenharia florestal, ingressos no segundo semestre de 2006, foram considerados de classe baixa e média baixa, assim como os que ingressaram no segundo semestre de 2012. O histograma abaixo permite visualizar a relação entre os dois períodos pesquisados.

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Figura 6 – Analise comparativa de Renda Familiar, em Reais mensais, dos alunos de Engenharia Florestal ingressos em 2006 e 2012.

No geral, as informações sugerem uma tendência à elitização. Enquanto que em 2006, um total de 41% dos alunos possuíam renda familiar mensal de até 1.000 reais e 50% com renda familiar entre 1.000 e até 3.000,00, em 2012 a distribuição da parcela de maior renda foi ampliada. Ocorre que em 2012 cerca de 27,00% dos alunos ingressos possuem renda mensal de até 1.000 reais e 43,26% até 3.000. Para os alunos ingressos em 2012 com renda familiar ate 3.000 reais foi possível notar uma diminuição de 20% dos alunos. E possível observar que na pesquisa realizada em 2006, não havia classe de renda familiar entre 5.000 e 8.000 reais. Enquanto que a porcentagem de alunos com renda superior a 8.000 ainda é restrita a 6%. A elitização é um fato surpreendente na engenharia florestal, porém, como mencionado na pesquisa anterior, muito comum nos cursos de medicina e direito que são historicamente acessados pelos mais abonados.

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O fato é que por ser um curso de período integral é difícil para as pessoas de renda inferior a 1.000 se manterem no curso. Todavia com a ampliação expressiva da oferta de bolsas de incentivo ao estudo, as evasões devem diminuir. Finalmente os ingressos com renda superior a 8.000, embora ainda com participação pequena, fica a pergunta que não quer calar: será que eles erraram de curso no momento da inscrição? Ou o fato do nome do curso ser engenharia florestal chamou mais a atenção no atual momento foi à parte relacionada à florestal, visando à preservação do meio ambiente? Mas isso é outro estudo.

4. Onde nasceram os ingressos em Engenharia Florestal? E notável que a Ufac possui grande diversidade de cursos acadêmicos no núcleo de Rio Branco. O que motiva muitos vestibulandos de outras cidades do interior ou até mesmo de outros estados do Brasil a concorrer por uma vaga para o campus de Rio Branco aumentando cada vez mais a concorrência pelo curso de engenharia florestal? O curso de engenharia florestal recebe grande parcela de acadêmicos vindos de outras cidades e estados brasileiros e de outros países onde existe certa semelhança entre o curso. Os acadêmicos nascidos em Rio Branco representam 55% do universo pesquisado enquanto os estudantes nascidos no interior do Acre correspondem a 39% e os últimos 6% são provenientes de outras unidades da federação (Fig. 7). Pode-se afirmar que a grande maioria dos calouros de engenharia florestal passou, até então, a maior parte de suas vidas em seus respectivos locais de origem.

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Figura 7 – Origem dos alunos de engenharia florestal ingressos em 2012.

Os acadêmicos nascidos em Rio Branco representam a maior parte com 48,66%, já os estudantes nascidos no interior do Acre correspondem a 39% e os últimos 6% são provenientes de outras unidades da federação (Fig. 8). Na pesquisa ocorrida em 2012 teve-se uma diminuição de 6,34% em comparação ao ano de 2006, isto e visto claramente no gráfico abaixo de análise comparativa de naturalidade.

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Figura 8 – Analise comparativa da origem dos alunos de engenharia florestal ingressos no segundo semestre do ano de 2006 e 2012 na UFAC.

No estudo realizado sobre o perfil dos estudantes de engenharia florestal pode-se comparar os dados relacionados ao local de origem dos acadêmicos do segundo semestre de 2006 com os do segundo semestre de 2012. Percebe-se que a grande maioria dos ingressos no curso é radicalizada em Rio Branco, com uma minoria naturalizados nos municípios do interior do estado e outra parcela menor ainda oriunda de outros estados. É possível observar ainda, que as vagas ocupadas por acadêmicos de outros estados não representa ameaça na obtenção de vagas pelos estudantes do Acre, como ocorre no curso de medicina e direito. 5. Onde os ingressos em Engenharia Florestal, moram atualmente? Todos os ingressantes no segundo semestre de 2012 entrevistados nessa pesquisa declararam morar na cidade de Rio Branco.

