Anápolis - Quarta - 30 de Março 2016 Venda Proibida
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1,4 milhão contra Dilma
Multidão - Mesmo com números diferentes, tanto institutos de pesquisa quanto a PM apontam para a maior manifestação da história; como o governo responderá a tamanha mobilização?
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“Decisão política é o pior problema”, alerta especialista em Segurança.
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Quarta - 30 de Março 2016
Ponto de Vista
Everton Calício Pesquisador e memorialista sobre as Indústrias Matarazzo facebook.com/ memoriapaulistana calicio@gmail.com
Bairro do Limão, uma simpatia
Como a maior parte dos bairros da Zona Norte da Arte popular - Revestida de poesia, garota exibe camiseta homenageando Cazucidade de São Paulo, o za, Elis, Tom Jobim e Vinícius bairro do Limão não passava de um apanhado de chácaras no final do século 19 e início do século 20. Se o caminho para o impeachment da presidente Dilma Rousseff ganhava corpo Com a expansão de nas últimas semanas, a situação ficou ainda mais evidente com as manifestações sua vizinha, a Freguesia pelo País ontem. Em São Paulo foram 1,4 milhão de pessoas nas proximidades do Ó, moradores comeda Avenida Paulista, segundo a Polícia Militar. De acordo com o Datafolha, foi o çaram a habitar a área maior protesto da História do Estado. Em todo o País, na conta dos organizado- Bairro do Limão não pasres, foram 6 milhões às ruas para gritar contra Dilma, o ex-presidente Luiz Inácio sava de um amontoado Lula da Silva e o Partido dos Trabalhadores (PT). Segundo as PMs estaduais, o de chácaras no final do número real foi de 3 milhões. Independentemente da gigante diferença dos le- Século 19. iniciando o vantamentos, é evidente que a insatisfação contra o governo federal é geral, es- povoamento da região. pecialmente São Paulo. As investigações Foi desta época a origem Manifestação contra da Operação Lava Jato, com denúncias do nome do bairro, já que Dilma Rousseff, ontem, contra Lula, e a delação do senador, ex-lí- foi encontrado um pé de na Avenida Paulista, foi der de governo, Delcídio do Amaral (PT), limão na divisa da Freque envolve diretamente a participação de guesia com a região. a maior da História do Dilma em irregularidades, foram propulsoA partir da década de Estado de São Paulo res da insatisfação popular. A grave crise 1920, Matheu Bei, que econômica, aliada ao desemprego crescente e a paralisia do governo também dá nome a importante contribuíram para o resultado. avenida de São Matheus, A revolta contra os petistas não significa, necessariamente, que os partidos de começa a realizar o prioposição contam com a aceitação dos manifestantes. Tanto é verdade que vários meiro loteamento da repolíticos foram vaiados ontem, como o senador Aécio Neves (PSDB), candidato gião, trazendo consigo a derrotado no segundo turno nas eleições de 2014. Os heróis para quem foi aos construção das primeiprotestos são a Polícia Federal, o juiz Sérgio Moro e o Judiciário. ras casas das famílias E como Dilma, Lula e o PT podem reagir? Os protestos convocados para decla- pioneiras da região. Em rar apoio a eles, marcados para a próxima sexta-feira, não devem chegar nem 1934, a região viu o coperto dos números que foram obtidos ontem. Sem apoio popular, sem dinheiro meço da construção da em caixa, sem credibilidade política ou econômica... sem esperança. Apesar de a Capela de Santo Antônio presidente dizer publicamente que não vai renunciar, a sensação de dúvida não que, após ser ampliada, é se ela chega até 2018, mas em qual mês, neste ano, ela vai deixar o Palácio se transformaria na atual do Planalto. A revolta contra os petistas não significa, necessariamente, que os Paróquia Santo Antônio partidos de oposição contam com a aceitação dos manifestantes. do Limão. Um marco his-
Manifestações devastam as esperanças de Dilma e do PT
tórico do bairro e de São Paulo. Com os primeiros moradores, o bairro ganharia a primeira linha de ônibus no ano de 1935. Porém, o grande impulso do bairro, com o desenvolvimento de comércio local e das principais vias da região, se deu a partir da década de 1960, quando ocorreu a finalização da Marginal do Tietê, que acompanharia o curso retificado do rio cruzando a cidade da Zona Leste até a Zona Oeste. O bairro, com a abertura de grandes e importantes avenidas, e a inauguração da Ponte do Limão e também da proximidade com grandes rodovias, como Anhanguera e Bandeirantes, é sede de importantes indústrias e de parte da imprensa paulista. Abriga desde o início da década de 1970 a sede do Grupo Estado e também o jornal Lance! Compreendendo uma área de cerca de cinco quilômetros, o bairro é sede de diversas vilas, abertas a partir da década de 1960 por moradores que estabeleceram suas cãs próximas a capelas das região.
