9ºs anos 2014

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Vida e

Morte



Sumário Simplesmente Viver.................................5 Quando Chegar a Hora............................7 Calma Para Viver.......................................9 Morte.........................................................11 Existência..................................................13 Para Sempre...............................................15 Canção do Dia de Sempre.........................17


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Viva do seu jeito Sua obrigação é simplesmente viver Viver é aprender É sonhar e simplesmente fazer

Leia uma poesia E crie sua alegria Relembre sua infância E renove as suas esperanças Viver sem amor Não tem esplendor Viver sem saber viver É praticamente morrer.

- Bárbara Ferrer e Laura Bicalho


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Quando chegar a hora Há tempo de viver Há tempo de morrer Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte Ela pode ainda não ter comprado seu passaporte Da mesma sorte, os que pagam o mal pelo bem Esperam prestes a tropeçar em suas dores

Sob os pés há espinhos E nas mãos há o linho Deveria manter a dor Ou cultivar um possível esplendor? Quando chegar a sua hora Não haverá mais demora Não tente enrolar Pois haverá de fracassar - Bárbara Ferrer e Laura Bicalho


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Calma para viver Quantas vidas Vale a sua correria? Acha que sem esta, nada obteria? Acha que deve correr em todas as avenidas? Saiba que todos precisamos de calma No fundo da nossa alma Calma para amar Calma para sofrer Calma para chorar Calma para viver - Bรกrbara Ferrer e Laura Bicalho


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Morte Seria algo natural Ou algo que no futuro pode te tornar imortal? Eu andei pensando em me matar Para ver se a morte vem me raptar Será que ela pode me levar E me punir logo pelo que fiz? Isso não é maldade É simplesmente curiosidade

- Bárbara Ferrer e Laura Bicalho

Uns querem saber como é viver Sem ter medo de perder Eu quero saber o que é morrer E descobrir o que até agora não desvendei Espero que ela venha de repente E cause dor no coração de muita gente Para que possam ver o valor Que antes eu tinha como gente


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Existência

Pare de existir E viva por um momento Pelos caminhos que quis ir Nada tocou seu pensamento? Nada o fez pensar Sobre a injustiça e o sofrimento Daqueles que só querem amar?

- Bárbara Ferrer e Laura Bicalho

Se “não” forem as respostas Tenho algo a lhe dizer Das coisas que no seu dia foram postas Nada o fez viver Afinal, a vida só se dá para quem pensou Para quem amou Para quem tirou suas conclusões Pra quem não pode controlar as emoções


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Para Sempre Por que Deus permite que as mães vão-se embora? Mãe não tem limite, é tempo sem hora, luz que não apaga quando sopra o vento e chuva desaba, veludo escondido na pele enrugada, água pura, ar puro, puro pensamento.

Carlos Drummond de Andrade

Morrer acontece com o que é breve e passa sem deixar vestígio. Mãe, na sua graça, é eternidade. Por que Deus se lembra - mistério profundo de tirá-la um dia? Fosse eu Rei do Mundo, baixava uma lei: Mãe não morre nunca, mãe ficará sempre junto de seu filho e ele, velho embora, será pequenino feito grão de milho.


http://perfumeseoutrasalegrias.blogspot.com.br/2011/02/olhando-para-o-ceu-azul.html


Canção do dia de sempre Tão bom viver dia a dia... A vida assim, jamais cansa...

E a rosa louca dos ventos Presa à copa do chapéu.

Viver tão só de momentos Como estas nuvens no céu...

Nunca dês um nome a um rio: Sempre é outro rio a passar.

E só ganhar, toda a vida, Inexperiência... esperança...