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CAPITULO II - DIVULGAÇÃO DO CURSO 6. Como os ingressos de Engenharia Florestal ficaram sabendo do curso?

Embora a Ufac seja a única instituição de ensino superior pública e gratuita, bem como a única a oferecer o curso de engenharia florestal, a opção feita pelo estudante em um dos seus 43 cursos, está diretamente relacionada com o grau de informação sobre o curso que chega até ele. Sendo assim a forma de divulgação do curso na atualidade é um grande desafio, como mostra o gráfico abaixo em que 5% dos alunos ficaram sabendo por meios de outros tipos de informações, sendo que em 2006 esta porcentagem era bem superior.

Figura 9: Forma na qual os alunos tomaram conhecimento do curso de Engenharia Florestal em 2012.

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A sede da Ufac, que seria o local certo para se obter detalhes sobre os cursos, apresentou um numero bem tímido, de apenas 16% dos entrevistados. Está claro que existe uma falha institucional no sistema de divulgação do curso. Há uma necessidade de melhora por parte da universidade, que seria o local mais hábil em informar o que realmente é o curso de engenharia florestal. A internet é mais eficiente com 33% dos alunos, que a utilizaram para se informar sobre o curso, o que demonstra o potencial de divulgação desse meio para detalhar informações importantes sobre o curso. Com 35% em 2006 e 46% em 2012 dos entrevistados obtendo informações por meio de amigos, a propaganda “boca a boca” tem sido eficiente. O que estão falando sobre o curso e qual a imagem que essas pessoas tem pode influenciar de forma positiva ou negativa a decisão do ingressante. Intrigante que nenhum entrevistado obteve informações sobre o curso por meio do governo e da mídia. Esses valores poderiam ser completamente diferentes se a mídia usasse o poder de informação que possui para divulgação dos cursos. Por outro lado o governo, que também possui poder de informação muito grande, que poderia ser utilizado para que os alunos ingressassem no nível superior sabendo qual curso a Ufac pode lhe oferecer, ajudando a tirar duvidas de qual carreira realmente seguir. Enfim, utilizando as escolas estaduais e municipais, para realizar essa divulgação, se poderia contribuir para reduzir o grande numero de desistência pela incerteza gerada pela desinformação com relação a carreira que pretende exercer para o resto da vida.

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Figura 10 - Meios de divulgação do curso pelos quais os acadêmicos tiveram conhecimento do mesmo nos anos de 2006 e 2012.

A figura 10 apresenta a comparação entre os alunos que ingressaram em 2006 e 2012 com relação à forma de tomar conhecimento sobre o curso de engenharia florestal. O jornal, com um valor relevante em 2006, em 2012 não foi utilizado pelos os alunos para obter informações. Sendo que o jornal tem um grande poder de divulgação podendo atingir varias camada sociais. A Ufac pelo que mostra os valores não houve uma melhora no sistema de divulgação, houve uma redução de pessoas que decidiram utilizar a universidade para se obter detalhes sobre o curso. O governo, por sua vez, não tem influenciado na entrada dos alunos no curso, uma vez que em 2006 ainda houve uma participação do governo com 3% e em 2012 essa porcentagem chegou a 0%. Amigos vêm mostrando uma capacidade positiva em participação das escolhas dos alunos por esta área. Em 2006 apenas 36% dos entrevistados foram influenciados na escolha da carreira, enquanto que em 2012, um total de 50% dos alunos souberam do curso por colegas. O crescimento da internet como fonte de informação do curso é alarmante, em 2006 apenas 3%, esse valor teve aumento de dez vezes no quesito de informar

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os interessados, superando os 30%. Esse valor esta relacionado à facilidade de acesso a internet. Os tipos de informações que os entrevistados procuravam é mais concreta e detalhada o que pode justificar a preferência pelos amigos e internet. 7. Os ingressos de Engenharia Florestal – 2º semestre possui algum contato com o setor florestal? Com o crescimento do setor florestal no Acre, existe uma demanda por trabalho qualificado. No entanto, o numero de pessoas envolvidas de forma direta ainda é tímido. Menos da metade dos entrevistados, 38%, possui contato direto com a atividade florestal.

