Ficha Técnica Diretora: Luísa Fernandinho |emcantos.magazine@gmail.com| Subdiretora: Sílvia Coelho |emcantos.magazine@gmail.com| Redação: Sílvia Coelho, Luísa Fernandinho |emcantos.redaccao@gmail.com| Edicão: Sílvia Coelho |emcantos.magazine@gmail.com| Design e paginação: Sílvia Coelho Edição online: Sílvia Coelho, Luísa Fernandinho www.emcantos-producoes.pt Colaboradores: Fundação Mata do Buçaco, Câmara Municipal de Alcobaça, Câmara Municipal de Marvão, Adega Cooperativa da Covilhã Departamento Comercial: Luísa Fernandinho |emcantos.comercial@gmail.com| Sílvia Coelho |emcantos.comercial@gmail.com| Fotografia: Sílvia Coelho; Luísa Fernandinho; Marco Romão Assinaturas: Silvia Coelho |emcantos.assinaturas@gmail.com| Luísa Fernandinho |emcantos.assinaturas@gmail.com| Tradução: Luísa Fernandinho Foto CAPA: EMcantos Produções Lda. Registro ERC: 125934 Depósito Legal: 316664/10 ISSN N.º: 1647-8290 Propriedade: EMcantos produções Lda. Urbanizaçao da Boavista Lote i Sítio do Roncão - Boidobra 6200 - 567 Covilhã (Portugal) Tel: +351 275 322 132 Fax: +351 275 322 132 NIF: 509463924
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Editorial Caros leitores, Esta edição, e porque está a chegar dezembro o mês do natal reservamos muitas surpresas. Fomos conhecer e desvendar algumas tradições natalícias. Estivemos em Trás-os-Montes e no Minho e descobrimos algumas bem estranhas. Fomos também conhecer o que se come durante a consoada de norte a sul. E porque Portugal é um país onde comer é um prazer, nesta edição preparamos um especial sobre as recentemente eleitas Sete Maravilhas Gastronómicas. Uma reportagem que é de fazer crescer água na boca. Mas temos muitas outras coisas. Andamos por terras do norte e percorremos a Rota da Castanha, para que possa partir também à aventura com a sua família. Para os feriados de dezembro e para os próximos fins-desemana preparamos um especial cheio de dicas e sugestões para que possa dar um passeio diferente. Andamos ainda a conhecer as rotas e regiões vitivinícolas de Portugal e preparamos um especial totalmente dedicado aos vinhos nacionais. Aproveite e fique a conhecer as adegas onde se fazem os melhores vinhos, desvende os segredos ou simplesmente relaxe numa das muitas casas de campo. Aos nossos leitores, colaboradores, assinantes, parceiros comerciais desejamos um Feliz Natal e um Próspero 2012.
outubro-dezembro 2011
sumário
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É natal…É natal… Dezembro é indiscutivelmente o mês de Natal. E porque gostamos de supreender os nossos leitores fomos à procura de algumas das tradições menos conhecidas.
pág. 6-8
Novembro só com castanhas Uma das principais figuras do outuno é sem sombra de dúvida a castanha. Com o S. Martinho ao virar da esquina sabe sempre bem saborear umas deliciosas castanhas. Descubra onde pode comer as melhores castanhas!
pág. 9-11
Portugal à mesa Saiba o que comem os protugueses na noite de Natal.
pág. 12-13
À descoberta dos vinhos de Portugal Sugerimos nesta edição uma forma diferente de conhecer Portugal. Deixe-se levar pelos sabores, observe as técnicas de tratamento da vinha, visite as adegas onde se elaboram alguns dos melhores vinhos nacionais, desvende segredos ou simplesmente relaxe numa casa situada em qualquer região vitivinícola portuguesa.
pág. 24-28
Viajar cá dentro Está frio, é certo! Mas um passeio sabe sempre bem…E as férias ainda estão longe…Por isso aproveite os feriados que se aproximam e os fins-de-semana e parta numa aventura…Explore Portugal, conheça sítios novos, lugares mágicos… Nós deixamos algumas sugestões.
pág. 20-23
Maravilhas Gastronómicas de Portugal De fazer crescer água na boca Conhecer um país, é conhecer-lhe as gentes, as vilas, aldeias e cidades, a fauna, a flora, os cheiros e a língua. Mas acima de tudo, conhecer um país é conhecer-lhe os sabores, o paladar. É desvendar-lhe os segredos gastronómicos. Por todos estes motivos, nesta edição a EMcantos decidiu partir à descoberta das recentemente eleitas Sete Maravilhas Gastronómicas de Portugal. Uma coisa lhe garantimos…todas são de fazer crescer água na boca.
pág. 16-19
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curiosidades
É natal…É natal… Dezembro é indiscutivelmente o mês de Natal. Vilas de natal, trenós, presépios, árvores de natal pequenas, médias, gigantes, comboios, concertos, pais natal, duendes e nevões enchem as ruas de todo o país dando desta forma as boas vindas ao tão esperado Natal. E se algumas das tradições natalícias são comuns para todos, outras são muito caraterísticas de algumas cidades, vilas e aldeias. Uma coisa é certa sempre que o calendário entra no mês de dezembro tudo à nossa volta se resume a uma única festa: o Natal.
Presentes Há quem considere que a tradição da entrega dos presentes de Natal surgiu por culpa dos Reis Magos e dos presentes que entregaram ao Menino Jesus. Mas, a tradição dos presentes de Natal surgiu no século VII e forma ideia do Papa Bonifácio. Segundo a história, em dia de Reis este papa distribuía pelos mais pobres pão e em troca o povo oferecialhe presentes. Já o costume de colocar as prendas debaixo da árvore, surgiu no reinado de Elisabeth I, no século XVI, isto porque a rainha recebia tantos presentes que se tornou impossível recebê-los todos pessoalmente. Por cá e nos tempos que correm a entrega de presentes é habitualmente atribuída ao Pai Natal, mas há também quem a atribua ao Menino Jesus, como era costume em Portugal até alguns anos atrás. No caso de Espanha, entre outros países, os presentes são entregues em dia de Reis. Existe ainda quem os receba no dia 6 de dezembro, durante a comemoração da Festa de S. Nicolau, patrono das crianças. 6
Os enfeites da árvore de natal As bolas e estrelas que enfeitam a árvore de Natal representam as primitivas pedras, maçãs ou outros elementos que no passado enfeitavam o carvalho, que outrora fazia a vez da atual árvore. Atualmente, colocamos luzes elétricas em substituição das velas que simbolizavam a purificação.
O presépio A tradição católica diz que o presépio surgiu no século XIII, quando S. Francisco de Assis montou um presépio de palha, com uma imagem do Menino Jesus, um boi e um jumento vivos. Foi assim que foi celebrada, em 1223, a missa de natal. O sucesso da representação do presépio foi tal que rapidamente se estendeu por toda a Itália e logo se introduziu nas casas nobres europeias, alastrando-se depois para toda as camadas sociais. Hoje, o presépio é sem sombra de dúvida a tradição mais enraizada.
