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ANAIS
III SIMPÓSIO DE CIÊNCIA DO SOLO “Sistemas de Produção, Tecnologia e Meio Ambiente”
2ª Edição
ORGANIZADORES Jefferson Santana da Silva Carneiro Bárbara Olinda Nardis Sara Dantas Rosa Paula Godinho Ribeiro Tainara Louzada Rodrigues Cristiane Francisca Barbosa Soraya Marx Bamberg
LAVRAS – MINAS GERAIS – BRASIL 2019
Ficha Catalográfica Elaborada Pela Coordenadoria de Processos Técnicos da Biblioteca Universitária da UFLA
Simpósio de Ciência do Solo (3. : 2019 : Lavras, MG) Anais [do] III Simpósio de Ciência do Solo : sistemas de produção, tecnologia e meio ambiente / organizadores, Jefferson Santana da Silva Carneiro ... [et al.]. – 2. ed. – Lavras : NECS/UFLA, 2019. 145 p. ISBN: 978-85-93932-01-4 1. Ciência do solo. 2. Processos e propriedades do solo. 3. Uso e manejo do solo. I. Carneiro, Jefferson Santana da Silva. II. Universidade Federal de Lavras. III. Título. CDD - 631.4 Ficha elaborada por Rafael Chaves Alem Martins (CRB 6/3211)
Todo o conteúdo dos trabalhos científicos é de total responsabilidade dos respectivos autores. A comissão organizadora não se responsabiliza pelo conteúdo e informações contidas nos trabalhos publicados neste Anais.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIÊNCIA DO SOLO - SBCS Profª. Drª. Fatima Maria de Souza Moreira (UFLA) PRESIDENTE Profº. Drº. Milton Ferreira de Moraes (UFMT) VICE-PRESIDENTE Profº. Drº. Reinaldo Bertola Cantarutti (UFV) Secretário Geral Profº. Drº. Raphael Bragança Alves Fernandes (UFV) Secretário Adjunto Profº. Drº. Igor Rodrigues de Assis (UFV) Tesoureiro
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIÊNCIA DO SOLO Núcleo Regional Leste Prof. Drº. Marcos Gervasio Pereira (UFRRJ) Diretor Drº. Ademir Fontana (Embrapa Solos) 1º Vice-Diretor Drº. Ederson da Conceição Jesus (Embrapa Agrobiologia) 2º Vice-Diretor Drº. André Guarçoni Martins (INCAPER) Secretário Geral Profª. Drª. Maria Catarina Megumi Kasuya (UFV) Tesoureira
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COMISSÃO ORGANIZADORA PRESIDENTE Profª. Drª. Michele Duarte de Menezes VICE-PRESIDENTE Profª. Drª. Maria Ligia de Souza Silva COORDENAÇÃO GERAL Maria Vitória Batista Duque Guttierrez Baptista SECRETARIA GERAL Mariany Isabela Soares Domingues COORDENAÇÃO DE FINANÇAS Laura Beatriz Batista de Melo Msc. Márcio Felipe Pinheiro Neri Nunes Msc. Rafael de Almeida Leite
COORDENAÇÃO CIENTÍFICA Msc. Jefferson Santana da Silva Carneiro Msc. Paula Godinho Ribeiro Dra. Sara Dantas Rosa Tainara Louzada Rodrigues Msc. Bárbara Olinda Nardis Msc. Cristiane Francisca Barbosa Dra. Soraya Marx Bamberg
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COMISSÃO DE MARKETING Wesley Soares de França Alexandre Carvalho Ribeiro Junior Eduardo Sobrinho Santos Figueiredo COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA Matheus Sterzo Nilsson João Renato Rodrigues Antonio Wigor Rocha Capanema Pedro Antônio Namorato Benevenute COMISSÃO DE MINICURSOS Thiago Medeiros Pinto Freitas Amanda de Oliveira Paiva Msc. Francielle Roberta Dias Lima Thayná Pereira Azevedo Chiarini COMISSÃO DE APOIO Alan Dhan Costa Lima Beatriz Almeida de Souza Rocha Daniel Paes Pinto Rezende Arthur William Carvalho Rocha Letícia Gonçalves Ribeiro Eduarda de Sousa Teixeira Dehon Aparecido Corrêa Ariela Pereira Mesquita Pedro Henrique de Paula Silva Gabriel Delgado D'ornellas Gilson do Carmo Alexandrino Msc. Raphael Passaglia Azevedo
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COMITÊ CIENTÍFICO Aline Oliveira Silva em Ciência do Solo Bárbara Olinda Nardis Msc. em Produção Vegetal César Ferreira Santos Msc. em Ciência do Solo Cristiane Francisca Barbosa Msc. em Produção Vegetal Cynthia de Oliveira Dra. em Agronomia Devison Souza Peixoto Msc. em Solos e Qualidade de Ecossistemas Diego Dantas Amorim Msc. em Agricultura Tropical Diego Faustolo Alves Bispo Drº. em Ciência do Solo Ediu Carlos da Silva Junior Msc. em Ciência do Solo Edson Aparecido dos Santos Drº. em Agronomia Enilson de Barros Silva Drº. em Ciência do Solo Érika Andressa da Silva Dra. em Ciência do Solo Everton Geraldo de Morais Msc. em Ciência do Solo Fabio Henrique Alves Bispo Drº. em Ciência do Solo Fabricio Ribeiro de Andrade Drº. em Ciência do Solo Filipe Aiura Namorato Msc. em Ciência do Solo Francielle Roberta Dias de Lima Msc. em Ciência do Solo Isabela Cristina Filardi Vasques Msc. em Agronomia Ivan Célio Andrade Ribeiro Msc. em Recursos Hídricos em Sistemas Agrícolas Jefferson Santana da Silva Carneiro Msc. em Ciência do Solo Junior Cesar Avanzi Drº. em Ciência do Solo Dra.
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Lucas Benedet Drº. em Agroecossistemas Mariana Gabriele Marcolino Gonçalves Msc. em Agronomia Marisângela Viana Barbosa Dra. em Ciência do Solo Monna Lysa Teixeira Santana Msc. em Ciência do Solo Múcio Mágno de Melo Farnezi Msc. em Produção Vegetal Paula Godinho Ribeiro Msc. em Ciência do Solo Raphael Passaglia Azevedo Msc. em Ciência do Solo Sara Dantas Rosa a Dr . em Ciência do Solo Sérgio Henrique Godinho Silva Drº. em Ciência do Solo Soraya Marx Bamberg Dra. em Ciência do Solo Uidemar Morais Barral Drº. em Produção Vegetal Yuri Lopes Zinn Drº. em Ciência do Solo
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AGRADECIMENTOS ESPECIAIS A Universidade Federal de Lavras – UFLA Em nome do Reitor, profº. Drº. José Roberto Soares Scolforo Ao DCS – Departamento de Ciência do Solo - UFLA Em nome do Chefe, Profº. Drº. Moacir de Souza Dias Junior A SBCS – Sociedade Brasileira de Ciência do Solo Em nome da Presidente, Profª. Drª. Fatima Maria de Souza Moreira Aos Palestrantes Profº. Drº. Silvino Guimarães Moreira (UFLA) Dra. Carolina dos Santos Batista Bonini (UNESP) Drº. Luíz Felipe Mesquista (SUZANO) Drº. Emerson Borghi (EMBRAPA Milho e Sorgo) Profº. Drº. Godofredo Cesar Vitti (ESALQ - USP) Profa. Dra. Adriana Monteiro da Costa (UFMG) Profº. Drº. Alfredo Scheid Lopes (UFLA) Profº. Drº. Valter Casarin (ESALQ-USP) Profº. Drº. Luiz Roberto Guimarães Guilherme (UFLA)
Profa.
Aos Prelecionistas dos Minicursos e Roteiro Pedológico Profº. Drº. Sérgio Henrique Godinho Silva Profº. Drº. Bruno Montoani Silva Msc. Devison Souza Peixoto Lucas de Castro Moreira da Silva Profº. Drº. Valdemar Faquin Profº. Drº. Guilherme Lopes Profº. Drº. Marcelo de Carvalho Alves Profº. Drº. João José Granate de Sá e Melo Marques Profº. Drº. Felipe Haenel Gomes Profº. Drº. Geraldo César Oliveira
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APRESENTAÇÃO No período de 27 a 31 de Maio de 2019 ocorreu na Universidade Federal de Lavras o III Simpósio de Ciência do Solo: Sistemas de produção, tecnologia e meioambiente. O evento contou com a participação de estudantes e profissionais de 10 estados brasileiros, dedicados em aprender e discutir assuntos e novidades da área da Ciência do Solo. A organização do evento, desde o início, esteve dedicada em preparar um evento que contasse com a participação de palestrantes renomados em suas respectivas áreas. Foram quatro dias de palestras que abordaram aspectos relacionados à fertilidade do solo, aplicativos e tecnologias aplicados à Ciência do Solo, sustentabilidade do cultivo agrícola e silvicultural, bem como a recuperação de áreas degradadas. Também contamos com apresentação de pôsteres de trabalhos científicos que abordaram diversas áreas da Ciência do Solo, de modo a mostrar os desafios e divulgar as inovações de diferentes grupos de pesquisa. Além disso, diferentes minicursos foram ministrados, voltados para a discussão e aprimoramento em assuntos como: mapeamento de classes e atributos de solos; manejo do solo para melhoria da eficiência do uso da água em sistemas agrícolas; classificação de solos; cultivo de hortaliças em manejo hidropônico e recomendação de fertilizantes. A comissão organizadora agradece a participação e presença de todos os inscritos, aos nossos patrocinadores, apoiadores, à Universidade Federal de Lavras, ao Departamento de Ciência do Solo e aos palestrantes por terem engrandecido e possibilitado a realização deste evento. Maria Vitória B. D. Guttierrez Baptista Coordenadora Geral do III SCS
Profª. Drª. Michele Duarte de Menezes
Presidente do III SCS
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ÍNDICE GERAL DIVISÃO 1- SOLO NO ESPAÇO E NO TEMPO....................................................................2 Comissões: Gênese e morfologia do solo........3 Levantamento e classificação do solo........5 Pedometria......10 DIVISÃO 2 - PROCESSOS E PROPRIEDADES DO SOLO.....................................................16 Comissões: Biologia do solo......17 Física do solo......24 Mineralogia do solo......37 Química do solo......40 DIVISÃO 3 - USO E MANEJO DO SOLO.............................................................................43 Comissões: Corretivos e fertilizantes......44 Fertilidade do solo e nutrição de plantas......46 Manejo e conservação do solo e da água....118 Poluição, Remediação do solo e recuperação de áreas degradadas....137 DIVISÃO 4 - SOLOS, AMBIENTE E SOCIEDADE................................................................143 Comissão: Educação em solos e percepção pública do solo....144
Salão de Convenções da UFLA 27 a 31 de maio de 2019
Comissão: Gênese e morfologia do solo.........................................................................4 Descrição morfológica de Latossolos em relevo montanhoso de uma topossequência em Muzambinho–MG - Fernanda A. Bócoli, Walbert J. R. dos Santos..............................................................4
Organização:
Apoio científico:
Salão de Convenções da UFLA 27 a 31 de maio de 2019 Divisão: SOLO NO ESPAÇO E NO TEMPO Comissão: Gênese e Morfologia do Solo
Descrição morfológica de Latossolos em relevo montanhoso de uma topossequência em Muzambinho–MG Fernanda A. Bócoli1, Walbert J. R. dos Santos1 1
IF Sul de Minas, Muzambinho - MG, Brasil, bocolifernanda@gmail.com
Os Latossolos compreendem a principal ordem de solo do Brasil, e geralmente ocorrem em relevos mais suavizados, sendo menos comum a ocorrência em topografia mais acidentada. O presente trabalho objetiva estudar os atributos morfológicos de Latossolos em relevo montanhoso, com o intuito de verificar as peculiaridades deste solo frente aos fatores de formação em que estão expostos. A área de estudo está compreendida em uma ecótone entre Cerrado e Mata Atlântica localizada no IFSULDEMINAS – Campus Muzambinho. As descrições morfológicas foram realizadas conforme Santos et al. (2005) em três perfis (P), sendo o P1 localizado no terço superior de encosta, o P2 no terço médio e o P3 no inferior, em área de pastagem, o material de origem é o granito-gnaisse, a altitude oscilou de 945 m no P3 à 1050 m no P1, já a declividade variou entre 8 e 45% sendo classificado como forte ondulado nos terços superior e médio, ondulado no inferior. Em todos os perfis analisados, observou-se presença de raízes em profundidade, significando grande quantidade de poros, boa aeração e drenagem, caracteres compatíveis a dos Latossolos argilosos com estrutura microgranular. A estrutura do solo nos três perfis foi grumosa, superficialmente e microgranular, nas camadas mais profundas, tendo como característica a ligeira plasticidade e moderada coesão, sem pedregosidade. A divisão de horizontes do P1 é A de 0-20 cm, AB de 20-27 cm, Bw a partir de 27 cm. O horizonte A apresentou coloração mais escura, pelo maior teor de matéria orgânica (M.O.), sua cor é 7.5YR 3/4, bruno-escuro, além de mosqueados de cores 10R 4/8 e 10R 5/8, sendo ambas vermelhas. Este mosqueado ocorre em pouca quantidade não mais que 2% da área total deste, o eixo maior é superior a 15 mm, classificado como grande, quanto ao contraste com o fundo são proeminentes, pois varia até a matiz. O horizonte de transição, AB tem consistência ainda rígida, influenciado pela compactação animal. Sua coloração menos intensa que o horizontesuperior, sendo bruno-forte, 7.5YR 4/6. No horizonte Bw há modificação abrupta de cor alterando até mesmo a matiz, e quanto a consistência o solo se apresenta mais solto e pegajoso, sua coloração é vermelha, 5R 5/6. No P2 a divisão dos horizontes é A de 0-13 cm, AB de 13-27 cm, Bw de 27-110 cm e BC a partir de 110 cm. A pegajosidade do solo vai aumentando em profundidade. No horizonte A ainda pode- observar uma camada endurecida, sua coloração é igual com a do terço superior, 7.5YR 3/4, bruno-escuro. No AB há ligeira mudança de textura (não suficiente para Bt) e coloração, é mais maleável e pegajoso quando úmido e coeso quando seco. Sua cor é 7.5YR 4/6, bruno-forte. O Bw no terço médio não muda sua coloração, mas a textura ao tato é mais argilosa. O horizonte BC só foi encontrado no terço médio o que comprova maiores índices de remoção de solo e por isso um maior rejuvenescimento na formação pedológica, corroborado por este horizonte possuir minerais primários, sua coloração apresenta mudança abrupta, passando ao vermelho, 10R 4/8. Quanto ao P3, a divisão dos horizontes foi A de 0-20 cm, AB de 20-27 cm, e Bw a partir de 27 cm. Suas colorações respectivas são A 7.5YR 3/4, bruno-escuro, AB 7.5YR 4/4, bruno, Bw 7.5YR 4/6, bruno-forte. A única característica distinta dos demais é um solo menos pegajoso. Com estas descrições podemos afirmar que o solo no terço superior é Latossolo Vermelho e no terço médio e inferior, Latossolo Amarelo, verifica-se ainda maior taxa de remoção no terço médio uma vez que a espessura do horizonte A é menor que os demais, além da presença do horizonte BC corroborar com esta hipótese. Observa-se também na região uma coincidência de topos de morros que evidencia que o relevo já foi mais suave e agora está em processo de rejuvenescimento. Análises químicas, físicas e mineralógicas dos perfis já estão em processamento para a descrição completa dos perfis. Palavras-chave: fatores de formação do solo; carta Munsell para solos; perfis de solos. Agradecimentos: PIBIC/CNPq e IFSULDEMINAS - Campus Muzambinho.
4 Organização:
Apoio científico:
Salão de Convenções da UFLA 27 a 31 de maio de 2019
Comissão: Levantamento e classificação do solo........................................................6 Levantamento pedológico semidetalhado da sub-bacia hidrográfica do ribeirão Sapé, Nepomuceno – MG - Bruno S. Villela, Luiza de C. Costa, Maryna S. Gomes, Raiane A. Naves, Michele D. de Menezes, Ronan N. Carvalho...............................................................................................................6 Mapeamento de solos da fazenda experimental da Universidade Federal do Tocantins, em Gurupi, Tocantins - Pedro H. L. Rosa, Eduarda V. dos Santos, Ézio H. D. Silva, Angélvila N. da Conceição, Robson S. Souza, Saulo de O. Lima.................................................................................................................7 Metodologia para identificação da cor do solo utilizando análise digital de imagens - Eduarda V. dos Santos, Hanrara P. de Oliveira, Pedro H. L. Rosa, Êndria V. A. Silva, Jacinto P. Santos........................8 Respostas à irrigação de diferentes tipos de solos em áreas sob cultivo de cafeeiro no Sul de Minas Gerais - Mariana G. M. Gonçalves, Michele D. Menezes, Sérgio H. G. Silva, Giovana C. Poggere, Nilton Curi..........................................................................................................................................................9
Organização:
Apoio científico:
Salão de Convenções da UFLA 27 a 31 de maio de 2019 Divisão: SOLO NO ESPAÇO E NO TEMPO Comissão: Levantamento e classificação do solo
Levantamento pedológico semidetalhado da sub-bacia hidrográfica do ribeirão Sapé, Nepomuceno – MG Bruno S. Villela1, Luiza de C. Costa1, Maryna S. Gomes1, Raiane A. Naves1, Michele D. de Menezes1, Ronan N. Carvalho1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, brunovillelaamb@gmail.com
O levantamento pedológico é uma importante base para a identificação e delimitação de diferentes ambientes de solos, cujas interpretações podem fornecer subsídios para tomadas de decisão quanto ao uso, manejo, e até mesmo sobre os mecanismos de partição de água. Neste contexto, este trabalho teve como objetivo realizar o levantamento pedológico semidetalhado da sub-bacia hidrográfica do Ribeirão Sapé, localizada no município de Nepomuceno - MG. Situada entre as coordenadas geográficas 21º18’00’’ e 21º16’30’’ de latitude S e 45º14’00’’ e 45º12’00’’ de longitude O, a bacia possui área total de 495,86 ha, altitude média de 838 m, clima do tipo Cwb de acordo com a classificação de Köppen, e a sua geologia consiste em Granodioritos Itumirim compondo 52,98% (262,52 hectares) da área, Complexos Campos Gerais que corresponde a 46,32% (229,5 ha) da área, e por Granitoides Rio do Amparo presentes em 0,70% da área (3,49 hectares). Primeiramente, foram levantados os perfis pedológicos do solo in loco, seguindo metodologia proposta por Santos et al. (2018) em 18 pontos distintos pré-determinados no interior da área, e coletadas amostras de solo nos horizontes A e B dos respectivos pontos para posteriores análises químicas e físicas do solo (granulometria, fertilidade e matéria orgânica). De posse dos resultados das análises de laboratório e das anotações de campo de perfis pedológicos, procedeu-se a classificação dos solos de cada ponto seguindo a metodologia proposta pelo Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (Santos et al., 2018). Para a espacialização das classes de solos na área da bacia, foram utilizados os mapas de declividade e de índice topográfico de umidade construídos via ferramentas de geoprocessamento, e provenientes do Modelo Digital de Elevação do produto ALOS Palsar de resolução espacial de 12,5 m, o mapa geológico da área, e principalmente dos dados da classificação pedológica realizada de cada ponto. Por fim, efetuou-se o cruzamento de dados e o delineamento das classes de solos até o 4º nível de detalhamento existentes. Como resultado, observou-se o predomínio de Latossolo Vermelho Distrófico Típico em 26,21% (129,88 hectares), seguido de 17,98% (89,09 hectares) de Latossolo Amarelo Distrófico Típico, 13,18% (65,28 hectares) de Latossolo Vermelho Eutrófico Típico, 11,89% (58,89 hectares) de Cambissolo Háplico Tb Distrófico Típico, 10,84% (53,72 hectares) de Latossolo VermelhoAmarelo Eutrófico Típico, 6,44% (31,93 hectares) de Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico Típico, 6,07% (30,05 hectares) de Argissolo Vermelho Distrófico Latossólico, 5,76% (28,55 hectares) de Gleissolo Háplico Ta Distrófico Típico e 1,63% (8,05 hectares) de Argissolo Amarelo Distrófico Gleissólico. Preponderantes, os Latossolos (presentes em 68,21% da área) que são solos profundos, muito intemperizadoslixiviados, predominantemente pobres em nutrientes (de maioria distrófico na área de estudo) e com boas propriedades físicas, apresentaram estrutura predominantemente granular no horizonte B e texturas variando de média a argilosa. Já os Argissolos que compõem 14,14% da área, moderadamente profundos, apresentaram aumento substancial do teor de argila em profundidade e estrutura em blocos no horizonte B, o que poderia resultar em consequente redução da infiltração de água em profundidade. Os Cambissolos (11,89% da área) no geral são mais rasos, e apresentaram texturas que variaram de média a argilosa. Já a ocorrência dos Gleissolos se restringiu às várzeas, cujo material de origem consistiu em sedimentos aluviais e coluviais, e de coloração acinzentada devido à redução do ferro (Fe2+) em função de sua má drenagem (excesso de água). Pode-se concluir que o levantamento pedológico semidetalhado da área poderá ser de grande auxílio para futuras tomadas de decisão quanto á conservação e manejo da bacia. Palavras-chave: levantamento pedológico; mapa de solos; classes de solos. Agradecimentos: À Preserva Júnior, ao Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Nepomuceno – MG, UFLA.
6 Organização:
Apoio científico:
Salão de Convenções da UFLA 27 a 31 de maio de 2019 Divisão: SOLO NO ESPAÇO E NO TEMPO Comissão: Levantamento e classificação do solo
Mapeamento de solos da fazenda experimental da Universidade Federal do Tocantins, em Gurupi, Tocantins Pedro H. L. Rosa1, Eduarda V. dos Santos1, Ézio H. D. Silva1, Angélvila N. da Conceição1, Robson S. Souza1, Saulo de O. Lima1 1
Universidade Federal do Tocantins, Gurupi-TO, pedro13hlr@gmail.com
Os levantamentos de solos são realizados de acordo com métodos específicos que objetivam a identificação, caracterização e classificação das unidades taxonômicas ocorrentes em um sistema de classificação vigente, bem como sua delimitação para a obtenção de produtos finais na forma de cartas ou mapas. Quanto mais detalhado for o levantamento, mais homogêneas serão as unidades de mapeamento delimitadas, desta forma, tem-se buscado novos métodos que tornem estes mapeamentos mais rápidos e menos onerosos. Realizar o mapeamento de solos da fazenda experimental da Universidade Federal do Tocantins, Campus Universitário de Gurupi. O presente trabalho foi realizado na Universidade Federal do Tocantins, UFT, Campus Universitário de Gurupi. Foram realizados caminhamentos em toda área da fazenda onde observou-se variação de cor, textura, relevo e fez-se a separação marcando os pontos com o GPS e também se utilizou imagens obtidas pelos sensores orbitais para auxiliar na delimitação das manchas de solo das áreas homogêneas, onde foram abertas trincheiras para realizações de descrições morfológicas de acordo com a metodologia proposta por Santos et al. (2015). Em seguida foram coletadas as amostras de solo de cada horizonte de cada perfil de solo, e enviadas ao laboratório de solos da UFT-Gurupi, onde realizaram-se as análises físicas e químicas, possibilitando a classificação dos perfis de solo de acordo com o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (Embrapa, 2013). Na sequência, foi confeccionado o mapa de solo no software Qgis® 2.18.20 na escala de 1:50.000. A classificação do perfil do solo foi realizada até o quarto nível categórico obtendo-se as seguintes classes: Argissolo Amarelo Distrófico plintossólico; Cambissolo Háplico Tb Distrófico argissólico; Cambissolo Háplico Tb Distrófico latossólico; Cambissolo Háplico Tb Distrófico típico; Gleissolo Háplico Tb Distrófico argissólico; Gleissolo Háplico Tb Distrófico típico; Latossolo Amarelo Distrófico típico; Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico típico; Latossolo Vermelho Distrófico típico; Plintossolo Pétrico Concrecionário léptico; Plintossolo Pétrico Litoplíntico típico. A área da fazenda ocupa cerca de 130 hectares e a distribuição de acordo com cada classe de solo seguindo o primeiro nível categórico foi de 4,68% de Argissolo, 19,43% de Cambissolo, 19,25% de Gleissolo, 28,23% de Latossolo e 28,41% de Plintossolo. Observa-se a variabilidade de classes de solos e de sua expressão geográfica na área mapeada, sendo o mapeamento dos solos uma basepara desenvolvimento de projetos agrícolas, especificando as melhores áreas a serem cultivadas e quais culturas são adequadas para determinado tipo de solo e estabelecendo uma fonte de planejamento das possíveis práticas de manejo do solo a serem adotadas na área. Palavras-chave: mapa de solos; escala; software Qgis. Agradecimentos: Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), CNPq, UFT.
7 Organização:
Apoio científico:
Salão de Convenções da UFLA 27 a 31 de maio de 2019 Divisão: SOLO NO ESPAÇO E NO TEMPO Comissão: Levantamento e classificação do solo
Metodologia para identificação da cor do solo utilizando análise digital de imagens Eduarda V. dos Santos1, Hanrara P. de Oliveira1, Pedro H. L. Rosa1, Êndria V. A. Silva1, Jacinto P. Santos1 1
Universidade Federal do Tocantins - TO, Brasil, verissimodossantoseduarda@gmail.com
A importância da identificação da cor na classificação dos solos e a subjetividade apresentada na metodologia atual para identificação deste atributo dos solos foi a motivação para este trabalho. Dessa forma, buscou-se avaliar a correlação entre o nível digital em imagens RGB, adquiridas por câmera convencionais de smartphones, e coloração determinada através da utilização da carta de Munsell, com o objetivo de contribuir para avanços científicos da classificação atual. Com isso sugere-se uma nova metodologia para identificação da cor do solo por meio de imagens digitais. O trabalho foi realizado na Universidade Federal do Tocantins, UFT, Campus Universitário de Gurupi. Para realização deste trabalho, utilizaram-se 4 trincheiras, localizadas no campus universitário de Gurupi e na fazenda experimental da Universidade. Foram coletadas amostras do horizonte B (diagnóstico) de cada solo, sendo eles o Plintossolo Argilúvico Distrófico típico, Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico típico, Argissolo Amarelo Distrófico típico e Latossolo Amarelo Distrófico petroplintico. Para a comparação destes foi feita a leitura visual dos valores obtidos pelo Excel após o fornecimento dos dados feitos pelo software, ou seja, os valores dos pixels lidos nas amostras com os valores dos pixels lidos na carta de Munsell, com isso possibilitou-se a averiguação das fotos tiradas dos solos equiparando com as da carta de Munsell, obtendo assim, as imagens mais parecidas. O imageamento das amostras de solo e da caderneta de Munsell foi adotada a padronização do ambiente, sendo as amostras submetidas à iluminação indireta e controlada, buscando-se assegurar condições similares de exposição das amostras utilizadas no estudo. O imageamento foi realizado com o uso do sensor IMX135 Sony 13 MP. Para análise das imagens foi utilizado o software Spring 5.5.2, onde foi realizada a leitura de pixels para determinação dos valores RGB (vermelho, verde e azul) das amostras imageadas. A classificação das amostras foi realizada pelo o método convencional, ou seja, com auxílio da Carta de Munsell, utilizada como referência na comparação da composição RGB. Pode-se observar que a classificação feita pelo método digital se assemelhou com a classificação realizada de maneira convencional, tal fato pode ser descrito pela a proximidade dos números digitais das amostras de solo com a caderneta de Munsell e pelo emprego de condições semelhantes de luminosidade quando imageadas. Portanto, a classificação da cor de solos atravésmétodo digital mostrou potencialidade, obtendo resultados similares aos encontrados pelo método convencional, baseado na comparação visual da coloração do solo e as referências apresentadas na caderneta de Munsell. Palavras-chave: imageamento; caderneta de Munsell; software spring. Agradecimentos: Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), CNPq, UFT.
