Jaú - Ano 9 | Edição 76 | Fevereiro 2018 Distribuição gratuita | Venda proibida
Grupo Ivan Cassaro Foco no futuro
EMPRESAS QUE MOVIMENTAM
O evento do ano
GENTE FINA
Armando Rodolfo Valencise
IDENTIDADE DE GÊNERO
o que você precisa saber
Editorial
2018 promete
Ano 9 – Edição 76 – Jaú, fevereiro de 2018 Tiragem: 10.000 exemplares Revista Energia é uma publicação da Rádio Energia FM Diretora e Jornalista responsável Maria Eugênia Marangoni mariaeugenia@radioenergiafm.com.br MTb. 71286
A Energia não para. O ano mal começou e já estamos a todo vapor, trabalhando em novos projetos para que este ano seja melhor, muito melhor que o anterior!
Diretor artístico: Márcio Rogério rogerio@radioenergiafm.com.br Edição e Revisão de textos: Heloiza Helena C. Zanzotti revisao@revistaenergiafm.com.br Criação de anúncios: Moinho Propaganda atendimento@moinhopropaganda.com.br
Diagramação Moinho Propaganda (14) 3416 7290
Colaboraram nesta Edição Bárbara Milani Heraldo Bello da Silva Júnior Letícia Koehler Colunistas Alexandre Garcia André Santos Bruna Pultrini Aquilante Edson Yukiharu Kawakita Eliana Rodrigues Rosselli Evelin Sanches Fernanda Stradioti João Baptista Andrade Maria Ceci Toffano Paulo Sérgio de Almeida Gonçalves Professor Marins Rachel Soares de Brito Ricardo Izar Sílvio Marcelo Rodrigues Comercial Anna Paula Rossi Milene Perez Sérgio Bianchi Silvio Monari Impressão: Real Gráfica Editora (14) 3621 9237 Distribuição: Panfletos&Cia (14) 3621 1634 Revista Energia Rua Quintino Bocaiúva, 330 | 2º andar CEP: 17201-470 | Jaú - Fone: (14) 3624 1171 www.energianaweb.com.br Elogios, críticas e sugestões leitor@revistaenergiafm.com.br
Foto: Cláudio Bragga
Projeto gráfico: Revista Energia Social Club social@revistaenergiafm.com.br
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já começamos com a primeira edição de 2018 da RE que está incrível. Quem estampa nossa capa é o megaempresário Ivan Cassaro, do Grupo Ivan Cassaro. Conheça um pouco mais sobre este visionário que, com iniciativas inovadoras, levou suas empresas ao topo!
Fotografia: Moinho Propaganda
Falando sobre iniciativa, nesta edição você vai conferir de perto cada detalhe do Prêmio EQM - “Empresas que Movimentam”, e do evento que foi o acontecimento do ano em nossa cidade! Veja quem são os empresários, profissionais e empresas que acreditaram, investiram e cresceram no ano de 2017, destacando-se pelo pioneirismo, inovação e criatividade! O Prêmio EQM foi criado pela equipe de soluções do Grupo Energia com o intuito de homenagear as empresas que souberam identificar oportunidades e trabalhar impulsionando a economia municipal, gerando emprego e renda! O sucesso deste projeto foi resultado do trabalho de uma equipe coesa, competente e comprometida, e de alianças com parceiros que se superaram para abrilhantar ainda mais nosso evento! Quero aproveitar este espaço para agradecer e parabenizar a equipe Energia e nossos parceiros que tornaram cada detalhe da festa inesquecível! Agradeço especialmente a Kelly da Bella Decorações; José Carlos e Renata da Lumare Eventos; Lee do Buffet Jardins de Monet; a cerimonialista Natália Peretti; Gabriel da KanaCaiana Fotografia; Marcel da Couple Films Cine Wedding; Marcos e Ronaldo da Nossa Segurança e DJ Aufieri. Nesta primeira RE, saiba como identificar distúrbios de aprendizagem, quais os tipos mais comuns e tratamentos disponíveis em uma matéria exclusiva. Leia sobre fake news, as notícias falsas que circulam na internet e podem ter uma repercussão avassaladora; as fake news também estão nos comentários da coluna Radar, de Alexandre Garcia. E mais, a diferença entre identidade de gênero, sexo e orientação sexual, uma questão social que envolve respeito, liberdade e segurança! Viva a diversidade! Um excelente 2018 para todos e ótima leitura!
Quero anunciar comercial@revistaenergiafm.com.br A Revista Energia não tem responsabilidade editorial pelos conceitos emitidos nos artigos assinados, anúncios e informes publicitários.
Maria Eugênia Revista Energia 5
ÍNDICE
NESTA EDIÇÃO 08 Perfil
16
10 Momento Safira Semijoias 13 Radar 15 Pense Nisso
Gente Fina
16 Gente Fina 20 Vitrine Presentes 21 Educação Financeira 22 Comportamento 26 Vida Profissional 28 Capa 35 Direção Segura 37 Vida Saudável 39 Depilação a Laser 40 Bairros de Jaú 41 Viagem e Turismo
56 EQM
43 Medicina Atendimento diferenciado com colaboradores cons-
44 Rede Sociais
tantemente capacitados,
48 Adote um Pet
Veículos com selo de qualidade (procedência garantida com laudo de vistoria),
51 Saúde Bucal
Garantia de até um ano em todo o território nacional, Check list com mais de 30 itens verificados,
53 Consultoria
Vendas online, com entregas em domicílio,
56 Social Club
Credibilidade conquistada através de uma relação
86 Saúde
transparente com o cliente.
90 Look de Artista
Loja moderna e ampla, sala de estar, Coffee Room, Wi-Fi, TV a cabo. Visite o novo site, muito mais interativo! www.fortemotors.com.br
Nossa Capa: Grupo Ivan Cassaro Jaú - Ano 9 | Edição 76 | Fevereiro 2018 Distribuição gratuita | Venda proibida
95 Saúde e Bem-Estar 96 Varal
90
99 Água na Boca 101 Profissões
Look de Artista
102 Legislação 104 Boa Vida
Grupo Ivan Cassaro Foco no futuro
EMPRESAS QUE MOVIMENTAM
O evento do ano
GENTE FINA
Armando Rodolfo Valencise
IDENTIDADE DE GÊNERO
o que você precisa saber
Perfil
a ter seriedade. Apresentei um programa belíssimo, “Siciliana” de Bach, o Opus 99 de Schumann - “Folhas coloridas”; o Noturno Op.27 nº 2 e o Scherzo nº 2 de Chopin, e de bis “A Dança dos Espíritos Abençoados”, da ópera Orfeu e Eurídice, de Christoph Willibald Gluck”. O pianista explica que a escolha de Gláucio para este repertório foi certeira. “Eu tinha que tocar como um profissional e adorei estudar estas obras. Foi também o meu primeiro contato com Schumann, compositor alemão com o qual tenho uma relação especial”. DE REPENTE, PORTUGAL Após sua formação no Conservatório Jauense de Música, o pianista investiu em aulas particulares com grandes mestres. “Fui para o Rio de Janeiro e estudei durante três anos com a fenomenal pianista brasileira Linda Bustani”. O talento e a dedicação rederam frutos, e atualmente João Gustavo estuda na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE), na cidade do Porto, em Portugal, com o pianista português Luís Filipe Sá, professor e músico premiado em diversos concursos. “Sempre tive vontade de vir para a Europa e o piano propiciou isso. Meus professores me incentivaram e meu último ano com a Linda, no Rio, foi decisivo. A escolha por Portugal deve-se a uma viagem que fiz à Europa dois anos antes, onde tomei conhecimento da ESMAE, uma instituição de excelência no cenário musical europeu. Também fiquei vislumbrado com o Porto, é uma cidade encantadora”.
Concertos para a vida “A primeira vez que vi um piano achei o instrumento musical mais lindo do mundo Texto Heloiza Helena C Zanzotti Fotos Arquivo pessoal
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m CD de piano com obras de Beethoven, como o “Concerto do Imperador” (concerto nº 5 para piano e orquestra) e a Sonata Opus 28 nº 15 “Pastoral”, foi definitivamente o que impulsionou João Gustavo Rangel, 24, a seguir por uma carreira pouco comum entre os jovens atuais: a de pianista.
PROJETO GURI, O INÍCIO João Gustavo nasceu em Jaú e teve uma infância feliz entre brincadeiras com amigos, a casa dos avós e os passeios de bicicleta, sua brincadeira predileta e hobby que mantém até hoje. Aos 7 anos começou a estudar violino no projeto Guri, e a partir daí, segundo ele, a música passou a ser sua “brincadeira” predileta. “Eu já estava adorando estudar música no projeto Guri quando minha mãe me deu o CD de piano com obras de Beethoven”, conta. Desde então, a paixão pelo instrumento moveu a vida e os passos do artista. 8 Revista Energia
NÃO É TÃO FÁCIL COMO PARECE Aos olhos dos leigos, tocar piano parece uma tarefa simples, desde que se aprendam as notas, mas João Gustavo ressalta que tudo no piano é extremamente difícil. “É sempre um desgaste descomunal subir ao palco. A responsabilidade é grande, depois de um recital sinto como se um tsunami tivesse passado por mim. As pessoas não imaginam como é exaustivo! É como no esporte, somos atletas das mãos; é um trabalho extremamente intelectual a nível erudito e também físico, emocional, psicológico e de meditação. Trabalho todos os dias com a Beleza. É preciso buscar e manter um espírito de paz e equilíbrio para transmitir essa tranquilidade ao público”. TUDO TEM SEU TEMPO Viver da arte é para poucos, mas o pianista acredita nisso com todas as suas forças. “Meu foco é aprimorar minhas aptidões artísticas e aproveitar as chances para os concursos internacionais, que tenho recebido convites, mas ainda não me sinto preparado para dar este próximo passo. Esses grandes concursos impulsionam a carreira dos pianistas, mas
a exigência é muito grande. É preciso não pensar em competir, música não é uma competição, mas chegar a um nível onde eu possa mostrar todas as minhas possibilidades e minha personalidade como artista no momento certo”. Para o jovem talento, o sonho é viajar o mundo levando sua música, emocionando pessoas e, através dessa linguagem universal, poder contribuir para um mundo melhor. “A música é um grande modificador e acredito que ela realmente pode nos manter vivos em meio à barbárie. É a chama de uma cultura superior, preservando uma arte eterna, na melhor tradição do Humanismo”.
“É preciso buscar e manter um espírito de paz e equilíbrio para transmitir essa tranquilidade ao público”
CONSERVATÓRIO JAUENSE DE MÚSICA João Gustavo entrou para o Conservatório Jauense de Música aos 10 anos, para estudar piano. “Ali fiz todo o curso profissionalizante que tinha duração de 9 anos, mas o fiz em menos tempo. Minha primeira professora foi a Arlete Cecília Busin Minhoto Teixeira, que me ensinou as primeiras notas. Ela me chamava carinhosamente de Johann, uma referência a Johann Sebastian Bach”. No Conservatório, o jovem estudou os últimos três anos com Antônio Waldemir de Oliveira, um músico de talento excepcional. “Estudava depois da escola, muitas horas seguidas, era mesmo paixão ou vocação. A primeira vez que vi um piano, achei o instrumento musical mais lindo do mundo”. O PRIMEIRO RECITAL Aos 14 anos João foi estudar com Gláucio Munduruca, em Barra Bonita. “Na segunda aula ele disse que em seis meses eu daria um recital no Teatro Municipal Elza Munerato. Foi quando, realmente, o piano passou Revista Energia 9
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Radar Por Alexandre Garcia
ALEXANDRE GARCIA Jornalista, apresentador, comentarista de telejornais, colunista político e conferencista brasileiro. Atuou no Jornal do Brasil, no Fantástico e na extinta TV Manchete. Atualmente é comentarista político na Rede Globo de Televisão.
Rede de mentiras Há espertos que são mais espertos que os mais desinformados
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ma chorosa fazendeira fala da crueldade que fizeram com um bovino dela. “Tem que morrer quem faz isso. Eles cortaram as pernas desse animal”. E no vídeo aparece uma vaquinha, certamente com um defeito genético nas patas traseiras, caminhando e pastando tranquilamente. Outro vídeo mostra a destruição “que o MST faz com nossas tartarugas na Amazônia”. E na imagem, aparecem hispânicos, com sacos em espanhol, recolhendo ovos numa praia marítima com areia vulcânica. Só estou falando de vídeos que recebi nos últimos dias, como o de Lula afirmando que o PT “tem que convencer as pessoas de que é preciso fascismo, nazismo, menos democracia”, numa edição rudimentar, que perde feio para as que os soviéticos faziam, e não tinham computador. Ainda ontem, recebi texto do juiz Sérgio Moro, uma “carta pública ao povo brasileiro”, com manifestações que jamais seriam feitas pelo juiz da Lava-Jato, como “divulguem para pelo menos 10 pessoas, para que possamos mudar o Brasil”. Os espertos que fazem isso são apenas mais espertos que os mais desinformados. Aproveitam-se da alienação do “ouvi dizer” e da ingenuidade das pessoas. Usam como impulso a militância fanática, que pouco pensa além das frases de efeito. Perguntam-me onde está “aquela dinheirama que o PT recolheu e mandava para Cuba” em caixotes da Cruz Vermelha, mostrados em vídeo, apreendidos pela Interpol em Brasília. Não se dão ao trabalho de perceber que é em rótulo com escrita árabe, e que a Interpol não pode fazer operações táticas em nosso território, e de procurar nas agências de notícias. O rótulo da Cruz Vermelha é falso e é apreensão de dinheiro do Khadafi.
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É incrível que os que me mandaram essas coisas sejam todos experientes amigos com curso superior, brilhantes advogados, publicitários, médicos e dentistas, supostamente bem informados e céticos, racionais. Fico pensando se é por ingenuidade ou por compartilharem intencionalmente da difusão do boato. Essas coisas falsas chegam a mim e param, é claro, por absurdas, obviamente inverossímeis. O palácio do Lula, que é um casarão da USP na verdade; a ilha do filho de Lula, que só quem gravou sabe e todos os jornalistas, delegados e procuradores do Brasil não conseguem encontrar... Como há gente que acredita? Ou quer apenas lançar a dúvida? Não vou entrar nas fake news eleitorais, porque disso se ocupa hoje a Justiça Eleitoral e a Polícia Federal, mas sabemos que há profissionais contratados para produzirem material de campanha com calúnias, difamações e falsidades em geral. O escritor italiano Umberto Ecco (Em Nome da Rosa) fez uma profecia. Em junho de 2015, ele lembrou que idiotices antes ficavam restritas à mesa do bar, em torno de um vinho. “Hoje, a internet dá voz a uma legião de idiotas”. Ele não imaginava que depois de sua morte apareceria uma legião de espertos para manipular uma legião de ingênuos e desinformados.
“Como há gente que acredita? Ou quer apenas lançar a dúvida?”
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nisso
Pense
Por Professor Luiz Marins
LUIZ MARINS Antropólogo e escritor. Tem 26 livros publicados e seus programas de televisão estão entre os líderes de audiência em sua categoria. Veja mais em www.marins.com.br
A festa acabou! Clínica de Repouso Saúde e Bem Estar Confiar quem você ama aos cuidados de quem transmite segurança, respeito e carinho faz toda a diferença! Especializada em recuperação pós-operatória, pós-AVC, Alzheimer e em todas as necessidades dos idosos, a Clínica de Repouso Saúde e Bem Estar oferece tratamento humanizado, ambiente familiar e acolhedor, proporcionando um verdadeiro lar aos residentes. A equipe multidisciplinar é composta por médico, nutricionista, fisioterapeuta, cuidadores e enfermagem 24h, sempre com a paciência e a atenção que os internos merecem. Estadias permanentes – temporárias – diárias ou noturnas, em apartamentos individuais ou coletivos. Residência adaptada às necessidades dos idosos.
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Pois é, as festas acabaram! Já se foram o Natal, as comemorações da passagem de ano e agora o Carnaval. Bem-vindo a 2018!
