Metodo Gradiente

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A ESTIMAÇÃO DO TETRÁDICO 4X NA LEI =4X: QUE ESTABELECE PROPORCIONALIDADE ENTRE OS DIÁDICOS  E , PELO MÉTODO DO GRADIENTE.

Elysio R. F. Ruggeri Furnas Centrais Elétricas SA Centro Tecnológico de Engenharia Civil

1 – Introdução. Sejam (1, 1), (2, 2), ..., (6, 6), seis avaliações (ou medidas) de dois diádicos simétricos em relação a uma base diádica ortonormada fixa, arbitrária (eventualmente, convenientemente escolhida), {ˆ }  {ˆ 1 , ˆ 2 ,...ˆ 6 } . Por hipótese, esses diádicos se correlacionam através do tetrádico 4G - uma incógnita - pela lei   4  :  , onde ,  e 4X são valores verdadeiros, pretendendo-se que o 4X seja simétrico (embora, em geral, não o seja necessariamente). Vamos admitir que os seis diádicos  sejam linearmente independentes, constituindo, assim, uma base para o espaço dos diádicos simétricos, representada por {}  {1 ,  2 ,...,6 } . Nestas condições, um valor preliminar do tetrádico 4X é dado por

4

pre

  ii (i=1,2,...,6), em

que os i são os diádicos da base recíproca de {} , isto é, {} , diádicos esses que podem ser calculados a partir dos diádicos dados. O tetrádico 4Xpre é de fato uma avaliação preliminar do tetrádico final uma vez que não existe nenhuma garantia de que esse tetrádico seja simétrico. Com efeito, para que isso ocorresse, deveria ser  i :  j   j : i para ij, igualdades essas (em número 15) que, em geral, não se verificam. Como, por hipótese, os ´s definem uma base, podemos expressar os diádicos  em relação à base diádica {} , escrevendo:  i  ( i :  j ) j (i,j=1,2,...,6). * Como as avaliações são acompanhadas de erros podemos escrever:

 i   i  4 X : i ,

(i=1,2,...,6)

(01),

em que i é um diádico que expressa o erro cometido na i-ésima avaliação, erro esse suposto calculado com o 4X verdadeiro. O produto posterior direto de cada uma das relações (01) pelo correspondente ˆ i transforma (01) na expressão 4

 4  pre  4 X ,

(02),

sendo 4

 iˆ i ,

(03).

Podemos estimar um 4X que mais se aproxime do verdadeiro impondo a condição de que a norma do tetrádico 4 seja mínima. Tem-se:

||4 || ||4  gro || 2 4  gro

4 4   ||4  2 .

|| ,

(04).


A norma de 4 é, assim, uma função do segundo grau do tetrádico (incógnita) 4X. Para um dado valor (arbitrário) de 4, logo também de sua norma, vemos por (04), lembrando (02), que, no espaço dos tetrádicos, existem infinitas setas de tetrádicos 4X, de origem na extremidade de 4Xpre e extremidade na esfera1 de raio igual ao módulo de 4, que satisfazem a equação (04). * 2 – Aplicação do método dos gradientes. Seja dado um 4 qualquer, ao módulo do qual corresponde certa esfera concêntrica com a anterior. Esta esfera, evidentemente, envolverá ou será envolvida por aquela conforme a norma de 4 seja maior ou menor que a norma daquele (4 anterior). O sentido do crescimento da norma será dado pelo sentido da seta do tetrádico gradiente da norma de 4. Esse tetrádico é a derivada de ||4|| em relação a 4X, sendo:

 ||4 ||  2 4  pre  2 4   2 4 ,  4

(05).

* Imaginemos agora que tenhamos arbitrado um valor 4X0 para 4X, ao qual corresponde, segundo (04), certa norma ||40||. Ao 4X0 corresponde certo ponto na esfera de raio igual a |40|. Demos a 4X0 um acréscimo igual a (2 40)/2= 40, no sentido contrário ao do gradiente, com um número /2 <<1 (ou <<2), e calculemos o valor do tetrádico correspondente, 4X1. Encontramos: 4 1

 4  0   4 0 ,

(06).

A esse tetrádico corresponde uma norma, calculada por (04), certamente menor que a norma anterior. Com efeito, de (02) escrevemos: 4 0  4  gro  4 X0 e 41  4  gro  4 X1 ; logo, considerando (06), deduzimos:

4 1

 (1   4 0 . Vem, então: ||41 || (1  λ)2 ||4 0 || , o que comprova ser

||41 || ||4 0 || porque (1-)2 é um número menor que um. A extremidade da seta de 4X1 pertencerá necessariamente a uma esfera interior à correspondente a 4X0. * Demos agora um acréscimo arbitrário ao tetrádico 4X1, no sentido contrário ao gradiente -241, digamos, da mesma forma que o anterior, 41. O novo tetrádico será, então, 4

2

 4 1   41 ,

cuja norma é certamente menor que a do tetrádico anterior e cuja seta tem extremidade numa terceira esfera interior a toda as anteriores. Temos:

||4  2 ||||4  0 || 4λ ( 4  0

4 4 )  4λ 2 . 0

||4 0 ||.

Assim devemos prosseguir até que na N-ésima iteração a norma ||4N|| satisfaça certa condição de tolerância. Como a norma ||4N|| é menor que a anterior, ||4N-1||, podemos expressar essa condição pela expressão:

||4 N ||  || 4 N -1 ||  tol , ||4 N ||

(07),

onde tol é um número negativo cujo módulo, arbitrado conforme as nossas conveniências, representa a queda relativa no valor da norma (em cada iteração). No caso em apreço, sendo ||4N||=||4N-1|| qualquer que seja N, a queda assume o valor 1

Trata-se, na verdade, de um hiper esfera uma vez que o espaço dos tetrádico simétricos tem 21 dimensões.

2


Q()  1 

1 . 

No espaço tetrádico, as extremidades das setas dos 4X (todos com origem na extremidade da seta de Xpre) pertencem cada uma a uma esfera e a cada uma corresponde certa queda. Se os acréscimos dados aos tetrádicos forem suficientemente pequenos (pequenos ) a poligonal poderá ser visualizada como uma curva. * 4

3 – Conclusão. A aplicação do método do gradiente (seção 2) poderia ser dispensada uma vez que, sendo o tetrádico gradiente, 4, ortogonal à esfera, apontará sempre para a extremidade de 4Xpre (centro das esferas). Como os raios das esferas, |4|, devem tender para um valor mínimo, tenderão para zero necessariamente. Conseqüentemente, conforme (02), as estimativas do tetrádico incógnita estarão necessariamente convergindo para 4Xpre. Esses resultados mostram que a estimativa do tetrádico pelo teorema fundamental das transformações lineares é plenamente satisfatória; mas em nenhum instante foi imposta a condição de que o tetrádico devesse ser simétrico.

3


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