As Aventuras do Espantalho: O lugar em que queremos viver

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O Núcleo de Desenvolvimento Humano auxilia a Diretoria Executiva no planejamento e execução das atividades educativas da Unimed. Seu foco é organizar e monitorar as ações de integração entre a Unimed de Botucatu e seus vários públicos: colaboradores, cooperados, prestadores de serviço, clientes e comunidade em geral. Em Botucatu as primeiras atividades do Núcleo de Desenvolvimento Humano voltam-se para a responsabilidade social e o desenvolvimento sustentável e por isso foi desenvolvida a parceria com a Escola do Meio Ambiente – EMA - da Secretaria Municipal de Educação. A Unimed de Botucatu já é certificada com o Selo de Responsabilidade Social desenvolvido pelo Sistema Unimed e também apoia a Fundação Abrinq. Além disso possui 5 programas sociais de grande alcance local, desenvolvidos pela AMUB – Associação da Mulher Unimed de Botucatu. São eles: SOMMAR para o público interno da cooperativa; INTER@ÇÃO, para inclusão digital; VIDA ILUMINADA para deficientes visuais; AMMA, para coleta de leite materno e ACREDITAR, apoio a projetos comunitários desenvolvidos para integração social através do esporte ou da cultura. A AMUB ainda realiza várias ações para atender as necessidades da sociedade botucatuense. No âmbito do Meio Ambiente busca a experiência da EMA para implementar ações que farão a diferença na qualidade de vida de toda a comunidade. Afinal, Saúde e Qualidade de Vida são valores cultivados pela Unimed de Botucatu. 2


Cooperar: Por um planeta sustentável e para todos ! Paz e Bem! Eu sou, você é, ele é, ela é, enfim todos somos parte essencial de um todo. Ninguém é substituível. Cada um tem uma missão própria a executar enquanto ser vivo. Diferentes missões, em diversas partes do planeta Terra, têm nos mostrado que a única maneira de conseguirmos um planeta sustentável e para todos será através da fraternidade e do cooperativismo. Ou seja, a única possibilidade de se manter a vida no planeta será pensando o todo de modo sustentável. Afinal, já dizia São Francisco de Assis, há mais de 800 anos: “doce é saber que não estou sozinho, sou uma parte de uma imensa VIDA!” Abraço fraterno *

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Eliana Gabriel *

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Cooperate: For a sustainable planet and for everyone!

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Peace and Good! I am, you are, he is, she is, in short all are an essential part of a whole. Nobody is replaceable. Each has a specific mission run while being alive. Different missions in various parts of the planet Earth, have shown us that the only way to achieve a sustainable planet and for all will through the fraternity and cooperativism. In other words, the only possibility to keep life on the planet will thinking the whole thing in a sustainable manner. After, already said São Francisco de Assis, there are more than 800 years: “sweet is knowing I’m not alone, I am a part of an immense LIFE!” Fraternal embrace Eliana Gabriel 3


Sobre os quadrinhos... Nesta nova aventura, nosso amigo Espantalho busca descobrir em que lugar as crianças desejam viver. Pensativo, ao caminhar por uma das trilhas da Escola do Meio Ambiente, o Espantalho encontra-se com as fadas Carinho, Alegria e Esperança construindo um catavento e conta à elas que gostaria de descobrir como seria o lugar que as crianças desejam morar. As fadas, para ajudar o Espantalho, pegam a varinha mágica e transformam o catavento em um catavento mágico e presenteiam o Espantalho, ensinando à ele as palavras mágicas. O espantalho pega o catavento mágico e ao falar: “Plim-plim-plim!” é levado por um túnel do tempo à cidade dos sonhos das crianças. Passeando pela cidade, levado pelo catavento mágico, o Espantalho observa que as crianças podem se divertir tranquilamente, em parques e quintais, a cidade é toda arborizada, há energia sustentável e poluição é uma palavra desconhecida. Na escola, os alunos ajudam a manter tudo organizado, nas árvores os pássaros vivem livremente e nos quintais os animais domésticos recebem todo o carinho de seus donos. Ao observar os moinhos de vento, o Espantalho é conduzido de volta ao túnel do tempo, que o leva até o refúgio das fadas. O Espantalho conta sua aventura às fadas e pergunta a elas como pode ser possível existir uma cidade assim? As fadas, sem demora, respondem juntas: Cooperativismo! O Espantalho sem entender, ouve a explicação das fadas e descobre que com a ajuda e o apoio de todos, as crianças poderão viver no lugar de seus sonhos. Feliz com a explicação, o Espantalho corre em direção à Floresta Municipal Irmãos Villas Bôas e volta com outros dois amigos: a índia Potira e o índio Rudá. Juntos, fazem um acordo de sempre se ajudarem para que as crianças que visitarem a Escola do Meio Ambiente continuem acreditando neste lugar maravilhoso! Unidas por esta causa, essas crianças serão o melhor presente para o sonho almejado. Sibele Gimenez Martins Bióloga, pesquisadora e ilustradora da Escola do Meio Ambiente 4


