O EMBAIXADOR 1954 3T

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ANO IV

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JULHO A SETEMBRO DE 1954

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REVISTA PUBLICAÇÃO

~ Díre tor Geral

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DA JUNTA

: T. B.

Redação

Pedidos

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EMBAIXADORES

Paulo

por

exemplar

DO

Ferr.andes,

à CASA

: Almir

S. Gonçalves

Símholo

Telegráfico

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Hatton

24 -

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(Praça

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da Bandeira)

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BATISTA

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Rio de Janeiro

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"OE" - para pedir 10 exemplares por telegrama ~ miLn: Butistas - Rio- 10 OE. ~4~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ ~

i3:

E MOCIDADE

Diretor Alvin

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REI

DE ESCOLAS DOMINICAIS

Caixa Postal, 320 Preço

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Stover

: Rua

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DOS

Redator:

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EMBAIXADOR

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: 1.000

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íNDICE PARTE

SUPLEMENTAR PÚgill:l:;

1. Prezado Embaixador - Laiz F. Lessa . 2. Embaixadores na Primeira Igreja do Rio . 3. O Gigante que Dorme - Biografia de \\'. B. Bagby 4. Banquete de Pai c Filho em V. Redonda - Paulo C. 5. O Que Você Sabe Sôbrc E.R.? - Laiz F. Lessa 6. Palavras Cruzadas - Laiz F. Lessa .. .. .. .. .. .. 7. Um pouco de Humor Para o Amigo Embaixador· Laiz 8. Tempo e Tipos de Reuniões .. .. .. .. .. .. .. .. 9 . Aventuras de Ricardo - Paulo Campos (as duas centrais) , ., . . 10. A Arte de Acampar (Nas 3" e 4" capas) LICõES

1 2 1 7

Pimentel . ., .. ..

10 12

F. Lessa

13

.. ., .. páginas

15 21

DO TRIMESTRE

JULHO: do Tempo .. .. .. .. ., .. .. .. .. 2. Uma Oitava de Virtudes . . . ;). Trabalho nos Postos .. /l . Mordomia elos Bens .. .. AGOSTO: 1. N ossos Índios .. .. .. .. .. .. .. .. .. ., .. ., 2. Mordomia dos Olhos .. .. .. .. .. ..

16

1. Mordomia

3. Trabalh () nos Postos .. ..

o.

••

••

••

••

••

20

23 23 27 30

..

32

••

4.

33

2.

<12

Islo Aconteceu no Sertão . 5. Mordomia da Saúde .. .. .. .. .. SETEMBRO: 1. A Mordomia da Língua .. .. .. ., .. .. .. .. .. .. Marituma

3. Tr-abalho nos Postos .. .. ., '1. Que Farei Com a Minha Vida

,

..

.. ,

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37 39

,

.. , .,

..

..

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45 ~5


PREZADO EMBAIXADOR

Você já foi a um acampamento dos Embaixadores do Rei? Se ainda não, você está perdendo a oportunidade de gozar da mais sadia camaradagem com meninos e rapazes de várias outras igrejas batistas. hera como líderes da nossa denominação. Os acampamentos além de proporcionar aos acampantes esportes e jogos diversos também oferece estudo bíblico, estudo missionário, e uma íntima e sadia comunhão entre todos, que quando partimos para os nossos lares levamos saudades paqueles momentos inesquecêveís de COllfl'aternização, camaradagem e sobre tudo a comunhão com Deus. Procure perguntar a alguém que já esteve em Um dos acampamentos ios Embaixadores do Rei e colha as impressões sôbre o que é um acampamento. Caso esteja interessado em saber onde e quando são realizagos êsses retiros espirituais para os meninos batistas" nos escreva para o seguinte endereço: Departamento de Embaixadores do Rei - Caixa Postal 320 - Rio de Jan~iro e teremos grandes prazer em lhe informar.

Mui Fraternalmente

Laiz F. Lessa Diretor Interino do· Departamento de Embai.xador~i do' ªei


o

Embaixadores

Embaixadas

EMBAIXADOR

na Primeira

'''FranciscoFulgêncio da Primeira

Igreja

Soren", ao alto, e "Ernesto Igreja do Rio.

De há muito, o Pastor João Soren sonhava com a organização dos Embaixadores do Rei na Primeira . Igreja. A dificuldade, porém, estava em encontrar os líderes que se dedicassem com abnegação e carinho ao trabalho. No fim de agôsto do ano passado, o pastor encar--· regou o irmjio Walter Bossois de estudar o '~~l;lnto e_sugerir as me-

do Rio

Soren",

didas necessárias.' Êste entrou em contato com o irmão Laiz E. Lessa, Diretor do Departamento de Embaixadores do Rei afim de obter informações sôbre a organização. Mais tarde convocou vários jovens da Igreja para debater em "rnesa redonda" o problema. Assim, .sábado, após sábado, durante um mês, êsses irmãos se reuniram


110 escritório do Departamento de Embaixadores do Rei para discutir o assunto e ouvir a palavra autori-. zada do sr. Lessa. A comissão indicada pela Igreja era composta dos seguintes irmãos: Walter Bossois, relator, dr. Paulo B. de Almeida, prof. José P. de Andrade, sr . Wiclif Moreira, D:J. Gení S. BrÍto e Srta. Brasilina Leal. Após um bom período de estudo, oração e preparação. a Igreja aprovava em sessão regular a organização de Embaixadores do Rei. Afinal, no dia 29 de outubro do ano passado, a Primeira Igreja Batista do Rio realizava um programa íntimo, muito bem preparado e inspirado no mais sadío entusiasmo, para o qual muito contribuiu' a colaboração dos meninos festejando condignamente a instalação do trabalho de Embaixadores do Rei com a organização das Embaixadas, "Francisco Fulgêncio Soren", para juniores, e "Ernesto Soren", para intermediários. O programa dirigido pelo Pastor da Igreja, Rev. João F. Soren, teve a participação do dr . Paulo B. de Almeida, presidente da Comís-

são da Igreja. O irmão Pauio Cahral Pimentel, representando o Departamento de Embaixadores do Rei saudou as duas novas Embaixadas. Também saudou os Embaixadores da Primeira Igreja em nome de sua Embaixada, o jovem Isaque Pinheiro, Embaixador-Chefe da Embaixada "Tiago Lima" da Igreja Batista em São Francisco Xavier ~ Distrito Federal. Os embaixadores da Primeira Igreja se reunem aos sábados, entre 15 e 17 horas para o seu programa variado, constituído de estudo do "Guia", programa de treinamento baseado na revista· "O Embaixador", diversões sadias e instrutivas, estudo da Bíblia e estudo missionário. No fim de cada reunião é distribuído um Ianche custeado liberalmente pela Igreja. Cada Embaixada tem a orientação de dois conselheiros tendo também um conselheiro geral coordenador de todo o trabalho. Congratulamo-nos com a Primeira Igreja do Rio pela vitória alcançada, pois de há muito é do desejo daquela Igreja organizar Embaixadores do Rei.

«o MUNDO TEM' MUITAS RELIGIõES;

MAS

UM Só EVANGELHO».


o

4

"O

,

EMBAIXADOR·

Gíllllnte

Que

DA SÉRIE HERóIS

.

Dor'me" CRISTÃOS

11 Parte da Biografia. de William B. Bagby, ,

Missionário Pioneiro

do Trabalho

Por Helena Bagby Harpison

Batista no Brasil

Traduzido por Mildred Cox.

(Continuação) RESUMO DA PARTE ANTERIOR: William B. Bagby nasceu nos turbulentos tempos da colonização dos Estados Unidos da América do Norte, no ano de 1855. Quando frequentava a escola,. aos doze anos de idade aceitou Cristo como seu Salvador. Logo depois sentiu desejo de estudar para o ministério. Foi o primeiro aluno a se matricular no departamento de teologia da famosa Universidade de Baylor. Já era pastor de uma igreja no Estado do Texas, quando recebeu a visita do General A. T. Hawthorne do Brasil. Êste o convidou para se estabelecer no Brasil como um missionário. O general lhe falou no Brasil como a Terra do Cruzeiro. Bagby queria saber porque o General chamava ao Brasil a Terra do Cruzeiro. Vejamos a resposta do General, "Porque depois de passar o equador. em qualquer noite clara, podese avistar no céu quatro lindas estrêlas na posição de uma cruz"," "Quer dizer que o povo brasileiro pode ver uma linda cruz nos céus acima de sua terra, e a maior parte não conhece a verdadeira significação de uma cruz?" , "E' isso. E' uma terra boa. maior do que o território dos Estados Unidos e tôdas as. suas possessões menos o Alaska, e com mais ou· menos dez milhões de habitantes. E' rica em ouro, prata e pedras preciosas. Há grandes florestas de coqueiros e de palmeiras reais que não


o

5

EMBAIXADOR

se encontram aqui. Vi enormes fazendas que só plantam cana e outras' que só têm cafeeiros I" "E' interessante; mas que poderia eu fazer e quem me sustentaria ?'" "O senhor poderia pregar o Evangelho e as igrejas batistas do Sul dos Estados Unidos o sustentaria." "Teria de aprender o português e duvido que as igrejas possam contribuir para o meu sustento. Já estão comprometidas com a Junta de Missões Estrangeiras para sustentar missionários na China." "Em poucos dias Baghy dirigiu a seguinte carta à sua noiva em Indepedence, Texas: ' 17 de julho de 1880 Minha mui querida Ana: "A sorte está lançada" - a decisão feita, tanto quanto está em mim para fazê-Ia eu estou pronto a seguir para o Brasil, logo que a Junta nos queira enviar. Não é um mero impulso nem tão pouco um capricho que me levou a decidir, porém sincera e cuidadosa consideração de joelhos, e confio que o nosso Pai me esteja guiando. O Dr. Carrol sairá para visitar as igrejas batistas das diversas associações do Texas, a fim de apresentar o nosso caso, e o General Hawthorns fará o mesmo no leste do Estado e se conseguir o seu ideal de levantar o nosso sustento por alguns mêses e promessas para o futuro, escreverão para o Dr. Tupper, secretário da Junta de Richmond, e ao mesmo tempo que sejamos nomeados para o Brasil, sem demora ... - Afetuosamente,

w.

B. Bagby

Que estranha lua de mel! Sete longas semanas passadas em alto mar, enquanto a p~quena ern ba r-ca cão era jogada e lança da por ventos for-

tes e um revoItoso e enfurecido mar parecia querer tragar tão pequeno navio! Foi ao longo do Equador até a costa da África procurando as regiões das correntezas sudeste para Ievá-lo ao Rio de Janeiro: Noites de luar desapareceram e reapareceram. Porém os peixes volantes e as grandes maças de sargaço foram os únicos espetáculos qUe os passagei1'OS avistaram. O único som foi o marulhar das ondas. Viajavam em demanda duma terra onde não conheciam ninguém e não haveria nem uma só pessoa para os encontrar no porto, se tivessem a felicidade de alcançar as praias brasileiras. Deus, porém, os dirigia e seguiam de boa vontade, ' Afinal, numa tarde de março, avistaram a costa e entraram na formosa Baía de Guanabara: paraêles foi como um outro mundo. Ao redor as belezas dos trópicos: fileira após fileira 'de esbeltas palmeiras, aves de cores brilhantes e flores de todos os matizes. 'Olhando Bagby para o contôrno das montanhas da Tijuca, exclamou: "Olhem o gigante adormecido 1", "0,

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y

•••


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E MBA I X A DOR

Todos a bordo seguiram com os olhos o seu indicador e víram a maneira como os picos rasgavam o horizonte, formando a figura de um gigante deitado de costas, Distinguia-se bem o seu enorme nariz, boca, barriga e até os pés. Bagby ligeiramente traçou com o lapis no seu pequeno caderno a: figura do gigante adormecido. Disse êle para a espôsa: "Ana, para mim o gante. Gigantesco em territó-rio, em minerais,. de assucar; porém, é um gigante adormecido .mandou você e eu para ajudarmos a.despertá-lo

Brasil é um grande giem produção de café e espiritualmente e Deus do sono!

Através de tôda a sua longa vida nunca a impressão Se apagou de seu pensamento de que o Brasil é deveras um gigante adormecido espiritualmente e que Deus o enviou como mensageiro Seu para acordá-Io. Acharam o povo simpático e comentaram as vozes tão maviosas e musicais, embora ninguém entre todos os milhares de habitantes que estavam no cais, aí estivesse para lhes dar as boas vindas. A tripulação do "Yamoyden" indicou-lhes o endereço do escritório da companhia do navio. Êles indagaram por um dentista norte-amc ricano para quem traziam uma carta de apresentação, porém souberam que êste já regressara para a terra natal. Justamente naquele momento de desânimo entrou no escritório um americano que perguntou no balcão: "Pode me informar

de um casal chamado

Bagby?"

O casal admirou-se sobremaneira, mas o desconhecido "Aqui 'tenho uma carta para o senhor."

explicou:

(Continua no próximo número.)

PARA INTERMEDIÁRIOS! Leia um folheto diferente 11

Ás Colunas Brancas'

.. Do Caróter/l

Só Cr$l,OO

cada um

. Escrito por OLAVO GUIMARÃES FEIJó

Casa:Publicadora Batista - Caixa 320 - Rio


o

EMBAIXATIOR

7

" ~ Primeiro Banquete ·de Pai e Filho" na história dos EID~aixa~ores~o Hei no· Brasil A Embaixada Alvin Hatton, da Igreja Batista Central de Volta Redonda, classificada como uma das melhores existentes no Brasil, con. ta. atualmente com 19. membros. Tem suas 'reuniões recreativas aos sàbados e as reuniões de programa aos domingos. Esta embaixada é privilegiada com material, e também com espaço para suas reuniões recreativas, que são realizadas no

que cada menino filiado à Embaixada tem o direito de trazer seu pai para tal reunião. Cremos que esta espécie de reunião tenha tido

sua origem nos Estados Unidos da América do Norte. A Embaixada Alvin Hatton realizou o seu banquete de Pai e Filho no dia 4 de Setembro do ano passado.