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agora? Só sobrou a dura realidade! Sobrou a realidade de que temos que voltar a trabalhar, a construir o hoje para que o amanhã possa existir. Sobraram também as contas para pagar, é claro! A grande verdade é que não adianta chorar, nem reclamar, nem fingir que a festa ainda não acabou. Não adianta continuar brincando de Papai Noel ou de Colombina, e também não adianta já ficar pensando nos feriados de 2018. Temos que trabalhar! Afinal, trabalhamos as oito melhores horas de cada dia, (para a maioria dos trabalhadores, das 8h às 18h), vezes os 35 melhores anos de nossa vida (no mínimo!). Assim, transformar as oito melhores horas do dia nas piores horas, e os 35 melhores anos nos piores anos é, no mínimo, uma insanidade. Estudos modernos mostram que nós é que construímos em nosso cérebro os sentimentos de felicidade ou infelicidade. Pode reparar que em duas situações reais idênticas, algumas pessoas poderão ver lados opostos: negativo e positivo. Assim, em vez de reclamar, temos que procurar ver o lado positivo de termos que voltar a trabalhar, o lado positivo do fim da festa. Afinal, se temos que voltar ao trabalho é porque temos um emprego, um trabalho. E se temos um trabalho é porque somos necessários, úteis para alguém ou para alguma coisa. Se fossemos inúteis ou desnecessários, com certeza não estaríamos no emprego em que estamos, talvez nem mesmo estivéssemos vivos ou com saúde para reclamar. Pense em quantas pessoas desempregadas dariam tudo para voltar a trabalhar e fazer exatamente o que estamos agora reclamando de termos que fazer. Festejar é uma das mais fortes características humanas,
desde o homem primitivo. As festas existem para agradecer, celebrar, unir pessoas, confraternizar, portanto, é preciso curtir as festas e celebrar nossas conquistas, agradecer e comemorar por termos chegado até aqui. A maior tristeza para um ser humano é a falta de trabalho, o desemprego, a ociosidade. Pessoas nessas condições têm dificuldade em festejar. Mas conheço muitas delas que conseguem celebrar para agradecer o fato de estarem vivas, terem saúde e uma família que as ampara. Assim, volte a trabalhar feliz e agradecido por voltar. Coloque em prática as ideias novas que teve. Crie, inove. Não deixe que a rotina tome conta de você e trabalhe muito para ter dinheiro e saúde e poder comemorar todas as festas de sua vida. E você, é uma pessoa que está disposta e preparada para começar 2018 celebrando a vida, celebrando seu trabalho? Pense nisso. Sucesso!
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Armando Rodolfo Valencise “Não vês que somos viajantes? E tu me perguntas: Que é viajar? Eu respondo com uma palavra: é avançar!“ (Santo Agostinho) Texto Heloiza Helena C Zanzotti
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le é jovem, carismático, recebeu a nossa equipe com uma simpatia contagiante e no final da entrevista nossa impressão foi de que o tempo passou muito rápido. Ficaríamos horas conversando, trocando ideias, aprendendo com ele. A frase de Santo Agostinho que abre este Gente Fina reflete um pouco o ideal de nosso entrevistado: avançar, com determinação e coragem. Armando Rodolfo Valencise, 28, natural de Jaú, filho de Benedito Antônio Valencise, delegado, e Íria Sartori Valencise, dona de casa, é o filho caçula. Sobre a família, ele comenta: “Todo mundo lá de casa é da área de direito. Meu pai é delegado aposentado, meu irmão é perito criminal em Itapeva e minha irmã trabalha na Justiça Federal em Bauru. E de repente eu fui padre (risos)”. A fé o acompanha desde a infância? Nasci no dia da anunciação, 25 de março. A igreja sempre fez parte da minha vida, eu cantava no coral da Santa Casa, estudava. Passei a infância no Jardim Estádio com a minha família. Interessante alguns episódios da vida... Uma vez, no dia das crianças, eu havia pedido um skate para os meus pais. Eu brincava, mas nunca fui radical e meus pais me deram o skate. Na verdade, eu usei o skate para fazer um andor de Nossa Senhora e ficava andando em volta de casa, empurrando. Até brincando, eu rezava missa. Minha maior alegria era levar o folheto da missa para casa, ensaiar os cantos, ler novamente as leituras. Era bem gostoso. 16 Revista Energia
Como foi sua vida escolar, sua formação para Padre? Foi uma época em que o governo começou a remanejar muito a questão das escolas. Fiz o pré no Magalhães, a primeira e segunda séries no Túlio, a terceira e quarta no Caetano Perlatti e da quinta à oitava no Magalhães. O ensino médio foi no Colégio Academia. No dia seguinte ao da minha formatura do ensino médio, em 2006, fui fazer o encontro vocacional para entrar no seminário em 2007. Naquela época o seminário funcionava aqui em Jaú. Cursei um ano de propedêutico, três anos da faculdade de Filosofia em São Carlos, fiz Teologia na PUC de Campinas. No dia 6 de dezembro de 2013 fui ordenado diácono e no dia 8 de dezembro de 2014 fui ordenado padre. Fui encaminhado ao seminário pelo Padre Armando, da Paróquia São Benedito. Ele fez todo o acompanhamento comigo no seminário. Minha ordenação foi lá por este motivo. Sou de Jaú, fui ordenado em Jaú e permaneci como padre aqui em Jaú. Sua decisão de ser padre teve influência da família? O meu pai, quando ainda muito novo, foi seminarista, mas seminarista menor. Um tio-avô também foi para o seminário. Naquela época as crianças iam bem novinhas para o seminário, mas costumo dizer que as coisas aconteceram de maneira muito natural na minha vida. Nunca pensei em fazer algo diferente. Quando fui ordenado padre, o lema que escolhi foi: “Antes de formá-lo no ventre eu o escolhi”. Esse lema é a partir da vocação de Jeremias, cap. 1, versículo quinto. E Revista Energia 17
invés de aliviar o fardo das costas das pessoas, acaba colocando ainda mais peso. Esse não é o ideal de religião para mim, como acredito que também não era para Jesus. Eu sempre encontrei isso na igreja católica e tento levar as pessoas a experimentarem essa mesma religião que eu vivo. Como foi sua passagem pela igreja São Benedito? Na São Benedito eu ajudei, fui vigário paroquial com o padre Armando. Imagine dois Armandos na mesma paróquia! Tem gente que confunde até hoje. Mas a primeira paróquia que eu assumi como pároco foi a Santo Antônio. Fui ordenado padre na São Benedito e a Santo Antônio era uma capela que pertencia à São Benedito. Quando tomei posse como pároco, um ano após ser ordenado padre, a Santo Antônio deixou de ser comunidade e passou a ser Paróquia, e eu assumi como o primeiro pároco. Como se sentiu ao assumir uma Paróquia? Eu me senti cobrado (risos). A comunidade de Santo Antônio tem muitos desafios. Quando cheguei aqui havia uma missa semanal aos domingos. Depois colocamos missas todos os dias. A primeira missa que rezei no domingo de manhã, o projeto era fazer uma missa com as crianças, e quando eu cheguei às 10h tinha apenas 7 crianças. Às vezes, no começo é frustrante, mas hoje, graças a Deus, temos quase 150 crianças que vêm às missas no domingo de manhã. Então a gente já começa a colher um pouquinho daquilo que começou a plantar. eu acredito nisso. Deus já havia me chamado desde o ventre materno, porque sempre tive esse desejo. O sagrado sempre me chamou a atenção, me encantou. Não que eu não tenha tido outros amores nessa vida, mas o amor ao sagrado sempre esteve acima de tudo, sempre falou de uma maneira mais alta comigo e para mim. Fale um pouco sobre essa vocação. Quando vamos ser ordenados pensamos sempre nessas coisas... A minha casula de ordenação (casula é a roupa que o padre usa por cima da túnica) tem flores no barrado todo justamente lembrando que nos altos e baixos da vida Deus sempre esteve presente. O centro da casula é um crucifixo mostrando que Ele está no coração. O que acredito quando olho para a cruz de Cristo é que o sofrimento não tem a última palavra para nós. Nós podemos passar pelo sofrimento, pelas piores situações em nossas vidas, mas da mesma maneira que Ele não desistiu no sofrimento, nós também não podemos desistir. Somos maiores que nossas dores. Teve alguma dúvida quanto à vocação? Nunca tive dúvida. Desânimo? Com certeza. Como todos temos em alguns momentos, nas atividades, nas cobranças... O padre é aquele que tem cobrança de quem está acima, de quem está ao lado, de quem está abaixo. Você tem que ser padre, administrar o sacramento, administrar a paróquia financeiramente, cuidar da sua vida pessoal... É um conjunto de coisas que acaba sendo bem pesado. Quando a gente se dá conta, acaba esquecendo de deixar um tempo para nós, de viver a nossa vida. Então é tempo de parar, repensar, rever e se planejar melhor. Como foi ser ordenado padre tão jovem? Fui ordenado padre com 24 anos. Padre significa pai, então, quando a gente chega em uma Paróquia, chega sendo pai espiritual de uma comunidade e as pessoas também nos olham como filho ou neto. Sinceramente, acredito que aquilo que nos faz ser respeitado não é o cargo que a gente ocupa, mas o tanto que a gente consegue amar. Vejo, por exemplo, o Papa Francisco, que uma pesquisa recente apontou como sendo um dos homens mais respeitados do mundo. Penso que ele conseguiu isso não pelo cargo que ocupa como Papa, mas por aquilo que ele é, pela maneira como lida com as situações, pelo jeito como fala com as pessoas, pela simplicidade, pela proximidade... Acho que esse é o grande diferencial. E como vê sua missão? Como padre, tento ser amado por aquilo que eu sou para as pessoas. Estou longe de ser igual a Jesus Cristo, mas acredito que Ele é o nosso ideal. O grande milagre de Jesus sempre foi o de aliviar o fardo da vida das pessoas. É triste quando a gente vê uma religião que ao 18 Revista Energia
Sentia desde o começo a confiança da comunidade? Confiança é algo que conquistamos com o tempo. Eu vejo o tempo como sendo um elemento muito bom e necessário para todos nós. Sempre acho que tudo deve acontecer com tranquilidade e devagar. A comunidade sempre depositou confiança em mim, mas é gradual. Com o passar do tempo amadurecemos, aprendemos a ouvir as pessoas. Recém-ordenado, a gente se sente um pouco desbravador, quer mudar o mundo, e começamos a perceber que até é possível, mas dependemos das pessoas e é o tempo que traz essa clareza. Quais desafios encontrou ao assumir a Paróquia Santo Antônio? Nesse ano de 2017 o maior desafio foi o pastoral, porque além da Santo Antônio, assumi também a responsabilidade de pároco da Paróquia Santa Helena e São Cura D’Ars, no Jardim Santa Helena. Claro que o bispo mandou um padre para me ajudar, o padre Éder, mas a responsabilidade pastoral é sempre do pároco. E é mais uma cobrança. Estar dividido é muito difícil e é lógico que as pessoas querem ter o seu padre, então a gente fica com essa sensação de que deixamos a desejar ali ou aqui. Agora a Santa Helena vai receber um padre e fico novamente só aqui, mas isso não diminui a sensação de cobrança. Mesmo sendo uma paróquia organizada, tem muita coisa para melhorar, temos muitas dificuldades físicas, falta sala para catequese, falta uma igreja para nós. Conseguimos reformar a capela, a parte elétrica, piso, forro, bancos, recuperamos a pintura original, isso foi feito, mas em uma proporção menor diante da necessidade que nós sabemos ser bem maior. Qual é a previsão para essa nova igreja? Fizemos o lançamento da pedra fundamental em 13 de julho de 2017 e estamos terminando de pagar o projeto arquitetônico, elétrico, hidráulico e estrutural. É mais difícil pagar esse tipo de coisa, porque são coisas que a gente não pega, a comunidade não vê o que está sendo feito. Nesta semana (16 de janeiro) estamos com a preocupação da sondagem de solo, já fizemos três orçamentos, conseguimos um com um preço melhor. Depois vamos dar continuidade na execução do projeto e acredito que até o final do ano a gente consiga pelo menos começar a movimentar alguma coisa, mas a igreja pronta, em menos de 15 ou 20 anos não vai ser possível. Estamos buscando ajuda com instituições no exterior, na cidade, com empresas, temos as nossas festas que têm nos ajudado não só na construção da igreja nova, mas na manutenção daquilo que já se tem hoje, contas de água, energia elétrica, etc. Compramos um terreno para a construção da casa paroquial; eu ainda moro com o padre Armando na São Benedito, e se Deus quiser terminamos de pagar o terreno nesse final de ano para depois pensarmos na construção da casa. É o começo, ninguém nasce grande.
Lembra algum fato inusitado que possa compartilhar? Muitos (risos). Recentemente recebi uma graça e não tenho dúvidas que foi um grande milagre de Nossa Senhora. Minha irmã teve uma gravidez normal, mas na semana de dar à luz o médico diagnosticou uma anomalia no coração do bebê e disse que assim que nascesse precisaria ser feita uma cirurgia no coração. Minha irmã e meu cunhado foram para São Paulo e Deus foi abrindo os caminhos, ela encontrou uma maternidade e a Ana Laura nasceu em um domingo, dia da ressureição. Na maternidade havia um vidro por onde os médicos apresentavam o recém-nascido para os familiares e ficamos ali, com aquela expectativa, quando vimos que uma criança passou em uma incubadora rapidamente e desconfiamos que fosse a Ana Laura. Por ser padre, consegui entrar na UTI e fiz uma prece a Deus pedindo por ela. Naquela noite sonhei com Nossa Senhora que me mostrava: este é o sinal. No sonho eu estava na casa dos meus pais e na mesa da sala de jantar havia uma imagem da capelinha da Mãe Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt e não deu outra. À noite, quando eu passei pela mesa da sala de jantar dos meus pais, lá estava a capelinha. Aquilo me deu uma tranquilidade muito grande. No outro dia minha irmã ligou e disse que o médico havia dado alta à Ana Laura porque não havia problema nenhum, não precisava de cirurgia e já estavam voltando para Jaú. Foi uma experiência marcante... Foi um dos episódios em que eu tive uma experiência muito próxima de Deus, minha intimidade com Nossa Senhora. Eu nasci no dia 25 de março, dia da Anunciação, em que Nossa Senhora recebeu a notícia que estava grávida. Mais do que isso, nasci no sábado de aleluia. Fui ordenado padre no dia 8 de dezembro de 2014, dia da Imaculada Conceição. Novamente essa data se repete: em 8 de dezembro de 2015 assumi como primeiro pároco da mais nova paróquia criada em Jaú, a Santo Antônio. E depois recebo essa manifestação de carinho muito bonita de Nossa Senhora. É claro que não foi fácil chorar diante do Sacrário, chorar diante de Deus, aqui nessa igreja, sozinho de madrugada, mas eu acredito nisso: partilhar com Deus aquilo que estamos sentindo dentro de nós. Como você vê a profissão de fé das pessoas nos dias atuais? Tenho percebido que as pessoas têm se voltado para a fé de uma maneira como talvez eu nunca tenha visto. Quando entrei para o seminário foi um período em que as pessoas estavam meio que revoltadas com a fé, e percebo que de lá para cá a humanidade caiu tanto do cavalo, se decepcionou tanto com os homens que tem voltado a se apegar em Deus, a uma vida de fé e espiritualidade. Jaú é uma cidade muito católica, cristã, tem homens e mulheres de fé, e eu acredito que isso vem até como uma resposta, uma confirmação para esse chamado que Deus me fez. Mudou a relação das pessoas com a fé, com a igreja? Com toda certeza. Penso que as pessoas jogam mais limpo com Deus. Hoje elas conseguem entrar na igreja e reclamar, partilhar seus problemas com Deus. Elas apresentam no altar aquilo que tem lhes tirado a paz, impedido de dormir. Deus age no tempo dele, que é diferente do nosso, mas tenho certeza que principalmente nos momentos em que a gente se sente mais abandonado, é aí que Deus está conosco.
