Esta publicação é dedicada a todas as crianças do Ensino Infantil para que possam vivenciar a experiência de tocar a terra, plantar sementes e criar um vínculo amoroso com o incrível Planeta em que vivemos!
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Conheça a Escola do Meio Ambiente (EMA) A Escola do Meio Ambiente, pertencente à Secretaria Municipal de Educação de Botucatu/SP, foi inaugurada no dia 12 de abril de 2005. Localizada no município de Botucatu, que fica na região central do Estado de São Paulo, sua sede conta com um auditório (espaço de encontros, vivências e palestras), uma cozinha pedagógica (reservada para a produção do lanche servido nas trilhas e para as vivências de culinária saudável) e uma Sala Verde. O Projeto Salas Verdes é uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente concebido como uma “biblioteca verde” e possui um acervo de conteúdos socioambientais diversos. A partir de sua própria realidade, a Escola do Meio Ambiente desenvolveu uma metodologia que tem como inspiração a simplicidade da Natureza que está presente nos pilares da escola: caminhos ecopedagógicos, vivências socioambientais e pesquisas. Os caminhos ecopedagógicos, realizados na área externa da EMA, possuem como missão principal estabelecer um vínculo amoroso entre a Escola do Meio Ambiente e os seus visitantes. Sendo também conhecidos como trilhas temáticas, esses percursos são formados por pontos interpretativos que abordam os principais conteúdos de cada caminho. Nesse contexto, “trilhar”, na EMA, nem sempre é sinônimo de fazer longas caminhadas mas, de vivenciar a Natureza em sua essência. Dessa forma, os alunos da rede municipal de ensino, a cada ano, conhecem uma dessas trilhas com suas respectivas vivências. Em 2009, a escola iniciou uma parceria com a UNIMED Botucatu para imprimir as publicações feitas pela EMA. No mesmo ano, recebeu o selo “Aqui se Brinca”, da Unilever. Em 2010, recebeu a certificação do Programa de Escolas Associadas à UNESCO, conhecido como PEA UNESCO. O Espaço da EMA: A EMA está inserida em uma área de vegetação nativa, com remanescentes de Cerrado, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Paludosa e Floresta Implantada de Eucalipto, ambientes que são as salas de aulas da escola e também locais de pesquisas. A Floresta Estacional Semidecidual recebeu o nome de Floresta Municipal Irmãos Villas Bôas para homenagear o trabalho desenvolvido 3
pelos Irmãos indigenistas junto aos indígenas do Xingu. A Represa Prof. Jorge Jim é constituída pelas águas do Ribeirão Lavapés e atrai uma fauna biodiversa para a EMA. O nome é uma homenagem ao pesquisador Prof. Dr. Jorge Jim, que foi docente do Departamento de Zoologia da UNESP de Botucatu. As nascentes do Ribeirão Lavapés, localizadas no interior da Floresta Irmãos Villas Bôas e nas áreas de banhado do Cerrado, são frequentemente visitadas por alunos e outros grupos que participam das trilhas e das vivências socioambientais. O Bosque Educativo Frei Afonso é formado por plantas nativas da região de Botucatu. O bosque recebeu esse nome para homenagear Frei Afonso (Heriberto José Lorenzon), um admirador da Escola do Meio Ambiente. No bosque é possível encontrar uma área livre para brincar, espaço de lazer após as trilhas para as crianças. A horta é destinada à produção de hortaliças e legumes utilizados nos lanches servidos nas trilhas, nas vivências e nos eventos. O espaço de vivências agroecológicas é o local de realização da Trilha Agroecológica e de vivências socioambientais. As árvores frutíferas nele encontradas atraem pássaros e outros animais, inclusive humanos. O Oratório de São Francisco de Assis se localiza na entrada da Escola do Meio Ambiente, a qual tem como padroeiro o referido santo, patrono da ecologia. Na área de reflorestamento da EMA há a Toca de Assis, um local de meditação e de reverência à vida. A Escola do Meio Ambiente, por meio de uma metodologia específica, tem buscado a sensibilização para a percepção da Natureza que a constitui, com suas particularidades, biodiversidade e simplicidade. Embora respaldados pela ciência, nosso objetivo não é simplesmente transmitir conteúdos na área de Ciências Biológicas ou de qualquer outra disciplina, queremos, contudo, apresentar a nossa interdependência com a Natureza. Desta forma, na EMA, tudo tem sido preparado com muito carinho e responsabilidade para que esse vínculo com o meio ambiente possa ser estabelecido. Outrossim, nosso desejo é que todos, que por aqui passarem, compreendam o valor de se educar para a vida, a paz e a solidariedade planetária. Afinal, o método empregado pela Escola do Meio Ambiente é o de mostrar que infinito é o valor da VIDA! 4
A Escola na Floresta Paz e Bem! As "Escolas na Floresta" foram estabelecidas na Dinamarca na década de 50, com um modelo que ganhou força e massa crítica no Reino Unido nos anos 90. O princípio desse tipo de escola baseia-se em atividades ao ar livre, onde todos interagem com o meio ambiente. Na prática, as crianças têm suas rotinas construídas com a Natureza, aprendendo com os ciclos das plantas, criando respeito e autonomia ao se relacionarem com os elementos naturais. Na Escola do Meio Ambiente (EMA) buscamos, por meio das trilhas, estabelecer o vínculo de amizade entre as crianças e a Natureza incluindo atividades como: plantar e colher para ensinar a espera e a paciência de ver uma semente brotar e também de saber que se cuidarmos vamos colher frutos em algum tempo. Imitar a Natureza, nos dias de hoje, pode ser um caminho de leveza para o ser humano que se sente desconectado de si mesmo. Também mostramos, em nossas trilhas, que o necessário para a vida não está vinculado ao consumo, mas às vivências relacionadas ao ser e ao interser. Em meio à pandemia causada pelo novo coronavírus, conseguimos, com os esforços dos educadores da rede municipal de Botucatu, realizar o Prêmio EMA de Educação Ambiental para o Ensino Infantil com vivências que possibilitaram às crianças e seus familiares se relacionar com a Natureza. Desta forma, a Coletânea dos projetos premiados em 2021 apresenta-se de modo ainda mais especial na história da Escola do Meio Ambiente, a escola implantada, há dezesseis anos, na Floresta Irmão Villas Boas. Abraço fraterno,
Eliana Gabriel Diretora da Escola do Meio Ambiente 5
Centro de Educação Infantil
"Jardim Itamaraty” Instituto Anglicano de Botucatu Etapa I A e I B
Diretora Edna Cristina Marcello Cardoso Coordenadora Pedagógica Letícia Romeda
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Vivência compartilhada é ação multiplicada! Professora
Andreia Araújo da Costa Atendente de Creche
Elisabete da Cruz Colaboradora: Prof.ª Maria Nazareth Gonçalves
“A Flora de Botucatu: Árvores” Com o novo cenário da educação, nesse ano, tivemos que trabalhar o ensino remoto e presencial. As aulas sofreram pequenas mudanças para atender as necessidades educacionais dos alunos no modo presencial e online. Os alunos demonstraram muito interesse nas aulas, principalmente quando falamos sobre a flora botucatuense e a importância das árvores e plantas para a nossa vida. Percebemos que esse tema despertou nas crianças um sentimento de amor e cuidado com o lugar em que vivemos. Infelizmente nem todos os alunos participaram das aulas, porém os que estavam presentes interagiram com muito interesse, realizando as atividades propostas com dedicação. As famílias também participaram ativamente das atividades propostas, seja separando material para realizar a vivência ou auxiliando os pequenos na realização do que estava sendo sugerido. Dentro do planejamento das aulas sobre a flora falamos sobre a importância de plantar e cuidar dos vegetais. No mês de abril, demos inicio ao projeto, enviamos o vídeo da Escola do Meio Ambiente com o tema: “Novidades da Turma da EMA" para que os pais e as crianças tivessem conhecimento sobre o projeto. 7
Foi enviado também um vídeo gravado pela professora convidando as crianças a observar as árvores que existissem próximo às suas casas ou, até mesmo, nos seus respectivos quintais com relação: ao tamanho, à diversidade e às estruturas botânicas. Após a observação começamos a construir um “livro” com papelão e papel sulfite aonde as crianças fizeram anotações, desenhos e experiências do projeto. A primeira atividade foi fazer um desenho da árvore que mais chamou atenção e com a ajuda de um adulto escrever a palavra árvore. Na segunda aula as crianças assistiram à história: “A Semente que Não Queria Nascer” (Patrícia e Richard – no Youtube) e pintamos uma folha do “livrinho” do projeto com “tinta” à base de terra, água e cola. Nesta atividade proporcionamos o contato das crianças com a terra e demonstrando a possibilidade de fazer tinta a partir de elementos naturais. Na terceira aula recordamos a história: "A Semente que não Queria Nascer". Conversamos sobre os tipos de sementes e os frutos que podemos visualizá-las, observamos: tamanho, cor, forma, textura, explicando que a partir da semente poderíamos ter novas plantas. As crianças fizeram o registro, no livrinho do projeto, colando as sementes que encontraram nos diferentes frutos. Na quarta aula enviamos o vídeo da EMA com o tema: "As Aventuras do Espantalho". Após assistirem ao vídeo às crianças observaram as folhas das árvores em volta das suas casas, atentando-se para o tamanho, os tons de verde, os formatos e as texturas. No livrinho do projeto criaram desenhos a partir de folhas coletadas das árvores. Na quinta aula, com tinta feita a partir de elementos naturais (folhas, beterraba, urucum, café, açafrão), as crianças escreveram o nome na capa de papelão do livrinho.