About the comics ... In this new adventure, our friend Scarecrow seeks to discover the place where children want to live. Pensive, walking by tracks from the School of the Environment, the Scarecrow meets the fairies Affection, Joy and Hope building a windmill and tells them that they would like to find out how would be the place that children want to live. The fairies, to help the Scarecrow, take the magic wand and transform the pinwheel into a magic pinwheel and present you the Scarecrow, teaching him the magic words. The scarecrow takes the magic windmill and say, “Plim-plim-plim!” is driven by a time tunnel to the city of dreams of children. Strolling through the city, taken by pinwheel magic, the Scarecrow notes that the kids can play tranquilly in parks and gardens, the city is all wooded, there is sustainable energy and pollution is an unknown word. At school, the students help keep everything organized, in the trees the birds live freely in the backyard the pets receive all the affection of their owners. When looking at the windmills, the Scarecrow is driven back to the time tunnel, which takes you to the refuge of the fairies. The Scarecrow tells his adventure to tale and ask them how can be possible there a city so? The fairies, without delay, respond together: Cooperative! The Scarecrow without understanding, hear the explanation of the fairies and find that with the help and support of all, children can live in the place of your dreams. Happy with the explanation, the Scarecrow runs toward the Villas Bôas Brothers Forest Municipality and come back with two other friends: India Potira and the Indian Ruda. Together, they make an agreement to always be help to that the children who visit the School of the Environment to continue believing in this wonderful place! United for this cause, these children will be the best gift for the desired dream. Sibele Gimenez Martins Biologist, researcher and illustrator of the School of the Environment 5


As aventuras do Espantalho: O lugar em que queremos viver

Por que serรก que o Espantalho anda tรฃo pensativo? 6


Ele caminha pela Escola do Meio Ambiente e encontra as fadas construindo um grande catavento.

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O Espantalho diz às fadas que gostaria de saber qual o lugar em que as crianças desejam viver.

A fada Carinho tem uma ideia.

Elas transformam o catavento em...

um catavento mágico! 8


Elas presenteiam o Espantalho.

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O Espantalho aprende as palavras mágicas.

Ele segura no catavento e é arrastado por um túnel que lhe mostra o segredo das crianças.

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Ele vê lá do alto o lugar que as crianças desejam viver.

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O Espantalho passeia pelo lugar dos sonhos das crianรงas.

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E fica encantado com tudo.

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De repente, o Espantalho ĂŠ sugado de volta para junto das fadas. 14


O Espantalho agradece o passeio mĂĄgico Ă s amigas.

Ele conta que gostou muito do lugar visitado. Mas se preocupa em como conseguir realizar esse sonho.

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As fadas respondem:

O que ĂŠ isso?

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As fadas explicam que o planeta será sustentável e para todos se houver cooperação e que esta ideia deve ser multiplicada.

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O Espantalho então...

traz da floresta os seus amigos índios para se juntarem às fadas. 18


Eles prometem que farão tudo para que as crianças que visitarem a Escola do Meio Ambiente continuem acreditando em seus sonhos.

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No dia seguinte...

As crianças chegam para visitarem a Escola do Meio Ambiente e são recebidas com o carinho do Espantalho e de sua turma.

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O Espantalho e sua turma mostram que na Escola do Meio Ambiente sonhos podem se tornar realidade... Basta a cooperação de Todos!

