Caminhos do Ensino Infantil da EMA 2011 _ 3ª ed

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Caminhos do Ensino Infantil na EMA 3ª Edição Dezembro/2011 Ano Internacional das Florestas

Dedicatória: À todas as pessoas que trabalham pela preservação das florestas deste planeta nosso muito obrigado!

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O Núcleo de Desenvolvimento Humano auxilia a Diretoria Executiva no planejamento e execução das atividades educativas da Unimed. Seu foco é organizar e monitorar as ações de integração entre a Unimed de Botucatu e seus vários públicos: colaboradores, cooperados, prestadores de serviço, clientes e comunidade em geral. Em Botucatu as primeiras atividades do Núcleo de Desenvolvimento Humano voltam-se para a responsabilidade social e o desenvolvimento sustentável e por isso foi desenvolvida a parceria com a Escola do Meio Ambiente – EMA - da Secretaria Municipal de Educação. A Unimed de Botucatu já é certificada com o Selo de Responsabilidade Social desenvolvido pelo Sistema Unimed e também apoia a Fundação Abrinq. Além disso possui 5 programas sociais de grande alcance local, desenvolvidos pela AMUB – Associação da Mulher Unimed de Botucatu. São eles: SOMMAR para o público interno da cooperativa; INTER@ÇÃO, para inclusão digital; VIDA ILUMINADA para deficientes visuais; AMMA, para coleta de leite materno e ACREDITAR, apoio a projetos comunitários desenvolvidos para integração social através do esporte ou da cultura. A AMUB ainda realiza várias ações para atender as necessidades da sociedade botucatuense. No âmbito do Meio Ambiente busca a experiência da EMA para implementar ações que farão a diferença na qualidade de vida de toda a comunidade. Afinal, Saúde e Qualidade de Vida são valores cultivados pela Unimed de Botucatu.

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Imaginação e criatividade “A imaginação é mais importante que o conhecimento”

Albert Einstein

Hoje, século XXI, a concentração das crianças da chamada geração y está cada vez mais curta, devido aos muitos estímulos, como celular, computador, vídeo game, TV e outras tecnologias. Mas, a criança é um ser brincante, daí a necessidade de se repensar a rotina de atividades que supervaloriza os espaços fechados e propiciar aos pequenos o contato cotidiano com o mundo que está além das salas emparedadas. É preciso resgatar o encantamento com a beleza do dia, brincar com a terra, comer frutos tirados do pé, ouvir o canto dos pássaros, admirar a borboleta colorida, observar as nuvens brincando no céu, enfim religar as crianças com a natureza, a fim de lhes devolver o direito à imaginação e à criatividade. Quando as crianças do Ensino Infantil percorrem, na EMA, as Trilhas Encantada e Indígena elas participam de uma história com muitos personagens em meio a uma floresta. É um momento único, assim como cada história contada nestas trilhas é única. Os monitores da Escola do Meio Ambiente emprestam significados e afetos para chegarem ao coração da criança, porque vivenciar uma história em meio a uma floresta é oferecer um presente, é se oferecer de corpo e alma para o outro. É se oferecer de coração e isso tem nome: é AMOR. A intenção da Escola do Meio Ambiente é desenvolver nas crianças o encantamento pelo simples para que essas possam ser amantes da VIDA, visto que felicidade não é mercadoria! Felicidade pode sim estar nas rodas de conversa, na contação de histórias, na caminhada pela floresta, em vivências que busquem a imaginação, a criatividade e o fazer junto, em atividades que estão voltadas para o cuidado das pessoas, da sociedade e da natureza. Pois, essas singelezas alegram os corações, alimentam sonhos e dão sentido à VIDA! Paz e Bem!