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Medo - Vizinhos temem nova queda de muro perto de suas residências
Obra desmorona e causa confusão no Jabaquara Raphael Pozzi - No dia 14 de fevereiro, às 22h, uma obra na Rua Taquaquecetuba, no Jabaquara (Região Sul), desmoronou e, além de assustar os moradores da região, trouxe problemas para quem mora na Rua Sizenando Antônio dos Santos. Os imóveis afetados foram interditados pela Defesa Civil e uma obra emergencial começou a ser feita no local, sob responsabilidade do proprietário. O problema é que, de acordo com a moradora Regina Novaes, o muro que está sendo construído não deve se sustentar por muito tempo. “O meu marido é engenheiro civil e verificou que a parede não vai aguentar. Se não cair agora, vai ceder mais para frente”, disse. De acordo com outros vizinhos, que não quise-
ram se identificar, o proprietário do terreno onde houve desmoronamento está prestando assistência aos donos das casas da rua de cima. “Pelo que nos falaram, ele está pagando aluguel para que eles morem em outro lugar até que a obra seja finalizada”, disse um deles. A Subprefeitura do Jabaquara enviou nota à reportagem dizendo que, com autorização da autarquia, a obra emergencial está em curso para consolidação do muro que havia cedido. “Por se tratar de obra particular, a responsabilidade é do engenheiro contratado e do proprietário. Até a conclusão da obra, os imóveis permanecerão interditados”, diz trecho do comunicado. A Defesa Civil informou que mantém o local “sob constante monitoramento”.
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Desempenho Sem sofrer gols há três partidas do Campeonato Paulista, o Santos conta não só com o empenho de seus zagueiros, mas também com o reforço do s
Hora de puxar Nunoa A. C. Amaral n.amaral@hotmail.com Desde já, diga-se que este sufrágio é injusto para grandes goleadores dos primórdios do duelo primordial dos estádios portugueses. Inevitavelmente, a proximidade temporal e o advento da televisão tem influência tendenciosa no escrutínio, porque a caixa que também mudou o futebol criou heróis contemporâneos bem mais presentes. Por muito que se busque no You Tube, não há maneira de encontrar qualquer vídeo das façanhas dos portistas Pinga, Valdemar Mota, Araújo, Hernâni e de tantos outros Jaburus ou das tardes de glória dos benfiquistas Julinho, Eusébio ou José Águas (este perdura como recordista dos clássicos, com 17 golos). Todos se perderam nos nostálgicos tempos da rádio, o que também lhes enriquece o enredo do imaginário.
O Benfica atravessa um momento de grande Na busca digital, aqui fi- fulgor e deu nova decam, por ordem cronoló- monstração de força, a gica, esses dez grandes uma semana de receber momentos (cinco para o F. C. Porto. Depois de cada lado) da antologia uma primeira parte em do clássico entre águias que o Belenenses se bateu bem, sofrendo apee dragões. nas o primeiro golo, de
Mitroglou, a quatro minutos do intervalo, a equipa da Luz partiu para mais uma goleada. Num segundo tempo de grande nível, Mitroglou (58 e 77) e Jonas (53 e 88) arrasaram o Belenenses, consumando mais uma vitória robusta do Ben-
fica, que agora ocupa o primeiro lugar da classificação, um ponto à frente do Sporting (os leões só jogam na segunda-feira, com o Rio Ave). Na próxima jornada, as águias jogam em casa com os dragões, antes de
voltaram à ação na Liga dos Campeões, diante do Zenit, cujo treinador, André Villas-Boas, esteve no Restelo a assistir à partida desta sexta-feira.
