As Aventuras do Espantalho: Cuidando da Fauna Silvestre

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O Núcleo de Desenvolvimento Humano auxilia a Diretoria Executiva no planejamento e execução das atividades educativas da Unimed. Seu foco é organizar e monitorar as ações de integração entre a Unimed de Botucatu e seus vários públicos: colaboradores, cooperados, prestadores de serviço, clientes e comunidade em geral. Em Botucatu as primeiras atividades do Núcleo de Desenvolvimento Humano voltam-se para a responsabilidade social e o desenvolvimento sustentável e por isso foi desenvolvida a parceria com a Escola do Meio Ambiente – EMA - da Secretaria Municipal de Educação. A Unimed de Botucatu já é certificada com o Selo de Responsabilidade Social desenvolvido pelo Sistema Unimed e também apoia a Fundação Abrinq. Além disso possui 5 programas sociais de grande alcance local, desenvolvidos pela AMUB – Associação da Mulher Unimed de Botucatu. São eles: SOMMAR para o público interno da cooperativa; INTER@ÇÃO, para inclusão digital; VIDA ILUMINADA para deficientes visuais; AMMA, para coleta de leite materno e ACREDITAR, apoio a projetos comunitários desenvolvidos para integração social através do esporte ou da cultura. A AMUB ainda realiza várias ações para atender as necessidades da sociedade botucatuense. No âmbito do Meio Ambiente busca a experiência da EMA para implementar ações que farão a diferença na qualidade de vida de toda a comunidade. Afinal, Saúde e Qualidade de Vida são valores cultivados pela Unimed de Botucatu.

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Vida não é brinquedo! “Toda as coisas da criação são filhos do Pai e irmãos do homem !” São Francisco de Assis

Ninguém sabe dizer quantos, mas é certo que depois de festas tradicionais como páscoa, natal e o dia da criança, aumenta o número de animais abandonados. Segundo a Sociedade Mundial de Proteção Animal, mais da metade dos coelhos exóticos (estrangeiros) adquiridos nesses períodos são abandonados. Os motivos para o abandono são vários: viagem de férias e ninguém para abrigar o animal, desistência do “brinquedo”, o trabalho gerado pelo animal, uma eventual doença ou deficiência física, entre outros problemas. E, é sempre o mesmo procedimento: à noite abandonam nas portas de faculdades ou hospitais veterinários, nos parques municipais, em porteiras de sítios ou fazendas. A introdução de animais exóticos em áreas naturais pode acarretar sérios problemas ao meio ambiente, levando muitas vezes ao desequilíbrio nesses locais. Ao se adquirir um animal é preciso lembrar-se que ele cresce, adoece, envelhece, exige dedicação, educação e alimentos, que, nem sempre pode acompanhar o dono em todos os lugares e, sobretudo, que se reproduz. Nesta história em quadrinhos, procuramos apresentar de maneira singela os tapitis ou coelhos-brasileiros vivendo em equilíbrio em seu ambiente e o transtorno causado pela invasão da lebre européia abandonada próximo à toca deles. Para que situações como esta não ocorram, dado ao abandono de animais, solicito a você, caro colega educador, que multiplique às crianças o respeito à todas as formas de vida, afinal vida não é brinquedo! Paz e Bem! Eliana Gabriel Diretora da Escola do Meio Ambiente


Mas... Quem é o Tapiti Nome Científico: Sylvilagus brasiliensis Nome popular: Tapiti, coelho-brasileiro, coelho-do-mato Peso: 1kg a 1,5 kg Habitat: Vive nas matas de quase todo o Brasil, no México e na Argentina. Alimentação: Come vegetais, como folhas, raízes macias e alguns frutos. Características: Orelhas pequenas, patas traseiras longas, olhos grandes, pelagem macia e cauda no formato de pompom. Curiosidades: Tapiti significa, em tupi-guarani, pelo branco na barriga.