8 Organização:
Apoio científico:
Salão de Convenções da UFLA 27 a 31 de maio de 2019 Divisão: SOLO NO ESPAÇO E NO TEMPO Comissão: Levantamento e classificação do solo
Respostas à irrigação de diferentes tipos de solos em áreas sob cultivo de cafeeiro no Sul de Minas Gerais Mariana G. M. Gonçalves1, Michele D. Menezes1, Sérgio H. G. Silva1, Giovana C. Poggere1, Nilton Curi1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, marianagabriele.goncalves@gmail.com
Minas Gerais é o estado brasileiro com a maior área de cultivo de lavouras cafeeiras. Em 2017 a cafeicultura do estado mineiro foi responsável por 60% da produção nacional de café. O cafeeiro é cultivado em diferentes solos no estado de Minas Gerais, o que influencia sua produtividade, longevidade da lavoura, qualidade da bebida e o manejo a ser empregado. A região Sul de Minas Gerais é uma das principais produtoras de café do estado, com parte das áreas irrigadas. É fundamental uma boa caracterização do solo antes da implementação do sistema de irrigação para maximizar a eficiência do sistema, uma vez que o tipo de solo influencia a lâmina de água a ser aplicada, o intervalo de irrigação e até mesmo a necessidade ou não de irrigação. Assim, sob a hipótese de que o tipo de solo afeta a produtividade dos cultivos agrícolas de acordo com o manejo empregado, o nosso objetivo foi identificar em quais tipos de solo há um maior incremento de produtividade em resposta à irrigação na Região Sul de Minas Gerais. Foi realizado o levantamento semidetalhado de solos (escala 1:20.000) em 1.508 ha de lavouras cafeeiras localizadas no município de Alfenas na mesorregião Sul de Minas Gerais. Foram realizadas medições e descrições morfológicas de campo e análises de rotina de fertilidade e textura em laboratório. As observações de campo foram feitas por meio de trincheiras com dimensões de 60 x 60 x 50 cm de largura, comprimento e profundidade, respectivamente, tradando-se até 150 cm de profundidade. A classificação dos solos foi realizada de acordo com o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS). A produtividade das glebas das lavouras irrigadas e em sequeiro (saca ha-1) foi obtida pela média das colheitas de dois anos consecutivos (2017 e 2018) para determinar a safra sem efeito da bienalidade. Foi realizado o teste de Tukey a 5% de significância no programa SISVAR 5.7 a fim de comparar as médias de produtividade das lavouras nos solos identificados, considerando áreas irrigadas e em sequeiro. O mapeamento de solos das lavouras totalizou uma área de 1.508 ha. Do total de 593 ha de lavouras em sequeiro, foram mapeados os seguintes tipos de solos: 336 ha de Argissolo Vermelho (PV), 107 ha de Latossolo Vermelho (LV), 87 ha de Argissolo Vermelho-Amarelo (PVA), 33 ha de Cambissolo Háplico (CX), 25 ha de Nitossolo Vermelho (NV) e 6 ha correspondendo a Latossolo Vermelho-Amarelo (LVA). Em relação às áreas irrigadas foram mapeados 576 ha de LV, 215 ha de PV, 75 ha de LVA e 50 ha de CX, totalizando 915 ha. Nas áreas de sequeiro, a média de produtividade em LVA foi a menor e diferiu significativamente das áreas ocupadas por outros tipos solos. Sob sequeiro, a maior média de produtividade foi em áreas de PVA, porém sem diferença estatística significativa em relação às outras classes de solo. Áreas com Cambissolos apresentaram maiores incrementosna média de produtividade com o uso da irrigação, passando de 33,2 sacas ha-1 nas lavouras de sequeiro para 65,6 sacas ha-1 nas áreas irrigadas. Esse maior incremento de produtividade com a irrigação deve-se à menor capacidade de retenção de água dos Cambissolos em relação aos outros solos estudados, deficiência essa que foi corrigida pelo uso adequado da irrigação. As elevadas produtividades verificadas em Latossolos em áreas de sequeiro sugerem que, em condições de baixo nível de tecnificação das lavouras e a impossibilidade de irrigação, estes solos garantem elevada sustentabilidade da produção. Palavras-chave: mapeamento de solos; cafeicultura; sustentabilidade. Agradecimentos: FAPEMIG, CNPq, CAPES, ITAPUAN COFFEES.
9 Organização:
Apoio científico:
Salão de Convenções da UFLA 27 a 31 de maio de 2019
Comissão: Pedometria....................................................................................................11 Efeito da umidade, textura e matéria orgânica do solo nos teores de Fe e V obtidos pelo pXRF - Thaís S. B. Dijair, Sérgio H. G. Silva, Fernanda M. Silva, Elen A. Silva, Luiz R. G. Guilherme, Nilton Curi...............11 Espectrômetro portátil de fluorescência de raios-X (pXRF) na predição e mapeamento de soma de bases do solo - Matheus S. Nilsson, Sérgio H. G. Silva, Elizabeth Ferreira, Michele D de. Menezes, Luiz R. G. Guilherme, Nilton Curi...........................................................................................................................12 Predição de atributos químicos do solo por espectrometria portátil de fluorescência de raios-X nos Tabuleiros Costeiros Brasileiros - Renata Andrade, Sérgio H. G. Silva, David C. Weindorf, Wilson M. Faria, Luiz R. G. Guilherme, Nilton Curi..........................................................................................................13 Predição dos teores disponíveis de micronutrientes no solo por espectrometria portátil de fluorescência de raios-X em condições tropicais - Renata Andrade, Sérgio H. G. Silva, David C. Weindorf, Wilson M. Faria, Luiz R. G. Guilherme, Nilton Curi........................................................................14 Sensor portátil para determinação da cor do solo - Camila S. Borges, Bruno T. Ribeiro, Diogo C. Nascimento, Luiz Roberto G. Guilherme......................................................................................................15
Organização:
Apoio científico:
Salão de Convenções da UFLA 27 a 31 de maio de 2019 Divisão: SOLO NO ESPAÇO E NO TEMPO Comissão: Pedometria
Efeito da umidade, textura e matéria orgânica do solo nos teores de Fe e V obtidos pelo pXRF Thaís S. B. Dijair1, Sérgio H. G. Silva1, Fernanda M. Silva1, Elen A. Silva1, Luiz R.G. Guilherme1, Nilton Curi1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, thaisbrancod@gmail.com
O espectrômetro portátil de fluorescência de raios-X (pXRF) tem sido recentemente adotado pela Ciência do Solo para determinação do teor total de elementos (Mg a U da Tabela Periódica) de forma rápida, não destrutiva e mais econômica quando comparado às análises laboratoriais convencionais. Entretanto, a umidade, o tamanho das partículas do solo e matéria orgânica podem causar interferências nas leituras obtidas pelo pXRF, podendo reduzir a acurácia do equipamento ao se comparar leituras obtidas em diferentes locais (Campo vs. Laboratório). Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi gerar e analisar modelos preditores dos teores de Fe e V obtidos pelo pXRF em laboratório (terra fina seca ao ar - TFSA) a partir dos resultados desses elementos das leituras feitas pelo pXRF no campo (in situ), avaliando fatores influenciadores como matéria orgânica (MO), umidade (U) e textura (Text). Foram coletadas no município de Lavras amostras dos principais horizontes de diferentes perfis de solos, totalizando 59 amostras. Primeiramente, foi utilizado um pXRF Bruker modelo S1 Titan LE para serem feitas as análises nas condições de campo (Campo pXRF) em cada perfil e subsequentemente as amostras foram coletadas, levadas ao laboratório, secas ao ar, passadas em peneiras de 2 mm (TFSA) e analisadas pelo pXRF (TFSApXRF). Ambas as análises foram feitas no modo Trace por 60 s, em triplicata. As amostras foram submetidas à análise laboratorial de textura do solo, matéria orgânica e obtida a umidade do solo para que pudessem ser adicionadas ao modelo com objetivo de avaliar a influência das mesmas na predição. Foram gerados quatro modelos de regressão linear para Fe e V demonstrados pelo R² ajustado (R²adj). Para validação dos dados, calculou-se a raiz do erro médio quadrático normalizado (NRMSE) a fim de verificar a acurácia dos resultados do modelo entre os teores de Fe e V preditos e reais (obtidos in situ). Das equações finais, os modelos para V apresentaram melhores resultados. R²adj = 0,73 e NRMSE = 0, 719 para o modelo inicial onde foram apenas atribuídos à equação os resultados obtidos pelo Campo pXRF e TFSApXRF e o maior R²adj (0,80) e menor NRMSE (0,573) para a equação em que inseriu-se a Text. Para Fe, todos os modelos apresentaram ajustes adequados, com valores de R²adj = 0,93 e com pequena variação entre o NRMSE dos modelos. A adição da Text promoveu um melhor desempenho no modelo de V, possibilitando atingir o R²adj mais elevado. Uma explicação plausível seria que os solos in situ se encontram heterogêneos, sendo assim, partículas maiores no solo podem influenciar as análises do pXRF por não abranger toda composição contida na amostra. Já a umidade para V imprimiu um breve aumento no modelo, uma vez que, a redução da intensidade dos raios-X é proporcional ao teor de água existente na amostra. Ainda, o V tende a ser semelhante ao Fe, onde V3+ possivelmente é acumulado durante o intemperismo e podem ser incorporados a sítios octaedrais das estruturas dos minerais caulinita, gibbista, hematita e goethita que compõem a fração argila dos solos, favorecendo valores elevados de R²adj para V. Para o Fe, não houve significativas mudanças entre os modelos, portanto, é possível o uso do pXRF em campo sem a adição de covariáveis (MO, U, Text), com propósito de minimizar o tempo e torná-las mais econômicas. Conclui-se que é possível predizer os resultados de Fe e V das leituras do pXRF em TFSA a partir das leituras de campo (in situ). Utilizando-se dados de textura, umidade e teor de matéria orgânica nas equações, de acordo com o elemento avaliado, é possível observar melhorias nos modelos. Palavras-chave: predição de atributos do solo; sensores próximos; solos tropicais. Agradecimentos: CNPq, CAPES, FAPEMIG, DCS, UFLA.
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Salão de Convenções da UFLA 27 a 31 de maio de 2019 Divisão: SOLO NO ESPAÇO TEMPO Comissão: Pedometria
Espectrômetro portátil de fluorescência de raios-X (pXRF) na predição e mapeamento de soma de bases do solo Matheus S. Nilsson1, Sérgio H. G. Silva1, Elizabeth Ferreira1, Michele D. de Menezes1, Luiz R. G. Guilherme1, Nilton Curi1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, matheusnilsson1@gmail.com
A determinação de atributos presentes no solo são importantes indicadores das características e qualidade desse solo. A acurada mensuração de atributos do solo permite uma correta classificação do solo, além de auxiliar no manejo agronômico ao fornecer subsídios para recomendações de corretivos e fertilizantes. Porém essa caracterização necessita um grande número de amostras cujas análises geram também resíduos químicos que requerem descarte correto. Neste contexto, a espectroscopia de fluorescência de raios-X (pXRF) surge como um equipamento que recorre a energia eletromagnética com a intenção de fazer inferências sobre amostras analisadas. O qual permite a identificação dos elementos bem como suas quantificações (ppm) na amostra, que ocorre pelo princípio de indução de fluorescência dos átomos da unidade analisada. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi estimar soma de bases (SB) através dos resultados do pXRF utilizando o método estatístico de random forest (RF), comparar com a SB real obtida através da ajuda dos resultados de laboratório e realizar o mapa do atributo estimado. Para tal foram coletadas 90 amostras do horizonte A de solos no campus da Universidade da Federal de Lavras. No experimento foi utilizado um pXRF Bruker modelo S1 Titan LE o qual determinou os teores dos elementos químicos nas mesmas amostras usadas para determinação dos resultados em laboratório. O padrão de análise do equipamento expressa a leitura de 45 elementos (Mg, Al, Si, P, S, Cl, K, Ca, Ti, V, Cr, Mn, Fe, Co, Ni, Cu, Zn, As, Se, Rb, Sr, Y, Zr, Nb, Mo, Rh, Pd, Ag, Cd, Sn, Sb, Ba, La, Ce, Hf, Ta, W, Pt, Au, Hg, Tl, Pb, Bi, Th e U), necessitando para essas identificações tubos de Rh com raios-X de 50 kV e 100 µA. Todas as leituras forma realizadas em triplicata. O software utilizado pelo equipamento se trata do GeoCham, na configuração dual soil (Trace), durante 60 segundos, utilizando dois raios-X. Para a predição de atributos utilizando o RF, foi utilizado o software R pacote ramdom forest. Utilizando 1000 como o número de árvores (ntrees), 5 como o números de variáveis em cada nó (nodesize) e um terço do número total de amostras. Oerro quadrado médio (EQM) e variância explicada (Var exp) foram utilizados como parâmetro dos valores estimados pelo RF, tendo-se o valor de EQM = 6,2 e Var exp = 52,7%. Já os resultados da validação utilizando os dados de laboratório comparados com os estimados foram de R² = 0,55 para o coeficiente de correlação, além da raiz quadrada do erro médio de (RQEM) 2,16 e erro médio (EM) de 0,34. A validação do mapa resultou em um R² = 0,54, RQME = 1,66 e EM = 2,74. A SB teve menores concentrações nas regiões de pastagens, como também nas áreas de florestas nativas e pinus, aumentando gradualmente as doses nas regiões de cultivo anual e tendo maior concentração nas áreas de plantio de café. Essa variação conforme o uso da terra ocorre pelo fato de haver intervenção humana com o intuito de se fazerem correções periódicasde teor de nutrientes no solo nas áreas cultivadas, elevando os teores deste parâmetro nessas áreas agricultáveis de maior interesse. Palavras-chave: teores de nutrientes; espacialização; sensores próximos. Agradecimentos: CNPq, CAPES, FAPEMIG, DCS, UFLA.
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Salão de Convenções da UFLA 27 a 31 de maio de 2019 Divisão: SOLO NO ESPAÇO TEMPO Comissão: Pedometria
Predição de atributos químicos do solo por espectrometria portátil de fluorescência de raios-X nos Tabuleiros Costeiros Brasileiros Renata Andrade1, Sérgio H. G. Silva1, David C. Weindorf2, Wilson M. Faria1, Luiz R. G. Guilherme1, Nilton Curi1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, renata.agro@hotmail.com.br;2Department of Plant and Soil Science, Texas Tech University, Lubbock, TX, EUA
O espectrômetro portátil de fluorescência de raios-X (pXRF) é capaz de identificar e quantificar uma grande diversidade de elementos no solo (Mg a U), em poucos segundos, a baixo custo e sem geração de resíduos químicos. A quantificação do conteúdo elementar ocorre através da energia de fluorescência que é característica de cada elemento presente no material analisado. Os dados gerados pelo pXRF estão se tornando cada vez mais úteis para predizer as propriedades do solo em todo o mundo. No entanto, ainda há muito poucos trabalhos sobre este assunto em condições tropicais. Os Tabuleiros Costeiros Brasileiros (TCB) recobrem 20 milhões de hectares, ocupando uma grande parte da costa leste brasileira. Os solos são coesos e de mineralogia uniforme, dominada por quartzo nas frações areia e silte, e por caulinita na fração argila. Esta mineralogia homogênea e simples enfatiza a textura do solo como um estratificador ambiental natural do solo. Desta forma, os objetivos deste trabalho foram: utilizar dados do pXRF para caracterizar os solos dos TCB, e avaliar algoritmos de aprendizado de máquina [ordinary least square (OLS), cubista regression (CR), XGBoost (XGB), e random forest (RF)] para predição de nitrogênio total (NT), capacidade de troca catiônica (CTC) e matéria orgânica do solo (MOS) através dos dados gerados pelo pXRF de forma isolada e associada à textura do solo. Um total de 285 amostras de solo foram coletadas dos horizontes A e B de Argissolos, Latossolos, Espodossolos e Neossolos. Todas as amostras foram submetidas a análises laboratoriais para determinação dos conteúdos de NT, MOS, CTC e textura do solo. As amostras foram escaneadas em triplicata através do pXRF, modelo S1 Titan, operando no modo Trace, durante 60s. O conjunto de dados gerado pelo pXRF foi dividido em modelagem (75%) e validação (25%). Os dados da modelagem foram utilizados para a construção dos modelos de predição e, posteriormente validados através do conjunto de validação através dos seguintes índices: coeficiente de determinação (R2) e raiz do erro médio quadrático (RMSE). Os modelos com maior valor de R2 e menores RMSE foram considerados os melhores para predizer a análise laboratorial usando apenas os dados do pXRF ou usando os dados do pXRF em associação aos dados auxiliares da textura do solo. Os elementos químicos do pXRF contribuíram para uma melhor caracterização dos solos dos TCB. A inclusão da textura do solo ajudou a aumentar o poder de predição dos modelos de NT no horizonte A (R2 = 0,44 → 0,50 OLS; 0,55 → 0,62 CR; 0,30 → 0,57 XGB; 0,60 → 0,67 RF). Os modelos de CTC e MOS não apresentaram melhora em seu desempenho com a incorporação da textura do solo como variável auxiliar. Em geral, os modelos gerados pelo RF obtiveram os melhores desempenhos para NT (R2 = 0,50), CTC (0,75) e MOS (0,56) quando os horizontes A e B foram combinados. Devido à sua relação intrínseca, os padrões observados nas predições da MOS através dos dados do pXRF foram refletidos nas predições de NT e CTC. Os resultados encontrados neste estudo para os solos dos TCB representam alternativas para redução de custos e tempo necessários para a avaliação desses dados, e servem como suporte para estratégias agronômicas e ambientais em solos tropicais. Palavras-chave: sensores proximais; capacidade de troca de cátions; matéria orgânica do solo. Agradecimentos: CNPq, FAPEMIG, CAPES.
13 Organização:
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Salão de Convenções da UFLA 27 a 31 de maio de 2019 Divisão: SOLO NO ESPAÇO TEMPO Comissão: Pedometria
Predição dos teores disponíveis de micronutrientes no solo por espectrometria portátil de fluorescência de raios-X em condições tropicais Renata Andrade1, Sérgio H. G. Silva1, David C. Weindorf2, Wilson M. Faria1, Luiz R. G. Guilherme1, Nilton Curi1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, renata.agro@hotmail.com.br;2Department of Plant and Soil Science, Texas Tech University, Lubbock, TX, EUA
Os micronutrientes são requeridos pelas plantas, animais e seres humanos em uma quantidade muito pequena. Portanto, seu manejo no solo deve ser preciso e cuidadoso para evitar deficiência e toxicidade nas plantas, levando a perdas de produtividade em cultivos agrícolas. Sua determinação laboratorial leva tempo, aumenta os custos de produção e gera resíduos químicos, dificultando a obtenção dessas informações, principalmente nos países em desenvolvimento onde os recursos financeiros são escassos. Como alternativa, sensores próximos, como o espectrômetro portátil de fluorescência de raios-X (pXRF), têm sido utilizados com sucesso para predizer as propriedades do solo, incluindo os teores de nutrientes disponíveis no solo. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo predizer os teores disponíveis de micronutrientes utilizando 1517 amostras de solos de várias regiões brasileiras utilizando algoritmos de aprendizado de máquina a partir de dados gerados pelo pXRF. As amostras de solo foram coletadas em ambos os horizontes superficiais (A ou H) e subsuperficiais (E, B ou C) em diferentes classes de solo (Argissolos, Cambissolos, Chernossolos, Espodossolos, Neossolos, Nitossolo, Plintossolo, Latossolos, Luvissolos, Gleissolo e Organossolos), sob vários usos da terra e com diferentes materiais de origem. As amostras foram secas ao ar, passadas através de uma peneira de 2 mm e submetidas a análises de laboratório para determinação dos conteúdos disponíveis de boro (B), cobre (Cu), ferro (Fe), manganês (Mn) e zinco (Zn). As amostras foram escaneadas em triplicata durante 60 s por um pXRF modelo S1 Titan, operando no modo Trace. O conjunto de dados gerado pelo pXRF foi dividido em modelagem (75%) e validação (25%). O conjunto de modelagem foi utilizado para a construção dos modelos de predição através dos seguintes algoritmos: regressão linear múltipla stepwise (SMLR), support vector machine (SVM), extreme gradient boosting (XGB) e random forest (RF) e, posteriormente, validados. As validações foram feitas através do conjunto de validação pelo coeficiente de determinação (R2), raiz do erro médio quadrático (RMSE) e pelo coeficiente Kappa, sendo que os melhores modelos apresentaram os maiores R2 e coeficiente Kappa, e menores RMSE. As validações numéricas (R2 e RMSE) e categóricas (coeficiente Kappa) utilizadas para avaliar a acurácia dos modelos de predição indicam a potencialidade de utilizar os dados obtidos pelo pXRF como um método eficaz e rápido para determinar o teor disponível de micronutrientes. Os melhores modelos de predição apresentaram valores satisfatórios de R2 (B R2 = 0,46, Cu R2 = 0,80, Fe R2 = 0,23, Mn R2 = 0,68, Zn R2 = 0,60). As predições dos conteúdos de B, Cu, Fe, Mn e Zn disponíveis atingiram os coeficientes Kappa de 0,52, 0,50, 0,12, 0,40 e 0,25, respectivamente. Isso mostra que os modelos de predição desenvolvidos a partir dos dados do pXRF foram eficazes na determinação dos teores de micronutrientes disponíveis, mesmo em diferentes condições de solos tropicais. Embora o pXRF não identifique nem quantifique diretamente o conteúdo elementar de B, as predições dos teores trocáveis desse elemento foram acuradas. Mais estudos devem ser realizados para melhorar esta nova abordagem para predição da disponibilidade de micronutrientes no solo. Palavras-chave: sensores proximais; modelos de predição; nutrição de plantas. Agradecimentos: CNPq, FAPEMIG, CAPES.
14 Organização:
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Salão de Convenções da UFLA 27 a 31 de maio de 2019 Divisão: SOLO NO ESPAÇO TEMPO Comissão: Pedometria
Sensor portátil para determinação da cor do solo Camila S. Borges1, Bruno T. Ribeiro1, Diogo C. Nascimento2, Luiz Roberto G. Guilherme1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, camilasborges@yahoo.com.br; 2Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia – MG, Brasil.
A cor do solo é função da sua composição (orgânica e mineral) e da umidade. Trata-se de um importante atributo do solo permitindo inferências sobre processos pedogenéticos, mineralogia, teor de matéria orgânica, etc. No Brasil, a cor é um atributo-chave na classificação de Latossolos, Argissolos e Nitossolos no segundo nível categórico. Tradicionalmente, a cor do solo sempre foi determinada utilizando-se a carta de Munsell, registrando-se os valores do matiz, valor e croma em amostras de solo secas ou úmidas. Entretanto, essa determinação é um pouco subjetiva. Recentemente, foi lançado no mercado um sensor portátil (Nix TM) capaz de mensurar a cor de qualquer superfície sólida de forma padronizada e em diferentes sistemas de cores (RGB, CMYK e CIElab). O sensor apresenta ainda conexão bluetooth permitindo o uso de aplicativos em smartphones (sistemas iOS e Android). Além disso, existem softwares que permitem a conversão dos valores dos parâmetros de cores (e.g., RGB) para a carta de Munsell e vice-versa. Neste trabalho, objetivou-se comparar a determinação da cor do solo utilizando-se a carta Munsell com aquela obtida por um sensor portátil. Foram utilizadas amostras (0-20 cm e 40-70 cm de profundidade) de solos hidromórficos (Gleissolos e Organossolos) de veredas na região do Triângulo Mineiro e não hidromórficos (Latossolos) no entorno das veredas. Para mensuração da cor utilizando-se a carta de Munsell foram tomados pequenos torrões de solo (~ 8 mm) secos ao ar. Foram registrados o matiz, valor e croma. Para a determinação da cor utilizando o sensor portátil NixTM, as amostras de solos secas ao ar foram passadas em peneira de 2 mm. Esse material de solo foi acondicionado em pequenos recipientes de alumínio permitindo a colocação do sensor na superfície da amostra. Com a utilização do sensor portátil NixTM, conectado a um smartphone via bluetooth, foram registrados os parâmetros de cores no sistema RGB, CMYK e CIElab. A cor Munsell obtida foi convertida para os sistemas RGB, CMYK e CIElab utilizando-se o software Munsell Conversion (versão 12.19.1.2018). Para cada parâmetro de cor obtido com o sensor NixTM, realizaram-se regressões lineares entre cor NIX e cor Munsell. As regressões foram realizadas para todo o conjunto de dados (n = 101) e para o conjunto de amostras agrupadas de acordo com o matiz (2,5 YR, 5YR, 7,5YR e 10YR). No sistema RGB, a melhor correlação entre Nix e Munsell foi obtida para os parâmetros R (r = 0,87) e G (r = 0,85). No sistema CIElab, foram obtidos coeficientes de correlação de 0,90 e 0,89 para os parâmetros A e B, respectivamente. Já no sistema CMYK, não foram obtidas fortes correlações entre cor Nix e Munsell, exceto para os parâmetros Y (r = 0,83) e K (r = 0,88). O agrupamento das amostras de acordo com o matiz teve efeito nos coeficientes de correlação entre cor Nix e Munsell. Independente do sistema de cor, a correlação decresceu da forma: 7,5YR > 5YR > 10YR > 2,5YR. Com a realização deste trabalho, percebeu-se uma forte correlação entre a cor obtida com uso da tradicional carta de Munsell e a cor obtida com o sensor NixTM. A utilização de sensores portáteis e de baixo custo para determinação da cor do solo pode ser uma valiosa ferramenta dando agilidade em trabalhos de campo e, ainda, eliminando a subjetividade da determinação da cor. Além disso, a sensibilidade do sensorpermite uma maior discriminação de solos quanto à cor. Palavras-chave: carta de Munsell; sensor Nix; pedometria. Agradecimentos: DCS, UFLA.