Eliana Gabriel (uma educadora que tem muito para aprender) Diretora da Escola do Meio Ambiente 4


Sobre as trilhas do Ensino Infantil e o Ano Internacional das Florestas “Toda trilha é segura para quem acredita no amor”

O homem tem a tendência de separar os seres vivos para explicálos, mas é preciso ter em mente que não basta medir, somar e quantificar, é preciso compreender que todos os elementos de um ecossistema não estão isolados, mas integrados em uma vasta rede de relações. Conhecer é sentir, todo sistema racional tem fundamento emocional (Maturama, 2002)*. Para Orr (1995)** as crianças deveriam aprender a apreciar e a amar um lugar. É neste ponto que as trilhas da Floresta Municipal Irmãos Villas Bôas assumem sua missão: restabelecer o contato das crianças do Ensino Infantil com a natureza. As crianças representam a nossa espécie se renovando sobre a Terra e construindo a nossa história. Por tanto, no Ano Internacional das Florestas é necessário derrubar paredes para que possamos refazer elos de proximidade com o mundo natural. Quando desconstruirmos a ideia e a realidade de uma vida-entre-paredes e acreditarmos que as crianças são ao mesmo tempo seres da natureza e seres construtores da nossa história, as florestas e todos os demais ecossistemas serão preservados. Paz e Bem! Eliana Gabriel

*MATURANA, Humberto. Emoções e linguagem na educação e na política. Belo Horizonte, Ed. UFMG, 2002,a. **ORR, David “Escolas para o Século XXI “. In Revista da TAPS/Associação Brasileira de tecnologias Alternativas e Promoção da Saúde, nº. 16, São Paulo. TAPS, 1995

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CEI Jardim Flamboyant Etapa I-C

Professora MĂ´nica Aparecida F. de Oliveira Coordenadora: Simone Carolina Pompiani Carreira Diretora: FlĂĄvia Eliete Marcondes 6


Vivência compartilhada é ação multiplicada “O mundo da magia e o faz de conta” Autora: Professora Mônica Aparecida F. de Oliveira Como o projeto foi desenvolvido: O início do projeto foi através de uma conversa com os alunos sobre o passeio e o que iríamos encontrar lá. O encantamento das crianças pelo lugar foi notável desde a chegada com o ônibus até o encontro com os personagens da trilha. Quando estavam se preparando para entrar na sala da história, percebi a ansiedade das crianças, pois algumas chegaram a tremer e encheram os olhinhos de lágrimas de tanta alegria. Acredito que seja pelo fato de eu mesma, ter feito certo suspense do que iriam encontrar no passeio. Mesmo conversando antecipadamente com eles, deixei algo no ar. A beleza das fadas e do lugar, as surpresas que apareceram durante o percurso e a tranquilidade na fala desses personagens, fizeram o sucesso do passeio. Os alunos prestaram atenção e interagiram com tudo e com todos que fizeram parte desse momento mágico para eles. No outro dia, os alunos chegaram comentando sobre tudo o que viram e ficaram o tempo todo pedindo para voltar à Escola do Meio Ambiente (EMA). Então, em sala de aula começamos a colocar em prática o que foi vivenciado na EMA. Iniciamos elencando todos os elementos do percurso e através dessa lista, formamos um texto coletivo. Com muita alegria, eles foram relembrando cada passo, cada momento que vivenciaram... Após esse trabalho, os alunos fizeram um desenho para ilustração que foi colocado no corredor da escola para que todos, pais, demais alunos e funcionários pudessem ler e compartilhar da alegria com eles. Em seguida separamos os pontos principais do passeio e os alunos listaram comigo o que mais gostaram e o que mais acharam importante. Enfim, o espantalho foi a maioria dos votos, seguido das fadas encantadas. A partir daí, fizemos uma pequena maquete da trilha com a participação de todos, onde cada um pode dar a sua sugestão e juntos 7