Nada jamais continua, Tudo vai recomeçar! E sem nenhuma lembrança Das outras vezes perdidas, Atiro a rosa do sonho Nas tuas mãos distraídas... Mario Quintana


Projeto: livro de poesias – 9° ANO B Antologia poética Alunas: Bárbara Ferrer e Laura Bicalho Ferramentas: Internet e Power Point Professoras: Vilma D’Avila e Eliene Rodrigues Disciplinas: Português e Tecnologia Educacional


SER GAROTA



Sumรกrio Ser Garota.................................................05 Vaidade.....................................................07 Sentimentos..............................................09 Garotos.....................................................11 Pressรฃo da Mulher....................................13 A Mulher mais Bonita do Mundo.............15 A Mulher que Passa..................................17



SER GAROTA Quando pequena, o mundo parece grande a vontade de ser mais velha já é predominante Quando pequena, tudo parece fantasia ursos e bonecas fazem parte do seu dia a dia A curiosidade se torna presente um sapato da mãe, a maquiagem no banheiro é sempre uma ansiedade, um desespero Como uma caixinha de surpresa sempre levando na brincadeira tão espontanêa e delicada A vida é toda iluminada Betina Juzumas e Milena Bittencourt



VAIDADE Dentro de sua infância, a vaidade era uma fantasia buscando cada dia uma nova melhoria Mas na verdade, sua vontade era uma minuciosidade ninguém nunca havia visto algo igual Nessa idade, não existe maldade porém com a velocidade do tempo tudo se torna um contra tempo Ficou cega de vontade cada vez querendo mais quando na verdade sua maior beldade era a felicidade Betina Juzumas e Milena Bittencourt



Sentimentos Ora triste, ora feliz Já não era uma novidade Mas aquela fragilidade fora uma certa raridade

Ideal adoração, em uma certa situação Gostosa sensação de inovação

Ela não entedia o porquê E as vezes parecia tão clichê, Esse sentimento de raiva, misturado com amor Transformava tudo em uma nova dor

E lá no fundo, Se sentia retirada do mundo Sentimento profundo que acabava com todo mundo

Uma certa sensação, com muita satisfação Se sentia contente, Depois que tudo ficava aparente

E mesmo assim, Com tudo misturado sempre ficava satisfeita com o resultado

Betina Juzumas e Milena Bittencourt



Garotos Chega uma idade, que o problema, não é mais a vaidade

e sim a fragilidade de sua ingenuidade

Sentimentos aparecem Trazendo conhecimentos que aos poucos se esclarecem Nem ela mesmo conseguia explicar que só com um olhar seu coração já começava a palpitar Betina Juzumas e Milena Bittencourt



Pressão da mulher A pressão é abundante aquela menina tão pequena, tão frágil, tendo que se tornar mais ágil O mundo não parou e também as coisas não mudaram se sentia presa naquele mundo fundo, imundo e vagabundo Ela havia se construido em volta daquela rotina Com vontades que não a pertecia ela não se reconhecia E todo dia se perguntava por quê o peso do mundo parecia cair todo em seus ombros Antes o que era pressa de crescer agora faz ela perceber que o mundo é muito mais do que imaginava Betina Juzumas e Milena Bittencourt



A Mulher Mais Bonita do Mundo Estás tão bonita hoje. quando digo que nasceram flores novas na terra do jardim, quero dizer que estás bonita. entro na casa, entro no quarto, abro o armário, abro uma gaveta, abro uma caixa onde está o teu fio de ouro. entre os dedos, seguro o teu fino fio de ouro, como se tocasse a pele do teu pescoço. há o céu, a casa, o quarto, e tu estás dentro de mim.

estás tão bonita hoje. os teus cabelos, a testa, os olhos, o nariz, os lábios. estás dentro de algo que está dentro de todas as coisas, a minha voz nomeia-te para descrever a beleza. os teus cabelos, a testa, os olhos, o nariz, os lábios. de encontro ao silêncio, dentro do mundo, estás tão bonita é aquilo que quero dizer. José Luís Peixoto



A Mulher que Passa Meu Deus, eu quero a mulher que passa. Seu dorso frio é um campo de lírios Tem sete cores nos seus cabelos Sete esperanças na boca fresca! Oh! Como és linda, mulher que passas que me sacias e suplicias Dentro das noites, dentro dos dias! Teus sentimentos são poesia Teus sofrimentos, melancolia. Teus pêlos leves são relva boa Fresca e macia. Teus belos braços são cisnes mansos Longe das vozes da ventania. Meu Deus, eu quero a mulher que passa!

Como te adoro, mulher que passas Que vens e passas, que me sacias Dentro das noites, dentro dos dias! Porque me faltas, se te procuro? Por que me odeias quando te juro Que te perdia se me encontravas E me encontrava se te perdias?

