O Núcleo de Desenvolvimento Humano auxilia a Diretoria Executiva no planejamento e execução das atividades educativas da Unimed. Seu foco é organizar e monitorar as ações de integração entre a Unimed de Botucatu e seus vários públicos: colaboradores, cooperados, prestadores de serviço, clientes e comunidade em geral. Em Botucatu as primeiras atividades do Núcleo de Desenvolvimento Humano voltam-se para a responsabilidade social e o desenvolvimento sustentável e, por isso, foi desenvolvida a parceria com a Escola do Meio Ambiente – EMA - da Secretaria Municipal de Educação. A Unimed de Botucatu já é certificada com o Selo de Responsabilidade Social desenvolvido pelo Sistema Unimed e também apoia a Fundação Abrinq. Além disso, possui 5 programas sociais de grande alcance local, desenvolvidos pela AMUB – Associação da Mulher Unimed de Botucatu. São eles: SOMMAR, para o público interno da cooperativa; INTER@ÇÃO, para inclusão digital; VIDA ILUMINADA, para deficientes visuais; AMMA, para coleta de leite materno e ACREDITAR, apoio a projetos comunitários desenvolvidos para integração social através do esporte ou da cultura. A AMUB ainda realiza várias ações para atender as necessidades da sociedade botucatuense. No âmbito do Meio Ambiente busca a experiência da EMA para implementar ações que farão a diferença na qualidade de vida de toda a comunidade. Afinal, Saúde e Qualidade de Vida são valores cultivados pela Unimed de Botucatu.
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Educar: criar, conduzir, abrir novos caminhos... Paz e Bem!
Nesta edição do Prêmio EMA de Educação Ambiental para o Ensino Infantil apresentamos nove projetos desenvolvidos por professores da Rede Municipal de Educação de Botucatu/SP. Esses professores, com seus respectivos alunos, participaram de um dos caminhos ecopedagógicos da Escola do Meio Ambiente, dedicados ao Ensino Infantil, denominados Trilha Encantada e Trilha Indígena. A curiosidade e o encantamento dessas crianças pela natureza, apresentada de forma simples e lúdica pela Escola do Meio Ambiente, motivaram os referidos professores a criarem novos caminhos para construírem com seus respectivos alunos novos conhecimentos, construção essa que, certamente, contribuirá com a formação ecológica dessas crianças. Com isso, o Prêmio EMA de Educação Ambiental para o Ensino Infantil, promovido pela Escola do Meio Ambiente (Secretaria Municipal de Educação) e patrocinado pela Unimed/Botucatu, cumpre sua missão: reforçar o Ano Internacional do Entendimento Global, apoiando vivências que nos conduzem à paz planetária. Abraço fraterno,
Eliana Gabriel, Diretora da Escola do Meio Ambiente
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“A Fada Mãe Natureza com os 4 elementos” Professora Camila Cristiane Silva dos Santos
Instituto Anglicano de Botucatu CEI Prof.ª Maria Aparecida Caricati Passarelo Coordenador Pedagógico Dionesval Santos da Silva Diretor da Instituição Luiz Roberto Bittencourt 4
Vivência compartilhada é ação multiplicada! “A Fada Mãe Natureza com os 4 elementos” Professora Camila Cristiane Silva dos Santos O presente projeto começou após a visita que fizemos na Escola do Meio Ambiente (EMA), com os alunos da Etapa I, onde pudemos mergulhar em um mundo cheio de fantasias e descobertas, pois a nossa trilha despertava a imaginação com os personagens ali vistos que são : A Fada e o Espantalho. As crianças puderam vivenciar momentos de descontração e alegria. A curiosidade de cada uma delas estava aguçada e foi a partir desse momento que começaram a surgir os questionamentos, as primeiras dúvidas: Afinal o que é preciso para termos os alimentos ricos em nossas refeições? Objetivos • Noções de ecologia através do lúdico e com linguagem apropriada para a idade. • Despertar nas crianças valores e ideias de preservação da natureza e noções de responsabilidades para com o futuro. • Brincar de faz de conta, pois desenvolve capacidades importantes para a formação integral da criança como: atenção, imitação, memória e imaginação. • Noções de alimentação saudável. • Importância da água para os seres vivos. • Importância dos alimentos sem agrotóxicos. • Noções de preservação da natureza. Como o projeto foi desenvolvido • Passeio à Escola do Meio Ambiente (EMA): Os alunos puderam ter contato com a natureza onde fizemos a Trilha Encantada e, por meio das histórias contadas pelos monitores, puderam ter o primeiro contato com a Fada, o Espantalho, noções de como é feito o plantio e o que as plantas necessitam para crescerem saudáveis. 5
• Roda da conversa para diagnosticar os conhecimentos adquiridos sobre as plantas, o sol, a água, o ar e a terra. • Contação de história: Elementos da natureza- Roberto Balli • Dramatização com a história da Fadinha Lucy que decide salvar a natureza com a ajuda das crianças ensinando-as como preservar o Planeta Terra e limpando toda sujeira que nele há. • Conhecendo o novo morador da nossa escola: O Espantalho Juca. • Dramatização com o Espantalho Juca que decide fazer uma linda horta na escola. • Conhecendo a horta da nossa escola. • Aprendendo como se obter alimentos saudáveis. • Experimentando alimentos saudáveis da nossa horta. • Para finalizar, foi realizado um lindo passeio pela nossa escola com cartazes representando alimentos saudáveis e a exposição dos mesmos. Resultados obtidos Com esse projeto pude observar a diferença de postura das crianças em relação à natureza e tudo que nos rodeia, pude também notar uma diferença significativa em relação ao respeito entre eles, a preocupação e os cuidados com o nosso planeta. A escola desempenha bem o seu papel quando utiliza os conhecimentos dos alunos, levando em consideração os que eles já carregam do seu cotidiano e foi com essa proposta que o passeio à Escola do Meio Ambiente pôde acrescentar novos conhecimentos aos nossos alunos e a toda comunidade escolar. Bibliografia BRASIL, RCNI - Ministério da Educação. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil Brasil -1998 KLOETZEL.K..O.O que é meio ambiente.2.ed.São Paulo : Brasiliense ,1998.