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Na sexta aula falamos sobre as partes da planta (raiz, tronco, folhas, flores e frutos) e as crianças montaram no livrinho uma árvore utilizando galhos secos e folhas de árvores coletados no chão. Na sétima aula enviamos o vídeo da EMA com o tema: “O Canto do Curió: Os Segredos do Jequitibá-Branco” e as crianças fizeram no livrinho o desenho/colagem de um animal ou inseto que interage com as plantas. Na oitava aula enviamos o vídeo da EMA com o tema: “Minhocas e Compostagem: Você quer Conhecer essa Relação?” Após assistirem ao vídeo conversamos sobre a preparação da terra para plantar. Por meio da contação da história: “João e o Pé de Feijão”, fizemos a experiência de plantar um feijão e observar a semente todos os dias, até começar a brotar e crescer. Para finalizar o projeto as crianças receberam mudas de ipê e fizeram junto com as famílias o plantio das árvores nas suas respectivas casas. A experiência de trabalhar o tema flora nas aulas remotas foi gratificante, pois observamos nos alunos e nas suas respectivas famílias o amor pelas plantas. Conseguimos, por meio do projeto, despertar o interesse pelo cuidado e pela preservação da Natureza em todos os envolvidos. Referências: NOVIDADES DA TURMA DA EMA. Em CASA com EMA 2021. Disponível em: https:// www.youtube.com/watch?v=o9QulEpl68w AS AVENTURAS DO ESPANTALHO: CONHECENDO A FLORA DE BOTUCATU. Em CASA com EMA 2021. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=eES8wjsVs6s A SEMENTE QUE NÃO QUERIA NASCER. Disponível em https://www.youtube.com/ watch?v=1cytYiWRNYk (Patrícia e Richard). Contação de história: JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO – PNA – Coleção conta pra mim.
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Centro de Educação Infantil
"Jardim Itamaraty” Instituto Anglicano de Botucatu Etapa II A e II B
Diretora Edna Cristina Marcello Cardoso Coordenadora Pedagógica Letícia Romeda
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Vivência compartilhada é ação multiplicada! Professora
Andressa Cristina Pereira de Oliveira Atendente de Creche
Angélica da Silva Trindade Colaboradora: Prof.ª Maria Nazareth Gonçalves
“Árvore: sua Importância para o Planeta e os Cuidados para a sua Preservação” O distanciamento social ocorreu por mais este ano proporcionando diferentes desafios. O ano iniciou com as aulas no Ensino Remoto e, aos poucos, os alunos foram sendo inseridos por etapas, cabendo à escola estudar e respeitar todos os protocolos para que essa volta ocorresse sem quaisquer consequências para os educadores e às crianças. O projeto EMA nos proporcionou trabalhar sobre um tema importantíssimo que nos permitiu explorá-lo através das aulas remotas e presenciais. Em função disso, pensamos em diversas atividades que motivassem as famílias a realizar essa ponte entre o aluno e a escola, estimulando a utilização de materiais que pudessem ser encontrados facilmente na Natureza para um estudo mais aprofundado sobre o nosso meio ambiente e a conscientização a respeito da preservação da flora. No mês de abril demos início ao projeto no modo presencial, através de uma roda de conversa sobre as árvores, procurando resgatar os conhecimentos prévios dos alunos. Eles relataram a importância das árvores em nossa vida e como elas nos oferecem diversos benefícios. Na segunda aula presencial foi mostrado um vídeo abordando a semente, em seguida realizamos a leitura da história “Sementinha” da autora Jane Prado e, após a leitura, os alunos recontaram-na para os colegas de classe. No Ensino Remoto as crianças assistiram ao vídeo e ouviram a história contada pela professora. Na terceira aula foi trabalhado o plantio do “GIRASSOL” e o 11
processo de germinação da semente. Oferecemos sementes de girassol, gravetos, barbante e borra de café seca. Com esses materiais, as crianças registraram, em folha de sulfite, todos os acontecimentos que ocorrem com a semente plantada em terra fértil. Na quarta aula conversamos sobre a necessidade da adubação da terra antes do plantio. Aprenderam a preparar a terra para plantar, observando que ela precisa de nutrientes para o crescimento saudável do vegetal. A explicação foi realizada pelo tio Rony, que detalhou a importância deste processo antes do plantio das sementes. Cada aluno pode participar colocando os restos de alimentos como cascas de ovos, de legumes e verduras na terra para a preparação do composto. No Ensino Remoto foi enviado um vídeo fazendo este preparo porém, usando borra de café, cascas de alimentos e restos de verduras para um melhor entendimento do processo. Na quinta aula fizemos texturas para aprender a nomear as partes das árvores. Os alunos confeccionaram árvores com texturas e escrita das partes da planta, colando arroz que foi misturado com guache verde e posto para secar e flores naturais para fazerem as copas, gravetos para os caules e barbante para representarem as raízes. Na sexta aula trabalhamos a árvore genealógica, onde puderam compreender e conhecer a própria história e origem familiar. Na sétima aula assistiram ao vídeo enviado pela EMA: “Os Quatro Segredos da Natureza”, que foi muito explorado oralmente. Registraram esse conhecimento por meio de um desenho no papel sulfite. Na oitava aula trabalhamos a percepção tátil e a imaginação com a descoberta de diversos tipos de folhas e a percepção de diferentes texturas. Em seguida criamos um desenho utilizando as folhas secas.