De pé, discursando, o diácono Argemiro Bitencourtt dando uma palavra

de estimulo

terreno do Colégio Batista Americano de Volta Redonda. Teve como sua fundadora a Míssionária dona Geny Mc. Nealy, espôsa do DI'. Mc .. Nealy operoso missionário do campo Fluminense. O BANQUETE

DE PAI E

FILHO

o Banquete .de Pai e Filho que também podia tomar o nome de Jantar de Pai e Filho, é realmente um jantar de confraternização em

aos Embaixadores

do Rei.

Por sugestão de dona Geny Mc. Nealy,a quem muito- deve' esta Embaixada, as .Senhoras da Igreja Batista Central de Volta Redonda resolveram cooperar com os Embaixadores do Rei, oferecendo-Ines os gêneros alimentícios que foram preparados e servidos no dia do banquete. Aproveitamos o ensejo para agradecer às Senhoras desta igreja; não só as qus ofereceram os gêneros alimentícios, mas tam-


O, EM.BAIXADOR

8 hém as que ajudaram

na confecção dos mesmos. O banquete teve Um cunho indígena,de maneira que tudo girava Em tôrno de coisas que. se relacionasse com índios; como por exempIo: as vestimentas, os nomes dado aos diferentes pratos, etc ... Num ambiente festivo, foi iniciada a reunião às 19:30 horas. O salão estava bem enfeitado, com as

lho Walter Me Nealy Jr. Nas mesas restantes estavam "os demais Embaixadores e seus pais. As mesas eram servidas por 4 moças, (Mensageiras do Rei) que também trajavam vestes indígenas.

o

PROGRAMA

o

programa seconstituiu de várias partes: a parte introdutórià;

medida

nesta tivemos os Embaixadores do

que iam entrando para o salão recebiam um cocar com uma pena para usar durante a reunião.

Rei dizendo o juramento e cantando em seguida o hino oficial da or .. ganização, que é o de número 207

mesas em forma de U.

À

N o primeiro plano vê-se o missionário Walter B, Me. Nealy, no segundo, o Embaixador do Rei, Walter B. Me.

Nealy Jr. executando

um dos números musicais da reunião.

Na mesa .do centro, estayam: O conselheiro da Embaixada, vestido de índio com um cocar vermelho tendo consigo ainda um arco e uma flexa, servindo como que de cacique da turma; à direita o convidado especial da Embaixada para 'aquela noite, Laiz Lessa, Diretor Interino do Departamento de Embaixadores do Rei; e também um dos díáconos da igreja o Sr. Argemiro; à esquerda, o pastor da igreja, DI'. Walter Mc Nealy e seu fi-

do C. C. Houve ainda uma história, rmssionaria que foi narrada pelo Conselheiro; a segunda parte foi constituída do jantar propriamente dito. Nesta hora todos estavam à vontade como se estivessem em suas próprias casas. Vivemos horas alegres onde cada pai e 'cada Embaixador tinha oportunidade de contar uma piada; (naturalmente nem era preciso dizer aqui que as piadas eram contadas dentro de nessas normas) .


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EMBAIXADOR

A última parte foi constituida dos discursos: em primeiro lugar ouvimos um discurso pelo Embaixador-Chefe, Haroldo Gomes Vieira, que deu as boas vindas, aos pais ali presentes. Em agradecimento tomou a palavra o Sr. Antônio Sahino Jr. que apesar' de não ser crente disse estar muito satisfeito em ter dois de seus filhos' fazendo parte de uma organização tão salutar. Continuando seu discurso disse ser o seu desejo que no futuro seus filhos se tornem missionários quer em plagas nacionais, ou estrangeiras, dc.acôrdo com a vontadE' de Deus. Com a palavra. o tesoureiro da Embaixada, Hélio de Lena que falou saudando os líderes dos Embaixadores do Rei. Ressaltou no seu discurso o desprendimento com que se tem empenhado os líderes dês te trabalho, para fazê-lo conhecido no Brasil. Respondendo a êste discurso, usou da palavra o conselheiro daquela Embaixada e autor destas linhas, que pontilhou o .bício do trabalho de Embaixadores do Rei no Brasil com a chegada do DI'. Alvin Hatton e espôsa em 1948, não deixou de falar sôbre o trabalho atual e ressaltar as perspectivas para o futuro. Lembrou

9

ainda o grande Congresso dos Embaixadores do Rei realizado em Atlanta, Geórgia, que reuniu cerca de 6.000 jovens embaixadores. O Segundo Assistente, Fernando Sabino, falou agradecendo ao pastor a sua cooperação no trabalho dos Embaixadores do Rei daquela igreja. Agradecendo, falou o pastor da igreja o DI'. Walter Me NeaIy, que em seu discurso procurou ressaltar o valor do menino e a necessidade de uma organização como Embaixadores do Rei para ajudar aos pais na educação de seus filhos. A palavra final -coube ao irmão Laiz F. Lessa, jovem que tem dado de seu esfôrço, tempo e trabalho a esta maravilhosa organização de Embaixadores do Rei. E' êle o atual Diretor Interino dessa organização. Depois da sua palavra mostrou também alguns filmes instrutivos que trazia consigo. Tentamos dizer em ligeiras palavras o que foi o Banquete de' Pai e . Filho realizado pela Embaixada AIvin Hatton , Fazemos aqui a sugestão para que as demais embaixadas ten tern realizar também o seu Banquete de Pai e Filho. Avan te, Embaixadores!!! Paulo Cabral Pimentel


III sôbr8

QUQ 2)a6Q VOCQ

<:mbaLxadores

d"o ~eL?

TESTE DE CURIOSIDADES

1; E. "R. é uma organização: Missíonaria Para o treinamento físico, moral 'e espiritual dos meninos batistas Um grêmio recreativo para os meninos das igrejas batistas 2. O ano que teve inicio E. R. foi: Em 1912 Em 1900 Em W08 3. Onde teve início E. R.? No Sul dQS EEUU Na Inglaterra No Norte dos EEUU 4. E. R. foi organizado: Pela União Geral de Senhoras Batistas do Sul dos EEUU Pela Junta de Escolas Dominicais da Convenção Batista do Sul dos

EEUU

Pelo Departamento

de Treinamento

5. O Objetivo da Organização E.R.

da Mocidade Batista dos EEUU

é:

Preparar bons atletas Treinar os meninos batistas na arte de acampar Desenvolver o caráter cristão dos meninos 6. As organizações locais nas igrejas são chamadas i Grupos


o

l!1M13AIXAbOR

H

Embaixadas Núcleos

7. Quem_pode fazer parte dos E. R.? Só os meninos membros das igrejas batistas Só os crentes ou filhos de crentes Qualquer menino ou rapaz de 9 a 16 anos

8. A pessoa que orienta os E. R. é chamada: Líder Dirigente Conselheiro . 9. ,O primeiro posto no sistema de graduações dos E. R. é: ~rauto Embaixador Escudeiro 10. O posto mais alto nos E.R. Cavaleiro Embaixador Embaixador

é:

Especial Plenipotenciário (Veja respostas na página 48)

C A R T I L H A -D O

C H A R A D 1ST A

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o

12

EMBAIXADOR

PALAVR·AS PROBLEMA N°. 1

Chaves horizontais:

1. 8. 9. 10. 11. 14.

Por Laiz F. Lessa

.

,\

Terceiro posto dos E. R. Esperta Laço Membro guarnecido de penas nas aves Ali Organização local dos E. R. (Nome dado a um grupo de E. R. ) '~

16. Abreviação ou iniciais da organização Embaixadores do Rei. 17. Ruim (femin. pl.) 19. Instrumento agrícola

.

20. Subtrair 21. Doados

Chaves Verticais:'

1. Líder dos E. R. 2. Caminhe 3. Ama-rra

4. 5. 6. 7. 12. 13.

Flôr (Lírio) Primeira mulher Andava índios tupís que habitavam as ilhas do Rlio São Francisco Desimpede Projectil com que se car~egam armas de fogo

..

"

(Brasil)

\


o

EMBAIXADOR

13

15. -Número divisivel por dois 17 .. Olhar, contemplar 18. Mulher de Abraão ,

VEJA -SOLUÇÃO NA PÁGINA 48

Um

POU&O

de Bom Humor

pGrG o Amíeo EmlJaí""dorl

Ricardo: Todos os meus irmãos são muito valentes - o meu irmão menor outro dia deu um sôco no nariz do menino mais valente lá do nosso bairro. Gilberto: Traz êle amanhã, gostaria de conhece-lo l Ricardu: Não posso porque êle ainda está no hospital. A mamãe: Zézinho, tôdas as vêzes que você me desobedece nasce um cabelo branco na minha cabeça. Zézinho: Então a senhora mamãe deve ter sido muito desobediente, olha só a cabeleira branca da vóvó! Um fazendeiro vai à cidade e hospeda-se em um hotel. Antes de deitar-se êlechama o empregado e per$unta a que horas serviam as

refeições naquele hotel. O Empregado informa: "Servimos o 'café da manhã de 7 às 11, almoço das 12 às 15, e o jantar das 18 às 20 horas." "Diga-me uma coisa", pergunta o matuto com espanto, "que tempo terei para conhecer a cidade'?"

Paulo: Boa tarde Mário, vim aqui à sua casa para apanhar guarda-chuva que você rrie pediu emprestado na semana passada.

°

Mário: Sinto muito Paulo, mas emprestei seu guarda-chuva a um. amigo. Você está precisando muito dêle? Paulo: Não é para mim, mas o ca. marada que me emprestou me disse que o dono, do guardachuva está reclamando.


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EMBAIXADOR

"Você está aí em pé há duas horas. Por que não apanha um caniço e V:~:1pescar também?" "Eu não! não tenho paciência."

Como vai você com suas aulas de desenho?' 2°. Embaixador: Muito bem, porém gostaria de ter uma professora mais inteligente. Hoje desenhei um cavalo e ela não sabia o que era!

da pergunta:

"O senhor não tem

medo da criança ficar, esmagada aí

no canto do elevador?" :Êle responde: "Não senhora, o menino morde". I

1o. Embaixador:

o

Professôr: Você já ouviu falar em Julius Caesar ?

o

Aluno: Sim, senhor.

O Professôr: I

Um senhor entra em dor superfotado com o nho de quatro anos que esmagado lá no cantinho dor. Uma senhora muito

O que você achaque

êle estaria fazendo agora, .caso um elevaseu filhifica quasi do elevapreocupa-

estivesse vivo? O Aluno: Recebendo

a mesada da Caixa de Aposentadoria e Pensões.

com apenas Cr. $1,00 você pode comprar um folheto e tanto

Mangueira --

Não Dá.só Manga

Casa Publicadora Batista-Caixa 320 -

Rio.


o

TEMPO

EMBAIXADOR

15

E TIPOS DE REUNiÕES ,

Os programas na revista "O Embaixador" são iguais aos programas em "Mensageiras do Rei", revista para meninas. Todavia, o terceiro programa cada mês em "O Embaixador" é reservado para o trabalho nos postos. Da mesma forma na revista "Mensageira do Rei" a terceira lição é trabalho nos passos para alcançar a estrela. Queremos explicar as possibilidades diferentes a respeito de tempo e tipos das reuniões. Por exemplo, uma igreja com um bom grupo de Juniores pode ter duas organizações completamente separadas: Embaixadores do Rei para os meninos e Mensageiras do Rei para as mcninas . Mas mesmo assim pode ter um ou dois programas conjuntos cada mês, se quiser. Outra igreja com um pequeno grupo de"Juniores ou com espaço limitado, pode realizar os programas conjuntos domingo à noite, os meninos usando a revista "O Embaixador" e as meninas "Mensageira do Rei". E' necessário que haja, pelo menos, uma reunião por mês separado, os Embaixadores do Rei trabalhando nos postos e as Mensageiras do Rei trabalhando nos passos. (Veja o "Guia dos E nbaixadores do Rei ", Cp. "Heuniões" p. 42).

Programa em Conjunto (Quando o programa é separado os Embaixadores do Rei devem sempre seguir o "Programa Modêlo " P. 45 Guia dos Embaixadores do Rei. Estamos sugerindo abaixo um Programa Modêlo para qualquer reunião em conjunto entre Os Embaixadores do Rei e Mensageiras do Rei. Cada programa deve ser adotado segundo as necessidades.) .1 .. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.

Hino dos Embaixadores do Rei - "Mensagem Real ", C. C. 207 Juramento dos Embaixadores do Rei Pacto das Mensageiras- do Rei Hino das Mensageiras do Rei - "Contaremos a História" Oração Leitura da Bíblia A lição de hoje - com todos os pontos. Palestra pelo conselheiro ou conselheira a respeito do assunto em discussão. 9. Oração 10, Encerramento.


o

_ 16

EMBAIXADOR

PROGRAMAS DOS

EMBAIXADORES

DO REI

Para Juniores e Intermediários Domingo à noite ou durante a semana

Julho -

Primeira

A MORDOMIA o Embaixador-Chefe inicia a reunião usando o "Programa Modêlo" da pág. 45 do Guia dos Embaixadores do Rei. Quando os Embaixadores do Rei tiverem uma reunião em conjunto com as Mensageiras do Rei, podem usar o Modêlo na pág. 15 desta revista. PARA JUNIORES Teste de reprodução

(Duas ou mais crianças poderão ser indicadas para reproduzirem fi pequena história que segue) Certa vez um viajante ia atravessando o deserto e viu um árabe que, pensativo, descansava ao pé de uma palmeira. Não muito longe, estavam os seus camelos, pesadamente carregados. Sem dúvida, tratava-se de um rico mercador, que procurava mercado para os seus objetos de muito preço. Tapetes ricamente adornados, e frascos de perfumes raríssimos, superlotavam os lombos dos animais.

