O Núcleo de Desenvolvimento Humano auxilia a Diretoria Executiva no planejamento e execução das atividades educativas da Unimed. Seu foco é organizar e monitorar as ações de integração entre a Unimed de Botucatu e seus vários públicos: colaboradores, cooperados, prestadores de serviço, clientes e comunidade em geral. Em Botucatu as primeiras atividades do Núcleo de Desenvolvimento Humano voltam-se para a responsabilidade social e o desenvolvimento sustentável e por isso foi desenvolvida a parceria com a Escola do Meio Ambiente – EMA - da Secretaria Municipal de Educação. A Unimed de Botucatu já é certificada com o Selo de Responsabilidade Social desenvolvido pelo Sistema Unimed e também apoia a Fundação Abrinq. Além disso possui 5 programas sociais de grande alcance local, desenvolvidos pela AMUB – Associação da Mulher Unimed de Botucatu. São eles: SOMMAR para o público interno da cooperativa; INTER@ÇÃO, para inclusão digital; VIDA ILUMINADA para deficientes visuais; AMMA, para coleta de leite materno e ACREDITAR, apoio a projetos comunitários desenvolvidos para integração social através do esporte ou da cultura. A AMUB ainda realiza várias ações para atender as necessidades da sociedade botucatuense. No âmbito do Meio Ambiente busca a experiência da EMA para implementar ações que farão a diferença na qualidade de vida de toda a comunidade. Afinal, Saúde e Qualidade de Vida são valores cultivados pela Unimed de Botucatu. 2
Sobre a Escola do Meio Ambiente (EMA)
A Escola do Meio Ambiente localiza-se no município de Botucatu/ SP e está sedimentada em três pilares principais: Trilhas temáticas interpretativas, vivências socioambientais e pesquisas científicas. Contempla em sua área um mosaico de ecossistemas: floresta estacional semidecidual, mata paludosa, cerrado e floresta implantada de eucalipto, abrigando também as nascentes e a represa abastecida pelo Ribeirão Lavapés, curso de água que atravessa a zona urbana de Botucatu. Recebe, anualmente, mais de 13.000 alunos da rede de ensino do município em suas diferentes trilhas e vivências socioambientais. A metodologia praticada na EMA foi desenvolvida a partir de sua própria realidade, tendo como inspiração a simplicidade da natureza, a qual se encontra dissolvida nos pilares da escola. Aliada ao método peripatético (ensinar caminhando), a referida metodologia busca estabelecer, através de singelas vivências, um vínculo amoroso entre os visitantes e a Escola do Meio Ambiente. Deve ser lembrado que ninguém será capaz de amar o que não conhece e ninguém será capaz de preservar uma natureza com a qual não convive. Por isso, na EMA, tudo é preparado com muito carinho e responsabilidade para que esse vínculo possa ser estabelecido e, desta forma, todos que pela Escola do Meio Ambiente passarem compreendam o valor de se educar para a vida, pela paz e pela solidariedade planetária. Afinal, a missão da Escola do Meio Ambiente é mostrar que: infinito é o valor da VIDA! 3
Sobre a delícia do conhecimento voltado para a manutenção da VIDA... Paz e Bem! A educação ambiental cria uma interface entre os dois sentidos etimológicos da palavra latina para educação: educare e educere. Estamos acostumados com o significado de educare, favorecendo o estabelecimento de currículos e programas de ensino formais, mas a educação ambiental resgata o educere, que significa, tirar de dentro o que cada um e cada uma tem de melhor, quando motivados, pela delícia do conhecimento voltado para a manutenção da VIDA. Se, no passado, o objetivo das escolas era ensinar às crianças os conhecimentos necessários à produção da sociedade urbana e industrial, hoje o desafio é educar na perspectiva de uma nova sociedade sustentável. Assim, já não basta ensiná-las a pensar o mundo, a compreender os processos naturais e culturais. É preciso que elas aprendam a amá-lo e preservá-lo. A ideia de que pertence aos humanos tudo que não é humano: as terras, as águas, os vegetais, os animais e os minerais decorrem de uma separação artificial entre humanos e natureza. Até agora, em vez de aprenderem uma percepção de si próprios como espécie que é parte da natureza, as crianças aprendem a se sentir e a se comportar como se fossem o seu senhor. Se queremos formar pessoas que respeitem a natureza, desfrutar da vida ao ar livre não pode ser opção de cada professor ou escola, mas um direito das crianças. Por isso, precisamos realizar uma aproximação física com o meio, estabelecendo relações cotidianas com o sol, com a água, com a terra, fazendo com que sejam elementos sempre presentes, constituindo-os como chão, como pano de fundo ou como matéria prima para a maior parte das atividades realizadas com nossas crianças. Afinal, somos natureza! Abraço fraterno! Eliana Gabriel Diretora da Escola do Meio Ambiente 4