Por que não voltas, mulher que passa? Por que não enches a minha vida? Por que não voltas, mulher querida Sempre perdida, nunca encontrada? Por que não voltas à minha vida Para o que sofro não ser desgraça? Meu Deus, eu quero a mulher que passa! Eu quero-a agora, sem mais demora A minha amada mulher que passa! No santo nome do teu martírio Do teu martírio que nunca cessa Meu Deus, eu quero, quero depressa A minha amada mulher que passa! Que fica e passa, que pacifica Que é tanto pura como devassa Que bóia leve como a cortiça E tem raízes como a fumaça.

Vinicius de Moraes


Projeto: livro de poesias – 9° ano B Antologia poética ALUNAS: Betina Juzumas e Milena Bittencourt FERRAMENTAS: Dicio.com.br, Google, Dicionário e Power Point PROFESSORAS: Vilma D’Avila e Eliene Rodrigues DISCIPLINAS: Portugues e Tecnologia Educacional




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Meu amor por você........................................05 Solidão triste e fria.........................................07 Cacos de vidro..............................................09 Tristeza sem fim............................................11 A minha liberdade.........................................13 Parte de mim.................................................15 Contemplo o que não vejo............................17



Meu amor por você , era tão precioso Como água no Egito Ou até um diamante escondido Para não ser descoberto Pelas areias do deserto Era um amor diferente Tão forte quanto uma corrente Porém sem os elos que nos ligava Só eu me apaixonava Perdidamente por você Sem ninguém para me corresponder

Passei a vida largada por ai Mas nunca desisti Estava sempre aqui Loucamente apaixonado por você Onde nem eu pude me compreender

Bruna, Mariana e Juliana



Estava perdido por aí Sem ninguém para me seguir Me ajudar ou me amar Por ai em algum lugar Nessa solidão da minha vida Eu não compreendia Tanta gente ao meu redor mas não me sentia melhor O tempo passou E a solidão ficou Uma angústia que me perseguia Uma sensação triste e fria Bruna, Mariana e Juliana



Tanto já me fizeram Mas aqui continuo eu Minhas mãos carregam Todo sofrimento que passei Meus pés tão machucados No chão de vidro Continuam a andar Mas a ti, perdoei Porque apesar de tudo Todo remorso não guardei

Bruna, Mariana e Juliana



Era uma tristeza sem fim Que já não cabia mais em mim Eu precisava desabafar Mas não tinha ninguém para contar Uma palavra amiga salvaria meu dia Mais eu sentia Que esse dia nunca chegaria Minhas amizades todas, já perdi Das quais eu nem me despedi Agora estou aqui Lembrando os bons momentos que vivi E essa tristeza cada vez mais me sufocava E eu apenas me apavorava Bruna, Mariana e Juliana



Bruna, Mariana e Juliana

Meus olhos ferviam Ao meu redor Só sombras Só trevas Só solidão Os galhos quebradiços Me prendiam E no meio dessa rua Só pensava em uma coisa Me vingar daquele que me feriu Matar aquele que me matou por dentro Quebrar os ossos daquele que me fez sofrer E com isso lhe digo Mantenha-se longe Porque se te achar Te garanto Com minhas mãos sofridas Arrancarei de ti a felicidade E assim alcançarei Finalmente minha liberdade



Parte de mim Pedaço meu Você é assim O tu do meu eu E a cada dia Eu sou mais sua Você é a minha poesia É o sol da minha lua

Que ilumina a escuridão Quando nada mais existe Você roubou meu coração E fez feliz minha vida triste

Mariana Siqueira



Contemplo o que não vejo É tarde, é quase escuro E quando em mim desejo Está parado ante o muro Por cima o céu é grande Sinto árvores além Embora o vento abrande, Há folhas em vaivém Tudo é do outro lado, No que há e no que penso Nem há ramo agitado Que o céu não seja imenso Confunde-se o que existe Com o que durmo e sou Não sinto, não sou triste Mas triste é o que estou