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“Arte e Cultura Indígena” Professora Nilciana Gomes Barros
CEI Nair Fernandes Leite Vaz Coordenadora pedagógica Márcia Capai Diretora Adriana Reis 7
Vivência compartilhada é ação multiplicada! “Arte e Cultura Indígena” Professora Nilciana Gomes Barros “O sangue e o sonho de nossos antepassados permanecem em nós. Apesar dos galhos terem sidos cortados, seus frutos roubados e até seu tronco queimado, as raízes estão vivas e ninguém pode arrancá-las.” 1° Enconto dos Povos Indígenas do Tapajós, Dezembro de 1999
O contato com a natureza desperta muitos interesses e emoções no ser humano, com a criança é muito mais especial devido ao processo intenso de construção que ela vive. As descobertas extraordinárias que adquire por meio de vivências são importantíssimas neste processo, somos criados para viver junto à natureza e é por isso que todo este encanto e mistério que a natureza nos proporciona nos desperta para a busca de mais conhecimentos. Com meus alunos não foi diferente, em visita à Escola do Meio Ambiente, logo no início da Trilha Indígena tudo se transformou em mágico e encantador, o contato com as árvores especiais, com a Índia Potira, as histórias, a cor do urucum, a argila, dentre tantas outras coisas, despertaram neles o interesse em conhecer um pouco mais de todo este universo que a natureza nos proporciona e também da cultura indígena. Quando retornamos à escola, ainda no ônibus, viemos recitando a música que aprendemos “Mora na Oca”. Em sala de aula listamos tudo que vimos e vivenciamos e, através deste interesse, surgiu a ideia de elaborar um projeto em que pudéssemos conhecer mais sobre a cultura indígena: as cores que eles usam para colorir o corpo, os objetos e utensílios que utilizam no dia a dia, os brinquedos, as armas para caça, os instrumentos musicais, as danças e algumas palavras de origem tupi guarani. A ideia era trazer para sala de aula o maior número possível de elementos para que os alunos tivessem uma vivência emocionante e de muito aprendizado. Objetivos • Apresentar aos alunos um pouco da cultura indígena por meio da arte e de vivências de vídeos e histórias. • Descobrir alguns sons e cores com elementos da natureza. • Apresentar vivências que os ajudassem a descobrir como a natureza é rica em elementos que usamos em nosso dia a dia. • Conscientizar os alunos sobre preservação da natureza . Como o projeto foi desenvolvido Pesquisamos sobre a língua do índio e listamos algumas palavras de origem Tupi-Guarani que utilizamos em nosso dia a dia. Assistimos ao vídeo “Tupi Guarani” Cocoricó e aos vídeos de tribo indígena dança e música (Epo e Tai Tai -) e “Nossos Índios, Nossas Histórias”. 8
Apreciamos o livro: história do “Curumim que Virou Gigante” e modelamos uma cuia com argila (utensílio muito usado pelos indígenas). Por meio de pesquisas sobre tintas naturais, separamos elementos da natureza que os índios utilizam em pintura corporal. Preparamos tintas naturais utilizando: pó de café, açafrão da terra e urucum. Pintamos as cuias e telas com tintas naturais e alguns papéis para confecção de cocar e colar. Foram apresentados instrumentos musicais utilizados pelos índios em suas festas e batalhas: flautas, pau de chuva, chocalhos, coco, tambores. Confeccionamos chocalhos e compartilhamos conhecimentos indígenas por meio do teatro de fantoches: Pedrinho e Lilica. Brincamos com a peteca, um brinquedo originalmente indígena. Culminância Exposição de artes confeccionadas pelos alunos: utensílios indígenas, instrumentos musicais, apresentação musical para pais e alunos da escola e degustação de alimentos indígenas. Resultados obtidos Os alunos vivenciaram, de maneira muito prazerosa, a importância de se preservar a natureza, também aprenderam a importância da cultura indígena e de sua arte, a qual é a origem do nosso País. Aprenderam sobre as palavras de origem Tupi-Guarani que usamos em nosso dia a dia, e também que por meio dos elementos da natureza podemos fazer artes incríveis. Fizeram uma maravilhosa apresentação de uma música na língua de uma tribo “Epo e Tai Tai” marcando o ritmo com os chocalhos. Também construiu-se um mural com fotos de alguns momentos das vivências em sala de aula. A exposição foi aberta para todos os alunos da escola e para as famílias dos alunos da ETAPA II-B. Nesta amostra de artes também servimos para todos os visitantes uma das comidas típicas dos índios, a mandioca. Bibliografia https://www.youtube.com/watch?v=WIdi8I2GwqY https://www.youtube.com/watch?v=tFp_jO7giGw https://www.youtube.com/watch?v=64MISgBIr9A Rufino Joel dos Santos, curumim que virou gigante. Editora Ática.