C.E.I. “Romualdo José Balestrim” (Jardim Flamboyant) Etapa I-C
Professora Mônica Aparecida Fioretto de Oliveira Coordenadora: Simone Carolina Pompiani Carreira Diretora: Flávia Eliete Marcondes 5
Vivência compartilhada é ação multiplicada! “Trilha Encantada na escola” Autora: Professora Mônica Aparecida Fioretto de Oliveira Como o projeto foi desenvolvido:
Em sala de aula começamos a colocar em prática o que foi vivenciado na EMA. Na roda de conversa, uma aluna disse que contou em casa tudo o que tinha visto e sua mãe comentou que gostaria de ser criança por um momento só para poder passear numa trilha assim. A partir deste comentário, surgiu a ideia de trazer um pedacinho da trilha para dentro da escola, fazer os pais voltarem ao passado, se sentindo crianças novamente e passando uma tarde descontraída e alegre com seus filhos. Os alunos vibraram ao saber que poderiam transformar seus pais em alunos por um dia. O projeto foi todo realizado através das ideias dos alunos que queriam que seus pais vivenciassem a mesma alegria que eles tiveram. Iniciamos com um desenho livre e uma montagem coletiva da história do espantalho “As Aventuras do Espantalho”, onde se montou um livro para que nossa história fosse contada pela “fadinha”, no início do passeio. Confeccionamos chapéus, “pulseirinhas mágicas” e alguns brinquedos: ioiô, peteca e bilboquê. Entre os alunos foram escolhidos os personagens: as fadinhas, o espantalho e seus ajudantes, cada um com uma roupa confeccionada para a ocasião. Os outros alunos escolheram fantasias do acervo da escola para realizarem uma missão durante o percurso, seriam os animais protetores da floresta. Na reunião de pais do 2º Bimestre, exibimos as fotos do passeio à EMA, onde apreciaram as crianças realizando as atividade. Fez-se uma breve introdução. Posteriormente, fizemos com os pais um passeio pela “Trilha Encantada da Etapa I”. Essa trilha foi montada no dia anterior na parte externa da escola. Com determinação e com a ajuda de outros funcionários da escola, a trilha ficou “linda” aos olhos de todos, principalmente aos das crianças. Na entrada da trilha a “Fadinha Sorriso” recebeu os pais com alegria e simpatia. Pediu-lhes que sentassem nos banquinhos e contoulhes a história do Espantalhinho Travesso. A “Fadinha Sossego” retirou da caixinha as “pulseirinhas mágicas” e, colocando no braço, os pais iniciaram a 6
caminhada. Durante o percurso, os três brinquedos foram encontrados e todos vibraram batendo muitas palmas. Neste momento, faltava achar o espantalhinho para devolver-lhe os brinquedos. Para surpresa dos pais, um apito suave começou a ser ouvido. Era o espantalhinho! Os pais ficaram encantados ao encontrá-lo. Em meio à vergonha e à timidez, o Espantalhinho agradeceu aos pais por terem encontrado os seus brinquedos. Como gratidão, o Espantalhinho convidou todos para participarem de um plantio de sementes de milho, dizendo que a produção serviria para alimentar diversos alunos da escola. Convidou-os também para conhecerem sua casa e lá serviu-lhes frutas preparadas com a ajuda de seus companheiros da floresta. Terminado o lanche, os pais seguiram para a Sala Encantada, onde encontraram vários livros e almofadas. Cada pai/mãe/avó recebeu um chapéu mágico e o Espantalhinho pediu a eles que escolhessem um livro. Pediu também que cada um deles chamasse seu filho e lhe dedicasse alguns minutinhos de sua atenção contando-lhe uma pequena história, comprometendo-se, a partir daquele dia, fazer uma leitura para ele em casa. Os pais se emocionaram com o pedido surgindo um silêncio total. A leitura começou, ouvia-se, então, suaves vozes. Os filhos que os pais não puderam comparecer não ficaram fora deste acolhimento, foram agrupados junto com a mãe de um coleguinha. Com esse projeto, houve um acréscimo muito grande no desenvolvimento dos alunos. Os pais apreciaram o trabalho das crianças, as quais se sentiram ainda mais motivadas, auxiliando no processo de integração família/escola, caracterizando uma etapa do plano de ação Projeto Político e Pedagógico desta Unidade Escolar. A concretização deste sonho certamente ficará na memória das crianças e principalmente dos pais, dos quais esperamos que levem adiante esse momento importantíssimo que é o olhar carinhoso da família para com as crianças, através de brincadeiras simples e até mesmo da leitura diária que também é um ato de amor. Referências consultadas: As Aventuras do Espantalho: Abraçando o Muriqui. Escola do Meio Ambiente. Botucatu, SP: 2011. 24p. As Aventuras do Espantalho: Cuidando da Fauna Silvestre. Escola do Meio Ambiente. Botucatu: SP, 2010. 24p. As Aventuras do Espantalho: Cuidando do Meio Ambiente. Escola do Meio Ambiente. Botucatu:SP, 2009. 24p.