Fernando Pessoa


PROJETO: LIVRO DE POESIA 9°D Antologia poética Alunas: Bruna Gurgel n°5 , Juliana Eichinger n°17 e Mariana Pêgolo n°20 Ferramentas : Internet e Power Point Professoras: Eliene e Vilma Disciplinas : Português e Tecnologia educacional


O verdadero amor



Sumário:

Dúvida cruel.......................................5 Canção do sofrimento............................7 Par perfeito........................................9 Como será?......................................11 Ódio...............................................13 Bilhete............................................15 Memória.........................................17


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Dúvida cruel O que é o amor? Como saberás que tu és amado? Será que isto existe? Ou é apenas uma ilusão? Talvez seja uma facção, Sem dono nesta questão, Apenas exemplos como Romeu e Julieta, Que fizeram arder meu coração, Buscando uma verdadeira paixão.

Giovana Braga


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Canção do sofrimento Ontem, uma simples melodia, Hoje, a história de minha vida! Encontrei meu sentimento, Perdido em um mar de sofrimento! Minha vida parecia perdida, Mas lá estava a explicação, Aquela era a minha canção!

Giovana Braga, Giovanna Chioro e Isadora Micali


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Par Perfeito

Acordo pensando em você, Durmo tentando te esquecer, Mas você não me vê, Com teus olhos azuis que me fazem viver! Apesar da distância, Não deixarei de ter esperança, Nesta grande paixão, Que arde o meu coração.

Giovana Braga e Giovanna Chioro



Como será? Como deve ser poder te encontrar? Diante dessa distância que nos separa, Poder te abraçar, O que faria meu coração acelerar.

Aguentar, não é fácil, Assim como lhe direi, Mas não posso ser indócil, Pois um dia lhe encontrarei.

Como será ? Preencher este vazio que me acompanha, Junto a uma dor Que um dia poderá tornar-se uma façanha?

Isadora Micali



Ódio Te odeio quando me ignora, Te odeio quando chora, Te odeio quando grita, Muito mais quando me irrita! Mas será isto um ódio veemente, Ou uma paixão que não sai da minha mente?

Olhar para você E como ver o mar, Aquela brisa que nínguem vê, E tão pouco pode parar!

Como irei parar de te amar? Impossível parece a situação, Ou será uma ilusão? Agora, preciso chorar, pois.... Te amo quando me ignora, Te amo quando chora, Te amo quando grita, Muito mais quando me irrita! Para sempre, E eternamente, Eu te amo!

Giovanna Chioro



Bilhete Se tu me amas, ama-me baixinho NĂŁo o grites de cima dos telhados Deixe em paz os passarinhos Deixa em paz a mim! Se me queres, enfim, tem de ser bem devagarinho, Amada, que vida ĂŠ breve, e o amor mais breve ainda...

Mario Quintana



Memória Amar o perdido deixa confundido este coração.

Nada poder o olvido contra o sem sentido apelo do Não. As coisas tangíveis tornam-se insensíveis à palma da mão. Mas as coisas findas, muito mais que lindas, Essas ficarão.

Carlos Drummond de Andrade


Projeto: livro de poesias - 9ºano D Antologia Poética Aluna s: Giovana Braga, Giovanna Chioro e Isadora Micali Ferramentas: Livro- Poesia Fora da estante (vol.2), Internet, ISUU e Power Point

Profe ssoras: Vilma D´Avila e Eliene Rodrigues Disciplinas: Português e Tecnologia Educacional


Melancolia Poética Maria Clara nº20 Mariana Elias nº22



Sumário Prosa Angelical................................................05 Estojo de Emoções...........................................07 Meu presente...................................................09

Despedida..........................................................11 Mortal Destino................................................13 Annabel Lee.....................................................15 Soneto de Fidelidade.....................................17



Prosa Angelical Vou lhe contar a história De um anjo que caiu do céu Que tinha um toque suave E um doce lábio de mel Mas, infelizmente, o céu Resolveu nos afastar Assim sem ela me sinto Como em um vazio infinito Cada vez mais indistinto, Um estranho em meu próprio recinto

(Maria Clara e Mariana Elias )

