2006 - Cartilha - Apresentação Enecos 15 anos

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.:Apresentação:. .:Mobilização.:

:..Participação..:

Fique por dentro do Movimento Estudantil de Comunicação!



..:Glossário:.. ENECOS: Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social. ENECOM: Encontro Nacional dos Estudantes de Comunicação Social. Acontece normalmente em julho. É o encontro que reúne mais estudantes de Comunicação no Brasil. Acontecerá em Salvador este ano. COBRECOS: Congresso Brasileiro dos Estudantes de Comunicação Social. Acontece em janeiro. É o encontro em que se decide a atuação do movimento estudantil para o ano e em que se planejam atividades. ERECOM: Encontro Regional dos Estudantes de comunicação. Acontece no primeiro semestre do ano. Reúne estudantes das regionais da Enecos. CONECOM: Conselho de entidades de Base de Comunicação Social. É uma plenária de Centros Acadêmicos que acontece no Enecom e, caso necessário, no segundo semestre também. GET: Grupo de Estudo e Trabalho.

.:Grupos de Estudo e Trabalho.:

(Para entrar nos Get’s, basta enviar um email para os seguintes endereços eletrônicos): Democratização da Comunicação: democratizacao2003 subscribe@yahoogrupos.com.br Qualidade de Formação: forma_com-subscribe@yahoogrupos.com.br Combate às Opressões: opressoes-subcribe@yahoogroups. com Movimento de Base: movimentodebase-subscribe@yahoogrupos.com.br


.:Enecos e movimento estudantil:. Você já se irritou alguma vez com aquele programa de televisão que existe desde que você é criança e que não exibe nada de novo? Ou com aquela revista que sempre fala mal de qualquer manifestação social? Você, alguma vez, pensou que poderia ser um comunicador diferente, que pensasse de maneira mais profunda o papel social da Comunicação? Pois bem. Não é apenas você que já pensou em todas essas questões. Já faz um tempinho que @s estudantes de Comunicação Social de todo país se reúnem para discutir o papel da comunicação na nossa sociedade, o contexto político do nosso país, a quantas andam os nossos cursos e a nossa formação nesse tempo de universidade/faculdade que vivemos. E é a ENECOS (Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social) que tem justamente esse papel de aglutinar e representar todos os estudantes de Comunicação do país em torno dessas questões levantadas e que costumamos dizer que são nossas bandeiras de luta: a Democratização da Comunicação, a Qualidade de Formação do Comunicador/a Social e o Combate às Opressões, que serão mais explicadinhas a diante. A Enecos foi criada em 1991, mas desde antes disso, já na década de 70, os estudantes de Comunicação se reuniam e se organizavam no Encontro Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (ENECOM). Ah! É importante saber que a Enecos organiza encontros de comunicação, que são justamente os espaços onde podemos trocar idéias e organizar atividades em conjunto com estudantes de comunicação do 2


país inteiro! Além no Enecom, existe também o Cobrecos, o Conecom e os Erecom’s*. Os encontros regionais são organizados pelas chamadas regionais da Enecos. Como o Brasil é muito grande e tem muitas escolas de comunicação, a Enecos divide o país por regionais a fim de facilitar o contato com elas. “Mas como é que eu posso entrar em contato com essa tal de Enecos?” Bem, você pode entrar no nosso site na internet, que é www.enecos.org.br. Você também pode entrar em contato com @ coordenad@r da Enecos na sua regional (a Enecos possui uma coordenação, que é eleita todo ano nas escolas de comunicação). Mas não basta apenas entrar em contato! O mais importante mesmo é a sua participação! Mas como? Bem, o primeiro passo é você conhecer seu curso, ficar por dentro das atividades que estão acontecendo na sua escola e não ficar calado/a diante das questões de podem ser difentes no curso. É questionando que começamos a pensar mais sobre nossa realidade e é nos juntando a outras pessoas que compartilham dessas reflexões que vamos conseguir transformar a nossa realidade. Para ajudar nessa empreitada, procure a galera do Centro Acadêmico na sua escola, que é onde, normalmente, os estudantes se organizam para fazer atividades no seu curso. Mas se não tiver CA, é preciso que você mesmo tenha a iniciativa de fazer isso! Só pra finalizar, é legal lembrar que a Enecos possui Grupos de Estudo e Trabalho (GET’s), que são grupos que estudam e produzem material sobre as nossas bandeiras de luta. Então, não fique aí parad@! Comece desde agora a integrar o movimento estudantil! 3


:.Qualidade de Formação em Comunicação:.