Agradecemos a colaboração da querida Fabiana Gomes que nos auxiliou com tanto carinho. “Como brasileira que sou com muito orgulho, tenho nas minhas raízes DNA indígena, cada vez que estudo sobre este povo atualmente tão discriminado e sofrido me dá uma angústia em querer fazer algo de grande valor. Creio que por meio da educação posso colaborar com uma pequena parte transmitindo conhecimento e conscientizando a preservação de uma cultura primitiva e muito rica”. Profª Nilciana Gomes Barros – set/ 2016
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“Cantos da natureza” Professora Stella Langelli Lopes
CEI Aida Heloisa Ávila Coordenadora Pedagógica Lucilene Maria Ebúrneo Lourençon Diretora Márcia Dias Spadim 10
Vivência compartilhada é ação multiplicada! “Cantos da Natureza”
Professora Stella Langelli Lopes Nosso projeto teve início por meio de uma conversa na qual motivei os alunos a observarem tudo o que esta trilha poderia nos acrescentar, assim nos preparamos para a visita à Escola do Meio Ambiente (EMA). O dia seguinte à visita, na roda da conversa, falamos sobre o passeio à EMA e sobre a Trilha Indígena. O assunto que mais se destacou foi a história: Os Quatros Elementos, a qual foi narrada pela índia Potira. Em sala de aula trabalhamos de forma animada todo o percurso da trilha, destacando o vento, a água, os pássaros e as árvores. Objetivos -Estabelecer relações entre o meio ambiente e as formas de vida, valorizando sua importância para preservação dos recursos ambientais e para qualidade de vida. -Valorizar e proteger a natureza. - Perceber os sons e aprender a escutá-los. Como o projeto foi desenvolvido Na roda, conversamos sobre a visita à EMA e, sobre a trilha, separamos os pontos principais do passeio elencando o que mais gostaram. Os assuntos que mais se destacaram foram: - A História: Os Quatros Elementos , os sons da natureza, o vento, a água, os pássaros, e as árvores. Num segundo momento, nós ouvimos os sons da sala tentando descobrir de onde vinham e quem os produzia. Ouvimos os sons da natureza: CD Músicas em nossas vidas. Ouvimos os sons no ambiente externo da escola. Após esse trabalho os alunos registraram com um desenho que foi exposto em nosso mural para que todos pudessem vivenciar e se alegrar com a ilustração. Foi elaborada uma pesquisa com os pais sobre os pássaros que conheciam e foi confeccionada uma lista com o nome dos mesmos. Em lousa digital, pesquisaram os sons da natureza e as maneiras de 11
como se preservar a terra, a água, o ar e os pássaros. Apresentação de recital com músicas relacionadas aos quatros elementos e aos pássaros, com as seguintes canções: -Água Planeta Terra -Passarinho quer cantar -Os quatros elementos Avaliação O projeto desenvolvido a partir da visita à Escola do Meio Ambiente (EMA) e realizado em sala de aula foi gratificante, encantador e prazeroso, contribuindo assim para o desenvolvimento dos alunos. Trouxemos a família para a escola através da pesquisa e apresentação do recital, possibilitando que apreciassem o trabalho das crianças, o que viabilizou a valorização e o reconhecimento dos mesmos. Resultados obtidos -Interesse pela natureza e seus recursos. Despertou o gosto em ouvir os sons da natureza e a importância dos cuidados para sua preservação. Bibliografia Refencial Curricular Educação Infantil/Secretaria Municipal de Educação Prefeitura de Botucatu Caminhos do Ensino Infantil na Escola do Meio Ambiente-3ª ed./2011
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“Curumins da Terra” Professora Lidiane Mara Cardia Simões
CEI Ida Rosa Pilan Dell’Omo Coordenadora Pedagógica Helem Nunes Arruda Diretora Patrícia Fortes Lyra 13
Vivência compartilhada é ação multiplicada! “Curumins da Terra”
Professora Lidiane Mara Cardia Simões Após o passeio à EMA surgiram várias perguntas em relação ao que faziam as crianças indígenas: quais as brincadeiras que realizavam e qual era a realidade de uma criança na tribo? Partindo dessas perguntas o projeto visou vivenciar a rotina de uma criança indígena e suas brincadeiras e, por meio desses aspectos, resgatar costumes, tradições, preservando e cuidando do ambiente que nos cerca, enfim, mostrando que podemos nos divertir sem tecnologias, entendendo e valorizando uma cultura. Objetivos • Vivenciar a cultura indígena, resgatando valores, costumes e tradições. • Observar o dia-a-dia de uma criança indígena. Brincar e aprender as diferentes brincadeiras indígenas. • Preservar e cuidar do ambiente que nos cerca, principalmente a natureza. • Ler e escrever nomes de alguns curumins. Apreciar músicas indígenas e aprender ritmos musicais e corporais. • Interpretar através de imagens. Explorar a imagem que cada um tem de si, respeitando as diferenças de cada um. Como o projeto foi desenvolvido Convivência Indígena: Num primeiro momento, em roda, conversamos sobre as semelhanças de uma criança indígena com as crianças da cidade, as respostas variavam de que viviam pelados e não tinham televisão. Foi explicado que as tangas são vestimentas de algumas tribos e que outras usam roupas. Falamos sobre como viver em harmonia morando todos juntos, que as regrinhas de convivência eram determinadas pelo