Mas mesmo assim, agora Nosso amor não foi embora Em seu túmulo a vela Se consome como meu amor por ela Dessa forma acabou a história De um anjo que retornou ao céu Junto com seu toque suave E seu doce lábio de mel



Estojo de Emoções Uma vez uma menina Me deu um pincel Com ele desenhei-a Em um suave tom pastel Uma vez uma menina Me deu uma borracha Com ela eu tentava apagar da minha mente O quanto a desejava Uma vez essa menina Me deu uma caneta Mas não percebi que seria permanente E ficou escrito em meu coração Como a amava incondicionalmente

(Mariana Elias)



Meu presente

(Maria Clara)

Hoje acordei assim Com esse sentimento que Deus deu pra mim Deixa os meus sonhos coloridos Cor de carmim Com uma harpa doce E um cheiro de jasmim Mesmo me pergunto Por que Deus fez assim? Para me transformar num defunto Num louco atrás de alguém Quem não me merece assim tão bem Mas pra mim não é ruim Esse presente que Deus deu pra mim



Despedida Pra que serve o amor? Se apenas me traz dor Se apenas é uma fantasia Que somente me vicia

Me sinto uma criança ao sonhar Que vale a pena amar Porque é melhor nunca ter amado Do que amar e ser abandonado Fui idiota ao pensar Que você iria me aceitar Não havia suposto Que sentiria tanto desgosto

(Maria Clara e Mariana Elias)

Tentar viver com isso É pior que abrir mão do paraíso Espero ser perdoada por Deus Por tão prematuro adeus Que a minha loucura seja perdoada Me despeço do meu amor E também da dor De por você não ser amada A mim não resta saída Se não a despedida



Mortal destino Dizem que é falta de sorte Ter o amor levado pela morte Mas acredito que tudo tem um motivo Dizem que é um tal de destino Sempre tão altivo Destruindo tudo em seu caminho Me deixando assim sozinho E assim eu fui fadado A ter meu coração arrancado Mesmo sendo um desatino É meu mortal destino

(Maria Clara e Mariana Elias) O homem de preto me disse então Que mesmo sem alma ou coração Ficou tocado pelo que ouviu Foi assim que sua máscara caiu E vi que se arrependeu do que fez Ao levar minha amada assim de vez

A morte:

Meu nobre cavalheiro Sei que sou desordeiro Mas não pense que estou feliz Pelas coisas que lhe fiz Este é o consolo que a morte lhe traz: Sua amada descansa em paz



Annabel Lee

(Edgar Alan Poe

Tradução Fernando Pessoa)

Foi há muitos e muitos anos já, Num reino de ao pé do mar. Como sabeis todos, vivia lá Aquela que eu soube amar; E vivia sem outro pensamento Que amar-me e eu a adorar.

E os anjos, menos felizes no céu, Ainda a nos invejar... Sim, foi essa a razão (como sabem todos, Neste reino ao pé do mar) Que o vento saiu da nuvem de noite Gelando e matando a que eu soube amar.

Eu era criança e ela era criança, Neste reino ao pé do mar; Mas o nosso amor era mais que amor -O meu e o dela a amar; Um amor que os anjos do céu vieram a ambos nós invejar.

Mas o nosso amor era mais que o amor De muitos mais velhos a amar, De muitos de mais meditar, E nem os anjos do céu lá em cima, Nem demônios debaixo do mar Poderão separar a minha alma da alma Da linda que eu soube amar.

E foi esta a razão por que, há muitos anos, Neste reino ao pé do mar, Um vento saiu duma nuvem, gelando A linda que eu soube amar; E o seu parente fidalgo veio De longe a me a tirar, Para a fechar num sepulcro Neste reino ao pé do mar.

Porque os luares tristonhos só me trazem sonhos Da linda que eu soube amar; E as estrelas nos ares só me lembram olhares Da linda que eu soube amar; E assim 'stou deitado toda a noite ao lado Do meu anjo, meu anjo, meu sonho e meu fado, No sepulcro ao pé do mar, Ao pé do murmúrio do mar.



