Palmmania04

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PalmMania #4 Rumores, novidade sensacionais e outras nem tanto Este final de semana, dias 14 e 15, acontecerá uma conferência de imprensa entre a Palm Inc., empresa que faz os hardwares da Palm e a imprensa onde a mesma deve anunciar, oficialmente, o Treo680, um Treo simplificado, GSM, para atrair entrantes nesta tecnologia que procuram uma solução de custo menor. Esta é a certeza do evento. Os boatos ficam por conta do fato da Palm TX já estar completando um aninho lá fora, então está chegando a época da Palm anunciar novos modelos de Palm também. E para estes novos aparelhos fala-se de um LifeDrive 2, com 8Gb de HD e diversos bugs corrigidos que estão presentes na LD atual. Outro boato é de uma nova T|X com 1Gb de espaço interno e, tomara Deus aí é desejo meu, a volta do Drive Mode para acessar a memória da Palm como se fosse um Pen-Drive. A PDA Personal é uma empresa voltada ao treinamento em tecnologias móveis, com ênfase na Palm, mas também em PDA´s (Personal Data Assistance) de outros sistemas operacionais como Windows CE, Mobile ou Symbian. Com aulas particulares e professores que vão até o aluno, na grande São Paulo, e professores que ficam disponíveis 24h para aulas on-line, a empresa vem ajudando milhares de pessoas a tirarem proveito de 100% de seu produto, fazendo o dinheiro investido no equipamento valer mais e dando mais prazer para o usuário, ao lidar melhor com uma tecnologia que conhece a fundo. Os cursos são disponíveis em diversos módulos, garantindo uma solução personalizada, de acordo com a pessoa, equipamento comprado e finalidade desejada. Neste espaço, mantida e patrocinada pela empresa, você encontrará dicas, jogos, resenhas de equipamentos e softwares, tudo para você, após cumprir seu curso, continuar a tirar o máximo proveito do seu aparelho. É a PDA Personal com você além da aula.

Já que estamos no campo da especulação, um último desejo que gostaria de ver realizado é um Palm T|X2 com gravador de voz. Não custa tanto assim, né? Em foruns da internet estão ensinando a colocar um gravador de voz na TX com custos TOTAIS de R$ 20,00. Não pode ser mais caro que isso para a Palm em pessoa, pode? Sobre estes novos Palm ’s,a coisa toda não passa de boato,apenas o novo Treo é certeza já que foiflagrado em diversos foruns com fotos e suas “reduções” de tecnologia para baratear.Fica a torcida para no anúncio, o Brasil estar inscrito nos 20 países onde aparelho será comercializado mas honestamente, com a nossa sorte, não estará. Outra boa novidade é um novo cartão SD com WiFi. Diferente daquele que é comercializado pela Palm, o novo será do tamanho de qualquer outro cartão SD, com o circuito do WiFi compactado na casca tradicional. Ponto para o fabricante. Diversos aparelhos carecem desta tecnologia hoje, quando a comunicação sem fio exarcerba e começa a ganhar escala, e a Palm pode tornar-se o principal consumidor destar cartão, originalmente planejado para câmeras fotográficas, uma vez que apenas dois aparelhos em linha têm WiFi: TX e LifeDrive. Mesmo a grande desvantagem do cartão WiFi, que era limitar a Palm à sua própria memória enquanto estivesse na internet foi resolvido. Este cartão, além ter WiFi virá com 1Gb de memória flash. Uma revolução! O único senão do cartão não vem dele próprio, mas da Palm, de forma indireta. O desenvolvedor publicou em seu site que após diversos contatos com a Palm para tentar decifrar o funcionamento do WiFi num Treo, a própria Palm o teria desaconselhado a continuar, alegando mudanças diversas no PalmOS para smartphones em relação aos aparelhos e que sera impossível, um cartão WiFi que funcionasse para ambos os mundos: handhelds e telefones inteligentes. Dizem as más linguas que a medida da Palm é para agradar as operadoras de telefone, que continuam podendo tarifar navegação na internet livrem ente aos usuários de Treo’s,vendade ou m entira,de fato as operadoras não estão reclamando.