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Sabia que em algumas aldeias portuguesas a tradição ainda é o que era e que o fogo ainda aquece a noite de Natal de muitas populações. É o caso da “murra”de Trás-os-Montes. A sua origem não se conhece, mas esta é a tradição mais antiga desta região. Trata-se de um gigantesco canhoto de carvalho, castanho ou negrilho, que arde noite fora no largo principal de algumas das aldeias mais puras do Nordeste.
A missa do galo Diz a fábula que foi o galo o primeiro animal a presenciar o nascimento de Jesus. Daqui provém a Denominação missa do galo, que apareceu no século V e, a partir da Idade Média, se transformou numa celebração jubilosa, muito diferente daquela que hoje conhecemos. Até ao início do século XX, perdurou o costume de reservar aos pastores o privilégio de serem os primeiros a adorar o Menino Jesus. Era também costume até esta data, que a meia-noite fosse anunciada dentro do templo por um canto de galo, real ou simulado.
Canções de Natal Quem não conhece a canção de natal “Noite Feliz”. Criada pelo padre Joseph Franz Mohr e pelo professor Franz Xavier Grueber esta é talvez a canção mais conhecida internacionalmente. A letra veio da inspiração do padre numa noite estrelada, quando imaginava como teria sido a noite em que nasceu Jesus. Escreveu a letra em forma de poema, uniu a melodia presenteada pelo compositor Grueber e utilizou-a na Missa do Galo de 1818.
A estrela de Belém A Bíblia relata que uma estrela guiou os Reis Magos desde o Oriente e lhes indicou o local onde se encontrava o Menino Jesus. Várias teorias tentam explicar esse milagre, umas dizem que se tratavam do brilhante planeta Vénus, da passagem dos cometas Halley ou Hale-Bopp, uma ocultação da lua. Em 1606, o astrónomo Johannes Kleper, afirmou que a estrela era uma rara tripla conjugação da Terra com os planetas Júpiter e Saturno, passando pelo Sol e por Peixes ao mesmo tempo, o que criou aos olhos dos observadores uma estrela muito brilhante.
curiosidades
As tradições mais curiosas Estas são as tradições mais conhecidas de todos. Mas existem outras e muito curiosas. Por exemplo sabia que em algumas aldeias portuguesas a tradição ainda é o que era e que o fogo ainda aquece a noite de Natal de muitas populações. É o caso da “murra”de Trás-os-Montes. A sua origem não se conhece, mas esta é a tradição mais antiga desta região. Trata-se de um gigantesco canhoto de carvalho, castanho ou negrilho, que arde noite fora no largo principal de algumas das aldeias mais puras do Nordeste. Representa a coesão de uma comunidade rural, que festeja na rua o verdadeiro sentido do Natal. Há cerca de 20 anos atrás não existia em Trás-os-Montes aldeia que não acende-se a “murra” na noite de Natal. Em Qualquer cabeço era possível ver o horizonte povoado de clarões, que denunciava a presença de uma fogueira. Atualmente já são poucas mas a tradição ainda se vai mantendo em algumas aldeias. Em Braga manda a tradição que horas antes da consoada, o povo bracarense encha por completo a Rua do Souto, no centro histórico da cidade, para desejar as boas festas com um cálice de Moscatel de Setúbal e uma banana. Assim se celebra aquele que é conhecido entre os bracarenses como o Natal do “bananeiro”.
curiosidades
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trilhos&trilhas
Novembro só com castanhas Uma das principais figuras do outuno é sem sombra de dúvida a castanha. Com o S. Martinho ao virar da esquina sabe sempre bem saborear umas deliciosas castanhas. Em Portugal existem quatro zonas onde se produzem castanhas DOP (Denominação de Origem protegida. Duas dessas regiões situam-se a norte, mais precisamente em Trás-os-Montes, as restantes situam-se na Beira Alta e no Alentejo.
Castanha da Terra Fria DOP (Vinhais e Bragança) Fruto de forma elítica alongada, de cor castanha avermelhada, com muito boa aptidão para o descasque e compartimentação reduzida. Variedade: Longal (70%).
Castanha da Padrela DOP (Valpaços) Castanha de casca raiada, com boa aptidão para o descasque. Variedade: Judia (80%).
Castanha Soutos da Lapa DOP (Sernancelhe, Penedono) Castanhas particularmente saborosas e com boa apresentação. Possuem uma cor castanha com estrias longitudinais e calibre elevado, especialmente as da variedade Martaínha. Variedade: Martaínha, Longal.
Castanha de Marvão DOP (Marvão) Castanha particularmente saborosa, não muito fácil de descascar. Variedade : Barea, Clarinha ou Enxerta.
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Em Trás-os-Montes, a castanha é utilizada desde tempos imemoriais, substituindo na gastronomia regional a batata. É conhecido o lombo de porco assado com castanhas, embora fossem também utilizadas na sopa, e em qualquer mesa quando era a época. Muitos dos porcos também eram alimentados a castanha já que conferia um sabor especial à carne reflectindo-se nos famosos enchidos transmontanos. Vinhais e Bragança são os concelhos onde se cultivam a Castanha Terra Fria DOP. Como o próprio nome indica terras frias no meio de serras, sendo a de Montesinho a mais turística. Nestas paragens pode sempre aproveitar umas das várias casas de campo da região e apreciar a natureza agreste trasmontana. Em Vinhais não se esqueça de visitar o Parque Biológico, e em Bragança pode sempre admirar o património cultural existente desde o castelo ao museu militar. Sugerimos um passeio pelo centro da cidade. De quando a quando existem surpresas alegres e que valem a pena o esforço do passeio. Prosseguindo a nossa viagem em Bragança apanhe a antiga IP4 ou A4 e tome a direção de Mirandela. Passe por Macedo de Cavaleiros, dê um salto à Barragem do Azibo, excelente para descansar um pouco, respire o ar puro. Uma outra paragem que pode fazer é Podence. Aqui terá a oportunidade de visitar o Museu dos Caretos, que de certeza já viu na televisão. Trata-se de máscaras que são colocadas pelos jovens no Carnaval, tradição pagã atualmente reavivada pelos macedenses. De volta ao IP4 siga para Mirandela, terra de azeite mas que também dispõem de alguma produção de castanha. Vá em direção a Valpaços, concelho onde podemos encontrar a castanha da Padrela DOP. Esta castanha é ótima para ser consumida fresca, congelada ou confitada. Em Carrazeda de Montenegro, freguesia do concelho de Valpaços é celebrada todos os anos uma feira totalmente dedicada à temática da castanha. Por estas alturas os pratos de castanha, as castanhas assadas saem à rua e fazem as delícias dos visitantes. Para quem não gosta de castanhas pode sempre provar o Folar de Valpaços, uma iguaria de comer “e chorar por mais” No caso de preferir outras paragens sempre podemos sugerir conhecer a região da castanha Soutos da Lapa DOP na Beira Alta. Sernancelhe e Penedono são os expoentes máximos desta produção. Sernancelhe vila natal de Aquilino Ribeiro e Penedono com características medievais, ambas merecem uma atenta visita. Sernancelhe entre serras e rios é também conhecida por ser uma terra de mosteiros, para além de fantásticos solares que nos fazem sonhar com outras épocas. Por todo o concelho existem paisagens serranas e aldeias com os seus campos cultivados. Ressalte-se a predominância do granito e o ar puro que se respira nestes lugares. Penedono caracteriza-se pelo seu castelo e centro da vila medieval. Aqui à medida que percorrermos o concelho encontramos sempre uma igreja, pelourinhos e outros edifícios de traça antiga. No alto do castelo, estrategicamente posicionado, vislumbre a paisagem. Pomares e castanheiros, assim como hortícolas são os produtos locais que se podem degustar. Aconselhamos uma visita ao Centro de Interpretação Cultural e Natural de Penedono. Em Póvoa de Penela conheça o Lagar de Azeite e não deixe de passar pela aldeia de Penela da Beira. A gastronomia, uma atracção turística, baseia-se toda ela na castanha. Se gostar mais dos lugares ao sul, vá até Marvão. Vila detentora da produção da Castanha de Marvão - Portalegre DOP. Lugar fustigado por invasões e guerras e como tal situado num planalto, olhando de alto para a fronteira de Espanha. Marvão com uma disposição pitoresca parece ter a sua origem numa povoação romana, que poderá visitar os seus vestígios, tendo sido habitada há muitos séculos. Instale-se numa casa rural no concelho e esteja atento ao património natural, assim como às tradições e saber fazer destas gentes. A castanha sempre foi um alimento para as populações, sendo de reputação no Alentejo a sopa de castanha, porco com castanha, peru com castanha, farinha de castanha ou sopa de castanha pilada.