Reunião

DO TEMPO Impressionado com a atitude me- \ ditativa do mercador foi se anroximando o viajante, até que pôde despertá-Ia com uma simpática saudação. - Meu bom amigo, saúde! Bem Ià de longe, venho notando que o senhor està profundamente preocupado. Gostaria de lhe ajudar. Posso lhe fazer alguma coisa? - Lamento que o senhor nada possa fazer por mim, disse o árabe. A minha aflição jamais encontrará consôlo e a minha tristeza acompanhar-me-á à sepultura. Não tenho esperança de me livrar da preocupação que me atormenta, pois foi muito grande a minha perda. Foi uma perda írreparável , - O que aconteceu? interrogou surpreso, viajante. O senhor perdeu algum parente, algum amigo, .algum membro da família? - Não, respondeu o mercador.

°


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Eu estou muito triste porque perdi -a .jóia mais' preciosa que possuía. - Ora! disse o viajante, para o senhor, que possui tanta riqueza, e que leva sôbre os camelos tanta mercadoria, o que significa a perda

17

-' Mas, que joia era essa? perguntou curioso o viajante. - Era uma jóia que artista algum poderà fazer outra igual. Basta dizer, que ela estava encravada num fragmento- da pedra da Vida e havia sido trabalhada na ourivesaria do Tempo. Adornavam-na, vinte e quatro brilhantes, ao redor dos quais se agrupavam 'sessenta menores. Tenho ou não razões para afirmar que outra igual ninguém po'derá fazer? - Realmente, .disse o viajante. Essa jóia deveria valer muito dinheiro! Mesmo assim, quero insistir com o senhor. Será qUe não seria possível adquirir jóia idêntica por bastante dinheiro? ~ Meu amigo, respondeu o mercador,' 'vou lhe dizer claramente, qual a' jóia que perdi. Eu perdi UM DIA. Viu dia que se perde, é a jóia mais cara, que não se encontra mais, (Adapt , de Não Sou Meu) PARA INTERMEDIÁRIOS Conexão: Pelo dirigente

de uma. só jóia, mesmo que valesse muito dinheiro'? Fàcilmente, o senhor encontraria outra para substituí-Ia . . ~ Bem vê-se que o senhor não sabe o valor da jóia que perdi! Não há nada neste mundo que a substitua.

O tempo é uma coisa tão preciosa que bem poucas pessoas sabem aproveitá-Io convenientemente . Muitos pensam que a sabedoria no uso' do tempo está em utilizà-lo, integralmente, com o trabalho diario. Mas a verdade é que o tempo deve ser dividido e utilizado equílibradamente. Não é trabalhando de manhã à noite que revelaremos sabedoria no uso do tempo. A lição de hoje é muito importante, porque procura nos esclarecer sôbre êsse assunto. A mordomia do tempo nada mais do. que-o sentido de responsabilidade que devemos ter para com um

.é.


o

18

EMBAIXADOR

compromisso, dentro do mais curto prazo possível. Por isso devemos estudar a mordomia do tempo, em três sentidos: O sentido da responsabilidade com Deus; Q sentido da responsabilidade pessoal; e o sentido da responsabilidade com o nosso próximo. I -

A Mordomia do Tempo em re-

lação a Deus. No sentido mais absoluto, cremos que Deus é soberano em tudo. ~le é Senhor de tôdas as coisas. Não o seria, também, do tempo Y Evidentemente que sim. Para Deus não existe tempo. ~le é eterno, e a eternidade faz desaparecer qualquer idéia de tempo. O tempo existe para as coisas finitas, e só é percebido pela mente humana. Tôdas as coisas criadas por Deus têm um período de duração, e essa duração é que nos dá a idéia de tempo. O homem, como ser moral e espiritual, está subordinado ao tempo durante o período de sua existência terrena, isto é, enquanto, estiver ligado ao corpo rrror ta.l, finito e transitório. Neste periodo, portanto, de subordinação ao tempo. o homem, sendo criatura de Deus para viver no mundo da eternidade, como cidadão dos céus, deve entender que não é senhor de si. mas que precisa prestar contas ao Criador no uso do tempo que fizer. Deus não criou o universo para satisfazer um mero capricho. A sua criação foi para fins morais e espirituais. Diz o livro de Gênesis, que os luminares foram postos no 'espaço para servirem de sinais, para tempos determinados (1:14). E'

claro, que essa finalidade apontada por Deus, na criação, tinha em vista o homem, que logo depois seria criado. E,. quando se visava o homem, a finalidade era sempre espiritual. Com a possibilidade de medir o tempo, o homem poderia sentir melhor a sua responsabilidade de usá-lo como dádiva de Deus. A mordomia do tempo, em relação a Deus, leva o homem a compreender que a sua existência, neste mundo é ef'êmera e que não esta muito longe o momento de sua partida para prestar contas com o Criador. Pensemos, amados adolescentes, no uso que estamos fazendo 'do tempo que o Senhor nos deu, para a nossa preparação para a eternidade. II -

A Mordomia do Tempo relação a nós mesmos.

em

Com relação a Deus, a mordomia do tempo leva-nos a pensar na preparação para a vida eterna: Não só no que se refere à nossa salvação, santificação e purificação, mas também, ern referência ao nosso esfôrço de ganhar almas. Em relação a .nós mesmos" a mordomia do tempo leva-nos a uma compenetração profunda de nossos deveres pessoais. Cada pessoa tem a sua responsabilidade sôbre a sua própria existência. Cada um tem que trabalhar, estudar, conhecer, produzir, para se manter. O tempo é colocado à nossa disposição para o utilizarmos em nosso benefício. A maneira como usamos o tempo, para alcançarmos os nossos objetivos pessoais, determina a nossa compreensão dessa mordomia.


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EMBAIXADOR

No bom uso' do tempo, que está disposto a nós, devemos tomar em conta algumas observações: a) Procuremos ser metódicos: O Dr, Walter' Kaschel diz que um indivíduo que sabe o que vai fazer quando ínída seu trabalho, já tem metade do trabalho feito. Nunca nos esqueçamos do valor do método em qualquer serviço. Para nos tornarmos sábios no uso do tempo, devemos planejar o que vamos fazer e adotar o método mais conveniente; b) Procuremos ser pontuais: Se com o método nós sabemos como vamos fazer, com a pontualidade sabemos quando devemos começar a fazer e quando terminar. O método àjudanos a planejar a economia .do tempo; a pontualidade leva-nos a .por em prática e realizar a economia planejada; c) Procuremos ser constantes: A constância é a demonstração de firmeza de caráter. Na mordomia do tempo, êste aspecto suavemente importante. Muitas pessoas revelam fraqueza de caráter porque adotam métodos eficientes para o aproveitamento do tempo, mas não perseveram. Há 'estudantes que não conseguem levar a sério os seus propósitos e métodos de estudos por absoluta falta de constância. Planejam estudar pela manhã, marcam urna hora especial, põem o relógio para despertar, levantam-se apressadamente, mas tudo isso não vai além do primeiro dia. Vão se descuidando, vão relaxando, vão deixando para mais tarde. sem cuidarem que o tempo está passando. Como disse o poeta, do tempo: "Vou correndo sereno e constante .. Dêsse modo, de cem em cem anos, formo Um século e passo adiante." (Bilac); d) Pro-é

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curemos ser equilibrados: O trabalho, o repouso e os divertimentos, têm cada um o seu quinhão de nosso tempo. Devemos dar a cada um o tempo de.. vida, equilibrado. Qualquer preferência será prejudicial. Cuidemos de usar o tempo com diligência. lII -

A Mordomia do Tempo em relação ao nosso próximo.

Jà vimos que a mordomia do tempo se explica pela responsabilidade .que temos pelos compromissos assumidos. A nossa responsabilidade para com Deus, se depreende de nossa relação como criaturas. Temos que prestar contas de nosso tempo usado para fins espirituais: Para conosco, temos a responsabilidade de cumprir com os nossos deveres dentro do tempo preconizado ou do. mais curto pra ~ zo possível. Em relação ao nosso próximo, a nossa responsabilidade se estende aos compromissos ou aos nossos atos que afetam a sua vida. A mordomia do tempo dá-nos um conceito mais sério sôbre a dignidade de nossos semelhantes. Aprell-. demos que não só somos responsáveis pelo nosso tempo, mas também, o somos do de nosso próximo. Visitar um amigo, na hora em que êle está em serviço é roubarlhe o tempo e menosprezar a sua obra. A não ser por motivos justificáveis, não devemos tomar o tempo de ninguém. Urna entrevista marcada, um encontro, um trabalho que exija a presença de outrem, uma conferência, um culto, uma reunião ou uma simples palestra, são coisas tão sérias que clamam


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E-MBAIXADOR

pela nossa honestidade, pelo nosso caráter, pela nossa mordomia do tempo. Um pregador deveria falar a sessenta pessoas, e chegou atrasado um minuto. Alguém poderia dizer: "Mas ... um minuto! O que éum mi-' nuto ?" Pensemos nisso: um minuto, pode não ser nada,. mas um minuto de cada uma das sessenta pessoas .são sessenta minutos ou uma hora. Afinal de contas, a vida é feita de segundos, minutos e quejandos. Conclusão: Ninguém melhor do que Jesus para nos servir de exemplo no bom uso do tempo e para nos ensinar a doutrina da mordo-

Julho -

P.M.S.

Segunda Reunião.

UMA OITAVA o Embaixador-Chefe i~iCi~ a reuníâo usando o "Programa Modêlo" da pág , 45 do Guia dos EmbaixadoTes do Rei. Quando os Embaixadores do Rei tiverem uma reunião em conjunto com as Mensageiras do Rei podem usar o Modêlo na pág . 1.5 desta r'evista. (Desenhe uma harpa no quadronegro. Ao passo' que o programa vai-se desenvolvendo, escreva nos fios da harpa as virtudes mencionadas. ) Música reverente. Hino: "Tudo por 300, Cantor Cristão.

mia , Ao enviar os setenta para o trabalho de pregação, Êle os recomendou: "a ninguém saudeis pelo caminho": Luc. 10:4. Não havia tempo a perder. A obra era por demais importante e tinha de ser feita com rapidez. D'outra feita, Êle perguntou aos seus discípulos: "Não são doze as horas do dia?" e mais. "E' necessário qUe façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar" . A mordomia do tempo está completa em Eclesiastes 3:1-8. Há tempo para tudo.

Cristo" N°.

Diretor. do Grupo: Se nós vamos viver por Cristo temos que seguir os passos de Jesus, procurando em tudo fazer a vontade dÊle, ajudando outros, mantendo pura a nossa própria vida e viver em paz e alegria., Se 'seguirmos a Cristo tere-

DE VIRTUDES mos a luz dÊle para o nosso caminho e essa luz brilhará através de nossa vida de maneira que o mundo inteiro verá que somos crentes. Pensemos numa oitava musical e veremos que há oito virtudes que devemos tere estas oito virtudes caberão na oitava. Leiamos II Pedro 1 :1-12 e veremos a lista de virtudes que devemos ter. Aparentemente Pedro está dando conselhos a crentes. Nós todos já somos crentes? . Só podemos ter fé depois de termos arrependido e crido no Senhor Jesus Cristo. "Se vós não arrependerdes, todos de igual .modo perecereis." (Lucas 13:3) e João 3:16. "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito para que todo aquêle que nÊle crê não pereça mas tenha a vida eterna."


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EMBAIXADOR

Sabendo que Cristo morreu por nós e que temos a vida eterna por Ele, pensemos agora na oitava de virtudes. E' somente por termos ,estas virtudes que podemos ter a harmonia na vida cristã. 1. FE' - A primeira virtude é' fé. Quando Noé entrou na arca, foi conservado pela fé. Também é a nossa fé em Cristo que nos leva a trabalhar no reino dÊle e a viver conforme os seus ensinos. Somos salvos pela fé. A nossa fé é a base de nossa vida cristã e é por isto que vem em primeiro lugar na oitava de virtudes. À nossa fé serão acrescentadas tôdas as outras virtudes. Cantemos agora o corinho, "Crê no Senhor Jesus Cristo, e seràs salvo". (Coloque a primeira nota na oitava que tem a palavra' "fé" escrita neIa. ) 2. Virtude. Qual é a segunda nota que encontramos em nossa leitura Bíblica? E' a virtude. Um crente deve manter-se puro e limpo por amor a Cristo. Se eu risco êste papel com o lapis, o papel fica sujo (ilustre enquanto fala.) Agora o papel nunca mais ficará tão Iim-

pO e tão bonito como antes. Posso usar a borracha e tirar a mancba feita com o lapis (demonstre), mas vejamos como ficará. A mancha sai, mas o papel fica diferente. Não fica tão limpo como antes. O mesmo se dá com as manchas de pecado. O sangue de Jesus nos limpará de tôda mancha de pecado, mas ainda ficarão as cicatrizes na vida se vivermos impuramente. O crente, pois, deve viver em pureza e a sua vida deve ter virtude para completar a harmonia da oitava. 3. Ciência.