(11) 3667-6138 cursopalm@pdapersonal.com www.pdapersonal.com

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mini-reviews: Jornada 680e by Emanuel Campos*

domingo adormeciam na minha barriga e eu escrevia minhas impressões, tranquilamente e embalado bela brisa fresca do mar, que refrescava a tórrida tarde de sol a pino! Fala sério, algum teclado IR proporcionaria isso? Um largo

E aconteceu que por alguns dias, um velho Jornada 680e da HP será meu único PDA e portabilidade já não é um de seus fortes com seu quase um quilo (sem contar a fonte, a base, a caneta que parece um pincel e afins). Mas já que meu novo mobile será, por algum tempo, este dínamo da tecnologia, eu pensei, por que não aproveitar um pouco, não é mesmo? E fui à caça de games, já que um PDA é, para mim, carregar os contatos, a agenda, os e-mails e a maior quantidade possível de joguinhos possíveis. Conectividade também me agrada. Procurando por softwares para o bichinho na net o que eu vi me surpreendeu, de aparentemente produto sem uso eu encontrei comunidades a fim pela internet, com páginas desde softwares lançados juntos com esta maravilha da tecnologia a até páginas recentes mesmo, feita e mantida por fãs do aparelhinho que catapultou o handheld. http://wince.pdatopsoft.com/ Nesta página você encontrará diversos joguinhos para a plataforma, por que foi a primeira coisa que eu procurei, mas na verdade há uma infinidade de recursos para WinCE. Basta verificar antes se o software é compatível com WinCE de Jornadas, já que até hoje ele era um dos únicos com a telona "wildscreen", praticamente um percursor do formato. Isto feito, divirta-se com os jogos como Pacmans 2, Blocks e PipeLines. Mas há também softwares diversos como o PowerCAD, um visualizador de dwg e dxf para Jornadas. Infelizmente só deve ver arquivos

referentes a AutoCAD R14, e só funciona em Jornadas a partir do modelo 700, o que me fez ficar chupando o dedo, mas ainda assim, não deixou de ser uma surpresa e tanto para mim. http://h10025.www1.hp.com/ewfrf/wc/s oftwareCategory?lc=en&cc=us& lang=en&dlc=en&product=61103&

teclado, ainda que bluetooth, seria igualmente adequando?

Na página da própria HP também há uma boa lista de programas e atualizações para seu velho Jornada. Softwares que prometem desde agilidade do sistema a até corrigir a cor e brilho da tela, dá para acreditar? É preciso escolher a versão do seu WinCE (no meu caso 2.1), e ficar atendo ao idioma que a correção atua, infelizmente com a ROM em português do meu jornada, a maior parte das atualizações fica inócula. contudo, se seu Jornada for em inglês, vá lá e regozige-se. http://www.palmland.com.br/Colunas/doutord/ Artigos técnicos, novidades e outras informações formatadas para WinCE nesta página. Vale a pena conferir, nem que seja só para dar mais alguma utilidade ao velho Jornada. Meu uso, particularmente falando... Falando do meu uso para o Jornada, eu gosto muito de três coisas: le e salva num Compact Flash Card. Um cartão barato, que tem bastante aparelhos que fazem leitura do mesmo e que dá para armazenar os textos que gero no aparelhinho e, mesmo no fim da bateria, meus artigos estarão preservados. Outro fator que gosto deste handheld é o seu teclado. Cansa escrever nele, eu alterno entre usar os dedos indicadores e "catar milho", com um mínimo de agilidade ou então digitar com os dedões, mais rápido mas também mais cansativo, contudo, o teclado dele funciona sob quaisquer condições. Tive a oportunidade, por exemplo, de usá-lo à vontade na praia, balançando suavemente numa rede