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Na nona aula foi abordado o conteúdo: “Quatro Estações do Ano”, focando como as árvores ficam em cada estação. Em seguida montaram uma árvore com diferentes recursos, diversificando cada estação. Na décima aula foi trabalhada a linguagem oral, onde as crianças tiveram que criar um teatro com imagens, tendo que contar uma história sobre a importância e os cuidados com as plantas. Na décima primeira aula foi trabalhada a imaginação, utilizando gravetos para criar os desenhos. Na décima segunda aula ocorreu a culminância do projeto com o plantio de mudas de ipê, doadas para as famílias realizarem em casa o plantio da espécie com as crianças. Este projeto nos proporcionou um grande aprendizado sobre o tema, pois pudemos conhecer e aprender os cuidados com a nossa flora. A avaliação foi realizada por meio da observação e da participação dos alunos em todas as atividades propostas no Ensino Remoto e no sistema presencial. Conscientizar os alunos sobre a importância de cuidar e valorizar o nosso meio ambiente proporcionou vivências de muitos aprendizados sobre a ligação do ser humano com a Natureza. Referência Jane Prado. A SEMENTINHA. Disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=7KkBo4ZbMG0 HORA DA HISTÓRIA: TRILHA INDÍGENA DA ESCOLA DO MEIO AMBIENTE. OS SEGREDOS DA NATUREZA. Em CASA com a EMA 2021. Disponível em: https://www. youtube.com/watch?v=Qa-H0EdoXbU
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Centro de Educação Infantil
"Maria de Lourdes Torres Sardenberg" Etapa II A e II B
Diretora
Flávia Fernanda Mena Quintanilha 14
Vivência compartilhada é ação multiplicada! Professora
Keila de Oliveira e Silva Koller - Etapa II A Professora
Fernanda Zagatti Picoloto Tardim - Etapa II B
“De Onde Vem o Papel?” A ideia deste projeto surgiu do tema que nos foi apresentado “A Flora de Botucatu”, pensando nas diversas árvores que temos em nossa escola decidimos, a partir delas, nos aprofundar um pouco mais no assunto. O fato de já estarmos atendendo alguns alunos no presencial contribuiu para a efetivação do projeto. Ao explorar nosso espaço para observar e começar a identificar as espécies de árvores plantadas em nossa escola, nos deparamos com o plantio dos eucaliptos que visualizamos da nossa sala de aula. Explicamos às crianças sobre o objetivo do reflorestamento com o eucalipto, árvore exótica, ou seja, que não é nativa do Brasil, para obtenção de celulose para fabricação do papel, extração de óleos essenciais usados em produtos de limpeza, em alimentos, perfumes e remédios, além da madeira para confecção de pisos e móveis. As crianças ficaram curiosíssimas para saber como o papel que usamos poderia vir daquela árvore e foi a partir deste ponto que iniciamos nossos estudos. Como ainda estamos no Ensino Híbrido, nos preocupamos em oferecer a todos os alunos experiências enriquecedoras, desta forma produzimos e procuramos vídeos prontos no Youtube que pudessem nos ajudar, de maneira atraente e lúdica, a levar todas estas descobertas e informações para as crianças que ainda estavam realizando as atividades em casa. Nosso canal de comunicação com os alunos que permaneciam em aula remota foi o grupo das salas via Whatsapp. Primeiramente, os pais foram informados dos objetivos do nosso projeto, como tudo aconteceria e que eles seriam fundamentais para realização das atividades propostas. Montamos um kit com atividades especialmente elaboradas, apresentando todo o processo: o plantio das 15
sementes, a germinação, as necessidades da planta, suas partes, a história do papel, inclusive focando sua produção. Além das atividades impressas para o registro das atividades, enviamos um kit de plantio contendo: copinho, terra e sementes de alpiste. Depois de nossa primeira conversa sobre os conhecimentos prévios dos alunos a respeito do tema, assistiram ao vídeo da Kika: "De Onde Vem o Papel? Todo o processo foi adequado para as crianças que estavam presencialmente e para as que estavam em casa caminhassem juntas. A primeira atividade sugerida após o vídeo da Kika foi o plantio do boneco de alpiste e para isso ensinamos, por meio da vídeoaula, como teriam que fazer e quais os cuidados. Foi solicitado aos pais o registro das vivências. Durante este período de observação, várias atividades foram propostas para que as crianças conhecessem com mais detalhes todas as partes da planta (raiz, caule, folhas, flores, frutos e sementes). Foi solicitado aos alunos que estavam em casa a observação e o registro por meio do desenho de uma árvore que havia na casa deles ou perto dela, e a pesquisa do seu nome. Enquanto isso, no presencial, descobrimos que temos 56 árvores plantadas em nossa escola, entre elas, várias frutíferas. Colhemos também suas folhas para que as crianças pudessem observar os diferentes formatos, cores e texturas. Foi trabalhado as árvores do Cerrado, através de vídeos e do material fornecido pela Escola do Meio Ambiente, para que as crianças aprendessem sobre a flora deste Bioma presente no município de Botucatu. Depois do estudo das plantas, partimos para a história do papel. As crianças ficaram surpresas em saber que os homens primitivos usavam as paredes das cavernas para desenharem, conhecidas como pinturas rupestres. Para ilustrar este momento, entregamos a elas pedaços de carvão, tijolos e pedras para desenharem no chão e nas paredes (forradas com papel pardo). Em seguida, conhecemos o papiro, inventado pelos egípcios. Para imitar a aparência do papiro, entregamos às crianças folhas de papel tingidas com café para elas criarem suas próprias pinturas. Vimos também como a madeira do eucalipto chega à fábrica e todo o processo que ela passa formando a celulose até se tornar uma folha de papel que 16
pode ter diversas cores, texturas e tamanhos. Realizamos várias atividades envolvendo os diferentes tipos de papéis (dobraduras, mosaicos) e seu uso em nosso dia-a-dia. Fizemos também uma colagem a partir da obra de arte de Ivan Cruz, Pulando Corda, série Brincadeira de Criança e através da história: “O Homem que Amava Caixas”. As crianças também criaram seus próprios brinquedos usando caixas de vários tamanhos. O fechamento do projeto foi a confecção do papel reciclado. Para tanto, toda a escola foi mobilizada com a solicitação de que guardassem os papéis que seriam jogados no lixo. Um dia antes da produção, as crianças passaram por todas as classes recolhendo-os e colocando-os de molho numa bacia com água para amolecê-los. A experiência de fazer o papel foi riquíssima e as crianças ficaram encantadas com todo o processo: o papel umedecido foi batido no liquidificador, depois aquela mistura foi colocada em uma bacia grande com bastante água, os alunos adicionaram folhas secas trituradas, cascas de cebolas e pequenas sementes. Em seguida, o papel umedecido foi retirado por uma moldura com uma tela bem fina e o excesso de umidade foi sugado com uma esponja. A massa compactada formada foi colocada em um TNT e levada para secar. Após a secagem, as crianças puderam sentir sua nova textura e coloração. O papel produzido foi utilizado para novas produções artísticas dos alunos. Cada classe ganhou uma muda de árvore para ser plantada na escola e cuidada por todos. Todas as turmas se envolveram e aprenderam muito, sendo nítido o interesse delas por cada fase que passamos. As famílias que estavam de forma remota foram parceiras, retornando as atividades realizadas através de fotos, vídeos e relatos. Como forma de agradecimento, montamos um vídeo com as fotos de cada etapa percorrida. 17
Por meio de experiências e de atividades lúdicas e divertidas, nosso principal objetivo foi atrair o olhar das crianças sobre os cuidados que devemos ter com o nosso meio ambiente e acreditamos que a nossa missão foi cumprida com sucesso. Referências DE ONDE VEM? “DE ONDE VEM O PAPEL?. Episódio 15. Disponível em: https:// www.youtube.com/watch?v=rjUaQW0VG0k&t=48s Alfabrinca Vídeos Educativos. AS ÁRVORES: RAIZ, TRONCO, FLORES E FRUTOS. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=zlqMP66kUgI&t=89s Ler, contar e sonhar. Fernanda Tardim. HISTÓRIA: A ÁRVORE SEM FOLHAS. Disponível em https: https://www.youtube.com/watch?v=PPkkV-J6B5s&t=38s Homeschooling Brasil. DE ONDE VEM O PAPEL? (PARA CRIANÇAS). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=g2tRYDVOr-0&t=7s Cenibra. APLICABILIDADE DO EUCALIPTO E DA CELULOSE NO SEU DIA A DIA. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=AFyeTb_FUdI&t=40s Mundo de Kaboo. ARTE RUPESTRE. Vídeo educativo infantil. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=2augLHJXGMI PINCELANDO ARTE COM SIMONY. Ivan Cruz – recorte e colagem de revista. Brincadeiras infantis. Disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=GEivDPCZDoE&t=84s Ler, contar e sonhar. Fernanda Tardim. HISTÓRIA: A FOLHA DE PAPEL QUE QUERIA SER UM BARQUINHO. Disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=cKMvQfJGP0A&t=28s King, Stephen Michael. O HOMEM QUE AMAVA CAIXAS. Tradutora: Gilda de Aquino. Editora Antroposófica. Manual do Mundo. COMO FAZER PAPEL RECICLADO EM CASA (experimentos de química). Disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=fjt5gWCx120&t=257s Oficialtoquinho. TOQUINHO – MÚSICA AQUARELA. Disponível em: https:// www.youtube.com/watch?v=cU-3cj_Zk6E King, Stephen Michael. O HOMEM QUE AMAVA CAIXAS. Brinque-Book. 1997. 36p.