trilhos&trilhas
trilhos&trilhas
Gastronomia
Portugal à mesa Natal de norte a sul do país
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BEIRA LITORAL Consoada: Escoado (Bacalhau cozido com batatas) Nas freguesias mais próximas do litoral, destaque para os mariscos Doçaria: Formigos, Broinhas de Natal. No dia de Natal: Predominância para os pratos de carne (peru, leitão).
AÇORES Consoada: Sopa de carne Preferência por pratos com galinha assada ou guisada. Doçaria: Bolo de Natal, arroz doce, fatias douradas e cada família confeciona o seu licor. No dia de Natal: Peru assado.
ESTREMADURA
Consoada: Bacalhau cozido Doçaria: Farófias, Bolo- Rei, Merende ras de Natal No dia de Natal: Cabrito assado com batatas.
MADEIRA Consoada: Bacalhau cozido, sendo que em alguns lares se dê a preferência a espetadas. Doçaria: Bolo de Mel No dia de Natal: Carne de porco em vinha d’ alhos, antecedido por uma canja de galinha.
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MINHO Consoada: Cozido de bacalhau com batatas, ovos cozidos, cenouras e couve penca; Polvo estufado. Depois da Missa do Galo, vinho quente. Doçaria: rabanadas, mexidos, bolinhos de jerimu. No dia de Natal: Cabrito assado; -Roupa Velha.
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TRÁS-OS-MONTES Consoada: Bacalhau com grelos; Arroz de polvo; Doçaria: leite-creme, formigos, migas doces e queijos. No dia de Natal: Pratos de carne (peru ou porco), antecedido por uma canja de galinha.
BEIRA INTERIOR Consoada: Sopa de Natal (confecionada em algumas freguesias com feijão, bacalhau, pão, couve e ovos). Bacalhau cozido Castanhas assadas Doçaria: Rabanadas, leite-creme No dia de Natal: Prato de carne antecedido por canja de galinha.
RIBATEJO Consoada: - Bacalhau com todos (bacalhau cozido com batatas) Doçaria: Bolos Podres de Natal, fatias douradas. No dia de Natal: Pratos de carne (peru).
ALENTEJO Consoada: Migas de Bacalhau Doçaria: Azevias, filhoses, fatias douradas No dia de Natal: Lombo de porco com amêijoas ou porco frito.
ALGARVE Consoada: Bacalhau cozido Chouriça assada Em algumas mesas é importante o Galo, noutras é confeccionado marisco ou peixe. Doçaria: Doces de amêndoa e batata doce, empanadilhas (semelhante a azevias).
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pratos&tantos
Bacalhau com camarão Ingredientes: 4 Postas de bacalhau previamente demolhado; 1 Cebola; Manteiga; Azeite; 500g de tomate; 600g de miolo camarão; 3,5 dl de vinho branco ; 1 Cálice de conhaque; Sal q.b; 500g de natas; 3 Gemas; Salsa. Preparação: Pique a cebola e refogue com a manteiga e azeite. Quando a cebola ficar transparente, junte o tomate picado. Adicione o camarão. Regue com o vinho e o conhaque. Tempere com sal e deixe ferver durante 15 minutos. Triture tudo com uma varinha mágica passe por um passador. Ponha metade do molho numa assadeira e por cima coloque as postas de bacalhau. Ao restante molho junte parte das natas e ponha por cima do bacalhau.
Leve ao forno. Depois de assado recolha o molho coloque num tacho e junte as restantes natas e as gemas. Leve ao lume em banho-maria mexendo até engrossar. Deite sobre o bacalhau. Sirva acompanhado de um puré de batata.
Borrego com castanhas Ingredientes: 1 Perna de borrego; Fatias de presunto; Piripiri; 1 Cabeça de alhos; Banha; Azeite; 1 Chávena de caldo de carne; 750g de castanhas.
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Preparação: Limpe a carne. Numa assadeira tempere com sal, piripiri, e os alhos esmagados. Barre a carne com a banha e o azeite. Asse durante uma hora e vá regando com o próprio molho. Entretanto lave as castanhas e coza-as em água com sal até a casca se soltar facilmente. Escorra-as ainda quentes descasque-as e junte-as ao molho na assadeira. Adicione um pouco de whisky. Acabe de assar a carne. Sirva acompanhada com brócolos.
Bolo de Natal Ingredientes: 100g de manteiga; 100g de açúcar; Três ovos; Meia chávena de mel; 1dl de rum; Duas chávenas de farinha; 1 Colher de café de canela;
Noz-moscada; 100g de geleia de marmelo; 150g de frutos cristalizados; 120g de passas, 100g de nozes; 100g de tâmaras; Uma chávena de doce de ovos; 350g de maçapão.
Preparação: Bata em creme a manteiga e o açúcar. Junte os ovos um a um, o mel e o rum e continue a bater. Peneire a farinha com o sal e canela e adicione ao preparado anterior. Aromatize com raspas de noz-moscada e junte metade da geleia, os frutos cristalizados e os frutos secos cortados. Deite a massa em duas formas redondas, untadas e polvilhadas. Coza-as em forno pré-aquecido. Passada uma hora verifique se os bolos estão cozidos. Desenforme e una os dois bolos com o doce de ovos, finalmente barre por cima com a restante geleia. Estenda o maçapão e coloque sobre o bolo. Decore a gosto.
