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DOMINGO, 20 DE SETEMBRO DE 2015
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Setembro é o mês da doação de órgãos Campanha prevê conscientizar a população sobre ato, que salva vidas; família precisa estar ciente do desejo ANA CAROLINA MONARI carolinamonari@comerciodojahu.com.br
Setembro foi instituído pela Câmara de Jaú como o mês de doação de órgãos. A Lei nº 4.967, de 13 de abril de 2015, de autoria do vereador Roberto Carlos Vanucci (PT), objetiva a instituição do Setembro Verde no calendário oficial de datas do Município. O Hospital Amaral Carvalho promove campanha para estimular a doação de órgãos na cidade. O vereador, que tinha por objetivo mobilizar as pessoas em relação à causa, ficou feliz com a repercussão da lei, principalmente com as ações promovidas pelo Hospital Amaral Carvalho – os funcionários usam laço verde, símbolo da campanha, para divulgar o tema. A instituição também fará série de eventos sobre o assunto nesta semana. Para quem está interessado em ser doador, basta apenas comunicar a família. “Antigamente, a doação era feita pelo registro no RG, porém, não é mais assim. Caso queira ser doador, você tem de comunicar a família e deixá-la cien-
te de que você é um doador de órgãos. Atualmente, são os familiares de 1º até 4º grau, além do cônjuge, que, no momento do óbito, autorizam a doação”, explica o presidente da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) do Hospital Amaral Carvalho, Eduardo Pracucho. O Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos é comemorado em 27 de setembro, fator que determinou a escolha do mês de alerta à população. O médico explica que ações como essa são fundamentais para que, mesmo em momentos de grande sofrimento (como a morte) seja possível salvar vidas, por meio da doação. Demais ações José de Lima Oliveira Júnior, mais conhecido como dr. Lima, criou o Projeto Setembro Verde em 2012 com o objetivo de levar mais informação à sociedade e desfazer dúvidas e mitos que envolvem a doação de órgãos e os transplantes. Médico conceituado em cirurgia cardiovascular, especialista em transplante de coração e coordenador da Comissão de Remoção de Órgãos da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos
50 mil pessoas esperam órgão para transplante
Entenda a morte cerebral Morte encefálica, segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, é a definição legal de morte. É a completa e irreversível parada de todas as funções do cérebro. Isto significa que, como resultado de severa agressão ou ferimento grave no cérebro, o sangue que vem do corpo e supre o cérebro é bloqueado e morre. Um potencial doador é o paciente com morte encefálica, quando, comprovadamente, a pessoa não tem mais o cérebro funcionando. Nesse caso, apenas o coração bate, mas, segundo os médicos, por pouco tempo depois da morte cerebral. Nada será feito antes de consulta aos familiares, os únicos que podem autorizar a doação de órgãos. Se houver consentimento, a captação é feita pela Comissão In-
tra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), que é responsável por observar potenciais doadores. Após o procedimento de captação, os órgãos são encaminhados para uma regional – a de Jaú fica em Botucatu – que faz auditoria do órgão, vê se está viável para a doação e faz o cadastramento no sistema nacional de transplante. O chamado Em São Paulo, a central faz o direcionamento para o primeiro da lista de transplante, que recebe o chamado enquanto seu futuro órgão está sendo transportado. (ACM) COMENTE ESTA MATÉRIA
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Números do Município No Hospital Amaral Carvalho, em Jaú, foram realizadas 186 captações de córneas de 2008 a 2015. De setembro de 2014 a agosto de 2015, 19 captações foram contabilizadas pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) da instituição. Na Santa Casa de Jaú ocorreram 375 captações de córnea de janeiro de 2010 a julho de 2015. As informações foram prestadas por Luciane Cristina Lopes Carraro e Otaviano Felício, coordenadores da CIHDOTT do hospital, via assessoria de imprensa. Irmãos De múltiplos órgãos, a instituição realizou 11 captações no mesmo período,
sendo a última feita em abril deste ano. O agricultor Laurindo Maciel, 39 anos, pede que a doação de órgãos e tecidos seja estimulada, uma vez que não é possível prever o “dia de amanhã”. Ele doou medula óssea para o irmão Salvador Maciel, 51 anos. O transplante foi feito no dia 16 de julho de 2015 no Hospital Amaral Carvalho. Ambos são de Serro Negro (SC) e Salvador teve o diagnóstico de leucemia linfoide aguda (LLA) no ano passado. “Nunca tinha visto nenhuma campanha sobre o assunto, mas, se eu tivesse conhecimento antes da doença, com certeza, iria doar, porque é algo muito importante”, comenta Salvador. (ACM)
(ABTO), ele criou o programa sem finalidade lucrativa. “É compreensível que ocorram muitas dúvidas, mas é inaceitável que a sociedade, de
maneira geral, desconheça o tamanho e a extensão dos problemas de quem aguarda em uma fila de espera de órgãos e do sistema público de trans-
plantes do Brasil”, explica. De acordo com o dr. Lima, o País é o segundo do mundo em número absoluto de transplantes de órgãos sólidos realizados
(mais de 25 mil/ano), ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Contudo, 50 mil pessoas aguardam por algum órgão nas filas de espera de transplante.
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