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Centro de Educação Infantil
"Professora Arlette Vilas Boas Armelin" Etapa II A
Diretora Luciane Nicolosi Bravin Coordenadora Pedagógica Viviane Laperuta de
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Paiva
Vivência compartilhada é ação multiplicada! Professora
Maria Leni Rodrigues Soares - Etapa II A
“A Flora de Botucatu” Com o tema: A FLORA DE BOTUCATU iniciamos uma linda aventura pelo mundo das plantas com suas flores, frutos e sementes. A curiosidade aguçada das crianças motivou o presente trabalho. Utilizamos durante o período de realização do projeto os vídeos da EMA com histórias e curiosidades da flora da nossa região. Todos os vídeos foram complementados com informações em forma de muitas conversas, desenhos e fotos. Em passeios pela área externa da escola foi possível observar o ambiente privilegiado que temos no entorno, especificamente árvores como o ipê rosa, chapéu de praia, flamboyant de jardim, pitangueira, palmeira, aroeira vermelha entre outras. As crianças demonstraram uma curiosidade muito grande com relação à Natureza, andaram entre as árvores e fizeram variadas perguntas. Através de fotos e filmagem puderam observar o pé de urucuzeiro, suas folhas e seus frutos. Conheceram o pó de colorau feito com as sementes da árvore e saborearam o arroz cozido com o produto alimentício retirado do urucum. Depois que assistimos ao vídeo sobre a pitangueira fomos observar o pé de pitanga existente na escola, sentimos o perfume e a textura de suas folhas e do seu tronco. Após a leitura do livro As Aventuras do Espantalho: Conhecendo a Nossa Flora, fizemos um lindo espantalho com muitas cores, formas geométricas e traçamos um corpo contornando um amiguinho da sala. As crianças puderam conhecer e ter contato com variados tipos de sementes. Foi montado um painel na sala com todas as sementes que encontramos e os alunos levaram para casa algumas delas como as da ficheira, do ipê, olho de cabra e jatobá. 20
Realizamos a leitura e apreciação da poesia Árvores do Brasil (Ruth Rocha), cada criança levou uma cópia impressa para que os pais pudessem passar o que sabiam sobre alguma árvore encontrada no texto. Fizemos uma árvore sonorizada com tampinhas de garrafa e arroz onde puderam brincar e ouvir os sons emitidos nas tampas e no tronco. Confeccionamos o tambor de rotação e as crianças puderam customizar o próprio brinquedo/instrumento. Aproveitamos para produzir sons e brincar com a peça. Próximo à escola existe uma paineira que estava repleta de frutos se abrindo com sementes sendo carregadas pelo vento no meio das painas. Fizemos um passeio até a árvore e recolhemos as sementes. Pudemos apreciar um reflorestamento próximo à escola, devido à construção de um viaduto. Mostramos a importância de replantarmos as árvores retiradas para a construção do equipamento público. Ouvimos músicas relacionadas ao meio ambiente e sobre os cuidados que devemos tratar nosso planeta. Cartazes com os tipos de árvores de nossa região ficaram expostos, 21
durante a realização do projeto, e foram explorados pelas crianças. Confeccionamos um quadro individual com flores e folhas colhidas no entorno da escola, trabalhando as cores e sensações. Realizamos atividades relacionadas à coleta seletiva de lixo para ensinar os problemas causados por esses resíduos. Estabelecemos diálogos entre os alunos com questionamentos e o comprometimento de cada criança em levar as informações aos familiares. Na caixa surpresa colocamos o jatobá para sentir as características do fruto como o cheiro e o sabor. A avaliação foi realizada por meio de observações durante cada atividade. Referências EMA. AS AVENTURAS DO ESPANTALHO: CONHECENDO A NOSSA FLORA. Escola do Meio Ambiente. 2021. 12p. Poema: ÁRVORES DO BRASIL. Ruth Rocha.
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Centro de Educação Infantil
"Professora Jurema Ramos Cordeiro" Etapa II A e B
Diretora Claudia Regina Benicá Daré Coordenadora Pedagógica Nilciana Gomes Barros
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Vivência compartilhada é ação multiplicada! Professores
Adriana Gasparelo Orrico Adriely Fernanda da Silva Costa Fabiana Cristina de Paula Valdinei Francisco Voluntária
Caroline de Moura D'Andréa
“Experiências com a Natureza: Flora de Botucatu” A pandemia nos trouxe um tempo para estudos e reflexões, lendo alguns artigos e escutando alguns pesquisadores e médicos, vimos que muitos dos problemas que hoje atingem as crianças e os adultos estão relacionados com a falta de contato com a Natureza, sendo uma das doenças, que tem acometido os pequenos, chamada de déficit da Natureza, conforme descrito abaixo: “Transtorno do Déficit de Natureza é uma forma muito eficaz de expressar o que vem acontecendo com as crianças que vivem longe do contato com ambientes naturais. Apesar de não ser um termo médico, explicita que dificuldades de aprendizagem, obesidade, estresse, hiperatividade, fadiga crônica e depressão são alguns dos males que Richard Louv associou com o fato de as crianças terem perdido o acesso ao lado de fora.” (“A Última Criança na Natureza”, Richard Louv) Com o propósito de tentar aliviar essa situação de distanciamento das crianças com o meio natural, nos unimos enquanto professores e educadores do CEI Professora Jurema Ramos Cordeiro para criarmos propostas que despertassem na criança o interesse em cuidar do ambiente além das paredes, ensinando-os a refletir que a Natureza é viva, portanto, precisa de cuidados. Assim, começamos nosso projeto de forma virtual, incentivando os alunos a ter experiências nos quintais das casas, nas praças e outros lugares, solicitando vivências tais como: observação do céu, percepção do 24
vento e da diversidade de folhas e flores. No retorno presencial criamos espaços possíveis para várias experiências e descobertas. Como em nosso CEI tem um amplo quintal, desenhamos projetos possíveis para aproveitar totalmente a área. Com a visita de nossa coordenadora à Escola do Meio Ambiente e com o convite da EMA enviado para as escolas, vimos a necessidade de conhecermos mais sobre a flora de Botucatu. Com esse conhecimento, buscamos quais as ações poderíamos fazer enquanto unidade escolar. Com a ajuda voluntária da Engenheira Agrônoma Caroline de Moura D’Andréa, nomeamos e mapeamos as árvores da escola e através desse mapeamento conseguimos ver quais os locais que poderíamos plantar mudas. Com os nomes das árvores em mãos, partimos para o planejamento das aulas com objetivo de despertar nas crianças o interesse em conhecer e preservar a nossa flora. Além das pesquisas que fizemos com as crianças, tivemos um dia de aula com a Caroline sobre as diversas maneiras de se produzir mudas de diferentes plantas. Nesse dia, as crianças fizeram mudas por meio das estaquias do cipó de são joão, encontrado no Cerrado, sendo as mudas produzidas plantadas futuramente em nosso CEI. Também conseguimos uma muda de cereja do Cerrado que foi plantada pelas crianças. Os alunos também plantaram hortaliças, leguminosas e os servidores da nossa escola têm colaborado com os cuidados. Atualmente temos uma boa diversidade de árvores, flores, temperos e hortaliças. Vale lembrar que com a colaboração da Secretaria do Verde conseguimos colocar novamente as árvores no entorno da escola. Apresentamos as árvores para os alunos e as nomeamos, solicitando para que eles nos ajudassem a cuidar, convidamos, também, as famílias e os amigos do bairro para que cuidassem conosco. Fizemos um passeio no entorno da escola para observar uma área verde bem extensa que fica a poucos metros da CEI Jurema Ramos Cordeiro, infelizmente nesse local há muito lixo, descartado pelos moradores, o que despertou muitos questionamentos nas crianças. 25
Fizemos uma reunião com os alunos para decidirmos como ajudar a preservar essa área verde. Após solicitação, conseguimos a instalação em nossa escola de um ponto de entrega voluntária de materiais reciclados. O que aprendemos com tudo isso é que por meio da Educação podemos transformar vidas, famílias e uma comunidade e que ninguém faz nada sozinho, tal como diz o trecho da letra da música citado abaixo: Sonho que se sonha só É só um sonho que se sonha só Mas sonho que se sonha junto é realidade (Raul Seixas) Referências Louv, Richard. A ÚLTIMA CRIANÇA NA NATUREZA. Aquariana. 2016. Música: PRELÚDIO. Raul Seixas.