confeccionamos todos os itens para serem colocados nessa maquete. Foi prazeroso ver a minuciosidade de detalhes que os alunos apresentaram, detalhes esses que até eu mesma não havia percebido. Demoramos alguns dias para completarmos a nossa maquete, pois a cada dia, um aluno aparecia com uma ideia/lembrança nova. Mas, valeu a pena, ficou linda! Fizemos uma pequena exposição na escola para os pais com os trabalhos: texto, desenhos, maquete e até os espantalhos, confeccionados na aula de artes, pois cada criança quis ter o seu. Os pais fizeram vários elogios durante a exposição. Foi gratificante, os alunos se sentiram importantes e emocionados. O projeto não parou por aí, os outros eixos também foram trabalhados com bastante interesse por parte dos alunos. Em matemática, encapamos uma caixa de papelão com uma cor escolhida por eles (azul). Eu recortei na parte de cima as figuras geométricas e com isopor, montamos o círculo, o quadrado e o triângulo, formas essas que foram apresentadas, durante o passeio, pela fada. Os alunos pintaram essas figuras e no dia seguinte fizemos uma brincadeira muito gostosa da qual não queriam parar de brincar. Foi uma competição em que os grupos tinham que encaixar as figuras geométricas em seus respectivos lugares no menor tempo possível. Todos os grupos vibraram a cada partida da brincadeira. Ao realizar essa atividade os alunos fixaram ainda mais o que já haviam trabalhado em sala de aula, ou seja, as figuras geométricas. Como os alunos, durante o passeio, seguraram numa “corda encantada” com tiras de pano amarradas, organizamos, baseado nessa vivência, uma atividade de movimento onde usamos uma corda e um pedaço de tecido. Logo veio a ideia da brincadeira do cabo de guerra. Após o lanche, os alunos fizeram a disputa e se divertiram muito. Concluindo, na aula de música, relembraram a canção que foi melodiada pelas fadas no início da história, cantando e gesticulando. Devido ao projeto ser interdisciplinar, os alunos conseguiram ir além dos objetivos. Eles próprios trouxeram ideias, construíram elementos, colocaram em prática a criatividade que diante dos seus quatro anos de idade, sugerem infinitas possibilidades. 8


Deixo aqui meus agradecimentos a toda equipe da EMA, pelo brilhante desenvolvimento da Trilha Encantada, a qual despertou o interesse dos alunos por todo o conteúdo aqui relatado. As fadas e todos os outros personagens, com muito carinho, conseguiram colocar um sorriso no rosto de cada criança e fizeram com que eles entrassem em contato com a magia e o encantamento percorrido durante a trilha. O projeto desenvolvido em sala de aula foi gratificante, prazeroso e contribuiu muito para o avanço no aprendizado dos alunos. Além disso, os pais apreciaram o trabalho das crianças, as quais se sentiram ainda mais motivadas, auxiliando no processo de integração família/escola, caracterizando uma etapa do plano de ação do Projeto Político Pedagógico desta U.E.

Bibliografia consultada: * As Aventuras do Espantalho: Cuidando do Meio ambiente-EMA/ Botucatu, 2009. * Trilhando os Caminhos da Educação Ambiental - EMA/ Botucatu, 2008.

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Palavras traduzidas em imagens... Turma da professora MĂ´nica Aparecida F. de Oliveira

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CEI “Profª. Arlette Villas Boas Armelin” Etapa I - A

Professora Maria Leni Rodrigues Soares Coordenadora: Simone Aparecida Martins Diretora: Luciane Nicolosi Bravin

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Vivência compartilhada é ação multiplicada “O Espantalho” Autora: Professora Maria Leni Rodrigues Soares Como o projeto foi desenvolvido: Iniciamos o projeto com a apresentação do tema, citando a trilha já conhecida através de informações com a Escola do Meio Ambiente, orientando sobre o que apreciar durante o passeio . Fiz uma sondagem do conhecimento deles sobre o espantalho, pedi que trouxessem de casa algumas informações sobre o mesmo em conversas com pais e avós. Falei com as crianças em roda sobre as aves e a dificuldade que as mesmas têm em encontrar alimentos. Pedi que desenhassem um espantalho da maneira que eles imaginassem ser, antes de apresentar alguma ideia concreta. Indiquei e comentei a personagem de uma novela que tratava o espantalho como alguém da família, dedicando todos os cuidados possíveis, e ainda tendo-o como um grande amigo pessoal. Fiz a leitura de artigos retirados de site e apreciamos algumas gravuras de espantalhos. Para o projeto 15 minutos de leitura, li um trecho por dia do livro “O espantalho enamorado”. Fizemos uma lista dos alimentos que são plantados e cuidados, como: feijão, arroz, soja, trigo, verduras e frutas entre outros, citando o plantio, capinação, poda, colheita e conservação dos mesmos. Separamos os materiais (calça, camisa, sapato, retalhos, palhas e outros) para a confecção do espantalho e confeccionamos os pés de milho com papel color set e bolinhas de crepom amarelo. Desde o início do projeto observei que as crianças demonstraram muito interesse, de tal forma que ao sairmos para a trilha na EMA eles já estavam bem envolvidos com o assunto. Aprenderam a música cantada por um dos funcionários do local (professor de música) e sempre que íamos tratar do projeto, em sala de aula, iniciavam as atividades com a mesma música. Puderam também ver pela primeira vez uma pessoa vestida de espantalho, nenhuma criança tinha tido, até então, essa oportunidade. Após o passeio pedi que fizessem o desenho agora com a visão conhecida de um espantalho. Como também já havia transmitido o projeto aos pais, em reunião, houve uma participação ainda maior dos alunos. Em casa, as crianças assistiram à novela onde havia um espantalho e trouxeram o assunto para 12