A terceira virtude

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mencionada é a ciência. E' muito importante que tenhamos uma' boa educação e que estudemos muito. Mas devemos lembrar que a maior ciência é a das coisas eternas. O Apóstolo Paulo escrevendo aos crentes em Corinto, disse que a " ... ciência, desaparecerá .... " 4. Temperança. A temperança é uma virtude. muito necessària na vida do crente. O crente deve saber governar a própria vida. Deve saber quando dizer "não" e quando dizer "sim". Em outras palavras deve se. controlar a si mesmo e não se deixar ser levado para cà e para lá conforme a ocasião. Um certo pregador sempre contava 'a seguinte história: "Estava numa feira onde se exibia o gado. Havia muita coisa interêssante sendo exibida e finalmente entraram 6 cavalos brancos, gordos e bonitos. O homem que os guiava tinha um olhar de orgulho no rosto, mas sempre tinha contrôle absoluto dos cavalos. Puxava as rédeas para .a direita e para a esquerda, e com um simples gesto de mão todos os 6 cavalos obedeciam perfeitamente. O~,assistentes ficaram admirados ao ver como ~le os guiava." E o pregador sempre terminava com a mesma aplicação: "Mas eu sei de um controle mais admirável do que aquele. E' o controle das rédeas da vida para o crente saber dizer sim e não na hora certa - para ter o controle da própria vida. 5. Paciência. E' muito difícil acertar esta nota em nossa vida diária, mas é uma das mais importantes se quizermos testemunhar do amor e bondade de Cristo. Precisamos tanto de paciência nas coisas pequenas como nas coisas grandes.


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Paciência quando tudo não corre bem, paciência quando temos que esperar, paciência quando nãocompreendemos. Será uma grande bênção se tivermos a nota de paciênda em nossa oitava de virtudes. 6. Piedade. Muitas .vêzes achamos que devemos ser piedosos somente aos domingos. Mas devemos lembrar que precisamos manter a nossa piedade 7 dias por semana. Como é que podemos fazer isto? Somente por olhar na direção de Deus todos os dias. pedindo o auxílio d:E:leem oração e lendo a Sua Palavra afim de saber a Sua vontade para nossa vida. 7. Amor Fraternal: Entre os crentes o amor fraternal existe. Foi perfeitamente demonstrado entre os cristãos durante as perseguições que seguiam a morte de Cristo. Dois exemplos destacam-se na Bíblia: o primeiro é o de Davi e Jônatas. "A alma de Jônatas se ligou à alma de Davi e Jônatas o amou, como à sua própria alma." (I Samuel 18:1-3b). "E Jônatas e Davi fizeram aliança." Esta história é 'o exemplo. sem par de amizade e amor fraternal que todo o crente deve sentir para com os irmãos na fé. O outro exemplo de grande valor é o de Rute e Noêmia. Rute amava a Noêmía não como nora, nem co-

mo filha, e sim como uma amiga e na hora de crise "Rute se apegou. a ela", e não deixou a sua amiga. A ciência não basta. Nem a piedade, nem a temperança, fé. virtude e os . outros elementos se não temperamos êste com o amor fraternal a amizade sincera. 8. Caridade- -(Amor) Pensando em caridade não podemos deixar de mencionar o capítulo 13 de primeiro Coríntios como a explicação por excelência de amor. E' maior do que a fé, do que a esperança. A oitava nota de nossa harpa é o coração do cristianismo. João 3:16 nos demonstra o amor de Deus pelo mundo. Nós também devemos amar a Deus e devemos amar aos outros para que tenhamos a perfeição de Deus em nossa vida. Diretor do grupo: Nossa oitava está completa agora. Vemos a figura da harpa. E vemos também qualquer instrumento musical. Que mais_ é necessàrio? O ínstru- _ mento deve ser afinado antes de produzir música. Também nossa vida tem que ser afinada antes de produzir a música do evangelho. Como é que podemos afinar a nossa vida? Já sabemos a resposta: é pela oração e o estudo bíblico. E como tocar nesta oitava de virtude? Temos que vivê-Ia dia a dia. Temos que sentir a mão do Mestre em nossa vida diária.


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Julho ......:. Terceira Reunião

TRABALHO

Abertura - A cargo do Embaixador Chefe, 'que inicia a reunião usando o "Programa Modêlo" da página 45 no "Guia dos Embaixadores do Rei." Ao chegar à hora do programa, o Embaixador Chefe passa a direção ao Conselheiro. . Programa - Trabalhar nos pos, tos. (Veja o Guia, página 13). Todos são candidatos até passarem pa-

Julho -

NOS POSTOS

ra o primeiro 'posto, que é o de Arauto. O conselheiro pode dirigir êste trabalho como êle achar melhor. E' bom fazer a Embaixada repetir vàrias vêzes a Declaracão do Embaixador e o Juramento. O conselheiro deve explicar a significação das palavras da Declaração do Embaixador, do Juramento, e também as palavras do .híno ,

Quarta Reunião

A MORDOMIA

DOS BENS

o Embaixador-Chefe mICIa a reuníão usando o "Programa Modêlo" da pág. 45

Conexão: Pelo dirigente

do Guia dos Embaixadores

A parábola que acabamos de ouvir pelos juniores é muito significativa para os servos fiéis de BOSSO Senhor Jesus Cristo. Há muitas lições que iremos salientar 'no estudo de hoje.

do Rei.

Quando os Embaixadores do Rei tiverem uma reunião em conjuntó com as Mensageiras do Rei podem usar o Modêlo na pág. 15 desta r'evista. .

PARA JUNIORES Teste de reprodução (Duas ou mais crianças poderão ser indicadas para reproduzirem a pequena história que segue) A história de hoje está registrada no Evangelho de Lucas 19:1127.

I -

A soberania do Senhor.

Disse Jesus que um certo homem, nobre, partiu para uma terra distante com 9 fim de tomar posse de um reino, e voltar. Distribuiu a sua fortuna aos seus servos, e partiu. Notemos que êle já era senhor de muitos servos, entretanto estava


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de viajem para tomar posse de um reino. Talvez Jesus quisesse se referir ao costume de seu tempo, em que os príncipes e governadores tinham de ir a Roma, para receber a autoridade real, diretamente de César . ,

Houve quem não quisesse reconhecer .a soberania dêsse senhor, mas essa atitude não invalidou o seu direito sôbre seus servos: antes, o permitiu demonstrá-Ia com energia e severidade. A parábola nos ensina em que posição se colocam os elementos rebeldes, que não procuram entender a soberania de seu Senhor. E' loucura proceder-se dessa maneira. A Bíblia mostra que Deus é Senhor de tudo, inclusive de nossos bens, e que nós somos seus mordomos. Negar essa soberania é destruir-se a si mesmo. II -

A rasponsabilidade

dos servo·s.

Depois de haver tomado posse do govêrno; voltou aquêle senhor, e chamou os seus servos para a prestação de contas. Compareceu 'o primeiro e disse: Senhor, a tua mina rendeu dez. Notemos a humil-

dade do servo. :E:lenão se vangloriou e nem começou a exaltar as suas qualidades. Disse, simplesmente, que aquela mina havia rendido dez outras. O outro servo . trouxe o relatório de suas atividades e apresentou cinco minas, usando da mesma expressão de humildade. O terceiro veio, e apresentou a mina conforme havia recebido do seu senhor. O seu único cuidado foi em guardá-Ia muito bem embrulhada no lenço, para ser depois devolvida ao seu dono. Nãohouve justificativa que acalmasse a ira daquele senhor. O servo era mau e in-

fiel. Nada poderia modificar êsse julgamento, pois se não quisesse trabalhar com a mina, então, a depositasse no banco para que fôsse rendendo juros. De duas coisas, êste servo fôra acusado: 1) de preguiça, porque não quis trabalhar e fazer prosperar a sua mina; 2) de falta de sabedoria, porque não quis dar a outros que trabalhassem com ela e lhe devolvessem com juros. A nossa responsabilidade diante de Deus, por tudo quanto é colocado em nossas mãos, neste mundo, não será transferi da a outrem, e nem deixaremos, nós, de prestarmos a nossa conta. Há muitos crentes que alegam não poder contribuir para a causa do Senhor porque não ganham .para comer. Notemos que não há desculpas justificàveis para Deus. Onde está a mina que Êlé nos deu? Onde a pusemos? Qual o uso que estamos fazendo dela? Se não estamos trabalhando com ela, onde a colocamos? Está enterrada ou estàem circulação para render juros? Pensemos nISSO.

Ilf -

Pelos frutos se conhece a ár-

vore. Parece incrível que aquêle senhor tivesse n1andado· exterrninar os seus servos negligentes, apenas porque não' fizeram produzir as minas, que lhes foram confiadas. Será que o ensino da parábola quer dizer que os membros de igreja, inativos, não herdarão. o reino dos céus? Será que a pessoa;. porque, não contribui para a causa, pode ser considerada excluída do reino de Deus? Cremos qUe sim. A parábola ensina justamente isso. Aliás, todo o Novo


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Testamento fala da fé genuína coAprendamos a mordomia dos mo fé operante. Fé que sempre é bens com essa parábola. Conclusão: Oxalà esta lição possa caracterizada pelas obras. O uso sábio que fizeram aqueles incutir no coração de todos, o deservos. da mina em seu poder, re- sejo de ser cada vez mais digno das velou que eram ativos, merecedores bênçãos do Senhor. Para tanto, da confiança de seu senhor, e crenbasta que tenhamos uma clara contes sinceros na sua volta como rei, cepção da mordomia dos bens. Tudo é do Senhor. Nós somos admipara o ajuste de contas. Por outro lado, aquêle servo infiel, que guarnistradores e como tál, temos que dou a mina, revelou ser indigno da prestar contas de nossa mordomia. confiança de seu senhor e, portanO senhor nos dá oportunidades pato, indigno da recompensa facultara o desenvolvimento de seu patrida. Pelas suas obras foi proclama- . mônio e exige os frutos de nosso da a sua incredulidade. E, corno trabalho. tal, recebeu o seu castigo. P. M. S .

.Agosto -

Primeira Reunião

NOSSOS íNDIOS o Embaixador-Chefe mICIa a reumao usando o "Programa Modêlo" da pág . 45 do Guia dos Embaixadores do Rei. . Quando os Embaixadores do Rei tive. rem uma r eurnao em conjunto com as Mensageiras do Rei, podem usar o Modêlo na pág. 15 desta revista.

já conhecemos por meio da história do Brasil. O Tupi vivia para' a guerra. Ti-

Quando Cabral e sua expedição chegaram ao Brasil encontraram a

terra ocupada por uma gente em pleno estado selvagem. Não sabemos como chegaram até aqui, mas a hipótese mais aceita pelos historiadores é a que diz terem êles vindo da Ásia. Em nossa pátria êste povo dividia-se em 2 grandes grupos: os Tapuias que se localizavam IlD interior e os Tupis que se localizavam no litoral. ~stes dois grupos por sua vez dividiam-se em tribos como Apinagés, Chererites, Goitacases, Tupinambás, Aimorés, Xavantes, Botucudos, Carijós,' Craós, e mais uma infinidade de outras que

• Tabernaoulo Batista em Mu?'itiba Grupo de índios Graós.

nha da sua força e da sua coragem profundo orgulho associado a uma


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verdadeira paixao de glória. Vencer o inimigo era a maior ufania de um guerreiro. . Nossos índios não tinham monumentos históricos; as reminiscências do passado consistiam em ritos, lendas, tradições ecânticos, celebrando combates, paixões, feitos heróicos e ações grandiosas ou rendendo culto a divindade. Tanto entre os tapuias como .tupis eram punidos o homicidio, o adultério, a mentira, a perfídia, a deserção e o roubo. Tinham uma cultura própria fundada na admiração e no exame direto da natureza. SUA RELIGIÃO: Não é mais pOI:;sivel duvidar de que no espírito bárbaro do índio, Tupã tivesse o mesmo valor equívalentf ao nome de Deus para o espírito do homem civilizado (note não dissemos o homem crente)'. Como Deus para êste, Tupã é para o selvagem o ser supremo, absoluto, misterioso, incompreensível. em si mesmo, mas que se manifesta na luz, nas claridades do céu, na fulguração do relâmpago, na chama, no sol, fonte universal de vida. Inferiores a essas grandes expressões divinas havia uma infinidade de deuses ou gênios a perturbar continuamente o ânimo do selvagem. Poder-se-ia dividir êsses seres por 'ordem: 1°. fenômenos da natureza como chuva, trovões, tempestades, ele. _2° . divindades tradicionais representadas nos mitos e nos ídol<:>s.3.°.a multidão de gênios, espíritos' e nomes domésticos.' Tudo' isto constitui o fundo de superstição que a' raça havia acumulado durante longos séculos de vida errante. Uma divindade muito curiosa e

ideal como Tupã era Rudá, o deus do amor. Vive lios bosques e nas fontes, no alto das montanhas, no escuro das florestas. Viaja tanto nas brisas e aragens cama nas ventanias. E' por isto que às vêzes no seio da mata, os selvagens em caminho, param de repente e em sílên. .. cio de terror até que passa' o deus temido. Tomam a voz melancólica de certo pássaro como aviso ou mensagem de almas queridas.' Por isso é que, de certo, tinham um respeito quase supersticioso pelo silêncio, pelo crepúsculo e pela solidão. Algumas tribos icreditam que os espíritos dos grandes depois da morte vão passear pelas estrelas enquanto que a alma do homem do povo fica errando pelos cemitérios ou em volta das habitações. - Quase 'todos acreditam que as almas das crianças vêm ao anoitecer chorar na quietude das tabas .