Qual sua visão sobre o crescimento da violência, das drogas? Acredito que nós vivemos um tempo de purificação e esperança. Acho que nunca veio tanto à tona como hoje a notícia, e é claro que com a globalização isso vem de uma maneira muito rápida. E faz com que também fiquemos sabendo das notícias mais tristes, violência, etc... Mas traz um apego maior à fé, a Deus, à religião e caminhamos para perceber que sem Ele não dá mais. Sem Deus não tem mais jeito. Deus é a esperança que nos resta e nessa a gente tem certeza que pode acreditar. O que a igreja tem feito para colaborar ou reduzir a violência? Enquanto o mundo procura corromper crianças e adolescentes para as drogas, o maior ato de caridade que nossa igreja pode fazer se chama evangelização. A catequese, a eucaristia, a crisma; a igreja transmite valores, ensina os caminhos do bem. Certamente é a maior instituição de caridade do mundo. Temos a Pastoral da Criança, a Pastoral da Saúde. A igreja acredita na instituição família, no casamento, que os pais podem mudar a vida dos filhos. Aristóteles falava que a virtude está no meio, então, da mesma maneira que muitos jovens são vítimas de uma má formação das famílias, eles precisam se sentir responsáveis por construir um futuro melhor, mais humano e cristão. A campanha da fraternidade neste ano vai falar a respeito da violência. Mais do que rezar, acredito que trabalhamos na conscientização da paz. A fé precisa ser do coração, não pode ser a fé da mãe, da avó, da tia, da vizinha. Fé é individual, é um relacionamento íntimo com Deus. Falando sobre Jaú... No ano passado nós conseguimos unir várias associações, entidades, pessoas de outras religiões, pastores, padres, maçons, espíritas... Nós nos unimos para fazer o bem. Nesse período que vivemos, meio que cansamos de esperar as coisas acontecerem e estamos colocando a mão na massa. Eu acho que isso é bom. Precisamos nos sentir corresponsáveis pelas coisas que temos, pelo cuidado que precisamos ter com aquilo que é público, que é nosso, mas também precisamos cobrar daqueles que são nossos representantes aquilo que é dever deles. Jesus fez o máximo possível pela humanidade e às vezes nós nos contentamos em fazer o mínimo necessário. Eu acredito que enquanto não mudarmos nossa mentalidade, dificilmente teremos uma cidade melhor, um mundo melhor. Sua mensagem final As grandes mudanças da nossa cidade, da nossa sociedade vão acontecer quando retomarmos os valores da nossa infância, coisas simples como devolver o lápis que não é meu, pedir perdão por alguma coisa, assumir o erro, a culpa. Estamos criando uma geração de pessoas infalíveis, para alguns jovens é uma vergonha assumir que errou. Eu acredito em uma geração que tenha humildade, verdade, transparência e tudo se resume em uma só palavra: Jesus Cristo.
A abertura da igreja facilitou a relação igreja-comunidade? Muito. Isso já era para a gente ter sentido há muito mais tempo, aliás. A igreja que no passado condenava tudo aquilo que pertencia à modernidade, hoje é a igreja que se aproveita dos elementos da modernidade para se comunicar com as pessoas, levando a palavra de Deus. Basta ver o facebook e tantos meios usados para a evangelização. A igreja hoje não se apresenta mais como uma senhora brava, mas como mãe. Ela não olha mais a sujeira do pecado, mas a condição de pecador que todos nós temos e mesmo assim nos abraça, na certeza de que é esse abraço de misericórdia que vai transformar o nosso coração e nos ajudar a mudar e melhorar.
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Educação Financeira Por André Santos Graduado em Administração Financeira, Pós Graduado em Gestão Empresarial pela FGV, Especialista em Investimentos pela ANBIMA, Consultor e Educador Financeiro, sócio fundador da VICTA Educação Financeira, Associado à ABEFIN, Associação Brasileira de Educadores Financeiros. Blog : Lições de Valor
A volta às aulas também é motivo de alegria para a criançada que adora levar para a escola aquele material novinho! Se você ainda não comprou, corra que na Z Pijamaria tem mochilas e lancheiras térmicas da Puket, marmitinhas para lanchinhos e muito mais. E para quem vai viajar no carnaval, aproveite que tem liquidação especial em pijamas de verão e inverno com até 50% de desconto.
Como se planejar financeiramente para 2018 Faça já seu planejamento financeiro pessoal para 2018 e dê uma virada em suas finanças
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epois das festas de fim de ano chegou a hora de colocar suas finanças em dia, ser realista e dar um jeito no orçamento de 2018; controlar seus ganhos e gastos para alcançar os seus objetivos no novo ano que se inicia. Apesar das contas do início do ano (IPVA, IPTU, material escolar), com um bom planejamento financeiro é possível começar o ano em paz com suas finanças através do método VICTA em 5 passos. 1) Antes de mais nada verifique suas receitas, despesas e todas as dívidas para organizar-se e quitá-las. Foque nas dívidas que você é capaz de honrar e as mais importantes como financiamentos de imóveis ou automóveis. Se não puder pagar agora, renegocie e estabeleça um prazo realista. Tenha uma agenda com cronograma e compromissos no celular, tela do computador, na geladeira ou onde achar melhor, e cumpra os compromissos. Converse com o credor e informe sobre seu planejamento para quitar a dívida. “O pior acordo é aquele que você não pode pagar”. 2) Identifique todos os seus ganhos e gastos para fazer sobrar dinheiro para poupar, pois é essencial identificar para onde o seu dinheiro está indo. Existem excessos em todas as famílias e sempre é possível cortar despesas desnecessárias que podem chegar de 15% a 30% ou até mais. Para auxiliar na identificação destes gastos há uma infinidade de planilhas e aplicativos para smartphones ou no Excel, extremamente fáceis de usar e eficientes. 3) Quais são suas metas e objetivos de curto, médio e longo prazo para 2018? Estabelecer metas e objetivos auxiliará a construir seu orçamento financeiro. “É um plano de voo que o levará à realização de seus projetos”. As planilhas de orçamento normalmente têm um espaço para você acrescentar metas e anotações. Pode ser algo simples, como viajar no final de semana, trocar o carro; ou um plano de longo
prazo, como planejar sua independência financeira. Fuja das compras por impulso, cheque especial, rotativo do cartão de crédito ou empréstimos pessoais. Organize-se para pagar as contas em dia. 4) Turbine suas finanças através de novas fontes renda, reveja todos os gastos, principalmente contas de telefone, internet, TV a cabo, tarifas bancárias, anuidade de cartão de crédito, e se mesmo assim o orçamento continuar apertado, procure fontes alternativas de renda. Em muitos casos não é preciso trocar de emprego, dá para encontrar soluções mais simples como vender coisas usadas para ganhar uma renda extra em cada mês. Se não poupou nada, crie uma reserva de emergência, o equivalente entre três e seis salários investidos para casos como, por exemplo, perda do emprego ou algum outro imprevisto. Se já possui recursos poupados reveja a rentabilidade de seus investimentos, na maioria dos casos é possível aumentar este rendimento em até 40% sem aumentar o risco através de corretoras ou bancos menores. 5) Tenha disciplina e acompanhe seu orçamento, não perca o foco das suas metas; este acompanhamento será um conjunto de ações estabelecidas para saber se está sendo realizado e quais as medidas necessárias para corrigir possíveis falhas e erros. Estabelecer objetivos claros e com diferentes prazos é, por si só, um fator motivacional, pois fica muito mais fácil visualizar a recompensa. Para garantir que você continue disciplinado nos aportes mensais, é interessante fazer os investimentos assim que receber seus rendimentos ou, ainda, automatizar as aplicações identificando também a eficiência no controle das despesas. Faça disto um hábito. Para finalizar, deixo uma frase de Benjamin Franklin: “Investir em conhecimento sempre rende os melhores juros”. É o investimento em conhecimento que alavancará sua carreira e o auxiliará a fazer boas escolhas, consequentemente, fará com que ganhe mais dinheiro ao longo da sua vida!
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Sem medo,
sem preconceito
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Imagem: Internet
Comportamento
Identidade de gênero, orientação sexual, homossexualidade, heterossexualidade: o que você precisa saber sobre o assunto
Por Heraldo Bello da Silva Júnior
Sociólogo, filósofo e cientista político
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desejo ou a união entre pessoas do mesmo sexo parece ser algo muito recente, principalmente quando reforçados por frases como “na minha época não havia tantos gays” ou “hoje o mundo está pervertido, acabaram com a família”. A história, ciência que estuda o passado, prova que não é bem assim.
ERA MUITO NATURAL Há mais de 10 mil anos já se exercitavam algumas formas de homossexualidade ritual. Por exemplo, nas tribos das ilhas de Nova Guiné, Fiji e Salomão, seus habitantes acreditavam que o conhecimento sagrado só poderia ser transmitido por meio do coito entre duplas do mesmo sexo. As leis hititas, herdeiras do Código de Hammurabi, há mais de 3 mil anos chegam a reconhecer uniões entre pessoas do mesmo sexo. Na Grécia e na Roma da Antiguidade, antes do sexo ser considerado um ato de pudor pelo cristianismo, era absolutamente normal um homem mais velho ter relações sexuais com um mais jovem. O que acontecia é que antes do cristianismo, o sexo era um ato natural, sem nenhuma conotação religiosa, portanto, sem ser considerado pecado ou algo estritamente íntimo. Sendo assim, uma relação de amizade intensa podia conter relações sexuais sem nenhum senso de pecado, e muito menos de vergonha. O resultado disso é que não tínhamos a ideia de homossexualidade, como também não tínhamos de heterossexualidade. As pessoas nasciam homem e mulher, mas seus desejos estavam desassociados de estereótipos. Interessante é que nenhum homem se sentia gay por ter tido relação com um amigo, e mais tarde ainda se casava com uma mulher. Também pelo fato do sexo (instinto) não estar associado à moral (papel social). Em outras palavras, sempre houve instintos sexuais no mundo animal; mas em um momento específico na história os humanos criaram significados para esses instintos (sexualidade). O PAPEL DA IGREJA Quando a Igreja Católica propagou o cristianismo, considerou a família como uma unidade de Deus para os homens, sendo assim, o sexo não só passou a ser considerado pecado sem a finalidade da reprodução, como também tornou-se pecado entre duas pessoas do mesmo sexo. E foi aí que surgiram valores como anormal e normal, pecado e divino. O cristianismo se fundamenta na dicotomia bem x mau, então, tudo que não serve ao bem “normal” (família, sexo como reprodução) deve ser considerado pecado e evitado, pois serve a outro senhor, o Diabo. A Bíblia, por exemplo, condena o sexo homossexual pela mesma razão que condena a masturbação: porque a “semente” é desperdiçada no ato. Desse modo, o sexo só poderia ser moral se buscasse a procriação. Antigos teólogos cristãos adotaram essa ética, e o sexo reprodutivo virou a única forma aceita de sexo. ATENÇÃO AO SUFIXO Com a modernidade, a população urbana foi superando a população rural e novos valores trouxeram o Estado Secular, em que a religião deixa de ser a única a determinar os valores morais da sociedade e esta se organiza em função da razão. São necessárias novas justificativas para as leis, momento em que a classe média ascendente não podia considerar o desvio da sexualidade normal (hétero) como simplesmente um pecado, mas como uma degeneração moral - um dos piores rótulos que alguém poderia ter então. O desejo homossexual passa a ser visto como perversão ou doença e surge o conceito de homossexualismo, onde o sufixo “ismo” se refere a doença. Com o avanço da ciência e das pesquisas, principalmente nas áreas da medicina e psicologia, a homossexualidade deixou de ser considerada doença na década de 40 pela própria sociedade médica, e ficou proibido tratá-la como distúrbio ou doença pelos psicólogos. Portanto, homossexualismo é uma expressão errônea e 24 Revista Energia
considerada pejorativa nos dias atuais. Já os termos homossexualidade ou transsexualidade (onde o sufixo “ade” remete a modo de ser) são corretos, pois traduzem a orientação sexual, ou seja por quem é seu desejo. SEXO, GÊNERO E ORIENTAÇÃO SEXUAL Outra diferença acontece entre opção e orientação sexual. A maioria das pessoas cita que “alguém optou por ser gay ou lésbica”. Segundo os médicos, não existe opção sexual porque ninguém opta. O desejo surge em todos os seres humanos e ninguém escolhe ser heterossexual ou homossexual como escolhe uma profissão, por exemplo. Devemos então distinguir Sexo, Gênero e Orientação Sexual. O que determina o sexo de uma pessoa é a anatomia do seu corpo, ou seja, biologicamente, nascemos menino ou menina em função de um órgão sexual. Sexo é apenas uma parte da identidade sexual de uma pessoa, a parte física desta identidade. Orientação íntima é o que define seus interesses, um impulso que configura sua atração sexual. Esse é o aspecto psicológico que complementa o sexo, possibilitando à pessoa estabelecer quais são suas preferências nas relações sexuais e sentimentais. Isso é o que define a orientação sexual da pessoa, que pode ser heterossexual, homossexual ou bissexual. Por outro lado, gênero é uma questão social e de construção de identidade, não apenas de um aspecto físico ou psicológico. Uma pessoa se reconhece como feminina ou masculina independente de sexo ou orientação sexual. Isso é a identidade de gênero. É escolher, identificar-se com determinados valores, posturas e condutas sociais que culturalmente estão associadas a determinado gênero, feminino ou masculino, sem que seu sexo biológico seja o determinante. NÃO PODEMOS EVITAR A partir da identidade de gênero, há dois grandes grupos: cisgênero - se identifica com o mesmo gênero do seu sexo biológico; ou transgênero - se identifica com o gênero oposto ao do seu sexo biológico. Sobre a orientação sexual, os médicos não sabem exatamente qual é a “causa” da homossexualidade e da heterossexualidade, e rejeitam qualquer teoria que proponha uma origem simples, como um “gene gay”. Além disso, desejos sexuais, como todos os nossos desejos, mudam e são reorientados ao longo de nossas vidas, frequentemente nos sugerindo novas identidades. Podemos, em certa medida, ter um poder sobre esses desejos, por exemplo, reprimindo-os, mas jamais evitando-os, pois como são instintos, estarão sempre latentes atuando sobre nós, queiramos ou não, tendo consciência ou não. ADÃO E EVA Normalmente, os homossexuais têm mais problemas devido ao etnocentrismo, que é a tendência que todos temos de considerar e