15 Organização:
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Salão de Convenções da UFLA 27 a 31 de maio de 2019
Comissão: Biologia do solo............................................................................................18 Diversidade de rizobactérias promotoras de crescimento vegetal em área de canga no Quadrilátero Ferrífero - Aline O. Silva, Tainara L. Rodrigues, Flávia R. Sales, Amanda M. da Costa, Amanda A. Guimarães, Fatima M. de S. Moreira............................................................................................................18 Influência de diferentes espécies de “besouros do esterco” nas propriedades físicas do solo - Letícia G. Ribeiro, Yojana I. M. Rivero, Júlio N. C. Louzada, Bruno M. Silva, Laura B. B. de Melo.........................19 Inoculação de fungos micorrízicos arbusculares nativos aumenta a biomassa microbiana do solo em diferentes cultivares de cana-de-açúcar - Flávia R. Sales, Aline O. Silva, Tainara L. Rodrigues, Fatima M. de S. Moreira, Marco A. C. Carneiro, Marcela de S. Pereira...................................................20 Predição da emissão de CO2 do solo em áreas reflorestadas utilizando redes neurais artificiais Maria E. Vicentini, Angélica da Silva, Paulo A. da Silva, Newton La Scala Jr, Glauco de S. Rolim, Alan R. Panosso.......................................................................................................................................................21 Rizobactérias de área sob influência da mineração de ferro e fitofisionomias adjacentes possuem alta capacidade de fixação biológica de nitrogênio - Aline O. Silva, Tainara L. Rodrigues, Flávia R. Sales, Amanda M. da Costa, Amanda A. Guimarães, Fatima M. de S. Moreira....................................22 Tolerância de leguminosas inoculadas com rizóbios, para remediação de solo contaminado com cádmio, chumbo e zinco - Jessyca A. G. F. da Silva, Ana D. S. de Freitas, Pablo A. dos Santos, Aline Fernandes, Carolina E. R. S. Santos, Clistenes W. A. do Nascimento........................................................23
Organização:
Apoio científico:
Salão de Convenções da UFLA 27 a 31 de maio de 2019 Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES DO SOLO Comissão: Biologia do solo
Diversidade de rizobactérias promotoras de crescimento vegetal em área de canga no Quadrilátero Ferrífero Aline O. Silva1, Tainara L. Rodrigues1, Flávia R. Sales1, Amanda M. da Costa1, Amanda A. Guimarães1, Fatima M. de S. Moreira1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, tainaralragro@gmail.com
Uma das regiões com maior atividade de mineração de ferro no mundo é o Quadrilátero Ferrífero, MG – Brasil. Os solos dessa região são de uma grande diversidade litológica e, geralmente, de baixa fertilidade, são ácidos, rasos, e com altos teores de ferro, o que favorece o desenvolvimento de uma fitofisionomia adaptada a essas condições, a canga. As mudanças causadas pela mineração influenciam a diversidade e densidade dos organismos no solo, afetando processos biogeoquímicos essenciais para a sustentabilidade dos ecossistemas, necessitando serem estudadas em áreas nativas. Nesse intuito, o objetivo do trabalho foi avaliar a diversidade de rizobactérias promotoras de crescimento vegetal (RPCV) nativas de fitofisionomias de canga no Quadrilátero Ferrífero, MG – Brasil. Amostras de solo foram coletadas seguindo um desenho amostral dedois transectos, distanciados a 50 m um do outro. Em cada transecto foram obtidas cinco amostras compostas, coletadas na camada de 0 – 0,20 m em linha transversal ao transecto, resultando em 10 pontos amostrais. A captura das RPCV foi por meio de experimentos de cultura armadilha, com siratro (Macroptilium atropurpureum) como planta isca, utilizando suspensões de solo comparadas com controles com baixa e alta concentração de N mineral. As bactérias presentes nos nódulos foram isoladas e avaliadas genotipicamente por meio do sequenciamento parcial do gene 16S rRNA e comparadas com sequências similares depositadas no banco de dados GenBank, do National Center for Biotechnology Information (NCBI). Ao todo, dezoito estirpes foram isoladas da fitofisionomia canga, sendo estas classificadas nos gêneros Bacillus sp., Bradyrhizobium sp., Cohnella sp., Leifsonia sp., Methylobacterium sp., Paenibacillus sp., Rhizobium sp. e Terriglobus sp.. Os gêneros com maior ocorrência foram Paenibacillus sp. e Bradyrhizobium sp., com seis e cinco estirpes identificadas respectivamente. Os gêneros de rizóbios encontrados na fitofisionomia canga (Bradyrhizobium, Methylobacterium, Rhizobium), ocorreram predominantemente, o que já era esperado, pois as condições experimentais (baixa disponibilidade de N mineral) eram adequadas para a expressão do processo de fixação biológica de N2 e limitante para outros processos que ocorrem nesse ecossistema. A diversidade microbiana da fitofisionomia canga representa uma fonte de recursos genéticos com potencial de aplicação biotecnológica, principalmente para o uso em processos de reabilitação. Palavras-chave: Macroptilium atropurpureum; potencial biotecnológico; mineração de ferro. Agradecimentos: CNPq, CAPES, FAPEMIG, Vale, DCS, UFLA.
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Salão de Convenções da UFLA 27 a 31 de maio de 2019 Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES DO SOLO Comissão: Biologia do solo
Influência de diferentes espécies de “besouros do esterco” nas propriedades físicas do solo Letícia G. Ribeiro1, Yojana I. M. Rivero1, Júlio N. C. Louzada1, Bruno M. Silva1, Laura B. B. de Melo1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, leticia.goncalvesribeiro@gmail.com
Espécies do gênero Dichotomius e Canthidium (Coleoptera: Scarabaeidae) são conhecidos como “besouros do esterco” que compõe a macrofauna edáfica e são comumente encontrados em pastagens naturais e introduzidas. Eles pertencem ao grupo funcional de besouros paracoprídeos, que utilizam fezes de vertebrados como recurso alimentar e reprodutivo, escavando túneis próximos ou logo abaixo ao depósito de esterco. O gênero Dichotomius possui maior biomassa corporal e constrói galerias ramificadas no solo, enquanto Canthidium tem menor biomassa e constrói uma galeria não ramificada. Devido às diferenças nessas duas características é esperado que esses paracoprídeos tenham diferentes impactos no solo. Objetivou-se com esse trabalho analisar e comparar as alterações causadas pelas espécies Dichotomius bos, Dichotomius nisus, Canthidium sp.1 e Canthidium sp.2 sobre propriedades físicas do solo, em condições de laboratório. Para o experimento foram construídos mesocosmos em baldes plásticos contendo 6 kg de solo e 100 g de fezes bovinas, constituindo uma parcela experimental. Utilizou-se um delineamento experimental sistemático com 5 tratamentos e 4 repetições, sendo o controle sem besouros e os tratamentos com cada espécie a ser comparada. Após sete dias de atividade dos besouros, foram analisadas as seguintes variáveis: enterrio de fezes, bioturbação, volume total de poros (VTP) e densidade do solo (Ds). Para análise da Ds foram coletadas amostra indeformadas em anéis volumétricos, as quais foram preparadas em laboratório e levadas para secagem em estufa a 105-110 ºC durante 24 horas para determinação da massa seca. O volume total de poros foi calculado pela expressão VTP = (1Ds/Dp), onde Dp = 2,65 Mg m-3. Os resultados foram analisados usando modelos lineares generalizados por meio de análise de variância e teste de contrastes, e também correlações lineares entre as variáveis. As variáveis apresentam correlação significativa, D. bos e D. nisus realizaram um maior enterrio de fezes, maior bioturbação, aumentaram o volume total de poros e diminuíram a densidade do solo. Enquanto Canthidium sp.1 alterou as variáveis em níveis menores que as espécies do gênero Dichotomius, e Canthidium sp.2 não diferiu do controle. Logo, as espécies de maior tamanho corporal e que formam galerias ramificadas apresentaram uma maior influência nas propriedades físicas do solo. Palavras-chave: coleóptera; rola-bosta; macrofauna. Agradecimentos: LECIN, DCS, UFLA.
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Salão de Convenções da UFLA 27 a 31 de maio de 2019 Divisão: PROCESSO E PROPRIEDADE DO SOLO Comissão: Biologia do solo
Inoculação de fungos micorrízicos arbusculares nativos aumenta a biomassa microbiana do solo em diferentes cultivares de cana-de-açúcar Flávia R. Sales¹, Aline O. Silva¹, Tainara L. Rodrigues¹, Fatima M. de S. Moreira¹, Marco A. C. Carneiro¹, Marcela de S. Pereira¹ 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, pereira.s.marcela@gmail.com
Setores ligados à produção de cana-de-açúcar estão cada vez mais interessados em práticas agrícolas que gerem maior sustentabilidade da agricultura aliada ao aumento na produção. A adoção de manejos que possam resultar no incremento das atividades dos microrganismos do solo é essencial no aumento da qualidade do mesmo. Dentre esses microrganismos, os fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) podem ser utilizados comoalternativa biotecnológica no manejo da fertilidade do solo, uma vez que apresentam potencial como biofertilizantes e biocontroladores, além de outras melhorias no solo e nas plantas. Uma alternativa econômica e viável é a produção do inóculo de FMAs, através da multiplicação e aplicação de isolados indígenos da própria propriedade, o que pode incrementar a produção e a qualidade ambiental do cultivo. Dentre os atributos de qualidade de solo que podem ser utilizados como bioindicadores, ou seja, ferramentas que direcionam se o manejo é o mais eficiente em aumentar a produção e reduzir custos da forma mais ambientalmente sustentável, destaca-se o carbono (C-BM) e o nitrogênio (N-BM) da biomassa microbiana. Logo, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da inoculação de FMAs nativos em diferentes cultivares de cana sobre o carbono e o nitrogênio da biomassa microbiana em um Latossolo Vermelho. O experimento foi conduzido em campo, na Bocaína Agroindústria em Lavras - MG, seguindo o delineamento experimental em blocos casualizados no esquema fatorial 6 x 2 [cultivares de cana-de-açúcar (CTC 1, CTC 7, CTC 9, CTC 16, SP89-1115 e RB925345); e inoculação de FMAs (com e sem inoculação)], em duas safras. A inoculação dos FMAs nativos foi realizada por meio da aplicação de solo inóculo no sulco de plantio na implantação da cultura. O solo inóculo foi obtido de cultivos armadilha com Urochloa brizantha, para multiplicação dos FMAs nativos da própria área que foi cultivada com cana-de-açúcar por 23 anos. As amostragens de solo foram realizadas juntamente com o corte da cana. A determinação do C-BM e do NBM foi realizada pelo método de fumigaçãoextração. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias separadas pelo teste de Scott Knott a 5% de probabilidade. O CBM foi influenciado pela interação entre os fatores estudados (cultivares x realização ou não de inoculação) (p ≤ 0.05). Em ambas as safras, todas as cultivares que foram inoculadas com FMAs nativos apresentaram incremento no CBM em relação aos tratamentos sem inoculação, com maiores aumentos verificados na cultivar RB925345 na primeira safra e nas cultivares CTC 7 e CTC 9 na segunda safra. O (NBM) também foi influenciado pela inoculação com FMAs, apresentando incrementos significativos (p ≤ 0.05) de aproximadamente 80% na primeira safra e 110% na segunda. A biomassa microbiana é a parte viva da matéria orgânica do solo e atua em importantes processos ecossistêmicos no solo, como a ciclagem de nutrientes e, em sistemas de produção agrícola, procura-se manter ela sempre elevada, pois trata-se de uma reserva de nutrientes. Nesse sentido, os resultados dessa pesquisa demonstram o efeito positivo desse manejo na biomassa microbiana do solo com cultivo de cana. Conclui-se que a inoculação com FMAs nativos no cultivo de canade-açúcar contribui positivamente para o aumento no carbono e no nitrogênio da biomassa microbiana, mostrando influências positivas dessa interação. Palavras-chave: microbiota; micorrização; Saccharum officinarum. Agradecimentos: DCS, UFLA, CACHAÇA BOCAÍNA
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Predição da emissão de CO2 do solo em áreas reflorestadas utilizando redes neurais artificiais Maria E. Vicentini1, Angélica da Silva1, Paulo A. da Silva1, Newton La Scala Jr1, Glauco de S. Rolim1, Alan R. Panosso1 1
Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" Jaboticabal- SP, Brasil, mevicetini@gmail.com
A conversão do uso da terra e o desmatamento são os principais responsáveis pela emissão dos gases de efeito estufa (GEE) e em especial o dióxido de carbono (CO2) especialmente no Brasil. Os ecossistemas florestais representam uma das alternativas viáveis para mitigar o efeito causado pelo aumento da concentração de CO2 na atmosfera, via fixação do C na biomassa vegetal e seu armazenamento no solo. O estudo de modelos é uma forma eficiente de quantificar como as práticas agrícolas influem na emissão GEE. Prever a emissão de CO2 do solo (FCO2) em áreas com mais de 30 anos de conversão de Cerrado natural para florestas plantadas a partir de covariáveis ambientais com auxílio das Rendes Neurais Artificiais (RNA). Os dados utilizados da FCO2 foram originários de áreas reflorestadas de pinus (Pi) eucalipto (Eu) e mata ciliar (Ma) no Cerrado do Mato Grosso do Sul, município de Selvíria. As avaliações foram compreendidas entre: novembro de 2015 a maio de 2016 e de 29 de março de 2017 a 21 de outubro de 2017. Como estratégia de treinamento das RNs, 70% dos dados foram utilizados para treinamento e 30% para validação da rede. As covariáveis de entrada utilizadas no treinamento da rede foram: temperatura do solo (Ts); umidade do solo (Us); temperatura média do ar (Ta), precipitação pluviométrica (PP) e demais atributos físico-químicos do solo (0-0,10 m). A técnica Intelligent Problem Solver (IPS) do pacote de RNA dosoftware Statistica versão 7.0 (StatSoft, Inc.) foi utilizada para obter o melhor modelo nas áreas. A melhor RNA para estimar a FCO2 foi com arquitetura de rede Multilayer Perceptron. O modelo foi constituído por 4 neurônios na camada de entrada, 6 neurônios na camada oculta e 1 na camada de saída, correspondente a FCO2, com erro percentual absoluto médio (Mape) 130,31%. O modelo ajustado apresentou o R² de 42%. Pela análise de sensibilidade, os parâmetros mais significativos na geração do modelo para a FCO2 foram Us e Ta. FCO2 e os atributos do solo foram submetidos à análise de componentes principais para visualização de suas inter-relações. O primeiro componente principal (CP1) representou 49% da variabilidade total do conjunto de dados original, e o CP2 representou 20,32% dessa variabilidade total, explicando juntos 69,32% da variância original. Observou-se a formação de dois grupos distintos: grupo I, indicando uma formação de subgrupos: Ia (floresta de eucalipto) com pontos mais dispersos e Ib (floresta de pinheiros) mais agrupados e o grupo II, representado pela mata ciliar. O grupo II representou os principais fatores de controle da variabilidade da respiração do solo. Dentre os 12 atributos do solo selecionados pela análise, nove apresentarem poder discriminatório pela CP1. Por ordem de relevância: teor magnésio (0,92); teor alumínio (-0,90); grau de humidificação da matéria orgânica do solo (-0,88); pH (0,85); teor de cálcio (0,82); teor de matéria orgânica (0,78); teor de potássio (0,73); densidade do solo (- 0,70) e relação C/N do solo (-0,60). Os atributos com sinais contrários foram inversamente correlacionados. Os atributos que apresentaram poderes discriminatórios por ordem de relevância em CP2 foram: Ts (0,82), Us e microporosidade (-0,79). A fertilidade do solo foi um fator predominante na diferenciação de dois subgrupos do grupo I. A CP1 foi caracterizada como o processo associado à produção de CO2 no interior do solo. A CP2 representou os principais fatores de controle da variabilidade temporal da respiração do solo. A RNA tem potencial para estimar a emissão de CO2 do solo em áreas reflorestadas, no entanto devido à complexidade dos dados novas variáveis precisam ser testadas no modelo. Palavras-chave: redes neurais; emissão CO2; floresta. Agradecimentos: CAPES, FAPESP, UNESP/FEIS.
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Rizobactérias de área sob influência da mineração de ferro e fitofisionomias adjacentes possuem alta capacidade de fixação biológica de nitrogênio Aline O. Silva1, Tainara L. Rodrigues1, Flávia R. Sales1, Amanda M. da Costa1, Amanda A. Guimarães1, Fatima M. de S. Moreira1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, tainaralragro@gmail.com
As atividades de mineração modificam a paisagem e podem gerar impactos ambientais no solo, na água e no ar, necessitando que esses locais que passaram pelo processo de mineração sejam reabilitados por meio de processos de revegetação. Após a reabilitação, as áreas devem ser avaliadas quanto ao grau de recuperação ou perturbação. Para isso, o uso de ferramentas sensíveis para atestar a qualidade do processo de reabilitação é indicado, como a avaliação da diversidade e eficiência de rizobactérias promotoras de crescimento vegetal (RPCV). Portanto, o objetivo do trabalho foi avaliar a eficiência simbiótica ou não simbiótica de RPCV nativas de área em recuperação após a mineração de ferro e em fitofisionomias adjacentes no Quadrilátero Ferrífero, MG – Brasil, em duas estações climáticas (seca e chuvosa). Amostras de solo foram coletadas em fitofisionomias de Canga, Cerrado, Mata Atlântica e em uma área reabilitada revegetada com capim, nas duas estações. Experimentos de cultura armadilha utilizando suspensões de solo de cada fitofisionomia foram conduzidos em casa de vegetação, utilizando siratro (Macroptilium atropurpureum) como planta isca, comparados com controles com baixa e alta concentração de N mineral e uma estirpe referência para siratro [UFLA 04-212 (Bradyrhizobium brasiliense)]. A eficiência da comunidade de RPCV foi avaliada pela matéria seca da parte aérea (MSPA), matéria seca dos nódulos (MSN) e pelo índice SPAD, em cada fitofisionomia. Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) (p < 0,05), agrupados pelo teste de Scott-Knott (p < 0,05), e feita a correlação de Pearson (p < 0,05) entre as variáveis analisadas para cada tratamento. As plantas de siratro apresentaram nódulos quando inoculadas com a suspensão dos solos de todas as fitofisionomias, em ambas as estações. A MSPA foi mais alta no controle com alto N nos dois experimentos, sendo pouco eficiente em diferenciar as fitofisionomias avaliadas, provavelmente pelo curto período de condução (45 dias). A área reabilitada e a estirpe UFLA 04-212 apresentaram as maiores MSN, já as demais fitofisionomias não diferiram entre si (p < 0,05), em ambas as estações climáticas. O SPAD indicou que área reabilitada foi a que apresentou a maior eficiência simbiótica entre as fitofisionomias, em ambas as estações, não diferindo do controle com alto N na estação seca, e apresentado maiores valores que esse na estação chuvosa (p < 0,05), demostrando a alta sensibilidade deste índice para detectar diferenças entre as eficiências das comunidades bacterianas em experimentos de curta duração. As correlações de Pearson foram positivas e significativas (p < 0,05) tanto entre MSPA e MSN, quanto entre o índice SPAD e MSN em todas as fitofisionomias. Isso destaca a maior contribuição da fixação biológica de N2 sobre outros possíveis processos que atuam no crescimento vegetal, o que era esperado já que a condição experimental (baixa disponibilidade de N mineral) era adequada para a expressão deste processo e limitante para outros processos. Essa elevada eficiência das comunidades de RPCV encontradas na área reabilitada com capim,com uma fixação biológica de N2 efetiva, semelhante àquelas das áreas nativas, indicam que a reabilitação do solo por meio da revegetação com capim está sendo eficaz. Palavras-chave: reabilitação; quadrilátero ferrífero; estações climáticas. Agradecimentos: CNPq, CAPES, FAPEMIG, Vale, DCS, UFLA.
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Tolerância de leguminosas inoculadas com rizóbios, para remediação de solo contaminado com cádmio, chumbo e zinco Jessyca A. G. F. da Silva1, Ana D. S. de Freitas2, Pablo A. dos Santos2, Aline Fernandes2, Carolina E. R. S. Santos2, Clistenes W. A. do Nascimento1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, jessycaadriana@yahoo.com.br; 2Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife – PE, Brasil.
O descarte inadequado de resíduos pode desencadear casos de contaminação ambiental inclusive envolvendo metais pesados. Uma empresa de fundição, localizada na Bahia, cujas as atividades foram encerradas em 1993, deixou um passivo ambiental de aproximadamente 500.000 toneladas de metais contendo, principalmente, cádmio (Cd), chumbo (Pb) e zinco (Zn). Solos no entorno da antiga fundição e próximos às escórias contêm metais pesados em concentrações acima dos limites permissíveis, mesmo após anos de interrupção da atividade metalúrgica. Nesse sentindo, técnicas de remediações são necessárias para minimizar os efeitos dos metais nos solos contaminados e recuperar a funcionalidade dos ecossistemas no entorno da fábrica. O presente trabalho tem como objetivo avaliar o potencial de duas espécies de leguminosas, mucuna preta (Stizolobium aterrimum) e feijão-de-porco (Canavalia ensiformis) inoculadas com rizóbios, para utilização na fitorremediação de solos contaminados. Além disso, foram avaliadas a ocorrência de nodulação e possivelmente de rizóbios naturalmente estabelecidas nos solos contaminados, utilizando as duas espécies de leguminosas cultivadas sem inoculação como plantas iscas. As leguminosas foram cultivadas em vasos contendo amostras de solo coletadas em 3 pontos distintos da fonte de contaminação (pontos crescentes, mas não calculados) para representar o efeito de diferentes concentrações dos metais no solo, e inoculadas com cinco espécies de bactérias fixadoras de nitrogênio (estirpes de referência): BR2811 (Bradyrhyzobium elkanii), BR3501 (Ensifer sp.), BR7606 (Rhizobium leguminosarum bv. trifolii), BR10026 (Rhizobium etli), BR 10247 (Bradyrhizobium neotropicale), totalizando 108 parcelas, em um delineamento experimental em blocos casualizados, com três repetições e arranjo fatorial. Para comparar a produtividade de biomassa aérea e de raiz, e a nodulação, os dados foram submetidos a análise de variância, considerando experimentos independentes para cada espécie. As médias foram comparadas utilizando o teste de Tukey (p ≤ 0,05) e os dados de número de nódulos transformados em (x + 1)1/2. As análises foram realizadas utilizando o software Sisvar (Versão 5.2). As plantas utilizadas mostraram-se tolerantes aos elevados terrores de metais no solo, avaliadas em função da produção de biomassa. As populações de rizóbios também foram tolerantes e apresentam resistência a elevados teores de metais, como: Cd, Pb e Zn. As estirpes BR10026 e BR 10247, apresentaram incrementos na retirada do metal do solo pelas plantas. No entanto os altos teores de metais pesados afetaram a nodulação e possivelmente a eficiências dos isolados bacterianos. Do ponto de vista econômico e ambiental, os resultados sugerem que plantas de feijão de porco e mucuna preta, assim como as estirpes BR10026 e BR10247, podem ser utilizadas em solos contaminados com Cd, Pb e Zn, visto que essas apresentam tolerância a elevados teores desses elementos, podendo estas ser recomendadas como fitorremediadoras. Palavras-chave: Canavalia ensiformis (L.); Fixação biológica de nitrogênio; Stizolobium aterrimum. Agradecimentos: FACEPE, CNPq, UFRPE.