Figura 11 – Familiar ou pessoas próximas envolvidos com setor florestal/2012.

O setor industrial madeireiro no estado ainda é fraco quando comparado com outros. Natural existir uma resistência em trabalhar em uma área que muitos não têm o conhecimento de mercado para esses profissionais.

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Figura 12 – Comparativo da existência de familiar, ou pessoas próximas, dos acadêmicos do ano 2006 e 2012 envolvidos no setor florestal.

A realidade atual do estado pode ter influenciado nesses valores, uma vez que de 2006 para 2012 ocorreu um crescimento de 13% de pessoas ligas ao setor florestal de uma forma geral. Reduzindo assim o número de pessoas que não tem contato nenhum com a engenharia florestal.

7.1. Envolvidos, mas até que ponto? Pode-se perceber que os acadêmicos possuem um grande envolvimento com pessoas ligadas à área florestal, o que termina por influenciar, direta ou indiretamente, pela escolha do curso.

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Figura 13 – Tipo de envolvimento que possui o acadêmico de Engenharia Florestal do segundo semestre de 2012 com o setor florestal.

Assim dos 38% que possuem algum tipo de contato com pessoas da área florestal, 79%, ou seja, a grande maioria possui parentes que já passaram pela academia, sendo que era de 88% em 2006. Enquanto que 7% possui parentes que ainda estão na academia. Os outros 14% mostram que a influencia dos pais implicou de alguma forma a escolha destes pelo do curso. Quando se compara o tipo de envolvimento dos acadêmicos do ano de 2006 com os acadêmicos de 2012, percebe-se que 12% deles em 2006 possuíam algum tipo ligação com o setor madeireiro, se diferenciando totalmente de 2012 onde os acadêmicos não mostraram nenhuma ligação com esse setor.

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Figura 14 – Comparação 2006/2012, tipo de envolvimento do acadêmico com pessoas próximas ao setor florestal.

Em 2012 houve um acréscimo de 14% de acadêmicos que são filhos de engenheiros florestais ou técnicos, sendo que em 2006, nenhum dos acadêmicos declarou-se filho de alguém que atuasse na área. Assim, em comparação com os acadêmicos de 2006 nota-se que o curso está assumindo maior continuidade hereditária. O curso de engenharia florestal está se revelando um setor promissor, pois 88% dos acadêmicos em 2006 e 79% destes em 2012 revelam ter parentes graduados na área, isso comprova que o envolvimento dos acadêmicos com essas pessoas da área motiva-os para escolha do curso, o que faz com que o setor ganhe maior participação e tradição no universo profissional. Os acadêmicos apostam cada vez mais na escolha pelo curso, talvez por este se consolidar no mercado de trabalho, onde nos últimos anos tem crescido o campo de atuação e o número de vagas no nicho de conservação e recuperação de áreas degradadas, manejo de bacias hidrográficas e a educação ambiental, em detrimento da antiga atuação restrita à exploração florestal e beneficiamento da madeira.

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CAPÍTULO III - MOTIVAÇÃO PARA O CURSO 8. O que levou os ingressos de Engenharia Florestal a se motivarem com o curso? A repercussão dos temas ambientais no mundo e os programas de incentivos tem sido um fator imprescindível na motivação para que a sociedade opte pelo curso de engenharia florestal. A procura tem sido crescente nos últimos anos. A grande possibilidade de desenvolvimento voltado às causas ambientais torna este mercado de trabalho promissor. Além disso, o número de motivação vocacional aumentou e isso se explica devido às freqüentes discussões sobre temas sobre sustentabilidade ambiental e, com isso, o curso vem sendo bem aceito, uma vez que representa 60% do que motivou a escolha ingressos de 2012 na Ufac.