classificar o que somos, nossa cultura, valores, hábitos e rituais como normais, corretos; e tudo aquilo que é diferente como estranho, hostil, perigoso, anormal, patológico, errado. Como historicamente durante muito tempo a família foi considerada através de um homem e uma mulher relacionando-se para a procriação e transmitindo esse conceito conscientemente e inconscientemente através da Bíblia, pelas figuras de Adão e Eva; em histórias infantis, em filmes, novelas, livros e nos modelos dentro de casa; qualquer configuração familiar diferente é considerada uma transgressão, não só moral, mas cultural, porque reproduzimos um modelo - sem que percebamos - de família e de cultura. NÃO É APENAS DESEJO É bom lembrar que não é porque é diferente que deve ser considerado anormal ou errado, muito menos uma ameaça. Esse sentimento de proteção é natural, mas se não repensado e trabalhado nos leva aos piores instintos como agressividade, violência, genocídio, guerra. O fanatismo, sim, é um problema, seja na militância gay, religiosa, política, etc. A história fala por si, como o holocausto na 2ª Guerra Mundial, a islamofobia (aversão à religião islâmica, considerando todos terroristas) e até a homofobia (aversão à homossexualidade). Outro ponto a observar é que sempre que um heterossexual se refere a um homossexual, pensa apenas no desejo sexual, no desejo físico, porém, a homossexualidade, assim como a heterossexualidade, envolve também afeto, sentimentos. Um homem ou uma mulher não apenas quer saciar seus desejos, mas passa a amar uma pessoa do sexo oposto ou do mesmo sexo, de onde surgiu a expressão homoafetividade, conceito fundamental que ajudou a mudar as leis em mais de 20 países, incluindo o Brasil, e permitir o casamento entre dois homens ou duas mulheres, pois além de desejos existe o amor de um pelo outro. NÃO É PRECISO EXPLICAR Com o avanço da ciência e as revoluções sexuais e tecnológicas (de informação e comunicação), fomos ampliando nossa liberdade moral, perdendo aos poucos o medo de assumir nossas identidades, de descobrir quem realmente somos e o que nos faz felizes. É natural que nesse contexto mais pessoas assumam sua orientação sexual, procurem descobrir novos relacionamentos em busca da satisfação sexual e da sublimação afetiva. Como lidar com isso? Primeiro temos que entender que diferenças não pressupõem hierarquias. Um bom exemplo está nos gêneros feminino e masculino, que possuem socialmente enormes diferenças, mas que o machismo classificou por muito tempo como superior e inferior. Diferenças se complementam e jamais devem ser tratadas como melhores ou piores. Como o filósofo Michel Foucault ressalta, o heterossexual nunca justifica porque é heterossexual; diferentemente, muitos homossexuais ficam buscando explicações, enquanto deveriam viver o que desejam e sentem, sem buscar nenhum motivo para tal. Com certeza isso contribuiria para diminuir um pouco o preconceito, pois se colocariam mais em igualdade e menos como uma orientação que precise de alguma explicação. SEM MEDO, SEM VERGONHA Uma pesquisa britânica recente descobriu que menos da metade dos jovens entre 18 e 24 anos se identificam como “100% heterossexuais”. Isso não sugere que a maioria desses jovens seja bissexual ou homossexual, mas que eles não precisam mais desse termo como as gerações passadas precisavam. Até um passado próximo, a maioria se dizia heterossexual e ser homossexual era para poucos corajosos. É necessário acabar com a ideia de dois grandes grupos, hetero e homo, como a dicotomia bem x mau. Isso não sustenta mais cientificamente e moralmente nossa orientação sexual. Muitos jovens buscam relações com ambos os sexos para descobrirem o que realmente os satisfazem. Eles não têm mais vergonha ou medo, e o número de pessoas que pensa assim aumenta significativamente. REFLEXÃO Ser anormal hoje não é ter esta ou aquela orientação sexual, pertencer a este ou aquele gênero, mas sim ser intolerante, preconceituoso, viver fora da realidade. Não viver em um mundo que se transforma diariamente, onde instituições milenares como a família e a religião, para sobreviver ao tempo, precisam mudar seus valores, como já o fez o novo Papa e centenas de pastores e teólogos. Como diria Karl Marx, “tudo que é sólido se desmancha ao ar”. Mudanças destroem o que parecia indestrutível e nossa sobrevivência requer autoconhecimento e transformação pessoal. Viver e entender o mundo à nossa volta será nossa sobrevivência, quer gostemos ou não. E debates a respeito de orientação sexual são necessários para compreender que nascemos homem ou mulher, mas a “natureza” não nos revela obrigações morais. Revista Energia 25
Vida Profissional Por Rachel Soares de Brito Gestora da Escola Profissionalizante CEBRAC Jaú
Comportamento Empreendedor Transformar crises em oportunidades, começar um negócio com pouco dinheiro, ter um propósito maior do que apenas o financeiro, não desistir apesar das dificuldades! Identificar um problema e solucioná-lo
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ocê tem essas características? Então talvez você possa ser um empreendedor. Já disse em outro artigo que é um erro achar que um empreendedor nasce pronto, com algum dom divino, uma sorte acima da média dos simples mortais em tocar em algo e fazer com que vire ouro. Habilidades e competências empreendedoras são desenvolvidas com bastante esforço, assim como alguém que quiser ter um corpo musculoso terá que frequentar uma academia. O que qualifica um empreendedor é o modo como enxerga o mundo e suas oportunidades. Estamos vivendo em uma Era onde as coisas são diferentes do passado. Podemos observar isso no nosso dia a dia; a cada momento estão surgindo novos produtos, novas empresas, novos negócios. Hoje uma empresa pequena pode simplesmente acabar com um mercado já existente e criar um segmento totalmente novo. É um mito pensar que precisamos de muito dinheiro ou ser um especialista do segmento em que deseja investir para ser um empreendedor; aliás, empreender é transformar crises em oportunidades e entender que uma empresa deve ser movida por um propósito maior do que apenas o financeiro. Às vezes, conhecer tudo sobre o segmento em que se pretende atuar pode ser uma desvantagem, pois você poderá estar preso a preconceitos e ideias ultrapassadas, usar padrões e parâmetros já existentes e, desse modo, entrar em sua zona de conforto e deixar de criar coisas novas. Costumo dizer que, geralmente, as grandes inovações acontecem do lado de fora das empresas. A inovação não surge de grandes
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empresas, de grandes marcas, ela surge de pessoas que estão fora do mercado, que estão vendo o problema, que não têm pré-conceitos, que conectam outros assuntos, opiniões e visões de mundo e, através disso, conseguem criar algo totalmente novo para o mercado. Um empreendedor sabe que é através dos questionamentos de coisas simples que muitas vezes surgem grandes negócios, basta identificar um problema e dar uma solução, o resultado é que pessoas pagarão por essa solução e ficarão satisfeitas. Porém, um empreendedor não pode focar apenas no retorno financeiro; é lógico que a empresa precisa ter lucro, faturamento, precisa se sustentar economicamente, mas também precisa de outros princípios que envolvem toda a cadeia de valor como clientes, fornecedores, parceiros, meio ambiente. Fazer o bem e ganhar dinheiro ao mesmo tempo. Busque conhecimento, identifique um problema, ache uma solução, venda essa solução para as pessoas, transforme-se em um empreendedor. É preciso tentar e, talvez, alguma coisa muito nova possa lhe acontecer.
“Um empreendedor sabe que é através dos questionamentos de coisas simples que muitas vezes surgem grandes negócios”
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Capa
Próxima parada:
o futuro
O sucesso de toda organização, seja ela pública ou privada, certamente passa por líderes de alta performance Texto Heloiza Helena C Zanzotti 28 Revista Energia
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economia brasileira não andou nada bem nos últimos tempos e muitas empresas fecharam suas portas. No entanto, assim como muitas empresas perderam seu espaço no mercado, outras conseguiram permanecer e até crescer. Note que o cenário é o mesmo para to das, mas sobreviveram aquelas que aproveitaram melhor as oportunidades, que tiveram uma gestão eficiente. E nunca foram tão importantes como agora a visão e a postura de pessoas que possuem a administração no sangue, e a capacidade de se reinventar e se adaptar a novas realidades. GRUPO IVAN CASSARO, MODELO DE GESTÃO EFICIENTE Usando uma citação de J. C. Penney, empresário de uma das maiores redes de lojas de departamentos dos EUA, “a não ser que esteja disposto a mergulhar no trabalho além da capacidade média de uma pessoa comum, você não está preparado para posições de topo“. 30 Revista Energia
Em Jaú, o Grupo Ivan Cassaro é um bom exemplo de como um empreendedor determinado enfrenta desafios e chega ao sucesso. Da pequena Gráfica Cometa, onde começou sua vida profissional ao lado do pai, aos grandes empreendimentos que hoje administra ao lado dos filhos, Ivan Cassaro traçou uma trajetória de muito trabalho, determinação, persistência e talento para empreender. RESPONSABILIDADE QUE GERA RESULTADOS Para algumas pessoas, a imagem de um empresário bem sucedido é a de alguém que tem poder e possui muito dinheiro, no entanto, chegar ao topo de um empreendimento exige muito trabalho, conhecimento e responsabilidade. “Não adianta aventurar-se sem conhecimento. É preciso estar preparado para todas as situações, ter coragem, e saber que administrar é assumir grandes responsabilidades para com clientes, fornecedores, colaboradores e funcionários”, explica Ivan Cassaro. Atualmente, as quatro empresas que compõem o Grupo refletem a importância que a marca tem para o setor industrial em Jaú e região.
OS QUATRO PILARES DO SETOR DE EMBALAGENS De pequenas caixas a embalagens para grandes produtos das mais conceituadas marcas, as empresas do Grupo Ivan Cassaro possuem toda estrutura gerada com recursos próprios, produzindo embalagens com alta tecnologia e sustentabilidade. A Cartonagem Pirâmide é uma das maiores empresas da América Latina no segmento, com certificação ISO 9001 e qualidade reconhecida internacionalmente pela Associação Brasileira de Qualidade – ABIQUA; inaugurada em 2001, a Mundial Paper realiza impressões com altíssima definição e qualidade, e é uma das mais avançadas unidades produtivas de embalagens do Brasil; localizada na cidade de Penápolis, SP, a PP Penápolis Papéis, foi totalmente reestruturada. E a mais nova unidade, a Original Paper Box, localizada em ampla área com mais de 15.000 m² construídos, abriga uma indústria de caixas coletivas, gerando centenas de empregos.
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ATRAVÉS DE GERAÇÕES
Despertar nas novas gerações a paixão pelos negócios da família não é tarefa fácil, mas Ivan Cassaro soube preparar seus filhos para continuar o excelente trabalho de liderança que exerce na presidência do Grupo, e mais do que isso, preparar sucessores competentes, atuantes, e que já vêm colocando em prática o que aprenderam ao longo de suas trajetórias. A filha de Ivan, Francine Cassaro, diretora administrativa do Grupo, e o irmão, Ivan Alexandre Cassaro, diretor industrial, possuem autonomia para tomar decisões e a confiança do pai, o que significa ver o trabalho de uma vida seguindo adiante pelas mãos dos filhos. “Começar pequeno, fazer a empresa crescer e saber que nossos filhos darão continuidade a todo esse processo com excelência é tranquilizador”, afirma o empresário. O MEIO AMBIENTE É LEVADO A SÉRIO
Para Ivan Cassaro, o sucesso de um negócio não pode ser construído em detrimento do meio ambiente, por isso a preocupação com essa questão sempre esteve presente em suas ações. A aquisição da PP Penápolis Papéis demonstra bem o compromisso em promover o bem-estar da comunidade. O trabalho é tão sério que o Grupo Ivan Cassaro é certificado com o selo ambiental FSC, o selo verde mais reconhecido em todo o mundo, com presença em mais de 75 países e em todos os continentes. FSC é uma sigla em inglês para a palavra Forest Stewardship Council, ou Conselho de Manejo Florestal, e garante que as madeiras utilizadas no processo produtivo das embalagens são oriundas de um processo manejado, trabalhado de forma ecologicamente adequada, socialmente justa e economicamente viável cumprindo todas as leis ambientais vigentes no país. RESPONSABILIDADE SOCIAL
Através de uma gestão responsável, investimentos em qualificação de mão de obra e em equipamentos de última geração, o empresário gera empregos e, ainda que a economia local não ande bem, abriu uma nova unidade e gerou mais empregos e tributos. “Nunca deixei nenhuma cultura de crise contaminar nossas ações. Dificuldades sempre surgirão, mas ao invés de nos acomodarmos, traçamos um plano de metas eficiente que nos permitiu crescer”, explica Ivan.
“Contribuindo significativamente para o desenvolvimento local, o Grupo Ivan Cassaro impacta direta e positivamente na comunidade, reforçando a sua importância econômica e social” 32 Revista Energia
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Direção Segura Por Fernanda Stradioti OAB/SP 157.585
Quem tem direito à isenção?
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Alteração na lei agiliza o processo de aquisição de veículo 0 km por PCD
oda e qualquer pessoa que tenha limitação de força e movimento em algum dos membros (inferiores ou superiores) que a impossibilite de dirigir veículo automotor comum, tais como amputações, artrite reumatoide, artrodese, AVC, AVE (acidente vascular encefálico), autismo, alguns tipos de câncer, doenças degenerativas, deficiência visual, deficiência mental (severa ou profunda), doenças neurológicas, encurtamento de membros e más-formações, esclerose múltipla, escoliose acentuada, linfomas, lesões com sequelas físicas, manguito rotador, mastectomia (retirada de mama), nanismo (baixa estatura), neuropatias diabéticas, paralisia, paraplegia, Parkinson, poliomielite, prótese interna e externa (joelho, quadril, coluna, etc), problemas de coluna, quadrantomia (relacionada ao câncer de mama), renal crônico com uso de fístula, síndrome do túnel do carpo, talidomida, tendinite crônica, tetraparesia, tetraplegia. A pessoa que possuir uma dessas deficiências deverá apresentar alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando comprometimento da função física para dirigir veículo automotor comum, necessitando de adaptação (ex.: direção hidráulica ou elétrica, câmbio automático, acelerador à esquerda, acelerador e breque manuais, pomo giratório, comando multifunções no volante, prolongador de pedais, etc). Em matéria anterior, mencionamos que as pessoas portadoras de deficiência física, visual, mental severa ou profunda, ou autistas, ainda que menores de idade, poderiam adquirir automóvel de passageiros ou veículo de uso misto, zero quilômetro, com isenção de IPI, ICMS e IPVA. Recente Instrução Normativa sob nº 1769, de 18.12.2017, disciplinou a aplicação da isenção de imposto sobre
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produto industrializado (IPI) instituída pela Lei 8.989 de 24.02.1995 na aquisição de veículos destinados a pessoas com deficiência física, visual, mental severa ou profunda, ou autistas, ainda que menores de 18 anos, e trouxe alterações no processo administrativo, agilizando em muito o deferimento dos pedidos. No Estado de São Paulo não havia uma legislação que estabelecia a isenção de ICMS e IPVA para a pessoa com deficiência não condutora, contudo, com o Decreto que regulamentou a Lei nº 16.498/2017, ampliou-se o benefício da isenção de IPVA também para essas pessoas, limitando o valor do veículo a R$ 70.000,00. Com relação à isenção de IPVA para veículos novos, o requerimento deve ser feito em até 30 dias contados da emissão da nota fiscal da aquisição. Para os veículos usados, o requerimento deverá ser protocolizado até o dia 31 de dezembro, com vigência a partir de janeiro do ano seguinte. Antes da alteração, veículos com valor superior a R$ 70.000,00 eram isentos de IPI e IPVA, e a partir de outubro de 2017 o Estado de São Paulo iniciou a cobrança dos valores relativos ao IPVA dos veículos de valor maior, inclusive veículos de beneficiários já contemplados com isenção adquiridos anteriormente, o que, por certo, gerará disputas judiciais. Contudo, manteve o prazo de 02 anos, contados da emissão da nota fiscal do veículo, para aquisição de um novo veículo com isenção de IPI e ICMS, mesmo que no curso desse prazo tenha ocorrido furto, roubo ou perda total do veículo, observada a vigência da Lei 8.989/95. Importa salientar que o benefício da isenção é concedido ao beneficiário, e o veículo deverá ser utilizado em seu benefício, caso contrário, configura fraude, e os tributos dispensados deverão ser recolhidos com juros e multa.
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Por Evelin Sanches Mestrado em Administração Pública e Governo MBA em Gestão Estratégica de Negócios
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Aeroclube Rock Night Run
Creche Monteiro Lobato, com 50 anos de tradição na educação infantil, tem a honra de convidar todos os atletas e o público da região para o evento Aeroclube Rock Night Run, que trará pela primeira vez ao município de Bauru e interior de São Paulo uma corrida-show. Contando com a icônica banda IRA!, de sucessos como “Envelheço na Cidade”, “Tarde vazia”, “Eu Quero Sempre Mais” e outros, o evento terá a abertura da banda “Dr. Whey” e Neto Dj (Rock drinks). Os participantes terão acesso a uma praça completa com quiosques, bares, food trucks. Também haverá em todo o recinto aviões abertos para visitação e um mini avião que fechará a corrida atrás dos participantes. Com a previsão da participação de mil atletas mais o público do show totalizando duas mil pessoas, a corrida-show acontecerá das 19h às 23h no sábado, dia 24 de fevereiro de 2018, no Aeroclube de Bauru. A entrega de kits, águas e todo o suporte necessário aos atletas será através das aeromoças e comissários de bordo. Haverá premiação para as cinco maiores equipes, além de todas as outras classificações. O evento tem por objetivo incentivar a prática de atividades esportivas e culturais com a corrida e o show, visando à promoção da saúde e bem-estar. Com o intuito de angariar fundos para a instituição Creche Monteiro Lobato, toda a renda proveniente do evento será destinada à mesma, a fim de propoprcionar melhorias na educação e qualidade de vida de nossas crianças. Apoie você também esta causa !