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pesar de ser chamado “Coelhinho”, o tapiti não é exatamente um coelho. Mas é parente: É da família dos leporídeos, que inclui lebres, coelhos e tapitis. Pouca gente conhece o tapiti, que até hoje não foi muito estudado pelos cientistas, talvez pela dificuldade de ser encontrado. O tapiti não serve como bicho de estimação. É silvestre, vive pelas matas, só. Durante o dia, fica em tocas, escondidinho, saindo à noite quando a fome aperta. A população de tapiti sofre ameaça devido ao desmatamento, à caça e à disputa por espaço e comida com animais, como a lebreeuropéia. Fonte: Embrapa Museu de Zoologia da USP

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Sobre os quadrinhos...

Nesta história, conheceremos os Tapitis (Sylvilagus brasiliensis), um casal de coelhos brasileiros amigos do Espantalho. Um belo dia, ao visitar seus avós no sítio, Juca e Nanda reencontraram o Espantalho e saíram em busca de aventuras. Passearam pelo sítio, cuidaram das flores e conheceram, dois novos amigos do Espantalho. Ao encontrar a toca dos tapitis, todos ficaram felizes com a nova amizade. Brincaram por algum tempo e, ao perceberem ameaça de chuva correram para a casa no sítio, enquanto os tapitis voltavam para sua toca. Em meio à chuva surgiu, no sítio, um carro, que inexplicavelmente, ali abandonou uma grande lebre orelhuda. Ela ficou desesperada e correu sem destino até encontrar um abrigo. A noite passou, a chuva terminou. Um dia ensolarado amanheceu, os pequenos tapitis saíram de sua toca em busca de comida. Ao vê-los com a comida, a lebre orelhuda resolveu que aquele lanche seria dela. Sem pensar, pulou sobre os tapitis e comeu a comida deles. Com medo, os assustados coelhos fugiram para a toca e, novamente, a lebre pulou sobre eles, invadindo a casa dos pobres tapitis, expulsando-os. Sem saber o que fazer e desabrigados, os tapitis procuraram ajuda do Espantalho. Este, por sua vez, buscou auxílio das crianças e de seus avós. O vovô resolveu fazer uma armadilha. Eles conseguiram prender a lebre e a levaram para a Sociedade Protetora dos Animais. Assim, os tapitis conseguiram voltar para a toca e viver em harmonia no seu ambiente. Mas uma dúvida ainda preocupava o Espantalho. Agora, ele pede a sua ajuda para resolvê-la: O que fazer para proteger os animais silvestres da invasão dos animais exóticos abandonados, como a lebre-européia ? É fundamental se lembrar que no texto, apresentamos apenas uma possibilidade de enredo para esta história em quadrinhos. O importante é permitir que os alunos estimulem sua imaginação contando sua própria história. Para isso, contamos com sua participação e colaboração, caro educador. Sibele Gimenez Martins Professora da Escola do Meio Ambiente 5


Era uma vez...

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Um lindo sítio, cuidado pelo vovô e pela vovó.

Todas as férias eu e meu irmão, Juca, íamos para lá.

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Quem mais se divertia com a nossa chegada era nosso amigo Espantalho...

Plantar, cuidar, brincar, era o nosso passatempo.

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Certa vez...

O Espantalho nos apresentou aos tapitis.

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Eles eram dĂłceis e meigos. Dava vontade de passar o dia todo alĂ­.

Aquele dia, somente a chuva para nos separar deles.

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No aconchego da casa da vovĂł pudĂŠmos ouvir o barulho da chuva.

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De repente, um carro parou na porteira do sĂ­tio.

Subitamente...

uma lebre orelhuda saltou no meio da chuva.


Na manhĂŁ seguinte...

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A lebre orelhuda sem ter o que comer roubou a comida dos tapitis.

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E, invadiu a toca dos coelhinhos brasileiros.

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Socorro!!! Queremos sua ajuda.

Rรกpido! Vamos procurar Juca e Nanda...

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VovĂ´ teve a ideia de capturar a lebre orelhuda.

SaĂ­mos a procura dela.

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A lebre curiosa...

Pronto...

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VovĂ´ e VovĂł procuraram a Sociedade Protetora dos Animais.

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No sĂ­tio, tudo voltou a ser como era antes...

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Amiguinhos, animal silvestre ou exótico não é brinquedo! Todo ser vivo merece respeito!

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Introduzir animais em locais silvestres pode causar um terrível desequilíbrio ecológico. Pensem nisso!

Entrou por uma porta e saiu pela outra! Quem quiser que conte outra história...

Até a próxima!

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