Expedições: Celebridades da Escola do Meio Ambiente
Botucatu/SP 2015
O Núcleo de Desenvolvimento Humano auxilia a Diretoria Executiva no planejamento e execução das atividades educativas da Unimed. Seu foco é organizar e monitorar as ações de integração entre a Unimed de Botucatu e seus vários públicos: colaboradores, cooperados, prestadores de serviço, clientes e comunidade em geral. Em Botucatu as primeiras atividades do Núcleo de Desenvolvimento Humano voltam-se para a responsabilidade social e o desenvolvimento sustentável e por isso foi desenvolvida a parceria com a Escola do Meio Ambiente – EMA - da Secretaria Municipal de Educação. A Unimed de Botucatu já é certificada com o Selo de Responsabilidade Social desenvolvido pelo Sistema Unimed e também apoia a Fundação Abrinq. Além disso possui 5 programas sociais de grande alcance local, desenvolvidos pela AMUB – Associação da Mulher Unimed de Botucatu. São eles: SOMMAR para o público interno da cooperativa; INTER@ÇÃO, para inclusão digital; VIDA ILUMINADA para deficientes visuais; AMMA, para coleta de leite materno e ACREDITAR, apoio a projetos comunitários desenvolvidos para integração social através do esporte ou da cultura. A AMUB ainda realiza várias ações para atender as necessidades da sociedade botucatuense. No âmbito do Meio Ambiente busca a experiência da EMA para implementar ações que farão a diferença na qualidade de vida de toda a comunidade. Afinal, Saúde e Qualidade de Vida são valores cultivados pela Unimed de Botucatu. 2
Celebridades da Escola do Meio Ambiente
Paz e Bem! Para conhecer a vegetação de uma determinada área é fundamental percorrer a mesma e observar a ocorrência e a distribuição das plantas que a compõem. Foi o que fizemos ao caminhar pela Escola do Meio Ambiente (EMA). Vimos que enquanto nos campos cerrados predominam as plantas herbáceas, nas formações florestais, os indivíduos árbóreos formam um estrato contínuo na vegetação. Além disso, é importante conhecer as principais espécies existentes nessas áreas, sua aparência e seu nome científico. Foi neste sentido que selecionamos 10 espécies encontradas na floresta da EMA e as descrevemos para que os trilheiros possam encontrá-las e contemplá-las. As descrições trazem uma breve explicação das espécies escolhidas como celebridades da Escola do Meio Ambiente. O nome científico também não poderia faltar, pois, ao contrário dos nomes populares, que variam de região para região, ele é sempre o mesmo para uma determinada espécie. A classificação das espécies em famílias botânicas foi realizada com base na proposta Angiosperm Phylogeny Group II em que o posicionamento das famílias se faz de acordo com a filogenia. Foram mantidos entre parênteses os nomes das famílias em que as espécies estavam anteriormente classificadas. Neste ano em que a EMA comemora o seu décimo aniversário, Expedições: Celebridades da Escola do Meio Ambiente é uma publicação que se faz presente para esta importante comemoração. Abraço fraterno, Eliana Gabriel Diretora da Escola do Meio Ambiente 3
Canela-vermelha
Nectandra oppositifolia Nees & Mart.
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Família: Lauraceae Outros nomes populares: Canela-ferrugem, canelaamarela, canela-garuva, canela-dura, canela-de-folha-grande. Etimologia: Nectandra vem do grego néctar (néctar). Rígida vem do latim rigidus (rijo, duro), provável alusão à dureza do lenho. Características: Ocorre principalmente na Floresta Estacional Semidecidual, sendo encontrada em matas ciliares de solos úmidos até solos de rápida drenagem, não apresentando preferência para o solo. Sua altura varia entre 15 e 20 metros. Floresce em diferentes épocas, até duas vezes no ano, porém com mais atividade entre janeiro-março. Os frutos amadurecem principalmente entre junho e agosto e são apreciados por vários pássaros. Esta espécie é empregada com sucesso na arborização em geral. Na Escola do Meio Ambiente podemos encontrá-la na Oca do Tapiti.