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Centro de Educação Infantil
"Professora Maria Aparecida Caricati Passarelo" Instituto Anglicano de Botucatu Etapa I A e I B
Diretor Dionesval Santos da Silva Coordenadora Pedagógica Bruna de Fátima Peraçoli
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Honorato
Vivência compartilhada é ação multiplicada! Professora
Juliana Matos Bento Atendente de Creche
Ellen Cristina Lima de Jesus Colaboradora: Prof.ª Maria Nazareth Gonçalves
“Do Nascer ao Florescer na Serra” O projeto iniciou em roda de conversa abordando o tema árvores. Foram apresentadas fotos de algumas árvores nativas da região de Botucatu e todos da roda quiseram conhecer mais sobre elas. Iniciamos com o ipê rosa, árvore escolhida pelos alunos do projeto. As crianças fizeram a pintura da copa da árvore utilizando tinta guache. O tronco da árvore foi pintado com lápis de cor marrom. Os alunos que estavam participando da atividade pelo Ensino Remoto utilizaram lápis de cor para entregarem a atividade artística. Os pais das referidas crianças enviaram as fotografias dos ipês finalizados. A outra planta apresentada foi o urucunzeiro. Em roda de conversa conheceram a importância do vegetal para os indígenas tanto na alimentação como na pintura corporal. Utilizando a tinta produzida com o colorau pintamos com os dedos um urucunzeiro. O ipê branco também foi apresentado na roda para as crianças. Para representar suas flores utilizamos bolinhas com o algodão. Os alunos em atividades remotas desenvolveram a mesma atividade em casa. 28
Por fim, trouxemos para a roda de conversa a jabuticabeira. A árvore foi pintada com guache utilizando os dedos. As crianças ouviram a música: Ploquet Pluft Nhoque (jabuticabeira) e os alunos em atividades presenciais degustaram os frutos. O projeto recebeu o nome: “Do Nascer ao Florescer na Serra”, em homenagem ao florescimento dos ipês encontrados em Botucatu. Referências Música: PLOQUET PLUFT NHOQUE (JABUTICABEIRA). Papo de Anjo.
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Centro de Educação Infantil
"Professora Maria Aparecida Caricati Passarelo" Instituto Anglicano de Botucatu Etapa II A e II B
Diretor Dionesval Santos da Silva Coordenadora Pedagógica Bruna de Fátima Peraçoli
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Honorato
Vivência compartilhada é ação multiplicada! Professora
Karina Pimentel Bartosek Atendente de Creche
Adriana dos Santos Nunes Cabral de Almeida Colaboradora: Prof.ª Maria Nazareth Gonçalves
“Cores e Sabores do meu Brasil” Um novo ano letivo inicia-se e com ele novos desafios para nós, professoras da Educação Infantil. Nosso Projeto EMA: Cores e Sabores do meu Brasil trouxe as diferentes cores dos ipês brasileiros, o urucunzeiro e a doce jabuticabeira. Em roda de conversa mostramos as flores do ipê amarelo (flor símbolo do Brasil). Ouvimos a canção: “Estrada do Ipê Amarelo”, de Lucas e Lucian. A música retrata lembranças das brincadeiras de balanço nos galhos da árvore nos finais de tarde. Utilizando a tinta amarela, pincel, brocha e um garfo, pintamos um lindo ipê amarelo. A referida árvore foi escolhida árvore símbolo do nosso projeto. Os alunos plantaram suas sementes e cuidaram até que germinassem. Também escolhemos um local na área da escola para plantar uma muda do ipê amarelo. A partir daí, trabalhamos o ipê branco, com conteúdos relacionados à preservação da espécie. 31
Em roda de conversa, aprendemos sobre a botânica do urucunzeiro: uma árvore cujas sementes são envoltas por frutos que são cápsulas espinhosas. As sementes são vermelhas, delas extraímos um pó que pode ser utilizado na culinária brasileira e na pintura corporal, especialmente dos indígenas. Os alunos aprenderam a fazer uma tinta utilizando as sementes do urucum. Finalizando o projeto, os alunos conheceram a jabuticabeira, árvore da nossa região, cujos frutos se desenvolvem no tronco, possuem a cor azularroxeada chegando quase a cor preta em seu estado de maturação. O sabor do fruto é doce e sua polpa é branca. Aprendemos que a palavra Jabuticaba vem da língua Tupi, pela junção de jabuti e caba, que significa: lugar do jabuti. Muitos alunos provaram o fruto pela primeira vez, em seguida, fizeram a pintura das jabuticabas, usando os dedos, no tronco desenhado no papel. As espécies estudadas nesse projeto com os alunos permitiram que eles conhecessem a importância da nossa flora e da biodiversidade para a manutenção da vida no Planeta. Referências Música: ESTRADA DO IPÊ AMARELO. Lucas e Lucian.