enquanto uma pilha de revistas de

Por último, o Jornada é feio, pesado, a tampa do CF tá quebrada e abre toda a hora e a bateria de emergência tá com folga, fazendo o Jornada achar, a cada 15 minutos ou balançar do aparelho, que ele tá sem bateria alguma de emergência. Nada que uma pressão com o dedão na tampa da dita bateria não corrija, mas estas correções são necessárias a cada dez minutos ou chaqualhar do aparelho. A bateria além de tudo dura pouco, umas duas a três horas de uso contínuo, mas nada disso interfere na próxima vantagem: ele é barato. Dá para levá-lo, até mesmo para a praia, sem grandes medos ou neuras. Se levarem, levaram, se quebrar, um dia isso acontecer mesmo. Diversão a toda a prova (ainda mais depois de colocar Pacmans 2, aquela praga do primeiro link deste artigo vicia!). É duro de acreditar, eu sei, mas o modelo ainda conta com duas características de hardware que impressionam: o processador de 133MHz, um dínamo para os anos de 99 e gravador de voz, mesmo sem ter speaker decente. Dá para instalar Windows Media Player, ele reconhece WMA e MP3, mas o speaker é sofrível e não tem saída de som, de modo que não encontro explicação para você instalá-lo, contudo, dá e eu mesmo o fiz. Agora, o gravador de voz é impressionante, num modelo tão antigo. Por último, para pegar todas as características do modelo, visite: http://www.palmland.com.br/HANDHELDS/hp /hpjornada680.asp

*Emanuel Campos emanuel.campos@gmail.com

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editorial: a Palm e o mercado de trabalho Aumentar a produtividade, sob a óptica da disciplina Organização Industrial é produzir 1) a mesma quantidade de produtos utilizando menos recursos ou 2) produzir mais produtos utilizando uma mesma quantidade de recursos. Um aumento da produtividade não acarreta necessariamente em um aumento da qualidade, mas um aumento da qualidade necessariamente acarreta um aumento da produtividade. Explica-se, ao mantermos padrões de qualidade, estamos sujeitos a uma margem de erro percentual, que não importa o quanto se produza a mais, seja com investimentos de novos maquinários ou homens, o percentual é o mesmo de peças erradas ao final da linha. Ao se aumentar os critérios de qualidade pode-se, sem precisar investir em mais recursos, ter menos peças erradas ao final da linha e, conseqüentemente, aumento da produção, conforme demonstrado no primeiro parágrafo. A indústria brasileira não é parâmetro de controle de qualidade. Aqui a coisa ainda é feita de modo manual, por um departamento a parte da linha de produção, o que significa um recurso dedicado a isso, e conseqüentemente, um aumento do preço do produto final. Poucas multinacionais são exceção, mas peguemos empresas como as japonesas, onde os critérios de qualidade são contínuos, cada etapa da linha de construção e/ou montagem já checa a etapa anterior. No caso de erros que passam, é mais punido que aceitou a peça errada do que quem errou! São as filosofias de produção corretamente aplicadas: Kanban, Kaisen, 5S's, inspeção automática. Ainda em Organização Industrial vemos que a qualidade do produto acaba associada a idoneidade e honestidade da empresa que os produz. Empresas com aparelhos que funcionam melhor, com menor taxa de quebra ou reclamação, são vista como mais transparentes, mais honestas e dedicadas aos clientes. A quebra está associada com uma tentativa da empresa de te obrigar a trocar de produto, por um novo. Desta forma, aumentar a qualidade através de processos de controle, absorvidas pelas etapas produtivas, sem onera o produto final, além de se aumentar a produção, também melhora a imagem da empresa no mercado.

atenção O editorial não reflete a opinião de nossos patrocinadores ou dos demais colunistas da revista, sendo de inteira responsabilidade de seu autor. O editorial aqui publicado é feito por um apaixonado pela tecnologia que sente-se no dever de alertar a fabricante que ele ama, onde ele acredita que ela esteja errando, para que a mesma continue sendo sua empresa preferida, a Palm Inc. Que todos nos acostumamos a gostar.

Outra importante lição de O.I. é que em um mercado altamente competitivo, o preço final do produto para o mercado já é conhecido, ou seja, já há um preço que as pessoas aceitam pagar por determinados produtos. Como o preço final menos os custos tem em sua diferença o lucro, podese supor que o lucro também já vem ditado pelo mercado, e conseqüentemente uma empresa em um mercado de alta competitividade tem na administração de custos sua única arma de comércio e sobrevivência. Um último detalhe, atender garantia de produtos, não apenas arranha a imagem da empresa, como é considerado um custo de produção. Com isso em mente podemos avaliar a Palm Inc. e, talvez, entender como que uma empresa que já deteve 90% do mercado dos computadore de mão, mais conhecidos como PDA, viu chegar ao seu mercado concorrentes com produtos melhores, na mesma faixa de preços, e hoje ela detem apenas 40% deste mercado. A Palm Inc. já teve seu nome como sinônimo de PDA, e até hoje o tem entre o púlico mais leigo, aparelhos leves, com Sistema Operacional estável, integração com windows e linguagens de programação acessíveis e fáceis de se dominar, mas esta mesma autonomia era seu fraco, seu sistema operaciona, no ápice, não permitia implementações novas sem colocar em cheque seu

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editorial maior ponto de venda, e assim, multi tarefa, novas funções como gravar voz, ver fotos e reconhecer outros formatos externos, como de figuras e documentos de escritório foram, lenta e dolorosamente sendo integrados.

