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Doce infância

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Doceinfância

Por Sara Vasconcelos

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Quando penso na minha infância, penso com saudade! Saudade de como eu era inocente e de como a vida parecia tão simples, de como tudo parecia ser um conto de fadas infinito, que nunca aquilo iria acabar, sempre estava ali para sorrir!

Ir à escola era a melhor coisa do mundo! Ouvir cantigas de roda no recreio, comer bolo de chocolate da mamãe e não ter preocupação alguma era a melhor sensação! Não existia nada melhor do que acordar no fim de semana logo cedo para assistir desenho animado, Chaves, e depois sair correndo para a rua e passar a tarde toda brincando de casinha com as amiguinhas! Eu gostava também de usar as roupas da minha mãe... Sem ela saber, eu ia ao guarda-roupa e pegava. Eu queria ser adulta, usar salto alto, maquiagem, aprender a cozinhar comidas gostosas e todas essas coisas de adulto e que as crianças acham divertidas de fazer.

Lembro que, depois do jantar, minha mãe me contava histórias de lendas da nossa região, Comadre Fulôzinha, fantasmas que apareciam no sítio, histórias de assombração que naquele tempo deixavam eu e meus irmão assustados e tensos... Eu ficava rindo dos meus irmãos por eles ficarem com medo, mas, na hora de dormir, eu pensava aterrorizada

nas histórias que minha mãe contava. Assim, eu ia correndo para o quarto das minhas irmãs para dormir com elas, e elas faziam graça de tudo aquilo até o medo passar.

Mas, como minha mãe sempre diz, todos nós temos nossa criança interior. Algumas pessoas não demonstram, outras sempre fazem essa criança vir à tona, mas todos nós devemos amar nossa infância, não importando se ela foi um pouco dolorosa ou maravilhosa. Devemos pensar que sempre teremos aquela parte doce de nossas vidas dentro de nós a qual nunca pode ser esquecida!

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