Jornal Faladas

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1° EDIÇÃO

SETEMBRO 2014


OPINIÃO

MODA

OH, MY DRESS!

Não contra as mulheres, mas sim contra o feminismo Dieneffer Santos

Desde setembro de 2013 a estilista Dayeny Bernadino vende em seu site modelos de sua marca que tem como foco todas as apaixonadas por vestidos.

Fotos:Reprodução

Há um ano a marca Oh My Dress está no mercado online oferecendo diversas opções de vestidos em cores doces, golas marinheiro, estampas leves e recortes diferentes. Os vestidos são inspirados em grandes ícones como Audrey Hepburn, Marlyn Monroe, Zooey Deschanel, Alexa Chung, Kate Nash, Regina Spektor entre outras celebridades do gênero. Para quem inspira seus looks em um desses nomes não pode deixar de ter um vestido da marca no armário. A estilista Dayeny Bernadino traz em seus vestidos o que há de mais feminino possível com essências românticas e detalhes delicados. Dayeny explica que a ideia de fazer uma marca somente de vestidos surgiu enquanto estava no curso de moda ‘’Durante um projeto que Foto:Reprodução Na foto: Kate Nash exige que o aluno passe por todos os processos de criação de uma marca e coleção. Quando fiz o projeto a marca tinha outro nome e não pretendia torná-la realidade. Acabou me ajudando muito, porque quando comecei a planejar o inicio da Oh, My Dress! já tinha muitas pesquisas de público alvo e mercado que tive que fazer para o projeto acadêmico.’’

A marca é de total comando de Dayeny que administra e opera todas as funções desde os desenhos dos vestidos até as vendas no site, assim cada vestido que é colocado a venda leva o nome de uma das amigas da estilista. Mesmo sem nenhum patrocíonio, nenhum sócio ou financiador a marca já um sucesso e é denominada um poema em forma de loja segundo a declaração de uma das consumidoras na página do facebook.

‘‘A ideia inicial da Oh My Dress! sempre foi atender todas as meninas e mulheres que estejam procurando um vestido diferente do que o mercado tem oferecido aqui no Brasil, de boa qualidade e com preço acessível’’ Dayeny Bernadino

Fotos:Reprodução

Foto: Mod Cloth

Elizabet Letielas

Vestido Ju (esquerda) e Thais (direita), os dois mais vendidos da marca

Desde o início da marca o grande foco era a internet, o que possibilita que várias pessoas de várias regiões tenham acesso aos vestidos, mas lojas como a Villa Lillá de Ribeirão Preto e a Copas Store localizada em Londrina revendem algumas peças da Oh My Site oficial: www.shopohydress.com.br Dress!

Os impactos políticos da morte de Eduardo Campos nas eleições de 2014

O feminismo nasceu de mulheres reivindicando a igualdade enquanto cidadãs. O que não perdurou por muito tempo até que esse direito fosse difundido. Algumas lutaram por décadas até conseguirem. E o conseguiram. Direito ao voto e serem tratadas como cidadãs devem ser levados em conta como conquistas de bens e universais. Mas hoje esses direitos estão sendo difundidos por mulheres que apenas criticam, sem saber muitas vezes o porquê, os salários desiguais entre elas e os homens, mentira na maioria dos casos, mas é mais fácil achar justificativa qualquer, pois basta se informar e procurar pessoas que de fato sofrem isso e ir atrás dos direitos que temos, para que esse equívoco seja corrigido. Direitos como o andar livremente pelas ruas são confundidos. Sair exibindo o próprio corpo sem saber o porquê, é um direito a ser levado em conta para uma sociedade mais igual? Não. Acredito que muitas mulheres, não se sentem representadas com outras mostrando o próprio corpo pelas ruas dizendo que são donas de si. Todos somos donos de nós mesmos, e para conscientizar todos disso, quem deve se conscientizar primeiro é a mulher. Não somos o sexo frágil. Essa luta já está ganha. Mulheres são capazes do que querem e diferenciar direitos e deveres entre sexos é o que existe de mais errado. Liberdade não se reivindica com marchas nem coisa alguma, se reivindica como mulheres tendo noção do que são capazes e do que podem fazer em seu no lugar e país. Direitos como o andar livremente pelas ruas, são confundidos. Sair exibindo o próprio corpo sem saber o porquê, é um direito a ser levado em conta para uma sociedade mais igual? Não. Eu, e acredito que muitas mulheres, não nos sentimos representadas com outras mulheres mostrando o próprio corpo pelas ruas dizendo que são donas de si. Todos somos donos de nós mesmos, e para conscientizar todos disso, quem deve se conscientizar primeiro é a mulher. Outro ponto crucial desse equívoco recorrente em ser feminista é julgar e generalizar todo homem como estuprador ou raça que não presta. Todas as pessoas do mundo devem ter respeito e parar com essa conversa de igualdade que hoje vemos claramente que se confundiu e se assemelha muito mais a