a roda, tendo sempre a ideia de que o espantalho era um amigo. As figuras do espantalho apresentadas na roda de conversa também auxiliaram, pois eram bem alegres e coloridas, além de variadas. A leitura do livro “O espantalho enamorado” foi feita por etapas, tendo um final muito interessante e gracioso. Contei também uma história do tempo de minha avó, nela um agricultor aposenta seu espantalho após este ter afugentado as aves que perturbavam o seu sono, destruindo suas lavouras. A aula sobre os alimentos plantados foi bem diversificada, algumas crianças não sabiam que determinados produtos comprados no supermercado eram plantados e nem que o trigo, por exemplo virava um pó branco: a farinha de trigo. Ao citar as etapas do plantio, procurei valorizar o trabalho no campo, pouco reconhecido por quem pega o produto na prateleira do supermercado sem pensar em como chegou até este local. Para finalizar, confeccionamos o espantalho, alguns dias anteriores à festa junina. Recordamos as partes do corpo, ao enchermos pernas, braços e tronco. Relacionamos os sentidos ao traçarmos o rosto. Com cabos de vassoura e papel color set fizemos os pés de milho e as espigas com tubos de papel higiênico e bolinhas de crepom amarelo. A festa junina foi relacionada ao tema, com vários espantalhos pelo pátio da escola. Acredito que o projeto tenha acrescentado muito no desenvolvimento das crianças além de o tema poder resgatar alguns valores já esquecidos por muitos na correria do dia a dia. Posso afirmar que, a EMA trouxe a oportunidade de essas crianças se divertirem e aprenderem através da curiosidade e do entreterimento.

Bibliografia consultada: * Visconti, G. O espantalho Enamorado. Editora Livros Horizonte. 2003. 26p. 13


Palavras traduzidas em imagens... Turma da professora Maria Leni Rodrigues Soares

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Comentário da EMA e Prêmio Floresta Municipal Irmãos Villas Bôas “Nunca a mesma água, sempre o mesmo rio...”

Confúcio Ensinar os pequenos a viver em harmonia com a natureza: eis a missão da Escola do Meio Ambiente. Esses pequenos trilheiros ainda não sabem ler, mas todos sentem e ficam encantados! Em meio à natureza, à terra fresca e ao colorido da vegetação, as crianças da Trilha Encantada tem os sentidos apurados. Além do tato, olfato, paladar, visão e audição, a curiosidade se sobressai e vira quase que um sexto sentido para os pequenos. Por vivermos em uma sociedade muito visual, é preciso colocar as crianças em contato com o mundo para desenvolver a sensibilidade. Frequentemente o ser humano olha o ambiente de fora para dentro, como se não fizesse parte dele, mas ele faz parte e a criança tem de vivenciar isso. As crianças percebem a natureza do jeito delas e isso fica armazenado no inconsciente para sempre. O contato com a natureza aumenta a sensibilidade desses pequenos e todas essas vivências farão a diferença quando eles se tornarem adultos. Fadas

Autor: Arnaldo Silva Pereira

Elas moram nas matas com as árvores e os grilos fadas são felizes com seus amigos bichos a alegria nos faz brincar o carinho nos faz amar a esperança nos faz querer um lugar melhor para viver em paz! Passarinho

Autor: Arnaldo Silva Pereira

Ô passarinho, cadê você vamos achar e para o espantalho devolver...