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Comissão: Física do solo.................................................................................................25 Aferição e validação de um penetrômetro de impacto associado a sensor de umidade - Érika A. Silva, Diego J. O. Roque, Mariany I. S. Domingues, Lucas A. C. Passos, Geraldo C. Oliveira..................25 Atributos físicos de um Latossolo Vermelho Distrófico em diferentes manejos para pastagem cultivada com Brachiaria brizantha - Willian S. V. Cabrera, Diego D. Amorim, Daniele C. Michel, Flávia R. Sales, Francielle R. D. de Lima, Bruno M. Silva..........................................................................................26 Diagnóstico da resistência a penetração pós preparo em diferentes classes de solo - Raphael P. Azevedo, Luiz O. P. Prudencio, Bruno M. Silva, Leila A. S. Pio, Pedro M. Peche, Gustavo C. D. Silveira..27 Efeito da cobertura do solo na infiltração e condutividade hidráulica não saturada - Mariany I. S. Domingues, Geraldo C. Oliveira, Érika A. da Silva, Luiz F. Souza, Lucas A. C. Passos, Thayná P. A. Chiarini............................................................................................................................................................28 Efeito da cobertura do solo na taxa de infiltração de água - Luiz F. Souza, Geraldo C. Oliveira, Érika A. da Silva, Mariany I. S. Domingues, Lucas A. C. Passos, Thayná P. A. Chiarini........................................29 Influência do teor de óxido de ferro e da textura na obtenção da umidade em solos utilizando forno de micro-ondas - Érika A. Silva, Geraldo C. Oliveira, Mariany I. S. Domingues, Thayná P. A. Chiarini...30 Preparo ocasional em sistema plantio direto contínuo: efeitos na pressão de pré-consolidação do solo - Feliphe da Silva, Devison S. Peixoto, Bruno M. Silva, Silvino G. Moreira, Raphael P. Azevedo, Lucas C. M. da Silva........................................................................................................................................31 Preparo ocasional em sistema plantio direto contínuo: efeitos nos atributos físicos do solo e produtividade de grãos - Thayna P. A. Chiarini, Devison S. Peixoto, Bruno M. Silva, Laura B. B. de Melo, Silvino G. Moreira, Alessandro A. P. da Silva................................................................................................32 Preparo profundo do solo como melhoria na qualidade estrutural diagnosticada pela resistência à penetração - Thiago M. P. Freitas, Raphael P. Azevedo, Bruno M. Silva, Leila A. S. Pio, Pedro M. Peche, Gustavo C. D. Silveira.....................................................................................................................................33 Resistência mecânica do solo à penetração associada à diferentes técnicas de preparo de cultivo em Latossolo e Argissolo - Raphael P. Azevedo, Poliany da S. Hipólito, Bruno M. Silva, Leila A. S. Pio, Pedro M. Peche, Gustavo C. D. Silveira.......................................................................................................34 Uso de torrão e agitador rotativo na determinação da estabilidade estrutural do solo - Feliphe da Silva, Devison S. Peixoto, Bruno M. Silva, Silvino G. Moreira, Lucas C. M. da Silva, Laura B. B. de Melo.................................................................................................................................................................36 Variação nos atributos físicos do solo, por efeito do uso, na estação oásis da ute Santo Domingo de los Tsáchilas - Willian S. V. Cabrera, Manuel D. C. Zenteno......................................................................37
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Aferição e validação de um penetrômetro de impacto associado a sensor de umidade Érika A. Silva1, Diego J. O. Roque1, Mariany I. S. Domingues1, Lucas A. C. Passos1, Geraldo C. Oliveira1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, andressaerikasilva@gmail.com
Devido à intensificação do uso dos solos o fenômeno da compactação tem sido apontado como uma das principais causas da queda de produção das culturas, e o penetrômetro de impacto é ferramenta de campo recomendada no diagnóstico preliminar da degradação da estrutura do solo, desde que acompanhado do monitoramento simultâneo da umidade. O objetivo deste trabalho foi aferir e testar sensor de umidade do solo acoplado a penetrômetro de impacto na obtenção de leituras simultâneas da umidade e resistência à penetração em diferentes profundidades do solo. O sensor de umidade foi construído com base em Arduino e possui datalogger, e eletrodos que inseridos no solo realizam leituras da resistividade do solo a passagem da corrente elétrica, sendo essa resistência inversamente proporcional à umidade do solo. Foram coletadas informações em área de Latossolo localizado no Campus da UFLA sob 3 talhões de uma lavoura de Café Arábica (Coffea arábica L.) nas profundidades de 0-10 cm, 10-20 cm, 20-30 cm e 30-40 cm. Para calibração do sensor de umidade, naquelas profundidades foram coletadas em triplicata amostras de solo que foram submetidas ao método do micro-ondas e ao método da estufa por ser padrão nesta determinação. Foi utilizado aparelho da marca Turntable Microwave Oven, modelo MO1108SST, cuja tensão de alimentação é 120 V (60Hz) e freqüência de micro-ondas de 2450 MHz. Os ensaios foram efetuados com o aparelho em nível de potência calibrada de 800 W. Amostras de 10 gramas de solo acondicionadas em cadinhos de porcelana foram submetidas a um tempo de 360 segundos no forno de micro-ondas. Em seguida, os cadinhos foram retirados, aguardou-se o resfriamento em dessecador e fez-se a pesagem em balança eletrônica com precisão de 0,01 g. Os valores de umidade obtidos foram submetidos ao teste de comparação de médias pelo teste de Tukey a 5%, utilizando-se o programa Infoestat@. Visando a aferição do sensor de umidade, com auxílio do software Sigma Plot, no eixo x foram representados os valores de umidade obtidos pelo método do micro-ondas enquanto no eixo y, foram representados os valores obtidos em campo pelo sensor de umidade. Em seguida modelos matemáticos foram ajustados a estes conjuntos de dados. A exatidão dos dados provenientes das leituras do sensor foi verificada utilizando-se a reta 1:1 e o cálculo da raiz do erro médio quadrático (RMSE) e a calibração desses dados foi realizada por meio de modelos lineares e polinomiais de segundo grau. A equação linear geral (y = 5E-05x + 0,1588), obtida a partir de todo o conjunto de dados (sensor x micro-ondas), foi capaz de predizer a umidade em todos os talhões e profundidades com uma boa precisão (R² = 0,93). Para os talhões 1, 2 e 3 o R² foi superior a 0,77 para os modelos lineares e polinomiais e para as profundidades (0, 10, 20, 30 e 40 cm) o R² foi superior a 0,80 para os modelos lineares e polinomiais. O tempo de secagem em micro-ondas de 6 minutos foi suficiente para obtenção de resultados de umidade semelhante ao obtido em estufa credenciando aquele método para os procedimentos de calibração e aferição dos sensores com muito menor gasto de tempo. Nos talhões avaliados verificaram-se maiores valores de resistência a penetração do solo nas profundidades de 30 e 40 cm, enquanto os menores valores foram encontrados na profundidade de10 cm. A utilização do sensor de umidade acoplado ao penetrômetro de impacto se mostrou satisfatória por permitir a obtenção de dados de umidade e resistência do solo à penetração simultaneamente, reduzindo assim o tempo empregado na obtenção dos dados e com boa confiabilidade. Palavras-chave: água no solo; micro-ondas; resistência à penetração. Agradecimentos: Consórcio Embrapa Café, CNPq, DCS, PIBIC/UFLA.
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Atributos físicos de um Latossolo Vermelho Distrófico em diferentes manejos para pastagem cultivada com Brachiaria brizantha Willian S. V. Cabrera1, Diego D. Amorim1, Daniele C. Michel1, Flávia R. Sales1, Francielle R. D. de Lima1, Bruno M. Silva1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, santiagovilla1801@gmail.com
O conhecimento dos atributos físicos é de grande relevância para o manejo adequado do solo. Desta maneira, objetivou-se com este estudo analisar as alterações dos atributos físicos de um Latossolo Vermelho distrófico (LVd) sob três diferentes sistemas de manejo e uma área de mata sem interferência antrópica como referência. As amostras foram coletadas em uma área localizada na Universidade Federal de Lavras - MG. Foram avaliados quatro sistemas de uso do solo: Brachiaria brizantha (B), Brachiaria brizantha com leguminosa (BL), Brachiaria brizantha com adubação nitrogenada (B-N) e mata (M) em delineamento inteiramente casualizado com 3 repetições. As variáveis avaliadas foram: textura, densidade do solo (Ds), porosidade total (Pt), macroporos (Mac), microporos (Mic) e estabilidade de agregados e submetidos ao teste de Scott-Knott à 5% de probabilidade. Para o análise textural, houve diferença estatística para a mata onde verificou-se maiores valores de argila e menores de silte em relação aos demais tratamentos. Observou-seque Ds apresentou diferença significativa para a mata. Tal resultado era esperado devido a este tipo de cobertura vegetal proporcionar melhor aeração no solo decorrente ao processo de crescimento e de composição das raízes. Esperava-se que a influência do manejo fosse observada na Ds pois os consórcios BL e B-N favoreceriam maior volume de raízes melhorando assim a porosidade. Os valores de Macro e Micro apresentaram diferenças significativas entre a mata e os demais tratamentos. Observou-se menores valores de Mic e maiores valores de Mac para a M. Não se observou diferença estatística para Pt. Observa-se assim que para os tratamentos B, BL e B-N houve modificação da distribuição de poros por tamanho que pode estar relacionado a compactação causada pelos animais. Os sistemas de uso do solo, em sua maioria, não apresentaram diferença significativa com relação à classe de agregados. Com exceção das classes de agregados 0,5-0,25 mm, no sistema de uso BN, em que apresentou média superior (1,06%) aos demais. Para agregados menores que 9,51 mm e para a classe de agregados menores que 0,105 mm, o sistema B apresentou média superior (2,72%). Os macroagregados (agregados > 0,25 mm) e microagregrados (agregados < 0,25 mm) nos diferentes sistemas de uso do solo não apresentaram diferença significativa. Vale ressaltar que, a formação de microagregados está relacionada à gênese e mineralogia dos solos altamente intemperizados, associada a mineralogia oxidica desse solo. Portanto, o uso de Brachiaria brizantha, Brachiaria brizantha com leguminosa e Brachiaria brizantha com nitrogênio alteraram a porosidade do solo quando comparados a Mata. Palavras-chave: densidade do solo; porosidade; textura. Agradecimentos: DCS, UFLA.
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Diagnóstico da resistência a penetração pós preparo em diferentes classes de solo Raphael P. Azevedo1, Luiz O. P. Prudencio1, Bruno M. Silva1, Leila A. S. Pio1, Pedro M. Peche1, Gustavo C. D. Silveira1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, luizotaviopp.agro@gmail.com
As diferentes classes de solo condicionam distintas condições físicas para o crescimento e desenvolvimento das plantas. O preparo do solo visa alterar os atributos físicos do solo, permitindo melhores condições para a germinação, desenvolvimento das plântulas, controle de plantas daninhas, incorporação de corretivos e fertilizantes e crescimento das raízes. Objetivou-se nesse trabalho, avaliar o efeito do preparo do solo utilizado para a implantação de culturas perenes em duas classes de solo. O experimento foi implantado no setor de fruiticultura da UFLA, no município de Lavras-MG, em um Latossolo Vermelho e Cambissolo Háplico. O preparo convencional (PC) foi realizado com uma aração e duas gradagens e calagem para elevação da saturação de bases para 80%, exceto o para PD. Os tratamentos foram: PD – plantio direto (sulcador 15 cm de profundidade); SC - sulcador (PC + sulcador 25 cm) e BC - Batedor de Covas (PC + sulcador 25 cm + Batedor de covas com 60 cm de profundidade de preparo e 50 cm de largura). A resistência a penetração foi determinada em cada tratamento em um transecto perpendicular à linha de plantio com 20 pontos distanciados a 20 cm e profundidade de trabalho de 60 cm. Foi utilizado um penetrômetro de impacto modelo Stolf. Os dados de RP foram coletados aos 12 dias após o preparo, tabulados e determinada a RP em intervalos de 5 cm de profundidade. Utilizou-se o software Surfer para a interpolação e construção dos mapas de RP. Amostras de solo para determinação da umidade foram coletadas nas camadas de 0-20; 20-40 e 40-60 cm de profundidade, juntamente com a determinação da RP. Independente da classe de solo, em todos os tratamentos, verificou-se que houve redução da RP até a profundidade de ação dos implementos agrícolas. Para ambos os solos, nos tratamentos que receberam preparo convencional, SC e BC, ocorreu redução da RP para valores entre 1 e 2 MPa, até a profundidade aproximada de 30 cm, compatível com a profundidade de trabalho do arado. O BC alcançou a profundidade efetiva de 50 e 60 cm, respectivamente para as classes Latossolo e Cambissolo. Do ponto de vista da RP, o preparo homogeneizou o solo até a profundidade de 30 cm, igualando as classes de solo. A RP se mostrou uma ferramenta eficaz para avaliar a efetividade do preparo do solo, permitindo observar as benéficas alterações na estrutura do solo causadas pelos manejos adotados. Palavras-chave: batedor de covas; manejo do solo; preparo profundo. Agradecimentos: UFLA, DCS, DAG, CNPq, FAPEMIG, CAPES
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Efeito da cobertura do solo na infiltração e condutividade hidráulica não saturada Mariany I. S. Domingues1, Geraldo C. Oliveira1, Érika A. da Silva1, Luiz F. Souza1, Lucas A. C. Passos1, Thayná P. A. Chiarini1 1Universidade
Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, mariany.domingues@estudante.ufla.br
O Brasil é conhecido mundialmente pela cafeicultura, sendo o maior produtor e exportador. Em 2018, segundo o Governo do Brasil, o estado de Minas Gerais contribuiu com 53% da produção nacional. Sabe-se que a produtividade das lavouras cafeeiras depende da manutenção da qualidade estrutural do solo. O armazenamento de água varia em função do volume que infiltra e dos fatores que colaboram para a sua permanência ao alcance do sistema radicular do cafeeiro. Em sistemas intensivos de produção com ausência de cobertura do solo e baixos aportes de matéria orgânica, a degradação da estrutura do solo tem levado a redução da capacidade de infiltração e armazenamento de água. O objetivo desse trabalho foi estudar o efeito de diferentes coberturas do solo na infiltração de água e condutividade hidráulica. Os testes de infiltração foram realizados em uma área experimental localizado no setor de cafeicultura na Universidade Federal de Lavras-UFLA, em Lavras-MG. Foi avaliado um Latossolo Vermelho argiloso, quanto a capacidade de infiltração de água e condutividade hidráulica na linha de plantio de cafeeiros em três tratamentos: 1 – cobertura do solo com mulching de plástico branco (T5); 2- cobertura do solo com restos de braquiária proveniente de cortes periódicos na entrelinha (T15) e 3- cobertura do solo com restos de plantas que cresceram nas entrelinhas de plantio e foram roçadas periodicamente - convencional (T25). Para mensurar a taxa de infiltração de água no solo, em cada tratamento foi utilizado o Mini Disk Infiltrometer, que é um infiltrômetro de tensão e mede a condutividade hidráulica não saturada do meio em que é colocado. O Mini Disk possui uma tensão ajustável de 0,5 a 7 cm e foi colocado sobre uma fina camada de areia, visando o aumento da superfície de contato entre o disco e o solo. Em seguida, foi aplicada uma tensão de 3 cm durante 300 segundos. Utilizouse o delineamento experimental em blocos casualizados com 3 repetições e 3 tratamentos. Os dados de taxa de infiltração foram ajustados a modelo matemático indicado pelo fabricante do Mini Disk Infiltrometer. A equação da infiltração acumulada em função do tempo descreveu com precisão os ensaios realizados, apresentando coeficientes de determinação (R2) superiores a 0,95. Verificou-se que a taxa de infiltração e a condutividade hidráulica (mm h-1) decresceram na seguinte ordem: T15 > T25 > T5, ou seja, o manejo da braquiária nas entrelinhas e a alocação dos resíduos desta gramínea na linha de plantio favoreceu uma maior taxa de infiltração e condutividade hidráulica no solo. O uso de cobertura do solo na linha com mulching de plástico branco contribuiu para um selamento superficial, o que causou redução da taxa de infiltração de água no solo. Palavras-chave: cafeicultura; mulching; braquiária. Agradecimentos: CNPq, DCS, PIBIC-UFLA, Consórcio Embrapa Café.
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Efeito da cobertura do solo na taxa de infiltração de água Luiz F. Souza1, Geraldo C. Oliveira1, Érika A. da Silva1, Mariany I. S. Domingues1, Lucas A. C. Passos1, Thayná P. A. Chiarini1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, lfsouza@hotmail.com
A cafeicultura é uma atividade agrícola de grande importância para a economia do país, e o Estado de Minas Gerais contribui com mais da metade da produção nacional de café. O emprego de novas técnicas pode contribuir para o melhor manejo do solo, proporcionando consequentemente melhorias na produção. Neste contexto o estudo da infiltração de água em solo submetido a diferentes coberturas superficiais poderá apontar para o adequado uso e manejo do mesmo. O objetivo desse trabalho foi estudar o efeito da cobertura do solo nas taxas de infiltração de água. Os testes de infiltração foram realizados numa área experimental localizada no setor de cafeicultura na Universidade Federal de Lavras – UFLA, em Lavras – MG. O solo, Latossolo Vermelho argiloso, foi avaliado quanto a capacidade de infiltração na linha de plantio de cafeeiros em três tratamentos, sendo: 1 – cobertura do solo na linha com mulching de plástico branco (T5); 2- cobertura do solo na linha com restos de braquiária proveniente de cortes periódicos na entrelinha (T15) e 3- cobertura do solo na linha com restos de plantas que crescem nas entrelinhas de plantio e são roçadas periodicamente convencional (T25). Para mensurar a taxa de infiltração de água no solo, em cada tratamento foi utilizado o Cornell Sprinkle Infiltrometer (CSI), que é um simulador de chuva portátil, com volume de 20,6 litros, equipado com 69 tubos gotejadores na sua parte inferior. O CSI é fixado sobre um cilindro de 0,241 m de diâmetro e na parte superior possui uma entrada para recarga e outra onde se insere um capilar de vidro que permite a regulagem da altura da carga hidráulica e, consequentemente da intensidade de chuva desejada. Utilizou-se o delineamento experimental em blocos casualizados com 3 repetições e 3 tratamentos. Os dados médios de taxa de infiltração acumulada obtidos após uma hora de ensaio foram ajustados a modelos não lineares de regressão. Com a simulação de uma chuva de alta intensidade (700 mm h-1) verificou-se que a taxa de infiltração acumulada (mm h-1) decresceu na seguinte ordem: T15 > T25 > T5, ou seja, o manejo da braquiária nas entrelinhas e a alocação dos resíduos desta gramínea na linha de plantio favoreceu uma maior taxa de infiltração de água no solo. A matéria seca promovida pela braquiária e outras espécies forrageiras contribui para maior proteção do solo evitando a formação de crostas superficiais, o que influencia diretamente no aumento da capacidade de infiltração de água no solo. Palavras-chave: infiltrômetro de cornell; braquiária; água no solo. Agradecimentos: CNPq, DCS, PIBIC-UFLA, Consórcio Embrapa Café.
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Influência do teor de óxido de ferro e da textura na obtenção da umidade em solos utilizando forno de micro-ondas Érika A. Silva1, Geraldo C. Oliveira1, Mariany I. S. Domingues1, Thayná P. A. Chiarini1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, andressaerikasilva@gmail.com
Tradicionalmente a umidade do solo é determinada pelo método termogravimétrico utilizando estufa de temperatura regulável. Embora seja considerado um método padrão, a umidade obtida pelo método da estufa apresenta como inconveniente o tempo necessário para sua obtenção. Como alternativa ao método padrão tem sido sugerida a obtenção da umidade via forno micro-ondas, entretanto, solos argilosos dotados de altos teores de ferro tem apresentado comportamento peculiar, quando submetidos à radiação eletromagnética. Assim, objetivando agilizar o processo de quantificação da umidade nos solos, foi avaliada a possibilidade de utilização do forno micro-ondas na determinação da umidade de Latossolos de texturas contrastantes e variados teores de óxidos de ferro. Foram utilizadas amostras deformadas do horizonte Bw de dez Latossolos representativos do Bioma Cerrado brasileiro. Estas amostras foram secadas ao ar, passadas em peneira de malha 2,00 mm de abertura, e novamente umedecidos com água destilada para homogeneização da umidade. O solo homogeneizado foi acondicionado em saco plástico onde permaneceu hermeticamente fechado por 24 horas. Decorrido este tempo, de cada saco foram retiradas cinco amostras para determinação da umidade pelo método padrão da estufa (105 ºC por 24 horas) e pelo forno micro-ondas. Para obtenção da umidade do solo de forma alternativa foi utilizado aparelho da marca Turntable Microwave Oven, modelo MO1108SST, cuja tensão de alimentação é 120 V (60Hz) e freqüência de micro-ondas de 2450 MHz. Os ensaios foram efetuados com o aparelho em nível de potência calibrada de 800 W. Inicialmente, amostras de solo acondicionadas em cadinhos de porcelana foram submetidas a um tempo de 120 segundos no forno de micro-ondas. Em seguida, os cadinhos foram retirados, aguardou-se o resfriamento em dessecador e fez-se a pesagem em balança eletrônica com precisão de 0,01 g. Este procedimento foi repetido de 120 em 120 segundos, até o alcance de 360 segundos. No processo de secagem no forno de micro-ondas foram empregadas cinco repetições, a partir das quais a porcentagem de umidade média foi calculada. Os valores de umidade obtidos pelos métodos da estufa e micro-ondas foram submetidos ao teste de comparação de médias pelo teste de Tukey a 5%, utilizandose o programa Infoestat@. Para Latossolos dotados de maiores teores de óxidos de ferro (181, 231, 245, 298 g kg-1) apenas 4 minutos de secagem no micro-ondas foram suficientes para obtenção de resultados semelhantes ao da estufa. Palavras-chave: irradiação eletromagnética; método da estufa; mineralogia do solo. Agradecimentos: Consórcio Embrapa Café, CNPq, DCS, PIBIC/UFLA.
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Preparo ocasional em sistema plantio direto contínuo: efeitos na pressão de pré-consolidação do solo Feliphe da Silva1, Devison S. Peixoto1, Bruno M. Silva1, Silvino G. Moreira1, Raphael P. Azevedo1, Lucas C. M. da Silva1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, feliphedasilvaagri@gmail.com
O Sistema Plantio Direto (SPD) é o tipo de manejo do solo mais utilizado no Brasil para a produção de grãos. No entanto, falhas na implantação e manutenção desse sistema associadas ao intensivo tráfego de máquinas e reduzida mobilização do solo têm causado problemas de compactação do solo. Uma das formas de atenuar os problemas de compactação do solo em SPD é através do preparo ocasional com subsoladores e escarificadores. Nesse contexto, objetivou-se com esse estudo avaliar os efeitos do preparo ocasional na pressão de préconsolidação do solo em SPD contínuo. O experimento foi implantado em faixas na Fazenda Santa Helena, Nazareno – MG, em Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico típico de textura argilosa. Os tratamentos consistiram de SPD contínuo durante 13 anos (SPDC); SPD escarificado em 09/2015 (SPDE); SPD subsolado e aplicado 1.440 kg ha-1 de calcário adicional à recomendação da análise de solo entre 0,40-0,60 m de profundidade em 09/2015 (SPDSCI); SPD subsolado e aplicado 1.440 kg ha-1 de calcário adicional em superfície em 09/2015 (SPDSCS); SPD subsolado em 09/2015 (SPDS1); e SPD subsolado em 09/2015 e 07/2017 (SPDS2). Para avaliar o impacto do preparo ocasional no comportamento compressivo do solo foi determinada a pressão de pré-consolidação (σp). Para tanto, foram coletadas em maio de 2018 amostras indeformadas em cada parcela experimental (6 tratamentos x 4 repetições x 2 potenciais mátricos) nas profundidades de 0,00-0,05, 0,25-0,30 e 0,45-0,50 m, totalizando 144 amostras. As amostras foram saturadas e posteriormente submetidas a 2 potenciais matriciais, sendo: -10 kPa utilizando mesa de tensão automatizada (Ecotek) e -100 kPa em extrator de Richards. Cada amostra foi submetida a um único potencial mátrico, pesada e nesta condição submetida ao ensaio de compressão uniaxial utilizando um consolidômetro pneumático de anel flutuante, modelo S-450 TerraLoad (Durham Geo Enterprises, Stone Mountain, GA, EUA), nas pressões sucessivas e acumulativas de 25, 50, 100, 200, 400, 800 e 1600 kPa. Finalmente a amostra foi seca em estufa a 105-110 ºC, por 48 h, para quantificação do conteúdo de água e densidade do solo. A partir dos resultados do ensaio de compressão uniaxial foi determinada a σp em cada potencial mátrico. Foi realizada uma análise de variância em delineamento inteiramente casualizado utilizando os tratamentos como fator em cada profundidade e potencial mátrico e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. No potencial mátrico de -10 kPa o preparo ocasional não promoveu alterações na σp em SPD, impendentemente da profundidade. Para o potencial de -100 kPa o SPDS2 apresentou maior σp que o SPDC com valores de 194 kPa e 276 kPa, respectivamente, para a profundidade de 0,25-0,30 m. Para as demais profundidades não houve efeito do preparo ocasional na σp em SPD. Os resultados indicam que há uma rápida reconsolidação da estrutura do solo quando o SPD é submetido ao preparo ocasional, retornando à condição de compacidade inicial. Ademais, o uso frequente da prática de subsolagem parece aumentar o estado de compactação do solo a uma condição pior que o SPD, especialmente em subsuperfície (0,25-0,30 m), como observado para o tratamento onde foram realizadas duas subsolagens no intervalo de 32 meses. O solo submetido a preparo mecânico se torna mais susceptível a compactação adicional pelo tráfego de máquinas e implementos agrícolas, sendo tanto maior quanto mais distúrbio o preparo provoca na estrutura do solo. O tráfego de máquinas na fazenda desde a última subsolagem no tratamento SPDS2 (10 meses antes da coleta de solo) consistiu na semeadura da soja (3 meses após a subsolagem), colheita da soja e semeadura do trigo (7 meses após a subsolagem). Portanto, o preparo ocasional promoveu reduzido efeito na σp em SPD, podendo inclusive aumentar a compacidade do solo no caso de uso frequente de subsolagem, especialmente em subsuperfície. Palavras-chave: subsolagem; escarificação; compressibilidade do solo. Agradecimentos: UFLA, DCS, CNPq, CAPES, FAPEMIG, Fazenda Santa Helena. 31
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Preparo ocasional em sistema plantio direto contínuo: efeitos nos atributos físicos do solo e produtividade de grãos Thayna P. A. Chiarini1, Devison S. Peixoto1, Bruno M. Silva1, Laura B. B. de Melo1, Silvino G. Moreira1, Alessandro A. P. da Silva1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, thayna.chiarini@gmail.com
O sistema plantio direto (SPD) pode acarretar ao longo do tempo problema de compactação do solo, a qual, reduz a qualidade física do solo e a produtividade das culturas. Uma possível solução para mitigar este problema é com uso do preparo ocasional. Desta forma, objetivou-se com este trabalho verificar o efeito da subsolagem e escarificação nos atributos físicos do solo e na produtividade de grãos em SPD contínuo. A área experimental foi instalada em faixas na Fazenda Santa Helena, Nazareno – MG, em Latossolo VermelhoAmarelo distrófico típico de textura argilosa. Os tratamentos foram: SPD contínuo durante 12 anos (SPDC); SPD escarificado (SPDE); SPD subsolado (subsolador-adubador com ponteira tipo cunha) e aplicado 1.440 kg ha-1 de calcário adicional à recomendação da análise de solo entre 0,40 - 0,60 m de profundidade (SPDSCI); SPD subsolado (subsolador com ponteira tipo alada) e aplicado 1.440 kg ha-1 de calcário adicional em superfície (SPDSCS). Amostras indeformadas foram coletadas 18 meses após a implantação dos tratamentos nas profundidades de 0,0-0,05; 0,25-0,30; e 0,450,50 m, em 4 repetições. Os atributos físicos avaliados foram: porosidade total (Pt), macroporosidade (macro), microporosidade (micro), capacidade de campo relativa à Pt (RFC), água disponível (AD) e densidade do solo (Ds). A produtividade de milho (safra 2016/2017) e feijão (safrinha 2017) foi estimada amostrando, aleatoriamente, os grãos de três linhas com comprimento de cinco metros. O peso dos grãos foi corrigido para umidade de 13% e extrapolada para kg ha-1. Os resultados de produtividade de milho e feijão foram relativizados em relação à maior produtividade observada no experimento, a fim de, padronizar os valores e possibilitar a comparação conjunta da produtividade dos dois cultivos. Para os atributos físicos foi realizada uma análise de variância em delineamento inteiramente casualizado (DIC) em esquema fatorial 4 x 3 (4 tratamentos x 3 profundidades). As médias dos tratamentos de preparo ocasional em relação ao SPDC (controle) e das profundidades 0,0-0,05 e 0,45-0,50 m em relação a 0,25-0,30 m (controle) foram comparadas pelo teste de Dunnett a 5% de probabilidade. Para a produtividade relativa foi realizada uma análise de variância em DIC e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. A maior Ds ocorreu na profundidade 0,25-0,30 m, independente do tratamento. A profundidade de 0,45-0,50 m não apresentou limitações físicas ao desenvolvimento das plantas, estando todos os indicadores na faixa considerada ótima. Para a profundidade de 0,0-0,05 m, o subsolador com ponteira tipo cunha (SPDSCI) e o escarificador (SPDE) promoveram melhorias dos atributos físicos do solo em relação ao SPDC. O SPDSCI com maiores valores de Pt e macro, e menores de micro, RFC e Ds. O SPDE com maior macro e menor RFC. O subsolador com ponteira alada (SPDSCS) aumentou a macro e reduziu a micro. A AD não diferenciou os tratamentos e profundidades, não sendo um bom indicador para avaliação dos efeitos do preparo ocasional em SPD. O preparo ocasional melhorou a porosidade de aeração do solo (macro), aumentando de 0,099 e 0,070 m3 m-3 nas profundidades 0,0-0,05 e 0,25-0,30 m, respectivamente, para valores entre 0,111 e 0,194 m3 m-3. Apesar das melhorias nos atributos físicos promovidas pelo preparo ocasional, a produtividade relativa de milho e feijão não foi afetada. A resposta dos cultivos à compactação do solo depende de inúmeros fatores, como: tipo de cultura, variedade, condições climáticas, manejo de pragas e doenças, fertilidade do solo, etc. Na safra 2016/2017 as condições de precipitação e temperatura foram adequadas para o desenvolvimento das culturas do milho e feijão, sendo relatados na literatura que sob suprimento adequado de água a resposta dos cultivos a melhoria das condições físicas do solo é efêmera. Portanto, o preparo ocasional realizado 18 meses antes da avaliação física do solo, especialmente com subsolador com ponteira tipo cunha e escarificador, promoveu melhorias dos atributos físicos do solo, exceto na AD, e não teve efeito na produtividade de milho e feijão. Palavras-chave: compactação do solo; subsolagem; escarificação. Agradecimentos: UFLA, DCS, CNPq, CAPES, FAPEMIG, Fazenda Santa Helena.
Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES 32
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Preparo profundo do solo como melhoria na qualidade estrutural diagnosticada pela resistência à penetração Thiago M. P. Freitas1, Raphael P. Azevedo1, Bruno M. Silva1, Leila A. S. Pio1, Pedro M. Peche1, Gustavo C. D. Silveira 1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, thiagompfreitas@hotmail.com
As condições naturais da estrutura do solo podem oferecer limitações para o crescimento das plantas. O preparo profundo do solo é uma técnica de manejo que busca melhorar o ambiente físico, e assim oferecer condições favoráveis ao desenvolvimento radicular. O objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos causados por diferentes tipos de preparos profundos de solo para cultivos de plantas perenes em duas classes de solos contrastantes. O experimento foi instalado na Universidade Federal de Lavras, no município de Lavras-MG, Brasil, sob duas classes de solos, Latossolo Vermelho e Cambissolo Háplico. Realizou-se o preparo convencional (PC) com 1 aração, 2 gradagens e calagem para elevação da saturação de bases para 80%, com exceção de uma área destinada a plantio direto (PD). Os tratamentos foram: Subsolador (SB): PC + sulcador 25 cm + subsolador a 45 cm de profundidade; e Batedor de Covas (BC): PC + sulcador + calcário adicional para a profundidade de 40 a 60 cm + Batedor de covas com profundidade de preparo de 60 cm e 50 cm de largura; Plantio direto (PD): sulcador 15 cm de profundidade. Distribuídos num delineamento inteiramente casualizado, com arranjo fatorial de 2x3, sendo 2 solos, 3 tratamentos e 5 repetições. A avaliação da resistência à penetração (RP) do solo foi realizada 12 dias após o preparo, utilizando um penetrômetro de impacto de Stolf até 0,6 m de profundidade. As leituras de RP foram realizadas num transcecto perpendicular à linha de plantio com 3,8 m composto por 20 pontos distanciados a cada 0,20 m, onde o transceto foi alocado de modo que o centro coincidisse com o centro da linha de plantio. Junto a RP coletou-se amostras de solo para determinação de umidade em todos os tratamentos, nas camadas de 0-20, 20-40, 40-60 cm de profundidade. Para construir um mapa de RP utilizou-se o software Surfer, a partir do transcecto de uma das repetições de cada tratamento em intervalos de 5 cm. Os valores de RP observados nas zonas não trabalhadas são semelhantes entre os tratamentos (3 MPa), de acordo com a classe de solo, demonstrando homogeneidade da condição inicial do solo. O preparo profundo do solo promoveu um alívio estrutural do solo principalmente na camada superficial (0-30 cm). Em ambos os solos, nos locais em que foram realizados o preparo convencional a RP reduziu para valores entre 1 e 2 Mpa. Para o tratamento SB esperava-se alcançar a profundidade de trabalho de 45 cm, o que não ocorreu em nenhuma classe de solo, chegando a aproximadamente 40 e 35 cm para Latossolo e Cambissolo, respectivamente. Isto pode ser explicado por dificuldades em aprofundar os implementos. O tratamento BC foi efetivo nas duas classes de solo, reduzindo a RP para valores entre 1 e 2 MPa até 60 cm de profundidade. Os resultados de RP, para ambos os solos, coincidiram com a profundidade de trabalho esperada para BC. Assim, consideramos a RP uma ferramenta eficaz para identificar as alterações caudas pelo manejo do solo. Palavras-chave: manejo do solo; batedor de covas; subsolador. Agradecimentos: UFLA, DCS, DAG, CNPq, CAPES, FAPEMIG.
Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES DO SOLO 33
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Resistência mecânica do solo à penetração associada à diferentes técnicas de preparo de cultivo em Latossolo e Argissolo Raphael P. Azevedo1, Poliany da S. Hipólito1, Bruno M. Silva1, Leila A. S. Pio1, Pedro M. Peche1, Gustavo C. D. Silveira1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, pollyhipolito@hotmail.com
As diferentes técnicas de preparo do solo têm como principal finalidade oferecer condições físicas adequadas para o crescimento e desenvolvimento das plantas. O objetivo foi avaliar os efeitos de diferentes técnicas de preparo do solo na resistência à penetração (RP) para o cultivo de culturas perenes em duas classes de solo. O experimento foi instalado na Universidade Federal de Lavras, Setor de Fruticultura em Lavras-MG, sobre duas diferentes classes de solo, Latossolo Vermelho e Argissolo Vermelho. Para instalação do experimento foi realizado o preparo convencional com uma aração e duas gradagens, e aplicação de calcário para elevação da saturação de bases à 80%, exceto para plantio direto. Os tratamentos consistiram em: Plantio direto – PD: sulcador à 15 cm de profundidade para marcação da linha de plantio; Sulcador – Sc: preparo convencional + o sulcador à 25 cm de profundidade; e Batedor de Covas – BCc: preparo convencional + sulcador + calcário adicional (40-60 cm) + Batedor de covas com profundidade de preparo de 60 cm e 50 cm de largura. O experimento implantando em delineamento inteiramente casualizado, com arranjo fatorial 2 x 3, sendo dois solos e três tipos de preparo do solo e 5 repetições. Uma repetição de cada tratamento foi escolhida para ser monitorada utilizando a resistência a penetração (RP). Para determinação da RP foi traçado um transecto perpendicular à linha de plantio, sendo a linha o centro do transecto. Neste transecto foram analisados 20 pontos de RP até 60 cm de profundidade utilizando um penetrômetro de impacto. Os dados de RP foram tratados e tabulados com intervalos de 5 cm e com auxílio do software Surfer os pontos foram interpolados para criação dos mapas de RP. Amostras de solo para determinação da umidade foram coletadas nas camadas de 0-20; 20-40 e 40-60 cm de profundidade utilizando um trado holandês. De forma geral, em ambos os solos, onde houve intervenção mecânica ocorreu alívio estrutural reduzindo a RP para valores entre 1,0 e 2,0 Mpa na camada de 0-30 cm. No Argissolo, para os tratamentos Sc e BCc, na profundidade que não sofreu preparo (> 30 cm), os valores de RP foram semelhantes ao PD. No Latossolo, mesmo onde não houve mobilização mecânica os valores de RP foram menores que no Argissolo, provavelmente devido à natureza da sua estrutura granular, que promove baixa densidade do solo em condições naturais nos horizontes subsuperficiais. Nos tratamentos PD e BCc de ambos os solos, observou-se alívio estrutural contrastante, de forma localizada em superfície causado pelo sulcador (PD). No BCc a redução da RP causada pelo batedor de covas foi observada na camada de 30-60 cm, já que acima disso existe o efeito combinado dos demais implementos. A redução da RP observada nos mapas coincidem com a profundidade e largura de trabalho dos implementos. A RP mostrouse uma ferramenta eficiente para a avaliar o efeito do implemento nas diferentes camadas do solo. Palavras-chave: preparo profundo do solo; penetrômetro de impacto; batedor de covas. Agradecimentos: UFLA, DCS, DAG, CNPq, CAPES, FAPEMIG.
Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES DO SOLO 34
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Salão de Convenções da UFLA 27 a 31 de maio de 2019 Comissão: Física do solo
Uso de torrão e agitador rotativo na determinação da estabilidade estrutural do solo Feliphe da Silva1, Devison S. Peixoto1, Bruno M. Silva1, Silvino G. Moreira1, Lucas C. M. da Silva1, Laura B. B. de Melo1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, feliphedasilvaagri@gmail.com
A estabilidade de agregados (EA) é um bom indicador da qualidade estrutural do solo, podendo ser usado para avaliar a susceptibilidade à erosão hídrica. O método de análise padrão para avaliar a EA, peneiramento úmido com agitador de Yoder, usa agregados pré-selecionados submetendo-os à energia de desagregação, não correspondendo a real condição estrutural do solo. Assim, objetivou-se com este estudo avaliar a EA de um solo manejado em sistema plantio direto contínuo por 12 anos (SPDC) e submetido a métodos de preparo ocasional, utilizando o método padrão (método Yoder) e um método alternativo com torrões de 20 e 40 mm de diâmetro e agitador de tipo Wagner (método Wagner). O experimento foi conduzido na fazenda Santa Helena, Nazareno – MG, em Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico típico, textura argilosa. O desenho experimental consistiu em um delineamento inteiramente casualizado com 2 métodos de determinação da estabilidade de agregados e 5 tratamentos. SPDC – Sistema Plantio Direto Contínuo; SPDG – SPDC com 3,6 t ha-1 de Gesso; SPDSCI – SPDC subsolado (subsolador-adubador com ponteira tipo cunha) + 1.440 kg ha-1 de calcário adicional à recomendação da análise de solo aplicado entre 0,40-0,60 m de profundidade; SPDE – SPDC escarificado a 0,26 m; SPDSCS - SPDC subsolado (subsolador com ponteira tipo alada) + 1.440 kg ha1 de calcário adicional aplicado em superfície. Uma área de vegetação nativa foi utilizada como referência. Em cada faixa foram coletados blocos de solo em 4 pontos (parcela) na profundidade de 0-0,10 m. Os blocos foram secos ao ar e em seus planos naturais de fraqueza foram selecionados manualmente torrões com 20 mm (3 a 4 g) e 40 mm (10 a 11 g) de diâmetro e levados ao agitador de Wagner nos tempos de 5; 15; 30; 45 e 60 min e posterior agitação por 1 min no aparelho de Yoder para uniformizar os agregados nas peneiras. Agregados com diâmetro entre 4-8 mm (25 g) foram utilizados para determinação da EA com uso do agitador de Yoder. Para as duas metodologias determinaram-se: DMG, DMP, % macro e % microagregados. Foi feita análise de variância para avaliar diferença entre tratamentos, tamanho de torrão e metodologias e teste de médias utilizando Tukey a 5% de probabilidade. O tamanho de torrão não influenciou a EA para o solo manejado, porém, para a mata maiores valores foram observados com o uso do torrão de 40 mm. Para o método Wagner o tempo de 30 min não diferiu de 45 e 60 min. Por isso, para comparação entre os métodos utilizou-se os resultados referentes ao tamanho de torrão de 20 mm e tempo de 30 min. O método Wagner apresentou menores valores de DMG, DMP e % macro e maior % micro que o método Yoder. Tal resultado pode ter sido devido a maior energia de desagregação proporcionada pelo agitador rotativo tipo Wagner. Utilizando o método Yoder não se observou diferença entre tratamentos e destes da mata nativa, já o método Wagner diferenciou a mata nativa dos tratamentos para todas as variáveis analisadas, apresentando a mata maior DMG, DMP e Macro e menor Micro. No entanto, o método Wagner não diferenciou os tratamentos. O método Wagner mostrou-se mais sensível que o método Yoder para diferenciar os tratamentos em relação à mata nativa. Palavras-chave: agregação do solo; subsolagem; preparo ocasional. Agradecimentos: UFLA, DCS, CNPq, CAPES, FAPEMIG, Fazenda Santa Helena.
Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES DOS SOLOS 35
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Salão de Convenções da UFLA 27 a 31 de maio de 2019 Comissão: Física do solo
Variação nos atributos físicos do solo, por efeito do uso, na estação oásis da ute Santo Domingo de los Tsáchilas Willian S. V. Cabrera1, Manuel D. C. Zenteno2 Universidade Tecnólogica Equinoccial, Santo Domingo de los Colorados - Santo Domingo de los Tsáchilas – Ecuador, santiagovilla1801@gmail.com; 2Estación Experimental Tropical Pichilingue (INIAP), Quevedo – Los Ríos, Ecuador 1
Os solos estão sujeitos a mudanças na capacidade de funcionar como um meio para o crescimento das plantas, regulando o regime da água e como um filtro ambiental, que pode ser causado por variações climáticas ou pela ação humana. Para conhecer esses efeitos, realizou-se um estudo com objetivo de avaliar as mudanças nos atributos físicos do solo em decorrência das variações em seu uso. As amostras foram coletadas em uma área localizada na estação oásis da ute Santo Domingo de los Tsáchilas – Equador. O solo foi classificado com um Andisolo (And) e os usos da terra avaliados foram floresta secundária (Fs), cultivo de teca (T), cacau (C) e pastagem (P) e em profundidades de 0,0-0,1; 0,1-0,2; 0,2-0,3; 0,3-0,4; 0,4-0,5 e 0,5-0,6 m. As variáveis avaliadas foram: textura (Tx), densidade do solo (Ds), densidade real (Dr), porosidade total (Pt), aeração (Pa), umidade volumétrica (Uv), condutividade hidráulica (Ch) e quantidade de partículas minerais no solo (Ps). Foi utilizado um delineamento de blocos completos casualizado com três repetições e variações discriminadas usando Tukey P > 0,05. A Ch não apresenta diferenças estatísticas significativas. O plantio T apresentou a menor Ch, exceto na profundidade de 0,3-0,4 m, onde equaliza os solos de Fs e C. Na profundidade de 0,2-0,3 m, existe um problema de fluxo de água em todos os solos, exceto no solo de C, onde não haverá problema de circulação de água. Os valores de Ds não mostraram diferenças estatísticas significativas. Todos os sistemas apresentaram variações quanto a suas profundidades, observando que 0,1 a 0,2 m somente no solo com T aumenta em 0,08 t m-3 seus Ds (de 0,83 t m-3 em Fs a 0,91 t m-3 em T) enquanto os outros usos não causam alterações. O Dr dos solos não apresenta diferenças estatísticas significativas. Nas profundidades de 0,2-0,4 m, onde o solo ocupado por Fs aumenta o Dr em mais de 0,1 t m-3; Isso porque existe um acúmulo de areia nesse horizonte, com deslocamento de lodo. A Pt dos solos apresentou diferenças estatísticas significativas (p <0,02) na profundidade de 0,1 - 0,2 m, por efeito do sistema de uso e não em profundidade. A Pt do solo em todas as profundidades flutuou entre 0,54 a 0,61 m3 m-3, valor que corresponde a solos de texturas finas. Este decréscimo na porosidade do solo experimentado em 0,1 e 0,2 m, nestes solos, seria uma consequência direta da elevação do Ds, onde pequenas partículas de solo ocupam espaços de ar entre as partículas grandes. A Pa dos solos não apresenta diferenças estatísticas significativas. A maior variação é observada no solo de Fs, onde o Pa é elevado a profundidades de 0,1 m até 0,4 m e é menor que os demais usos a 0,5 - 0,6 m de profundidade, por efeito uso direto do solo, onde provoca variações nos poros presentes. O Uv dos solos não apresenta diferenças estatísticas significativas. No solo plantado com T, a partir de 0,1 m em todas as profundidades, mais água disponível para as plantas é observada do que os demais usos do solo, causando aumentos de 0,03 m3 m-3 em relação ao solo de Fs. Um Tx no solo de T e C foram encontrados diferenças estatísticas significativas em profundidade, para areia e silte; enquanto para a argila, apenas diferenças foram observadas no solo de T; No entanto, mudanças no uso da terra não afetaram essas características físicas. Como areia e limo predominam no Tx do solo, os efeitos dos sistemas T e C são verificados nesses componentes de textura; os teores de areia caem conforme observado nas profundidades de 0,2 a 0,3 m e de 0,3 a 0,4 m, quando o teor de areia aumenta, o lodo diminui. O solo cultivado com T e P apresenta maiores Ds na profundidade de 0,100,20 m, causado pelo aumento da espessura das raízes e pelo pisoteio dos animais. Neste solo franco-arenoso, a elevação dos Ds, diminui Pa e Ch, causando um aumento na retenção de água e melhorando suas reservas para as plantas. Palavras-chave: condutividade hidráulica; densidade do solo; porosidade de aeração; uso do solo. Agradecimentos: INIAP, UTE.
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Comissão: Química do solo...........................................................................................38 Teores de elementos maiores em perfis de solo do arquipélago de Fernando de Noronha - Marina M. Feitosa, Clístenes W. A. do Nascimento, Ygor J. A. B. da Silva, Caroline M. Biondi, Simone A. da S. Lins, Rayanna J. A. B. da Silva........................................................................................................................38 Teores naturais de elementos terras raras (ETRs) em perfis de solo do arquipélago de Fernando de Noronha - Marina M. Feitosa, Clístenes W. A. do Nascimento, Ygor J. A. B. da Silva, Caroline M. Biondi, Josângela do C. T. de Araújo, Rayanna J. A. B. da Silva............................................................................39
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Teores de elementos maiores em perfis de solo do arquipélago de Fernando de Noronha Marina M. Feitosa1, Clístenes W. A. do Nascimento2, Ygor J. A. B. da Silva2, Caroline M. Biondi2, Simone A. da S. Lins2, Rayanna J. A. B. da Silva2 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, marinamonteirof@gmail.com; 2Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife – PE, Brasil
O arquipélago de Fernando de Noronha faz parte das Ilhas Oceânicas Vulcânicas do Atlântico Sul, sendo constituído por uma ilha principal homônima e por mais de 20 ilhotas ou rochedos. O arquipélago possui uma diversidade de rochas, desde ígneas de composição intermediária a ultrabásica até depósitos sedimentares, o que permite avaliar a distribuição de elementos químicos em perfis de solo derivados de diferentes materiais de origem. Desta forma, este trabalho tem como objetivo avaliar a influência da geoquímica de diferentes rochas vulcânicas de Fernando de Noronha sobre os teores naturais de elementos maiores em nove perfis de solos da ilha principal homônima e da Ilha Rata. A seleção dos solos baseou-se na representatividade dos perfis em relação à área do arquipélago e na diferença do material de origem entre as ordens de solo. Essa amostragem contempla todas as ordens de solo existente no arquipélago (Cambissolo, Neossolo e Vertissolo), com seus diferentes materiais de origem. Os teores de elementos maiores (SiO2, Al2O3, Fe2O3, MgO, CaO, Na2O, K2O, P2O5, MnO e TiO2) das amostras foram determinados por espectrometria de fluorescência de raios X por dispersão de comprimento de onda (FRX). As maiores concentrações médias de elementos maiores (exceto para SiO2) foram encontradas em solo derivados de rochas ultrabásicas. Destacando-se os maiores valores médios de Fe2O3 (22,6%), P2O5 (14%) e TiO2 (5,6%), para os perfis originados de basanito/ankaratrito e ankaratrito, em comparação com os de fonolitos, com valores médios de 12%, 1,6% e 1,6% para Fe2O3, P2O5 e TiO2, respectivamente. Estes resultados são impulsionados pelas características mineralógicas das rochas ultrabásicas, que apresentam uma maior proporção de minerais máficos e acessórios, como clinopiroxênio, olivina, apatita, monazita e minerais opacos, em comparação com as rochas fonolíticas. Em geral, os solos derivados de fonolitos são mais abundantes em SiO2, Al2O3, Na2O e K2O, devido principalmente as altas concentrações de feldspatos potássicos e minerais acessórios, como sanidina, noseana e sodalita. O perfil de solo originado de basanito/ankaratrito, apresenta os maiores teores médios de P2O5 (33%), com os maiores valores em superfície. Este resultado provavelmente é devido à interação entre os excrementos de aves com rochas, sedimentos e solos preexistentes, comuns na Ilha Rata. Palavras-chave: elementos principais; pedogênese; ilhas oceânicas. Agradecimentos: UFRPE, FACEPE, Grupo de Química Ambiental de Solos.
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Teores naturais de elementos terras raras (ETRs) em perfis de solo do arquipélago de Fernando de Noronha Marina M. Feitosa1, Clístenes W. A. do Nascimento2, Ygor J. A. B. da Silva2, Caroline M. Biondi2, Josângela do C. T. de Araújo2, Rayanna J. A. B. da Silva2 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, marinamonteirof@gmail.com; 2Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife – PE, Brasil
O arquipélago de Fernando de Noronha faz parte das ilhas oceânicas do Brasil, sendo constituído por uma ilha principal homônima, com 16,4 km², e mais 20 ilhotas ou rochedos, das quais a maior é a Ilha Rata com 6,8 km². O arquipélago possui uma diversidade de rochas, desde ígneas de composição intermediária a ultrabásica até depósitos sedimentares, o que permite avaliar a distribuição de elementos químicos em perfis de soloderivados de diferentes materiais de origem. Desta forma, este trabalho tem como objetivo avaliar a influência da geoquímica de diferentes rochas vulcânicas de Fernando de Noronha sobre os teores naturais de ETRs em nove perfis de solos da Ilha principal homônima e da Ilha Rata. Visto que Fernando de Noronha é um reserva natural distante de fontes antrópicas de contaminação, os teores de ETRs determinados nesse trabalho representam os teores naturais desses elementos nos solos originados de rochas vulcânicas do arquipélago. A seleção dos solos baseou-se na representatividade dos perfis em relação à área do arquipélago e na diferença do material de origem entre as ordens de solo. Essa amostragem contempla todas as ordens de solo existente no arquipélago (Cambissolo, Neossolo e Vertissolo), com seus diferentes materiais de origem. As amostras de rochas e solos foram submetidas à digestão total e os ETRs foram determinados por espectrometria de emissão ótica com plasma acoplado (ICP-OES) e normalizados em relação à rocha de origem de cada perfil. As rochas ultrabásicas originaram solos com maiores concentrações de ETRs, devido à sua riqueza em minerais máficos e acessórios. Monazita e clinopiroxênio são as principais fontes de ETRs em amostras de rocha. As concentrações médias de ETRs nos diferentes materiais de origem do arquipélago de Fernando de Noronha variaram de 102,9 a 261,6 mg kg-1, resultado da composição mineralógica e química diversa desses materiais. O teor total de ETRs nos materiais de origem seguiu a ordem: basanito/ankaratrito > ankaratrito > fonolito > depósitos sedimentares de origem marinha. As maiores concentrações de ETRs foram observadas nos perfis de solo desenvolvidos de rochas ultramáficas, seguidos de intermediárias e sedimentares. Solos desenvolvidos de distintas litologias do arquipélago de Fernando de Noronha apresentaram diferentes assinaturas geoquímicas de ETRs. Palavras-chave: elementos traços; pedogênese; ilhas oceânicas. Agradecimentos: UFRPE, FACEPE, Grupo de Química Ambiental de Solos.
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Comissão: Mineralogia do solo......................................................................................41 Concentração de impurezas em diferentes tipos de quartzos obtida por equipamento de fluorescência de raios-X portátil - Diego Ribeiro, Anita F. dos S. Teixeira, Marcelo Mancini, Thaís S. B. Djair, Sérgio H. G. Silva, Nilton Curi................................................................................................................41 Determinação dos teores de P, Cl, Mn, Ti, V e Cr por fluorescência de raios-X portátil em diferentes tipos de quartzos - Diego Ribeiro, Anita F. dos S. Teixeira, Marcelo Mancini, Thaís S. B. Djair, Sérgio H. G. Silva, Nilton Curi..........................................................................................................................................42
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Salão de Convenções da UFLA 27 a 31 de maio de 2019 Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES DO SOLO Comissão: Mineralogia do solo
Concentração de impurezas em diferentes tipos de quartzos obtida por equipamento de fluorescência de raios-X portátil Diego Ribeiro1, Anita F. dos S. Teixeira1, Marcelo Mancini1, Thaís S. B. Djair1, Sérgio H. G. Silva1, Nilton Curi1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, dribeirocx@gmail.com
O quartzo é o mineral mais resistente na Série de Bowen, é basicamente composto por SiO2 e apresenta variação de cores que vão desde o transparente (quartzo hialino) até colorações mais escuras como roxo (quartzo roxo ou ametista) ou preto (quartzo enfumaçado). A diferença na coloração dos quartzos é consequência da presença das chamadas impurezas, isto é, elementos químicos diferentes daqueles da sua composição básica (SiO2), e também pode ocorrer devido à inclusão de substâncias complexas como H2O e outros minerais (rutilo) no momento de sua cristalização. A identificação e a quantificação dessas impurezas pode ser feita por análises químicas destrutivas e caras ou por técnicas mais recentes, como a fluorescência de raios-X portátil (pXRF), que permite a identificação e quantificação de elementos químicos presentes no material analisado de forma rápida e sem produção de resíduos. Diante do exposto, esse trabalho tem o objetivo de quantificar os teores de SiO2, Al2O3, Fe, CaO, MgO, S e K2O presentes em diferentes tipos de quartzos, utilizando o pXRF. Foram utilizados seis tipos de quartzos, sendo eles: quartzo hialino, quartzo leitoso, quartzo enfumaçado, quartzo roxo, quartzo rosa e quartzo verde. O pXRF utilizado foi o modelo S1 Titan LE da marca Bruker, com tubos de raios-X de 50 kV e 100 μA. O equipamento foi utilizado no modo Trace, Dual Soil, com leituras durante 60 s. Foram feitas 9 leituras por amostra de quartzo. As leituras obtidas foram submetidas à análise de variância e submetidas ao teste de Scott- Knott a 5% de significância, no software Sisvar. A maior concentração de SiO2 foi encontrada no quartzo hialino (99,54%) mostrando sua maior pureza. Os teores de Al2O3 foram maiores no quartzo enfumaçado (2,15%) e no quartzo verde (1,76%). O elemento Fe foi observado em maior quantidade no quartzo verde (0,07%) e quartzo enfumaçado (0,05%). Foi observada maior quantidade de CaO no quartzo verde (0,34%) e quartzo rosa (0,30). O MgO não apresentou diferença estatística entre as cores de quartzo (média geral de 0,58%) enquanto S foi maior em quartzo rosa (0,5%), quartzo verde (0,31%) e quartzo leitoso (0,30%). O único quartzo que apresentou porcentagem de K 2O maior que 0,2% foi o quartzo verde (0,48%). O pXRF conseguiu detectar e quantificar as diferentes impurezas nos quartzos, sendo uma potencial ferramenta para auxiliar a definição da composição química de minerais e, potencialmente, rochas. Palavras-chave: pXRF; silício; geologia. Agradecimentos: CAPES, FAPEMIG, CNPq.