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Um pouco mais sobre os Irmãos Villas Bôas Não faz muito tempo, embora pareça tanto, que o governo brasileiro decidiu tomar medidas concretas para a ocupação do Brasil central e outras regiões meridionais de seu território. Era o ano de 1943 e nasceu daí o projeto que passou à história nacional com o nome de “A Marcha para o oeste - expedição Roncador-Xingú”. Alistados, e é esse exatamente o nome, como componentes do trabalho mais pesado, os três jovens botucatuenses, Leonardo, Orlando e Cláudio Villas Bôas, construíram uma notável história de vida, pautada pelo contato fraterno com as tribos indígenas brasileiras. As forças do universo poderiam ter apontado para outro caminho. Por exemplo: no momento mesmo em que não foram aceitos na expedição, quando do recrutamento realizado em São Paulo, onde se recrutava para o comando e atribuições intermediárias, os três poderiam ter desistido do sonho que haviam construído e que os havia levado a sair de sua terra natal, Botucatu. E, poderiam ter cruzado a vida seguindo outros caminhos. Mas não foi assim: transferiramse para o segundo posto de recrutamento, onde os mateiros e guias seriam incorporados, na esperança de serem contratados. Então, declarando-se aptos ao trabalho duro e às jornadas longas, foram incorporados. Intrépidos como fora necessário ser aos membros das expedições de Rondon, vivazes como seria de se esperar de todos os destinados ao comando e inteligentes para aproveitarem as oportunidades surgidas, passaram rapidamente às responsabilidades superiores na expedição. Sorte dos povos indígenas. Sorte do nosso país. Ao assumirem o comando dos movimentos de aproximação com as tribos arredias que encontravam, procuraram tornar o contato com a civilização branca que avançava rumo ao oeste brasileiro, o mais afável possível. Respeitaram e fizeram respeitar os usos e costumes de cada etnia. Saltaram por cima das diferenças entre elas e a cada uma fizeram moldar o desempenho das várias ações da expedição que passaram a comandar. Carimbaram com seu jeito de caboclo do sertão paulista o modo brasileiro de fazer o contato com as etnias brasílicas: sem destruí-las, sem ofendê-las no que tinham de mais sagrado, sem descaracterizá-las no que tinham de essencial, a sua cultura. Voltados ao leste, e retornando por várias ocasiões em outras missões, alternaram sua vida entre os corredores do governo e os postos de proteção aos parques nacionais, que ajudaram a fundar e administrar. Passaram-se as décadas e passaram-se os governos. Entretanto, os irmãos Villas Bôas ali continuaram, atravessando sua existência, dedicados aos povos indígenas, não mais e apenas, como simples representantes de uma expedição destinada à aproximação com

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aqueles povos. Transformados por aquela experiência e convencidos de que haviam desenvolvido muito além da simples aproximação afável e do preparo para a marcha para o oeste, tornaram-se profundos conhecedores do precioso manancial cultural que os povos indígenas traziam, acumulados através dos milênios, em todos os campos, mas particularmente no conhecimento das florestas e do seu potencial. Transformaram-se na fonte onde iam beber os grandes antropólogos e sociólogos brasileiros ou estrangeiros, quando se tratava de buscar conhecimentos sobre a cultura, a arte, a engenhosidade e o conhecimento de cada grupo ou subgrupo da grande nação brasílica nativa. Convencidos de que a preservação cultural dependia daqueles conceitos de respeito e preservação construídos ao longo de sua existência e contato com as tribos, tornaram-se os sertanistas mais influentes e que mais contribuíram para cunhar a política indigenista do Estado brasileiro ao longo dos últimos 60 anos, constituída da defesa incondicional da identidade cultural de cada povo, do respeito pela perenização de seus usos e costumes e pela conservação integral de seu território. Por essa razão é que a cidade de Botucatu se sente orgulhosa por aqueles três meninos que deixaram sua Serra para entrar para a história do Brasil, como heróis preservacionistas e, reverencia sua memória denominando de Floresta Municipal Irmãos Villas Bôas, a floresta do entorno da Escola do Meio Ambiente. João Carlos Figueiroa Historiador

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