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E.M.E.I. “Hermelindo Borgatto” (Rubião Júnior) Etapa I-A
Professora: Eliana Cristina de Souza Coordenadora: Maria Leni Soares Diretora: Adriana do Céu Nunes 8
Vivência compartilhada é ação multiplicada! “Floresta Encantada” Autora: Eliana Cristina de Souza Como o projeto foi desenvolvido:
No dia seguinte da trilha, em roda, os alunos relataram os momentos que mais gostaram. A partir desses se deu continuidade ao projeto “Floresta Encantada”. Na escola foi preparado o “lanchinho” como o servido no passeio, cada criança pode lavar a folha de alface, trabalhando a importância da higiene alimentar e o preparo do lanche. Apresentei para a classe um espantalho feito com EVA que serviu de decoração para a festa junina e, para relembrar os sons ouvidos na floresta, na aula de música tocamos CDs com sons da natureza onde os alunos puderam relatar os sons que ouviram dentro da floresta. Confeccionamos uma luneta mágica (com material reciclável) para observarmos de perto as plantas e os bichinhos da natureza. Lemos contos de fadas e a Fada Carinho foi relembrada. Para enriquecer o entusiasmo das crianças, levei para a escola bonecos e cada um escolheu a roupa para o seu personagem: os meninos escolheram a roupa do espantalho e as meninas escolheram a roupa da fada. As crianças se divertiram muito e levaram para casa esta recordação. Confeccionamos uma maquete da Floresta Encantada, trabalhando conceitos de quantidade e tamanho com as árvores, flores e frutas, utilizando ainda os personagens Fadinha e Espantalho para encantar nossa floresta. Ao lado do Espantalho foi criado um canteiro onde as crianças puderam plantar, relembrando as explicações do nosso amigo Espantalho e observando o desenvolvimento da sementinha. A cada dia era escolhida uma criança para cuidar do crescimento da plantinha. Ao criar um cantinho do faz de conta com baú de fantasias de fada e varinhas de condão confeccionadas pelas crianças, Espantalho e bichinhos da natureza, as crianças puderam escolher suas fantasias e brincar. Um cartaz para demonstrar agradecimento aos personagens e à toda equipe da Escola do Meio Ambiente (EMA) foi confeccionado. Como encerramento do projeto, montamos um livro relatando através 9
de fotos o mundo encantado do faz de conta. O passeio à Escola do Meio Ambiente (EMA) proporcionou um encontro com o mundo do faz de conta, pois é através do brincar que a criança encontra uma linguagem própria, que lhe permitirá o acesso à cultura e ao social. Com o projeto “Floresta Encantada” as crianças puderam aprender sobre a importância da preservação do Meio Ambiente para a nossa vida e para todos os seres vivos, despertando nelas a percepção da importância e dos cuidados com a natureza, apreciando e valorizando os espetáculos que a mesma nos proporciona diariamente. É importante enfatizar que apesar de toda tecnologia atual, com certeza, o faz de conta continuará educando e divertindo as crianças de gerações futuras. Bibliografia consultada: As Aventuras do Espantalho: Cuidando do Meio Ambiente. Botucatu/SP: 2009. 24p. As Aventuras do Espantalho: Cuidando da Fauna Silvestre. Botucatu/SP: 2010. 24p. As Aventuras do Espantalho: O lugar em que queremos viver. Botucatu/SP: 2012. 24p. Turma da Mônica Brincando de Folclore: Choro do Ipê.