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Sonhos Ingredientes: Duas colheres de sopa de manteiga; Sal; Duas cascas de limão; 1 Chávena e meia de farinha; 6 Ovos, Azeite para fritar. Preparação: Leve ao lume um tacho com uma chávena e meia de água, a manteiga, um pouco de sal e as cascas de limão. Quando ferver, junte a farinha de uma só vez. Misture com uma colher até a massa cozer e se soltar do tacho e da colher. Mude a massa para uma tigela e deixe arrefecer um pouco e adicione os ovos um a um, batendo entre cada adição. A massa deve ficar leve. Aqueça o azeite e frite a massa as colheradas, mantendo uma temperatura média para que cresça e os sonhos cozam por dentro e fiquem dourados. Escorra o excesso de azeite e sirva com açúcar e canela ou com calda de açúcar aromatizada com limão.
pratos&tantos
ALHEIRADEMIRANDELAQUEIJOSERRADAESTRELADOPCALDOVERDEARROZDE
Sete Maravilhas Gastronómicas de Portugal
De fazer crescer água na boca Conhecer um país, é conhecer-lhe as gentes, as vilas, aldeias e cidades, a fauna, a flora, os cheiros e a língua. Mas acima de tudo, conhecer um país é conhecer-lhe os sabores, o paladar. É desvendarlhe os segredos gastronómicos. Portugal foi desde sempre um país sábio e pioneiro no que diz respeito à sua gastronomia, tendo para oferecer um património gastronómico reconhecido e apreciado pelos quatro cantos do mundo, muito graças à sua diversidade e aos sabores únicos. As artes culinárias constituem um património intangível, testemunho da nossa identidade cultural, e são fator decisivo na escolha de Portugal como destino turístico. Por todos estes motivos, nesta edição a EMcantos decidiu partir à descoberta das recentemente eleitas Sete Maravilhas Gastronómicas de Portugal. Uma coisa lhe garantimos…todas são de fazer crescer água na boca.
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Queijo Serra da Estrela DOP (Beira Litoral/Beira Interior – Serra da Estrela)
Alheira de Mirandela IG (Trás-os-Montes - Mirandela) A Alheira de Mirandela, intitulada assim muito graças ao local de comercialização e expedição é o enchido regional que mais se conhece e consome em Portugal. Único no mundo este fumeiro transmontano em tripa ou apenas de salga e fumo é um verdadeiro manjar dos deuses. Pode ser confecionado com feijoadas e cozidos, comido sozinho e então servia como entrada para um manjar divinal. As alheiras consomem-se depois de assadas em brasa suave ou depois de fritas num pouco de azeite e na gordura que vão largando.
Considerado por muito como o melhor queijo português e vulgarmente chamado Queijo da Serra, este presente divino é um queijo curado com pasta sem mole, amanteigada de cor branca ou amarelada. É feito a partir de leite de ovelha das raças Bordaleira Serra da Estrela e/ou Churra Mondegueira, é coalhado pela flor do cardo. O peso varia entre 0.7 e os 1.7 quilos. Produzido no Inverno, o seu êxito dependia, outrora, da temperatura das mãos das mulheres que o fabricavam nas frias casas de granito típicas da arquitetura da região. Escritores como Gil Vicente, Eça de Queirós, Torga e Aquilino e geógrafos como Nuno de Leão, Emídio Navarro, Amorim Girão, Orlando Ribeiro, Adelino de Abreu, Alberto Marques, etnógrafos como José Leite de Vasconcelos e Jorge Dias referem-no. Na mais remota antiguidade Luculus Modestus e Columela, general romano no seu I Tratado de Agricultura também o citaram. Estrangeiros como Link, Hoffmann, Jan Jansen e Lanteusach também dele se ocuparam.
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Caldo Verde (Entre Douro e Minho) De origem Minhota, mas adoptado por todas as regiões, a receita foi escrita em verso. Camilo, Eça, Júlio Diniz, Ramalho Ortigão eram por ele apaixonados, chegando a referi-lo nas suas obras. Quem não conhece o poema de Arnaldo Ferreira que Amália viria a imortalizar, “Uma Casa Portuguesa”: “Basta Pouco, Poucochinho p’ra alegrar, uma existência singela… É só Amor, pão e vinho, e um Caldo Verde, verdinho a fumegar na tigela”. Como ingredientes tem couve-galega, batata, azeite, alho, cebola, água, chouriço e sal, sendo preparado num tradicional pote de ferro com a ajuda de uma colher de pau, até estar pronto a servir nas famosas tigelas de barro portuguesas.
Arroz de Marisco (Estremadura e Ribatejo Praia da Vieira - Marinha Grande) O Arroz de Marisco, da Praia de Vieira de Leiria, é um dos pratos mais aclamados. A Praia da Vieira é nos tempos que correm um importante ponto de passagem para turistas não só pelas suas virtudes medicinais das águas e dos banhos de mar muito ricos em iodo, como também pelo seu artesanato e gastronomia. Procurado pelos seus habitantes e pelos turistas, que têm no arroz de marisco uma forma de visitar mais frequentemente esta praia, este prato diferenciase dos restantes por ser servido directamente do lume num tacho de barro, ainda a fervilhar. A lagosta, os camarões grandes e as amêijoas conferem-lhe um sabor único a mar, muito bem acolitados com pimento, coentros e arroz carolino.
Sardinha Assada
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(Lisboa e Setúbal) Cheias de histórias, as sardinhas de Setúbal viram a sua importância ser reconhecida já n século XVI. Reza a história que, em 1855, as sardinhas de Setúbal alcançaram menção honrosa na exposição Internacional de Paris. Em 15 de Janeiro de 2010, a sardinha portuguesa, de onde se destaca a que é pescada em Setúbal, foi a primeira pescaria na Península Ibérica e na União Europeia, a obter o rótulo azul com a certificação de sustentabilidade e boa gestão dos recursos piscatórios Marine Stewardship Council (MSC). “Puxar a brasa à nossa sardinha” é, no sentido literal e figurado, um elemento importante e determinante na confeção deste prato em Setúbal. A forma como e queima o carvão, a colocação das sardinhas com as barrigas para dentro, o assar em lume brando, dando a volta na grelha dupla, fazem destas o ex-líbris gastronómico da cidade. E se comida em cima do pão tornam-se um verdadeiro pecado da gula.
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Portugal foi desde sempre um país sábio e pioneiro no que diz respeito à sua gastronomia, tendo para oferecer um património gastronómico reconhecido e apreciado pelos quatro cantos do mundo, muito graças à sua diversidade e aos sabores únicos.
Leitão da Bairrada (Beira Litoral – Bairrada) Quem não conhece o famoso Leitão da Bairrada. São confecionados aproximadamente três mil leitões por dia e o leitão assado é servido em dezenas de restaurantes e preparado por centenas de assadores nas suas casas, trazendo à Bairrada milhares de apreciadores durante todo o ano. É temperado com unto, sal, alhos e pimenta. É no forno bairradino aquecido com lenha que o leitão a assar lentamente, cerca de 2 horas, “espetado” numa vara. A sua qualidade deve-se à escolha das raças, como a Bisara e os vários cruzamentos de raças atualmente existentes. Deve ser cortado em pequenos pedaços, sem que sejam sobrepostos, servido em travessas com a pele sempre virada para cima, e acompanhado por pequenas batatas cozidas com a pele, laranja e salada.