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CEI “Jardim Flamboyant” Etapa II - C Professora Lidiane da Silva

Coordenadora: Simone Carolina Pompiani Carreira Diretora: Flávia Eliete Marcondes 16


Vivência compartilhada é ação multiplicada “Alimentação Saudável” Autora: Professora Lidiane da Silva

Como o projeto foi desenvolvido: Antes da visita à “Trilha Indígena”, conversei com os alunos sobre o que iriam ver e conhecer durante o percurso. Falei um pouco sobre os índios e seus costumes, deixando a curiosidade das crianças bem aguçada. Ao chegarmos à trilha, fomos recepcionados pela “índia Potira”, que nos contou um pouco sobre sua vida, seus costumes e o quanto a natureza é importante para a continuidade de sua existência. E assim, as crianças foram conhecendo a trilha e a cada parada uma nova surpresa. Surpresas essas que ficarão para sempre marcadas na memória de cada criança. Durante o percurso foi observado o que mais chamava a atenção dos alunos, sendo que um dos momentos que mais os marcou foi quando pudemos degustar dos alimentos plantados pela “Índia Potira”. Eles ficaram encantados em aprender a cultivar e a cuidar dos alimentos, além de conhecerem novos sabores que ainda não faziam parte do cardápio deles. Ao retornarmos para a escola, as crianças foram estimuladas a registrar o que mais gostaram durante o passeio pela “Trilha Indígena”. Em outros momentos, desenvolvemos com as crianças diversas atividades (relatadas abaixo) com o intuito de atingir os objetivos propostos. No eixo Linguagem Oral e Escrita, elaboramos uma lista com diversos alimentos produzidos na natureza e realizamos um texto coletivo sobre o que foi visto na “Trilha Indígena”. Utilizamos o livro: Mani, a origem da Mandioca, para aprofundar o trabalho com este alimento. Foi um sucesso, as alunos gostaram muito, fizeram o conto e o reconto, além de reproduzirem a história através de desenhos. Uma etapa do trabalho que os alunos apreciaram bastante foi a encenação da lenda utilizando bonecos feitos de dobradura. Para finalizar fizemos um delicioso bolo de mandioca, onde trabalhamos com a receita: quantidades, ingredientes e modo de fazer. No eixo Artes Visuais, utilizamos massinha colorida para representar em forma de maquete a trilha visitada, e assim, poder apresentar para as demais turmas da escola. Cantamos a música que aprendemos durante a 17


trilha, explorando e reforçando as rimas. No eixo Natureza e Sociedade, aprendemos um pouco mais sobre a higiene que devemos ter para manusear e comer os alimentos, além de descobrir, através do paladar, o sabor de novas frutas. Pelo tato conhecemos e reconhecemos as texturas de alguns alimentos. Confeccionamos também um cartaz com alimentos saudáveis e não saudáveis. No eixo matemática, pudemos identificar novas cores, formatos e classificar alguns alimentos como, por exemplo: frutas, legumes e verduras, além de trabalhar as quantidades. Durante o projeto, conversei e orientei os pais dos alunos para que estes também oferecessem alimentos saudáveis para as crianças em casa, uma vez que as mesmas não tinham o hábito de realizar uma refeição saudável antes de virem à escola. Finalizando o trabalho, exploramos vários itens importantes sobre a boa alimentação, preparamos uma deliciosa salada de frutas, proporcionando a degustação de diversos sabores, texturas, além de diversas particularidades como: frutas que podemos consumir com ou sem casca, se possuem caroço ou pequenas sementes, as variedades de cores e sabores dos alimentos. Trabalhando este projeto na escola, pude orientar os pais a estimularem as crianças a terem hábitos alimentares mais saudáveis em casa. Percebi também que as crianças estão mais receptivas à merenda oferecida pela escola. Por serem motivadas pelos pais, em realizar uma refeição saudável antes de vir à escola, a grande maioria não reclama mais de fome ao chegar na sala de aula.

Bibliografia consultada: * Referenciais Curriculares Nacionais - Educação Infantil; * Revista Nova Escola, ed. 233 - Jun/Jul 2010; * Caminhos do Ensino Infantil na EMA - 2ª ed.- dez/2010; * Mani, a origem da mandioca - Lenda Guarani, ilustração Claudia Scatamacchia, Editora Paulus, São Paulo 2006. 18


Palavras traduzidas em imagens... Turma da professora Lidiane da Silva

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Comentário da EMA e Prêmio Floresta Municipal Irmãos Villas Bôas “...Nunca as mesmas flores, sempre a primavera.”