Figura 15 – Motivos pelos quais os alunos ingressaram em 2012.

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Com os resultados obtidos constata-se que houve algumas alterações nos resultados das entrevistas feitas junto aos alunos que ingressaram no curso de engenharia florestal em 2006 e 2012.

Figura 16 – Comparação 2006/2012, dos motivos pelos quais os acadêmicos de engenharia florestal ingressaram no curso.

Para os alunos que ingressaram no curso de engenharia florestal no II período de 2006, a principal motivação era conseguir emprego com um percentual de 41%. Já os alunos do II período de 2012 conseguir emprego atingiu o percentual de 24%. A motivação dos alunos em entrar no curso é para ajudar nas causas ambientais, essa opção obteve aumento de 5% no II período de 2012. Isso significa que os estudantes estão mudando a visão de que o Engenheiro Florestal é só para destruir a floresta e isso é de grande importância para o curso. Com relação a motivação para satisfazer familiares e amigos também teve um aumento de 2% no II período de 2012.

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Já na vocação de ser empresário teve uma queda de 1% no II período de 2012, essa queda é relacionada com o aumento da motivação por outras causas. Os alunos que estão ingressando no curso no II período de 2012, tem como principal motivação ser um Engenheiro Florestal, com um percentual de 30%. Nas entrevistas feitas no II período de 2006 a principal motivação, que era a por outros motivos, foi a que teve um percentual de 100%, em relação ao II período de 2012. Acredita-se que em 2012 conseguir emprego esta mais difícil com 24%, os alunos estão, mas empenhados nas causas ambientais com 30%, já para satisfazer familiares e amigos com 8%, já na área de serem empresário com 5%, outros motivos com 0%, por vocação com 30% e indecisos com 3%.

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CAPITULO IV - EXPECTATIVAS PARA O MERCADO DE TRABALHO EM 2016 9. Em que área temática o ingresso de Engenharia Florestal em 2012 espera trabalhar em 2016?

Na figura abaixo pode-se ver que o interesse em recuperação de florestas é acentuado, pois o impacto ambiental oriundo da exploração não manejada das florestas, com as mais variadas intervenções irracionais do homem, é preocupante. Também pode-se destacar que a merecida importância dada ao ensino e à pesquisa, pois esta forma de continuidade dos estudos científicos contribui para o avanço do conhecimento na área florestal o que traz resultados expressivos para o crescimento do país em termos de tecnologia.

Figura 17 – Área temática em que acadêmicos de engenharia florestal ingressantes em 2012 pretendem trabalhar ao se formar em 2016.

No entanto é de se espantar que num estado como o Acre, o qual detém um

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potencial florestal significativo, não seja atrativa aos futuros engenheiros florestais entrevistados a melhoria das condições florestais, o que demonstra certo distanciamento da realidade local. Onde 73% dos entrevistados visam trabalhar ao se formar nas condições mais conservacionista e de maior monitoramento, pois cerca de 38% deles são adeptos da fiscalização, 19% na melhoria das condições ambientais do Acre, e 16% focam em recuperação de florestas. Os 14%, visam trabalhar no setor madeireiro, pois visam o alto valor econômico expresso pela madeira. Já os 13% restantes, 5% deles, visam trabalhar na área de ensino e pesquisa para verificar algumas variáveis importantes para o desenvolvimento da floresta, e os 8% finais ainda não se identificaram com alguma área.

Figura 18 – Comparativo das áreas temáticas em que os acadêmicos de engenharia florestal, ingressantes em 2006 e 2012, pretendem trabalhar ao se formar.

Pode-se concluir que houve uma queda brusca nos interesses em formação nas áreas de produção florestal, recuperação de florestas, e na área do ensino e pesquisa, evidenciando que os futuros engenheiros florestais estão visando à parte mais prática da profissão.