Pastel de Belém (Lisboa e Setúbal) No início do século XIX, em Belém, junto ao Mosteiro dos Jerónimos, laborava uma refinação de cana-de-açúcar associada a um pequeno local de comércio variado. Como consequência da revolução liberal ocorrida em 1820, são em 1834 encerrados todos os conventos em Portugal, sendo expulsos o clero e os trabalhadores. Numa tentativa de sobrevivência, alguém do Mosteiro põe à venda nessa loja uns doces pastéis, rapidamente designados por “Pastéis de Belém”. Na época, a zona de Belém era distante da cidade de Lisboa e o percurso era assegurado por barcos de vapor. No entanto, a imponência do Mosteiro dos Jerónimos e da Torre de Belém atraíam os visitantes que depressa se habituaram a saborear os deliciosos pastéis originários do Mosteiro. Em 1837 inicia-se o fabrico dos “Pastéis de Belém”, em instalações anexas à refinação, segundo a antiga “receita secreta”, oriunda do convento, a qual é exclusivamente conhecida pelos mestres pasteleiros que os fabricam artesanalmente, na “Oficina do Segredo”. Esta receita mantém-se igual até aos dias de hoje. De facto, a única verdadeira fábrica dos “Pastéis de Belém” consegue, através de uma criteriosa escolha de ingredientes, proporcionar hoje o paladar da antiga doçaria portuguesa.
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à descoberta Texto co-produzido pela EMcantos, Fundação Mata do Buçaco e Câmara Municipal de Alcobaça e Câmara Municipal de Marvão
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Viajar cá dentro
Fotos. Fundação Mata do Buçaco, Câmara Municipal de Alcobaça e EMcantos
Está frio, é certo! Mas um passeio sabe sempre bem…E as férias ainda estão longe…Por isso aproveite os feriados que se aproximam e os fins-de-semana e parta numa aventura…Explore Portugal, conheça sítios novos, lugares mágicos… Nós deixamos algumas sugestões.
Um paraíso terrestre Um passeio perfeito para fazer a dois ou em família. Envolta numa beleza extraordinária a Mata Nacional do Buçaco abraça cerca de 700 espécies de árvores exóticas e indígenas, tornando-se num destino encantador.
O que visitar Palace Hotel do Buçaco (exterior) O Palace Hotel (1888-1907) é considerado um dos pontos de maior interesse de todo o conjunto da Mata Nacional do Buçaco. Sob projeto do cenógrafo italiano Luigi Manini (1848-1936), o edifício inscreve-se no cruzamento cultural de sentido romântico e nacionalista que absorve os neos de ressonância manuelina e renascentista. Aqui trabalharam os canteiros qualificados da escola de Coimbra e aqui se formalizou a consistência plástica do revivalismo historicista que preencheria a região. Uma obra notável, pela sua imponência e sumptuosidade, do arquitecto italiano Luigi Manini.
Convento de Santa Cruz do Buçaco O convento de Santa Cruz do Buçaco foi fundado em 1628 e pertencia aos religiosos Carmelitas Descalços. Em 1834, com a extinção das ordens religiosas o convento passou para posse do Estado, sendo mais tarde, parcialmente destruído, para dar lugar ao Palace Hotel do Bussaco e a novas construções que ainda hoje o rodeiam. Atualmente, o Convento de Santa Cruz do Buçaco é propriedade da Fundação Mata do Buçaco. Este antigo convento carmelita é de planta retangular, precedida por cruzeiro simples e escadaria, com entrada em arcaria tripla que dá acesso ao claustro-corredor abrindose ao centro a igreja, de planta em cruz latina, com coro-alto assente em arco abatido, nave única, transepto pouco profundo, cúpula na interseção e capela-mor pouco profunda. O campanário situa-se para além da parede fundeira da igreja que inclui, lateralmente, capelas e sacristia ao Evangelho. A igreja carmelita inclui retábulos de talha dourada dos séculos XVII e XVIII, azulejaria polícroma do século XVIII e obras pictóricas dos séculos XVI ao XVIII. Possui, ainda, duas celas, que se encontram abertas para visita, onde pernoitou Arthur Wellesley, Duque de Wellington, que comandava as forças anglo-lusas contra o general francês André Massena, aquando da 3.ª Invasão Francesa cuja Batalha se deu no Buçaco a 27 de setembro de 1810.
Miradouro da Cruz Alta O miradouro da Cruz Alta oferece uma vista privilegiada sobre toda a região entre Coimbra e a Serra do Caramulo. A panorâmica é de cortar a respiração, num local onde o tempo parece parar. Mandada erguer pelo Reitor Manuel de Saldanha, em 1648, no lugar de uma anterior Cruz de Madeira. A Cruz Alta está situada no alto da Serra do Buçaco, a uma altitude de 548 metros, sendo um dos pontos mais famosos da Mata do Buçaco, proporcionando uma vista execional, de surpreendente beleza. Existe ainda o Miradouro do Caifás, o Miradouro das Portas de Coimbra.
Informações úteis:
Floresta Relíquia Apesar de ocupar apenas uma pequena fração, no extremo Sudoeste da Mata Nacional do Buçaco este local é bastante diversificada, albergando três habitats diferentes: o carvalhal de carvalho-alvarinho e carvalho-negral, o loureiral, dominado pelo loureiro, com presença frequente do medronheiro, folhado e do azevinho, e os ‘Adernais’, na encosta sul e sudoeste.O adernal é uma formação vegetal única, dominada por adernos de porte arbóreo notável.Representa uma grande parte da Floresta relíquia, estendendo-se desde o lugar da Cruz Alta até ao Passo de Caifás. Em alguns locais é praticamente puro, formando um bosque com copado denso onde não ocorrem praticamente outras espécies arbóreas.
Horário de Inverno de entrada na Mata Nacional do Buçaco 1 de Outubro > 26 de Março 08H00 > 18H00 Convento Santa Cruz do Buçaco Horário de Inverno 10H00 > 13H00 / 14H00 > 17H00 Loja “Produtos da Mata” Horário de Inverno 10H00> 13H00 / 14H00 > 17H00 Preços: Entradas na Mata A pé - gratuito Veículos de 2 rodas com motor - 2 Euros Veículos ligeiros até 5 lugares - 5 Euros Veículos ligeiros com mais de 5 lugares - 7 Euros Veículos pesados de passageiros - 30 Euros Convento Santa Cruz do Buçaco Até 6 anos: gratuito Dos 6 aos 12 anos: 1 Euros Maiores de 12 anos: 2 Euros Sugestão de Alojamento:
Vale dos Fetos O Vale dos Fetos, cujo nome lhe foi atribuído pela existência de vários exemplares de fetos de porte arbóreo (Dicksonia antarctica). O arruamento do Vale dos Fetos, foi construído sensivelmente no mesmo período, de 1887-88.
Fonte Fria É a mais afamada fonte do Buçaco e também a mais grandiosa. A sua designação deve-se à frescura da própria água. Salienta-se ainda a sua monumental escadaria.