Confúcio Interação da criança com a natureza: Eis a missão da Escola do Meio Ambiente. Não podemos dizer que não gostamos de algo que não conhecemos. Somente quando conhecemos o que nos cerca é que percebemos a sua importância. A vida das pessoas que se interessam pela natureza é com certeza muito mais rica. A ida de casa para a escola pode se tornar muito mais interessante se uma criança começar a observar, por exemplo, as árvores, como elas mudam de acordo com as estações do ano, ficando floridas ou perdendo suas folhas. Esses momentos são revitalizadores e, quanto mais fizermos isso, melhor será a nossa vida. Uma criança que sabe observar e respeitar o mundo que a cerca também será capaz de quando adulta olhar para dentro de si, e quanto mais nos conhecermos mais nos aperfeiçoaremos, tornando melhor a nossa vida e os nossos relacionamentos pessoais. Por isso, não podemos tirar isso das crianças, impedi-las de interagir com a natureza, de se sentir em equilíbrio com a vida, enfim de se tornarem adultos mais saudáveis. É dessa integração, que começa com um simples ato de observar, respeitar e amar, que depende a preservação da vida no planeta.

Potira flor

Autor: Arnaldo Silva Pereira

Potira uma amiga uma índia, uma flor nos convida para ver a natureza com amor mostra sua oca mostra como toca o tambor urucum, arco e flecha pulseiras e um cocar para por. Potira, uma amiga uma índia, uma flor! 20


Crianças: nossa esperança e nosso futuro... “Que beleza a profundeza da existência e do existir...” São Francisco de Assis Até os sete primeiros anos a criança aprende pela imitação, ou seja, através da observação do comportamento das pessoas que são importantes para ela. Assim, se elas aprendem a respeitar a natureza, eis como elas irão tratá-la no futuro. Deve ser ressaltado que, quanto mais as crianças têm contato com a natureza, maior será a probabilidade de que haverá uma natureza para seus futuros filhos vivenciarem. Porque crianças sempre representam a esperança de que nossa espécie ainda tem futuro neste planeta! Até a próxima Edição Com carrinho, Eliana Gabriel

Grito de Paz

Autor: Arnaldo Silva Pereira

Com toda alma e o coração ele habita na Terra do fundo do seu íntimo solta seu grito de guerra Jaci, Tupã, Guaraci toda essa força reina ali. Eles ouvem seu grito de guerra porque é verdadeiro índio só quer um pouco de terra de floresta não deseja o mundo inteiro. Quem não sabe respeitar o modo de viver de uma pessoa tão pouco entenderá um pássaro livre quando voa. Felizmente existem anjos que são mandados aqui pra Terra preservando a cultura que em uma tribo impera. 21


Sobre o trabalho desenvolvido pela Escola do Meio Ambiente “Afinal, o que é a Paz? Paz é garantir que todas as pessoas tenham moradia, comida, roupa, educação, saúde, amor, compreensão... É cuidar do ambiente em que vivemos” Extraído de: Afinal, o que é a paz? Pastoral da criança

“Um dos grandes desafios deste século é a construção de uma sociedade socialmente justa, em perfeita harmonia com um ambiente saudável. Em Botucatu, temos procurado fazer a lição de casa, priorizando os investimentos na melhoria da condição de vida das pessoas e desenvolvendo ações voltadas à preservação e educação ambiental. E os avanços que temos comemorado só foram possíveis por contarmos com espaços como a Escola do Meio Ambiente (EMA), uma de nossas jóias. Um local que todo botucatuense deveria conhecer. Um espaço de valorização da natureza, que nos enche de orgulho”. João Cury Neto Prefeito Municipal de Botucatu

“A Escola do Meio Ambiente está localizada no lugar que eu chamo de ‘cantinho do céu’. É uma grande riqueza dentro da Secretaria Municipal de Educação, a qual tem nos ensinado o quanto podemos melhorar como cidadãos, formando crianças e jovens. Prof. Narcizo Minetto Júnior Secretário Municipal de Educação 22


Agradecimento

Os seres humanos são protagonistas da história não apenas porque podem contá-la e recontá-la, mas porque desenvolvem suas potencialidades e capacidade de criar e interferir em muitos elos da sua própria história. A parceria UNIMED-Botucatu/Escola do Meio Ambiente tem contribuindo para que muitas histórias, de muitas pessoas que trabalham em Botucatu pela qualidade de vida utilizando a educação como ferramenta, sejam recontadas através das publicações patrocinadas por esta instituição. Obrigada parceiro por podermos contar, recontar e encantar com a simplicidade da VIDA! Escola do Meio Ambiente Secretaria Municipal da Educação 23



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