A vida e morte dos jc's

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VIDA E MORT E DE JC'S


José Carlos, apelidado de JC, era um garoto normal, mas com algumas peculiaridade s em relação aos outros garotos. Ele tinha uma irmã chamada Josefina Carlita, que sempre quebrava suas bonecas. Por conta disso, deixava disposta a boneca quebrada em seu quarto

José sempre roubava as bonecas de sua irmã.

Descaradamente.

José sempre gostava de brincar com as bonecas de sua irmã, porém tinha a necessidade de consertá-las. Durante algum tempo, JC pegou ritmo e gosto pelo hobbie, aprimorando seus conhecimentos e materiais na reconstrução de bonecas.


Após consertá-las, brincava incansavelme nte com as bonecas. Não sabia o sentimento que lhe passava na sua cabeça naquele momento, mas ele era feliz e não sabia.

Certo dia, José estava a sós com seu pai, Jailson Cobalto. Neste momento em especial sua mãe deixou suas vestimentas em cima da cama, pois estava prestes à sair para passear, porém houve um imprevisto e teve de sair de casa para resolver alguns impasses.


Jailson Cobalto, pai de José, era um típico senhor conservador, não gostava de nenhuma ideia radical, oposta a opinião dele. Para ele, mulher é para lavar louça, apenas, e servir para o marido. Para ele, não existe gays.

Enfim, no momento em que a mãe de José saiu de casa, por impulso e sem pensar, ele vestiu as roupas e se comportou como uma legítima mulher. O sentimento que sentira naquele momento, era inexplicável para ele a ponto deste reconhecer-se a si mesmo, então se revelou ao mundo quem era realmente o José, naquela idade.

Porém José esquecera de que não estava sozinho em casa, seu pai estava contigo e vira seu filho entrando no quarto de sua mãe. Sem pensar duas vezes, do jeito bruto que era, abriu a porta em segundos e viu seu filho naquele estado de calamidade. Com a cinta na mão disse: Te sento a vara, moleque baitola


Então José sentiu a vara. A dor era tremenda e inexplicável, não era só o físico de José que sofria deformações, mas a sua moral na sociedade conservadora, que infelizmente não aceitava José. Os gritos era a única saída daquela pressão.

Felizmente, um policial armado estava passando na rua de José, por consequência ouviu os grandes gritos de JC. Então, arrombou a porta da casa de José e entrou na casa do pequeno e pobre JC.

O policial de imediato impediu o pai de José de cometer mais alguma atrocidade.


E Jailson foi preso.

José ficou traumatizado com a situação e chorou, por conta disso o verdadeiro eu de José se dissipou no tempo pelas batidas da cinta de Jailson.


João Cúrio era um pequeno garoto de família liberal, que aceitava suas posições desde pequeno. Um dia João naturalmente decidiu que gostava de garotos, desde então vestia-se como tal (se homossexuais tivessem estilos padrões) e sempre pegava garotos maduros

Em festas por exemplo, João seduzia os garotos com sua dança primordial, com a sua música favorita “Lose yourself to dance”. Desde então sentia algo peculiar no seu ser, a felicidade de se revelar para o mundo.

João sempre respeitava seus pais


Por conta desta singularidade, João cresceu sucessivelmente, revelado para o mundo, com coragem de enfrentar qualquer impasse que estivesse disposto a estar na sua frente. Com seu cabelo preto como a brasa que ascende o coração quente dos homens e alto como os monumentos gregos, indestrutíveis pelo tempo. João crescido, gostava de ir para baladas LGBTs.

José também cresceu, lindo como a verdadeira beleza do ser e com seus cachos macios como o algodão das nuvens que sobrevoa no céu azul do primordial mundo em que ele se escondia. Nesse seu crescimento, conheceu uma grande mulher que foi sucessível também as primeiras responsabilidades, como o primeiro emprego.


José procurava um emprego no qual conversasse com seu hobbie, a reconstrução de objetos, então foi para uma oficina renomada, a oficina de Juscileu Coimbra.

Juscileu Coimbra era um homossexual e era acusado fortemente de abuso aos seus funcionários, mas por algum motivo, conseguia esconder estes seus passados corrompidos.

Voltando a Oficina de Coimbra, houve então uma conversa normal entre o entrevistador e o funcionário.

De acordo com as suas especificações, você é perfeito para o cargo.

Obrigado Senhor Coimbra, eu juro que darei o meu melhor...


Senhor Coimbra acho que você está confundindo as coisas

Então Coimbra apertou as mãos de seu futuro funcionário em sinal de contratado. Mas essa contratação foi caracterizada por interesses ou por qualificações?

Relaxa, foi só por impulso, nada demais.

Após a contratação era a hora do trabalho. Nestes intervalos de tempo sempre se repetiam as mesmas situações e os mesmos constrangimentos, entre o chefe e o funcionário.

Descaradamente, Coimbra chegava por trás de José, por impulso ou de propósito, mas existia uma certa relação muito específica entre ambos, uma relação que saia de dentro do ser. José, gostava um pouco de Coimbra, inclusive contava muitas de suas histórias para ele, desde a sua infância.


Certo dia, José não resistiu a grande pegada de Coimbra e sentiu muito prazer naquele momento que se repetia a cada dia

Me demito, não aguento mais ser assediado assim todo dia.