à descoberta
Palace Hotel do Buçaco (inserido no interior da Mata Nacional do Buçaco) http://www.almeidahotels.com/ Grande Hotel do Luso (Luso) http://www.hoteluso.com/ INATEL (Luso) http://www.inatel.pt/unidhoteleira.aspx?menuid=675 Hotel Alegre (Luso) http://www.alegrehotels.com/ Hotel Eden (Luso) http://www.hoteleden.pt/ Hotel Central (Luso) http://www.hotelcentral-luso.com/
Para mais informações: Fundação Mata do Buçaco www.fmb.pt gabpresidencia@fmb.pt
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ALCOBAÇA Uma viagem ao passado A história de Alcobaça está hoje indissociada da presença durante quase setecentos anos da Ordem de Cister. Situada na confluência dos rios Alcoa e Baça, Alcobaça é atualmente uma cidade em expansão de olhos postos no futuro sem, no entanto, esquecer as suas tradições. A visita à região é enriquecedora: Mosteiros de Alcobaça e de Coz, vila medieval de Aljubarrota, Villa Romana de Parreitas, museus, gastronomia rica e variada, praias, Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, Lagoa de Pataias, zonas históricas de São Martinho do Porto e Alcobaça, eventos culturais e muito mais.
O que visitar 22
Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça Fundado no século XII por D. Afonso Henriques, é uma obra-prima da arte gótica cisterciense, pela pureza do seu estilo arquitetónico, a beleza dos materiais empregues e o peso histórico.
Túmulos de D. Pedro I e Dona Inês de Castro Rei de Portugal entre 1357 e 1367, D. Inês foi amante de D. Pedro e aclamada rainha após a morte.
Vila de Aljubarrota Foi aqui que a 14 de agosto de 1385 se desenrolou a batalha na qual os Portugueses, comandados por Nuno Álvares Pereira, derrotaram as tropas castelhanas, assegurando a independência de Portugal.
Mosteiro de Coz Comunidade de religiosas cistercienses, no seu interior destaca-se o magnífico altarmor de talha dourada que marca o início da talha dourada em Portugal e o coro monástico.
Villa Romana de Parreitas Testemunho de uma ocupação humana que se prolonga entre os séculos I e IV. A casa da Villa de Parreitas apresenta uma tipologia arquitectónica mediterrânea, adaptada ao clima da região, com habitações dispostas em torno de um atrium.
Castelo de Alcobaça Construção Moura conquistada por D. Afonso Henriques em 1147, hoje em ruínas.
Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros O Parque reúne um conjunto de formações cársicas raras e de grande beleza, integrado no Maciço Calcário Estremanho apresenta paisagens muito peculiares.
Lagoa de Pataias Possui um espelho de água com cerca de 6 hectares, situa-se num dos principais eixos migratórios de aves aquáticas do país.
Praias do Norte Paredes da Vitória, Vale Furado, Água de Madeiros, Pedra do Ouro, Polvoeira, Légua, Falca, Mina.
á descoberta
Museus Museu do Vinho Criado em 1968, instalado numa antiga adega de 1875. Mostra uma colecção de 10500 peças, alfaias agrícolas, máquinas e objectos ligados à viticultura desde o século XVIII. Estrada de Leiria 2460 - 059 ALCOBAÇA Tel./Fax: 262 582 222
Em época da castanha…aproveite e visite Marvão
Museu da Fábrica Raul da Bernarda A fábrica, primeira de faiança em Alcobaça, foi fundada em 1875. No Museu podemos admirar a Faiança Portuguesa do último século e também a Faiança de Alcobaça. Ponte de D. Elias 2460 Alcobaça Tel. 262590600 Museu da Atlantis Sempre que se fala em cristal português, pensa-se em Atlantis, Cristais de Alcobaça. No Museu pode apreciar algumas obras de arte na mais pura forma de cristal, distingue-se dos outros pela sua maior ressonância, brilho, transparência, luminosidade e maior peso. Casal da Areia-Cós 2460-392 Alcobaça Tel. 262540248 Museu Monográfico do Bárrio Exposição Arqueológica “os Romanos em Alcobaça” Edifício da Junta de Freguesia do Bárrio 2460-302 Bárrio ACB Tel. 262581959
Artesanato Cerâmica, olaria, cristal, tapeçarias, toalhas bordadas, mantas de farrapos, cestas de verga, esteiras de junco de Coz, trabalhos de cutelaria, marroquinaria, pedra, seiras de vime e junco.
Gastronomia Sabores marcantes, ricos e variados que reflectem a riqueza da região Como por exemplo Sopa de lagosta, Cherne à Frei Joãp. Frango na Púcara, Delícias de Frei João, Pudim de Ovos dos frades do Convento de Alcobaça, Queijadas do Bárrio, Gradinhas de Alcobaça, Tachinhos à Dom Abade e Pão-de-Ló de Alfeizerão. Mas há mais. Pode ser experimentar os vinhos DOC Encostas d’Aire – sub-região de Alcobaça a Ginja de Alcobaça ou então a Maçã de Alcobaça.
á descoberta
De 12 a 13 de novembro decorrerá na Vila de Marvão a XXVIII Festa do Castanheiro – Feira da Castanha. Organizado pelo Município de Marvão, o evento pretende homenagear uma espécie uma das figuras centrais da região, o Castanheiro, e o seu fruto, a Castanha, e o seu uso na gastronomia, doçaria e artesanato regional. Neste grande evento, apelidado como o mais autêntico e genuíno do País, a Vila de Marvão torna-se uma grande mostra de produtos locais e regionais com mais de 80 postos de artesanato ao vivo e postos de venda, tenda dos produtores locais onde se poderão encontrar vários produtos hortícolas e frutícolas, áreas de venda de enchidos, queijos, licores, compotas, doces caseiros, área de restauração e quatro magustos colocados em sítios estratégicos da Vila com excelente castanha assada e vinho da região. O certame conta ainda com centenas de artistas de animação nas ruas, espectáculos de palco e bailes populares. Aproveite a Feira e dê um salto até Marvão. Temos a certeza que não se vai arrepender. Existem muitas outras boas razões para preencher o tempo. A vila de Marvão destaca-se pela forma como se apresenta ao mundo. Implantada no topo da Serra do Sapoio a uma cota que oscila entre os 800 a 860 metros, numa plataforma emoldurada por muralhas, este pequena vila alentejana dá-se a conhecer pela sua singularidade. Desde sempre viveu à sombra do castelo que outrora albergou os cavaleiros e seus servos, soldados, canteiros, artífices e todos aqueles que ajudaram a defender ou procuraram asilo dentro da cerca medieval. A ocupação construída começou por envolver o arruamento principal à data, o qual unia, a meia encosta, de modo mais suave e curto, a distância entre a porta principal (Portas da Vila) e o Castelo. É neste percurso que aparecem, simultaneamente, algumas das construções mais eruditas, mais arcaicas e de maior porte. Subindo a Rua das Potas da Vila, abre-se o Largo do Pelourinho, a enquadrar o edifício dos antigos Paços de Concelho (séc. XVI) - com a Cadeia no primeiro piso e o Tribunal nas traseiras - ladeado pela Torre do Relógio e por uma torrinha sineira adossada à fachada poente. A outra rua importante chama-se de Cima e começa nas Portas de Rodão, para desembocar também no referido largo e tomar o percurso do Castelo. Uma centena de metros mais acima surge a Casa do Governador militar da praça, com belas sacadas em ferro forjado do séc. XVII, paredes meias com antigas instalações de um Seminário e com a Igreja do Espírito Santo. No Largo que se abre defronte, a setecentista Fonte do Concelho. Continuando a subir, falta-nos a Rua do Castelo para chegar ao dito, ladeado por alguns edifícios de três pisos que atestam a topografia pronunciada do sítio. São inúmeros os edifícios que se destacam pela sua beleza formal ou pelo porte, fossem de habitação ou de função, mas é sobretudo notável a unidade e coerência do tecido construído no seu todo. Casario, ruas, e ruelas, largos, terreiros, quintais acanhados, muros altos envolvendo os poucos logradouros existentes, constituem um bloco, dando a sensação que se construiu na massa compacta do afloramento rochoso, endentando os edifícios.