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esde os últimos anos a comunicação e a leitura não estão somente nos olhos de jovens e adultos, hoje em dia vemos crianças sendo levadas pela leitura e buscando novas informações, pois a tecnologia está crescendo com eles. Projetos são criados por universitários, geralmente da área da comunicação, justamente para conseguir colocar o desenvolvimento da comunicação para crianças tratando da educomunicação, que abrange a educação e a comunicação para a ampliação da cidadania.

O Sonho de Criança é desenvolvido pela ex aluna Renata Paiva que está retomando o projeto que se iniciará na 3ª semana de setembro, tendo todo o apoio da Universidade e será realizado na Escola Municipal CEI Ulisses Falcão Vieira, localizada na Cidade Industrial de Curitiba. “Fui eu quem estive com a Célia e a Zaclis para retomar o projeto do Jornal Sonho de

Foto por: Priscila Pacheco

Foto por: Ana Kruger

quisas de intenção de voto, ficando com 19%, logo atrás de Dilma, com 34% e Marina, com 29%. Desde que começaram os murmurinhos sobre as eleições desse ano, muitos acreditavam que o candidato do PSDB iria para o segundo turno com Rousseff. A perda de Campos não causa apenas um abalo emocional em todo o Brasil, mas também em todas as estruturas eleitorais. Neves, provavelmente, herdaria os votos de Eduardo, votos esses dos manifestantes, pessoas querendo mudanças. Agora, seguindo essa mesma lógica, com esse possível segundo turno contando com a candidata do PT e a do PSB, os votos de Aécio serão voltados para Marina, que tem aí o seu grande trunfo. O fator sentimental pode fazer grande diferença, também. A morte trágica de uma figura pública causa comoção em todo o país e, nesse caso, contamos com o agravante das regiões. Eduardo Campos saiu de Pernambuco com 80% de aprovação em seu governo, região a qual Marina não consegue uma grande empatia.Por isso, Aécio agradeceria, se não fosse a imensa força de Dilma, e de suas diversas Bolsas, na parte mais carente do Brasil. Em uma coisa todos concordam: Marina Silva embaralhou todo o cenário eleitoral de 2014. Apesar das controvérsias em sua chapa, a criadora do quase-partido Rede Sustentabilidade traz em sua figura uma esperança que nutre dentro de muitos jovens que estão começando a se envolver e a se preocupar com a política. Basta apenas que essa “nova política”, a qual ela tanto se orgulha, não seja apenas mais um discurso dos velhos políticos.

Foto: Pragmatismo Político

Foto: Julia Cheuquer

LITERATURA

Alunos da Universidade Positvo criam projetos ‘Sonho de Criança’ e ‘Jornaleiros do Bairro’ visando a comunicação para crianças

Ana Paula Severino

Jornaleiros do Bairro na Escola Omar Sabbag Criança que desenvolvi durante meu TCC na Positivo! A Zaclis foi minha coordenadora na época!”conta Renata. Os dois projetos envolvem crianças e adolescente para compreender buscar e aprender mais sobre a comunicação e a informação através de uma produção de jornal, envolvendo alunos de graduação.