Referências: CARVALHO, P. E. R. Espécies Arbóreas Brasileiras. 1v. Brasília: Embrapa Informações Tecnológicas; Colombo, PR: Embrapa Florestas, 2003. 1039p. LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa, SP: Plantarum, 1992. 368p. RAMOS, V. S. et al: Árvores da Floresta Estacional Semidecidual: Guia de identificação de espécies. EDUSP; Biota/FAPESP, 2008. 320p.
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Chuva-de-ouro
Cassia ferruginea (Schrader) Schrader ex DC.
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Família: Leguminosae-Caesalpinoideae Outros nomes populares: Tapira-coiana, canafístula, canafrista. Etimologia: Cassia é um nome hebraico ou grego. Ferrugínea é devido à cor ferrugem. Características: Espécie frequente na Floresta Estacional Semidecidual de transição com a Mata Pluvial Atlântica, não apresenta exigências quanto ao solo, tolerando os solos mais pobres. Atinge a altura de 8 a 15 metros. Floresce a partir do final de setembro até dezembro, junto com a primavera. Os frutos são longas favas verdes que amadurecem entre agosto e outubro, tornando-se marrons, sendo muito atacados por insetos. As sementes encontradas no interior das favas caem espontaneamente com a abertura do fruto, além de serem atrativas para algumas aves, como periquitos e maritacas, que auxiliam em sua dispersão. Representa uma das essências nativas mais cultivadas para arborização de ruas no centro-sul do país, possuindo uma copa bastante ornamental durante a floração. É indicada para plantios mistos em áreas degradadas de preservação permanente. Na EMA podemos encontrar um de seus exemplares na Oca da Cigarra. Referências: CANOVAS, R. Cassia ferruginea. Disponível em: < http://www. jardimcor.com/catalogo-de-especies/cassia-ferruginea> CARVALHO, P. E. R. Espécies Arbóreas Brasileiras. 1v. Brasília: Embrapa Informações Tecnológicas; Colombo, PR: Embrapa Florestas, 2003. 1039p. IPE. Cassia ferruginea (Schrad.) Schrad. ex DC. Instituto de pesquisas ecológicas. Disponível em: <http://flora.ipe.org.br>. LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa, SP: Plantarum, 1992. 368p. RAMOS, V. S. et al: Árvores da Floresta Estacional Semidecidual: Guia de identificação de espécies. EDUSP; Biota/FAPESP, 2008. 320p.
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CopaĂba
Copaifera langsdorffii Desf.
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Família: Leguminosae-Caesalpinoideae Outros nomes populares: Copaíba-vermelha, bálsamo, oleiro, copaúba, cupiúva, óleo-vermelho. Etimologia: Copaifera significa “o que traz a copaíba”; langsdorffii é uma homenagem ao botânico russo Langsdorffii. Características: De ocorrência em vários habitats, é encontrada em terrenos úmidos, como as matas ciliares, em áreas de solo muito pobre e ácido, como o cerrado, e em áreas de solo fértil e bem drenado. Atinge a altura de 10 a 15 metros na Floresta Estacional Semidecidual. No cerrado e na caatinga, apresenta porte menor, de 1,80 a 10 metros de altura. Floresce entre os meses de dezembro e março e os frutos amadurecem entre os meses de agosto e setembro. As sementes da copaíba são amplamente dispersas pelas aves. O Tucanuçu (Ramphastos toco), a gralhado-campo (Cyanocorax cristatellus) e o sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris) são exemplos destes dispersores, estas aves engolem o arilo e regurgitam a semente. O muriqui (Brachyteles arachnoides) e o macaco-prego (Cebus apella) também abrem o fruto para retirar o arilo da semente, a qual muitas vezes é engolida e liberada nas fezes. A copaíba fornece bálsamo ou óleo extraído por meio de perfurações feitas no tronco. O óleo é muito utilizado pela indústria de cosméticos, plásticos e aditivos para resina, tintas e vernizes. A resina, a casca e o óleo da copaíba são ainda utilizados na medicina popular e em algumas indicações fitoterápicas. Na EMA podemos encontrar um de seus exemplares na Oca da Copaíba. Referências: CARVALHO, P. E. R. Espécies Arbóreas Brasileiras. 1v. Brasília: Embrapa Informações Tecnológicas; Colombo, PR: Embrapa Florestas, 2003. 1039p. LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa, SP: Plantarum, 1992. 368p.