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Você já parou para pensar como é a comunicação no país? Ela é realmente democrática, do jeito que acreditamos que ela deve ser? Parou para pensar que nós, como futuros/as comunicadores/as, somos responsáveis por ela também? E que, portanto, podemos fazer algo para modificá-la? Refletir sobre a qualidade dos nossos cursos, ainda na universidade, é um primeiro passo para mudar o quadro da Comunicação no país! Mas o que significa lutar por Qualidade de Formação em Comunicação (QFC)? A luta por qualidade de formação em comunicação tem como pano de fundo a defesa de uma universidade voltada para a formação crítica e humana. Uma universidade comprometida com a sociedade que a cerca, baseada numa educação emancipadora. Que faça refletir sobre os problemas sociais – tendo em vista a necessidade de superação dessa sociedade desigual – e faça perceber a realidade como uma construção históricosocial que, portanto, é feita ou desfeita por tod@s nós. É importante perceber, então, que o curso de comunicação não está isolado. Muitos problemas que encontramos nas nossas escolas são compartilhados por estudantes do país todo. Acordar para isso é perceber que nosso curso está inserido num modelo de universidade e num contexto de educação que vão nortear suas características. Sendo assim, o curso de comunicação, hoje, também está sendo atingido por um modelo tecnicista de universidade que mais parece um “escolão” de terceiro grau, onde conhecimento produzido se apresenta como mera mercadoria e é voltado exclusivamente para atender as demandas do mercado de trabalho. Por isso as escolas de comunicação estão cada vez mais preocupadas em formar pessoas que dominam a técnica, ao invés


de formar comunicadores capazes de analisar criticamente a mídia e de atuar criticamente nessa realidade. Você mesmo pode notar isso no seu curso! É só observar a quantidade de disciplinas humanas que existem no seu currículo; se algum professor/a discute a tal democratização da comunicação na sala de aula; ou o quanto se valoriza a pesquisa e a extensão universitária, se é que existe isso na sua escola! Defender a QFC é também notar que a Comunicação Social tem, hoje, um papel fundamental na construção da cultura, da política, dos valores da sociedade e que, portanto, não pode ser apenas um curso “técnico” superior. A bandeira de Qualidade de Formação em Comunicação apresenta diversas reivindicações e discute diferentes questões, como a infraestrutura do curso, as condições dos nossos laboratórios, a falta de equipamentos para algumas disciplinas, o papel dos veículos laboratoriais e universitários, a importância da pesquisa e da extensão, a falta de professores e/ou a má vontade de outros que só fazem nos enrolar, a questão da divisão do curso em habilitações, a problemática dos estágios, a falta de livros na biblioteca, a composição do nosso currículo, a avaliação institucional, o papel do/a comunicador/ra diante do contexto de comunicação e sociedade em que vivemos... E você, já parou pra pensar como está a situação na sua escola? Como fazer o seu curso ficar melhor? Como pode ser um curso que discuta, de fato, o papel social da comunicação? Todas essas questões são discutidas dentro da ENECOS, nos nossos encontros de estudantes, nas campanhas que fazemos! E também pelo Grupo de Estudo e Trabalho (GET) de Qualidade de Formação em Comunicação. Se você acredita na real transformação da comunicação e do país, comece por transformar o seu curso! 5


:. Democratização da Comunicação:. Imagine todos os veículos de comunicação do Brasil (TV, rádio, cinema, jornais, revistas, Internet, editoras de livros, etc.). São muitos não é? Agora tente imaginar quantos são os donos desses veículos. 50? Não, menos! 20? Menos! 10? Quase isso! É incrível, mas todos esses veículos estão, direta ou indiretamente, sob o controle de 9 famílias em todo o Brasil. A situação torna-se mais complicada quando verificamos que essas 9 famílias possuem muitos interesses em comum. Você já reparou que o conteúdo do Jornal Nacional pouco difere do que é reportado no Jornal do SBT? Ou que as matérias da revista Veja são bem parecidas com as veiculadas pela revista Isto É? Pegue como exemplo uma reportagem sobre uma manifestação de estudantil pelo passe livre no transporte urbano. Todos os noticiários dão ênfase aos mesmos pontos: engarrafamento, baderna, transtorno para os que estão próximos, etc. Alguns nem mesmo explicam o motivo da manifestação, outros sequer noticiam o acontecimento. A quase ausência de diferenças nos conteúdos dá um caráter de verdade absoluta a tudo que é veiculado pela grande mídia brasileira. Não há espaços para questionamentos. Quantas vezes ao questionar alguma informação, em conversas com amigos ou com a família, você já ouviu o argumento: “mas é verdade, eu vi na televisão!”? Isso tudo não acontece por coincidência. Os grupos que controlam as “redes” de comunicação têm interesses co6


muns, não só entre si, mas também com os grandes empresários do país, a chamada “burguesia”. O que interessa a esses grupos é que seja mantido o poder econômico e político que está em suas mãos. Para isso qualquer movimento que ameace seus poderes é duramente atacado. Para que a democracia vigore de verdade é preciso que as diferentes opiniões tenham oportunidades iguais para serem expressas. Isso não quer dizer que a Rede Globo deve ser “boazinha” e ouvir quem discorda dela, mas que os movimentos sociais, sindicatos e organizações populares tenham seus próprios veículos de comunicação e produzam sua própria informação. A comunicação é fundamental para que os movimentos populares possam difundir seus ideais, suas lutas, e conquistar cada vez mais corações e mentes. É justamente pelo fato de a comunicação ter toda essa importância para a transformação social que a Enecos levanta a bandeira de luta da Democratização da Comunicação. Além do GET que formula e discute sobre o tema, é realizada, em outubro, a Semana Nacional pela Democratização da Comunicação, que está na sua 4º edição. É uma atividade, realizada em vários estados do Brasil, que abre diálogo com a sociedade. Atualmente, o debate sobre digitalização da comunicação (Tv e Rádio Digital) é que tem sido a grande luta no campo da Democratização da Comunicação. 7