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pela mística
setor ofensivo do time. Com quatro gols marcados na competição, Ricardo Oliveira destaca a importância de os atacantes ajudarem na marcação.
“É oficial. Rui Vitória é treinador do Benfica por três épocas”. Clube confirmou que o antigo técnico do Vitória de Guimarães vai ser o sucessor de Jorge Jesus. A Sport Lisboa e Benfica - Futebol SAD confirmou esta quinta-feira a contratação de Rui Vitória, antigo treinador do Vitória de Guimarães, por trés épocas, em comunicado enviado à CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários). O treinador de 45 anos, que rumou ao Vitória de Guimarães em 2011/12, já treinou os juniores do Benfica e estava há muito identificado por Luís Filipe Vieira como possível sucessor de Jorge Jesus na Luz. Vitória vai ser o 43.º trei-
nador da equipa de futebol do Benfica. Segundo a Antena 1, a apresentação oficial deve acontecer sexta-feira. Abre-se assim uma nova era no clube da Luz, que nos últimos seis anos viveu sob a liderança de Jorge Jesus, durante a qual foram conquistados três títulos de campeão, uma Taça de Portugal, cinco Taças da Liga e uma Supertaça. “O Benfica está agora a tentar contratar quatro jogadores de topo para a próxima época.” Ao que o DN apurou, em cima da mesa do presidente Luís Filipe Vieira está uma lista de nomes entre os quais Fábio Coentrão, Nani, o brasileiro Bernard e o ucraniano Konoplyanka.
BUENO E A TAREFA COMPLICADA DE RENDER HULK, FALCÃO E JACKSON Alberto Bueno é o primeiro reforço do ataque do FC Porto para a época 2015/16. O avançado, de 27 anos, chega ao Estádio do Dragão com o rótulo de melhor marcador do Rayo Vallecano, com 17 golos apontados na liga espanhola, mais do que os seus companheiros de ataque todos juntos (Leo Batistão fez 7, Mikus Fedor 2 e Manucho 5). Mas a pergunta que se coloca é simples: será que isso chega para Bueno poder fazer esquecer os homens que nos últimos anos assumiram o papel de principais go-
leadores do FC Porto, Hulk, Falcão e Jackson? Todas as comparações são complicadas, é certo, mas os números são o que são e os de Bueno não são cativantes, mesmo que nas duas últimas épocas tenha passado a barreira da dezena de golos. “Desde que deixou o Real Madrid, em 2008/09 (onde trabalhou com... Julen Lopetegui na equipa B), Alberto Bueno disputou seis temporadas em clubes como o Valladolid, Derby County e Rayo Vallecano”. Disputou um total de 196
jogos e marcou exactamente 50 golos, o que lhe dá uma média ligeiramente superior a 0,2 golos por jogo. Curiosamente, a temporada de melhor aproveitamento foi precisamente a de 2008/09, mas na equipa B do Real Madrid, onde apontou 16 golos em 34 jogos, números que não são contabilizados neste estudo comparativo. A verdade é que Bueno chega ao FC Porto com mais idade do que acontecera com Hulk, Radamel Falcão ou Jackson Martínez.