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Centro de Educação Infantil
"Professora Mirva Curi" Instituto Anglicano de Botucatu Etapa I
Diretora Maria Beatriz Soares da Rocha Coordenadora Pedagógica Rebeca Mioni de Souza
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Vivência compartilhada é ação multiplicada! Professora
Jéssica de Campos Atendente de Creche
Mayara de Amorim Borges Colaboradora: Prof.ª Maria Nazareth Gonçalves
“Eu Quero, Eu Posso, Eu Consigo Cuidar do Meio Ambiente” Educação Ambiental é o processo por meio do qual o indivíduo e a coletividade: • Constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltados para a conservação do meio ambiente. • Reconhecem que há uma vida “não humana” e que ela tem direito a existir. • Fomentam novas atitudes nos sujeitos (sociedade como um todo) e novos critérios de tomada de decisões por parte dos governos, conduzidos pelos princípios da sustentabilidade. A Escola do Meio Ambiente, em Botucatu, tem o compromisso social de educar para formar um pensamento crítico, prospectivo, criativo e ético, conduzido a analisar relações complexas das realidades natural e social para atuar no ambiente não de forma pontual mas sim de forma global. Nossa escola tem o compromisso com o ambiente, cultivando em nossas crianças, desde a mais tenra idade, a consciência de responsabilidade e valorização da Natureza. No segundo bimestre do presente ano letivo, iniciamos, o projeto EMA, com 35% dos alunos no Ensino Presencial e os demais em Ensino Remoto, aproveitando a comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente, 05 de junho. Considerando o aprendizado interacionista, onde a ação do sujeito com o objeto de conhecimento é o que obtém os melhores resultados, escolhemos realizar nosso projeto utilizando o espaço do jardim de nossa escola para que nossas crianças realizassem o plantio de duas árvores 34
frutíferas e iniciassem a formação de uma horta. Para iniciar o projeto, depois da nossa roda de conversa, fizemos um passeio pelo jardim da escola observando a vegetação do entorno: diversas plantas e um pé de goiaba. Em seguida, assistimos aos vídeos enviados pela Escola do Meio Ambiente, conversamos sobre os temas apresentados e observamos as fotos com as características das árvores que compõem o paisagismo da cidade com a verbalização das impressões e dúvidas. Aprendemos o nome de diversas espécies e discriminamos as cores das flores e dos diferentes frutos. Também conversamos sobre os alimentos que estavam sendo produzidos em nossa horta e enfatizamos a alimentação saudável. Abaixo apresentamos as atividades práticas realizadas no jardim: Plantio: fizemos berços na terra e colocamos as mudas de alface, salsinhas, beterrabas e tomatinhos nos canteiros. Cuidados com as plantas: regamos diariamente e registramos os progressos observados por meio dos desenhos. Plantio de duas mudas de árvores frutíferas: Colocamos em berços diferentes uma muda de manga e outra de pitanga. Colheita: Coletamos os pés de alface que estavam no ponto para o consumo. No refeitório da escola: Preparamos suco de frutas: maçã, banana, melancia, melão e mamão para a degustação. Aprendemos a lavar as folhas de alface e fizemos uma salada para todos comerem. Em sala de aula: Desenhamos e pintamos árvores com frutos comestíveis e não comestíveis utilizando guache, lápis de cor e giz de cera. Criamos flores com recursos da Natureza: gravetos, folhas e pedrinhas. Escrevemos com letras móveis e no papel a palavra MEIO AMBIENTE e contamos histórias com 35
o tema Natureza, entre elas citamos: “A SEMENTINHA”. Por fim cantamos a música “Natureza”. Para as atividades de Ensino Remoto gravamos um vídeo sobre a nossa participação no Projeto EMA e explicamos aos pais ou responsáveis pelos alunos sobre a importância da participação deles nas atividades. Como primeira atividade enviamos os vídeos da Escola do Meio Ambiente sobre a flora da nossa cidade e orientamos as crianças para assisti-lo. Pedimos para as crianças realizarem um desenho sobre o que mais gostaram. Em seguida gravamos um vídeo mostrando o pé de goiabeira da nossa escola. Como atividade, pedimos para os alunos confeccionarem a árvore que mais gostaram utilizando folhas, gravetos e outros objetos retirados da Natureza. Gravamos um vídeo mostrando nossa horta e o desenvolvimento das plantas cultivadas pelas crianças, enfatizando a alimentação saudável. Foram encaminhadas várias sugestões de atividades aos alunos, onde os mesmos poderiam escolher quais realizarem e também usarem a criatividade, a imaginação e os materiais que tinham em casa. Apresentamos para os alunos diversas árvores frutíferas como: abacateiro, limoeiro, bananeira, jabuticabeira, ameixa amarela, amoreira, mangueira e maracujazeiro, sendo sugerido que fizessem um delicioso suco com a fruta que eles mais gostassem. As atividades enviadas pelos familiares dos alunos foram realizadas com muito carinho, capricho e atenção. Consideramos que o contato direto com a Natureza, por meio de experiências positivas, despertou nas crianças uma melhor percepção sobre o meio ambiente. A admiração, o respeito, a responsabilidade e o amor que percebemos nas diferentes formas de expressão de cada criança, durante a realização do projeto, comprovou que o ambiente escolar é um dos meios de integração e conscientização mais completos para se abordar a relação positiva que deve existir entre o homem e a Natureza. Referências Prado, Jane. A SEMENTINHA. @ed.infantil_paratodos. 2020. 15p. Escola do Meio Ambiente. AS AVENTURAS DO ESPANTALHO: CONHECENDO A NOSSA FLORA. Em Casa com a EMA 2021. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=eES8wjsVs6s Escola do Meio Ambiente. MINHOCAS E COMPOSTAGEM: VOCÊ QUER CONHECER ESSA RELAÇÃO?. Em Casa com a EMA 2021. Disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=lMq9i0x7TiI
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Centro de Educação Infantil
"Professora Mirva Curi" Instituto Anglicano de Botucatu Etapa II
Diretora Maria Beatriz Soares da Rocha Coordenadora Pedagógica Rebeca Mioni de Souza
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Vivência compartilhada é ação multiplicada! Professora
Rebeca Mioni de Souza Atendente de Creche
Ana Paula de Camargo Colaboradora: Prof.ª Maria Nazareth Gonçalves
“A Nossa Flora” Trabalhar o meio ambiente na Educação Infantil é muito importante. Conscientizar e estimular as crianças desde pequenas de que precisamos cuidar e preservar a Natureza é despertar nelas uma melhor percepção sobre a Terra. No decorrer do ano letivo recebemos vários vídeos da Escola do Meio Ambiente, os quais nos ajudaram a realizar esse projeto tão maravilhoso e com um tema tão importante. Os vídeos a Trilha do Jequitibá e as Aventuras do Espantalho: Conhecendo a nossa Flora motivaram as nossas atividades tanto presenciais como as remotas. No mês de junho começamos a trabalhar o Projeto EMA em sala de aula com 35% dos alunos que estavam no presencial e com os alunos que estavam online com atividades remotas. Iniciamos explicando que devido à pandemia, provavelmente, não iríamos conhecer a Escola do Meio Ambiente, mas participaríamos do Prêmio EMA 2021 com o tema A NOSSA FLORA e que várias atividades seriam realizadas e enviadas para a EMA. Inicialmente, explicamos aos alunos, que não conheciam a Escola do Meio Ambiente, que na área da EMA há uma floresta com várias árvores, rios, trilhas, pássaros, além dos mamíferos roedores. Em uma roda de conversa com nossos pequenos, falamos sobre a importância de uma horta caseira para uma alimentação saudável. Explicamos que iríamos plantar algumas verduras e legumes no jardim da nossa escola e que os cuidados para o desenvolvimento da horta seriam de responsabilidade de todos nós. Plantamos mudas de alface, beterraba, salsinha, tomatinho e orientamos que não poderíamos nos esquecer de cuidar dos canteiros todos os dias, ou seja, molhar e tirar as plantas daninhas 38
