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Viagem no tempo
Natal de ontem
O Alecrim A beleza da cidade do sol vai além de suas belas paisagens. Natal também é um baú de cultura e histórias, dentre tantas memórias um lugar marca por existir a tanto tempo e ainda continuar como protagonista nos dias de hoje, o bairro do Alecrim é o maior e mais conhecido centro comercial popular da cidade, já foi chamado de Refoles, Alto da Santa Cruz e Cais do Sertão. E ganhou o atual nome por conta de uma velha senhora que costumava enfeitar com ramos de alecrim os caixões dos “anjinhos” enterrados no cemitério público, um dos marcos da ocupação que deram origem ao bairro. Outra versão fala da abundância de alecrim-do-campo nesta área. Foi oficializado bairro em 30 de setembro de 1947. O Alecrim já teve cinco cinemas, foi palco de grandes festas de carnaval e era lugar de encontro de boêmios durante a Segunda Guerra Mundial, como o Bar Quitandinha, na Praça Gentil Ferreira. A sua grande marca registrada é possuir um comércio de produtos populares, que gerou a construção de um camelódromo, na Avenida Presidente Bandeira, para resolver problemas gerados pelo conflito entre ambulantes e comerciantes.
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CURIOSIDADE Na parte alta do Alecrim, as avenidas a partir da Presidente Quaresma, receberam antes do bairro ser oficializado em 1911, a numeração 1,2,3,4,5 até chegar a 18. Também receberam números, a artérias que cruzam essas avenidas no sentido Leste-Oeste. » Nas décadas de 30 e 40, essas ruas receberam denominações em homenagem aos Presidentes da província e tribos indígenas.
Morro do Careca
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Um projeto idealizado por estudantes de Comunicação social com habilitação em Publicidade e propaganda tem tudo para fazer os olhos de muitos brilhar e encher o Potiguar de orgulho. Trata-se do “Além do morro”, onde retratam através de fotos, cenas cotidianas da Praia de Ponta Negra, principal ponto turístico da cidade do Natal. A UP Comunicação, agência experimental criada durante o curso é formada por Rainiele Cíntia, Anna Machado, Alison Bruno e Anderson Artur, que em um dia de sol saíram em busca de aventuras pela praia e encontraram, até mais do que esperavam. “Foi fantástico! Nos aventuramos em aprendizado e no sentido real da palavra também, elevamos nosso nível de amizade, sem dúvidas foi uma experiência sensacional. Chegamos de manhã cedo e saímos ao entardecer e por incrível que pareça, não conseguimos capturar tudo.” Conta uma das integrantes do grupo responsável pelo projeto.
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“Além do morro”
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Projeto desenvolvido por estudantes mostrando a beleza da praia de Ponta Negra.
“Foi fantástico! Nos aventuramos em aprendizado e no sentido real da palavra também”
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“Tem uma salão ambulante na praia, uma senhora faz os cabelos das moças na orla... Disponibilizam aulas de flyboard e outras super formas de distração, achamos isso diferente e show.” “O tema inicial era Esportes, escolhemos os praticados nas praias e começamos em Ponta Negra. Quando começamos percebemos que nesse lugar havia muito mais. E tivemos liberdade, audácia e carinho artístico e mudamos o tema principal. Pois sentimos, vimos e vivenciamos que Ponta Negra vai além do Morro do Careca. O projeto intitulado de Além do Morro é delicadíssimo, cheio de afeto e diversidade que encantam e enobrece o coração de todos os nascidos, criados e admiradores desse pedacinho do paraíso. Andávamos pela orla e estávamos sempre a procura de algo diferente, ou até comum mesmo, o importante era cativar e passar alguma emoção ou admiração, procurávamos algo que mostrasse que o morro não é tudo em Ponta Negra”
“Não tivemos muitas dificuldades, às vezes algumas pessoas não autorizavam fazermos as fotos, mas... É relevante”
“O trabalho em si foi incrível, cada foto tem uma história pra gente, elas contas mais que a cena fotografada, elas mostram nossa felicidade e disposição no momento; porém ao fim da tarde, em busca de uma foto perfeita do morro ao entardecer, passeamos em alto mar e inclusive mergulhamos... Foi demais!”
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Comunidade
CONEXÃO FELIPE CAMARÃO
O conexão Felipe camarão é uma ação integral realizada na comunidade de Felipe Camarão - Natal/RN pela Associação Companhia Terramar, que atua no processo de valorização, preservação e difusão da cultura de tradição oral do bairro, considerando seus patrimônios imateriais: o Auto do Boi de Reis do Mestre Manoel Marinheiro, a musicalidade do Mestre Cícero da Rabeca, o teatro dos bonecos João Redondo do Mestre Chico de Daniel e a Capoeira do Mestre Marcos. Fruto de um trabalho iniciado em 2003, o projeto Canta Meu Boi, que resultou no registro fonográfico do Auto do Boi de Reis do Mestre Manoel Marinheiro. Desde seu início, o Conexão integra crianças, adolescentes e jovens (e seus familiares) em ações desenvolvidas por educadores, músicos e Mestres de Tradição que vão de oficinas de Boi de Reis e Capoeira à formação e qualificação musical em rabeca, flauta, metais e percussão, apresentações culturais, entre outras.
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Como resultado das oficinas de tradição e música, desde, 2006 vem se qualificando o Orquestrim Conexão Felipe Camarão - grupo musical composto por rabequeiros, flautistas, percussionistas, capoeiristas e brincantes do Boi de Reis, que difundem a cultura de tradição de Felipe Camarão em eventos de educação e cultura pelo país. Repertório, figurinos e adereços fundamentam-se na cultura musical brasileira e nas tradições que formam o povo Brasil.
O conexão Felipe Camarão atua ainda na qualificação de jovens e adultos através da Lutheria de Rabeca (fabricação artesanal de instrumentos) e do Núcleo de Moda, Estilos e Costumes, Figurinos e Adereços (produção artesanal de figurinos, adereços e artigos de vestuário e decoração, com base na cultura e iconografia locais). As rabecas utilizadas nas oficinas de música e no Orquestrim, bem como os figurinos e adereços dos espetáculos e apresentações são todos produzidos dentro da Lutheria e do Núcleo de Moda, respectivamente.
Educação O conexão Felipe Camarão tem parceria direta com as escolas públicas locais e para além das oficinas de música e tradição realiza eventos como Rodas de Prosa - debates sobre temas de interesse coletivo; apresentações culturais; círculos de cultura - reuniões junto as escolas e equipe do projeto; mostras de cultura do bairro, reunindo organizações e grupos culturais; bem como atua no processo de reflexão junto a fóruns de cultura e educação pelo Brasil e nas discussões sobre cultura digital.
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