outubro-dezembro 2011
partidas&chegadas
À descoberta dos Vinhos de Portugal Portugal é sem sombra de dúvida um país rico em vinhos. Conhecidos e aclamados internacionalmente os vinhos portugueses fazem honras à mesa. De norte a sul do país existem inúmeras rotas que sugerem percursos para partir à descoberta das regiões vitivinícolas e dos vinhos portugueses. Sugerimos nesta edição uma forma diferente de conhecer Portugal. Deixe-se levar pelos sabores, observe as técnicas de tratamento da vinha, visite as adegas onde se elaboram alguns dos melhores vinhos nacionais, desvende segredos ou simplesmente relaxe numa casa situada em qualquer região vitivinícola portuguesa. Nós damos uma ajuda no momento da escolha. Existem em Portugal onze rotas do vinho, repartidas pelas diferentes regiões do país.
Vinhos Verdes Vinho do Porto Vinhas de Cister Vinho da Beira Interior Vinho do Dão Vinho da Bairrada Vinho do Oeste Vinho do Ribatejo Vinho de Bucelas, Carcavelos e Colares Vinho da Península de Setúbal Vinho do Alentejo.
Onde o Verde é rei! 24
Localizada na região do Minho e Douro Litoral, a Rota dos Vinhos Verdes faz as delícias dos seus visitantes. Aqui impera o verde dos campos vislumbrando-se de quando a quando um pequeno ribeiro que empresta magia à paisagem. A plantação das vinhas é feita em ramada e partilha o espaço com outras colheitas. Por aqui abundam os castelos em granito, as igrejas, as pontes e os típicos espigueiros. Aconselhamos um salto até Guimarães e Braga onde se pode deixar encantar pela história centenária. Pode sempre seguir até Viana do Castelo e deixar-se acariciar pela brisa do mar. Existe ainda Ponte de Lima ou Monção que vale a pena visitar. Pode também percorrer as aldeias serranas do Soajo e Castro Laboreiro e apreciar as magnificas paisagens do Parque Nacional da Peneda-Gêres. O leque de sugestões é variado. Obrigatório é degustar um bom Alvarinho, não fosse este considerado por muitos, o melhor vinho verde da região.
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partidas&chegadas
Sai um espumante, por favor! Descendo para sul e cruzando o Douro encontramos as terras de Cister. O nome deriva da antiga ordem religiosa que se instalou na região. Aqui há inúmeros encantos para descobrir! Desde as paisagens soberbas à arquitetura histórica, passando pela gastronomia muitos são os encantos desta região. A região do Távora-Varosa é famosa por produzir alguns dos melhores espumantes nacionais. O cultivo da vinha iniciou-se por via do clero, daí que muitos mosteiros, que serviam a Ordem Religiosa de Cister, se situem junto às vinhas, como por exemplo o Mosteiro de São João de Tarouca. Caso opte por visitar Lamego suba a monumental escadaria barroca até à Sé e Santuário de Nossa Senhora dos Remédios.
As vinhas aconchegadas pela Serra… Castelos e fortificações, não estivéssemos pois junto às fronteiras com Espanha, fazem da Beira Interior uma das regiões mais interessantes para visitar. A defesa da região foi sempre uma das maiores preocupações dos povos que aqui habitavam e por isso existem ainda nos tempos que correm muitos vestígios e monumentos de carater bélico. Destacamos Almeida onde se pode ver a torre de Centum Cella, construída pelos romanos. Mas há muito mais para obserbar! Sugerimos uma visita a Marialva, Trancoso ou Belmonte. Por aqui irá encontrar algumas das Aldeias históricas que valem a pena uma visita. O cultivo da vinha encontra-se essencialmente nas zonas de Pinhel e Castelo Rodrigo, onde as vinhas contrastam com o granito dos castelos. A sul da região a paisagem é dominada pela Serra da Estrela. E uma vez que estamos tão próximos do inverno porque não um passeio até à serra. Os mais aventureiros podem sempre experimentar o ski ou o snowboard.
Vinhos que DÃO prazer… A região do Dão, ladeada por algumas das serras mais belas de Portugal, é conhecida pelos seus fantásticos vinhos. Por aqui o cultivo da vinha tem uma tradição secular. Os rios que atravessam a região, inclusivamente aquele que lhe dá nome, correm entre o verde dos campos onde predominam pinheiros, castanheiros e carvalhos. As habitações de granito e xisto são coloridas pela vegetação campestre de urzes e giestas fazendo da região do Dão um dos mais belos lugares que sem sombra de dúvida vale a pena conhecer. O património cultural é vasto e serve de testemunha aos períodos de ocupação romana, às influências judaica e à importância das ordens religiosas e das grandes famílias aristocráticas. Na interessante cidade de Viseu visite o Museu Grão Vasco, onde se pode observar grande parte das obras deste pintor quinhentista. Se preferir um ambiente mais calmo parta à descoberta das aldeias perdidas nas serras onde se produz os maravilhosos vinhos do Dão.
Seguindo até ao mar encontramos a Rota do Vinho da Bairrada. Aqui é possível aliar o sol da praia à frescura das montanhas. As extensas dunas do litoral são pinceladas pelas cores vivas das casas típicas – os palheiros. Nas montanhas situam-se as termas do Luso e de Curia. Ainda na serra pode sempre visitar a Mata Nacional do Buçaco. Ou se preferir a fauna à flora pode dar um salto até à pateira de Fermentelos e observar patos bravos e outras aves aquáticas. Para reconfortar o estômago aproveite para provar as receitas de peixe do litoral ou as carnes assadas do Interior, acompanhadas por um vinho tinto ou espumante da região da Bairrada.
Foto:EMcantos
Entre a serra e o mar…
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Venha visitar o Oeste! Continuando a nossa aventura partimos agora até à região do Oeste, que se situa entre o oceano Atlântico e a serra de Montejunto. Por aqui a paisagem esta essencialmente marcada pela dicotomia serra/mar e pelos campos cultivados com vinha e árvores de fruto. A região do Oeste foi palco de inúmeras batalhas que decorreram durante as Invasões Napoleónicas sendo a marca mais visível dessa época as “Linhas de Torres”, um conjunto de fortificações militares para impedir o avanço dos franceses sobre Lisboa. No norte da região, situa-se a vila medieval de Óbidos que não dispensa uma visita a pé. Bem perto está a cidade de Caldas da Rainha, onde poderá relaxar nas termas fundadas no século XV ou visitar os diversos museus da cidade.