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Depilação a Laser Por Silvio Marcelo Rodrigues Engenheiro Civil
De cliente a franqueado
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Desde o início da empresa há 16 anos, a EspaçoLaser é superior a todos os métodos oferecidos atualmente, e já atraiu uma grande quantidade de clientes e franqueados
ilvio Marcelo Rodrigues aos 38 anos de idade descobriu uma doença dermatológica que provoca queda do cabelo, atrofia do folículo piloso e lesão cicatricial irreversível no couro cabeludo, diagnóstico relacionado ao período de intenso estresse emocional pela perda do irmão mais velho, acometido por câncer de pulmão. Durante três anos de tratamento e consulta com dermatologistas conceituados na cidade de São Paulo, houve um consenso de que o tratamento medicamentoso apenas teria a possibilidade de tentar impedir novas quedas - desde que não houvesse outros fatores de estresse emocional - tendo como alternativa de maior impacto à sua qualidade de vida a depilação a laser, único tratamento resolutivo, capaz de livrá-lo da utilização diária de lâminas de barbear e das irritações causadas pelas mesmas, melhorando sua imagem, autoestima, liberdade e qualidade de vida. Contudo, seguindo as recomendações médicas, havia a necessidade de procurar uma clinica de referência, regulamentada pela ANS, com profissionais qualificados e que utilizasse o equipamento a laser Alexandrite, onde conseguiria um resultado melhor e suportável para esta área de grande sensibilidade dolorosa para depilação. Após análise de diversas empresas que oferecem este serviço, conheceu a EspaçoLaser no Brasil, que oferecia este tratamento atendendo às necessidades relacionadas a eficiência, periodicidade, sensibilidade dolorosa e custo. Após a terceira sessão como cliente, Silvio, impressionado com o resultado, decidiu conhecer um pouco mais sobre esta franquia. Descobriu que a EspaçoLaser é a maior franquia de depilação a laser, hoje com mais de 300 clínicas espalhadas pelo Brasil. Com um método de depilação a laser moderno, a clínica é referência em qualidade
e inovação, pois utiliza o Laser Alexandrite, que conta com um sistema especial de resfriamento por gás criogênio, tornando a depilação mais eficiente e confortável. Outro diferencial da Espaçolaser está nos funcionários. Somente fisioterapeutas inscritos no Crefito são contratados e passam por um rigoroso treinamento de especialização. Diante de todos os fatos, a EspaçoLaser chegou em setembro de 2017 no Jaú Shopping e já tem proporcionado bem-estar, conforto e liberdade no dia a dia de seus clientes.
“A EspaçoLaser é a maior franquia de depilação a laser, com mais de 300 clínicas espalhadas pelo Brasil” Antes
Após 6 sessões
Horário de Funcionamento: Segunda a sábado das 10h às 22h. Domingos e feriados das 13h às 19h. Telefones: (14) 2104-2369 / (14) 3416-2357 Endereço: Av. Quinzinho, 511, Chácara Peccioli, Jaú, SP Revista Energia 39
Texto Heloiza Helena C Zanzotti
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ais antigo que o próprio município de Jaú, o bairro rural Pouso Alegre de Baixo está localizado na Rodovia Leônidas Pacheco Ferreira (SP 304), que liga Jaú a Bariri. Em meados de 1830, Pouso Alegre era uma grande fazenda, cercada por muitos bosques e riachos, e tornou-se parada dos tropeiros que procuravam um local tranquilo para descansar. O lugar ficou conhecido como Pouso Alegre de Baixo porque, na época, havia outro bairro rural também chamado Pouso Alegre. O vilarejo começou a atrair pequenos comerciantes, principalmente da área gastronômica, que aproveitaram a paisagem campestre para colocar em prática seus talentos, levando o bairro a ser conhecido nacionalmente por sua rica culinária especializada em carne suína e comida caseira.
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A tradição gastronômica local propiciou a abertura de vários restaurantes que atualmente possuem excelente estrutura para atender visitantes de todas as regiões do país, que lotam os estabelecimentos nos finais de semana em busca da famosa leitoa à pururuca, além de outros pratos típicos da culinária rural. A capela de Santa Luzia, na praça central, recebe fiéis de toda a região na comemoração do dia da santa, 13 de dezembro, e também é o destino da famosa caminhada que parte de Jaú na Sexta-Feira Santa. O bairro ainda é palco do Festival Caipira e outras festas populares. A RE conversou com Rosa Boletti Cecato, 92, que nasceu e passou toda sua vida no Pouso Alegre. “Meu pai tinha oficina de carpinteiro, consertava carroça, reformava móveis. Não tinha padaria, a gente fazia pão em casa, torrava café em casa. Havia uma farmácia do lado de lá da ponte, que era de madeira, e uma venda mais aqui para cima. Meu marido veio da Itália, eu me casei aqui e na casa onde me casei moro até hoje. Tivemos três filhos que foram criados aqui”. Dona Rosa conta que antigamente as ruas não tinham nome. “A casa onde nasci era de tábua, meu pai que fez. Era tão bonitinha, bem feitinha, mas como era muito na beira do rio, meu pai vendeu e nos mudamos mais para cima”. Ela recorda que as crianças brincavam na rua o dia todo e não havia perigo. “Eu moro bem perto da praça. Naquele tempo não tinha praça, não tinha nada, era tudo terra. Agora tem a praça, a igreja está bonita, foi reformada. Tem o Centro Comunitário, Posto de Saúde, creche, escolinha para as crianças pequenas”. Dona Rosa, como todos os moradores locais, sente muito orgulho do bairro que ainda é sinônimo de tranquilidade e qualidade de vida.
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Medicina
Por Dra Bruna Pultrini Aquilante Pediatra, Alergista e Imunologista, formada pela Universidade de São Paulo (FMUSP) Título de Especialista em Pediatria pela SBP Título de Especialista em Alergia e Imunologia pela ASBAI
Os primeiros contatos com a escolinha e as infecções de repetição Entenda quando se preocupar e como evitar os próximos episódios
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início dos filhos na creche ou escolinha costuma ser um período de expectativa e apreensão dos pais por mudanças na rotina da criança, adaptação social necessária e pelo conhecido risco de contrair infecções. Os cuidados com a saúde e o acompanhamento com o pediatra pode tornar este momento de transição menos penoso e mais consciente. Fatores naturais contribuem para que crianças pequenas saudáveis tenham maior risco de adquirir infecções. Toda criança nasce com o sistema imunológico imaturo e atinge níveis de proteção semelhante aos dos adultos somente por volta dos 4 anos de idade. Enquanto as vacinas ainda não estão completas, a proteção adquirida pela placenta da mãe e pelo aleitamento materno diminui e a transmissão de micro-organismos é facilitada pelas brincadeiras envolvendo contato com secreções. Desta forma, infecções respiratórias de repetição nem sempre significam problema. É esperado que crianças saudáveis tenham, em média, até 6 infecções respiratórias por ano nos primeiros anos de vida. Na avaliação de pacientes com maior número de episódios por ano, 50% são saudáveis, 30% alérgicos, 10% portadores de alguma doença crônica e 10% são imunodeficientes. Portanto, a investigação através de exames tem como objetivo buscar uma causa para os processos recorrentes ou excluir qualquer doença. As infecções provavelmente virais costumam ser de curta duração, sem necessidade de antibióticos ou internações. A criança encontra-se bem entre os episódios de infecção, sem outras quei-
xas, com crescimento e desenvolvimento normais e a avaliação complementar pode ser dispensável. Já os sintomas alérgicos são mais persistentes, sem febre, associados à coceira e espirros que pioram rapidamente com exposição à poeira, fumaça, mofo ou mudança de temperatura. É necessário tratamento, pois alergia mal controlada pode facilitar infecções como sinusites e otites. Para suspeitar de defeitos de imunidade que merecem investigação do especialista, o uso repetido de antibióticos deve ser considerado e os sinais mais sugestivos de imunodeficiência envolvem presença de duas ou mais pneumonias por ano, quatro ou mais otites por ano, um episódio de infecção grave como meningite, história na família de imunodeficiência, reação à vacina BCG, entre outras particularidades. Para diminuir os riscos de infecções respiratórias de repetição é importante garantir alimentação e sono adequados, aleitamento materno, vacinação em dia e ausência de cigarro em casa, além de ponderar o uso de antibióticos. A possibilidade de adiar a entrada na escolinha ou ter menor número de crianças por sala também ajuda a reduzir o risco de infecções, assim como a lavagem das mãos, com frequência. Na suspeita de alguma condição clínica predispondo às infecções, é fundamental o diagnóstico precoce para que a doença tratada atue como prevenção de futuras infecções ou complicações. Para as crianças de fato saudáveis, é importante que os pais se tranquilizem ao entender que é só um período difícil, que melhora com o tempo.
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Imagem: Internet
Redes Sociais
ENTENDA O QUE É As fake news são disseminadas com o intuito de enganar o leitor para fins que variam entre piada, humor, provocações, intenção de “pregar peças”, ou ainda para atingir objetivos de interesse próprio, inclusive financeiro. Acredite, há quem lucre com essas publicações. O jornalista e professor Vinicius Martins Carrasco de Oliveira, 40, acredita que o principal fator para identificar essas notícias falsas é ser questionador. “Observar o conteúdo divulgado em sua íntegra, atentar-se à URL (endereço eletrônico) da página, à redação do conteúdo e sua linguagem são maneiras de detectar se a notícia é verdadeira ou não”, explica.
Fake News: perigo virtual Você já caiu em notícias falsas que circulam pelas redes sociais? Texto Bárbara Milani 44 Revista Energia
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orte de artistas, atualização de aplicativos, pessoas desaparecidas, avisos sobre golpes, famosas grávidas, promoções incríveis em lojas de cosméticos e eletroeletrônicos... Quem nunca recebeu uma mensagem desse tipo e compartilhou? Alvo de estudos científicos há alguns anos, a crescente evolução das notícias falsas na internet atinge milhares de pessoas e você, provavelmente, já acreditou em algumas delas. Apesar da facilidade em lidar com as novas tecnologias, em geral, crianças e jovens possuem dificuldade em diferenciar notícias confiáveis das falsas. Em 2016, um estudo da Universidade Stanford, na Califórnia, definiu como “lamentável” a capacidade dos jovens de processarem as informações encontradas em redes sociais e aplicativos de comunicação. Alguns casos de fake news (notícias falsas) estão relacionados à confiança que a pessoa tem na outra que compartilhou a informação, seja ela falsa ou não. Nessa matéria sobre fake news, você saberá como ficar atento às notícias que aparecem nas redes sociais e que as pessoas compartilham. Não seja mais uma vítima das falsas publicações.
SAIBA DIFERENCIAR AS FAKE NEWS Especialista na área, Vinicius alerta que textos com erros de ortografia, acentuação ou um texto carregado de adjetivos, que fuja de uma linguagem jornalística, são indícios de que algo está errado. “Como conselho podemos citar a checagem, que nada mais é do que apurar o fato, sua origem, a veracidade das informações, o cruzamento de fontes, buscar fontes oficiais e confiáveis, procurar sempre ler além do título e atentar-se à data de publicação”. Apesar de alguns casos sinistros, as fake news também têm o seu lado positivo, uma vez que reforçam cada vez mais o papel do comunicador social, a importância de um jornalismo com foco na apuração dos fatos e na checagem minuciosa. “Hoje em dia, a avalanche de informação que recebemos exige trabalho redobrado nesse sentido. Há também que se pensar na valorização dos profissionais de comunicação enquanto produtores e curadores de conteúdo, no sentido da circulação, produção e armazenamento desse conteúdo”. Segundo o jornalista e professor, a questão ética também envolve esse lidar com a informação e com o que é comunicado. “Isso envolve as questões de reputação e danos aos envolvidos, aspectos para o qual os comunicadores devem ser orientados na sua formação”, finaliza. FACT-CHECKING Provavelmente, a maioria das pessoas que não trabalha nesse ramo de comunicação nunca ouviu a pronúncia “fact-checking”, que significa verificação dos fatos. O segmento é utilizado para confrontar as histórias com dados, pesquisas e registros, além de qualificar debates públicos por meio de apurações jornalísticas que são responsáveis por distinguir o grau de veracidade das informações. Revista Energia 45
O fact-checking pode ser usado por qualquer pessoa. Verificar a verdade das informações proporciona, por exemplo, que casos de bullying sejam evitados. O setor não está relacionado apenas aos jornalistas sensatos, que buscam passar as informações corretas para a população.
especialmente quanto às suas fontes”, explica. O caso foi solucionado com a prisão dos acusados e a localização do corpo. Sobre fake news, doutor Marcelo ressalta que quem divulgar notícias falsas corre o risco de sofrer prejuízos. “A divulgação falsa que envolver a honra das pessoas pode acarretar em responsabilização penal e civil”, conclui.
POLÍCIA X FAKE NEWS As fake news atrapalham, na maioria das vezes, importantes áreas de trabalho. Uma delas é a das Polícias Civil e Militar. Notícias falsas geram desconforto e preocupação, além de dificultar as investigações que os policiais realizam para melhorar a segurança da população. Diversos casos já aconteceram no Brasil e em nossa região, como por exemplo, quando a polícia passou por dificuldades para tentar solucionar um crime bárbaro que aconteceu em outubro desse ano. Para desviar-se das notícias falsas, o delegado de Polícia Titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (DISE), Marcelo Tomaz Góes, 43, possui uma equipe que checa todas as informações e denúncias que chegam até a Polícia Civil. “Todas as informações são checadas, especialmente quanto à fonte de divulgação das mesmas. Feito isso, elas são analisadas em consonância com os elementos já obtidos no processo de investigação, e assim são descartadas ou não”, comenta. Apesar das fake news, o delegado acredita que a internet e os veículos de comunicação, bem como as redes sociais, ajudam no processo de divulgação dos trabalhos e interação dos policiais com a população. “Em que pesem os problemas com as falsas informações sobre fatos apurados criminalmente, a interação facilita o recebimento de denúncias anônimas e informações relevantes”, pontua.
CUIDADOS NA ÁREA DA INFORMAÇÃO Lilian Grasiela Silva, 36, formou-se em jornalismo em 2008. Há 12 anos trabalhando na área, atualmente a jornalista está no Jornal da Cidade de Bauru e já se deparou com muitas notícias falsas, principalmente depois da popularização da internet e da democratização do acesso às redes sociais.