Finalização do jornal com a equipe de Ana Kruger

Dois projetos foram realizados com alguns desses propósitos, sendo estes o ‘Sonho de Criança’ e ‘Jornaleiros do Bairro’. Os dois projetos foram desenvolvidos por alunos da Universidade Positivo.

Foto: O Potiguar

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Outro Ponto Lutar “à favor das mulheres decidirem a vida”? Por favor, isso não cabe a nenhum ser humano. A causa do aborto e quererem que as mulheres decidam se uma vida deve nascer ou não é uma das monstruosidades da sociedade em que vivemos, além de ser um crime contra a vida, vai contra a lei de qualquer sentido, seja ele ético, moral ou religioso. Não cabe a ninguém decidir que vida deve ou não ser vivida. Se uma pessoa que tira a vida de outra vai presa, por que não olhar o aborto como um crime desse mesmo nível? É uma vida que se tira, uma vida indefesa tem de pagar por causa de sua sociedade imunda que banaliza as relações afetivas ou, no pior dos casos, por uma sociedade em que o nível mais baixo do ser humano acha que pode abusar de alguém? Em nenhum dos casos a melhor saída é optar pela morte de um feto, aconteça o que acontecer, não cabe a mulher, e nem a ninguém, a decisão da vida de quem não tem culpa alguma. Enfim, não se é explícito pelo que lutam, (igualdade ou superioridade). Mulheres tem objeções próprias, podem decidir -e muito- sobre si mesmas. A causa já está ganha. Mulheres tem direitos e voz na sociedade, direitos que ainda devem ser alcançados dependem da força de vontade e do fazer merecer de cada uma, mas não cabe a ninguém decidir pela vida, não cabe pagar pelos erros dos outros, não cabe viver no comodismo e ir atrás do que não se conhece, não cabe dizer ser feminista quando isso é a pura reprodução de um conteúdo machista, sem nexo. Mulheres tem suas objeções próprias, são fortes, são independentes hoje, basta cada uma assumir ser dona de si e lutar pelos seus próprios direitos que venha a enfrentar.

Jornalismo envolvendo crianças e adolescentes

POLÍTICA

Corrida eleitoral muda totalmente de rumo, aumentando as incertezas e desagradando a candidatura tucana e petista

A trágica morte do ex-governador de Pernambuco deixa muitas incertezas em relação às eleições desse ano. O maior afetado nesse cenário é o candidato do PSDB, Aécio Neves, que, em pesquisa divulgada dia 26 pelo IBOPE, está 10 pontos atrás da nova candidata do PSB. Em 2010, Marina Silva conseguiu quase 20 milhões de votos pelo Partido Verde, ficando em terceiro lugar, com 19,33% dos votos. As manifestações de junho de 2013, chamada por alguns de “Primavera Brasileira”, exigia sobre tudo mudança na política, muitos que delas participaram tinham o nome de Marina como uma boa alternativa. Esse desejo de renovação prejudica especialmente a atual presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição. Talvez a pessoa de Dilma não seja o motivo de todo esse incômodo, apesar de sua falta de habilidade em se expressar, algo que víamos de sobra em seu “padrinho”, Lula, mas sim o seu PT. O Partido dos Trabalhadores está há 12 anos no poder, isso pode ser considerado como um mal à democracia, já que não sabemos o que um novo governo poderia fazer de diferente, melhorar ali, no lugar de um partido que um dia já cultivou esperanças de um Brasil igualitário e fez muitos jovens se engajarem. Após o falecimento do neto de Miguel Arraes, Aécio caiu para terceiro lugar nas pes-

querer superioridade.