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Por outro lado, houveram aumentos significativos focados na melhoria das condições ambientais do Acre, na fiscalização e na indústria madeireira, a qual no ano de 2006 não havia nenhum entrevistado interessado no ramo. Pode-se então inferir, que a grande parte dos entrevistados, visam além da parte prática da profissão, a parte financeira também.

10. Os ingressos de Engenharia Florestal em 2012 – 2º semestre espera trabalhar onde, em 2016? Cerca de 84% dos entrevistados pretendem trabalhar quando se formarem em órgãos públicos, visando à estabilidade financeira; 5% dos entrevistados pretendem trabalhar em empresas de manejo florestal; 9% pretende trabalhar em área especifica do setor madeireiro; 3% consultoria ambiental, 3% organização do terceiro setor, 3% serrarias e movelarias; 2% pretende trabalhar nas instituição de ensino e pesquisa.

Figura 19 – Organização em que os acadêmicos de engenharia florestal ingressantes em 2012 pretendem trabalhar.

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Cerca de 58% dos entrevistados, estão entre faixa etária de 16 a 20 anos o que, em tese, representaria a ocorrência de um grupo significativo com um perfil voltado para a militância e não para o comodismo, para a vontade de transformação. No entanto, a opção, por trabalhar em órgão público, feita pela maioria dos acadêmicos, 52%, desmente tal visão. Mostra que para essa juventude, a grande preocupação, ou pelo menos da maioria, é a estabilidade financeira, garantida por tais empregos. É possível que a luta pela conservação da floresta, independente dos ganhos financeiros, seja colocado em questão.

Figura 20 – Comparação das Organizações em que os acadêmicos de engenharia florestal ingressos em 2006 e 2012 pretendem trabalhar.

Demonstra-se na figura 20 que em 2012 a porcentagem de entrevistados que gostariam de trabalhar em órgãos públicos aumentou significativamente, 30% a mais que em 2006. Talvez pelo fato de que esses órgãos oferecem muitos benefícios. Em 2006 não houve interesse dos entrevistados em relação às instituições de ensino e pesquisa, já em 2012 houve algum interesse. A turma de 2006 teve um maior interesse em trabalhar em consultoria ambiental e em 2012 esse mesmo interesse reduziu-se.

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Capítulo V - Percepção do papel do Engenheiro Florestal na sociedade acreana 11. Qual a percepção dos ingressos de Engenharia Florestal, acerca de sua contribuição para erradicação do desmatamento e da queimada no Acre? Em 2006, 75% da turma que ingressou no curso de engenharia florestal consideravam que poderiam contribuir muito para erradicar a prática do desmatamento e das queimadas e 25% consideravam que a responsabilidade do Engenheiro Florestal é relativa e que, como profissional, ele pode ajudar apenas mais ou menos para a erradicação destes problemas.

Figura 21 – Importância do Engenheiro florestal perante os danos causados ao meio ambiente segundo os acadêmicos ingressos em 2012.

Percebe-se que em 2012 o pensamento dos ingressantes permaneceu o mesmo, porém a porcentagem aumentou, pois, 81% da turma que ingressou no curso de engenharia florestal consideram que podem contribuir muito e apenas 16% dos calouros consideram que podem contribuir mais ou menos para minimizar as queimadas e o desmatamento.

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Figura 22 - Comparação da Importância do Engenheiro florestal perante os danos causados ao meio ambiente segundo os acadêmicos ingressos em 2006 e 2012.

Os resultados demonstram que, a grande maioria dos futuros profissionais já entram no curso com a disposição de ajudar na alteração dessa realidade que assola a Amazônia. O acadêmico deve possuir alguma idéia acerca de sua atuação profissional e que, direta ou indiretamente, seu trabalho irá contribuir para reduzir as queimadas, e consequentemente o desmatamento.