ESPECULAÇÕES Em outubro desse ano, o crime envolvendo o professor Adevaldo Colonize chocou toda a nossa região. O doutor Marcelo foi o responsável por desvendar o que aconteceu e prender os acusados. Apesar de todo o esforço dos policiais civis, informações falsas misturaram-se com as investigações. Na época, o delegado alertou a imprensa que tais notícias que estavam circulando nas redes sociais eram falsas, e que a Polícia Civil continuava investigando o caso. “Com relação à motivação do crime, à localização do corpo e à própria prisão de um dos coautores, todas as informações tiveram que ser verificadas pelas equipes de investigação,
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“A divulgação falsa que envolver a honra das pessoas pode acarretar em responsabilização penal e civil”
“Todo mundo se acha um pouco jornalista” As informações se espalham de uma maneira rápida justamente em virtude da internet. As fake news, englobadas nesse meio, atrapalham também o serviço dos veículos de comunicação. “O que percebemos é que as falsas notícias tendem a ser produzidas, em sua grande maioria, com o objetivo de favorecer ou desqualificar algum grupo, ou mesmo, em alguns casos, de forma até involuntária, visando a simplesmente chamar a atenção”, explica a jornalista. Como repórter da seção Regional do Jornal da Cidade de Bauru, Lilian acredita que a principal dica para desvencilhar-se das notícias falsas é checar as informações com autoridades e especialistas da área, além de exigir documentos. “É sempre bom desconfiar de tudo o que chega sem fonte ou quando o autor da informação exige sigilo. Em alguns casos, como denúncias graves, o sigilo evita que a fonte sofra represálias por parte dos envolvidos. Mas, em muitos casos, pessoas se escondem atrás do sigilo para atribuir ao jornal a responsabilidade por uma informação inverídica”. UM CASO DE NOTÍCIA FALSA Durante um plantão de fim de semana, a redação do Jornal da Cidade de Bauru recebeu a informação sobre cinco pessoas mortas em uma Praça de Bauru e sofreu atraso no cumprimento de outras pautas. “Corremos atrás para checar com a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, SAMU e a Polícia Civil e, no fim, descobrimos que se tratava de uma publicação falsa”, conta a jornalista. Em muitos casos, as fake news resultam em problemas sérios.
Há dois anos, em Bauru, a publicação de uma matéria do Jornal da Cidade de Bauru sobre informações falsas circulando no Whats App ajudou a esclarecer o fato e evitar uma ocorrência grave. “Na ocasião, universitários peruanos que estavam na cidade participando de um projeto social foram descritos como supostos sequestradores de crianças e o boato gerou pânico entre os moradores. Com a matéria, a situação foi esclarecida e evitou que o grupo fosse alvo de algum tipo de violência”, finaliza Lilian. BOATO No final de novembro do ano passado, um alarme falso divulgado nas mídias sociais causou correria de eleitores aos cartórios em busca do cadastramento biométrico. Na época, a mensagem afirmava que os cidadãos que não aderissem ao sistema de identificação pelas impressões digitais pagaria multa de R$ 150. De acordo com o chefe de cartório Gustavo Henrique Dantas de Miranda, 40, a falsa informação gerou uma procura maior pelo serviço. Após o boato, o cartório de Jaú fez aproximadamente três mil títulos de eleitor. “Na prática não houve transtornos. Achamos até bom porque conseguimos aumentar o número de atendimentos. Embora a biometria ainda não seja obrigatória, em breve ela será”, explica. Através da internet, o boato se espalhou rápido. “Quando eu vi a notícia na minha rede social, no mesmo dia as pessoas já estavam procurando o cartório. Fomos pegos de surpresa, mas conseguimos atender a demanda”. Apesar de o boato ter gerado correria dos cidadãos ao órgão público, o chefe do cartório alerta sobre a importância da biometria. “Pedimos ao eleitor que compareça ao cartório munido de documentos e comprovante de endereço para regularizar a situação. A biometria não é obrigatória para a eleição desse ano, nem gera multa ainda, mas em breve será cobrada”, orienta. Ainda falando sobre boatos, no dia 18 de janeiro um homem de 41 anos atropelou 18 pessoas no calçadão de Copacabana. Na época, um bebê de apenas 8 meses também foi atropelado e morreu. Apesar da gravidade, Antônio de Almeida Anaquim responderá em liberdade. No dia seguinte ao acidente, notícias falsas começaram a circular nas redes sociais. Uma delas é que o atropelador seria funcionário da Rede Globo ou da GloboNews. O veículo de comunicação negou o fato e o próprio autor afirmou ao delegado Gabriel Ferrando, da 12ª DP (Copabacana), que nunca trabalhou na empresa.
MENTIRAS NAS ELEIÇÕES O Tribunal Superior Eleitoral irá fazer um manual de comportamento para os eleitores com o objetivo de combater as fake news. Em dezembro último, o TSE fez a primeira reunião do Conselho Consultivo sobre Internet e Eleições, formado por integrantes da própria corte, do Exército e da Agência Brasileira de Inteligência para criar mecanismos de combate às notícias falsas. Em campanha de 40 dias que serão as eleições desse ano, diversas mentiras poderão ser veiculadas na internet. No final de 2017, o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, disse que o principal desafio será esse: detectar e retirar as fake news de circulação. “O nosso temor é que a gente tenha problemas sérios com divulgação de fatos inverídicos. Até você constatar se é uma fake news ou não, é um desafio”, afirma. Então, leitor, fique atento a qualquer notícia que possa afetar suas escolhas de voto. Seja sempre questionador e busque encontrar informações que comprovem o fato. A EUROPA EM ALERTA As notícias falsas estão sob os olhares atentos dos europeus, que iniciaram este ano anunciando medidas para tentar conter a circulação das fake news. No primeiro dia de 2018, na Alemanha, entrou em vigor uma nova legislação obrigando redes sociais com mais de 2 milhões de membros a removerem em até 24 horas conteúdos apontados por usuários como impróprios. O presidente da França também anunciou que adotará medidas para combater a disseminação de conteúdo enganoso durante o período eleitoral. A ideia é obrigar provedores de internet a fornecerem informações para que seja possível avançar rapidamente em processos judiciais contra os responsáveis por espalhar histórias falsas na rede. E NO BRASIL? Notícias falsas são espalhadas rapidamente, especialmente em época de eleições. Quem não leu diversas delas? “O filho do ex-presidente Lula é o dono do frigorifico JBS”; “O juiz Sérgio Moro é filiado ao PSDB”; “O presidente Temer quer acabar com o Bolsa Família”. Segundo reportagem publicada no jornal “O Estado de São Paulo” no último dia 8 de janeiro, o debate sobre notícias falsas ainda está em andamento. Um grupo de trabalho com representantes da Polícia Federal e Ministério Público Federal deve ser formado para formatar medidas que possam ser aplicadas nas eleições presidenciais de 2018. Para Demétrio Magnoli, colunista da Folha de São Paulo, a regra é simples: “Na dúvida sobre a veracidade de algo noticiado, verifique se apareceu na imprensa profissional”. Sobre a publicação, o jornalista Mauro Donato, do Diário do Centro do Mundo, questiona: “Quando se fica sabendo que no último exame do Enem apenas 53 estudantes alcançaram a nota máxima em redação, enquanto 309.157 tiraram zero (um a cada vinte), começa-se a entender melhor onde está a raiz da árvore podre. Tudo, absolutamente tudo, passa pela educação (ou a falta dela)”. Revista Energia 47
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Saúde Bucal Dra. Eliana Rodrigues Rosselli - CRO-SP 86533 Doutora em Odontopediatria pela UNESP/Araçatuba Pós Doutorado em Odontopediatria pela FOP/UNICAMP
Cárie dentária em bebês e crianças: prevenção e controle
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A cárie em dentes de leite é a principal causa de dor na boca em crianças
a primeira infância, a cárie dentária está associada a vários fatores, incluindo hábitos de higiene bucal, baixo peso ao nascer, infecção por S. mutans (principal bactéria responsável pelo desenvolvimento da lesão de cárie), hipomineralização, exposição ao flúor, ingestão de alimentos ricos em sacarose, entre outros, tornando-se uma doença multifatorial. Além dos aspectos clínicos e comportamentais individuais, destacamos o papel dos fatores socioeconômicos e demográficos, que contribuem significativamente para o desenvolvimento da cárie. Como mencionado, a cárie dentária em dentes decíduos (de leite) é a principal causa de dor na boca de crianças. A cárie e a dor provocam o medo dental, levando a evitar o tratamento odontológico e, consequentemente, a uma saúde bucal ruim, que pode influenciar negativamente a qualidade de vida de crianças e pais. A Academia Americana de Odontopediatria (AAPD) reconhece que a saúde bucal da criança é um dos fundamentos sobre os quais a educação preventiva e os cuidados dentários devem ser construídos para aumentar a oportunidade de uma vida adulta saudável, sem doenças bucais. O conhecimento sobre prevenção e o cuidado com os dentes do seu filho devem ser realizados por um odontopediatra de sua confiança, e serem iniciados antes dos 12 meses de idade. A visita inicial deve incluir a avaliação do risco de desenvolver cáries, determinação de um plano de prevenção e intervalo para reavaliação periódica. Fornecer orientações antecipadas sobre o desenvolvimento dentário, o uso do flúor, hábitos de sucção (chupeta, dedo...), dentição, prevenção de lesões, instrução de higiene bucal e os efeitos da dieta na dentição também são componentes importantes da visita inicial.
Claudia Ianeli Baroni Ragazzi
odontologia CROSP 52443
A higiene bucal deve ser realizada no mínimo 2 vezes ao dia (até os 2 anos) e 3 vezes ou mais (acima de 2 anos). Enquanto a criança ainda não tem os dentes molares (os do fundo, que contêm mais sulcos e fissuras, locais de difícil alcance da escova), a limpeza pode ser feita com uma dedeira ou gaze. Depois disso, o uso da escova de dente torna-se obrigatório. Para escolher, basta seguir a indicação de idade especificada na embalagem. Segundo a Doutora e especialista em Odontopediatria Eliana Rodrigues Rosselli, o creme dental até pode causar fluorose, mas essa alteração no esmalte do dente permanente acontece por excesso de flúor ingerido pela criança sem o controle dos pais. O medo desta alteração estar presente nos futuros dentes permanentes leva os pais a escolherem a pasta dental sem flúor para seus bebês entre 6 a 48 meses de idade, e com isso tem-se observado um aumento na prevalência de cárie dentária nesta faixa etária no Brasil. Portanto, a pasta dental com flúor deve ser usada em crianças menores que 4 anos, mas na quantidade certa recomendada pelo odontopediatra e sob supervisão de um adulto. A recomendação para crianças de até 2 anos é uma quantidade que equivale ao tamanho de um grão de arroz cru. Depois disso, os pais podem aumentar gradativamente, até o tamanho de um grão de ervilha para os maiores (FIGURA). Todas essas orientações e estratégias para prevenção e tratamento da cárie dentária devem fazer parte de um plano estabelecido para garantir a saúde bucal do seu filho.
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Fone: (14) 3622.7068 - Rua Capitão José Ribeiro, 112 - Jaú/SP
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Consultoria Por Paulo Sérgio de Almeida Gonçalves
consultoria@revistaenergiafm.com.br
Paulo Sérgio de Almeida Gonçalves é administrador, contador, consultor, palestrante e professor universitário com MBA pela FGV – RJ em Gestão Estratégica de Pessoas; presidente da AESC – Associação dos Escritórios e Profissionais da Contabilidade de Jaú e região - gestão 2004/2005; atualmente diretor da AESC Jaú; proprietário do DinamCorp Corporação Empresarial e Contábil; proprietário da Prosol Unidade Jaú e consultor e orientador em desenvolvimento de softwares Prosol – São Carlos
Oh, Deus, será que agora vai? Infelizmente temos impregnado em nossa cultura que o empregador, na relação de trabalho e emprego, é o grande vilão da história...
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em defender um ou outro, muitas vezes é verdade, como o próprio trabalhador muitas vezes também o é, em alguns casos inevitáveis. Precisamos rever nossos conceitos, deixar de enxergar o individual e abrir a visão para o coletivo. Não olhar apenas os interesses próprios, mas entender que todos comem do mesmo prato e se faltar comida todos morrerão de fome juntos (como numa triste família infeliz), ou seja, se o empregado não está bem ou deixa de fazer suas tarefas e cumprir suas obrigações, a empresa como um todo será prejudicada, prejudicando outros trabalhadores que nela estão inseridos. Se a empresa não paga em dia os direitos do trabalhador e não cria condições para que o mesmo produza com qualidade seus serviços, o mesmo será prejudicado e acaba não tendo condições de prestar um bom trabalho à empresa, o que reflete nos produtos e serviços oferecidos por ela e na qualidade do atendimento aos clientes, que por sua vez deixam de manter negócios com a empresa, procuram outros concorrentes e a empresa quebra, deixando os trabalhadores desempregados. Observe que isso é um mecanismo vivo, o tempo todo sendo alimentado por coerência ou não nas relações envolvidas; podemos até comparar com elos, onde todos estão entrelaçados e fazem parte da mesma corrente. E para que essa relação seja ponderada, entram em cena os sindicatos, tanto o patronal quanto o dos trabalhadores, que deveriam encontrar o ponto de equilíbrio, porém, muitos deles não estão
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preparados para administrar conflitos e alguns nem fazem questão de investir em seus diretores para que estes estejam prontos para atender e representá-los à altura do que se tem planejado. Então, ao invés de criar uma relação de ganha ganha, torna a engrenagem mais travada ainda, gerando mais conflitos. Tem momentos que só por Deus mesmo. Os Sindicatos precisam entender que tanto os trabalhadores quanto os empregadores são seus clientes. E como clientes precisam enxergar os serviços oferecidos com qualidade e não ter a percepção que estes querem apenas e tão somente receber o valor sem oferecer nada em troca. Nos últimos tempos tenho tido contato com muitos presidentes de entidades sindicais, especialmente após a Reforma Trabalhista, e percebo que muitos deles começaram a se movimentar (parece que agora a coisa vai) e se preocupar com o futuro próximo. Estão muito preocupados com o que virá logo em seguida e o que será destas entidades. Como toda mudança, acredito que somente sobrarão aqueles com seriedade e profissionalismo, colocando à disposição de seus clientes novos serviços e abandonando aquela velha cultura que até então existia, mostrando que valerá a pena investir neles, pois agora a história será reescrita e todos nós sairemos ganhando em seu final, afastando a sensação estranha e tão ruim que até então permanecia para os empregados, empregadores e profissionais liberais de que o que pagávamos não passava de mera obrigação sem qualquer retorno. Que assim seja, amém.
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club
EQM
Fotos: KanaCaiana
Social
EMPRESAS QUE
movimentam
O mês de dezembro foi marcado pelo acontecimento do ano, o prêmio EQM – Empresas Que Movimentam, idealizado pelo Grupo Energia. Empresas que se destacam em Jaú e região abrilhantaram o evento, que contou com um belíssimo show da cantora Paula Fernandes.
EQM 2017 André Calhas
Diretora executiva do Grupo de Comunicação Energia Maria Eugênia Marangoni, Paula Fernandes e diretor artístico do Grupo de Comunicação Energia Marcio Rogério Olmedo
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EQM 2017
Atacadão das Baterias
A Renascença
Auto Escola Gabriel
AD Movelaria
Avatim
Barracão Mais Supermercados
BBZ Materiais Elétricos
Box São Vicente
Campos Prado Engenharia e Arquitetura
Belchior Imóveis
Cebrac
Bella Decorações & Eventos
Ceintel EMPRESAS QUE
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movimentam
Central Supermercados
Colégio Saint Exupéry e Unopar
Churrascaria Porteira do Sul
Confiança Supermercados
Clayton Lifan Motors
CVC Jaú
Colégio Galileu Mackenzie
Claudio Veloso, locutor do Grupo de Comunicação Energia
Equipe do Grupo de Comunicação Energia EMPRESAS QUE
movimentam
60 Revista Energia
Daniel Rosalin Turismo
Dinamcorp
Doce e Festa
Don Cheff Pizza Premium
Equimetal Moenco
Espaço da Moda
Espaçolaser Jaú
Fausto Gomes Cabelo & Arte EMPRESAS QUE
movimentam
62 Revista Energia
Fernando Papelaria & Informática
Flor de Maçã
Ford Zevel
Funerária Jauense
Gaby Biju Moda e Acessórios
GF Materiais para Construção
Gigliotti Seguros Corretora
Hotel Jardim EMPRESAS QUE
movimentam
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IE Intercâmbio no Exterior
Jac Cosméticos
Jahum Real e Real Shopping
Jardins de Monet
Jaú Shopping
Kaisho Culinária Japonesa
La Belle Modas
Luiz Auto Center EMPRESAS QUE
movimentam
66 Revista Energia
Lumare Eventos
Magistral Pharma
Odontoclinic Jaú
Oficina Propaganda
Marquinho’s Bike Sport
Óticas Precisão
Nossa Segurança
Panfletos&Cia EMPRESAS QUE
movimentam
68 Revista Energia
Pascano
Perfumaria Sumirê
Paula Mesquita
Posto São João
Paulo Toldos
Rei da Caipirinha
Pé de Anjo e Ana-Lú
Restaurante Mirante do Pouso EMPRESAS QUE
70 Revista Energia
movimentam
Supermercados Jaú Serve
Safira Semijoias
Taiko Motos
Shopping Car Centro Automotivo
Sócolchões & Cia
Soumeq e Bellari
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Tanger
Lian Sorvetes
Lian Sorvetes EMPRESAS QUE
movimentam
Tide
Vecol
Tom da Pele Boutique
Vestylle MegaStore Jaú
Vivo Jaú Shopping
Toqui Móveis
Varejão de Carnes Popular
EQM 2017 EMPRESAS QUE
movimentam
74 Revista Energia
Prêmio EQM
“Empresas que Movimentam”
EMPRESAS QUE
movimentam
A festa do ano fechou 2017 com chave de ouro!