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C.E.I. “Prof. João Queiroz Marques” (Vila Assumpção) Etapa II-D
Professora Rosângela Aparecida Jurado Coordenadora: Gisele Ad. Martinho Evangelista Diretora: Cláudia Maria Gabriel 11
Vivência compartilhada é ação multiplicada! “Percorrendo a Trilha Indígena”
Autora: Professora Rosângela Aparecida Jurado Como o projeto foi desenvolvido:
Visitamos a Aldeia Ekeruá, povo Terena, uma reserva indígena localizada em Avaí, SP, na qual entregamos lembrancinhas para as crianças e, ao chefe da tribo Terena, alimentos arrecadados antes do passeio. De volta à escola, com auxílio de peças de Lego, fizemos a releitura do passeio à Aldeia Ekeruá e da Trilha Indígena (EMA). Cantamos e dançamos a música “O índio”, fizemos a leitura do texto: Índios Terena e do livro Queno Curumim, de José A. Lima, permitindo às crianças recontarem a história posteriormente. Assistimos ao vídeo Ilya e O Fogo, de Caetano Curí (a lenda indígena do fogo), os alunos realizaram o reconto da lenda, e com o clipe Indiozinhos, do DVD “A Galinha Pintadinha”, os alunos dançaram e cantaram. As crianças vivenciaram a brincadeira “um, dois, três indiozinhos” montaram a cena com figuras pintadas e recortadas. Fizemos a exploração dos números no chão, andando obedecendo ao traçado feito com material concreto (tampinhas de garrafa). Brincamos de jogo da memória indígena (com vestimentas, adereços, comida, utensílios, instrumentos, armas e moradia indígena), de Curumim Vai à Oca (brincadeira baseada no coelhinho sai da toca) e de “Ema” (brincadeira ensinada e descrita pelas crianças da aldeia Ekeruá que faz parte do cotidiano dos índios de AvaíSP). Montamos uma lista de nomes de alimentos e instrumentos indígenas e os Segredos da Natureza (água, terra, sol e ar), explorando letras e escritas de palavras. Fizemos ocas, colares com macarrão, arco e flecha, cuias de argila, recortes, colagens, pintura de rosto, maquete, pintura com guache e lápis. Na sala de aula, montamos o cantinho do índio. Na hora do conto, lemos a Lenda da Iara e a Lenda dos Diamantes. Conversamos sobre a alimentação indígena e os alimentos presentes no nosso dia a dia, que foram herdados dos costumes indígenas. Com o projeto, houve a interação entre os alunos, às crianças indígenas e à valorização da cultura indígena através da participação dos alunos nas atividades. Referências Bibliográficas:
SCHREIBER, A. C. R. & MICHELI, L. L. Alfabetizando Através da Música. Dias Especiais 1. Ed. Ciranda Cultural. LIMA, J. A. Queno Curumim FUNAI, disponível em: <http://www.funai.gov.br/quem/historia/funai.html>. Acesso em 22/09/2013. TERENA, disponível em: <https://pib.socioambiental.org/pt/povo/terena/1040>. Acesso em 30/08/2013.