que surgissem na horta. Todos ficaram bem empolgados com o plantio e ansiosos pelo crescimento das hortaliças. Após as atividades na horta, plantamos duas árvores frutíferas em nosso jardim: mangueira e pitangueira. Para intensificar ainda mais a importância da nossa flora, gravamos uma videoaula falando sobre as árvores frutíferas, sua diversidade de sabores, tamanhos, texturas e a importância para a nossa saúde. Encaminhamos uma videoaula com a atendente vestida de borboleta e o seu amigo Espantalho apresentando inicialmente o limoeiro, ensinando que o suco do limão tem vitamina C e mostrando outras árvores como: a jabuticabeira, a goiabeira, a mangueira e o abacateiro. Como atividade, pedimos para os responsáveis pelos alunos prepararem um suco com a fruta mais apreciadas por eles e, em seguida, enviassem os registros das atividades realizadas por meio de fotos e vídeos. Para completar nossa atividade com os alunos do presencial falamos da importância de se tomar o suco natural oferecido todos os dias na escola, na hora das refeições, como o de laranja, goiaba e maçã. Após a explicação cada um fez a sua árvore com folhas, gravetos que colheram do chão da nossa escola e com as tintas disponibilizadas para a atividade. Foi um momento de muitas descobertas para nossos pequenos. Para os alunos em Ensino Remoto explicamos sobre o Projeto EMA e gravamos nossa primeira atividade em um sítio, debaixo de um jequitibá, árvore símbolo de Botucatu. O jequitibá tem fruto marrom, com sementes aladas, dispersas pelo vento, alimento dos saguis e dos macacos pregos. Em seguida orientamos que confeccionassem uma árvore com folhas e gravetos usando a imaginação e criatividade junto com seus familiares. Preparamos também um painel com uma árvore bem grande representando o jequitibá com muitas folhas, preparamos uma videoaula orientando os alunos que imaginassem como é a Escola do Meio Ambiente e, em seguida, solicitamos que 39
fizessem um desenho bem colorido e caprichado. Durante esse período uma valiosa contribuição: um vídeo do aluno Arthur que realizou um passeio com seu tio em uma chácara, aonde exploraram a mata, as trilhas, observaram os pássaros e depois explicou, por meio de um recado, para os amiguinhos a importância de se cuidar da Natureza. Após o período do recesso, no mês de julho, os alunos retornaram e foram direto ver como estava nossa horta e nossas árvores frutíferas. Observaram que já estava quase na hora da colheita dos pés de alface plantados com muito carinho. Convidamos os alunos para colher as verduras, atividade que foi uma festa. Orientamos que eles lavassem os vegetais que seriam utilizados na salada na hora do almoço e, para completar nossa aula, convidamos a tia da cozinha para ensiná-los a temperar as verduras, foi uma experiência maravilhosa, todos ficaram bem atentos à aprendizagem. Nossos alunos continuam cuidando da horta e das nossas árvores frutíferas, molhando e observando seu desenvolvimento para não perderem o período da colheita do que foi plantado. Durante esse período recebemos várias atividades dos alunos que estavam em Ensino Remoto, onde puderam desenvolver sua criatividade, enviando fotos de plantas, rios, flores e confeccionando com materiais que tinham em casa ou recolhidos na Natureza árvores maravilhosas. Chegamos ao fim do projeto corroborando nossa percepção de que o ambiente escolar é um dos meios de integração e conscientização mais completos para abordar a relação positiva entre o homem e a Natureza. Referências Escola do Meio Ambiente. AS AVENTURAS DO ESPANTALHO: CONHECENDO A NOSSA FLORA. Em Casa com a EMA 2021. Disponível em: https://www. youtube.com/watch?v=eES8wjsVs6s Escola do Meio Ambiente. UM POUCO DA TRILHA DO JEQUITIBÁ PARA VOCÊ! Em Casa com a EMA 2021. Disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=XyAG0iWpoys
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Centro de Educação Infantil
"Professor João Queiroz Marques" Etapa I A, I B e I C
Diretora Gisele Adriana Martinho Evangelista Coordenadora Pedagógica Ana Paula Zago
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Vivência compartilhada é ação multiplicada! Professoras
Gabriele Gimenes Pereira Joana Rodrigues de Oliveira Joelma Pinheiro Josiane Fávaro Bravin Soeli Aparecida Coelho
“Conhecendo a Flora de Botucatu” Quando chegou o convite para participar do Projeto da Escola do Meio Ambiente com o tema: “A Flora de Botucatu” ficamos muito animadas com as diversas atividades que poderíamos desenvolver com as crianças; mas a pandemia ainda estava presente e muitas ideias tiveram de ser adiadas e/ou adaptadas devido aos protocolos sanitários. Como a maioria dos alunos das Etapas I preferiu continuar as aulas de maneira remota, o desafio, em realizar um projeto onde o tocar, o sentir, o observar os detalhes das sementes, flores, frutos ou árvores, foi grande. Nesse momento, contamos com a parceria das famílias que realizavam os passeios pelo bairros aonde residem e pelas praças da cidade com seus filhos, instigando-os a observar a Natureza em suas cores e formas. Alguns alunos enviaram fotos dos passeios realizados com as famílias e, assim, já pudemos ver as diferentes árvores que cada um tinha perto de sua casa ou da praça aonde costumavam brincar antes da pandemia. Quando chegou a “caixa do tesouro” da Natureza enviada pela EMA despertou o interesse e a curiosidade de todos! Reconheceram nos desenhos e fotos muitas árvores e flores que já tinham visto pelas ruas da cidade, perto da casa de algum parente e, até mesmo, no caminho para a escola. 42
De maneira remota e presencial apresentamos três músicas infantis (“Pomar” – Palavra Cantada, “Planta Bambolê” – Palavra Cantada e “Flora” – Mundo Bita) em conjunto com as atividades impressas onde trabalhamos o crescimento e as partes das plantas e alguns tipos de árvores com frutos comestíveis. Foi, então, que no segundo semestre, muitos alunos voltaram às aulas de forma presencial e sentimos que seria importante reapresentar a “caixa do tesouro” a todos. Montamos um painel para que pudessem observar a variedade de sementes com suas formas, tamanhos e texturas. Fomos ver de perto o pé de araçá e a amoreira que temos na escola, observamos as flores encontradas em nosso jardim e coletamos algumas folhas para realizar uma atividade de colagem. Entre os materiais de artesanato da escola encontramos miçangas em formato de folhinhas e várias outras coloridas que nos deram a ideia de confeccionar a “pulseira da Natureza” para que todos recordássemos que, apesar de ter sido um ano diferente, conseguimos, com segurança, perceber a Natureza ao nosso entorno, vivenciar algumas experiências e comemorar a vida existente em nosso Planeta, conscientizando as crianças sobre a importância da preservação da flora de Botucatu. Referências Música: POMAR. Palavra Cantada. Música: PLANTA BAMBOLÊ. Palavra Cantada. Música: FLORA. Mundo Bita.
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Centro de Educação Infantil
"Professor João Queiroz Marques" Etapa II A, II B e II C
Diretora Gisele Adriana Martinho Evangelista Coordenadora Pedagógica Ana Paula Zago
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Vivência compartilhada é ação multiplicada! Professoras
Rosangela Aparecida Jurado Patrícia Adélia Rossetto Marques Luiz Célia de Fátima Vieira Santos
“A Flora de Botucatu” Para nós professoras, participar deste projeto durante esse ano letivo, foi um grande desafio por estarmos administrando aulas presenciais e remotas ao mesmo tempo. A princípio, fizemos um vídeo explicativo, às famílias, sobre a importância de realizarem as atividades que seriam desenvolvidas no decorrer do projeto EMA. Falamos um pouco da importância da Educação Ambiental e da conscientização de cada indivíduo para a construção de um mundo mais justo e equilibrado ecologicamente, lembrando da importância de se plantar a semente da conscientização, para que as crianças de hoje sejam adultos mais comprometidos com a causa do meio ambiente. As atividades foram desenvolvidas presencialmente e remotamente com vídeos explicativos produzidos pelas educadoras e pela Escola do Meio Ambiente, os quais foram enviados no grupo de WhatsApp da sala e por meio do qual obtivemos as devolutivas das atividades enviadas pelos pais dos alunos participantes.