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Determinação dos teores de P, Cl, Mn, Ti, V e Cr por fluorescência de raios-X portátil em diferentes tipos de quartzos Diego Ribeiro1, Anita F. dos S. Teixeira1, Marcelo Mancini1, Thaís S. B. Djair1, Sérgio H. G. Silva1, Nilton Curi1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, dribeirocx@gmail.com
O quartzo é um mineral encontrado em grande quantidade em nosso planeta. Ele é um dos minerais mais resistentes levando em consideração a série de Bowen e apresenta dureza sete dentro da escala de Mohs. Este se faz presente em sua forma cristalizada em diversas cores, além de ser classificado como um mineral da classe dos silicatados, por sua composição química ser SiO2. Os quartzos, de maneira geral, apresentam diversas colorações, tais como verde, rosa, roxo, amarelo, etc. Essas colorações são decorrentes da presença de impurezas, ou seja, elementos químicos diferentes da sua composição básica (SiO 2). A identificação e quantificação desses elementos pode ser feita através de análises em laboratórios, dentre as quais se destaca a fluorescência de raios-X portátil (pXRF). Diante do exposto, este trabalho tem como objetivo quantificar os teores de P2O5, Cl, Mn, Ti, V, e Cr em diferentes tipos de quartzos utilizando o pXRF. Foram utilizados sete tipos de quartzos, sendo eles: quartzo hialino, quartzo leitoso, quartzo enfumaçado, quartzo amarelo, quartzo roxo, quartzo rosa e quartzo verde. O pXRF utilizado foi do modelo S1 Titan LE da marca Bruker, com tubos de raios-X de 50 kV e 100 μA. O equipamento foi utilizado no modo Trace, dual soil, com leituras durante 60s. Foram feitas 9 leituras por amostra de quartzo. Os teores de elementos obtidos foram submetidos à análise de variância e seguida de teste de Scott-Knott a 5% de significância, para agrupamento de médias, no software Sisvar. A maior concentração de P2O5 foi encontrada no quartzo enfumaçado (0,15%), quartzo hialino (0,14%) e quartzo rosa (0,13%). O elemento Cl se mostrou presente em maior quantidade no quartzo verde (0,24%) e em menor concentração no quartzo hialino (0,08%), quartzo roxo (0,08%), quartzo amarelo (0,11%) e quartzo enfumaçado (0,12%). O elemento Mn, por sua vez, se faz presente em pouca quantidade em todos os tipos de quartzos, sendo a média geral obtida igual a 0,001%. Os elementos Ti, Cr e V não apresentaram diferença estatística entre as médias para os diferentes tipos de quartzos, e apresentaram média geral de 0,02% para Ti, 0,03% para Cr e 0,04% para V considerando todos os sete tipos de quartzo. O pXRF conseguiu detectar e quantificar os diferentes elementos presentes nos quartzos, mesmo quando presentes em pouca quantidade, o que pode contribuir para a avaliação mais detalhada das impurezas presentes em minerais. O trabalho atual ainda encontra-se em fase inicial de caracterização dos teores dos elementos químicos em diferentes tipos de quartzos. Com o decorrer do projeto, se tentará definir se há correlação entre teores de elementos químicos que são impurezas no quartzo e as diferentes cores em que este mineral se apresenta ou se as cores diferentes se devem à presença de inclusões de minerais ou ainda substâncias não possíveis de serem avaliadas pelo aparelho. Palavras-chave: sensor próximo; mineralogia; composição química. Agradecimentos: CAPES, FAPEMIG, CNPq.
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Corretivos e fertilizantes..................................................................................................45 Avaliação do manejo de corretivos de solo em um Latossolo Vermelho do bioma Cerrado - Lara L. Gonçalves, Victor G. S. Ribeiro, Pedro R. Santos, Murilo M. Machado, Carlos H. E. de Souza, Mauricio A. de O. Coelho..............................................................................................................................................45
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Salão de Convenções da UFLA 27 a 31 de maio de 2019 Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Corretivos e fertilizantes
Avaliação do manejo de corretivos de solo em um Latossolo Vermelho do bioma Cerrado Lara L. Gonçalves1, Victor G. S. Ribeiro1, Pedro R. Santos1, Murilo M. Machado1, Carlos H. E. de Souza1, Mauricio A. de O. Coelho1 1
Centro Universitário de Patos de Minas, Patos de Minas - MG, Brasil, laragoncalves7@hotmail.com
A agricultura no Brasil normalmente é limitada pela acidez do solo, devido principalmente por toxidez de Al 3+ e baixa saturação de bases. Baixos teores de nutrientes e alta toxidez em solos, são utilizados corretivos para haver melhor eficiência e disponibilidade de nutrientes; outra característica de solos ácidos, o sistema radicular não se desenvolve corretamente tendo o principal efeito de raízes finas e não produção de ramificações, comprometendo assim a absorção de nutrientes e água do solo pela planta. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a eficiência de corretivos em um solo com acidez elevada, em profundidades de 0-20 cm com intuito de avaliar o pH e Al3+ no solo. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, localizada no Centro Universitário de Patos de Minas, em Patos de Minas, MG. O solo utilizado no experimento foi coletado em profundidade de 0-20 cm na Fazenda Caixeta em Patos de Minas, e posteriormente efetuou-se a análise de textura e química do solo seguindo metodologia descrita pela Embrapa (2009) no laboratório Centro de Análise de Fertilidade do Solo, no Centro Universitário de Patos de Minas, Patos de Minas, MG; o solo analisado foi classificado como Latossolo Vermelho. Após a análise química do solo coletado obteve os resultados de pH 4,0 em água e Al3+ 0,91 cmolc dm-3 em solução de KCl 1 mol L-1. O delineamento experimental foi em blocos casualizados (DBC), sendo 3 tratamentos e o controle, com 3 repetições, e dois modos de aplicação, sendo incorporado de 0-20 cm e aplicação superficial, totalizando 21 unidades experimentais. As fontes utilizadas foram o calcário, silicato e gesso agrícola, utilizou-se tubos de PVC 100 mm de 45 cm de comprimento com tampões no fundo, simulando o perfil do solo com duas profundidades (0-10 cm, 10-20 cm). Os tubos foram cheios até a altura de 40 cm, os outros 5 cm foram mantidos vazios de forma a fornecer espaço para a aplicação do corretivo, no modo superficial, e irrigação. E os tubos do modo de aplicação com incorporação dos corretivos foram cheios primeiramente somente até a altura de 20 cm, o restante do solo referente aos outros 20 cm foi colocado em uma bandeja onde misturou-se com respectivo corretivo. Os tubos experimentais foram mantidos em incubação durante 3 meses, esperando a reação dos corretivos do solo, com irrigação 3 vezes por semana. Ao fim do período de incubação foram coletados os solos nas profundidades 0-10 e 10-20 cm. As amostras de solos foram levadas ao laboratório CEFERT, secadas na estufa e peneirados para posterior caracterização química, sendo analisados pH em água com o equipamento pHmetrô, e Al 3+ foi extraído por solução de KCl 1 mol L-1 seguindo metodologia proposta pela Embrapa 2009 por titulação com auxílio de uma bureta. Os parâmetros avaliados obtidos foram submetidos a análise de variância e comparados pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade, utilizando o software Sisvar. Os resultados avaliados mostram que o pH na profundidade de 0-10 cm não obteve significância para tratamento e modo de aplicação, na profundidade de 10-20 cm o pH houve resultado significativo para tratamento, sendo a fonte que sobressaiu foi o calcário de modo incorporado. Resultados analisados para Al3+ observou que obteve interação para tratamento sendo mais eficaz estatisticamente o calcário, já para a profundidade de 10-20 cm teve significância para tratamento e modo, a fonte de calcário de modo de aplicação superficial. A mobilidade de cátions de materiais calcários é insignificante e portanto a calagem superficial não tem efeitos químicos na solução e não alterando o valor do pH. Incorporação de calcário ao solo reage de modo eficiente em contato com a água e influencia a transmissão de cargas para alteração da acidez do solo e reduz o teor de alumínio. Portanto a fonte de calcário foi responsivo aos itens avaliados e o modo de aplicação incorporado e superficial, pois o corretivo corrige e neutraliza a acidez do solo. Palavras-chave: acidez; pH; tratamento. Agradecimentos: UNIPAM, CEFERT.
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Fertilidade do solo e nutrição de plantas.....................................................................51 Absorção e translocação de micronutrientes em milho sob efeito de fontes de substâncias húmicas em solução nutritiva - Sara D. Rosa, Carlos A. Silva, Paolo Carletti, Alexandra C. H. F. Sawaya............51 Acúmulo de lítio e produção de massa de diferentes cultivares de Lactuca sativa - Hanrara P. Oliveira, Leydinaria P. Silva, Fabriny S. Ribeiro, Evandro A. Ribeiro, Carlos E. S. Montes, Alvaro J. G. de Faria.................................................................................................................................................................52 Altura de Lactuca sativa em função da aplicação foliar de doses crescentes de lítio - Bruno H. di N. Nunes, Gilson do C. Alexandrino, Alvaro J. G. de Faria, Leydinaria P. da Silva, João H. S. da Luz, Carlos E. S. Montes.....................................................................................................................................................53 Aplicação de ácido húmico e fúlvico sob parâmetros fisiológicos do Urochloa brizantha cv. Marandu - Hanrara P. De Oliveira, Savio dos S. Oliveira, Bruna A. Barbosa, Marcelo C. Tomazi, Matheus H. R. Martins, Vitor L. Nascimento..................................................................................................54 Aplicação foliar de ácidos humificados: efeito sobre o teor de clorofila e produção do capim Marandu - João H. S. da Luz, Evandro A. Ribeiro, Matheus H. R. Martins, Leydinaria P. Silva, Vitor L. Nascimento, Rubens R. Silva.........................................................................................................................55 Aplicação foliar de elementos terras raras na produtividade e qualidade de grãos de soja - Paula G. Ribeiro, Eduardo S. Monteiro, André L. Sales, César F. Santos, Paulo F. Boldrin, Luiz R. G. Guilherme.......................................................................................................................................................56 Área foliar de diferentes cultivares de alface sob aplicação foliar de lítio - Bruna A. Barbosa, Alvaro J. G. de Faria, Gilson do C. Alexandrino, Lara C. Marques, Bruno H. Di N. Nunes, Rubens R. Silva..........57 Aspectos morfogênicos do capim Urochloa brizantha cv. Marandu sob aplicação de ácido húmico e fúlvico - Bruna A. Barbosa, Lara C. Marques, Gilson do C. Alexandrino, Hanrara P. Oliveira, Savio dos S. Oliveira, Jaci de S. Dias........................................................................................................................58 Aumento da disponibilidade de P e K no sistema plantio direto de cebola em função de doses de biocarvão - Fábio S. Higashikawa, Carlos A. Silva, Claudinei Kurtz, Leandro D. Geremias.....................59 Aumento do teor de matéria orgânica do solo no sistema plantio direto de cebola em função da aplicação de biocarvão - Fábio S. Higashikawa, Carlos A. Silva, Claudinei Kurtz, Leandro D. Geremias.........................................................................................................................................................60 Avaliação de fontes de fósforo e nitrogênio na cultura do milho no Cerrado - Mateus O. T. de Ávila, Anderson J. Milani, Gustavo S. Ferreira, Luanna B. W. Gomes, Fábio M. Ferreira, Silvino G. Moreira......61 Biocarvão enriquecido com fósforo e magnésio apresenta maior estabilidade do carbono Jefferson S. S. Carneiro, José F. L. Filho, Bárbara O. Nardis, Yuri L. Zinn, Jenaina R. Soares, Leônidas C. A. Melo............................................................................................................................................................62 Bioestimulantes na germinação de cultivares de milho - Cayque P. de Oliveira, Aurélio V. de Melo, Rodrigo C. Tavares.........................................................................................................................................63 Caracterização das relações entre enxofre mineral e orgânico em diferentes solos do Cerrado brasileiro - Stefânia B. Zauza, Filipe A. Namorato, Patriciani E. Cirpriano, Maria J. V. dos Santos, Cristiane F. Barbosa, Luiz R. G. Guilherme....................................................................................................64
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Salão de Convenções da UFLA 27 a 31 de maio de 2019 Caracterização de solos concrecionários em área de produção de soja na região sul do Tocantins - Leydinaria P. Silva, Paulo S. S. Silva, Hanrara P. Oliveira, Fabriny S. Ribeiro, Evandro A. Ribeiro, João P. S. Beserra.....................................................................................................................................................65 Crescimento inicial de mudas de araçá-boi em função da aplicação de calcário de concha e do resíduo de laticínio ao substrato - Iago R. Cometti, Fabio O. dos R. Silva, José D. Ramos, Paulo C. de Melo, Alexandre D. da Silva, Ana L. K. da Silva............................................................................................66 Definição de unidades de gestão diferenciadas por meio do índice de vegetação por diferença normalizada (NDVI) usando sensores portátil e embarcado - Raul F. H. Rodriguez, Julián G. T. Espinosa, Maria P. B. Orozco, Jadson M. da Silva, Cleber K. de Souza, Mosar F. Botelho........................67 Desenvolvimento inicial de sementes de pitaia em diferentes substratos - Alexandre D. da Silva, Giovani M P. Filho, José D. Ramos, Iago R. Cometti, Fábio O. dos R. Silva, Verônica A. dos Santos.......68 Determinação do NDVI por meio do dispositivo GreenSeeker para mapeamento de distribuição espacial - Julián G. T. Espinosa, Raul F. H. Rodriguez, Maria P. B. Orozco, Jadson M. da Silva, Cleber K. de Souza, Mosar F. Botelho........................................................................................................................69 Difusão de fósforo no solo em função de fertilizantes fosfatados e diferentes tempos de incubação Paulo H. Soares, Carlos H. E. de Souza, Miguel M. Neto, Maila A. Silva, Debora C. de Lima, Gabriela L. da Silva.........................................................................................................................................................70 Dinâmica de S: liberação de sulfato em função da fonte e tempo de incubação de enxofre - Paulo H. Soares, Carlos H. E. de Souza, Edilson S. Santos, Miguel M. Neto, Gustavo F. de Sousa, Mateus G. de Borba.........................................................................................................................................................71 Doses de calcário: teores de boro e acidez potencial em cinco classe de solo do Tocantins - João H. S. da Luz, Hanrara P. de Oliveira, Leydinaria P. da Silva, Bruna A. Barbosa, Matheus H. R. Martins, Evandro A. Ribeiro..........................................................................................................................................72 Doses de selenato de sódio no teor de clorofila em folhas de Pereskia aculeata Mill. - Stefânia B. Zauza, Filipe A. Namorato, Gracielle V. S. Andrade, Joyce D. R. Soares.................................................73 Doses e fontes de nitrogênio associado a diferentes níveis de fósforo no crescimento e produção do capim Mombaça - Evandro A. Ribeiro, Marcelo C. Tomazi, Bruno H. di Napolli, Hanrara P. Oliveira, Savio dos S. Oliveira, Matheus H. R. Martins.................................................................................................74 Efeito da aplicação foliar de lítio na massa seca da parte aérea das plantas testes: uma metaanálise - Alvaro J. G. de Faria, Vitor L. Nascimento, Luciano F. Sousa, Gilson do C. Alexandrino, Lara C. Marques, Jefferson S. da S. Carneiro.......................................................................................................75 Efeito de diferentes doses de ácidos húmicos nas raízes de feijoeiro no estágio vegetativo - Ramom V. Pereira, Marvin M. Pec, Adalvan D. Martins, Lara Sales, Joyce D. Rodrigues, Maria F. G.V. Penãlhor..........................................................................................................................................................76 Efeito de mix de elementos terras raras na produtividade e nutrição do milho - Paula G. Ribeiro, Eduardo S. Monteiro, André L. Sales, Paulo F. Boldrin, Luiz R. G. Guilherme.............................................77 Eficiência agronômica de fertilizante organomineral baseado em biocarvão enriquecido com fósforo e nitrogênio - Dehon A. Corrêa, Cristiane F. Barbosa, Jefferson S. S. Carneiro, Dagna A. da C. leite, Leônidas C. A. Melo..............................................................................................................................78
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Salão de Convenções da UFLA 27 a 31 de maio de 2019 Eficiência de fertilizantes fosfatados na formação de vagens na cultura da soja - Rafael dos R. Fonseca, Carlos H. E. de Souza, Mateus G. de Borba, Maila A. Silva, Vilmar J. R. Dorneles, Paulo H. Soares..............................................................................................................................................................79 Enriquecimento do feijoeiro comum com selênio aplicado via solo e foliar - Yasmim A. Muniz, Jéssica F. Raymundo, Fábio F. R. Costa, Matheus P. C. Santos, Suellen N. de Araújo, Guilherme Lopes............80 Estratégias de adubação nitrogenada com blends para o milho safrinha - Carolina S. de C. Souza, Leonardo F. Sarkis, Leandro S. Soares, Alan D. C. Lima, César F. Santos, Douglas R. G. Silva.. ...............81 Fertilização NPK para a cultura do physalis (Physalis peruviana L.) - Carolina S. de C. Souza, César F. Santos, Sheila I. C. Pinto, Leonardo F. Sarkis, Alan D. C. Lima, Geann C. Dias.........................................82 Fertilizante mineral misto “formulado” revestido com enraizador e polímero orgânico na cultura do milho - Alan D. C. Lima, César F. Santos, Douglas R. G. Silva, Leonardo F. Sarkis, Carolina S. de C. Souza, Wantuir F. T. Chagas...........................................................................................................................83 Fonolito granulado como fonte de potássio para a cultura da soja - Fabrício T. de L. Gomes, Maria Ligia de S. Silva................................................................................................................................................84 Fontes e doses de adubação fosfatada na produção de matéria seca e área foliar do Megathyrsus maximus cv. Mombaça - Antonio J. S. Brito, Hanrara P. Oliveira, Gilson C. Alexandrino, Carlos E. S. Montes, Matheus H. R. Martins, Jaci S. Dias..................................................................................................85 Fontes e doses de fertilizantes fosfatados na cultura da soja no incremento de teores foliares de fósforo - Edilson S. Santos, Carlos H. E. de Souza, Murilo M. Machado, Eli P. de Jesus, Rafael dos R. Fonseca, Pedro R. Santos..............................................................................................................................86 Fontes e doses de lítio alteram a germinação de sementes de soja - Sávio S. Oliveira, Leydinaria P. Silva, Fabriny S. Ribeiro, Carlos E. S. Montes, Evandro A. Ribeiro, Gilson A. Freitas..................................87 Fontes e doses de potássio foliar em cobertura nos teores foliares de potássio do milho - Rafael dos R. Fonseca, Carlos H. E. de Souza, Tiago M. B. Coelho, Leonardo Y. Hayasaka, Thiago B. F. Nijenhuis, Murilo M. Machado........................................................................................................................................88 Fosfato monoamônio revestido com polímero promove maior fluxo difusivo de fósforo em solo de Cerrado - Victor G. S. Ribeiro, Carlos H. E. de Souza, Luis E. D. Vaz, Pedro R. Santos, Thiago B. F. Nijenhuuis, Lara L. Gonçalves........................................................................................................................89 Granitos metaluminosos e a fertilidade dos solos no Agreste pernambucano - Gustavo V. Nunes, Caio C. S. Gueiros, Amanda B. de A. Mendes, Marina M. Feitosa, Rayanna J. A. B. da Silva, Yuri J. A. B. da Silva........................................................................................................................................................90 Incubação de um Latossolo Vermelho-Amarelo com diferentes doses de calcário - Vitor H. S. Oliveira, Matheus M. Silva, Mathusalém M. Mota, Junior C. R. Silva, Flávio A. de Moraes, Silvino G. Moreira............................................................................................................................................................91 Influência da calagem nos atributos químicos do solo e na produtividade da soja - Matheus M. Silva, Vitor H. S. Oliveira, Júnior C. R. Silva, Hugo C. Resende, Mathusalém M. Mota, Silvino G. Moreira.........92 Influência da fonte de fósforo, correção do substrato com calcário e uso de composto orgânico na formação de mudas de Chaenomeles sinensis - Wigor R. Capanema, Evaldo T. de Melo, Lucidio V. Fazenda, Maria C. de C. R. Souza, Leila A. S. Pio, Rafael Pio.....................................................................93
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Salão de Convenções da UFLA 27 a 31 de maio de 2019 Influência da fonte de fósforo, correção do substrato com calcário e uso de composto orgânico na formação de mudas de Pyrus calleryana - Wigor R. Capanema, Evaldo T. de Melo, Pedro M. Peche, Daniela da H. Farias, Paula N. Curi, Rafael Pio............................................................................................94 Influência das formas de aplicação de ácido bórico nos componentes morfofisiológicos da cultura da soja - Carlos E. S. Montes, Marcelo C. Tomazi, Bruno H. di N. Nunes, João P. S. Beserra, Larissa U. Rodrigues, Hanrara P. de Oliveira.................................................................................................................95 Influência de diferentes doses e fontes fosfatadas na altura da planta, diâmetro de caule e número de hastes na soja - Tiago M. B. Coelho, Carlos H. E. de Souza, Henrique T. Santos, Leonardo Y. Haiasaka, Mateus G. de Borba, Eli P. de Jesus............................................................................................96 Influência de diferentes fosfatos monoamônio com tecnologias associadas no cultivo de milho Mateus G. Borba, Carlos H. E. Souza, Rafael R. Fonseca, Edilson S. Santos, Leonardo Y. Hayasaka, Maila A. Silva...................................................................................................................................................97 Influência de distintas doses e fontes potássicas no peso de cem grãos na cultura do milho - Tiago M. B. Coelho, Carlos H. E. de Souza, Lara L. Gonçalves, Maria C. M. C. Mariano, Edilson S. Santos, Pedro R. Santos...............................................................................................................................................98 Influência de granitos peraluminosos na fertilidade dos solos do Agreste de Pernambuco - Caio C. S. Gueiros, Gustavo V. Nunes, Laura M. N. de Santana, Rayanna J. A. B. da Silva, Marina M. Feitosa, Ygor J. A. B. da Silva........................................................................................................................................99 Inoculação associada a dosagens de fertilizantes nitrogenados na cultura da soja - Letícia B. de Bessa, Murilo M. Machado, Edilson S. Santos, Bruno B. de Andrade, Hemerson B. Pasush, Danilo B. Abreu.............................................................................................................................................................100 Níveis de fósforo, fontes e doses de nitrogênio alteram o perfilhamento e a área foliar específica do capim Mombaça - Bruno H. di N. Nunes, João H. S. da Luz, Leydinaria P. da Silva, Hanrara P. de Oliveira, João P. S. Beserra, Evandro A. Ribeiro.........................................................................................101 Número de vagens de soja submetido a antecipação e doses de potássio - Lara L. Gonçalves, Victor G. S. Ribeiro, Edilson S. Santos, Miguel M. Neto, Carlos H. E. de Souza, Diego H. da Mota....................102 Otimização das condições de preciptação de estruvita usando farinha de osso como fonte de fósforo e biocarvão como agente nucleante - Kallil T. S. de Almeida, Débora de M. Franco, Patrícia de P. Castro, Jefferson S. S. Carneiro, Bárbara O. Nardis, Leônidas C. A. Melo......................................103 Perfilhamento e área foliar específica do capim Mombaça submetidos a fontes e doses de adubação fosfatada - Antonio J. de S. Brito, Bruno H. di N. Nunes, Carlos E. de S. Montes, Bruna A. Barbosa, Savio dos S. Oliveira, Matheus H. R. Martins, Ângela F. Machado...........................................104 Perfilhamento e produtividade do capim Urochloa brizantha cv. Marandu submetido a plicação de ácido húmico e fúlvico- Matheus H. R. Martins, Savio dos S. Oliveira, Hanrara P. Oliveira, Lara C. Marques, Bruna A. Barbosa, Rubens R. da Silva........................................................................................105 Potencial do esterco bovino associado à adubação mineral no desenvolvimento da cultura da soja utilizando análise de componentes principais (PCA) - Evandro A. Ribeiro, Igor R. B. Teixeira, Allan S. Sousa, Joao H. S. da Luz, Álvaro J. G. de Farias, Rubens R. da Silva.........................................................106 Produção de tubérculos em batata (Solanum tuberosum L.) em função de doses e fontes de P2O5 Murilo M. Machado, Carlos H. E. de Souza, Bruno B. de Andrade, Paulo H. Soares, Gustavo P. Rezende, Tiago M. Batista Coelho..............................................................................................................107
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Salão de Convenções da UFLA 27 a 31 de maio de 2019 Produtividade de milho com diferentes tecnologias de revestimento e de doses de fertilizante nitrogenado - Alan D. C. Lima, César F. Santos, Douglas R. G. Silva, Leonardo F. Sarkis, Giulianno P. Faquin, Wantuir F. T. Chagas.......................................................................................................................108 Produtividade de plantas de feijão submetidas a fontes e doses de fertilizantes fosfatados com tecnologia associada - Edilson S. Santos, Carlos H. E. de Sousa, Miguel M. Neto, Victor G. S. Ribeiro, Gabriela L. da Silva, Gustavo F. de Sousa..................................................................................................109 Produtividade de soja sob doses e tempos de antecipação da adubação potássica - Victor G. S. Ribeiro, Carlos H. E. de Souza, Diego H. da Mota, Lara L. Gonçalves, Leonardo Y. Hayasaka, Miguel M. Neto..........................................................................................................................................................110 Produtividade e fisiologia da soja sob diferentes formas de aplicação de ácido bórico - Matheus H. R. Martins, Bruno H. di N. Nunes, Hanrara P. de Oliveira, João H. S. da Luz, Sávio S. Oliveira, Larissa U. Rodrigues......................................................................................................................................................111 Resposta dos parâmetros morfofisiológicos do capim Urochloa brizantha cv. Marandu submetido a diferentes fontes de fósforo - Carlos E. S. Montes, Bruna A. Barbosa, Marcelo C. Tomazi, João H. S. da Luz, João P. S. Beserra, Sávio dos S. Oliveira...............................................................................................112 Solubilização do fonolito de Poços de Caldas calcinado como fonte alternativa de potássio Rodrigo S. Pessoa, Viviane de F. S. Pessoa, Everaldo Zonta, Adélia A. A. Pozza.....................................113 Tecnologias para o aumento da eficiência de fertilizantes nitrogenados em sistemas de plantio direto e convencional de milho safrinha - Giulianno P. Faquin, Renato A. Ferreira, César F. Santos, Sheila I. do C. Pinto, Leonardo F. Sarkis, Alan D. C. Lima........................................................................................114 Teor relativo de água e taxa assimilatória de carbono sobre aplicação de doses crescentes de lítio - Sávio S. Oliveira, Leydinaria P. Silva, João H. S. Luz, Bruno H. D. Nunes, Alvaro J. G. Faria, Gilson A. Freitas............................................................................................................................................................115 Uso de esterco bovino na cultura da soja- Alvaro J. G. de Faria, Evandro A. Ribeiro, Igor R. B. Teixeira, Allan S. de Sousa, Hanrara P. de Oliveira, Rubens R. da Silva...................................................................116 Volatilização de amônia em função de fontes de fertilizantes nitrogenados com tecnologia - Murilo M. Machado, Carlos H. E. de Souza, Paulo H. Soares, Gustavo F. de Sousa, Tiago M. B. Coelho, Victor G. Soares Ribeiro..........................................................................................................................................117
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Salão de Convenções da UFLA 27 a 31 de maio de 2019 Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Absorção e translocação de micronutrientes em milho sob efeito de fontes de substâncias húmicas em solução nutritiva Sara D. Rosa1, Carlos A. Silva1, Paolo Carletti2, Alexandra C. H. F. Sawaya3 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, saradantasrosa@gmail.com; 2Univertsità Degli Studi di Padova, Padóva, Itália; 3Universidade Estadual de Campinas, Campinas – SP.