:.Combate às Opressões.: Você já reparou como são abordados os/as homossexuais, as mulheres ou os/as negros/as na mídia? E na sua universidade, quantos/as negros/as são estudantes? Quantas mulheres estão nos cargos de direção? Quantos/as homossexuais você conhece na sua escola? Talvez você nunca tenha parado pra pensar sobre isso, porque talvez pela complexidade do tema e por esses mitos de igualdade racial, de gênero e de orientação sexual que existem, você prefere não debater esse assunto. Mas ao buscar a construção de uma sociedade mais justa, humana e igualitária, o Movimento Estudantil tem a necessidade de discutir em seus espaços o combate ao racismo, à homofobia e ao machismo (as opressões de etnia, sexualidade e gênero), assim tomando consciência de que é preciso combater a estrutura social opressora (seja ela política, cultural, econômica ou jurídica) que não permite que haja igualdade de fato nas relações sociais. O fato das mulheres serem associadas com ternura e fragilidade, que precisam ser protegidas pelos homens, esses sim fortes e inteligentes, não são construções naturais, mas produzidos culturalmente e que também carregam em si um problema de ordem política, social e econômica. A mídia contribui nessas construções quando apresenta em uma novela, por exemplo, a mulher como dona de casa e o marido dono da empresa, a negra como empregada doméstica e a branca como patroa, o homessexual como uma pessoa caricata e extravagante. Assim, vai se reafirmando a estrutura social 8


opressora, preconceituosa e desigual. É preciso romper com essa cultura machista e etnocêntrica, e trilhar caminhos em que a escolha de sua personalidade (sem esteriótipos de coisa de “mulherzinha” e coisa de “macho”) e da sua orientação sexual sejam realmente livres e encaradas com respeito; que não haja submissão do ser humano pelo ser humano, exterminando a violência social, psicológica, física e sexual sofridas por mulheres, negras/negros e homessexuais. Esses debates vêm sendo construídos na ENECOS desde de 2003, com a criação de um GET de Opressões, mais tarde chamado de GET de Combate às Opressões. No ano de 2004 ocorreu uma Plenária de Mulheres no Enecom, e em 2005 essa Plenária foi colocada na grade oficial do Encontro, contando com a participação de mais de 100 mulheres. Essa pauta vem crescendo dentro da ENECOS, sendo trabalhada em demais encontros e congressos, e nos trabalhos diários da militância. Amadurecer essa discussão e inserir essas questões nos espaços do movimento é algo muito importante, bem como a desnaturalização cotidiana de toda forma de opressão. Portanto, vai o convite para ingressar nesse debate e construir um movimento estudantil, uma universidade e uma sociedade sem discriminações, violência, e mais justa e igualitária.

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:.Gestão da Enecos 2006.: COORDENAÇÃO GERAL Breno Mendes (UFPA) Luciana Silvestre (UFES) Rodrigo Mendes (PUC-SP) COORDENAÇÃO DE COMUNICAÇÃO Julia Chequer (PUC-SP) COORDENAÇÃO DE FINANÇAS Celso Serrão (UFMA) REGIONAL SUDESTE 1 (SP) Carlos Gustavo Yoda (UniSantos) Guilherme Jeronymo (USP) Plínio Volponi (Unesp) Fábio Nassif (PUC-SP) REGIONAL SUDESTE 2 (RJ) Gilka Resende (UFF) Sheila Jacob (UFF) Siron Nascimento (UERJ) Breno Costa (UFF) REGIONAL SUDESTE 3 (ES/MG) Karina Moura (UFES) Danilo Bicalho (UFES) Vivian Fernandes (UFV) REGIONAL SUL (PR/SC/RS) Alexandre Dornelles (PUC-RS) Ester Scott (PUC-RS) Daniela Mussi (UFPR)

REGIONAL NORDESTE 1 (BA/SE/AL) Pedro Vilaça (UCSal) Clarissa Viana (UFBA) Priscila Viana (UFS) Elida Rachel (Cesmac) Mário César Pereira (UFS) REGIONAL NORDESTE 2 (PE/RN/PB) Bárbara Duarte (UFPB) Renata Albuquerque (UFPE) REGIONAL NORDESTE 3 (CE/PI/MA) Maycko Passos (UFMA) Rômulo Maia de Alencar (UESPI) Bruno Marinoni (UFC) Thiago Rodrigues (Zé) (UFC) Manuella Nobre (UFC) REGIONAL CENTRO-OESTE (MS/MT/ DF/GO) Lucas Fortuna (UFG) Jusceni Rezende (UFG) Raquel Mariano (UCB) REGIONAL NORTE (PA/AM/TO/RO/ RR/AP/AC) Tereza Cristina (UNAMA) Felipe Melo (UNAMA) Antônio Fabrício (UFT)


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