OS íNDIOS HOJE: Com a colonização e o desenvolvimento da cÍ-' vilizaçâo os índios foram sendo empurrados para dentro das matas. Muitas guerras houve onde brancos e índios perderam suas vidas. O branco com suas armas mais aperfeiçoadas prevaleceram e o selvagem não teve outro recurso se não o de embrenhar-ss nas matas do interior. O coração do Brasil está sendo aos poucos atingido pelos civilizados e o índio tende a desaparecer ou civilizar-se. Mas existem ainda muitas tribos no interior de Mato Grosso, Goiás, Parà,: Maranhão e outros estados do Norte. Os valorosos desbravadores da terra - os missionários da Junta de Missões Nacionais Têm visitado algumas destas tribos. A missioná-


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ria Pedrina Azevedo visita frequentemente a aldeia dos Craós, os mesmos índios pelos quais Noêmi Campêlo, a Heroina de Craonópolis, deu a sua vida. Ali Pedrina conta histórias do Meigo Nazareno, ensina cànticos, muitos dos quais estão na própria língua dos Craós , A missionária Marcolina Magalhães visita a aldeia dos índios Apinagés, Margarida Gonçalves e Beatriz Silva os índios Cheren tes. No ano atrazado os Cherentes tiveram sua primeira árvore de Natal e ficaram encantados especialmente com os presentes que receberam. Os índios são por demais interesseiros e adoram ganhar presentes .. , Em tôdas estas visitas o Evangelho puro e simples é apresentado a estas almas perdidas. Gostam muito,' muito mesmo de música. Ficam' encantados com a vitrola e o orgão portatil , Não se. cansam nunca de ouvir os lindos hinos de louvor e gratidão a Deus. Os índios entretanto não querem ser como os brancos. Pastor Dodanim contou-nos que certa vez ensinava um corinho em português' a um índio. Sua esposa e filha trabalhavam não longe e vendo que êle 'cantava em português .começararn a rir e 'dizer que êle era civilizado. O índio percebendo istocomeçou a cantar tudo errado e a engasgar como se fôsse impossível aprender e terminou desistindo. Até escolas populares são realizadas nas aldeias durante o período de férias contando com' o auxílio de outras missionárias que são professôras. Não podemos saber quantos já aceitaram Jesus como seu-Salvador, mas Cremos quepelo menos alguns são sinceros quando levantam a

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mão dizendo que querem aceitá-Ia. Conclusão: Beatriz Silva contounos que os índios são preguiçosos e gostam de pedir. Certa vez chegaram .a um senhor que tinha uma bonita roça de aipim (mandioca) e pediram. um pouco e o homem não quis dar. Os índios foram embora e de noite voltaram arrancando todo O mandiocal. Depois de tirarem as raizes plantaram novamente todos os pés no 'mesmo lugar. O senhor quando levantou-se pela manhã não percebeu nada, mas quando o sol saiu sua roça murchou completamente. Indo examiná-Ia verificou o que havia acontecido. Os índios são mesmo assim. Que poderemos fazer em favor dêstes nossos patrícios que vivem nas selvas sem Cristo e sem salvação? . Podemos orar e orar muito para que Deus abra seus corações afim de poderem compreender e aceitar a Jesus como Salvador. Poderemos ter uma caixa e durante o ano ajuntar colares, pulseiras, sabonetes, pentes, anzóes, muitos anzóes. Porque os índios gostàm especialmente de ganhar anzóes . No fim 'do ano, um mês antes do Natal ou mesmo em outra ocasiao poderemos enviar estas coisas as míssionárias que visitam estas aldeias. Assim estaríamos cooperando para, que os nossos Índios tivessem alguma coisa por ocasião do Natal. Podemos ~ devemos contribuir com o nosso dinheiro para que a Junta de Missões Nacionais possa ampliar os seus trabalhos no interior da nossa pàtria e para qUe outros obreiros sejam ·enviados para levar a rnénsagem de salvação ao povo perdido nas trevas do pecado,


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Agosto -

Segunda Reunião

A MORDOMIA o EmbaixadorcChefe inicia a reunião usando o "Programa Modêlo" da pâg , 45 do Guia dos Embaixadores

do Rei.

Quando os Embaixadores do Rei tiverem uma reunião em conjunto com as Mensageiras do Rei, pod ern usar o Modêlo na pág. 15 desta revista.

PARA JUNIORES

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Teste de reprodução (Duas ou mais pessoas poderão ser indica das 'para reproduzirem esta pequenina história) No século passado, na pequenina cidade de Tuscumbia, Estados Unidos, nasceu uma garotinha que' recebeu o nome de Helena. Sua mãe ficou muito satisfeita com o nascimento de sua filhinha, pois que, realmente, era uma menina bonita, muito viva e cheia de saúde. Helena começou a andar logo cedó e, com um ano e meio, já falava alguma coisa e tudo lhe era compreensível. Ao completar 19 meses, sobreveio-lhe uma terrível enfermidade, manifestada por febre no cérebro e no estômago. Dentro de pouco tempo, Helena estava curada daqueles niales. Mas, estaria ela realmente curada? Daquelas perturbações, sim. Com o tempo, entretanto, sua mãezinha foi observando que sua querida filha não se comportava normalmente como anteriormente. Como tôdas as criancínhas choram quando tomam banho, especialmente quando se lava a cabeça, a mãe de Helena estranhou que isso não acontecesse mais com sua filhinha. Levada ao médico constatou-se que a menina estava cega.

DOS OLHOS Percebendo que ela se tornara insensível a qualquer barulho e não mostrava nenhuma reação ao estrilar da campainha, examinaramna, e eis que se achava surda. Ao terceiro ano de vida desconfiaram da sua falta de progresso na linguagem e finalmente descobriram, qus ela estava, também, muda. Crescendo dessa maneira, cega, surda e muda, Helena. com muita fôrça de vontade conseguiu vencer todos os obstáculos que a natureza lhe impusera e se tornou a conhecidíssima e famosa defensora dos cegos de todo o mundo. O seu nome é amado e respeitado pelo mundo inteiro. Há poucos meses atrás, ela esteve no Brasil, onde foi festejadamente recebida. O seu nome é Helen Reller. O apêlo que ela faz em favor dos cegos é baseado na experiência que todos têm da luz. As pessoas que têm vista e sabem do seu valor devem ajudar o cego a ser útil à humanidade. Em outras palavras, ela procura despertar os homens que vêem para a mordomia <tos olhos, ou da visão.

PARA INTERMEDIARIOS Conexão: Pelo dirigente A história de Helen Keller é mui-: to impressionante e fala-nos da importância dos olhos - êsse maravilhoso órgão, que Deus nos deu, para contemplarmos as coisas lindas da. criação. Quantas pessoas menosprezam êsse dom admirável. Quan tas pessoas vivem a usar mal


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ao desconhecimento do Evangelho. êsse instrumenlo visual, que tanto nos ajuda. no enriquecimento de Muitos malbaratam O valor das nossas faculdades. Varnos estudar . funções visuais, simplesmente porêste interessante assunto. A Morque não sabem que são mordomos de todos os dons. e que um dia tedomia dos olhos ou da visão. rão de ajustar contas com o Senhor I - O que são e pará que servem dos senhores. os olhos. Visto que o que passa pelos nossos olhos, terà repercursão em nosso Os olhos são um dos admiráveis cérebro e nossa alma, devemos cuiórgãos dos sentidos, que formam dar bem do uso de nossa visão. pois os meios de comunicação do corpo a nossa alma receberá tôdas as incom o mundo exterior. Êles são. fluências daquilo que vemos. Jechamados, também, o aparelho da sus disse que "os olhos são a lâmvisão. A sua tarefa é focalizar os pada do corpo. Se os ... olhos foobjetos exteriores, transportá-Ias rem ,bons, todo o corpo será pelo cristalino até a retina, e daí luminoso. Se porém forem maus, encaminhar as impressões recebitodo O c.orp.o estará em .trevas" . das, pelo nervo. ótico, ao cérebro, Mal. 6:22,23. onde se tem a perfeita consciência Há muitas maneiras de usarmos do que se passa. O olho humano é os nossos olhos para a negridão de rnuito propriamente comparado à nosso corpo. Cuidemos de nossa viuma máquina fotográfica, pois capsão, como .mordomos, e evitemos ta, conforme a intensidade da luz, que em nossa' alma se ref'Iitarn cetôdas as imagens e as reproduz panas menos dignas para um cristão. ra nossa apreciação. Tôdas as ceOs adolescentes devem Se abster nas Se desenrolam ao nosso redor de ver fitas cinematográficas, pois, poderão se tornar nossa propriedaem geral, elas só servem para perde, se as focalizarmos com nossas verter a alma lavada por Cristo. potentes objetivas humanas. Tudo Nunca ponham seus olhos nos fao que vemos passa o monumental migerados "Gibi", "Guri", ete.; arquivo, que é o nosso cérebro, onnas revistas pornográficas e jornais de voltamos a apreciar, sempre que "humorísticos", que só prestam quizermos. para o fogo. As pessoas que usam dessa literatura estão envolvendo a II - O mau uso dos olhos. sua alma de trevas. Êsse aparelho maravilhoso, que lU - O bom uso da visão. impr-ime as cenas mais importantes em nossa alma, de uma maneira inAssim como nós não gostamos de delével e permanente, tem sido . gastar filmes fotográficos em qualmuito menosprezado pelos homens. quer cena, mas os reservamos para Nós somos responsáveis por tudo fatos de significação, pelo menos quanto vemos e por tôdas as imque nos possam servir de lembran- . pressões que temos do mundo, co- ça, recordação,_etc., também develhidas pela visão. A ignorância que mos agir, da mesma maneira, com impera sôbre êste.assunto, na granos nossos olhos. Tudo quanto pasde maioria de pessoas, é devido sa pelos nossos olhos vai para" o


32 mais perfeito arquivo da humanidade - o cérebro - e ali permanece, desafiando os tempos, até que tenha de ser manuseado, na eternidade, diante do tribunal de Cristo. As "fotografias" boas que tivermos apanhado, serão para o nosso regosijo, para o nosso consolo, para a nossa exultação, mas as más "fotografias" serão para a nossa vergonha e desonra. . Como mordomos de Cristo, responsáveis portanto, pelo nosso arquivo "fotográfico", tenhamos o màximo cuidado com tudo quanto passa pelos nossos olhos. . O servo de Deus, zeloso de seu patrimônio moral e espiritual, não se deixará levar pelo amor do mundo, pois João diz, na sua primeira carta que "tudo que há no mundo, à concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e· a soberba da .vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquêle, porém, que faz a vontade de Deus, permanece eternamente." 2:15-17.

Agosto -

Usar bem a visao, não só exige bastante sabedoria, como também fôrças espirituais para vencer Satanás, pois a tentação é terrível. Precisamos nos refugiar em Cristo com a leitura da Bíblia e oração. Ninguém se iluda. E' mais fácil ser mordomo dos bens (dizimistas) do que o ser, dos olhos. Conclusão: Deus nos dotou de certos dons afim de que os empreguemos para a Sua honra e glória. Somos mordomos do Senhor, em tudo. Já é tempo de pensarmos que no nosso cérebro (sala de visitá da alma) há um "rôlo de filme virgem" onde são gravadas tôdas as imagens que se descortinam diante de nossos olhos. A revelacão dêsse filme ·é o melhor atestado de nossa conduta moral e espiritual. Cuidemos bem das "chapas" que andamos "batendo" por aí. Se os nossos olhos forem máus, todo o nosso corpo estará em trevas, e quão grandes serão essas trevas L..

P.M.S.

Terceira Reunião

TRABALHO

Abertura: - A cargo do Embaixador .Chefe, 'que ínicía a reunião usando o "Programa Modêlo"da

NOS POSTOS

pagina 45 no "Guia dos Embaixadores do Rei". Ao chegar à hora do programa, o Embaixador Chefe


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passa a direção ao Conselheiro. Programa - Trabalhar nos postos (Veja o Guia, páginas 13 e 19) . Agasto -

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Usar a história "O Gigante que Dorme", na Página 4 desta revista, COl110 base para o programa.

Quarta Reunião

ISTO ACONTECE o Elmba.ixadcr-Chef a inicia a reunião usando o "Programa Modêlo" da pág . 45 do Guia dos Emba1·xa,doTes do Rei. Quando os Embaixadores do Rei tiverem uma reunião em conjunto com as Mensageiras do Rei podem usar o Modêlo na pág . 15 desta r~vista, Nossa lição de hoje constará apenas de algumas histórias verídicas narradas ou escritas por algumas de nossas miseionárias .

A missionária Pedrina Azevedo, professora da escola de Itacajá escreveu: " Até os velhos Clamam ." "Às margens do lindo riozinho Manuel Alves Pequeno, em pleno coração das plagas brasileiras há um amontoado de humildes casi.nhas que formam o lugarejo charnado Itacajá.

