Cultura ibero-americana em xeque

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Cultura ibero-americana em xeque

Segundo dia de conferências da Fliporto ofereceu discussões sobre identidade e influências ibéricas Emerson Cunha

em ersoncunha.pb@dabr.com .br

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Afinal, o povo brasileiro guarda uma identidade ibero-americana? Esse, um dos principais questionamentos da 5ª Festa Literária Internacional de Porto de Galinhas (Fliporto), foi o tema discutido na manhã de ontem, em duas das oito mesas-redondas do evento. Escritores, poetas e estudiosos se destinaram a decodificar as influências das raízes históricas ibéricas na literatura e a construção do relacionamento com a América adjetivada como latina. Fato rememorado por Ana Luiza Berraba, autora do livro América aracnídea, resultado de estudos do suplemento Pensamento da América, do jornal Amanhã,publicado nas décadas de 1930 e 1940. Ana Luiza dividiu a mesa O que é Iberoamérica: em busca de sentido para velhos e novos mundos reais e imaginados com Laurentino Gomes, autor do livro 1808, e do estudioso português José Carlos Venâncio. A autora lembrou que o termo "América Latina" é datado do período pósguerra, em busca de um termo contraposto a "América do Norte"; portanto, Laurentino Gomes, autor de uma criação dialética. E ainda recente para a aceitação cultural brasileira, na 1808, considera que os opinião da escritora. "Na prática há uma relação de preconceito e resistência à brasileiros não reconhecem identidade latina. É necessário abrir as veias para conhecer a América Latina, as virtudes ibéricas herdadas. Foto: Beto ou os países latinos. O problema maior é que a gente não a conhece", lembrou Figueiroa/Divulgação Ana Luíza. Segundo ela, o suplemento por ela pesquisado tentava, na verdade, fomentar a ideia de um Brasil forte e unificador no continente, para disputar o poder americano com os Estados Unidos, e sua cultura.

Edição de sábado, 7 de novembro de 2009

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Mês: Janeiro Ano: 2013 Pr ocu r a r

Laurentino gomes focou seu discurso nas raízes ibéricas e na identificação dos brasileiros. "Nós temos um problema de autoestima, de recusa quanto às raízes portuguesas. Estamos sempre em busca de uma coisa melhor, que parece estar lá fora", opinou o escritor, complementando que a cultura brasileira ainda não reconhece virtudes trazidas da cultura portuguesa, como a tolerância às diferenças e a estratégia do diálogo para a resolução dos conflitos. Vindo do outro lado do Atlântico, o português José Carlos Venâncio explicou que não há quase identificação de portugueses com o termo ibero-américa, isto é, com os países americanos latinos. Principalmente depois do fortalecimento da União Europeia, o que os aproximou ainda mais da Europa. No sentido de discutir a identidade, um outro debate tratou de heróis dessa cultura. Ou melhor, dos antiheróis, como os bandoleiros e cangaceiros. Quem são os grandes heróis e bandoleiros da Ibero-américa foi o tema discutido por Angel Espina Barrio, autor de , ao lado do escritor Frederico Pernambucano de Mello e do poeta Marcus Acciolly. Entre imagens e poemas recitados, a imagem do bandido se revelou maior que a violência e ou a divergência da ordem. Dele sobreviveu o espírito romântico, em óperas, quadros e contos. Além disso, houve também a construção de uma estética própria, que identificava os cangaceiros. O chapéu com as estrelas de Salomão, as percatas de couro e os bordados especialmente costurados, além das estampas, indicavam uma atividade artística nesses grupos, fato comentado por Frederico Pernambucano, autor do livro Estrelas de couro: a estética do cangaço. Abertura O lema de que menos é mais adotado na Fliporto deste ano parece ainda não ter sido assimilado pelos organizadores. A esperança de que a programação seria mais enxuta caiu por terra logo na abertura, ontem, quando o mestre de cerimônia convocava as 13 pessoas para compor a mesa inicial. Foram chamados os curadores Antônio Campos e Mário Hélio, o governador Eduardo Campos, prefeito, deputados presentes, secretário, representante de secretário e até o superintendente do Banco do Brasil. Ao menos só falaram os irmãos Campos, mas logo a coisa desandou de novo, com o longo concerto da Orquestra Sinfônica Jovem. Lettera Está sendo distribuída na Fliporto a primeira edição da revista Lettera, produzida em parceria pela editora Carpe Diem e pelo núcleo editorial da ExclusivaBr. A publicação, que será quadrimestral, promete reforçar o debate de ideias, divulgar a literatura em Pernambuco e estabelecer diálogos entre as

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:: Diario de Pernambuco - Política, Brasil, Economia, Mundo, Vida Urbana, Esporte Total, Viver :: diferentes linguagens artísticas. Na primeira edição, a revista chega inteiramente dedicada à programação de Fliporto, mas nos próximos números os temas devem ser ampliados. A idade do amor O escritor catarinense Cristóvão Tezza foi pego de surpresa pelo tema Amor, desamor e amizade na literatura da mesa que dividirá, às 10h, neste domingo, com a escritora Tatiana Salem Levy. "Descobri aqui, na verdade vai ser um grande pretexto para começar a conversa", disse ele. "Estou com a ideia de falar do amor de geração, acho que vai dar um bom papo. Eu falo do amor dos anos 70 e a Tatiana conta como é agora. Vou propor isso a ela", revelou Tezza. Independência O jornalista Laurentino Gomes, que ficou conhecido pelo best-seller histórico 1808, aproveitou a participação na Fliporto para desenvolver seu novo projeto - 1822, livro em que contará a história da independência do Brasil. Amanhã, ele estará no Recife, onde grava imagens do Forte das Cinco Pontas, local em que Frei Caneca, líder revolucionário, foi morto. As imagens serão usadas como bônus do seu próximo livro, previsto para setembro de 2010. Gilberto Freyre Na tenda 2 da Fliporto, no Hotel Armação, Valéria Torres da Costa e Silva lança e autografa hoje, às 19h, A modernidade nos trópicos: Gilberto Freyre e os debates em torno do nacional. O livro surgiu a partir de uma pesquisa de dourado. Durante seis anos, Valéria mergulhou na obra do pernambucano e se propôs a realizar uma leitura do pensamento freyriano nos anos 1920 e 1930, entendendo os cânones sob os quais Gilberto Freyre interpreta o país, o que passa pela compreensão da construção do moderno discurso cultural brasileiro. 0 comentário(s) | Comente essa notícia | Leia os comentários

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