pajé ou cacique. Comentamos que as crianças indígenas passam o dia nos rios, brincando de arco e flecha, correndo, se escondendo, não muito diferente das nossas brincadeiras, com exceção do arco e flecha. Confeccionamos um cartaz com direitos e deveres de cada um, como se a sala fosse uma tribo. Brincadeiras Indígenas: Em algumas tribos as crianças brincam a “corrida do saci”, uma corrida onde correm com uma perna só. Tracei dois riscos no chão e cada um correu em cima com uma perna só. Foi uma brincadeira que entrou nos movimentos livres. Em roda, fiz a leitura do livro Abaré e procurei conversar sobre as diferentes moradias e costumes que os índios têm, as opiniões e dúvidas foram muitas. Opiniões como: “queria morar na tribo para poder brincar com animais” ou “ nadar o tempo todo” foram as principais. Brincamos de mangá, uma brincadeira que parece 14
uma queimada com peteca e de gavião e os passarinhos: brincadeira fácil de se fazer, porém todos queriam ser gaviões. Músicas Indígenas: A apreciação das canções indígenas foi outro ponto positivo do projeto, em roda, ouvimos as músicas e falamos que os instrumentos indígenas são feitos de materiais da natureza. Ouvimos um CD que unia sons da natureza e chocalhos, reproduzimos com o corpo, batendo palmas, e fazendo sons com a boca, procurando um ritmo que se parecesse com o da música. Arte indígena: Em círculo conversamos sobre a arte indígena. Expliquei que as suas tintas são feitas com elementos da natureza, como a terra e o urucum. Falamos sobre as possibilidades de tintas que poderíamos usar e quais outros elementos que poderiam ser utilizados para produção das mesmas. Conversamos sobre os tótens e carrancas que muitas tribos usam para espantar os maus espíritos, quando perguntaram sobre os maus espíritos, expliquei que os curumins usavam perto das redes para espantar o bicho papão de que tinham medo. Fizemos uma carranca usando as tintas da natureza e uma telha. Culinária Indígena: Em círculo conversamos sobre as comidas típicas indígenas e o que eles achavam que os índios comiam. Foi explicado que as comidas eram basicamente cocos, bananas da terra, peixes, sementes, e outras coisas que a natureza produz. Fizemos um cartaz com a receita de paçoca de banana da terra e conversamos sobre os chás que os indígenas tomam para curar doenças. Plantamos hortelã e erva-doce para degustação de chás. Nomes Indígenas: Falamos sobre o significado de alguns nomes indígenas. Fizemos uma lista com o nome de cada aluno e falamos com que letra começava. Resultados obtidos Foi um trabalho muito rico e prazeroso de se fazer. Todos gostaram de realizar as atividades propostas, principalmente as relacionadas à música indígena. Reproduzir os sons da natureza por meio de chocalhos e palmas foi extremamente relaxante e inovador. As crianças ainda falam sobre o que os índios fazem e, quando fazemos alguma brincadeira, elas ainda perguntam se os curumins também a fazem ou se comem uma determinada comida. Isto demonstra que o trabalho não só respondeu as primeiras perguntas mais ainda continua sendo foco de interesse. Bibliografia Abaré – Graça Lima, editora Paulus – 2009 A tinta que vem da natureza, disponível em http://acervo.novaescola.org.br/educacao-infantil/4a-6-anos/tinta-vem-natureza-423023.shtml “Que Medo indiozinho”, disponível em https://www.youtube.com/watch?v=kxM0xlN8y8o
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“Horta com Amor”
Professora e Coordenadora Bruna da Silva Zanluchi
CEI Prof.ª Rita Maria Valença Luz Borgatto Diretor Charles Duruoha 16
Vivência compartilhada é ação multiplicada! “Horta com Amor”
Professora e Coordenadora Bruna da Silva Zanluchi Esse projeto foi feito pensando em colocar uma sementinha dentro dos corações, fazer florescer o amor, o amor que será passado para a natureza e que voltará para cada um de uma maneira maravilhosa, plantando, colhendo e comendo. As crianças precisam dessa vivência para sentir a importância do cuidado com a natureza, e consigo mesma, trazendo para dentro delas a vontade de cultivar e de se alimentar corretamente. Objetivo Despertar o interesse das crianças para o cultivo de horta. Dar oportunidade aos alunos de aprender a cultivar plantas utilizadas como alimentos. Degustar um alimento semeado, cultivado e colhido. Permitir às crianças conhecimentos sobre algumas hortaliças. Inserir mais hortaliças na alimentação escolar e na vida familiar. Como o projeto foi desenvolvido Começamos esse projeto conhecendo as mudinhas que seriam plantadas na nossa horta, conversamos sobre o que era necessário para que elas crescessem, esse assunto foi bastante interessante, pois havia aluno que não sabia nada sobre o tema. Fizemos atividades de pintura com tinta guache, pintamos desenhos de legumes e verduras, fizemos a dança da alface, entre outras atividades. Tivemos uma reunião com os pais, nesse encontro pude conversar sobre quais alimentos as crianças comiam em casa. Os pais relataram que as verduras colocadas na mesa no dia a dia eram as hortaliças de folhas, no caso, a mais conhecida, a alface. No dia da reunião aconteceu a nossa primeira plantação de frutos, caules e de folhas. Plantamos junto com os pais e com os alunos: pepinos, beterrabas e alfaces. Durante o crescimento das hortaliças eu fui passando para as crianças mais conhecimentos sobre cada verdura plantada. Nos 17