As substâncias húmicas (SH) regulam a disponibilidade de nutrientes nos diferentes meios de cultivo de plantas, fornecendo nutrientes ou formando complexos organometálicos (COM). A formação de COM das SH com micronutrientes pode ou não aumentar a eficiência de absorção de nutrientes pelas plantas, dependendo das condições predominantes no meio de cultivo. Objetivou-se avaliar a eficiência de absorção (EA) e de translocação (ET) de Cu, Fe, Mn e Zn em milho cultivado em solução nutritiva com diferentes fontes e concentrações de SH (C-SH). O experimento foi conduzido em delineamento em blocos casualizados, em esquema fatorial 3 x 5 + 1, utilizando-se como fontes de SH: ácido húmico Acros Oganics® (AHA), ácido húmico extraído de Leonardita (AHL), e substâncias húmicas extraídas com água (SHEA), nas concentrações de: 2; 5; 15; 40 e 75 mg L-1 C-SH, mais o tratamento controle, sem adição de SH. SHEA foi extraído de composto orgânico produzido utilizando 60% (v/v) de esterco de galinha, 30% de casca de café e 10% de carvão vegetal, compostado por 150 dias. Sementes de milho (30F53) foram germinadas em vermiculita por 7 dias e, posteriormente, as plântulas de milho foram transferidas para solução nutritiva de Hoagland e Arnon modificada para micronutrientes com os respectivos tratamentos. O milho foi cultivado por 24 dias, sendo a solução nutritiva trocada a cada 7 dias, com reaplicação dos tratamentos. Ao final do experimento, determinouse a massa seca parte aérea (MSPA), massa seca raiz (MSR), massa seca total (MST), acúmulo de Cu, Fe, Mn e Zn na MSPA e MST. A eficiência de absorção (EA) foi obtida através da fórmula: EA (mg g-1) = (Acúmulo total / MSR), e a ET: ET% = [(Acúmulo MSPA / Acúmulo total)*100]. Os dados foram submetidos à análise de variância e de regressão. A EA de Cu, Fe e Mn foram influenciadas pelas fontes e concentrações de SH. Observou-se uma redução da EA de Cu e Fe nas plantas de milho em função das concentrações de C-SH. Nas plantas tratadas com AHL, a EA de Mn reduziu com adição de baixas concentrações de C-SH, e na concentração máxima apresentou EA maior que a do controle. Não houve diferença de EA de Zn entre as fontes de SH, a EA de Zn aumentou apenas em função das concentrações de C-SH, não ultrapassando a EA do controle. A ET dos micronutrientes estudados foi influenciada pelas fontes e concentrações de SH. Houve um aumento da ET de Cu e Fe em plantas de milho em função das fontes e concentrações de SH, que superaram a ET observadas no milho do tratamento controle. Com o uso da fonte AHA, o modelo quadrático se ajustou ao aumento da ET de Zn em função das concentrações de C-SH, bem como o modelo linear crescente se ajustou a ET de Mn em plantas de milho tratadas com SHEA. A adição de SH não aumentou a EA de micronutrientes devido afinidade dos grupamentos orgânicos pelos micronutrientes, possivelmente devido à redução de absorção em função dos COM formados. No entanto, com a redução da EA, houve maior translocação de Cu e Fe para a parte aérea; para algumas fontes de SH, a ET de Mn e Zn foram maiores. O uso de concentrações crescentes de SH reduz a EA de micronutrientes pelo milho cultivado em solução nutritiva, contudo a maior translocação compensa a queda na absorção de alguns micronutrientes. Palavras-chave: substâncias húmicas extraídas com água; ácido húmico; complexos organometálicos. Agradecimentos: À Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG), pela cessão de bolsa de pesquisa, e ao CNPq (461935/2014-7 e 303899/2015-8) e CAPES (PROEX 593/2018), pelo financiamento do estudo.
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Salão de Convenções da UFLA 27 a 31 de maio de 2019 Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Acúmulo de lítio e produção de massa de diferentes cultivares de Lactuca sativa Hanrara P. Oliveira1, Leydinaria P. Silva1, Fabriny S. Ribeiro1, Evandro A. Ribeiro1, Carlos E. S. Montes1, Alvaro J. G. de Faria2 1
Universidade Federal do Tocantins, Gurupi - TO, Brasil, hanrarapires25@gmail.com; 2Universidade Federal de Lavras, Lavras – MG, Brasil
O lítio possui efeitos terapêuticos no tratamento de pacientes que sofrem de transtorno bipolar. A fim de manter os níveis de lítio adequados no corpo humano é necessária uma ingestão diária de alimentos que contêm teores suficientes deste elemento. Para melhorar a concentração de Li nos alimentos utilizamos a biofortificação que se baseia no aumento nutricional dos alimentos no campo. Será realizado por adubação via foliar tendo resultados rápidos, de baixo custo não afetando nas características do produto concedendo-o maior valor econômico. Assim a partir da ingestão de alimentos biofortificados irá auxiliar no aumento de Li no organismo e resultar na diminuição de doenças causadas por sua deficiência. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da aplicação foliar de lítio sobre a produção de massa seca da parte área e o teor de lítio nas folhas das cultivares SVR 2005 e Solares. O experimento foi conduzido em condição de campo, no setor de Olericultura da Universidade Federal do Tocantins, Câmpus de Gurupi. Os tratamentos foram dispostos em blocos casualizado com quatro repetições em fatorial 5x2, sendo cinco doses de lítio (0; 16; 32; 48; 64 g ha-1) e duas cultivares de alface do tipo crespa (SVR 2005 e Solaris). A fonte de lítio utilizada foi sulfato de lítio (10,8%) por ter proporcionado bons resultados em trabalhos anteriores. Foram determinadas a massa seca através da secagem na estufa á 65 °C, após a secagem o material foi pesado utilizando uma balança analítica eletrônica. As amostras foram trituradas no moinho e em seguida foram submetidas a digestão via úmida utilizando ácido sulfúrico e mistura catalítica, a partir dos estratos foram determinados o teor de lítio e a leitura foi realizada por meio do fotômetro de chama Quimis. Os dados foram submetidos a análise de variância (ANOVA) e as médias comparadas pelo teste de Tukey (p≤ 0,05) para o fator cultivar e análise de regressão para o fator dose utilizando o software R® versão 3.5. A massa seca da parte área obteve uma resposta positiva a doses de 36 e 38 g Li ha-1 promovendo um aumento de 22 e 15% para SVR 2005 e Solaris, respectivamente, em relação ao tratamento sem aplicação de Li. Para a cultivar SVR 2005 os teores de Li aumentaram até aplicação de 51 g Li ha-1 tendo um valor máximo de 72 mg Li kg-1 MS-1. Já para cultivar Solaris a dose que obteve a máxima eficiência foi de 39 g Li ha-1. A cultivar Solaris mostrou superior a SVR 2005 em todas as características avaliadas e também promoveu através da menor dose o maior acúmulo de Li nas folhas. A exposição das cultivares quando submetidas a elevadas doses de Li provocou efeitos tóxicos reduzindo significativamente as características avaliadas. Palavras-chave: produção; alface; fome oculta. Agradecimentos: UFT, NERO, LABSOLOS.
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Altura de Lactuca sativa em função da aplicação foliar de doses crescentes de lítio Bruno H. di N. Nunes1, Gilson do C. Alexandrino2, Alvaro J. G. de Faria2, Leydinaria P. da Silva1, João H. S. da Luz1, Carlos E. S. Montes1 1
Universidade Federal do Tocantins, Gurupi - TO, Brasil, bhdinapoli@gmail.com; 2Universidade Federal de Lavras, Lavras – MG, Brasil
Em seres humanos o íon lítio age diretamente no sistema nervoso, atuando no ciclo de fosfatodilinositol e na regulação da noradrenalina, estabilizando o humor e auxiliando de forma preventiva a diversas doenças como a depressão, esclerose amiotrófica, esquizofrenia, entre outras. Entretanto encontram-se deficientes na dieta de grande parte da população mundial. Para os vegetais não é um elemento essencial, mas pequenas concentrações podem promover incrementos nas características agronômicas bem como a sua bioacumulação em tecidos vegetais. O objetivo do trabalho foi avaliar a altura de cultivares de alface submetidas a aplicação foliar de doses de Sulfato de Lítio, utilizando como técnica a biofortificação agronômica. O experimento foi conduzido na área experimental da Universidade Federal de Tocantins – campus Gurupi, em casa de vegetação e implantado seguindo delineamento inteiramente casualizado (DIC) com quatro repetições. Os quinze tratamentos foram dispostos em esquema fatorial 5 x 3. O primeiro fator corresponde a cinco doses de lítio (0; 10; 20; 30; 40 mg L-1) e o segundo fator é referente à três cultivares (Tayná, Lucy Brown e Solaris), e a fonte de lítio aplicada foi o sulfato de lítio (Li2SO4). As aplicações foram realizadas via foliar, sendo cada dose subdividida em três aplicações com as mesmas proporções, aos dias 15, 30 e 40 dias após o transplantio das mudas. A altura de plantas (AP) foi medida com régua (cm) e os dados foram submetidos a análise de variância (ANOVA), o fator cultivar foi comparado pelo teste de tukey e o segundo fator submetido a análise de regressão (p≤ 0,05). Independente da cultivar utilizada, o aumento das doses promoveu decréscimo na altura de plantas, sendo que a cultivar solaris obteve menor redução em relação às demais. As reduções em relação à testemunha foram 1,46; 12 e 15% respectivamente para as cultivares Tayná, Lucy Brown e Solaris. O aumento da concentração de sulfato de lítio promoveu redução no crescimento das plantas independente do material genético avaliado. Palavras-chave: biofortificação; fome oculta; alface. Agradecimentos: UFT, NERO, LABSOLOS.
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Salão de Convenções da UFLA 27 a 31 de maio de 2019 Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Aplicação de ácido húmico e fúlvico sob parâmetros fisiológicos do Urochloa brizantha cv. Marandu Hanrara P. de Oliveira1, Savio dos S. Oliveira1, Bruna A. Barbosa1, Marcelo C. Tomazi1, Matheus H. R. Martins1, Vitor L. Nascimento1 1
Universidade do Tocantins, Gurupi – TO, Brasil, hanrarapires25@gmail.com
A alimentação dos bovinos, no Brasil, é fornecida principalmente por meio de pastagens. As forrageiras do gênero Urochloa ocupam mais de 50% da área cultivada com pastagens no Brasil devido à adaptação destas espécies aos diversos climas e solos de baixa fertilidade, além da utilização frequente para a recuperação de pastagens. O uso de substâncias húmicas pode promover alterações fisiológicas nas plantas e aumentar a capacidade produtiva destas. O objetivo do trabalho foi avaliar a taxa de assimilação de CO2 e a condutância estomática do capim Urochloa brizantha cv. Marandu submetido a aplicação foliar de ácido húmico e fúlvico. O experimento foi conduzido na casa de vegetação da Universidade Federal do Tocantins, campus de Gurupi. Os tratamentos foram dispostos em delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições, em esquema fatorial (2x6), sendo o primeiro fator composto por ácido húmico e ácido fúlvico e o segundo fator constituído das doses (0; 1,0; 2,0; 4,0; 8,0; 16,0 L ha-1) aplicadas via foliar. As trocas gasosas foram obtidas com auxílio do Analisador Portátil de Gás Infravermelho (IRGA), onde foram coletadas a taxa de assimilação de CO 2 (μmol CO2 m-2 s-1) e a condutância estomática (mmol CO2 m-2 s-1). Os dados foram submetidos a análise de variância (ANOVA) e as médias comparadas pelo teste de Tukey (p≤ 0,05) para o fator fonte e análise de regressão para o fator dose, utilizando o software R® versão 3.5. A taxa de assimilação de CO2 da forrageira teve resultados positivos quando associadas aos ácidos húmicos e fúlvicos. O ácido húmico foi superior ao fúlvico em todas as doses testadas, com a maior resposta na dose de 8 L ha -1 (19,6 μmol CO2 m-2 s-1), com diferença de 32,9% quando comparado com a testemunha. Já a condutância estomática, o ácido fúlvico se sobressaiu, com incremento de 98,7% em relação a testemunha na dose de 8 L ha-1 (0,28 mmol CO2 m-2 s-1). O ácido húmico se destacou na taxa de assimilação de CO2, enquanto o ácido fúlvico teve melhor influência na condutância estomática, ambos promovendo alterações na fisiologia do capim Marandu. Palavras-chave: bioestimulantes; Poacea; nutrição de plantas. Agradecimentos: NERO, UFT, LABSOLO.
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Aplicação foliar de ácidos humificados: efeito sobre o teor de clorofila e produção do capim Marandu João H. S. da Luz1, Evandro A. Ribeiro1, Matheus H. R. Martins1, Leydinaria P. Silva1, Vitor L. Nascimento1, Rubens R. Silva1 1
Universidade Federal do Tocantins, Gurupi - TO, Brasil, joaohenri_luz@uft.edu.br
Os bioestimulantes alteram a fisiologia das plantas, aumentando a eficiência do uso da água e nutrientes, a resistência à estresses bióticos e abióticos, melhora características agronômicas e produtivas de diversas culturas agrícolas. Porém, pouco são os estudos realizados com o capim Urochloa brizantha cv. Marandu nas condições edafoclimáticas do Cerrado. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da aplicação foliar de ácido húmicos e ácido fúlvicos sobre teor de clorofila e produção do capim Marandu. O experimento foi conduzido na estação experimental da Universidade Federal do Tocantins, campus de Gurupi. O experimento foi conduzido em esquema fatorial (2x6), dispostos em blocos casualizados, com quatro repetições. Sendo o fator A composto por ácido húmico (AH) e fúlvico (AF) e o fator D por doses de 0; 1,0; 2,0; 4,0; 8,0; 16,0 L ha -1, aplicados via foliar após cada corte. A forrageira U. brizantha cv. Marandu foi cultivada em vasos plástico contendo 14 dm3 de Latossolo Vermelho Amarelo. O teor de clorofila total foi determinado utilizando ClorofiLOG® (FALKER) e a produção de massa seca determinada por meio do corte a 20 cm de altura, secas a 65 °C por 72 horas, em estufa com circulação a ar. Os dados foram submetidos à análise de variância (p ≤ 0.05) usando teste de Tukey para o fator fonte e análise de regressão para o fator dose, realizando desdobramento quando ocorresse interação entre os fatores, utilizando o software R® versão 3.5. O teor de clorofila total foi influenciado significativamente pelos ácidos, como também pelas doses. Para o ácido húmico a dose 4 L ha-1 proporcionou o maior teor, já para AF houve incremento linear até a dose 8 L ha-1. O AH alterou significativamente a produção de massa seca do capim Marandu, com ajuste quadrático, sendo a dose 2,42 L ha-1 a máxima eficiência técnica. Para AF não houve influência significativa na produção de massa. O uso de ácidos húmicos e fúlvicos altera a fisiologia do capim Marandu, contudo apenas o ácido húmico incrementa sua produtividade. Palavras-chave: bioestimulantes; forragem; fisiologia. Agradecimentos: NERO, UFT.
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Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas Aplicação foliar de elementos terras raras na produtividade e qualidade de grãos de soja Paula G. Ribeiro1, Eduardo S. Monteiro2, André L. Sales1, César F. Santos1, Paulo F. Boldrin2, Luiz R. G. Guilherme1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, paulagribeiro94@gmail.com; 2Universidade de Rio Verde.
Os elementos terras raras (ETR) podem influenciar positivamente o desenvolvimento das plantas. Entretanto, estes efeitos são variáveis com a espécie, dose e métodos empregados para a aplicação desses elementos. Objetivou-se avaliar os efeitos de aplicação foliar de mix de ETR na produtividade, teor de nutrientes e qualidade de grãos de soja. O experimento foi realizado em campo, na cidade de Rio Verde – GO, com delineamento experimental de blocos ao acaso, com 6 tratamentos e 4 repetições, totalizando 24 parcelas. A área total da parcela foi de 10 m2 (4 linhas de 5 metros de comprimento com espaçamento de 0,5 metros) e área útil de 4 m2, equivalente a duas fileiras centrais descartando 0,5 m das extremidades. A fonte utilizada foi um mix de ETR; composto de 23,95% de La, 41,38% de Ce, 4,32% de Pr e 13,58% de Nd nas seguintes doses: 0; 0,1; 0,25; 0,5; 0,75; 1,0 kg ha-1 do mix. O mix foi preparado a partir da pesagem de nitratos hexahidratados dos elementos citados. Para a aplicação do mix, utilizou-se um volume de calda de 400 L ha-1, aplicado a partir de pulverizador costal pressurizado na fase V5 da cultura da soja. As folhas de soja (com a presença do pecíolo) foram coletadas na fase R1, caracterizada pelo surgimento de uma flor aberta na haste principal e quando cerca de 50% das plantas encontram-se em floração. Estas foram postas para secar em estufa com circulação forçada de ar, em temperatura variando de 65 a 70 ºC, até obtenção de peso constante e depois, moídas em moinho do tipo Wiley com peneiras 20 mesh. Foram avaliadas as concentrações de nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg), enxofre (S), cobre (Cu), zinco (Zn), manganês (Mn) e boro (B) no tecido foliar e grãos de soja. O teor de proteína nos grãos foi estimado multiplicando-se o teor de N encontrado no grão pelo fator 6,25. Por ocasião da colheita, foi feita a medição da altura das plantas. Para isso, cinco plantas dentro da área útil de cada parcela foram escolhidas ao acaso e medidas do coleto até o ápice da haste. Para a contagem do número total de vagens, foram colhidas e contabilizadas as vagens de 10 plantas coletadas aleatoriamente na área útil de cada parcela. O peso seco de 1000 grãos foi determinado a partir da pesagem de 5 amostras de 100 grãos para cada parcela e a média do valor foi multiplicada por dois com posterior correção para 13% de umidade. Por fim, o rendimento de grãos foi obtido a partir da massa total dos grãos de cada parcela e a umidade corrigida para 13%, com posterior extrapolação para hectare. Os teores percentuais de óleo nas amostras de soja foram determinados em grãos íntegros pela técnica da refletância do infravermelho próximo (NIR). Os dados foram submetidos à análise de variância (ANAVA) e as médias agrupadas por meio do teste de Scott-Knott (p<0,05) utilizando o software SISVAR 5.6. Não foram encontrados efeitos dos tratamentos estudados no crescimento, na produção e na qualidade de grãos da cultura da soja. Foi observado um efeito variável dos ETR na nutrição desta cultura, em função das doses, nos teores de Fe, Mg e S e um efeito negativo no teor de K nos grãos de soja. Conclui-se que outros estudos devem ser conduzidos com diferentes métodos e doses para comprovação de resultados positivos encontrados na literatura chinesa. Palavras-chave: Glycine max; elementos-traço; aplicação foliar. Agradecimentos: CNPq, CAPES, FAPEMIG, ITV.
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Área foliar de diferentes cultivares de alface sob aplicação foliar de lítio Bruna A. Barbosa1, Alvaro J. G. de Faria1, Gilson do C. Alexandrino1, Lara C. Marques1, Bruno H. Di N. Nunes1, Rubens R. Silva1 1
Universidade Federal do Tocantins, Gurupi–TO, Brasil, brunaazevedo@uft.edu.br; 2Universidade Federal de Lavras, Lavras–MG, Brasil.
O cultivo de alface em escala comercial no Brasil vem crescendo de forma rápida, sendo uma hortaliça de grande expressão na economia do país. O lítio é utilizado para o tratamento de indivíduos com transtorno bipolar, na forma do “Carbolitium” no tratamento, porém o uso deste medicamento causa uma série de efeitos colaterais ao ser humano. Com isso a biofortificação agronômica é uma técnica viável para aumentar os teores de lítio em alimentos. O objetivo desse trabalho foi avaliar a influência da aplicação foliar de doses de Li sobre a área foliar de cultivares de alface. O experimento foi conduzido durante o mês de agosto de 2018 no setor de Olericultura do Campus Universitário de Gurupi. O delineamento experimental utilizado foi em bloco casualizados, com quatro repetições e quatro amostras por repetição. Os dez tratamentos foram dispostos em esquema fatorial 5x2, sendo cinco doses de Li (0; 16; 32; 48 e 64 g ha-1) e duas cultivares de alface do tipo crespa (SVR 2005 e Solaris), ambas da empresa Seminis®. A fonte de Li utilizada foi o Sulfato de Lítio (10,8% de Li). Após 45 dias do transplantio foi determinado a área foliar (AF, cm2) pelo “método de discos”, conforme estudos realizados por Huerta & Alvim (1962). Os dados obtidos foram submetidos a análise de variância (ANOVA), as cultivares foram comparadas pelo teste Tukey (p≤0,05) e o fator dose submetido a análise de regressão pelo programa Sisvar 5.6®. A cultivar Solaris foi superior a SVR 2005 em todas as doses utilizadas, estatisticamente. Houve um aumento da área foliar de forma quadrática, com máxima eficiência técnica nas doses 31 e 36 g Li ha-1, com diferença de 30 e 27% para as cultivares SVR 2005 e Solaris em relação ao tratamento sem aplicação de lítio. A cultivar Solaris possui maior área foliar do que a SVR 2005 e o lítio aplicado via foliar pode promover acréscimos em ambas. Palavras-chave: Lactuca sativa; biofortificação; produção. Agradecimentos: NERO, UFT, LABSOLOS.
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Aspectos morfogênicos do capim Urochloa brizantha cv. Marandu sob aplicação de ácido húmico e fúlvico Bruna A. Barbosa1, Lara C. Marques1, Gilson do C. Alexandrino2, Hanrara P. Oliveira2, Savio dos S. Oliveira1, Jaci de S. Dias1 Universidade Federal do Tocantins, Gurupi – TO, Brasil, brunaazevedo@uft.edu.br; 2Universidade Federal de Lavras, Lavras – MG, Brasil. 1
O Capim Marandu é uma excelente forrageira que se destaca e é amplamente difundido nos sistemas pastoris brasileiros. É o mais utilizado na produção animal, cria e engorda de bovinos. Os ácidos húmicos e fúlvicos resultam da decomposição da matéria orgânica e são capazes de estimular alterações fisiológicas nas plantas, contribuindo para um melhor desenvolvimento e produtividade. Teve como objetivo determinar a influência da aplicação foliar de ácido húmico e fúlvico sobre a morfogênese da forrageira Urochloa brizantha cv. Marandu. O estudo foi realizado em casa de vegetação, Campus Universitário de Gurupi – UFT. O experimento foi conduzido em esquema fatorial (2x6), dispostos em blocos casualizados, com quatro repetições. Sendo o fator A composto por ácido húmico (AH) e fúlvico (AF) e o fator D por doses de 0; 1,0; 2,0; 4,0; 8,0; 16,0 L ha-1, aplicados via foliar após cada corte. O capim Marandu foi cultivada em vasos plástico contendo 14 dm3 de Latossolo Vermelho Amarelo coletado da camada de 0-20 cm. O fracionamento dos AH e AF foi realizado com adaptações, de composto orgânico proveniente do rúmen de bovinos. Foram realizados três cortes com ciclo de 25 dias, a 20 cm do solo. Para a avaliação da morfogênese foi utilizada a técnica de perfilhos marcados, sendo analisados: Taxa de alongamento foliar (TAiF); Taxa de alongamento do pseudocolmo (TAC); Numero de folhas mortas (NFM) e Duração de vida da folha (DVF).Os dados foram submetidos à análise de variância (p≤ 0,05) usando teste de Tukey para o fator fonte e análise de regressão para o fator dose, realizando desdobramento quando identificado interação dos fatores, utilizando o software R® versão 3.5. Na TAif a dose 8 L ha-1 de AH obteve o melhor resultado com 12,7 cm perfilho-1 dia-1, já com AF não ocorreu diferença significativa. A TAC com o aumento da dose da aplicação do AH o pseudocolmo foi diminuindo seu tamanho, como na dose 16 L ha-1 teve 1,1 cm perfilho-1 dia-1, inferior quando comparado a testemunha (2,0 cm perfilho1 dia-1), e com a aplicação do AF não teve diferença. O NFM com o aumento da aplicação de doses de AH resultou em um aumento linear, onde o maior valor foi na dose 16 L ha-1 resultando em 1,1 perfilho-1 dia-1, já aplicando o AF teve resultados bem variados, todos acima do valor do resultado da testemunha (0,2 número perfilho-1 dia-1), onde com a dose 4 L ha-1 teve o maior resultado (1,2 número perfilho-1 dia-1). Na DVF aplicando o AH o melhor resultado foi na dose 8 L ha-1 resultando em 22 dias, aplicando AF a sua mudança não foi muito significativa. Ocorreu alteração da morfogênese com a aplicação do AH no capim Marandu, obtendo melhores resultados morfogênicos, mas com a aplicação do AF não ocorreu alterações significativas. Palavras-chave: produtividade; forragem; húmicos. Agradecimentos: NERO, UFT, TIMAC.