Soneto de Fidelidade (Vinícius de Moraes)

De tudo ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure


Projeto: Livro de Poesias - 9° ano C Antologia Poética Alunas: Maria Clara e Mariana Elias Ferramentas: Power Point e Internet Professora: Vilma D’Avila e Eliene Rodrigues Disciplinas: Português e Tecnologia

Educacional




SUMÁRIO Em vão..............................................05 Valeu a pena.....................................07 Roseira..............................................09 Duvida cruel......................................11 Sentimentos......................................13 Ismália...............................................15 Asas de anjo......................................17



EM VÃO As pessoas são muitos sem coração Não ligam para nossa decepção Ou até mesmo para nossa ilusão Palavras são ditas em vão

Sempre que acabamos nos apaixonando Acabamos com o coração se dilacerando Nos deixando na solidão Com os sentimentos em vão O coração fica se remoendo E com o tempo nos acabamos aprendendo A acabar com o sofrimento Vivendo em vão Mylla & Fernanda



VALEU A PENA Quando tudo parece perdido Sempre há uma luz Que tira de suas costas a cruz E te faz ser o escolhido Tente parecer contente Mesmo se o momento presente Não te da alegria Ela virá um dia Tudo é uma questão de tempo A vida muda com o vento Como a leve brisa do mar Que um dia você há de encontrar

E quando o grande dia chegar Vai custar a acreditar Que tudo em sua vida plena Valeu a pena Virna.



ROSEIRA Roseira ferida Me pareces tão perdida Quero ter novamente teu sorriso Que me leva ao paraíso

Que abre teu coração E te enche de inspiração

Virna e Mylla A troco de que choras? Será por tuas perdidas horas? Queres entender o que se passa? Nem tudo é desgraça Roseira querida Tens que crer em tua vida Se tua felicidade esta trancada Aches a chave encantada



DÚVIDA CRUEL Duvida cruel Sempre amarga como fel Fazes de minha vida um horror Morro de pavor Mas sem ti, como seria? Como sentir a alegria? apenas com respostas imediatas Como sempre chatas Reclamamos da dor Mas sem ela, como seria o amor? Ele não existiria A mesmice reinaria

Um dia tudo vai passar A felicidade te inundar E você vai perceber que a dor Só foi para ajudar Virna e Fernanda



SENTIMENTOS Nós ficamos nos vendo Com o coração ardendo E a alma morrendo Enquanto íamos vivendo A esperança foi se perdendo Junto com o tempo Que é igual ao vento Remoendo os sentimentos Mylla e Fernanda



ISMÁLIA Quando Ismália enlouqueceu, Viu uma lua no céu, Viu outra lua no mar. No sonho em que se perdeu, Banhou-se toda em luar... Queria subir ao céu, Queria descer ao mar... E, no desvario seu, Na torre pôs-se a cantar... Estava perto do céu, Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu As asas para voar... Queria a lua do céu, Queria a lua do mar... As asas que Deus lhe deu Ruflaram de par em par... Sua alma subiu ao céu, Seu corpo desceu ao mar..

Alphonsus de Guimaraens



ASAS DE ANJO Imagino asas de anjo possuir E para onde voaria Fico a pensar Perdida entre o porque e o sonhar Em um momento quero cantar Em outro quero brincar Em que doce céu o amor verdadeiro encontraria? Aquela chama de doce desejo seria Mas então o rosto da minha criança E sei que ela é tudo oque eu desejo


PROJETO: LIVRO DE POESIAS –9°ANO B Antologia Poética Alunas: Virna Caires Mylla Goes Fernanda Mello Ferramentas: google e poesias próprias Professoras: Vilma D’Avila e Eliene Rodrigues Disciplinas: Português e Tecnologia Educacional


CAPA

Poemas do Subconsciente

Sara Maria Blasques e Paola Russo



SUMÁRIO Tenho dó das estrelas---------------- 05 Os miseráveis --------------------------07 Querido pai ----------------------------09 O assassinato ------------------------ 11 Anjo perdido--------------------------13 Eis minha confissão ----------------15 Se eu morresse amanhã-------------17



TENHO DÓ DAS ESTRELAS Tenho dó das estrelas

Um cansaço de existir,

Luzindo há tanto tempo,

De ser,

Há tanto tempo...

Só de ser,

Tenho dó delas.