dias de chuva ficamos na janela observando a horta, os alunos diziam que as plantinhas estavam felizes com a chuva. Fomos acompanhando o crescimento, todas às sextas-feiras íamos à horta fazer a retirada de pragas e a limpeza dos canteiros. As crianças não viam a hora de poder colher. Até que chegou o dia e a hora da colheita! Cada aluno colheu uma hortaliça, todos ajudaram a lavá-las, fizemos uma salada e comemos numa grande roda. Eles relataram como estavam se sentindo importante em poder cuidar daquilo que eles iam comer. Mandamos para os pais algumas hortaliças, para que as crianças fizessem também em casa a salada. Resultados obtidos A avalição desse projeto é continua: observando se as crianças estão se alimentando na escola, comendo as verduras, e ouvindo os relatos dos pais se estão comendo hortaliças em casa. Observando, também, se eles estão cuidando da natureza e do ambiente onde convivem.
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Índio e os Segredos da Natureza Professora Érika Cristina da Silva Rodrigues
CEI João Rosseto Coordenadora Pedagógica Débora Cristina da Rocha Seno Diretora Elisangela Daniele Garcia Munuera 19
Vivência compartilhada é ação multiplicada! “Índio e os Segredos da Natureza”
Professora Érika Cristina da Silva Rodrigues Este projeto teve início com o passeio à EMA, onde os alunos percorreram a Trilha Indígena. Cada trajeto percorrido trazia descobertas significativas e enriquecedoras para os alunos. No dia seguinte, durante a roda de conversa, solicitei que os alunos relatassem sobre o passeio e muitos deles me pediram para contar novamente a história: “Os Segredos da Natureza”, dando a perceber que eles queriam saber mais sobre esses recursos naturais. Por meio das curiosidades dos alunos tive a ideia de desenvolver um projeto sobre essas riquezas naturais. Desta forma, o presente projeto tem a finalidade de conscientizar e sensibilizar os nossos alunos, preparando-os, desde cedo, para cuidar bem do nosso planeta e dos nossos recursos naturais, trabalhando valores e mudanças de atitudes. Objetivos • Conhecer e refletir sobre as histórias dos índios. • Valorizar a diversidade cultural. • Despertar o interesse pela preservação do meio ambiente. • Perceber a importância dos recursos naturais para nossa sobrevivência. • Criar e fortalecer espaços de debate na escola sobre os problemas ambientais e perceber como eles se relacionam com o mundo. • Sensibilizar de forma lúdica valores e ideias de preservação da natureza e senso de responsabilidade para com as gerações futuras. • Estimular a percepção da importância do homem na transformação do meio em que vive e o que as interferências negativas têm causado à natureza. • Incorporar o respeito e o cuidado para com o meio ambiente. • Discutir as mudanças ambientais globais a partir de quatro subtemas: ÁGUA, TERRA, SOL e AR. • Criar uma consciência sobre a necessidade de diminuir e, buscar formas para solucionar a poluição do ar, da água e do solo. Como o projeto foi desenvolvido O projeto foi dividido em dois momentos: 1. Sobre o Índio: O primeiro momento foi sobre o passeio à Trilha Indígena. Levei para classe a boneca Potira, onde as crianças apreciaram-na e juntos fizemos 20
uma reflexão sobre o passeio à trilha, destacando como o índio cuida e ama a natureza. Como estava chegando o dia do índio, em sala de aula, adaptei algumas atividades para enriquecer sobre a cultura indígena. As crianças confeccionaram cocares. Foram elaborados cartazes com figuras relacionadas à vida indígena com os seguintes itens: artesanato, vestuário, instrumentos musicais, utensílios, moradias, tipos de comidas e produtos que servem de corantes. Pintaram um cartaz sobre o dia do índio. Os alunos conheceram e desenharam com o urucum. Foram adaptadas algumas brincadeiras indígenas como peteca, cabo da paz (guerra) e balanço na rede, realizadas na quadra da escola. Na oficina de argila os alunos fizeram lindos trabalhos como potes e canoas. Apreciaram utensílios que tem o bambu como matéria prima e com eles expliquei que os índios utilizam esse material, para construírem instrumentos musicais e cestarias entre outros. Apreciaram várias lendas indígenas, destacando a Lenda da Mandioca. Após a história os alunos conheceram uma raiz de mandioca, pois muitos deles só conheciam a raiz pronta na alimentação e aprenderam como cultivá-la. Trabalharam com a canção um, dois, três indiozinhos. Apreciaram o cartaz da canção e na aula de matemática fizeram a sequência numérica com os índios numerados. Construíram uma canoa de papelão. Na aula de lego construíram arco e flecha. Lemos o Menino Poti e foi feito um piquenique indígena. 2. Sobre os Segredos da Natureza: Através de experiências, leituras, vídeos e cartazes, trabalhamos os quatro elementos, iniciando pela água. • Água Expliquei que a terra possui tanta água que recebeu o apelido de Planeta Água e com auxílio do globo terrestre, localizamos o Brasil e a parte de água e de geleiras no globo. Chamei atenção para a localização dos rios, deixei os alunos observarem o globo terrestre e fizemos a apreciação da poesia: Amigo Planeta. Trabalhamos a importância, a reutilização, a poluição, o tratamento, como poupar e os estados físicos da água (sólido, líquido e gasoso) complementado pela experiência “gelatina na escola”, além da relação da água com a dengue. • Sol Trabalhei o tema “o que eu faço nos dias de sol” com o auxílio da história “Dia de Sol” e de massinha de modelar. Fizemos a experiência sobre o movimento de rotação e translação e a de desidratação da alface, conversamos sobre a relação do sol e a nossa saúde e confeccionamos um cartaz explicando os seus benefícios. 21