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Guaraiúva
Savia dyctiocarpa Müll.Arg.
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Família: Phyllanthaceae (Euphorbiaceae) Outros nomes populares: Araçazeiro, Goiaba-do-mato. Características: Encontrada na Floresta Estacional Semidecidual, ocorre também em florestas úmidas. Atinge de 20 a 25 metros de altura. Possui um tronco liso descamante, com aparência marmorizada, e copa com folhagem verde azulada, sendo extremamente ornamental. Pode ser usada em reflorestamentos mistos de recomposição em áreas degradadas de preservação permanente. Floresce a partir do final de outubro, prolongando-se até novembro. Os pequenos e numerosos frutos amadurecem nos meses de outubro e novembro, durante a primavera, podendo-se ouvir estalos devido à deiscência explosiva (abertura espontânea) do fruto. Produz, anualmente, pequena quantidade de sementes viáveis que são facilmente disseminadas pelo vento. Algumas aves como os sabiás e sanhaços são atraídos por estes frutos. Na EMA podemos localizá-la entre a Oca da Seriema e a Oca da Lontra. Referências: CNF FLORA. Savia dictyocarpa. Centro nacional de conservação da flora. Disponível em: < http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/ profile/Savia%20dictyocarpa>. FRISCH, J. D. & FRISCH, C. D. Aves brasileiras e plantas que as atraem. 3 ed. São Paulo, SP: Dalgas Ecoltec, 2005. 480p. LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa, SP: Plantarum, 1992. 368p. RAMOS, V. S. et al: Árvores da Floresta Estacional Semidecidual: Guia de identificação de espécies. EDUSP; Biota/FAPESP, 2008. 320p.
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Pau-terra
Qualea jundiahy Warm.
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Família: Vochysiaceae Outros nomes populares: Jundiaí, pau-terra-da-mata, louto-tinga, pau-terra-jundiaí. Características: Espécie característica das florestas semideciduais localizadas em altitudes superiores a 400 metros. Prefere solos arenosos atingindo de 10 a 20 metros de altura. Floresce nos meses de outubro-janeiro e em menor intensidade nos meses de maio-junho. Os frutos amadurecem entre os meses de agosto-setembro produzindo, anualmente, grande quantidade de sementes viáveis que são facilmente disseminadas pelo vento. Pode ser empregada em reflorestamentos mistos destinados à recomposição vegetal de áreas degradadas de preservação permanente. Na EMA podemos visualizá-la alojando a maior jiribana da escola. Referências: LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa, SP: Plantarum, 1992. 368p.
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IpĂŞ-amarelo-do-brejo
Handroanthus umbellatus (Sond.) Mattos
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Família: Bignoniaceae Outros nomes populares: Ipê-da-várzea, ipê-do-brejo, d´arco-amarelo.
pau-
Características: Ocorre principalmente na Floresta Pluvial Atlântica de planícies muito úmidas. Por ser uma espécie adaptada à terrenos brejosos, é muito utilizada no reflorestamento de áreas ciliares degradadas, ocorrendo naturalmente em várzeas muito úmidas ou encharcadas na época das chuvas. Chega a medir de 10 a 15 metros de altura. Floresce entre os meses de agosto e outubro e o amadurecimento dos frutos ocorre entre outubro e meados de novembro. Produz grande quantidade de sementes aladas que são facilmente dispersas pelo vento. É uma espécie excelente para o paisagismo devido ao seu exuberante florescimento.