Os néctares junto ao Tejo O rio Tejo e as lezírias são uma presença constante nos percursos da Rota do Vinho do Ribatejo. As terras são preenchidas com o cultivo de legumes, fruta e vinha e pela criação de touros e cavalos. As feiras e festas relacionadas com a agricultura vinha e coudelaria demonstram que a cultura ribatejana está intimamente ligada às actividades “da terra”. A cidade gótica de Santarém e o fantástico Convento de Cristo na cidade de Tomar são alguns dos monumentos mais belos da região. A serra também condiciona a paisagem da região: as Serras de Aire e Candeeiros impõem uma paisagem dominada pela pedra e que convida a caminhadas. Na zona ribeirinha passeie num barco varino pelo Tejo, aproveitando para observar a reserva natural do estuário do Tejo.
Um verdadeiro pecado “capital” É bem próximo da capital Lisboa que se cultiva a vinha que origina alguns dos vinhos mais históricos de Portugal. Em Bucelas predomina a paisagem rural, onde se destacamos a Tapada Nacional de Mafra, local de realização das caçadas dos antigos reis portugueses. Pode também visitar e ficar a conhecer o imponente Palácio Nacional de Queluz. Na região de Colares as vinhas são plantadas em chão de areia, solo resistente aos ataques da filoxera. Neste percurso, visite o cenário idílico da vila de Sintra e entregue-se ao sabor dos famosos travesseiros ou queijadas de Sintra enquanto descobre os palácios, quintas e belos jardins que tornam esta região única. O vinho generoso de Carcavelos é produzido numa região caracterizada por praias e vilas piscatórias, onde se destaca a vila Cascais.
A “Periquita” dos nossos olhos! É entre o azul do mar e o verde da serra que encontramos as rotas da Costa Azul, que correspondem à região vitivinícola da Península de Setúbal. Por aqui, produz-se a casta Moscatel bem conhecido entre os portugueses. As quintas são normalmente de grande dimensão, sendo a casta Castelão, vulgarmente designada de Periquita, a casta mais cultivada. As praias de areia branca de Sesimbra e Tróia parecem irresistíveis ao olhar, a subida às falésias do Cabo Espichel e da Serra da Arrábida são obrigatórias e no final pode sempre relaxar numa das quintas da região de Palmela
E da terra brota do vinho… Deixando para trás o mar e as montanhas, entramos agora nas grandes planícies do Alentejo. É nestas terras onde a terra parece tocar o céu que se produz alguns dos melhores vinhos nacionais. Foram inúmeros os povos que habitaram esta região, por isso em cada vila ou cidade há vestígios de ocupações pré-históricas, romanas ou mouras: antas, templos romanos, castelos, igrejas e até palácios renascentistas. Além das planícies, existem também as serras do Marvão e São Mamede e o rio Guadiana, que transforma campos de terra amarelada em belíssimas hortas e pomares. Em qualquer local poderá degustar a típica gastronomia alentejana. Pode apreciar os tapetes de lã de Arraiolos e a característica olaria em barro, especialmente na localidade de Redondo.
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Vinhos com História… Fundada em 1954, por 147 associados a Adega da Covilhã deitou mãos à obra tendo elaborado a sua primeira vindima em 1957. Nas primeiras décadas teve um grande crescimento em número de associados e de produção vendendo a maior parte do vinho a granel. A partir da década de 70 iniciou então o engarrafamento de vinho. Hoje já nos habituamos a ver diversas das suas marcas nos estabelecimentos comercias Pedra do Urso para vinho de mesa, a marca Conde Julião, DOC Beira Interior, sendo as marcas Piornos e Monte Serrano um DOC Reserva, a Colheita de Sócio um DOC Garrafeira, Terras de Belmonte um DOC Reserva, produzido segundo a tecnologia e certificação KOSHER. Possuem ainda a marca Cova Juliana para os espumantes, Centum Cellas para a aguardente velha e Adega Nova para a jeropiga. Já em 2011 foi feito o lançamento do primeiro vinho branco Kosher Terras de Belmonte. Graças ao investimento feito pelos associados nas duas últimas décadas, foram renovadas e plantadas novas vinhas com as melhores castas nacionais que juntamente com a melhoria da tecnologia vitivinícola, proporcionam hoje a produção da maioria dos seus vinhos certificados com Denominação de Origem Controlada Beira Interior. Nos últimos três anos a Adega procedeu a uma melhoria da imagem de todos os rótulos, tendo no ano de 2010 efectuado o lançamento de uma nova imagem e reposicionamento no mercado da marca Monte Serrano, tendo sido feito o seu lançamento em Outubro de 2010 nas comemorações dos 140 anos da elevação da Covilhã a cidade. O que muito não sabem é que a Adega da Covilhã foi das primeiras adegas cooperativas do país a ser fundada, evoluindo nos últimos anos chegando a ser considerada no ano de 2000 a Adega Cooperativa do Ano. Para isso contribuíram a eficácia e eficiência do seu trabalho e a excelência do seu método de laboração a par com os seus magníficos vinhos. Durante a sua vida foram vários os prémios concedidos aos seus vinhos quer em concursos nacionais como internacionais. São exemplo disso: Concurso Nacional de Vinhos Engarrafados – Fenadegas – Santarém 2008 - “Monte Serrano Tinto DOC 2006 - Reserva” – Medalha Prata - “Colheita de Sócio Tinto – DOC 2006 - Garrafeira” – Medalha Prata 1º Concurso de Vinhos da Beira Interior 2008 - “Monte Serrano Tinto DOC 2006 - Reserva” – Medalha Prata - “Piornos Tinto DOC 2006 – Reserva” – Medalha Prata Concurso Internacional de Bruxelas 2009 - “Colheita de Sócio Tinto DOC 2006 - Garrafeira” – Medalha Prata Wine Masters Challenge 2009 - Estoril - “Monte Serrano Tinto DOC 2006 - Reserva” – Medalha Bronze - “Piornos Tinto DOC 2006 – Reserva” – Medalha Bronze - “Piornos Branco DOC 2007 – Reserva” – Medalha Bronze 2º Concurso de Vinhos da Beira Interior 2009 - “Monte Serrano Tinto DOC 2007 - Reserva” – Medalha Prata 3º Concurso de Vinhos da Beira Interior 2010 - “Monte Serrano Tinto DOC 2008 - Reserva” – Medalha Prata International Wine and Spirit Completion 2011 - “Monte Serrano Tinto DOC 2008 - Reserva” – Medalha de Bronze
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Exportações: França; Reino Unido; Luxemburgo; Suíça; Alemanha; Espanha; Angola; México; Brasil; China;
Contactos: Adega da Covilhã Quinta das Poldras, 6200-165 Covilhã Tel: (+351) 275 330 750 Fax: (+351) 275 330 info@adegacovilha.pt comercial@adegacovilha.pt www.adegacovilha.pt Localização GPS – 7º 29´24.6726´´W; 40º 16´53.3634 ´´N
Fotos: Adega da Covilhã
Adega da Covilhã