NO SERTÃO Com a ida dos nossos missionários pioneiros êste lugar que até então era um nada foi progredindo e progredindo e hoje é uma vila alegre, povoada por jóvens fortes que vão de fonte em fonte buscando à iuz do Evangelho conhecimentos necessários ao seu crescimento espiritual. De dia a dia o nosso lugarejo vai

aumentando com inúmeras famtlias que vêm de longe em busca de Colégio para os filhos. E assim é que certo dia caminhando quase 100 léguas (600 quilômetros) uma grande família' chega do interior tio Maranhão em busca de educação para seus filhos e netos. Aquele quadro era comovedor, pois transpondo obstáculos na jornada ali


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chegavam aqueles irmãos em Cristo sidade do Evangelho no sertão. Que contentes e animados pela Luz da faremos? Verdade. . Eis uma história de Beatriz Silva: Nessa numerosa família, o que mais me impressionou foi a perso"PEQUENO RAIO DE SUL" nalidade firme da irmã Maria Lima Mar'tins - chamada por nós de "Na estrada poeirenta e incerta, V Branca,' uma velhinha de 64 viajávamos nós, obreiros da Junta primaveras. Com os seus gestos li- de Missões Nacionais. Atrás ficára geiros e olhinhos abertos via-se lo- a bifurcação que nos deixára pergo que Vóvó Branca possuia um plexos "Qual será a estrada certa?" espírito ativo para todos os trabaera a pergunta que o grupo forrnulhos. lava. Pastor Colares, Margarida Um dia no labutar diário, Vóvó Gonçalves e mais dois moços crenBranca levou uma queda ficando tes eram os meus companheiros de sem pode!' trabalhar tanto como viagem. era o seu costume. Certo dia ao viSaíramos da cidade do Peixe, rusità-la, conversamos longamente mo à cidade de Porto Nacional e toe sugerimos mais uma vez à vovómáramos a estrada errada, seguinzinha o seguinte: aprender a ler. do um tanto preocupados, ante a Com uma coragem qUe nos surpreidéia de atravessar o rio Santa Teendeu começou a estudar aprendenresa. O ponto em que devíamos do como fazer as primeiras letras do atravessá-Io é-o porto do Funil onnosso alfabeto. Passaram-se os dias de só se encontra passador se houe cada vez o seu entusiasmo cresver um aviso prévio, visto o mescia mais. Eram estas as suas pamo residir bem distante do local. lavras: "Desejo aprender para ir • O pastor mandára recado para o à Igreja cantar hinos em louvor a passador, mas como estávamos em Deus. Será feliz o dia em qUe eu estrada errada chegamos em porto puder ler a minha Bíblia e meditar diferente, onde nem sinal havia de nas suas palavras, "Deixei-a já lenque qualquer mortal por ali passasdo a Cartílha Modelo do Professor se. Nossos companheiros gritaram Luciano Lopes. bastante mas ninguém nos responA vida da irmã Maria é um fiel deu. A chuva prometia desabar e espelho daqueles que extraem da . ficamos desolados pensando em fonte da Vida a seiva necessária ao permanecer ali. Vimos então na crescimento espiritual - a oração. outra margem uma canoa tosca, se Como para o seu lar é um exemplo estivesse do nosso lado tudo estade consagràção. ria resolvido. Os rapazes gritaram Como Vóvó Branca há centenas novamente e tanto barulho fizeram de vidas no sertão que almejam um que surgiu na outra margem um pouquinho de .luz para iluminar gurí. O. pastor gritou pedindo que suas mentes e ainda mais as suas êle nos trouxesse a canoa,. mas o almas imersas nas trevas da ignogaroto não podia fazê-Io, era perância e do pecado. queno demais e além disso a canoa Aí está uma partícula da necesnão tinha remo. óvó


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Por algum tempo ficamos diante do rio; depois o pastor sugeriu que o garoto fosse até sua casa procurar um remo para nós. ~le foi e voltou sem o remo. Tanto insistimos que o gurí arranjou um reminho, mas como poderíamos fa.zer a canôa chegar à margem onde estávamos? O rio é largo e perigoso e ninguém gostaria de atravéssá-Io a nado. Depois de larga espera Um dos moços resolveu nadar e trouxe a canôa . Era pequena mas como a chuva se avisinhava, resolvemos atravessar imediatamente o rio e subir a ribanceira, anciosos para chegar à casa. , A tempestade veio logo, mas tivemos tempo de alcançar a morada. Deitada em uma cama estava -uma senhora muito doente. Sentámo-nos em tosco banco iniciando palestra com a enfêrma. Poucos minutos após ouvimos atrás das palhas uma vózinha infantil cantarolando: " Jesus me ama e quer salvar-me". Surpreendeu-nos o cântico do sertanejinho e logo procurámos saber como o aprendera. À senhora enferma disse-nos que ouvira o Evangelho numa cidade do· sul de Goiás, num Hospital Evangélico. Contou-nos que o seu filhinho aIí aprendera o corinho . Feznos saber que desejava muito encontrar pessoas crentes para explicar-lhe o Evangelho de Cristo. Ela cria que Deus nos estava enviando ao seu rancho para que pudesse ouvir mais acerca de Jesus; que Deus nos levára ali e nos guardára na perigosa travessia do Santa Teresa, permitindo-nos sair da estrada certa afim de levar-lhe a palavra de Deus. Atribuindo ao plano de Deus o fato de ficarmos ali detidos pelo

temporal, ela se alegrou muito e aproveitou o ensejo para fazer várias perguntas sôbre o plano da salvação. Orámos juntos agradecendo ao Senhor a bênção daquela ocasião; passámos a noite no rancho e o pastor Colares dirigiu o culto. No dia seguinte prosseguimos na viagem, recordando a criança que cantára "Jesus me ama" e que nos dera a oportunidade de encaminhar a palestra que tanto ajudou àquela família de pessoas interessadas no Evangelho. Pequenino "Raio de Sol" iluminando tão afastado recanto do sertão goiano, o garotinho das margens do Santa Tereza continua a cantar" Jesus me ama e quer sal-

var-me ,"

.

A história de dona Caçula "Isto aconteceu no orfanato de Itacajá" Certo dia Dona Caçula (Missionária Maria Clementina Lima' de saudosa memória) recebeu um chamado para ir buscar uma criança de mais ou menos 5 anos de idade, num lugar a três léguas de distância. Dona Caçula com um coração grande e amor suficiente para amparar tôdas as crianças do Brasil pos-se a caminho. Chegando ao local qual não foi a sua surprêsa :10 ver uma garotinha que mais parecia ter três anos" imunda, coberta de ferida da cabeça aos pés, completamente sem roupa. Apanhou aquele farrapo humano e regressou ao orfanato. Chegando ali de todos os lados ouvia o mesmo comentário: "Trouxeste esta pequena para morrer aqui." Ela entretanto impassiva levou a efeito os seus planos. Preparou água e deu um bom banho na pequena de tão suja que


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EMBAIXADOR

estava dispensou o sabonete e usou sabão mesmo. Após o banho limpou e medicou aquele corpozinho cheio de chagas. Não foi só neste dia 'mas muitos outros dias tratou com amor e carinho mais esta pequena filha. . Hoje a garota tem 9 anos de idade. está forte e muito contente. Um de seus tios insiste em querer leváIa para sua casa, naturalmente para trabalhar. A pequena entretanto diz com clareza e energia que não . deixará o seu lar - o orfanato. Ainda do orfanato temos esta carta: Itacajá,

7 de Dezembro

de

em Cristo L.

M.

1953. Querido irmão Bratcher.

E' com muito prazer que estou escrevendo para o Sr. pela primeira vez, sinto-me muito alegre em escrever para o Sr. E' também com grande satisfação. DI'. Bratcher quero lhe dizer qUe aqui vai t~do bem, os trabalhos da Igreja' estão bem animados, a União de Intermediários da qual eu faço parte está sempre aumentando e temos 19 já matriculados na união. DI'. Bratcher, quero lhe dizer que vamos fazer; ou melhor queremos organizar uma orquestra de gaita. E quero para êste fim lhe pedir uma gaita ou vialei ou sonhadora seja o que for. O meu nome é Francisca . Almeida sou a primeira orfã do Orfanato em Itacajá, vou terminar porque já está muito tarde. Nada mais de que lhe escrevi,

Francisca (Chica)

Ahneida de Souza

Conclusão: Neste ano passado nasceram no Dispensário e nos seus arredores 50 crianças as quais foram atendidas pela nossa missionária Sarah Cavalcante. Disse ela que quase tôdas estas crianças não tinham nem sequer uma peça de r011pa e a maioria quase que não tinha nem um pano no qual poderiam ser enrolados. Aí está caros Embaixadores algumas causas que estão acontecendo todos os dias no sertão. Que poderemos fazer? Orar? Sim. Contribuir; E' nosso dever. Podemos ainda fazer mais alguma causa. Arranjar roupinhas para serem enviadas aos dispensários, temos 3: Isto não só será um prazer mas estará contribuindo para o nosso próprio desenvolvimento bem como para o bem de outros. Poderemos' mandar presentes como Imnquedos, sabonetes, pentes, mesmo roupas para os órfãos. Temos. 35 crianças lá desde a idade de 3 anos até que terminam o curso primário. Poderemos mandar Iapís de cor e uma infinidade de cousas se tão somente planejarmos com antecedência e pensarm,os um pouco. Façamos alguma cousa de prático, útil e concreto para os nossos orfãos noNatal dês te ano. E não nos esqueçamos de orar fervorosamente em favor dos Missionários que 'lá no sertão levam a mensagem de Cristo aos corações perdidos.


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Agosto _. Quinta Reunião Á

MORDOMIA

o Embaixador-Chefe inicia a reunião usando o "Programa Modêlo" da pág. 45 do Guia dos Embaixadores do Rei. Quando os Embaixadores rem

uma

reunião

do Rei tive-

em conjunto

com as

Mensageiras do Rei, podem usar o Modêlo na pág.

DA

SAÚDE

da corrupção do midade e o vício. Jesus Cristo, êle fiel mordomo da

corpo pela enferComo crente em passou. a ser um saúde.

15 desta revista.

PARA JUNIORES Teste de reprodução , (Duas ou mais crianças devem ser indica das para reproduzirem a pequena história que segue) Aquêle moço era um perdido. Frequentava assiduamente os bo-tequins e ficava até alta hora da noite discutindo e brigando com os cachaceiros do bairro. Vivia sempre doente devido a muita estravagância a que constantemente se expunha. Ultimamente estava tão mal, que ninguém dava mais nada por êle. Prêso, por provocar intrigas na vizinhança, foi ter no cárcere, o tempo devido para um bom tratamento da saúde e a oportunidade de entrar em contato, pela primeira vez, com os crentes evangélicos, que anunciavam a mensagem de salvação aos detentos . Ouvindo o pregador dizer que o nosso corpo é o têm pio do Espírito Santo, não mais conteve a dor do seu pecado e aceitou a Jesus corno seu Salvador . O médico já havia lhe dado apenas 20 dias de vida, mas a sua nova compreensão da existência, havia lhe proporcionado um estímulo para viver muito mais. O Evangelho lhe salvou da condenação eterna do pecado, da conde- . nação à morte física prematura, e

PARA INTERMEDIÁRIOS Conexão: Pelo dirigente. Fala-Se e escreve-se muito sôbre mordomia, mas muito pouco se tem dito acêrca da mordomia da saúde. A ignorância dessa matéria, tem ocasionado a mais terrível confusão

na mente humana que, por vêzes, tem conduzido muitos à blasfêmia, ao pecado e à, loucura. A atribuição, que constantemente ouvimos os homens fazer a Deus, pelas suas enfermidades, é o exemplo mais frisante de estupidez. Poucas pessoas param para pensar que a multidão de pestes, epidemias e enfermidades graves são consequências diretas de seus abusos, de suas estravagâncías e pecados. A mordomia da saúde tem o propósito de nos fazer compreender êstes fatos. Vejamos:


D "EMBAIXADOR

38 I -

O valor da saúde.

Pouca coisa teríamos de esclarecer neste ponto, pois é do conhecimento das pessoas mais simples o valor e o significado da saúde. Não" é preciso cairmos na cama, com uma enfermidade, para sabermos avaliar a saúde. Basta que reflitamos um pouco no que teríamos de deixar de fazer, se tivéssemos que guardar o leito. A saúde é tão importante e tão valorosa, que não se pode avaliá-Ia com coisa alguma dês te mundo. Não há dinheiro que a possa comprar e nem bens ql!.e a possa cambiar . Muitos milionários dariam tudo o que têm se conseguissem reavê-Ia. Os que a perderam lutam para encontrá-Ia, mas os que a possuem, infelizmente, não a consideram, devidamente. Com a saúde, temos a alegria de viver .. Sentimos prazer em muitas coisas e podemos" dizer que temos felicidade. Com a saúde, sentimos disposição para o trabalho e nos aplicamos às mais variadas ocupações, que constituem os meios de nossa subsistência. Com saúde, podemos ganhar dinheiro, fama, honras, ete. Com ela, enfim, podemos viver em sociedade. A doença nos arrebata do convívio social. A nossa própria condição física e espiritual nos desistimuIa do contato pessoal. Isto para não falarmos das enfermidades contagiosas, que compulsóríamente nos afastam da sociedade e do convívio familiar. A saúde tem um valor inestimável. II -

A nossa responsabilidade .•

A mordomia da saúde ensina-nos a tomar cuidado com o nosso corpo. Conhecendo a nossa constituição ou a nossa estrutura, chegamos a con-

clusão de que o nosso corpo merecmuito cuidado, muita atenção e muito carinho. A nossa carne é um material de duração insignificante e de resistência Iimitadissima. A nossa. responsabilidade em conservá-Ia é tanto maior quando sabemos <lue ao recebermos Cristo como nosso Salvador, ela se torna morada do Espírito Santo de Deus. Cada pessoa é responsável pela manutenção de sua saúde. Muitas vêzes nos descuidamos e, uma enfermidade sem muita importância passa a ser de caráter maligno e,em pouco tempo, todo o nosso corpo está destruído. As chamadas doenças hereditárias são consequências diretas de nossa ignorância sôhre a mordomia da saúde. Famílias inteiras são afetadas por uma determinada moléstia, simplesmente, porque uma pessoa não sentiu a sua responsabilidade diante de tão grande flagelo . Resumindo, vejamos: Somos responsáveis pelo nosso corpo. 'ou pela nossa saúde, tendo em vista a fraqueza de nossa _carne. Somos responsáveis porque, da nossa saúde, depende a de nossos fa.milia.res, de pessoas que estamos em contato, e até de nossos descendentes. III -

O exercício da mordomia.