• Terra Com esse elemento trabalhei: O homem do campo, os tipos de solos, a culinária e experiências da germinação em três tipos de solos. Confeccionamos uma horta na escola e um painel com rótulos de produtos derivados do milho. Apreciamos os diferentes tipos de milhos (milho de pipoca, de canjica e milho para ração) e a parlenda “Rebenta Pipoca Maria Pororoca” • Ar Para reforçar a experiência do ar foram realizadas várias experiências: “O peso do ar”, “Levantando peso” e “O ar ocupa espaço?”. Após trabalhar e conhecer a importância dos quatro recursos naturais foi realizado uma reflexão de como cada um pode ajudar o nosso planeta. Foram listadas na lousa as respostas e para finalizar assistimos ao filme da turma da Mônica: “Um Plano Para Salvar o Planeta” e construímos brinquedos com sucatas. Resultados obtidos O projeto Índio e os Segredos da Natureza constituiu-se de uma proposta de trabalho que desenvolveu atividades realizadas após visita à Trilha Indígena na E.M.A.. O principal aprendizado foi realizar às experiências com os elementos da natureza (Ar, Sol, Água e Terra). Observamos em nossas crianças o despertar da curiosidade e o gosto pelas descobertas. Durante as atividades, as crianças conviveram com o outro e com a natureza, socializaram objetos e experiências, desenvolveram o espírito investigativo, foram estimuladas a serem autônomas, criaram, descobriram e experimentaram inúmeras possibilidades. Enfim, encantaram-se com as atividades perguntando e observando com atenção. A ideia foi oferecer inúmeras possibilidades com diversas soluções, o que levou cada criança direcionar-se de acordo com sua forma de ser. Desta forma, as perspectivas foram ampliadas e as crianças estão aptas a prosseguirem e ampliarem os conhecimentos adquiridos. Sendo assim, os resultados obtidos superaram os esperados. Bibliografia Machado, A. M. Menino Poti. Editora Salamandra. 2011. Bellinghausen, I. B. Mundinho Azul. DLC Editora. 2010. Breitman, A. K. A Galinha Ruiva. Coleção Livro Mágico. FTD. Vídeos: COCORICÓ: Sem Água Nâo Dá Pra Viver. Chaves em: Vamos Cuidar da Água. Gotinha em Gotinha - Palavra Cantada A Gota Borralheira - SABESP Peixonauta: O Caso do Dia de Sol Chico Bento na Roça e na Cidade Poluição do Ar Mônica: Um plano para Salvar o Planeta O diário de Mica: O Vento é o Ar com Muita Pressa Xô Dengue
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“Preservar sem matar, diversão sem poluição” Professoras Joelma de Fátima Vaz Pereira e Marilda Simão Ferreira
CEI Profª Aida Heloisa Ávila Coordenadora Pedagógica Lucilene Maria Ebúrneo Lourençon Diretora Márcia Dias Spadim 23
Vivência compartilhada é ação multiplicada! “Preservar sem matar, diversão sem poluição”
Professoras Joelma de Fátima Vaz Pereira e Marilda Simão Ferreira “O verdadeiro educador é o que acompanha as mutações da vida, dos tempos, dos comportamentos. ”
Artur da Távola
Dias antes do nosso passeio à Escola do Meio Ambiente, surgiu o assunto, na roda da conversa, sobre celulares, tabletes e brinquedos à pilhas, entre outros. Assim, surgiu a ideia de desenvolvermos um projeto sobre este tema, o qual encaixa-se em nossa atualidade, faz parte do dia a dia das crianças e mostra o quanto esses materiais podem prejudicar o meio ambiente se não forem descartados de forma consciente. As crianças interagiram e o assunto fluiu de maneira natural para a importância da reciclagem e o descarte correto de eletrônicos, materiais tão nocivos ao nosso meio ambiente. Então, conversamos sobre a aula passeio que faríamos à EMA e que lá poderíamos constatar mais de perto o que há de tão belo na natureza e poderíamos comparar o lugar belo com os malefícios que a poluição, o desmatamento, a extinção de certos animais e a contaminação do solo poderiam ocasionar para esse mundinho onde moramos. Focamos na seguinte questão: se não cuidarmos dele direitinho o que acontecerá? Objetivos - Apresentar a natureza com suas belezas. - Sensibilizar sobre a importância do descarte do lixo separado, em especial do lixo tóxico (tema atual). - Conscientizar e alertar acerca das ações nocivas do homem quando essas são contrárias à preservação do meio ambiente e por consequência que afetam significativamente nossa qualidade de vida e o mundo em que vivemos. - Refletir que tipo de mundo iremos herdar se não cuidarmos. Como o projeto foi desenvolvido Apresentação do tema aos alunos em conversa dirigida, opiniões sobre o meio ambiente, sobre o passeio à EMA, lixo tóxico e lixo reciclável. O que acontecerá em alguns anos se não cuidarmos do nosso mundo. O que herdaremos? 24