12. Qual a percepção dos ingressos de Engenharia Florestal acerca de sua contribuição para ampliar o valor da floresta e torná-la mais competitiva que a agropecuária? Em 2006, 75% dos alunos ingressantes consideram que podem contribuir muito para ajudar a aumentar o Valor da Floresta tornando-a competitiva com a pecuária, 22% consideram que podem contribuir mais ou menos e 3% consideram que podem contribuir pouco.

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Figura 23 – Contribuição do Engenheiro Florestal para aumentar o valor da floresta, 2012.

Já em 2012 o resultado é satisfatório, pois 86% dos alunos consideram que podem contribuir muito, 14% consideram que podem contribuir apenas mais ou menos, por falta de informação ou até mesmo por não acreditar na possibilidade de aumentar o valor da floresta em pé e uma pequena parcela de 1% considera que podem contribuir pouco nesse desafio. Espera-se que ao longo do curso os alunos passem a acreditar que podem colaborar muito com a manutenção da floresta e o aumento do seu valor, como foi demonstrado por eles.

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Figura 24 – Comparativo da contribuição do Engenheiro Florestal para aumentar o Valor da Floresta em 2006 e 2012.

Para reverter esse quadro, ou seja, tornar a floresta mais competitiva e tornála mais valorizada, a demanda por um profissional preparado para o manejo florestal é imensa. E isso parece ter sido assimilado pelos novos acadêmicos.

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CAPÍTULO VI - PARA FINALIZAR

Conclusões

CAPÍTULO I Analisando-se os parâmetros gênero e idade, chega-se a conclusão que atualmente a procura pelo curso de engenharia florestal é basicamente por mulheres (70,27%) com faixa etária entre 17-20 anos de idade (70,27%), ou seja, o quadro se inverteu e o sexo feminino ficou em alta na atual pesquisa, quebrando talvez assim um tabu de muitos anos em que na engenharia florestal só predominava o sexo masculino. Todavia, a tendência juvenil se mantém. CAPÍTULO II Verificou-se que o meio de comunicação que mais influenciou na escolha do curso de engenharia florestal por parte dos acadêmicos foi à conversa que tiveram entre amigos com 46%, seguida dos outros.

O que demonstra a eficiência da

divulgação “boca a boca”, o que estão falando sobre o curso qual a imagem essas pessoas tem, isso pode influenciar de forma positiva ou negativa. Em relação ao tipo de envolvimento 38% possuem algum tipo de contato com pessoas da área florestal e a grande maioria com 79% possui parentes que já passaram pela academia, o que comprova que o envolvimento dos acadêmicos com essas pessoas da área motiva-os para escolha do curso, o que faz com que o setor ganhe maior participação e tradição no universo profissional. CAPÍTULO III Para os alunos que estão ingressando no curso no 2º período de 2012, a principal motivação é a vocação para ser um Engenheiro Florestal, com um percentual de 30%. Contrariando as informações anteriores, onde a maior motivação era para conseguir emprego, isso mostra que a pouca oferta de emprego publico no estado do Acre nos últimos anos fez com que houvesse essa desmotivação. Observam-se também os alunos empenhados nas causas ambientais com

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30%. Esse resultado é visto com satisfação demonstrando o interesse pela conservação do meio ambiente e recursos naturais, questões estas bastantes discutidas e analisadas durante todo o curso. CAPITULO IV Conclui-se que 73% dos entrevistados visam trabalhar ao se formar nas condições mais conservacionista e de maior monitoramento, pois cerca de 38% deles visam atuar com fiscalização. Pode-se concluir que houve uma queda brusca nos interesses em formação nas áreas de produção florestal, recuperação de florestas, e na área do ensino e pesquisa, evidenciando que os futuros engenheiros florestais estão visando à parte mais prática da profissão. Os alunos de 2012 têm interesse maior em trabalhar em órgão públicos pelo fato que esses órgão oferece muitos benefícios. CAPÍTULO V A percepção dos ingressos de engenharia florestal em 2012, acerca de sua contribuição para erradicação do desmatamento e da queimada no Acre foi que 81% consideram que podem contribuir muito para a erradicação destes problemas. Os resultados demonstram que, a grande maioria dos futuros profissionais já entram no curso com a disposição de ajudar na alteração dessa realidade que assola a Amazônia.