Há uma infinidade de livros que procuram indicar, ao povo," as regras mais eficientes para a conservação da saúde, mas devemos tomar muito cuidado com tais Íiteraturas. Muitas deles são destituídos do verdadeiro critério científico,' porque foram escritos com fins de propaganda, financeiros e especula- " tivos. Os homens vão a procura de tais panacéias porque estão persuadidos que a longevidade depende da


6 EMBAIXADOR boa saúde. Em última análise, o que êles estão querendo não é tanto preservar a saúde, mas evitar o encontro com a morte e fugir ao juízo vindouro. O crente em Jesus Cristo não está preocupado com o problema da Iongevidade, pois tanto faz viver neste mundo como partir, estará sempre com o Senhor (Fil. 1 :23). A mordomia da saúde, para o crente, é a sua preocupação constante de manter em ordem o seu corpo para servir melhor a Jesus. Eis algumas informações que nos ajudam a pôr em prática a mordomia da saúde: 1 - Higiene: Devemos manter o nosso corpo na melhor condição higiênica possível. Muitas enfermidades são oriundas da falta de asseio, falta de limpeza no corpo, na cama onde dormimos ou na casa onde habitamos. Um leve arranhão, poderá tornar-se uma ferida brava, se não tivermos os devidoscuidados; Alimentação conveniente: Muitas vêzes somos apanhados por enfermidades porque o nosso corpo está subnutrido. Não nos alimentamos corrverrierrtern.en te e o nosso corpo fica' predisposto a qualquer doença; Repouso: O des-

Setembro -

canso é um grande fator de saúde. Não. devemos ter uma quantidade de horas para o nosso repouso, mas devemos repousar suficientemente. Para muitas pessoas, três ou quatro horas de sono é o suficiente, enquanto que outras, especialmente as mais moças, necessitam de seis a oito horas. Não importa a quantidade, importa a suficiência. Notemos que repouso não é só dormir, mas descansar , . Podemos dormir só três horas, mas êsse prazo não é suficiente para descansar o corpo, qUe gastou energias durante o dia todo; Exercícios: Ninguém pode negar a influência dos exercicios no desenvolvimento físico e na manutenção da saúde. ~sses exercícios, contudo, devem ser controlados e com muita moderação. . A mordomia da saúde, ainda nos ensina a abstenção de tudo o que é prejudicial. Todo o excesso é condenável. Alimentação em abundância, imoderada (gula) é um pecado denunciado nas Escrituras. O uso de íntorpecentes, bebidas alcoólicas, fumo e todo o vício, qUe perambula por aí, deve ser abandonado completamente. P.M.S.

Primeira Reunião

A MORDOMIA

DA LiNGUA

o Embaixador-Chefe inicia a reunião usando o "Programa Modêlo" da pág , 45 do Guia d08 Embaix'adore8 do Rei.

PARA JUNIORES

Quando os Embaixadores rem

uma

reunião

do Rei tive

em conjunto

Mensageiras do Rei, podem usar na pág. 15 desta revista.

com a" O

Modêlo

Teste de reprodução (Duas ou mais pessoas poderão ser indicadas para reproduzirem a pequenina história, que segue) Como sempre, a vóvózinha esta-


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va ao lado da janela, assentada numa cadeira de balanço. e interessada em terminar logo o seu trabalhinho de crochê. Sorrateiramente, Célia Maria foi se aproximando ... - O que você deseja, minha netinha - disse D". Laura. Atrapalhada, e sem tempo algum para ensaiar as palavras, foi dizendo o que sentia, mesmo que a respiração lhe. perturbasse, e a voz saísse entrecortada. - A senhora sempre tem me dito, vóvó, que é muito feio uma pessoa, especialmente uma criança; se intrometer na vida alheia, mas ontem, D'·<Lica foi excluída da Igreja e ainda não sei por qual razão. - Bem, minha netinha. . . Quero lhe ensinar mais uma coisa. Nós não só não devemos nos importar com a vida dos outros, como também não devemos comentar, fora da sessão, as resoluções tomadas pela Igreja. Simplesmente porque o nosso assunto se aplica muito bem COIll a exclusão de D" Lica, ·vou lhe contar o que aconteceu. Preste bem a atenção. Df!. Lica, quando menina, viveu num lar onde não se cultivava o respeito à dignidade humana. Seu pai tinha por hábito criticar todos os colegas de serviço e todos os conhecidos. A sua língua não poupava seus chefes, superiores e nem parentes. Sua mãe possuia o mesmo defeito. E, o mais lamentável, é que êles procuravam a hora das refeições para essa odiosa tarefa. Não é preciso dizer mais nada sôhre a escola onde Dl). Lica teve as suas primeiras aulas de mexericos. Pobre mulher!... . Veja, Célia Maria, como as pessoas que não sabem guardar-se da

mentira, da malediscência e da calúnia são destruidas pela própria língua. Dl). Lica demonstrava IllUÍta alegria quando podia falar da' vida alheia. Ela se enchia de orgulho quando surgia um motivo, na Igreja, para as suas críticas e observações malediscentes. Ontem, porém, foi o final de tôdas as suas atividades destruidoras na Igreja. Ficou demonstrado que ela não amava a verdade, nem amava seus irmãos e muito menos os seus inimigos. Uma pessoa que assim procede não mostra que é uma nova criatura, portanto, não produz os frutos de uma vida com Cristo. Tais pessoas não devem fazer parte de uma Igreja. Seja sempre cuidadosa com a sua língua, Célia Maria.

PARA INTERMEDIÁRIOS Conexão: Pelo dirigente. I

A história de Célia Maria falanos do cuidado que devemos ter com a nossa língua. Nós somos mordo mos de Jesus Cristo, e a nossa mordomia se estende a tudo o que o Senhor nos deu para o nosso uso. Os dons, os sentidos,. os bens, tudo enfim, constitui o patrimônio de nossa mordomia. Hoje vamos estudar a- Mordomia da língua. Não resta dúvida que é uma tarefa difícil de se realizar, mas conhecendo o mal e sabendo a responsabilidade que está sôbre ')8 nossos ombros, teremos maiores facilidades em atingir o nosso alvo. I - A natureza e função da língua. A língua é um órgão do corpo humano, que se localiza na parte anterior do rosto, na cavidade que


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se chama bôca. Ela é de conformação achatada e se constitui- de músculos (que lhe dão mobilidade), recobertos por uma mucosa (onde são percebidas as impressões gustativas). ' , A língua é o único, órgão dos sentidos que' tem triplice aplicação. Dado à sua mobilidade, ela serve para auxiliar a -mastigação dos alimentos, e a deglutição (engulir) . Serve para articular os vários sons da voz, permitindo-nos falar, cantar etc. Fundamentalmente, ela é caracterizada como o órgão da gustação, isto é, o órgão que nos, transmite o sentido do gôsto, ou que nos permite conhecer o sabor das substâncias. Em tôdas as funções da língua, somos chamados a prestar contas" pois somos mordomos responsáveis pelo uso que dela fazemos. Devemos dar muita atenção à nossa língua, nas suas aplicações, pois em tôdas elas somos responsáveis. Na lição de' hoje, iremos salientar a função da língua no que diz respeito à articulação dos sons, ou, aquela parte que nos permite transmitir os pensamentos através das , palavras. II - O mau uso da língua.

para simbólízar a maldade e o vício que estão no interior do homem. Há muita gente que tem medo de cair 'ná língua do povo, is]o é, têm medó de cometer algum êrro que venha a ser do conhecimento público e passar a ser objeto da crítica mordaz e impiedosa, das línguas ferinas. Nada tem infelicitado mais as relações humanas do que o mau' uso da língua. O desconhecimento' de que somos mordomos de tudo, inclusive da língua, tem levado muita gente à perdição e à condenação. O velho ditado de que o peixe morre .pela própria bôca, se aplica aos homens, com relação à língua. A Bíblia tôda é uma advertência ao mau uso da língua. O crente não deve, menosprezar êste fato, porque será chamado a prestar contas disso. A mordomia da língua deve ser observada com muito cuidado:

Ill -

O bom use. da língua.

A mordomia da língua nada mais é do que o nosso reconhecimento. de responsabilidade sôbre o que se passa 'em nossa mente e transmitido aos ouvidos de outrem pela nossa voz. A transmissão do pensamento em forma de palavras, deve' merecer a nossa mais acurada ateu. ção. Devemos pesar medir tôdas as nossas palavras, pois Jesus disse que no .dia do juizo, seremos julgados pelo que tivermos falado. (Mat. 12:37 e 36) .

Pelo mau uso que comum ente se faz da língua, a humanidade foi le.: vada a tomá-Ia como símbolo da malediscência, do mexerico, da difamação. Quando se quer deplorar a baixa conduta de pessoas que viO bom uso da língua é fruto de vem a comentar a vida alheia, dizboa instrução, de boa educação, de se: "Quê língua, ein?". "Fulano tem uma língua!... Nunca vi su- bons costumes. A Palavra de Deus é o melhor compêndio para se esjeito tão linguarudo ... " Tudo isto serve para mostrar como êsse ór- . tudar a matéria. Pena é,. que os nossos pregadores não tenham ex-gão do corpo humano foi tomado

e

'v


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4 - Evitar murmurações e conpIorado melhor êste terreno, e as nossas igrejas não tenham percebi- - tendas. Filip. 2:14. do a gravidade do problema como Conclusão: A mordomia da línas Escrituras o apresentam. Igregua vem resolver um dos problejas têm' sido divididas por causa mas mais angustiosos para a vida de relações entre os homens. O mau disso. uso da língua tem ocasionado granEis algumas regras para o bom des distúrbios no mundo. As igreuso da língua, como a Bíblia nos jas que menosprezam a importânapresenta: 1-

Guardar-se da mentira. Mal. 5:37; Ef. 4:25 2 - NãQ blasfemar Senhor. Êx. 20:7 3-

o nome do

Não levantar' falso testemu-

nho. ÊX. 20:15

'

cia dessa doutrina,'

têm

colhido

amargos frutos. Muitas igrejas têm se dividido por causa' do mau uso da língua. Muitos crentes têm fracassado na vida cristã e muitos pastôres têm manchado o seu ministério, pelo, descaso à mordomia da

língua.

Setembro -

Segunda Reunião

MARITUBA o Embaixador-Chefe inicia a reunião usando o "Programa Modêlo" da pág , 45 do Guia dos Embaixadores do Rei. Quando os Embaixailores do Rei tiverem uma reunião em conjunto com as Mensageiras do Rei, podem usar o Modêlo pág. 15 desta revista.

r:a,

Muitos ainda não sabem o.que é

Marituba.

Pois bem, Marituba é o

leprosário 'que 'fica em Belém do Pará. Mais do que isto, é em Marituba que a Junta de Missões Nacionais mantem um casal de obreiros. . Quando falamos em leprosários e pessoas acometidas dêste mal ficamascamo 'que horrorizados e queremos fechar as .nossas mentes para tudo quanto possa haver de desagradável. Mas vale a pena meditar por alguns instantes sôbre Marituha, pois ali apesar da doença jà raiou uma nova Esperança para aquelas almas que, com corpos es-

tragados, suspiram por salvação. Deus na sua infinita bondade e misericórdia enviou a Marituba um servo seu, conhecedor da mensagem que pode salvar" a mensagem que pode trazer nova alegria aos infelizes, esta mensagem é a história de Jesus Cristo e seu amor. JOSE' JúLIO DA SILVA JUNIOR - Jóvem estudante, acadêmico de direito, vice presidente da Assembléia da Mocidade Batista do Pará, foi declarado leproso e enviado para a Colônia de Marituba . Ali não esmoreceu a SUa fé, pelo contrário, compreendeu a necessidade daquele povo e começou logo a pregar o Evangelho. A Mocidade' da Primeira Igreja de Belém em cooperação com a Mocidade do Estado decidiu ajudar o trabalho com uma oferta especial.


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EMBAIXADOR

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trabalho cresceu e não sendo mais possível sustentá-lo, a mocídade apelou para aJunta de Missões Nacionais e assim José Júlio passou a ser obreiro da Junta.