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As crianças vivenciaram situações relacionadas ao tema de maneira prazerosa e interessante com vivências que estimularam a curiosidade e criatividade dos pequenos. Utilizando diversos materiais, puderam conhecer os diferentes tipos de sementes e as árvores frutíferas, observando o plantio, a germinação e a fase adulta de alguns vegetais, desenvolvendo habilidades relacionadas ao cuidado com as plantas e à sua importância na Natureza. A escola e as famílias dos alunos se envolveram no tema proposto, gerando conhecimento e informação sobre a flora de Botucatu, consequentemente, a apreciação do meio natural que nos rodeia. Referências Escola do Meio Ambiente. AS AVENTURAS DO ESPANTALHO: CONHECENDO A NOSSA FLORA. Em Casa com a EMA 2021. Disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=eES8wjsVs6s
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Centro de Educação Infantil
"Rita Maria Valença Luz Borgatto" Etapa I e II
Diretor Charles Duruoha Coordenadora Pedagógica Elba Regina Gimenes
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Godoy
Vivência compartilhada é ação multiplicada! Professora
Ana Paula Ferreira Ramos
“A Flora de Botucatu” A cidade de Botucatu, conhecida como cidade dos “bons ares” e também pela fauna e flora, destaca-se por suas lindas e diversas espécies de árvores. Podemos citar as diferentes espécies de ipês que enfeitam as ruas e matas do referido município. Em meio a tantas espécies, iremos falar de uma muito conhecida pelos indígenas: o Urucuzeiro. O nome científico da planta é Bicha orellana, conhecida popularmente como urucum. Trata-se uma árvore que se destaca em meio à flora pelo fato de ter suas flores rosadas e seus frutos muito diferenciados. Outro aspecto que torna o urucuzeiro especial são os diferentes estágios de desenvolvimento do fruto na mesma árvore. Podemos encontrar na mesma planta flores, frutos em formação, frutos verdes, frutos maduros e frutos já abertos deixando à mostra suas sementes, fato que confere um aspecto diferenciado a esta linda árvore que pode atingir aproximadamente seis metros de altura. Além de o fruto ser peculiar, o urucum também tem outros benefícios, sendo um deles o potencial das suas sementes na culinária. Ele pode ser utilizado como tempero deixando um tom avermelhado nos alimentos que se tornam visivelmente mais saborosos. Outra propriedade do urucum é na área medicinal auxiliando no controle do colesterol, ácido úrico e até na ação contra os raios UV, além de ações anti-inflamatórias, antioxidantes, sendo, ainda, boa fonte de betacaroteno. A utilização mais antiga do urucum foi realizada pelos povos indígenas. Esses povos utilizaram as sementes da planta na culinária, na medicina da aldeia, como matéria prima para a coloração da pele e no artesanato. O corante avermelhado do urucum, produzido pelos povos indígenas para pintura corporal, é utilizado em momentos especiais, como: festas, ritos, danças, guerras, entre outros eventos. O projeto realizado na escola CEI Rita Maria Valença Luz Borgatto, com os alunos das etapas I e II, foi com o urucum. Na nossa escola tem 48
uma árvore do urucuzeiro, aonde as crianças foram levadas para que eu apresentasse a árvore e seus frutos. Neste momento falei sobre o urucuzeiro, destacando seus frutos, suas sementinhas e propriedades. O que mais deixou as crianças curiosas e impressionadas foi saber que daria para utilizar as sementes para fazer tinta e colorir os desenhos e a pele. Muitas crianças não conheciam o urucuzeiro e, ao pegar seu fruto nas mãos, ficaram surpresas pelo fato de o fruto espetar a pele e por ter inúmeras sementes no seu interior. Entreguei para as crianças uma folha com desenho impresso do fruto do urucuzeiro e levei os frutos para elas retirarem as sementinhas de dentro para colorir usando a criatividade. Durante esta atividade, observei no rostinho delas o entusiasmo e a surpresa ao perceberem que as sementes tinham uma tinta dentro delas. Foi uma atividade diferente, divertida e prazerosa, com muito aprendizado sobre o nosso urucunzeiro. Referências Escola do Meio Ambiente. NOVIDADES DA TURMA DA EMA. Em Casa com a EMA 2021. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=o9QulEpl68w Escola do Meio Ambiente. O CANTO DO CURIÓ: OS SEGREDOS DO URUCUNZEIRO. Em Casa com a EMA 2021. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ZzmpNI4TBlo
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Escola Municipal de Educação Infantil
"Creche e Berçário Criança Feliz" Etapa II A
Diretora Sônia Regina Tamelini Cardozo Coordenadora Pedagógica Patricia Garcia Bianconi
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Vivência compartilhada é ação multiplicada! Professora
Selma Cristina Miliani Campesato
“Cuidar do Solo é Cuidar da Vida” A Educação Ambiental torna-se imprescindível para a conscientização de cada indivíduo. A flora e os demais recursos ambientais exercem uma função no ecossistema e são indispensáveis para seu equilíbrio, ressaltando que precisamos plantar a semente da conscientização nas crianças para preservar o que temos na Natureza. Por meio desse projeto investimos no desenvolvimento de valores e atitudes de respeito com o meio ambiente, estimulando a participação de professores, funcionários, pais e alunos. Pedagogicamente, as atividades desenvolvidas foram elaboradas com o objetivo de trabalhar a coordenação motora, a oralidade, as cores e as formas com os alunos. O estabelecimento da relação dos alunos com a Natureza permitiu o estudo da importância da preservação do Planeta, do cuidado com o solo e do conhecimento da poluição dos rios. Através de atividades lúdicas, artísticas (pintura, colagem, entre outras vivências), oficina de coleta de óleo de cozinha e plantio de mudas, os conteúdos foram trabalhados de maneira participativa. O projeto iniciou com uma roda de conversa para ser apresentado aos alunos, utilizando fotos e imagens de diversas espécies de árvores da nossa flora, nesse momento as crianças discutiram entre si alguns questionamentos como: O que é flora? Quais são as árvores da flora de Botucatu? Quais as partes de uma árvore? Qual importância das árvores? Na vivência, conhecendo as partes e as funções de uma árvore, cada aluno desenhou uma planta com a técnica do carimbo de mão e tintas. Realizamos depois um passeio ao redor da escola para observar as árvores que existem no nosso entorno. As crianças aproveitaram para pegar materiais como folhas, galhos e 51
raízes, materiais utilizados para construir um painel coletivo do jequitibábranco (árvore símbolo do município de Botucatu). Por meio da observação da imagem do jequitibá-branco, em roda, fizemos a leitura do texto do livro do Araçá ao Jequitibá, em seguida, abrimos a caixa de tesouro oferecida pela Escola do Meio Ambiente. Os alunos usaram papel crepom branco para representar as flores do jequitibá e assim elaborar nosso jequitibá-branco que ficou exposto na sala para observação dos alunos. Para que os alunos fossem conscientizados com relação aos cuidados do solo, perguntamos a eles o que poderíamos fazer para que a terra fosse bem cuidada para cultivar uma linda árvore como o jequitibá-branco, muitas sugestões foram levantadas como: não poluir a água, não jogar lixo nos rios e na rua, reciclar o lixo e economizar a água. Foi explicado aos alunos que o cuidado com o solo é muito importante e que a reciclagem do óleo vegetal é uma atitude muito simples e ao alcance de todos, evitando que seja jogado no ralo da pia. Com o auxílio da professora, os alunos elaboraram um texto para conscientizar os familiares e os vizinhos da importância de se reciclar o óleo vegetal, confeccionando panfletos que foram distribuídos entre os funcionários da escola, pais e alunos. Com isso surgiu a ideia de se realizar uma oficina de coleta de óleo, tendo nossa escola como ponto de recolhimento. Com o óleo coletado os alunos aprenderam que poderia ser matéria prima para a fabricação do sabão de lavar louça. Uma funcionária da unidade escolar reciclou o óleo e fez pedras de sabão, presenteando cada criança com uma unidade para levarem para casa. Finalizando o projeto, após ter aprendido a cuidar do solo e quais as atitudes para cuidar da água, realizamos o dia do plantio de uma árvore na escola para colaborar com o meio ambiente. 52
A culminância do projeto aconteceu com a visita à EMA para percorrer as trilhas oferecidas pela Escola do Meio Ambiente aonde conhecemos um pouco da flora nativa de Botucatu. Referências EMA. AS AVENTURAS DO ESPANTALHO: CONHECENDO A FLORA DE BOTUCATU. Escola do Meio Ambiente. 2021. 12p. Escola do Meio Ambiente. UM POUCO DA TRILHA DO JEQUITIBÁ PARA VOCÊ! Em Casa com a EMA 2021. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=XyAG0iWpoys Escola do Meio Ambiente. ESPALHANDO NATUREZA: O JEQUITIBÁ-BRANCO. Em Casa com a EMA 2021. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=nhVf3JbPM10 Escola do Meio Ambiente. O CANTO DO CURIÓ: OS SEGREDOS DO JEQUITIBÁBRANCO. Em Casa com a EMA 2021. Disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=Ue-JPlERBFg
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