Na EMA podemos encontrá-la na Floresta Paludosa junto às nascentes do Ribeirão Lavapés.
Referências: EMA. Guia da Fauna e Flora da Escola do Meio Ambiente. Botucatu, SP, 2008. 72p. LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa, SP: Plantarum, 1992. 368p.
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Jequitibรก-branco
Cariniana estrellensis (Raddi) Kuntze
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Família: Lecythidaceae Outros nomes populares: Estopeira, pau-estopa, paude-cachimbo, jequitibá-rei, estopa, cachimbeiro, bingueiro, mussambê. Etimologia: “Cariniana” é uma homenagem ao príncipe Eugene de Savóia - Carignan, que subsidiou a viagem de Giovanni Casaretto ao Brasil, em 1839 e 1840; “estrellensis” é uma provável referência à Serra da Estrela, no Estado do Rio de Janeiro. O nome comum jequitibá é proveniente do tupi, yigiquityba, que significa “árvore do tronco rijo”. A árvore também era conhecida como “yiki-t-ybá”, “árvore do fruto afunilado”. Características: Encontrado naturalmente na Floresta Amazônica e na Floresta Atlântica, ocorre em solos com baixa fertilidade natural e cresce melhor nos profundos e férteis. Mede de 35 a 45 metros de altura. Floresce entre os meses de outubro e dezembro junto com o surgimento da nova folhagem. Os frutos amadurecem entre julho e setembro com a planta totalmente despida de folhagem. A dispersão ocorre principalmente através do vento. Em regiões com a ocorrência de macacos, estes retiram o opérculo do fruto (tampa) facilitando a dispersão. É uma espécie recomendada para a arborização de praças públicas e recomposição da mata ciliar. Na EMA pode ser encontrado próximo à sede da escola, junto ao viveiro pedagógico. Referências: CARVALHO, P. E. R. Espécies Arbóreas Brasileiras. 1v. Brasília: Embrapa Informações Tecnológicas; Colombo, PR: Embrapa Florestas, 2003. 1039p. LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa, SP: Plantarum, 1992. 368p.
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Pinha-do-brejo
Magnolia ovata A.St.-Hil. (Spreng.)
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Família: Magnoliaceae Outros nomes populares: Baguaçu, magnólia-do-brejo, pinheiro-do-brejo, canela-dobrejo, araticum-fruta-de-pau. Etimologia: “Ovata” vem de ovóide, isto é, em forma de ovo, aparência do fruto quando está fechado. Características: Se desenvolve melhor em floresta densa e úmida, sendo encontrada naturalmente na Floresta Atlântica, na Floresta Estacional Decidual Aluvial, na Floresta Estacional Semidecidual, na mata de brejo, nos campos rupestres ou de altitude e na mata ciliar. Ocorre em solos profundos, aluviais e úmidos, suportando inundações e encharcamentos. Seu tamanho varia entre 20 a 30 metros de altura. Floresce a partir do final de outubro até meados de dezembro. Macacos-pregos (Cebus apella) comem as flores da pinha-do-brejo que são ricas em néctar. Os frutos amadurecem entre os meses de agosto a setembro e expõem sementes envolvidas por uma polpa vermelha, atrativa de sabiás e sanhaços. Pode ser disseminada pela água devido a frequente ocorrência junto a cursos de água, pelos pássaros e também por auto-dispersão através da deiscência explosiva. Esta na lista das espécies ameaçadas de extinção no sul de Minas Gerais e, em projetos de regeneração da mata ciliar, é sugerida como uma espécie prioritária. Na EMA pode ser visualizada na floresta paludosa, em meio às nascentes do Ribeirão Lavapés. Referências: CARVALHO, P. E. R. Espécies Arbóreas Brasileiras. 1v. Brasília: Embrapa Informações Tecnológicas; Colombo, PR: Embrapa Florestas, 2003. 1039p. FRISCH, J. D. & FRISCH, C. D. Aves brasileiras e plantas que as atraem. 3 ed. São Paulo, SP: Dalgas Ecoltec, 2005. 480p. LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa, SP: Plantarum, 1992. 368p. RAMOS, V. S. et al: Árvores da Floresta Estacional Semidecidual: Guia de identificação de espécies. EDUSP; Biota/FAPESP, 2008. 320p.