Apresentação do vídeo educativo infantil que trata a questão de todos os tipos de lixo (Filme Lorax). Vídeo: Um plano para salvar o planeta (turma da Mônica). Reunião com os pais para incentivo da coleta consciente, principalmente do lixo tóxico. Cartazes sobre preservação. Animais em extinção no planeta: tigre de bengala, arara, entre outros. Comparação entre o rio limpo e o rio poluído. Uso de embalagens vazias, simulando o descarte correto desses produtos nas respectivas lixeiras com as cores que classificam cada tipo de lixo (orgânico e inorgânico). Painel feito com massinha com o tema meio ambiente. Explicação de como é feita a reciclagem e sua importância na coleta seletiva. Comparação entre solo fértil e solo contaminado. Incentivo ao cultivo de plantas com visita à horta comunitária do bairro. Onde descartar lixo tóxico? Quais os malefícios causados pelos vários tipos de lixos, principalmente pelo lixo tóxico. Dia da coleta dos materiais que simbolizam o lixo tóxico, (baterias diversas e pilhas diversas). Resultados obtidos Observamos ao final do projeto que o tema teve grande êxito. Os alunos foram capazes de perceber a importância da preservação da natureza e seus cuidados, tendo em vista que o objetivo maior foi alcançado sobre a conscientização com os alunos, seus familiares e comunidade escolar, principalmente sobre o descarte correto de pilhas e baterias. Entenderam que esse mundinho, que irão herdar, muitas vezes fica em desvantagens perto da crescente demanda tecnológica e de seus riscos ao meio onde vivemos. Bibliografia Aprender brincando – Prof. Juce (blog) Revista nova escola – preservar também é coisa de criança – dez/2002 Consumo sustentável, textos da série educação ambiental do programa salto para o futuro (http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me001915.pdf)
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“Todo dia é dia de índio” Professora Carolina Mendes Feliciano
Instituto Anglicano de Botucatu CEI Prof.ª Maria Aparecida Caricati Passarelo Coordenador Pedagógico Dionesval Santos da Silva Diretor Luiz Roberto Bittencourt 26
Vivência compartilhada é ação multiplicada! “Todo dia é dia de índio”
Professora Carolina Mendes Feliciano Após o passeio à EMA, a curiosidade das crianças ficou mais aguçada em relação à vida indígena. Exploramos essa cultura tão importante para o povo brasileiro e descobrimos que até nossa cidade tem um nome indígena. E foi com essa curiosidade que iniciamos o nosso projeto e decidimos que: “Todo dia é dia de índio”. Objetivos • Reconhecer a cultura indígena como parte da identidade cultural brasileira. • Respeitar as diferenças culturais. • Sensibilizar as crianças para a cooperatividade e sustentabilidade. • Diferenciar paisagens naturais e modificadas. • Conscientizar sobre o desperdício. • Vivenciar aspectos da cultura indígena que podem ser usados fora da aldeia. Como o projeto foi desenvolvido Como aprofundamento da vida indígena, assistimos ao filme “Tainá, a origem” e conhecemos um pouco mais sobre seus costumes: alimentação, vestes, moradia e relação com a natureza. A partir disto, unido ao que pudemos vivenciar na Trilha Indígena, discutimos as diferenças culturais e o que poderíamos utilizar em nosso cotidiano para melhorar nossa relação com o próximo e a natureza. 1ª Observação: Os índios vão ao mercado? Aprendemos que os índios utilizam o que a terra dá, ou seja, plantam e caçam sua comida e não desperdiçam nada do que usam. Em nossa escola adaptamos este costume para a nossa horta, onde o funcionário Rony nos ensinou sobre a produção de adubo orgânico e passamos a utilizar essa técnica guardando as cascas que consumimos para deixar nossas verduras e legumes mais fortes e saudáveis. 2ª Observação: Os índios dividem tarefas. 27
Como os índios, passamos a cooperar mais uns com os outros ajudando a manter a organização da sala durante as atividades e dividindo as tarefas no cultivo da horta. 3ª Observação: Os índios também contam histórias. Escolhemos as lendas da Iara, Boto Cor-de-Rosa e Curupira como nossas lendas indígenas favoritas. Dramatizamos e criamos outras histórias com estes personagens. 4ª Observação: Os índios cuidam da natureza. Fomos ótimos aprendizes e refletimos sobre como tratamos a natureza: passamos a separar o lixo reciclável e a não jogar lixo no chão. 5ª Observação: Como os índios fazem seus objetos? Como vimos, os índios não vão ao mercado ou lojas, portanto aproveitam tudo o que a natureza oferece, como o barro utilizado em construções e na confecção de objetos. Fizemos esculturas com argila e nos divertimos muito! Resultados obtidos A introdução da cultura indígena em nosso cotidiano proporcionou um espírito de respeito e cooperação com o próximo. Aceitar diferenças, e entender como essas diferenças são importantes, fazer algo útil para toda a escola, como o cultivo da horta e manifestar a expressão artística, por meio da escultura, foi muito enriquecedor para a formação da identidade e da autoestima. Bibliografia BRASIL, RCNEI – Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil. Brasil,1998.