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E.M.E.I. “Hermelindo Borgatto” (Rubião Júnior) Etapa II-A
Professora Erika Cristina da Silva Rodrigues Coordenadora: Maria Leni Soares Diretora: Adriana do Céu Nunes 13
Vivência compartilhada é ação multiplicada! “Descobrindo as riquezas da vida indígena”
Autora: Professora Erika Cristina da Silva Rodrigues Como o projeto foi desenvolvido:
Iniciei o projeto na escola com uma roda de conversa para saber os conhecimento prévios dos alunos em relação à cultura indígena e sobre a influência da mesma em nossa cultura. Elaboramos cartazes com figuras relacionadas à vida indígena como artesanatos, vestuários, instrumentos musicais, utensílios, moradias, comidas e produtos que servem de corante. Trouxe à sala de aula bonecos da Potira e do Rudá. As crianças apreciaram os bonecos e juntos relembramos o passeio na trilha indígena. Após explicar que o índio não tem acesso às tintas compradas em lojas para pintar seus artesanatos e seu corpo, mostrei alguns elementos da natureza (plantas, frutos, carvão e terra) que possuem esta finalidade. O artesanato também é muito presente na cultura indígena, as meninas aprendem a fazer redes, cerâmicas e cocares enquanto que os meninos fazem arco e flecha, cestas e ferramentas, retirando da natureza materiais para fazer seus artesanatos. Adaptei algumas atividades para aproximar os alunos de alguns elementos que representam o índio, fizemos cocares e tangas com papel cartão. Para comemorar o dia do índio e com a ajuda de alguns pais, realizamos um piquenique com alimentos de origem indígena (suco de guaraná, mandioca com açúcar e canela, tapioca, abacaxi, maçã, mexerica e banana) no gramado da escola. Expliquei aos alunos que a alimentação indígena é saudável e rica em nutrientes, sendo que os índios comem alimentos retirados direto da natureza. Através de gravuras, visualizamos algumas brincadeiras indígenas e relembramos da Jiribana onde os alunos brincaram na Trilha Indígena. Com parceria da estagiária de movimento Tassiele, proporcionamos brincadeiras como peteca, cabo da paz (guerra), escalada no cipó e a travessia na corda. Trouxe para a sala de aula uma peteca feita de palha de milho para os alunos apreciarem. Em seguida, os alunos confeccionaram petecas com pano e depois brincamos no pátio da escola. Utilizando uma peça de argila que levei na aula, cada aluno recebeu um pedaço do material para fazerem utensílios indígenas como potes e talheres. Depois de seco, os alunos decoraram as peças utilizando pincéis e tintas coloridas. 14
Utilizando um bambu e várias peças feitas com este material durante a aula, mostrei aos alunos que os índios utilizam-no para confeccionar cestos, utensílios, instrumentos musicais e adereços. Confeccionamos um cesto de jornal coletivo onde cada aluno enrolou uma folha e pintou, observando a técnica do trançado utilizada pelos índios. Ouvimos músicas indígenas da tribo Mehimaku e utilizando o bambu, a vagem e as embalagens recicláveis, os alunos fizeram vários instrumentos musicais indígenas como: pau de chuva, tambores de latas, chocalho de vagem e de garrafa pet. No final, todos se apresentaram em um verdadeiro show de interpretação. Confeccionamos um mural ilustrado com palavras indígenas e um minidicionário ilustrado com as palavras em português e tupi-guarani. Conversamos sobre a importância das plantas para os índios, vizualizamos um pé de mandioca, a folha do milho e as plantas medicinais. Plantamos milho na escola e visitamos o sítio da aluna Giovana para conhecermos a grande diversidade de plantas que lá existem. Trouxe para a aula uma variedade de plantas medicinais para os alunos sentirem os aromas. No final, os alunos apreciaram o chá de hortelã. No projeto 15 minutos de leituras, as crianças ouviram histórias e lendas indígenas como: A mandioca (com fantoche), O milho, A lua, Pirarucu, João de Barro, Vitória Régia, Uirapuru, Erva Mate, Diamante. Os alunos fizeram índios, canoa, tambor e utensílios em biscuit para montar uma maquete coletiva com a representação da tribo indígena. O principal aprendizado foi a compreensão de uma cultura até então desconhecida pelas crianças e o respeito por culturas diferentes. Os alunos ficaram encantados e foi bonito ver a integração das crianças com as atividades, perguntando, observando com atenção e descobrindo que a cultura indígena está presente no nosso dia a dia. Afinal, nosso papel como educador é contribuir para que os elementos desta cultura tão significativa não sejam anulados ao longo da história, preservando sua identidade e possibilitando que nosso aluno conheça e compartilhe, de forma curiosa e lúdica, este universo que nos rodeia. Bibliografia consultada: Revista Projetos educativos (extra) dia de índio. Guia prático: Vamos brincar de índio. Revista Pátio Educação Infantil A música na educação infantil - Botucatu Lendas indígenas. Disponível em: shttp://www.velhobruxo.tns.ufsc.br/Ldindio.html. Site: http: tkeyla.blogspot.com.br/2012/04/dia-do-indio-educacao-infantil.html Site: http://www.ierf.blogspot.com.br/ Músicas: http://www.pime.org.br/mundoemissao/culturaculsons.htm