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RECOMENDAÇÕES

1- O curso de Engenharia Florestal deve adotar semestralmente o levantamento do perfil acadêmico dos estudantes ingressos no curso. Essa prática pode auxiliar

a

Coordenação

do

curso, identificando

e

aplicando

novas

metodologias de ensino e pesquisa de acordo com os dados coletados acerca do perfil dos alunos ingressantes.

2- É recomendável que este levantamento do perfil acadêmico deve ser realizado não somente no curso de Engenharia Florestal, como também deve ser utilizado nos outros cursos acadêmicos da universidade, possibilitando assim a comparação entre os mesmos.

3- Recomenda-se também que uma equipe seja responsável pela realização desta pesquisa, podendo ser feita, por exemplo, pelo Centro Acadêmico de cada curso.

4- Reformulação, se necessário, do formulário utilizado na pesquisa do perfil acadêmico dos alunos ingressos a cada semestre do curso de Engenharia Florestal.

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CAPÍTULO VII - QUEM É QUEM ENTRE OS BRABOS DE 2012 – 2º SEMESTRE

Os ingressos do 2° semestre de 2012, explicitam, em uma frase a sensação de entrar no curso de Engenharia Florestal da Ufac.

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A alegria de poder contribuir para que as gerações futuras possam ter um planeta saudável.

Entrar no curso de engenharia é o primeiro passo para realização de minhas metas.

É um sonho realizado, pois muitos queriam estar fazendo esse curso e eu consegui. Agora espero contribuir para preservar esse nosso patrimônio floresta.

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Sensação Extraordinária inicio de uma realização!

Realização de um sonho!

Expectativa em aprender mais sobre como garantir um futuro sustentável.

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O inicio de uma longa jornada.

Conquista!

Vitorioso pelo fato de estar entrando no curso de Engenharia Florestal em uma Faculdade Federal!

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Satisfação!

Muito Legal!

Simplesmente Satisfeita!

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É uma sensação ótima!

Sensação boa não pelo curso, mas por está na Universidade Federal.

Marcela Sales de Carvalhoa A sensação de construir um Acre melhor, reduzindo os impactos ambientais provocados pela forma inadequada do homem e a natureza.

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Marcio Moura da costa

O que nós somos nunca muda, mas quem nós somos nunca para de mudar.

Maria Aparecida Neri da Costa Contribuir para preservação da natureza.

Maria Clarice dourado da silva

Realizada feliz e cheia de expectativa.

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Maria Nucélia Mendes da Silva

Satisfação! Deus é maravilhoso.

Maria Odete das Chagas Maciel

Realização!

Maria Paloma de Lima Izaldino

Realização de novos conhecimentos.

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Max Randerson de Souza e Souza

Sensação de conquista.

Melissa Silva de Lima

Sensação de satisfação e a certeza de que com os engenheiros florestais temos a esperança que os homens tenham cuidado com a natureza.

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Nayana Sesconeto Martins Borges

Sensação de felicidade, realização de um sonho.

Pamela Thuyany Marauto Batista

É a sensação de poder aprender a salvar o planeta.

Patrícia Negreiros de Albuquerque

Satisfação!

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Pedro Camzpero da Silva Junior

Necessito do ar como o ar que respiro.

Priscila Bezerra de Souza

Ótima!

Rosieny dos Santos Matos

Feliz, Satisfeita!

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Rúbia da Silva Pervidor

Muito alegria, pois era algo eu tinha muito interesse.

Sandino Gadelha Bezerra Mendes Realização de um sonho, mais sei que isso só realmente acontecerá quando eu formar.

Talisson Silveira da costa

Felicidade com certeza.

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Wilkinson Rodrigues da Silva

Com muita alegria, me sinto honrado.

Williane Bianca da Silva Souza

Novas experiências e novos conhecimentos.

Iara Freitas da Silva

O primeiro passo de grandes realizações.

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