José indignado repulsou-o, claramente, pois estava se relacionando com uma mulher. Sem pensar duas vezes ele disse:

Coimbra, homossexual assumido, conhecia muito bem os gays não assumidos e com o interesse carnal de José em seu corpo, o convidou para uma boate LGBT para pegá-lo de vez.


José, com toda aquela situação conturbada, pensou se realmente valeria a pena ir para a boate e se encontrar com o Coimbra. Passou-se cenas do espancamento de anos de seu pai e sobre a relação com sua mulher, mas percebeu-se que se continuasse restringindo o seu ser interior, não seria feliz, aqui e nunca. Então, sua decisão final, foi ir para a grande boate LGBT.

Nessa boate LGBT, especificamente naquele convite que Coimbra lhe dera, existia uma área VIP para três pessoas. Claramente era Coimbra, José e mais alguém na qual a boate definia por sorteio, que coincidentemente era João, na qual foi apresentado nesta narrativa.


Durante longas músicas, luzes piscantes e bebidas, Coimbra bebeu mais do que o normal, até que de repente a tampa da garrafa de sua bebida caiu, logo após o ocorrido Coimbra disse:

Por coincidência ninguém se conhecia, mas estava prestes de acontecer naquele local.

O JC pega a tampa.


Sem pensar duas vezes, João Cúrio e José Carlos virou-se ao mesmo tempo ao local de queda da tampa de Coimbra, por coincidência houve uma troca de sentimentos mútua num só toque entre as mãos macias de João e ásperas de José Carlos. Neste sentimento magnífico, que estava borbulhando em seus corações a troca de olhares foi uma grande penetração em suas almas, a ponto de que o amor fosse o produto dessa fusão de passagens de experiências na retina de cada olho verde de João, aos castanhos de José.

Coimbra viu que estava perdendo suas chances com José, por consequência insultou seu funcionário. João em repressão, não pensou duas vezes em defender aos novos cachinhos dourados de seu coração, José achou impressionante a ação do grande homem que estava em sua frente.


Mas com sua personalidade instável, em pensamento com a mulher que estava se relacionando, repreendeu ambos os rapazes interessados em sua pessoa e foi embora. Na sua saída, João seguiu José para perguntar lhe:

Estranhamente José passou o seu número de telefone, sabia-se ali que seu inconsciente agia em suas ações.

Passa Whats gato


Com inúmeras conversas no telefone, houve muitos encontros marcados com João. Nestes encontros, o vínculo entre ambos os personagens cada vez mais se fortaleciam e estavam sendo exagerados, a ponto de que os encontros virtuais não serem o suficientes para alimentar a sede do casal, agora o encontro, o toque carnal era a solução.


Coimbra, ao saber da situação de que seu ex funcionário e ex futuro parceiro estaria se rompendo, voltou as histórias de que José lhe falara e lembrou do seu corrompido passado com seu pai que estava preso.

Então teve a ideia de soltálo da cadeia, como vingança da possível traição que ele pensava que estava sofrendo, o amor foi consumido pelo ódio.

A interferênci a na vida de seu filho era inevitável.

O amor que tinha pelo seu filho, foi consumido pelos anos ao ver o sol nascer quadrado, a ponto de que a virtude de vê-lo bem, foi ofuscado pela vingança alimentada pela conversa que teve com Coimbra.


José, escondido de sua mulher, se encontrava incansavelmente com João em sua casa.

Mas refletindo profundamente, sabia que a relação que tinha com sua mulher, não poderia ser dada por traição, mas sabia que o vínculo homo afetivo vivido naquele momento, definia sua felicidade e seu verdadeiro eu.

Em sua casa, colocou diretamente as cartas do jogo no chão, de modo que o chão seria a face de sua mulher, abalada pelo momento de ruptura e compreendida pelo rumo de que seu ex amor estaria tomando em sua vida.

Claramente tal fase não foi fácil para ela, mas a relação já vinha de anos sem conversas profundas e sem o verdadeiro amor que ela sentia desde o primeiro dia de seus encontros.


João beijou-o normalmente e seguiu rumo a sua casa.

Porém houve uma excentricidad e nesse momento, João está de cara com Jailson, que saíra da cadeia e estava com um taco de baseball em suas mãos, ameaçando quem o visse eo enfrentasse.


Claramente era inevitável o conflito e por conta do contexto da vingança de Jailson, o espancamento em João fora apenas uma consequência.

Frágil e fraco, João com o primeiro golpe desmaiou. José rapidamente ao ver a cena para o seu pai que estava com o sangue nos olhos, para proteger o seu grande amor.


José, viu uma frase em que ele falou em um dia O meu nome é JC, como não tenho outro de pia. Como há muitos JCs, que é santo de romaria, deram então de me chamar JC da tampa, como há muitos JC’s com mães chamadas drag queens, fiquei sendo o da Zara Furacão do finado Zacarias. Com humor, JC, seu amor.

Passados os anos, José não se alimentava mais e estava com fortes dores na coluna e tinha que passar o dia inteiro em sua poltrona, com a sua grande boneca companheira ao lado. Certo dia, vendo os retratos de João



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