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C.E.I. “Prof. João Queiroz Marques” (Vila Assumpção) Etapa II-A
Professora Maria Cristina Potiens Coordenadora: Gisele Ad. Martinho Evangelista Diretora: Cláudia Maria Gabriel 16
Vivência compartilhada é ação multiplicada! “Trilha Indígena”
Autora: Professora Maria Cristina Potiens Como o projeto foi desenvolvido:
Em roda, recontamos o passeio: “Era uma vez uma professora...”. Perguntei a cada aluno o que mais gostou de fazer e, com o auxílio de uma folha grande de papel pedi que se expressassem através do desenho. No dia do índio, conversamos sobre os primeiros habitantes do nosso país, os índios, e conduzi-os para a valorização e o respeito com o povo indígena. Pintamos o rosto, fizemos cocar e cantamos a música “A casa do índio é a floresta e o que ele faz? Festa!”. Relembramos o que a índia Potira disse: “Índio criança é chamado de curumim”, brincamos de índio e desenhamos a brincadeira. Em roda, os alunos descascaram e lavaram espigas de milho para, no dia seguinte, comerem o milho cozido. Em casa, com a ajuda dos pais, os alunos procuraram em livros e revistas como o índio se veste, qual é sua alimentação e como convive com a natureza. Eles fizeram um cartaz o qual ficou exposto fora da sala de aula. Uma mãe junto com sua filha comentaram o cartaz sobre os costumes indígenas e os alunos fizeram um desenho sobre o que aprenderam. Na aula de Lego a sala foi dividida em três grupos escolhidos pelos alunos. Eles montaram a morada, a alimentação e os objetos indígenas. Fizemos uma receita de tinta com elementos da natureza (grãos, frutas, verduras e terra), baseado no que a índia Potira mostrou com o urucum. Comentamos que o índio mora na floresta e utiliza argila e madeira para fazer seus utensílios. Distribui argila aos alunos para que construíssem uma cuia. Confecciomos um livro com a lenda Foz do Iguaçu. O mesmo foi ilustrado pelos alunos. Nele reforçamos o cuidado que devemos ter com a natureza. Construímos o texto coletivo: O índio e, com o tema “A natureza deve ser amada e respeitada por nós”, pintamos uma tela. Para finalizar, fizemos uma dança utilizando a música “Potira flor” de Arnaldo Silva. Houve ótima interação dos alunos com o tema, aprenderam curiosidades sobre a cultura indígena, despertando o respeito pelos índios e pelo meio ambiente. A dança da música foi muito apreciada e apoiada pelos pais e as crianças gostaram de participar. Bibliografia consultada: O Dia a Dia do Professor. 1º período. Editora Fapi Ltda. Vol. 4. Belo Horizonte: MG. Paraíso da Criança. Foz do Iguaçu. Edelbra, “Séries Brasileiras”
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C.E.I. “Nair Fernandes Leite Vaz” (Cohab I) Etapa II-C
Professora Maria Hilda Vieira Quessada Coordenadora: Márcia Capai Diretora: Adriana Benedito Reis 18
Vivência compartilhada é ação multiplicada! “Índio” Autora: Professora Maria Hilda Vieira Quessada Como o projeto foi desenvolvido:
Conversei com os alunos sobre a reciclagem e sua importância. Fizemos a separação do lixo em lixeiras próprias para cada material e desenhos sobre o material separado. Solicitei aos pais para que enviassem pelos alunos copos plásticos (tipo iogurte), latas de alumínio e tubos de papel. Utilizando os materiais arrecadados, confeccionamos alguns instrumentos musicais indígenas: Chocalhos (utilizando os copos plásticos), Tambores (utilizando as latas de alumínio) e Paus de chuva (utilizando os tubos de papel). Após todos os instrumentos prontos, fizemos uma apresentação para as outras salas da escola utilizando a música que aprendemos na Escola do Meio Ambiente. As crianças gostaram bastante do projeto, algumas mães relataram que seus filhos estavam separando o lixo em casa e não jogavam mais no chão. Além dessa consciência sobre a separação do lixo, as crianças estavam ansiosas para levar para casa o instrumento que confeccionaram com tanto prazer.