O ser triste brilhar ou sorrir, Não haverá, enfim,

Não haverá um cansaço Das coisas, De todas as coisas, Como das pernas ou de um braço?

Para as coisas que são, Não a morte, mas sim Uma outra espécie de fim, Ou uma grande razão – Qualquer coisa assim Como um perdão?

Fernando Pessoa


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OS MISERÁVEIS Velhos frios e calculistas

Tua carta achei

Nesse mundo caótico

Tenho piedade de ti

Teu corpo escondido

“O que será que me tornei?”

Invisível a nervo ótico.

Creio que agora te compreendi.

Mulheres com medo

Um tiro a travessa

Crianças chorando

Meu corpo fraco

Homens morrendo

Escuto gritos, altos,

Todos rogando.

“Está morto! Bravo!”

Paola Russo


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QUERIDO PAI Querido pai,

Lembro que você dizia

Preciso de sua força

“Seja forte, pequena menina”

Preciso de sua ajuda

Mas é difícil quando seu herói não está presente

Preciso de seu amor. Há muito tempo partiste

Desejo me juntar a você

Sem despedidas, nem avisos

E aos poucos eu o vejo cada vez mais

Me deixou aqui sozinha

Me chamando para um lugar com paz.

Neste escuro mundo.

Sara Maria Blasques


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O ASSSASINATO O tempo passa

Você se aproxima

Pronto, tudo feito

Mal podia esperar

Sempre tão linda

Meu sentimento de ódio

Tocar naquele machado

Tua próxima roupa

Percebi depois

E ver teu corpo sangrar.

Será um vestido vermelho

Nada mais que rarefeito

Tenho tudo programado

Paranoia e ansiedade

Desculpa meu amor,

Seu amor, me recuso

Sua querida vida

Perdão meu anjo,

Nessa noite fria, com névoa Será tomada hoje à noite

Teu corpo aqui sem vida

Qualquer um é um intruso.

E teu espírito lá longe.

Paola Russo



ANJO PERDIDO Na rua vi um anjo

Incapaz de falar, pois tanto já gritou,

Por um minuto hipnotizei,

E nunca foi ouvido

Seria aquele anjo uma ilusão?

Sua beleza foge em um instante Olhei outra vez.

Percebo que não se tratava de uma ilusão,

Por trás de seus verdes olhos

E sim de um anjo caído

Angustia e mágoa

Maltratado pelo mundo

Sua pele toda manchada, De machucados mais profundos que aparentava

Sara Maria Blasques


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EIS MINHA CONFISSÃO O que fiz nessa vida?

Senhor Padre, será que valeu a pena?

Continuo, aqui, ingênuo e inútil

Não sou casado, tampouco tenho herdeiros

Infelicidade me acompanha

O que deixarei para trás?

Perante essa sociedade fútil

Além de meu sobrenome, Medeiros.

Todos os dias penso em meu funeral

Deus, dei-me seu perdão

Quem aparecerá? Quem chorará? Quem minha falta sentirá?

Tenha misericórdia de minha pobre alma

Pois hoje é meu último dia Deixe-me morrer, com calma

Paola Russo e Sara Maria Blasques


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SE EU MORRESSE AMANHÃ Se eu morresse amanhã, viria ao menos

Que sol! que céu azul! que doce n'alva

Fechar meus olhos minha triste irmã;

Acorda a natureza mais louçã!

Minha mãe de saudades morreria

Não me batera tanto amor no peito

Se eu morresse amanhã!

Se eu morresse amanhã!

Quanta glória pressinto em meu futuro!

Mas essa dor da vida que devora

Que aurora de porvir e que amanhã!

A ânsia de glória, o doloroso afã...

Eu perdera chorando essas coroas

A dor no peito emudecera ao menos

Se eu morresse amanhã!

Se eu morresse amanhã!

Álvares de Azevedo


PROJETO: LIVRO DE POESIAS – 9° ANO A ANTOLOGIA POÉTICA Alunas: Sara Maria Blasques e Paola Russo Ferramentas: Internet, Poesia Fora da Estante Vol. 2 e Power Point Professoras: Vilma D’Avila e Eliene Rodrigues Disciplinas: Português e Tecnologia Educacional


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