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ESPORTES

Torcida do racismo vem tomando as arquibancadas Foto: Facebook

Neste ano o problema de alguns times não foi dentro de campo e sim nas arquibancadas, onde uns poucos torcedores manifestaram seu preconceito contra alguns jogadores de times rivais

Foto: Tambaú 247

Juliana Rodrigues

Racismo é a convicção sobre a superioridade de determinadas raças com base em diferentes motivações, em especial as características físicas e outros traços do comportamento humano. Como explicado, o racismo caracteriza o ser chamado de inferior aos outros seres. O racismo no meio esportivo, mais especificamente no futebol, não é de novidade alguma para alguém e é um ato que por muitos repudiado. Nos últimos dias passamos por tal acontecimento durante um jogo válido pela Competição Copa do Brasil Campeonato Nacional, disputado apenas por clubes Brasileiros (Grêmio x Santos) Ao longo da partida, o goleiro Aranha jogador do Santos começou a ouvir e ver atos racistas por parte dos torcedores gremistas, como imitações de macacos, e outras, atitudes mais incisivas, como ser chamado de “macaco” por parte de torcedores. Porém esse ato durante o jogo do Grêmio x Santos é só um exemplo de racismo no futebol, há outros fatos como o que aconteceu com o jogador do Barcelona que em uma cobrança de lateral foi “atingido” com uma banana, sendo enviada da arquibancada. Em uma atitude inusitada e

inovadora, o jogador comeu a banana ironizando o ato do torcedor. Outro exemplo ocorre na capital do estado do Paraná com o Clube Coritiba que foi fundado por alemães, que por sua vez em grande parte de sua história não aceitavam jogadores negros, levando assim a grande parte dos torcedores serem brancos. Em um ato repugnante, torcedores do mesmo, o termino de um clássico ATLETIBA, colocaram uma faixa no “placar”, no local onde se concentrava o nome do rival, “ATLÉTICO” uma faixa com a palavra “MACACADA”! Não é à toa que os respectivos torcedores do Coritiba são auto denominados de coxas-brancas”, apelido que vem desde que o clube foi fundado em 1909; Portanto, atos raciais são praticados por pessoas que se denominam melhor que as outras, que se fazem superiores descriminando alguém por raça, por religião ou região em que reside.

Editorial

O jornal Faladas é um projeto de cinco alunas do primeiro ano de Jornalismo da Universidade Positivo para as aulas de Planejamento Gráfico (professora Gabrielle Hartmann Grimm) e Introdução ao Jornalismo (professora Rosiane Correia De Freitas). A ideia era aprender melhor sobre como funcionam todas as áreas de um jornal, aplicar nossos conhecimentos em relação à outras matérias e ir praticando a diagramação de páginas de um produto jornalístico. Desde sua criação, no primeiro bimestre de 2014 até esssa edição o jornal passou por diversas mudanças até que finalmente, pela primeira vez, o Faladas foi impresso no dia 02 de junho de 2014 como protótipo. Nosso objetivo com esse jornal é proporcionar ao leitor uma distração de tudo que esta ao seu redor, dando a ele um passatempo com cada uma de nossas matérias. Nós escolhemos não ser um jornal factual para termos mais tempo de organizar nossas matérias e dar a elas a qualidade que elas merecem, para assim entregá-las impecáveis nas mãos de nossos leitores. O nome Faladas veio com o conceito de realmente sermos comentadas pelo nosso trabalho por todos que pegarem nosso jornal, como uma forma de divulgação do que estamos fazendo. Organização:

‘‘É pelo trabalho que a mulher vem diminuindo a distância que a separava do homem, somente o trabalho poderá garantir-lhe uma independência concreta.’’ Simone Beauvoir

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Diagramadora e Editora-Chefe: Elizabet Letielas Colunistas: Elizabet Letielas, Ana Paula Severino, Gislaine Marques, Dieneffer Santos e Juliana Rodrigues


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