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C.E.I. “Professora Aida Heloísa Ávila” (Jardim Brasil) Etapa II-C e Etapa II-D
Professora Edjane Maria Moura Professora Isabel Benedita R. Castilho Coordenadora: Maria Odila Thadei Donato Diretora: Márcia Dias Spadim 20
Vivência compartilhada é ação multiplicada! “Os Quatro Elementos”
Autoras: Professoras Edjane Maria Moura e Isabel Benedita R. Castilho Como o projeto foi desenvolvido:
Iniciei o projeto com a experiência da margarida colocada em um copo com anilina para observarmos a relação da água com a flor. Cada aluno plantou uma flor para presentear no Dia Das Mães: confeccionamos o vaso reutilizando uma garrafa pet, preparamos a terra, plantamos as sementes e cuidamos para que ela germinasse, crescesse e florisse. Confeccionamos brinquedos utilizando garrafas pet. Foram confeccionados bilboquês, jogos de argola, boliches e vai-e-vem. Utilizando as garrafas pet restantes, fizemos uma mini-horta suspensa e um regador para que todos os alunos pudessem regar a horta. Após a preparação da terra, sementes e mudas (salsinha, rúcula, couve, cebolinha, alho e feijão) foram plantadas e os alunos acompanharam seu desenvolvimento. Confeccionamos livrinhos e cartazes de forma coletiva para ilustrar o que os alunos aprenderam. Experienciamos o plantio do feijão desde sua germinação no algodão até a colocação em um vaso, ao atingir o tamanho de ser transplantado aonde pudesse crescer. As crianças entenderam a importância de todos os elementos da natureza. Cuidar do meio ambiente e valorizar a natureza possibilita a formação de crianças conscientes que se tornarão adultos responsáveis e que, só assim, poderão tornar nosso mundo melhor. Referências consultadas: POZO, J. I. Educação Científica na Primeira Infância. Revista Pátio Educação Infantil. Porto Alegre: RS. n.33, p. 4-7, out./dez. 2012. FUENTES, S. S. O Porquê e o Como das ciências na educação infantil. Porto Alegre: RS. n.33, p. 8-11, out./dez. 2012. CALLISTO, M. & FRANÇA, J. Está limpo ou poluído?: Quem vive no rio responde! Revista Ciência Hoje das Crianças, Rio de Janeiro: RJ. N. 170, p. 11-13, jul. 2006. ARTAZO, P. Mudanças no Clima: mudanças na biodiversidade. Revista Ciência Hoje das Crianças. Rio de Janeiro: RJ. N. 214, p. 2-5, jul. 2010.
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Educação Ambiental: além dos limites da Escola do Meio Ambiente
O que falta no processo educativo para que venha este mundo melhor? Religar os seres humanos com a natureza, destruindo a cultura antropocêntrica é, sem dúvida, um caminho. O que define o ser humano não é apenas a sua racionalidade, ele é a unidade de Corpo-Espírito, Razão-Emoção. Portanto o objetivo de Educar-Cuidar inclui o conjunto de dimensões que constituem a humanidade. Numa educação para sociedades sustentáveis, o cuidar é referência fundamental porque orienta o trabalho em relação às três ecologias (ecologia pessoal, ecologia social e ecologia ambiental) (GUATTARI, 1990) e nos ajuda a avaliar a qualidade das nossas relações com a natureza. Nessa perspectiva, buscamos junto ao ensino infantil, através do Prêmio EMA, assumir os desafios de uma Educação Ambiental que vise: Resgatar, no melhor de nossas tradições culturais, elementos da culturas indígena e de outras etnias que compõem a nação brasileira, que nos ajudem a inventar novos modos de viver, sentir e pensar a vida sobre a Terra. Ampliar os espaços e o tempo de movimentarem-se livremente, assim como de relaxar, meditar, estar atento à respiração, melhorar a alimentação e cuidar da postura. 22
Mexer numa rotina de trabalho que supervaloriza os espaços fechados das salas de aula, os materiais industrializados e propiciar às crianças contato cotidiano e íntimo com a terra, com a água, com o ar, de tal maneira que sejam percebidos e respeitados como fontes fundamentais de vida e de energia. Incorporar à rotina escolar as atividades de semear, plantar, cuidar e colher alimentos e outros vegetais. Investir na construção de propostas pedagógicas que visem uma integração mais ampla e possibilitem o desfrute, a admiração e a reverência da natureza como fonte primeira, fundamental à reprodução da vida e não como simples colônia, domínio de explorações humanas. Tomar consciência do impacto ambiental que as escolas provocam assumindo compromissos com a redução do consumo de água e de energia e com o desperdício de materiais. Com a ajuda de educadores como os que aqui apresentamos, estamos caminhando... Até a próxima edição.
Abraço fraterno, Eliana Gabriel Diretora da Escola do Meio Ambiente
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