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A maior mobilização Estadão conteúdo - A Polícia Militar calculou 1,4 milhão de pessoas presentes à manifestação contra o governo Dilma Rousseff, realizada na Avenida Paulista e adjacências, em São Paulo, às 16h15, horário de pico do ato. Considerando os eventos ocorridos em todo o Estado, o número sobe para 1,8 milhão de manifestantes. Já o movimento Vem Pra Rua estimou em 2,5 milhões de manifestantes no ato da Av. Paulista. A estimativa foi divulgada perto das 16h. O Datafolha fala em 500 mil pessoas. O ato de ontem foi o maior de São Paulo, conforme o instituto. O anterior, segundo o DataFolha, foi o das Diretas Já, em 1984 e que reuniu 400 mil pessoas. Ainda de acordo com o instituto, a maior manifestação anti-Dilma contou com 210 mil pessoas em março de 2015. Em todo o Brasil, o movimento Vem Pra Rua estima que cerca de 5 milhões de pessoas foram hoje às ruas se manifestar contra o governo Dilma. Todos os Estados brasileiros e 505 cidades foram palco dos atos pró-impeachment. No início da noite, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República soltou uma nota para a imprensa dizendo que os atos demonstram a maturidade do País. “A liberdade de manifestação é própria das democracias e por todos deve ser respeitada. O caráter pacífico das manifestações ocorridas neste domingo demonstra a maturidade de um país que sabe conviver com opiniões divergentes e sabe garantir o respeito às suas leis e às instituições”, diz o comunicado.
Lotado - Manifestação de ontem contra o governo Dilma Rousseff, na Avenida Paulista e adjacências, reuniu, segundo a Polícia M
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o política da história
Militar, 1,4 milhão de pessoas, às 16h15, horário de pico do ato.
Tumulto - Aécio Neves e Geraldo Alckmin mal conseguiram caminhar pela Avenida Paulista
Devoção - Boneco do juiz federal responsável pela Lava Jato, Sergio Moro, é disputado como “santo”
Selfie - Casal oriental, vestindo amarelo, posa para foto com Lula ao fundo sobre “pedalinho”
Pancadaria - Simpatizantes da presidente Dilma e de Lula brigam com opositores; PM interveio rápido.
Alckmin e Aécio comparecem e recebem aplausos e vaias Estadão conteúdo - O governador Geraldo Alckmin e o govenador Aécio Neves, ambos do PSDB, estiveram na Avenida Paulista durante a manifestação. Os tucanos ficaram em um cercado do Movimento Brasil Livre, mas não subiram no carro de som nem discursaram. Permaneceram no local por cerca de 20 minutos cumprimentando e tirando selfies com manifestantes. Durante o tempo em que ficaram na manifestação, receberam aplausos, mas também foram hostilizados, um por causa das denúncias envolvendo a merenda escolar em São Paulo, e outro pela citação de seu nome na operação Lava Jato. Antes de chegar à Paulista, o senador concedeu entrevista à imprensa, na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, na qual
afirmou que há três caminhos hoje para o Brasil: o impeachment da presidente, a cassação da chapa pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou a renúncia. “Uma das três saídas possibilitará ao Brasil voltar a sonhar com um futuro melhor”, disse. Alckmin foi na mesma linha. Em entrevista coletiva concedida no Palácio dos Bandeirantes, o governador falou que “é preciso virar a página”. “Precisamos de uma solução rápida para retomar o crescimento”, emendou. As manifestações contra o governo foram noticiadas com destaque pela imprensa internacional. Os sites de notícias salientaram as dimensões dos protestos e a fragilidade em que se encontra o governo brasileiro diante dos casos de corrupção. De acordo com o jornal britânico The Guardian, os atos
aumentam as dúvidas sobre a capacidade da petista completar os quatro anos de mandato. Nos Estados Unidos, o Washington Post destacou que o número de manifestantes de ontem superou o das Diretas Já. O francês Le Monde destacou a fala da presidente Dilma, que disse na sexta-feira que não há motivos para renúncia. O jornal argentino Clarín observou que estas foram “as primeiras manifestações apoiadas por partidos da oposição de forma explícita”, enquanto o espanhol El País ressaltou as demandas dos manifestantes pela prisão de Lula. No ABC paulista, manifestantes se reuniram em frente ao prédio onde o ex-presidente Lula mora. Ao contrário dos atos que ocorreram em todo o País, os presentes protestaram em apoio ao ex-presidente.
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