T
odos os detalhes do evento foram elaborados com re-
quinte e bom gosto para receber os empresários e profissionais responsáveis pelas empresas homenageadas. O evento, que reuniu 450 convidados, aconteceu no
luxuoso espaço Lumare Eventos e teve lindos detalhes
revelados durante a transmissão ao vivo na fanpage da Energia, realizada pela Couple Films Cine Wedding sob a direção de Marcel Sabatino, que com toda a sensibilidade e profissionalismo captou cada lance da festa. A decoração clássica foi arquitetada pela decoradora Kely Cantador, da Bella Decorações e Eventos, que apostou em cores consagradas usando flores brancas e móveis coloniais com incríveis composições de almofadas e tapetes. Elementos marcantes como vasos de cristais, taças e jogos de luzes transferiram originalidade para a festa. Lee Andriotti, do Buffet Jardins de Monet, responsável pelo menu, apresentou um cardápio marcado pela sofisticação, variedade e bom gosto, atendendo aos paladares mais exigentes e às mais altas expectativas! Em cada uma das fotos do evento você poderá observar a técnica, o profissionalismo e o olhar analítico dos fotógrafos da empresa KanaCaiana, que realizaram um trabalho surpreendente! A estrela que coroou a noite, Paula Fernandes, deu um show, inclusive descendo do palco e cantando entre as mesas dos homenageados. A cerimonialista Natália Peretti, com seu profissionalismo extraordinário, organizou e coordenou todos os detalhes com competência e muita dedicação, resultando neste evento inesquecível. A segurança do evento ficou por conta da empresa Nossa Segurança, que com vasta experiência no setor, é referência em segurança particular em Jaú e toda a região! Cada um dos nossos parceiros e das alianças firmadas com o Grupo Energia foi fundamental para o sucesso deste evento extraordinário! Maria Eugênia Marangoni 76 Revista Energia
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Toca dos Bichos Em dezembro de 2017 o evento “Festa da Toca!” marcou o lançamento do canal do YouTube “Mundo dos Cães e Gatos”. A Dra. Camila Turini recebeu amigos e convidados no espaço da clínica Toca dos Bichos para um delicioso coquetel, com sorteio de brindes e ação social pró APAJA Associação Protetora dos Animais de Jaú.
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Mirante do Pouso
Jaú Shopping A criançada teve diversão garantida durante as férias no Jaú Shopping. Além de diversas atividades de recreação e a piscina gigante de bolinha, aos domingos a garotada curtiu os teatrinhos infantis com peças como Branca de Neve, Lady Bug, Mickey e Frozen. No Jaú Shopping, as férias são incríveis!
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Nada como uma boa refeição em família para conversar, aproximar as pessoas e passar momentos agradáveis. E nada como uma boa comida caseira para acompanhar, certo? Então, reúna a família e desfrute de tudo isso no Restaurante Mirante do Pouso, onde o bom atendimento faz com que você se sinta como se estivesse na sua casa!
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1 - Lívia e Miguel 2 - Cecília e Clirice 3 - Eleonora
1 - Elias e Cláudia Jacomini
4 - Letícia e Jenifer
2 - Jéssica Marques e Ricardo Araújo
5 - Anally
3 - Alexandre Agostinho, Douglas Miranda, Matheus Agostinho e Eloisa
6 - Maria Clara
Agostinho
7 - Lívia, Vitoria e Gustavo 8 - Lívia e Romeu
4 - Anderson Galante, Leni Marçal e Marilda Vannucci
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5 - Paula Macedo, Ana Macedo, Maria José, Carlos, Bia Stringaci e Ruth Ferraz de Almeda
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6 - Eduardo Bauab, André Bauab, Ádina Ferreira e Manu Machado
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Supermercados Jaú Serve Os Supermercados Jaú Serve realizaram na noite do dia 19 de janeiro o sorteio final da Promoção Natal da Família Feliz 2017. O evento contou com a presença de acionistas, diretores, colaboradores, parceiros da imprensa, gerentes, contemplados, e foi marcado pelo intenso clima de alegria e animação que contagiou todo o público presente. Com transmissão ao vivo pelo facebook, o garoto propaganda da Rede, o apresentador Woody, conduziu a cerimônia com muita descontração.
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Natal do bem Energia, Óticas Precisão e Dona Boleira A Energia FM, Óticas Precisão e Dona Boleira realizaram uma ação social no intuito de levar amor, apoio e presentes a instituições de Jaú. A corrente do bem visitou o Abrigo Nosso Lar e o Asilo São Lourenço, onde doaram pijamas, distribuíram brindes e fizeram uma linda festa de natal com bolos, refrigerantes e a participação da equipe Energia.
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ada criança tem o seu tempo de aprender; umas demoram mais, outras aprendem rapidamente e há aquelas que carecem de muito mais tempo para aprender determinadas coisas. Nem sempre a dificuldade na escola tem a ver com o método de ensino ou a falta de estudo. Para a criança, tudo acaba se tornando um desafio, pois é nesse momento em que ela começa a ter contato com a rotina, a responsabilidade, a socialização com os colegas de classe, etc. ENTENDA O QUE SÃO DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM É dentro de escolas e consultórios que o distúrbio de aprendizagem é detectado e é importante destacar que existe uma diferença muito grande entre distúrbio de aprendizagem e dificuldade de aprendizagem. De acordo com publicação do Portal Brasil, a presidente nacional da Associação Brasileira de Psicopedagogia, Luciana Barros de Almeida, afirmou em entrevista concedida ao Portal do Professor que as dificuldades de aprendizagem atingem cerca de 5% da população escolar atual. Caracterizados por uma dificuldade significativa persistente que acarreta em prejuízo na evolução e aprendizagem da criança em desenvolvimento, os distúrbios de aprendizagem são as complexidades na posse e utilização da fala, da leitura, da interpretação, da escrita e do raciocínio matemático da criança. Isso tudo acaba afetando e obstruindo o recebimento e processamento das informações que a escola fornece durante o período letivo.
Dificuldade ou distúrbio de aprendizagem?
ALGUNS EXEMPLOS MAIS COMUNS Você já deve ter ouvido falar em discalculia, disgrafia, hiperatividade e déficit de atenção. Estes estão entre os problemas mais observados em crianças, e suas características diferem.
Discalculia: quando a criança tem dificuldade em aprender questões que envolvam números como problemas, aplicações e conceitos matemáticos. Disgrafia: dificuldade na elaboração da linguagem escrita. Em muitos casos, pode vir acompanhada de uma dislexia (dificuldade na escrita, na fala e no soletrar). Hiperatividade: quando a criança não consegue prender a atenção em tudo e quer realizar várias tarefas ao mesmo tempo. O hiperativo é muito agitado, não consegue ficar parado. Déficit de atenção: a criança não consegue fixar sua atenção no que está sendo ensinado, ou naquilo que está fazendo. Importante ressaltar que esta falta de atenção não é voluntária. FAIXA ETÁRIA E ORIGEM Aline Felippe, 37, pós-graduada em neuropsicopedagogia, psicopedagogia e educação especial, explica que sempre teve uma atenção especial com crianças com dificuldades na aprendizagem: “Sentindo necessidade de me aperfeiçoar, procurei cursos que somassem o meu prazer e a facilidade em colaborar no processo ensino-aprendizagem de crianças e adolescentes com distúrbios, transtornos, síndromes e dificuldades na aprendizagem”.
“É uma vocação, uma missão que exige estudo diário e dedicação” Imagem: Internet
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Saúde
Tão delicado para alunos, pais e educadores, este é um assunto que merece e deve ser discutido
Texto Letícia Koehler 86 Revista Energia
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A neuropsicopedagoga explica que utiliza ferramentas pontuais, através das quais consegue identificar indícios na faixa etária de 2 anos em diante: “As dificuldades de aprendizagem podem aparecer em qualquer idade e normalmente o professor pode suspeitar na faixa etária dos 4 aos 10 anos”. A dificuldade na aprendizagem pode ter origem nos seguintes pontos: • Pedagógico • Social •Neurológico • Cognitivo • Motor • Social • Afetivo • Fisiológico • Anatômico CADA CASO É UM CASO Cada criança pensa, age, interage e responde a determinada questão de uma forma e pensando nisso, para identificar qual é o distúrbio que ela possui, é preciso passar por uma avaliação neuropsicopedagógica. Aline explica que quatro áreas são avaliadas: emocional, pedagógica, motora e cognitiva. “A avaliação fornece informações para orientar as mudanças que devem ser feitas visando ao desenvolvimento adequado do aluno”. A neuropsicopedagoga comenta que existem alguns fatores que interferem nas dificuldades de aprendizagem e na atenção como hereditariedade (genética), ambiente, experiências primárias e/ou tardias, sono, anemia, disfunções hormonais, entre outros. “A avaliação orienta o processo de tomada de decisão sobre o tipo de resposta educativa que o aluno precisa para favorecer seu adequado desenvolvimento pessoal, facilitando a tarefa dos professores que trabalham cotidianamente com o aluno”, esclarece Aline.
“Diferenças são pessoais, o diagnóstico é clínico, o entendimento é científico e o tratamento é educacional” DIFICULDADE NAS TAREFAS Observando a dificuldade que sua filha, Ana Jullia, 9, apresentava ao realizar a tarefa de casa, Ariana Franciele Lopes Contesa Henrique, 30, recepcionista, conta que no início comentava com o marido que precisavam contratar uma professora particular, pois só a escola não estava dando certo. “No terceiro ano meu marido, em uma reunião, conversou com a Dra. Aline e ela disse que tinha percebido que a Ana Jullia estava com dificuldades. Meu marido comentou que nós já tínhamos notado também, e foi então que começamos o atendimento de neuropsicopedagogia”, conta Ariana. Com relação à busca por ajuda profissional, Ariana afirma que foi a melhor coisa que ela fez para ajudar a filha: “Depois que Ana Jullia começou a fazer as aulas com a professora Aline melhorou muito seu desenvolvimento”. Com a experiência que Ariane tem, ela explica que quanto mais cedo os pais perceberem o problema que o filho enfrenta, melhor: “O recado que eu tenho para os pais é que todos prestem atenção no comportamento de seu filho, pois quanto mais rápido perceberem a dificuldade, melhor para a criança”.
A especialista diz que o primeiro profissional da saúde que observa e suspeita de alguma dificuldade ou distúrbio vindo da criança é o pediatra, mas nem sempre os aspectos cognitivos e sociais, que são os mais fáceis de detectar, são observados. Isso porque o convívio escolar é o que norteia esses dois aspectos. “Na dúvida, é fundamental procurar ajuda de um profissional da saúde como um médico neuropediatra ou psiquiatra, e também um neuropsicopedagogo”. COMO TRATAR? Para qualquer caso que a criança apresente, há tratamentos que visam a ajudar e a desenvolver a prática de aprendizado. São desde terapias cognitivas emocionais, medicamentos, acompanhamento familiar, orientações e intervenções necessárias na escola. O profisImagem: Internet
PAIS, COMO PODEM AJUDAR? É importante que os pais fiquem atentos à criança, pois é nesse momento que algumas decisões pontuais, mesmo sem a consciência exata do que está acontecendo, devem ser tomadas. “Quando a professora, a escola, a cuidadora dessa criança vier com alguma observação relevante relacionada ao entendimento cognitivo, ao relacionamento social, à ausência de funções motoras comuns, ao comportamento agressivo e desafiador, é recomendável dar relevância e procurar um profissional”, explica Aline.
sional da saúde, que pode prescrever a medicação se necessário e da forma correta, utiliza estimulantes, antidepressivos, anti-hipertensivos, estabilizadores do humor, antipsicóticos, etc. “Crianças, adolescentes ou adultos com transtornos globais do desenvolvimento nem sempre necessitam de medicação, cada caso é único, depende do comprometimento cognitivo, psicológico e social desse indivíduo. O profissional na área da neurociência, o neuropsicopedagogo, além de estimular esse indivíduo na aprendizagem, também deve trabalhar diretamente com o profissional da saúde que prescrever a medicação ou não”, salienta Aline.
UM CASO DE TDAH Claúdia Regina é mãe da Kelly, 8, que foi diagnosticada com “Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Cláudia conta como foi esta descoberta, que trouxe muita preocupação a ela e ao marido Rafael. “A psicopedagoga da escolinha percebeu que a Kelly, então com quatro anos, não conseguia concluir nenhuma atividade proposta para as crianças de sua faixa etária. Fui orientada a procurar um neurologista, mas só fizemos isso um ano mais tarde, quando percebemos que o problema se agravou. A partir do diagnóstico, fomos encaminhados a um psiquiatra que entrou gradualmente com uma medicação, pois ela, além de distração e hiperatividade, apresentava muita ansiedade. Felizmente buscamos ajuda no início e hoje minha filha é feliz e tem qualidade de vida. Atualmente a Kelly é acompanhada por neurologista, psicopedagogo e fonoaudiólogo. ATENÇÃO AOS SINAIS É importante ressaltar que os especialistas deixam claro que nenhuma criança com dificuldades ou distúrbios de aprendizagem possui inteligência abaixo do normal. O que ela precisa, na verdade, é de mudanças na estratégia e atendimento especializado para avançar sem sofrimento para ela e seus pais. Algumas dicas podem ajudar a reconhecer alguns sinais de dificuldade nos filhos: Certifique-se que seu filho ouve e enxerga bem; Faça visitas regulares à escola, participe das reuniões, ouça os professores; Fique atento ao rendimento escolar, se houve queda repentina nesse rendimento; Observe melhor crianças que “enrolam” para fazer suas tarefas escolares; Preste atenção se seu filho faz a tarefa com pressa, deixando partes incompletas; Queixas sobre a escola, colegas, professores e lições podem ser um sinal de alerta; Fique atento a frases como: “Sou burro mesmo” ou “Não faço nada direito”. E, claro, nunca deixe de buscar orientação profissional em caso de dúvidas, pois se o seu filho precisa de ajuda, você será a primeira pessoa com a qual ele vai contar, sempre!