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Paineira-rosa
Ceiba speciosa (A.St.-Hil.) Ravenna
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Família: Malvaceae (Bombacaceae) Outros nomes populares: árvore-de-paina, barriguda, paina-de-seda, árvore-de-lã. Etimologia: O termo “Ceiba” vem de cy-yba, que significa “árvore-mãe” ou “mãe-dasárvores”, “speciosa” é referente à beleza das flores dessa espécie. Características: Naturalmente encontrada na Floresta Estacional Semidecidual, na Floresta Estacional Decidual, em afloramentos calcários e raramente na Floresta Ombrófila Mista. Prefere solos bem drenados, não tolerando inundações. Sua altura varia entre 15 e 30 metros, com tronco volumoso de 80 a 120 centímetros de diâmetro. Floresce a partir de meados de dezembro até abril. A maturação dos frutos ocorre entre os meses de agosto e setembro com a árvore totalmente despida de folhagem. As sementes são amplamente disseminadas pelo vento graças à sua fixação à paina, pêlos branco-amarelados muito leves e elásticos. Antes da época de dispersão, a paineira costuma atrair muitas aves, como os periquitos, que rompem o fruto em busca das sementes. Já as folhas da paineira servem de alimento para o macaco-bugio (Olouatta fusca). Na Escola do Meio Ambiente pode ser visualizada na borda da floresta, junto à estrada que dá acesso à sede da escola. Referências: CARVALHO, P. E. R. Espécies Arbóreas Brasileiras. 1v. Brasília: Embrapa Informações Tecnológicas; Colombo, PR: Embrapa Florestas, 2003. 1039p. EMBRAPA. Árvore do conhecimento: espécies arbóreas brasileiras. <http:// www.agencia.cnptia.embrapa.br> LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa, SP: Plantarum, 1992. 368p. RAMOS, V. S. et al: Árvores da Floresta Estacional Semidecidual: Guia de identificação de espécies. EDUSP; Biota/ FAPESP, 2008. 320p.
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Pau-jacarĂŠ
Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr.
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Família: Leguminosae-Mimosoideae Outros nomes populares: Angicobranco, monjoleiro, monjolo, casco-dejacaré. Etimologia: Piptadenia vem do grego piptein (cair) e aden (abundantemente), referente à queda das folhas. O termo gonoacantha também vem do grego gonia (ângulo) e acanha (acúleo), em referência aos acúleos sobre a casca. A casca da árvore lembra o couro do jacaré, motivo pelo qual leva o nome popular pau-jacaré. Características: Encontrada principalmente na Floresta Atlântica e na Floresta Estacional Semidecidual, ocorre em solos variados, férteis ou de baixa fertilidade. A altura atinge de 10 a 20 metros. Floresce a partir de outubro, prolongando-se até janeiro. Os frutos amadurecem entre os meses de setembro e outubro. A dispersãoo se dá pela caída espontânea das sementes no solo e também pelo vento. Esta espécie tem sido utilizada na restauração da mata ciliar (em solos não sujeitos à inundação) e recuperação de solos erodidos e de baixa fertilidade. Na EMA pode ser localizada junto à entrada da Trilha Encantada, próximo à sede da escola. Referências: CARVALHO, P. E. R. Espécies Arbóreas Brasileiras. 1v. Brasília: Embrapa Informações Tecnológicas; Colombo, PR: Embrapa Florestas, 2003. 1039p. LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa, SP: Plantarum, 1992. 368p. RAMOS, V. S. et al: Árvores da Floresta Estacional Semidecidual: Guia de identificação de espécies. EDUSP; Biota/FAPESP, 2008. 320p.
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