José Júlio e Esposa

No dia 6 de Novembro de 1940 o irmão José Júlio foi consagrado ao Santo ministério da Palavra. Foi um grande dia. Membros de 3 Igrejas da Capital Paraense estiveram presentes. Um grande número de jóvens que trabalharam com Jose Júlio quando gosava saúde, ali estavam não somente para confortá10 na sua reclusão mas para encorajá-Io numa outra obra que constitue o ideal - servir ao Salvador. , Também" quase todos os doentes estiveram presentes; Depois da tocante cerimônia de exame, consagração .e imposição das mãos' o novo pastor com voz embargada pela emoção disse que Deus permitiu estar êle sofrendo daquele mal porque êste mesmo Deus lhe havia dado uma missão especial, e êle haveria de cumpr í-

43

Ia - era dar àqueles enfermos separados da sociedade uma Nova Esperança e apontar-lhes o meio de alcançá-Ia. DONA CARMEM SILVA - Não muito tempo depois de José Júlio ser enviado à Colônia de Ma:rituba, dona Carmem, jovem recém formada no Conservatório de Música de Belém, nomeada para lecionar naquela instituição foi também reconhecida como acometida do mal e portanto enviada à Colônia. A jóvern desesperada planejava suicidar-se quando alguém sugeriu que fosso ouvir a pregação de José Júlio, o pregador batista. Ela não tinha idéia alguma da-significação da pregação, mas decidiu aceitar' o conselho. Converteu-se e. .. casou com o pastor. Apesar da terrível doença o seu rosto sorridente destaca-se entre os demais. Seu testemunho é o seguinte: "Nunca posso sentir tristeza por estar acometida desta enfermidade. Se nunca tivesse ficado doente nunca teria encontrado o meu Salvador. Foi aqui noIeprosário que ouvi pela primeira vez alguma causa sobre a esperança da Vida Eterna. Quando vim para cá havia sido eleita professora do conservatório. Nunca teria encontrado o meu Salvador ali. Digo com tôda sinceridade que estou feliz aqui porque tenho .Jesus como Salvador e portanto posso contar aos outros o que Êle fez por mim." Tabernáculo Batista - Sim, em Marituba já existe um Tabernáculo Batista. Um sonho que se tornou em realidade. Foi inaugurado em 1952 com um programa simples 'composto de hinos, orações e palavras de regozijo espiritual e um auditó-


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0- EMBAIXADOR

rio composto de 200 doentes e mais 100 irmãos das Igrejas Batistas de Belém. O Dr. L. M. Bratcher entregou um exemplar das Escrituras Sagradas ao Dr , Telmo Sarmento, diretor da Colônia que deu todo o seu apoio ao projeto. Com uma mensagem do Dr. Bratcher e uma oração dedicatória pelo pastor José Júlio, foi entregue o Tabernáculo aos irmãos de Marituba. Agora o púlpito pertence ao pastor J 0sé Júlio e não será usado outra vez por nenhum outro pastor de fora . O Tabernáculo da Marituba foi

árvores tomariam todo o espaço novamente. Em frente ao templo estão as casas dos leprosos, que estão condenados a uma vida de separação dos seus semelhantes, porém, não de Deus. Quando chegar o fim de suas vidas serão sepultados no pequeno cemitério localizado quase dentro da mata. Lá está o Tabernáculo Batista, faról cuja luz atrairá as almas aos pés do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Há em Marituba mais de 4 mil almas e apenas 56 são crentes. 39,14

Taber-náoufn Batista em Mal'ituba

construido por ofertas de crentes Batistas do Brasil e da outra América, a Junta de Richmond fez uma oferta de 500 dollars, mas estas ofer tas ainda não eram suficientes para levar a efeito a obra. Atendendo a um apêlo Q irmão L. C. Ray, pastor da Igreja Batista da cidade de Louisville, Kentucky, D.S.A. mandou a importância necessária para garantir a construção.

A linda casa está construida bem perto das matas do grande vale do Amazonas. Se o terreno não fosse periodicamente limpo, em breve as

estão ainda perdidas sem Cristo e sem salvação. Oremos para que o Espírito possa operar em seus corações e assim possam ter a gloriosa esperança da vida eterna. Cooperemos também enviando nossas ofertas à Junta de Missões Nacionais que sustenta êste casal de obreiros na Colônia de Marituba. J.

Muito poderemos fazer por êles orando e contribuindo, a postos, pois, Embaixadores do Rei. (Informações Cristo)

de A Pátria

para


45

o EMBAIXADOR Setembro -

Terceira Reunião

TRABALHO

NOS POSTO,S

xador e o Juramento. Caso ainda não saibam bem" podem estudar a treinar juntos alguns minutos. Outra parte do programa pode sér o estudo dos textos bíblicos requeridos para alcançar o posto de Arauto. Os meninos já devem saber todos êsses versículos de cor. O conselheiro deve fazer os meninos recitá-los várias vêzes até que os aprendam melhor.

ABERTURA - O Embaixador Chefe inicia a reunião usando o "Programa Modêlo" da página 45 do "Guia dos Embaixadores do Rei". Ao chegar a hora do programa, o Embaixador Chefe passa a direção ao Conselheiro. PROGRAMA - Trabalhar, nos postos. Todos os meninos já devem saber a Declaração do Emhai-

Setembro -

Quarta Reunião

QUE FAREI COM A MINHA o Embaixador-Chefe inicia a reunião usando o "Programa Modêlo" da pág. 45 do Guia dos Brnbauxaâores do Rei. Quando os Embaixadores do Rei tiverem uma reunião em conjunto com as Mensageiras do Rei podem usar o Modêlo na pág. 1~ desta r'evista.

Personagens Antônio, um rapaz de 14 anos, representando um menino perdido. Paulo, um rapaz levado, muito egoísta, leva um globo na mão. Roberto, um rapaz cristão, levando uma Bíblia. Cena

Uma varanda, com samambaias

VIDA?

e flôres. Antônio está sentado numa cadeira, lendo uma revista. Escuta-se a música de "Para Onde For, irei" (Página 308, Cantor Cristão) Antônio: Fico pensando em que devia fazer com a minha vida. Não posso resolver. Tenho talentos e devia usá-los; tenho um coração que devia dedicar a qualquer coisa boa. Certamente, posso servir a uma causa. Gostaria que alguém me mostrasse o que devia fazer! Paulo: (Entrando com o globo' na mão.) Boa tarde, Antônio. Que é 'que você tem? -


46

o

BMBAIXADOR

Antônio: Estou procurando resolver o que fazer com a minha vida. Paulo: E' fácil resolver isto. Estou procurando há muito tempo mais um rapaz para fazer parte de nosso clube. Temos um grupo muito alegre. Precisamos de um rapaz igual a você. Com sua personalidade e seus talentos, você sería muito popular. Venha, traga seus talentos 'para alegrar nosso grupo mundano.

.Antônío: Aquilo parece ser" muito gostoso, Paulo, mas que faria eu com 'meu coração e como é que eu poderia servir-? Você falou .somente de meus talentos. Paulo: Oh r em nosso grupo mundano, não pensamos em tais coisas. Isto é sómente para os velhos, Antônio. Seu coração é sómente um 01'gáo de seu corpo qUe funciona para circular o sangue. Antônio: Tem, razão, mas você sabe o que quiz dizer. Estava pensando em meu coração como o salmista pensava. Acho que na linguagem moderna, diríamos a mente em vez do coração . De qualquer jeito, seria difícil esquecê-lo . Paulo: Então, é fácil. Nós o ajudaremos a esquecer. E, quanto ao serviço, nós, que somos mundanos, não temos que pensar no bem estar de ninguém. Todo o mundo tO ma conta só de si mesmo e assim fica muito ocupado com es·· ta tarefa. Não terá tempo de preocupar-se com os outros. Geralmente, nós brincamos até a madrugada, e dormimos durante o dia. Agora estou para ir planejar uma festa. (Olha ao relogio-pulseira) , J

Puxa, vou chegar atrasado se não correr. (Anda na direção da porta, mas ao chegar à porta,' vira-se e volta.) Vou deixar êsfe globo com você para poder pensar mais sôbre o mundo. Não se preocupe. Só lembre-se que nós vivemos numa roda de prazeres. Até logo. Já vou. . (Sai Paulo. Antônio fica sentado seriamente. 1);leescuta a música. Uma voz escondida canta: é parece estar pensando

"Seja por caminho duro Espinhoso ou inseguro, Em seus braços bem seguro Aonde quer que for irei ... " Antônio: Eu me sinto muito inseguro .. , e o caminho qUe Paulo apresenta não parece ser o que preciso para acalmar a tempestade dentro de mim. (A música continua) "Males poderão cercar-me Ou perigos assustar-me Mas se Cristo segurar-me, Aonde me mandar, irei ... " Antô.nio:

Gostaria

que alguém'

me ajudasse a conhecer Cristo. Não posso compreender

tudo isso.

(A música continua) "Se eu tiver Jesus ao lado E por Êle auxiliado Se por 1);lefor mandado A qualquer lugar, irei." Roberto: (Entrando) Oh, amigo, você parece muito triste. Antônio: Estou triste, sim. Mas por que você me chama amigo? Se nem ao menos nos conhecemos.

Roberto: Sei que não nos conhe-


o

47

EMBAIXADOR

cemos, mas podemos ser amigos, não é'? Nosso Mestre nos ensinou a sermos amigos de todos. Por que estás preocupado?

"Eis morto o Salvador Na sepultura! Mas com poder, vigor Ressuscitou.

Antônio: Não sei o que fazer com a minha vida. Será que você pode me ajudar? Você parece tão feliz. Certamente, escolheu o caminho direito.

Da sepultura saiu! Com triunfo e glória ressurgiu! Re=surgiu, vencendo a morte e o seu

Roberto: Terei prazer .ern ajudá-

[poder

j-

Pode agora a todos vida conceder! Ressurgiu! Ressurgiu! Aleluía l [Ressurgiu!"

10. Que você pensou em fazer com a sua vida? Antônio: Antes de conversar com Paulo, um amigo que me visitou agora, senti que devia dedicar meu coração para uma causa boa e usar meus talentos dignamente. Emfim, que podia prestar um serviço bom.

Roberto: Você é.... um rapaz muito sábio, 'An lônio . Certamen te, você tem tudo e eu posso ajudá-lo a satisfazer seu desejo. Você não gostaria de dar o seu coração a Uma pessoa que morreu por você? Antônio: ou, faria se fosse possível, mas como é que posso dar meu coração a um morto? Roberto: E' uma Êle não está morto, do. Êle conquistou novamente. Escute. carão.

COIsa gloriosa. mas ressuscitaa morte e vive Os hinos expli-

(Canta-se os hinos "A Cruz de Cristo" N°. 83, C'antor Cristão 1') estrofe) "Pendurado foste, 6 Senhor Jesus Numa cruz, exposto ao dcspreso assim Scena que a pensar muita gente induz Sofreste, tanto, creio foi por mim."

(Canta-se em seguida 11l- estrofe de n", 99, c.e.)

Antônio: Compreendo mesmo . Desejo dar o meu coração a Cristo porque creio nêle. Sei que Êle morreu por meus pecados. Mas você disse que me contaria como usar os meus talentos. Roherto: Sou feliz que você vai dar seu coração a Jesus, porque eu creio nÊle. Pode usar seus talentos de maneira maravilhosa para Cristo. Éle mandou que aquêles que confiam nÊle O seguissem em batismo e se tornem membros da igreja. Na igreja cristã há muitos lugares em que pode usar seus taIentos para servir a Cristo.

Antônio; Mas ainda fica uma coisa que não compreendo . Não há também um plano para o mundo? Gostaria rnuito de ajudar a Paulo e os .amigos dêle. Parece que suas, vidas são tão inuteis. Não podemos ajudá-Ios? Roberto: De fato, podemos. Jesus disse: "Ide por lodo o mundo, pregai o evangelho a tôda a criatura." Antônio: Oh, estou alegre que incluiu o mundo.

:E:le

,


o

4S

RMBAI!ADOR

Roberto ; Ora, Antônio, você tem que se separar do mundo. Tem que serví-lo, mas manter-se separado. Antônio: Terei prazer em fazê-I o Querô dar meu coração, meus talentos, e meus serviços a Cristo e sua grande causa. Quero viver de tal :rp.aneira cada dia que eu possa in-

SOLUÇÃO

no

fluenciar outros a amar e servi-to também. Eu desejo mesmo que outros venham comigo e que possamos dedicar a nossa vida ao Mestre. Hino para encerrar o programa: "Um Vaso de Cantor Cristão.

Bênção"

n". 304,

PROBLEMA N°. 1 DE PALAVRAS CRUZADAS DA PÁGINA 12 DESTA REVISTA

Horizontais: -

más -

Verticais: -

cavaleiro -

pá -- tirar -

conselheiro -

abre -

ativa -

bala -

vá pár -

nó -

asa -

lá ~ embaixada -

E.R.

ofertados. ata -

lis -

mirar -

Eva -

ia -

obacatuaras

Sara .

•• e.ooe ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• RESPOSTAS DO TESTE DE CURIOSIDADES DA PÁGINA 10 .1. Para o treinamento físico, moral e espiritual dos meninos batistas. 2. Em 1908. 3 .: No Sul dos EE. UU . . 4. Pela União Geral de Senhoras Batistas do Sul dos EEUU 5. Desenvolver o caráter

cristão dos meninos.

6. Embaixadas

7.

Qualquer menino ou rapaz de 9 a 16 anos.

8. Conselheiro. 9. Arauto 10. Embaixador

Plenipotenciário


rA ARTE DI AC, MPAR SUGESTõES

AOS

ACAMPANTES

Você está em dificuldade com a sua barraca? ~om~nIB~reia,f~~ra~ ou PB~a~os ne Pau ~ervem ~omo ~nGoras, Socôrro

de

Emergên-

cia dependurado numa

Se o chão

estiver

duro

Amarre a corda da barraca numa árvore ou num pedaço de pau a duas

amarrado árvores.

dcrna is para

enfiar

as estacas

Coloque Pedras Amontoadas

árvore.

Pedras

Conte-a um Pedaço Pau.

de

Construa lata a

velha uma

arame.

de e

árvore

uma

amarre com


Mantenha

Tire

bem

i-asiduos fôlhas

os utensílios de Cozinhar sempre limpos.

CAIXA

DE

FÓSFORO

os com

Use

ou papel

Enxague

bastante

sabão

e

água.

para

tirar

bem o

sabão. Faça foro

uma

à prova

caixa

de

fós-

d'água

-

com

de bambú

F'o rq ui lh as com 3 galhos

um pedaço

Faça

rôlha

bem

apertada

bém

pode-se

tornar

dentes

nas

pontas

foros

à prova

gulhando-os em vela

e uma tamos fós-

d'água,

mer-

em parafina

ou

derretida.

,. Amarre

prato,

talheres

copos com 'urn barbante COlOqU2

por

um

na

água

minuto.

quente

e

Desenfetc

e

pratos

COlll

os

calor.

Depois

o

de .bem lavados.

Guarde

os

utensí-

lios n u m c m bo rna.I,

onde

os mosquttos

não possam

entrar.

Fazendo

um limpa-

dor de sapatos uma vassoura lha.

OS SAPATOS

T.IMPE

COL·te

a

de VC~

pia-

cava bem baixa o pregue no dcgiau da

escada.

Ganhe lugar

o primeiro

na

do quarto.

inspeção


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