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Look de artista
Fotos: Jenifer Cerdas Modelos: Lara Derradi de Oliveira Looks: Vestylle Megastore Produção: Jorgin Cabelo e Estética Local: Zona urbana Jaú/SP
Tel: 14 3622 8364 Revista Av. Frederico Ozanan 770 -Energia Jaú/SP 91
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Saúde e bem-estar Por Dr Edson Yukiharu Kawakita – CRF-SP 24288 acupuntura.mtc@yahoo.com Medicina tradicional chinesa, Fitoterapias, Estética avançada
Transtorno de ansiedade Considerado como “o mal do século” ou também como “excesso de futuro”, o transtorno da ansiedade pode atingir qualquer pessoa, independente da classe econômica e social
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omente quem sofre desta síndrome pode traduzir o grande mal-estar físico e psíquico que ela produz. A ansiedade está presente na vida de todas as pessoas e pode até ser considerada natural, visto que prepara o organismo para uma situação nova. No entanto, quando a sua intensidade é desproporcional ao estímulo que a provoca, é classificada como prejudicial. A sensação da ansiedade pode impactar de uma forma tão negativa a vida de quem a possui, que a pessoa acaba deixando de fazer coisas simples do dia a dia somente com o intuito de prevenir o desconforto que sente. Existem pelo menos seis tipos diferentes de ansiedade mais conhecidos e cada uma tem a sua causa e sintomas diferentes, por esse motivo os tratamentos, através da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), também são diferentes. Mas, como saber o tipo de ansiedade que tenho? É ai que entra o papel do terapeuta. Em uma conversa minuciosa com o profissional acupunturista, ele é capaz de identificar o desequilíbrio energético causador dos sintomas e definir a melhor estratégia de tratamento. Na visão da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), os sintomas causados pela ansiedade são vistos como uma desarmonia entre corpo e mente. Um problema não tratado tende a desencadear outros problemas como dores pelo corpo, hipertensão arterial, diabetes, obesidade, entre outros. O princípio básico da acupuntura sustenta que o equilíbrio é mantido no corpo humano por meio do fluxo suave de uma energia denominada pelos
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chineses como Qi, bem como pelo fluxo, também suave, do sangue pelo corpo, denominado pelos chineses como XUE. Problemas ambientais, alimentares, emocionais ou espirituais podem causar algum tipo de alteração na circulação do Qi e do XUE no organismo, originando assim algum tipo de disfunção ou patologia. A partir do momento em que alguma patologia esteja instalada no organismo, uma das formas de eliminá-la ou de minimizá-la seria a inserção de agulhas em pontos específicos do corpo, ou seja, pela prática da acupuntura sistêmica e auricular, que tem a propriedade de restabelecer esse fluxo suave. O número de sessões e a frequência do tratamento vão variar de pessoa para pessoa, dependendo das condições gerais do paciente, da cronicidade do problema, do ambiente em que a pessoa vive, além das respostas individuais ao tratamento. Geralmente problemas agudos requerem menos tempo e frequência de tratamento. É comum os pacientes sentirem melhora já nas primeiras sessões e abandonarem o tratamento; porém, é preciso que as sessões sejam agendadas uma ou duas vezes por semana no início do tratamento, a fim de se obter uma boa resposta inicial para, posteriormente, diminuir as sessões para uma vez a cada duas semanas e, por fim, uma sessão mensal para manter os resultados. Vale ressaltar que a terapêutica conduzida pelo acupunturista não dispensa os acompanhamentos por outros profissionais. Apesar de a técnica produzir excelentes resultados por si só, em alguns casos o tratamento deve ser multiprofissional.
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Profissões
Biomedicina
O curso de Biomedicina, Ciências Biológicas modalidade Médica ou Ciências Biomédicas é a área voltada para a pesquisa das doenças humanas, suas causas e formas de tratamento Texto Heloiza Helena C Zanzotti
O
profissional se qualifica a identificar, classificar e estudar os microorganismos causadores de enfermidades e pesquisa medicamentos e vacinas para combatê-los. Pode atuar em hospitais, laboratórios e órgãos públicos de saúde, e trabalhar em conjunto com bioquímicos, biólogos, médicos e farmacêuticos.
O curso O curso é do tipo bacharelado e dura, em média, quatro anos. Com foco em disciplinas da área da saúde, possui carga horária intensa de aulas práticas e atividades em laboratório. É obrigatório passar por um período de estágio supervisionado e apresentar um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). A profissão é regulamentada e para exercê-la é obrigatório ter diploma de nível superior em Biomedicina ou Ciências Biológicas – Modalidade Médica reconhecido pelo MEC, além de obter o registro no Conselho Regional de Biomedicina (CRBM). Biomedicina na Fundação Maria Ester Cacchi, diretora da ZEC Vestibulares, faz questão de ressaltar que em nossa cidade, as Faculdades Integradas de Jaú oferecem um excelente curso de Biomedicina. “Ali estão profissionais que eu admiro e tenho certeza que podemos fazer algo para que Jaú seja um excelente centro universitário e acadêmico”, pontua. As Faculdades Integradas de Jaú possuem graduação em Biomedicina (matutino ou noturno) com formação humanista, crítica e reflexiva, para atuar em todos os níveis de atenção à saúde. Tanize do Espírito Santo Faulin. 37, biomédica com doutorado em Ciências e pós-doutorado pela USP e Instituto Karolinska de Estocolmo, Suécia, afirma que a Biomedicina é uma profissão em contínua expansão, desde a sua criação em 1966. “A atuação do biomédico é ampla, com 35 habilitações diferentes. Para os amantes da ciência é uma excelente opção, pois possibilita a formação de cientistas que podem atuar em laboratórios de pesquisa”, explica a doutora. Para ingressar nas FIJ, a doutora Tanize orienta que os interessados devem ficar atentos às datas dos vestibulares ou entrarem em contato com a instituição para a prova agendada.
vulgadas após o fechamento desta edição da RE. “Parei de estudar no primeiro ano do Ensino Médio, em 2009. Em 2015 decidi fazer faculdade e fui atrás de concluir o terceiro ano do Ensino Médio. Após concluir essa etapa, comecei a procurar cursinhos na cidade e com o auxilio de meu marido e amigos encontrei a ZEC. Foi a melhor coisa que aconteceu naquele ano. Sabia que o cursinho ia exigir muito de mim, ainda mais a ZEC, que trabalha com material didático, tem excelentes professores e uma carga horária completa, mas eu estava disposta a encarar esse desafio. Tive aulas com a Tanize e esse convívio fez com que eu procurasse saber mais sobre o curso de Biomedicina. Descobri que esse era o melhor curso que eu poderia fazer, já que eu sou muito curiosa e amo pesquisas. Aprendi também que há muitas oportunidades nessa área”. Hoje Daniela está muito perto da tão sonhada faculdade. “A ZEC fez toda a diferença na minha vida. Além de me preparar com excelência, tive todo o auxílio necessário para encarar meus problemas com maturidade. O cursinho me deu a chance de, mais que sonhar, realizar meus sonhos”.
Exemplo de determinação Daniela Prado Dias, 23, casada, três filhos, pretende cursar Biomedicina e conta que está aguardando os resultados de duas faculdades públicas, USP e UNESP, cujas classificações devem ser di100 Revista Energia
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Legislação
Toda criança é um ente vulnerável DEPUTADO FEDERAL RICARDO IZAR
Texto Ricardo Izar |Colaboração Frank Alarcon
Este é um princípio com o qual todos
Economista, coordenador para o Sudeste da Frente Parlamentar em Defesa do Consumidor de Energia Elétrica e membro da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Federal, Presidente da Frente Parlamentar de Habitação e Desenvolvimento Urbano, Presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Animais, Membro do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados
processo hoje em dia não mais considerado inédito: a mano-
tão pronto iniciem-se os trabalhos parlamentares nas Comissões
bra Heimlich – também conhecida como manobra ou abraço
e Plenário da Câmara dos Deputados, colocarei em curso um
do desengasgo. Acidentes similares já se tornaram, infelizmen-
Projeto de Lei que visa a instituir a obrigatoriedade de capacita-
te, bem famosos em todo o mundo, o que fez com que a Cruz
ção e aprendizado de manobras básicas de primeiros socorros
Vermelha o implementasse em seus protocolos fundamentais
em estabelecimentos públicos e privados de ensino, voltado para
desde 2006.
o auxílio de crianças.
Em recente levantamento feito junto ao Ministério da Saúde,
Esta medida não objetiva transferir responsabilidades técni-
dados apontam que somente em 2015, 810 crianças com até
cas de médicos e enfermeiros a profissionais de outras catego-
14 anos morreram vítimas de sufocamento. Destas, 611 tinham
rias, mas deixar claro que muitas vezes o simples aprendizado
menos de um ano de idade. A não existência de alguém que
e execução de uma manobra elementar pode ser a diferença
pudesse aplicar esse procedimento, bastante simples até,
entre a vida e a morte de inocentes – e, claro, da tragédia que
talvez tenha sido a diferença responsável para que o pior se
se instala em famílias de todo o país.
instalasse: na ausência de ações de salvamento que pudes-
Infelizmente, acidentes acontecem, é fato. Mas não seria
sem reverter ou resolver o engasgo, sinais de morte cerebral
bom se, diante deles, pudéssemos ter a chance de, através de
se instalaram e Lucas veio a óbito enquanto estava em um
ações simples mas corretas, ser a diferença entre a vida e morte
passeio escolar.
de inocentes? Penso que sim. E penso que quando deixamos
Poderia Lucas ter sido salvo? O acidente não foi mero infor-
nossos filhos em um estabelecimento enquanto nos dirigimos
túnio do acaso? Qual é a responsabilidade que temos sobre as
ao trabalho para lá ficarmos mergulhados o dia inteiro, é porque
crianças à nossa volta? São reflexões importantes, ainda mais
desejamos dar-lhes um abraço ao final do dia, com todo o cari-
físico, social e moral, é natural que estejam
por estarmos lidando com uma situação onde crianças estão
nho que crianças merecem.
sujeitos a desafios que possam comprometer o
sob os cuidados de terceiros em um estabelecimento que visa
concordamos, afinal, por serem indivíduos que vivem o pleno desenvolvimento de seu arcabouço
a oferecer-lhes um ambiente tranquilo e sereno, para que pos-
tranquilo e sadio caminhar de sua formação
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sam se desenvolver em segurança. Assim, neste início de 2018,
entre os cuidados que toda sociedade
ma possibilidade que tenho de contribuir com esse debate e
humana deve ter com o seu coletivo, o
envolvido com a construção de ferramentas legislativas que,
cuidado com as crianças é um dos etica-
mesmo simples, possam servir como mais um degrau na con-
mente mais importantes e, podemos até
quista de um mundo melhor e mais seguro para todos os vul-
dizer, estratégico – afinal, serão eles os
neráveis - entre eles, certamente as crianças. Foi, portanto,
que conduzirão e reformarão o mundo que
com um sentimento de obrigação que recebi há pouco a mis-
hoje estamos construindo (e talvez até destruindo, em múlti-
são de propor uma pequena, mas importantíssima mudança
plos aspectos). Nesse sentido, viabilizar a todas as crianças
no quadro legislativo nacional. E esta missão foi desencade-
do país e do mundo o bom acesso à educação e à saúde de
ada pelo pedido de uma mãe, um caso recente que particular
qualidade são decisões políticas e econômicas que nem de-
emoção me causou: o sinistro que acometeu o menino Lucas
veriam ser colocadas em dúvida ou ter plantadas dificuldades
em setembro de 2017.
no momento de sua implementação.
que conviviam com ele. Ativo, inteligente e feliz, como toda
rificar que milhares de crianças são vítimas diárias dos mais
criança de dez anos era inocente e vulnerável aos desafios da
variados sinistros: balas perdidas, acidentes automobilísticos,
vida. Em uma daquelas situações absolutamente cotidianas a
abusos deliberados, negligências diversas, todas estas que,
que todos estamos expostos, Lucas, durante um passeio de
muitas vezes, levam a óbito os inocentes e vulneráveis des-
sua escola, no intervalo para o lanche, terminou por vivenciar
ta matemática cruel: as crianças. Enquanto sociedade, o que
um episódio de asfixia mecânica (o popular engasgamento)
podemos fazer? Como podemos mitigar algumas dessas tra-
com um pedaço de salsicha ingerida. O acidente tornou-se fa-
gédias cotidianas – acidentais, culposas ou dolosas?
tal porque não havia por parte dos responsáveis no cuidado
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ticipe desta campanha”
Lucas Begalli Zamora era, como toda criança, a alegria dos
Feito esse preâmbulo, é sempre trágico e angustiante ve-
Na condição de legislador, estou sempre atento à míni-
“Visite a página da comunidade Vai Lucas no Facebook e par-
dessas crianças alguém minimamente habilitado a realizar um
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vida
Boa
Por João Baptista Andrade Diretor da Mentor Marketing e AMA Brasil
Comida e o Lobo Acho até que eu já falei aqui sobre um livro pequeno e delicioso, chamado Como Cozinhar um Lobo, de M.F.K. Fisher. Mas a história é boa demais para não ser contada
S
e eu estiver me repetindo, peço desculpas antecipadamente. Geralmente, os livros de culinária destinados a leigos e “hobbistas”, gente comum feito eu e você, trazem muitas fotos maravilhosas. O papel é parecido com aqueles que se usam nos livros de arte e os autores... bom, ou são sumidades (esses monstros sagrados da culinária que possuem seus próprios programas de TV), ou são compilações de luxo. Exemplo: Comida jamaicana, chinesa, belga, alemã, italiana, típica da Serra do Brobrobó e por aí afora. Eu não tenho absolutamente nada contra esse tipo de publicação. Possuo algumas dezenas de exemplares. Acredito que esses livros ajudam a despertar o interesse pela culinária, deixam um caboclo com água na boca a cada página virada e, muito importante, mostram montagens e apresentações feitas por grandes profissionais. Nada daquilo que a gente faz em casa. Mas o lobo do livro da senhora Fisher que, aliás, foi escrito em 1942 e não poderia ser mais atual, não é o animal selvagem. É a fome. Este foi o primeiro livro dela, mas ela escreve de uma maneira tão deliciosa, tão leve, e trata a comida com elegância e dignidade. Mesmo quando se tem pouco dinheiro ou o lobo da crise bate à sua porta. Europeus tendem a ser mais comedidos no porcionamento dos alimentos. Não, eles e elas não são avaros ou mesquinhos. Simplesmente eles evitam (eu ia escrever abominam) toda e qualquer forma de desperdício. Penso que o longo passado de guerras constantes contribuiu para tal cultura, além do clima, é claro. Eu tive uma professora, colega de Unicamp nos tempos do mestrado, que era suíça. Ela viveu no Brasil por décadas, mas sempre agia como suíça. A primeira vez em que jantamos na casa dela foi desconcertante. Enquanto bebericávamos vinho animadamente, ela perguntou com alegria e naturalidade a cada um dos presentes: “Quantas batatas você vai comer no jantar?”.
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Feitos os devidos cálculos matemáticos ela voltou com sua taça de vinho para a cozinha do apartamento e foi lidar com as ditas cujas. Ao final do (delicioso!) jantar, quantas batatas cozidas sobraram? Nenhuma. Aprendi a lição na hora e a pratico sistematicamente. Eu uso tudo. Tudo mesmo. Eu uso as cascas dos legumes, aparas de carnes, folhas meio murchas, ossos, cascas de camarão ou cabeças de peixes. Tudo vira caldos, sopas, molhos ou outra coisa qualquer. Mas aqui no Brasil o lobo não é a fome. O clima nacional é ameno, o potencial agrícola é prodigioso; nosso país produz comida suficiente para alimentar toda a população e, ainda por cima, exportar os excedentes. E olha que na pauta de exportações o agronegócio é fundamental para a saúde financeira brasileira. Então, economizar para quê? Tudo é farto, tudo é vasto, tudo parece eterno e infindo. Só que não. E eu digo para que devemos economizar. Para preservar a sua saúde e das pessoas que você ama. Para preservar o seu saldo bancário. Para entrar em sintonia com a miséria que a má distribuição de renda produz, e que nos circunda de maneira cotidiana. Para contribuir com o planeta. Para servir de exemplo aos mais jovens. Enquanto o leviatã da obesidade acomete a muitos, a desnutrição ataca a outros tantos. Só o desperdício acabaria com a fome por aqui. Nem precisa de programa governamental ou coisa parecida. Basta usar aquilo que temos com sabedoria. Enquanto essa alcateia de políticos vorazes pelo erário público andar por aí, enquanto essa súcia de malandros (alguns togados, inclusive) insistir em explorar a boa-fé dos brasileiros, só nos resta o consolo do filósofo inglês Thomas Hobbes (1588 – 1679): O homem é o lobo do homem. O seu pior inimigo é um seu semelhante. Até quando? Eu me pergunto. Acho melhor voltar às minhas batatas e deixar esse assunto de lado, antes que algum desses safados decida me processar por falar a verdade. Até a próxima.
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