Emanuel Campos é consultor de tecnologia móvel, apaixonado por mobilidade em telefonia, PDA e smartphones, lê todas as mídias possíveis por mês e já teve mais Palm que muita loja. Também é vendedor de serviços num escritório de projetos, formado em tecnico mecânico, cursou tecnologia mecânica na FATEC-SP e atualmente cursa marketing na UNINOVE. Para contato: Emanuel.campos@gmail.com http://ocronista.com http://pda.ocronista.com

Restava a Palm Inc. mexer no Hardware para se tornar mais competitiva, e foi o que fez, mas os resultados mostraram que foi para pior. Apostando que o consumidor destes produtos tem como foco o preço, ela começou a ceifar recursos: tirou o gravador de som, as bases de fixação das palms. Trocou as elegantes carcaças metálicas e canetas com ponta reset por aparelhos de plástico e canetas inteiramente injetadas. Trocou sucessivamente de conector em busca de uma melhor relação custo/benefício, mas, na prática, tudo que conseguiu foi irritar o público que não perdia acessórios cada vez que trocava de aparelho. E até mesmo, as consagradas caixas, como da saudosa caixa do Palm Vx ou da Tungsten|t foram substituídas por displays plásticos. O resultado é história, cinqüenta por cento de mercado perdido e, como a Ford Brasil que passou 15 anos produzindo o mesmo Escort, a Palm perdeu o chão, e dos seus luxuosos PDA's, ela foi acomodando-se a uma posição de entrada de linha. Mesmo a atualização de aparelhos, da Zire para a Zire 21 e da Zire 71 para a Zire 72, ao invés dos investimentos previstos, aumento de memória, qualidade da foto, o que se viu foi: telas com zunidos, síndrome de digitalizadoras malucar, linhas verdades sobre as fotos, enfim, a imagem da empresa estava definitivamente arranhada. A Palm Inc. havia mexido na qualidade, mas ao invés de integrá-la a produção, cortou-a de vez, como forma de diminuir ainda mais o custo dos seus produtos. A imagem foi um preço caro. Hoje a Palm Inc. com novo logotipo e novos produtos vem com uma promessa de recuperar mercado com investimentos pesados em tecnologia: wi-fi, memória flash integrada, uma nova linha de aparelhos com mini HD, e trás a promessa, que só tempo confirmará, de ter evoluído em qualidade. É preciso tempo para que usuários que pagaram além de suas palms, quase cinqüenta por cento de novo, só para usá-las sem ruído ou linhas verdes, voltem a confiar na empresa, seus produtos ainda são vistos, justificadamente, com um pé atrás, a própria Tungsten T5, que queremos acreditar, é a última da velha Palm, era uma coleção de problemas, restart lento, sem gravador de voz, novo padrão de conector, memória que fazia os arquivos crescerem, lentidão na troca de informações. Rezemos, para a Tungsten E2 e o LifeDrive provarem que há ai uma nova Palm. A Palm, além do pioneirismo, conta com outras qualidades, é carismática, amigável aos usuários e acima de tudo, é não Windows, pegando todos aqueles que fogem deste ambiente, os linuxistas, Macintóshicos, e mesmo usuários do Windows que querem versatilidade. Seus aparelhos também são mais amigáveis que as combinações que lembram placas de automóvel, usadas pelas concorrentes, iPAQ 1940, RX 3420, RZ 3715, e assim vai. Desta forma, os parcos fãs desta linha ficam agora rezando para que a Palm domine enfim, conceitos básicos de Organização Industrial, vendo que uma empresa de manufatura vive de fazer bons produtos, e não de mudanças de nomes, logotipos, downsizing, abertura para bolsas de valores ou afins.

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