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“Vida de índio” Professora Natália Fernnanda da Cruz
CEI Prof.ª Rita Maria Valença Luz Borgatto Coordenadora Pedagógica Bruna da Silva Zanluchi Diretor Charles Duruoha 29
Vivência compartilhada é ação multiplicada! “Vida de índio”
Professora Natália Fernnanda da Cruz O tema vida de índio tem como propósito fazer as crianças valorizarem o meio em que vivem para sua própria sobrevivência. Esse projeto se iniciou por meio do passeio à EMA, para despertar curiosidades e alegrias nas coisas tão simples e belas que nos possibilita a natureza. Juntos pudemos nos agraciar com as histórias indígenas, incentivando e resgatando a brincadeira, o cuidar da natureza e a imaginação. Nada melhor do que acordar todas as manhãs e sentir sobre nossa pele a pureza do ar dizendo que podemos ser felizes outra vez se cuidarmos da natureza. Em cada atividade contemplei a alegria, a curiosidade e o respeito pela natureza, apresentando os índios como pessoas que fazem parte do nosso país e que são prova real da sobrevivência de um povo. Procurei apresentar exemplos de cuidados com o meio em todas as atividades. Objetivos o Interesse em plantar em casa com a família. o Cativar o amor pela natureza e a preservação o Despertar o respeito, o cuidar e a arte de criar. o Conhecer a vida dos índios, através das brincadeiras, instrumentos, danças, fotografias, comidas, roupas, moradia e plantação. Como o projeto foi desenvolvido Começamos com algumas perguntas para dar oportunidades para as crianças expressarem os seus conhecimentos sobre o assunto. Iniciei com a história, impressa do Site Espaço Educar, e penduramos na parede fotos da cultura indígena (ex: trajes, alimentação, brincadeiras, etc...). As crianças ficaram encantadas e começaram a perceber como precisamos cuidar da natureza, depois pintamos com giz de cera um desenho ilustrando um casal de índios. Confeccionamos colares feitos de macarrão, pintamos com tinta guache e colocamos nos barbantes. 30
Utilizamos a lata de massa de tomate e colocamos os feijões dentro para fazer o chocalho. Por meio da atividade impressa, levamos o índio aos seus objetos. Plantamos em nossa horta a sementinha de couve, almeirão e salsinha, e fomos acompanhando o crescimento. As crianças ficaram com os olhinhos brilhando ao ver suas plantinhas crescerem a cada dia e, claro, ansiosos para comer. Depois de todo o processo, as crianças levaram um pouco para casa, com intuito de orgulhar e mobilizar os pais a plantarem, em casa, juntamente com os filhos. Montamos um pião com as peças de montar. Balançamos na rede, com altas risadas. Dramatizamos a música: Indiozinhos do CD da Galinha Pintadinha. Fomos pescar no tanque os peixinhos de plástico. No almoço, de brincadeira, comemos peixe. Fizemos uma roda para ouvir a história do livro: O mundinho azul de Ingrid Biesemeyer Bellinghausen, onde as crianças compreenderam que água é a nossa riqueza e que devemos zelar dela para o nosso próprio bem. Para finalizar, contei a história da Lenda da mandioca. Na área externa da escola, retiramos a raiz da mandioca e a cozinhamos para comer. No outro dia levei um pé de milho para replantá-lo e observá-lo Também observamos o pé de banana e de urucum, sentimos os vegetais com o tato e aprendemos que é o urucum a planta utilizada para fazer a tinta do índio. Vivenciamos o cotidiano indígena: brincamos de cabo de guerra, atiramos flechas feitas de bambu e barbante, brincamos na oca e na terra e fizemos a dança da chuva com o chocalho. Foi uma grande experiência onde vivenciamos e aprendemos muito com a natureza! Resultados obtidos Os resultados foram maravilhosos, pude observar que as crianças passaram a questionar os amigos quando fazem uma ação negativa para a natureza. Ficaram muito curiosos para viver essa experiência que o projeto nos oportunizou, brotando em cada um o desejo de cuidar da natureza. 31