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Aumento da disponibilidade de P e K no sistema plantio direto de cebola em função de doses de biocarvão Fábio S. Higashikawa1, Carlos A. Silva2, Claudinei Kurtz1, Leandro D. Geremias1 1
Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina - Epagri, Ituporanga - SC, Brasil, fabiohigashikawa@epagri.sc.gov.br; 2Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil.
A grande dependência do Brasil em relação à importação de fertilizantes fosfatados e potássicos torna necessária a busca por fontes alternativas e de baixo custo para a produção agrícola. Nesse sentido, resíduos orgânicos, como o biocarvão, podem ser utilizados como fontes alternativas de nutrientes quando estão disponíveis localmente. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência das doses de biocarvão na disponibilidade de fósforo e de potássio no solo em sistema de plantio direto de cebola. O experimento foi conduzido na Estação Experimental da Epagri em Ituporanga, Santa Catarina, com cultivo de cebola durante os meses de julho a novembro do ano de 2016. O solo, Cambissolo Húmico, da camada 0 a 0,2 m antes do preparo e da instalação do experimento, apresentava as seguintes características: argila = 360 g kg-1; pH = 4,9; Ca = 4,3 cmolc dm-3; Mg = 3,4 cmolc dm-3; Al = 1,9 cmolc dm-3; P (Mehlich-1) = 3,2 mg dm-3; K (Mehlich-1) = 58 mg dm-3; Saturação por bases = 36%; matéria orgânica (MO) = 3,4%; H+Al = 8,7 cmolc dm-3 e CTC a pH 7,0 = 13,6 cmolc dm-3. Os tratamentos consistiram da aplicação em área total nas parcelas das seguintes doses de biocarvão que foram posteriormente incorporadas com grade: 0; 5; 10; 20, 40, 80 e 100 t ha-1. Foi utilizado delineamento casualizado em blocos com quatro repetições. O biocarvão, originado de madeira de Eucalyptus spp., foi coletado em carvoaria da região de Ituporanga, SC, que utiliza forno cilíndrico para produção artesanal de carvão. A conversão da madeira de eucalipto em carvão foi feita sob pirólise lenta (~350 ºC) com exclusão parcial do oxigênio. De acordo com a caracterização, o teor de P apresentado pelo biocarvão foi de 1,7 g kg-1 e o de K de 12,3 g kg-1. O biocarvão foi passado em peneira de malha de 10 mm, antes de ser aplicado nas parcelas. A aplicação do biocarvão em área total nas parcelas foi feita manualmente e com posterior incorporação por meio da gradagem um mês antes do plantio de adubo verde de inverno. A adubação verde de inverno foi feita no mês de abril com plantio consorciado de nabo-forrageiro (Raphanus stivus L) e aveia preta (Avena strigosa Schreb.), nas densidades de semeadura de 10 e 60 kg ha-1, respectivamente. O transplantio das mudas de cebola foi feito após o acamamento com rolo-faca das plantas de cobertura. Os tratamentos receberam fertilização mineral de acordo com as recomendações de adubação para a cultura da cebola. Foram aplicados, em kg ha-1, 150 de N na forma de nitrato de amônio, 290 de P2O5 na forma de susperfosfato simples e 160 de K2O na forma de cloreto de potássio. As adubações nitrogenada e potássica foram feitas no plantio e em cobertura, parcelando-se em três vezes a dose remanescente de N e em duas, para o K. Após a colheita da cebola, foram coletadas amostras de solo na camada de 0 a 0,20 m, em cinco pontos aleatórios dentro de cada parcela, para análise e avalição de atributos de fertilidade do solo. Os dados coletados foram submetidos à análise de regressão. A equação ajustada para o P em função da dose de biocarvão foi a seguinte: P = 13,1466+0,1823x (R2 = 0,85). De acordo com esta equação, cada tonelada de biocarvão adicionada no solo disponibilizou 0,18 mg dm-3 de P (Mehlich1). Com relação ao K, a equação ajustada foi a seguinte: K = 87,4084+3,0496x (R2 = 0,99). Desse modo, para cada tonelada de biocarvão adicionada no solo, houve acréscimo de 3,04 mg dm-3 de K (Mehlich-1). Em ambas as equações ajustadas o x representa a dose de biocarvão em t ha-1. Além disso, foi verificado que para cada t ha-1 de biocarvão adicionada ao solo houve um aumento de 0,02 cmolc dm-3 na CTC a pH 7,0 do solo. Essa elevação da CTC juntamente com a adição de P e K contido no biocarvão explicam o aumento da disponibilidade desses nutrientes no solo. A elevação da disponibilidade de P e de K no solo não afetou negativamente a produtividade da cebola e possibilita uma redução no uso de fertilizantes no cultivo subsequente. O uso de biocarvão como condicionador de solo é uma estratégia interessante para elevar os teores disponíveis de P e de K do solo, sem comprometer a produtividade da cebola, no entanto, como o aumento da disponibilidade desses nutrientes é linear, é necessário monitorar o solo, para evitar excesso de nutrientes no sistema produtivo. Palavras-chave: Allium cepa L.; biocarvão de eucalipto; sistema plantio direto de hortaliça. Agradecimentos: Ao CNPq (processo 403912/2016-4), pelo financiamento da pesquisa.
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Aumento do teor de matéria orgânica do solo no sistema plantio direto de cebola em função da aplicação de biocarvão Fábio S. Higashikawa1, Carlos A. Silva2, Claudinei Kurtz1, Leandro D. Geremias1 1
Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina - Epagri, Ituporanga - SC, Brasil, fabiohigashikawa@epagri.sc.gov.br; 2Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil.
Em sistemas de produção, a preservação da matéria orgânica do solo (MOS) é um ponto chave para a manutenção do sistema produtivo, pois a MOS desempenha várias funções, afetando diversos processos físicos, químicos e biológicos do solo. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da aplicação de doses de biocarvão nos teores de MOS no sistema plantio direto de cebola. O experimento foi conduzido na Estação Experimental da Epagri, em Ituporanga, Santa Catarina, situada a 27º 25’S, 49º 38’W, altitude de 475 m, com cultivo de cebola durante os meses de julho a novembro do ano de 2016. O clima onde foi realizado o experimento é classificado como Cfa segundo classificação de Köppen. O solo, Cambissolo Húmico, da camada 0 a 0,2 m antes do preparo e da instalação do experimento, apresentava as seguintes características: argila = 360 g kg-1; pH = 4,9; Ca = 4,3 cmolc dm-3; Mg = 3,4 cmolc dm-3; Al = 1,9 cmolc dm-3; P (Mehlich-1) = 3,2 mg dm-3; K (Mehlich-1) = 58 mg dm-3; Saturação por bases = 36%; matéria orgânica (MO) = 3,4%; H+Al = 8,7 cmolc dm-3 e CTC a pH 7,0 = 13,6 cmolc dm-3. Os tratamentos consistiram da aplicação em área total nas parcelas das seguintes doses de biocarvão que foram posteriormente incorporadas com grade: 0; 5; 10; 20, 40, 80 e 100 t ha-1. Foi utilizado delineamento casualizado em blocos com quatro repetições. O biocarvão, originado de madeira de Eucalyptus spp., foi coletado em carvoaria da região de Ituporanga que utiliza forno cilíndrico para produção artesanal de carvão. A conversão da madeira de eucalipto em carvão foi feita sob pirólise lenta (~350 ºC), com exclusão parcial do oxigênio. O biocarvão foi passado em peneira de malha de 10 mm, antes de ser aplicado nas parcelas. A aplicação do biocarvão em área total nas parcelas foi feita manualmente e com posterior incorporação por meio da gradagem um mês antes do plantio de adubo verde de inverno. A adubação verde de inverno foi feita no mês de abril por meio do plantio consorciado de nabo-forrageiro (Raphanus stivus L) e aveia preta (Avena strigosa Schreb.) nas densidades de semeadura de 10 e 60 kg ha-1, respectivamente. O transplantio das mudas de cebola foi feito após o acamamento com rolofaca das plantas de cobertura. Após a colheita da cebola, foram coletadas amostras de solo na camada 0 a 0,2 m, em cinco pontos aleatórios dentro de cada parcela, para análise e avalição dos atributos de fertilidade do solo. Os dados coletados foram submetidos à análise de regressão. Os teores de matéria orgânica do solo aumentaram de modo linear em função das doses de biocarvão aplicadas sendo ajustada ao conjunto de dados a seguinte equação: (MO, %) = 3,4991 + 0,0058x (R2 = 0,89), onde x representa a dose de biocarvão em t ha1 . De acordo com este modelo, o teor de matéria orgânica passou de 3,4% na dose 0 para 4,0% na dose de 100 t ha-1, o que representa um aumento aproximado de 18% no teor de matéria orgânica do solo na camada de 0 a 0,20 m. Para cada tonelada de biocarvão adicionada no solo houve um aumento de 0,005% no teor de matéria orgânica. A inclusão de biocarvão no sistema de plantio direto é uma estratégia que permitiu aumentar a MOS de modo mais rápido do que o uso de plantas de cobertura de modo isolado. No entanto, são necessários estudos de longo prazo para verificar a influência do biocarvão na dinâmica dos atributos de fertilidade do solo sob SPD com cebola, e se o C-biocarvão persiste no solo. Palavras-chave: Allium cepa L.; biocarvão de eucalipto; sistema plantio direto de hortaliça. Agradecimento: Ao CNPq (processo 403912/2016-4), pelo financiamento da pesquisa.
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Avaliação de fontes de fósforo e nitrogênio na cultura do milho no Cerrado Mateus O. T. de Ávila1, Anderson J. Milani1, Gustavo S. Ferreira1, Luanna B. W. Gomes1, Fábio M. Ferreira1, Silvino G. Moreira1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, mateusolimpyo@yahoo.com.br
De todos os fatores que influenciam o custo da produção de milho, os fertilizantes representam a maior parcela, respondendo por 30% do total. Devido às características físico-químicas dos solos tropicais, uma parcela significativa do fósforo adicionado ao solo é adsorvida. A ureia, o fertilizante nitrogenado mais utilizado no Brasil, em regiões tropicais e principalmente, sob cultivo de plantio direto aliada à baixa disponibilidade hídrica, proporciona elevadas perdas de nitrogênio, na forma de amônia, por volatilização. Objetivou-se neste trabalho avaliar a eficiência do revestimento do MAP com ácidos húmicos e do revestimento da ureia com enxofre e polímero, no aumento da eficiência destes fertilizantes. O experimento foi realizado no Centro de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – Fazenda Muquém, da Universidade Federal de Lavras, na cidade de Lavras, Minas Gerais. A fazenda está localizada a 21º 40' 00” Sul e 45º 00' 00” Oeste, a 918 m de altitude. O município de Lavras possui um clima Cwa (subtropical, com verão chuvoso e inverno seco), baseado na classificação de Köppen, com precipitação média anual e temperatura de 1529,7 mm e 19,5 °C, respectivamente. Foi utilizado o delineamento em blocos casualizados, em esquema fatorial 3 x 4, sendo quatro níveis de fósforo (MAP; MAP revestido com ácidos húmicos (AH) e o controle) e seis níveis de nitrogênio (ureia; ureia revestida com enxofre e polímero; nitrato de amônio e o controle), totalizando 48 parcelas. As parcelas consistiram em seis linhas no tamanho 6,0 m x 3,6 m, com espaçamento entre linhas de 0,6 m totalizando 21,6 m2. Foram aplicadas as doses de 210, 120 e 140 kg ha-1 de N, P2O5, K2O, respectivamente. A semeadura foi realizada com 3,6 sementes por metro linear do híbrido Riber 9004IPRO, totalizando um stand 60.000 plantas ha-1. Foram retiradas duas amostras de solo na linha de plantio e quatro na entrelinha, de forma aleatória, para compor a amostra composta de cada parcela. A determinação do teor de fósforo no solo foi realizada pelos métodos Mehlich-1 e resina mista. O teor foliar de fósforo e nitrogênio seguiu os critérios estabelecidos pela EMBRAPA. Os dados foram submetidos à análise de variância e os resultados significativos ao teste de Scott-Knott a 1% de probabilidade. O revestimento do MAP por ácidos húmicos, não alterou significativamente o teor de fósforo no solo pelos dois métodos utilizados. Os teores de fósforo Mehlich-1 variaram entre 10,9 a 13,5 mg dm-3, já para resina a variação foi de 50,6 a 60,2 mg dm-3. Resultado semelhante foi encontrado para o teor de fósforo foliar que variou de 1,5 a 1,6 g kg -1. A ureia revestida não alterou significativamente o teor de nitrogênio foliar, ficando os teores entre 25,4 a 26,4 g kg-1. Os fertilizantes revestidos apresentam desempenho igual aos fertilizantes convencionais. Palavras-chave: ácido húmico; polímero; extratores. Agradecimentos: GMAP, DAG, UFLA, CAPES.
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Biocarvão enriquecido com fósforo e magnésio apresenta maior estabilidade do carbono Jefferson S. da S. Carneiro1, José F. L. Filho1, Bárbara O. Nardis1, Yuri L. Zinn1, Jenaina R. Soares1, Leônidas C. A. Melo1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, carneirojss@yahoo.com.br
O aumento do conteúdo de carbono orgânico no solo é importante para aumentar a qualidade do solo e mitigar as emissões de CO2. Assim, a pirólise da biomassa para produzir biocarvão tem sido investigada em todo o mundo com o objetivo de adicionar carbono (C) estável ao solo e melhorar suas propriedades funcionais. No Brasil, grandes quantidades de resíduos agroindustriais são produzidos e apresentam potencial para este propósito. Embora na última década os esforços de pesquisa tenham avançado, ainda há um longo caminho para viabilizar a aplicação de biocarvão em larga escala. Mais recentemente, o biocarvão enriquecido em fosfato foi proposto para ser usado como fertilizante de eficiência aumentada com maior estabilidade do C em comparação aos biocarvões regulares. Mas, devido à alta acidez de alguns biocarvões enriquecidos com fosfato, o óxido de magnésio (MgO) também tem sido proposto como aditivo para a produção de fertilizantes à base de biocarvão (BBFs). Entretanto, a estabilidade do C nesses materiais ainda é pouco conhecida. O objetivo geral deste trabalho foi avaliar como a impregnação com ácido fosfórico (H3PO4) e MgO na biomassa afeta a estabilidade térmica e química do BBF produzido. Ácido fosfórico com e sem MgO foram prémisturados com biomassa de casca de café e de cama de frango para produzir BBFs por pirólise. As biomassas também foram pirolisadas individualmente para produzir biocarvões simples. Os materiais foram quimicamente caracterizados e a estabilidade do C foi termicamente (análise termogravimétrica e oxidação em forno mufla) e quimicamente (oxidação de H2O2 e K2Cr2O7) avaliada. Todos os materiais foram caracterizados por análise espectroscópica de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR) e Raman. Os resultados mostram que o pré-tratamento de H3PO4 e H3PO4-MgO aumentou a produção e retenção de C nos BBFs, que apresentaram maior estabilidade térmica mensurada pela análise de TGA e oxidação em forno mufla em comparação aos biocarvões simples, causando menor perda de massa e maior C remanescente. Por outro lado, a oxidação de H2O2 foi maior no tratamento com H3PO4-MgO e K2Cr2O7 nos tratamentos H3PO4 e H3PO4MgO em relação aos biocarvões, diminuindo sua estabilidade química. A maior estabilidade térmica dos BBFs provavelmente ocorreu devido à formação de complexos de fósforo, como C–O–PO3 ou (CO)2PO2 nos BBFs. Por outro lado, a menor estabilidade química deveu-se ao aumento da área superficial específica (ASE) e menor cristalinidade dos compostos de C dos BBFs causados principalmente pela adição de MgO. Este estudo indica que a co-pirólise de biomassas com H3PO4 + MgO aumenta o rendimento (redução da perda de C durante a pirólise) e estabilidade térmica, mas também aumenta a oxidação química devido a maior reatividade. Palavras-chave: pirólise; sequestro de carbono; solos tropicais. Agradecimentos: CNPq (Processo 148279/2016-3), CAPES, FAPEMIG.
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Bioestimulantes na germinação de cultivares de milho Cayque P. de Oliveira1, Aurélio V. de Melo1, Rodrigo C. Tavares1 1
Universidade Federal do Tocantins, Gurupi – TO, Brasil, cayquerio10@hotmail.com
Bioestimulantes são obtidos pela mistura de dois ou mais reguladores vegetais, com outras substâncias presentes o solo (aminoácidos, nutrientes, vitaminas), complexos que promovem o equilíbrio hormonal das plantas e que favorecem a expressão do potencial genético. Estas substâncias tem sido estudadas por diversos autores, no entanto ainda a muito a se desvendar sobre o seu modo de ação, sua influência na produtividade, a melhor idade fenológica das plantas para sua aplicação e dose para a aplicação. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência de bioestimulantes no desenvolvimento inicial de cultivares de milho. O experimento foi realizado com sementes de milho (Zea mays), nas cultivares M-274 e Crioulo do Cerrado, com cinco doses do produto Humix® (desenvolvido a partir de turfa seca - ácidos húmicos: 252,5 g L-1 e matéria orgânica: 595,9 g L-1): 0,0; 0,25; 0,50; 0,75 e 1,0 mL para cada 100 sementes, com quatro repetições de 50 sementes, dispostas em delineamento inteiramente casualizado (fatorial 2x5). As doses foram aplicadas diretamente nas sementes, distribuídas em papel Germitest humedecido com água destilada, e posteriormente, colocadas em germinador. As avaliações foram feitas 5 dias após a aplicação dos tratamentos, sendo determinadas as seguintes variáveis: GM: germinação (%); CR: comprimento de raiz (cm); VR: volume de raiz (cm3) e CP; comprimento de plântula (cm). Os dados foram submetidos à análise de variância (p≤ 0,05) usando teste de Tukey para o fator cultivar e análise de regressão para o fator dose, utilizando o software R® versão 3.5. Não houve interação entre os fatores para GM e CR, sendo M-274 superior em ambas características, com 99,4 e 91,15, respectivamente. Em GM, não houve efeito das doses, já para CR o comportamento foi quadrático (Y=6,4238 + 4,468x -3,48x2, R2 = 0,87). Nas características VR e CP, ocorreu interação significativa. Em VR, a cultivar M-274 foi superior em todas as doses testadas, com ajuste quadrático (Y = 0,0511 + 0,2279x - 0,1629x2, R2 = 0,88), como também para Crioulo (Y = 0,0132 + 0,1403x - 0,1143x2, R2 = 0,97). O CP, as cultivares obtiveram o mesmo comportamento, sendo a M-274 (Y = 2,2816 + 1,9049x - 1,1029x2, R2 = 0,79) superior em todas as doses testadas que a Crioulo (Y = 1,656 + 0,929x, R2 = 0,67). As cultivares responderam de forma diferente durante seu desenvolvimento inicial, demonstrando que o produto precisa ser posicionado e/ou dosado conforme o potencial do material genético. Porém, mais pesquisas a nível de campo precisam ser realizadas a fim de elucidar questões como a interação entre produto-genótipo-ambiente. Palavras-chave: plântulas; substâncias húmicas; crescimento inicial. Agradecimentos: NEA-AMO, UFT.
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Caracterização das relações entre enxofre mineral e orgânico em diferentes solos do Cerrado brasileiro Stefânia B. Zauza1, Filipe A. Namorato1, Patriciani E. Cirpriano1, Maria J. V. dos Santos1, Cristiane F. Barbosa1, Luiz R. G. Guilherme1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, sbarroszauza@gmail.com
O enxofre é um elemento químico presente em solos de maneira geral e de forma abundante, sendo um constituinte da matéria orgânica (forma orgânica) ou da fração mineral (forma inorgânica), em que a relação existente entre essas formas varia de acordo com manejo, tipo, profundidade e propriedades de cada solo. Objetivou-se com o presente estudo avaliar os teores de enxofre mineral e total e a sua relação mineral/total em três classes de solos distintas em duas profundidades. Foram utilizados de três solos, em triplicata, sendo eles: Argissolo Vermelho eutrófico (PVe) proveniente de uma área de café nos arredores da cidade de Ijaci MG nas profundidades 0 – 20 e 20 – 40 cm, Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico (LVAd) proveniente de uma área de mata do campus da UFLA no município de Lavras - MG nas profundidades 0 – 20 e 20 – 40 cm e Latossolo Vermelho distrófico (LVd) proveniente de uma área de café, também do campus da UFLA no município de Lavras - MG nas profundidades 0 – 20 e 150 – 200 cm. Foram determinados o sulfato S-SO4(forma inorgânica de enxofre) através do ataque com HCL 1:1 e precipitação com BaCl2, calcinação do BaSO4 e determinação gravimétrica do precipitado, e enxofre total utilizando a metodologia USEPA 3051a. Os valores de enxofre total nos solos, apresentaram teores variáveis quanto ao tipo de solo e suas profundidades, com variação entre 35,6 a 191,3 dag kg-1. Os teores de S-SO4- também apresentaram teores variáveis de acordo com tipo de solo e profundidade, variando entre 2,4 e 6,3 mg kg-1. A relação S-mineral/S-total também apresentou resultados variáveis com tipo de solo e profundidade dos mesmos, variando 3,3 a 8,7%. No caso do LVAd, a grande quantidade de S-total nas duas profundidades estudadas, pode estar relacionado a presença predominante de mata nativa, que inibi a rápida decomposição e mineralização da matéria orgânica, ligada ao enxofre. Em solos com vegetação natural, o teor de matéria orgânica está estabilizado, não ocorrendo nenhuma alteração em seu teor. Com isso, pode-se concluir que o enxofre tem sua dinâmica no solo dependente da matéria orgânica, tendo correlação significativa entre si. De forma geral, os solos estudados apresentaram maiores teores de enxofre total na camada de 0-20 cm, possivelmente devido a esse elemento estar associado a fase orgânica destes solos. Palavras-chave: enxofre mineral; enxofre orgânico; enxofre total. Agradecimentos: CAPES, CNPq, FAPEMIG.
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Caracterização de solos concrecionários em área de produção de soja na região sul do Tocantins Leydinaria P. Silva1, Paulo S. S. Silva1, Hanrara P. Oliveira1, Fabriny S. Ribeiro1, Evandro A. Ribeiro1, João P. S. Beserra1 1
Universidade Federal do Tocantins- Gurupi - TO, Brasil, leydinaria@uft.edu.br
Dentre os biomas presente no Brasil, o Cerrado é o segundo maior, perdendo apenas para a Amazônia, ocupando 2.036.448 km2, cerca de 22% do território. O Estado do Tocantins possui 27.620 km2 de extensão territorial, tendo 91% composto pelo Bioma Cerrado. No Estado do Tocantins as ordens de solos encontradas mostram a predominância de Plintossolos, seguido de Neossolos e depois Latossolos, se caracterizam pela presença de manchas esparsas nas porções. Portanto, conhecer a variabilidade espacial de atributos do solo que controlam a produtividade das culturas e investigar as causas dessa variabilidade são fatores importantes em um sistema de produção que vise por meio do manejo regionalizado de insumos e práticas agrícolas a otimização do uso de insumos e serviços. O objetivo desse trabalho foi avaliar a ocorrência e a diferença entre a fertilidade do solo com e sem pedregosidade sob cultivo de soja. O trabalho foi realizado no município de Formoso do Araguaia no estado do Tocantins, foi realizado em uma área de cultivo de soja. As amostras de solo foram coletadas na profundidade 0-20 cm, em um grid de malha regular de 150 m x 150 m em uma área de aproximadamente 151 ha-1 com pontos distanciados perpendicularmente entre si. Os solos da área possui manchas de Latossolo e Cambissolo. No total foram coletadas 64 amostras, com cada ponto georreferenciado com auxílio de GPS MAP78s, como forma de demarcar a área de estudo e elaborar os mapas de fertilidade do solo por meio de ferramentas geoestatísticas. Após a coleta, todas as amostras de solo, foram secas ao ar e peneiradas em peneira de malha de 2,0 mm e então obtidas amostras de terra fina seca ao ar (TFSA) para posteriores análises físico-química no LABSOLO – UFT em Gurupi. A relação de cascalho foi obtido através da coleta do solo na camada de 0-20 cm de profundidade, utilizando um cilindro com área conhecida, o solo coletado foi colocado em sacos plásticos e pesados posteriormente para obtenção do peso total da amostra, em seguida foi peneirado em uma peneira com malha de 2 mm para obtenção de terra fina (< 2 mm) e elementos grosseiro (> 2 mm), após a separação foi feita a pesagem da terra fina, com a diferença do peso total da amostra menos a terra fina obteve o peso dos elementos grosseiros, depois foi feita uma relação dividindo a porcentagem de elementos grosseiros pela porcentagem terra fina, obtendo assim o valor de relação de cascalho. Com a estatística descritiva dos atributos físico-químicos do solo com e sem cascalho foi possível observar que o solo com cascalho obteve maior CTC, K, P, areia e argila, já os demais atributos são iguais estatisticamente ao solo sem cascalho. O cascalho não influenciou nos teores de Ca+Mg, H+Al, MO, pH e silte. Os dados evidenciam que a presença de cascalho no solo, provocou acréscimos nos níveis de macronutrientes (K e P) e CTC, isso indica melhoria, nos atributos químicos do solo, em relação ao solo sem cascalho, porem os solos com cascalho exigem maior atenção ao serem manejados, principalmente ao analisar os níveis de nutrientes, que se encontram mais concentrados na fração terra fina (> 2 mm) e pode levar a um erro na interpretação da análise do solo, a relação cascalho/terra fina mostra que os valores encontrados não condizem com a realidade do solo. Os valores das variáveis foram submetidos à análise exploratória, para verificar se esses ocorriam de maneira aleatória ou agregada, calculando-se a média, mediana, moda e coeficientes de assimetria, curtose e variação. Como ferramenta auxiliar na obtenção desses parâmetros, utilizou-se o programa GS+ v. 7.0 (Build 17). Foram adotados os limites do coeficiente de variação (CV) classificados em baixo (CV<12%), médio (12 < CV < 60%) e alto (CV > 60%), propostos por WARRICK & NIELSEN (1980). A hipótese de normalidade dos dados foi verificada com o teste de SHAPIRO & WILK (1965) ao nível de 5% de probabilidade com o auxílio do programa SISVAR, versão 5.3 (Build 77). O solo com cascalho obteve maior teor CTC, K, P e areia, e menor teor de argila, já os demais atributos são iguais estatisticamente ao solo sem cascalho. O cascalho não influenciou nos teores de Ca+Mg, H+Al, MO, pH e silte. A relação de cascalho média na área estudada total foi 1,97, já a relação de cascalho média do solo com cascalho foi de 4,78. A fertilidade do solo com cascalhos é afetada pela alta relação de cascalho/solo. Palavras-chave: geoestatisca; fertilidade; pedregosidade. Agradecimentos: GPRAD, UFT, CNPq.
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Crescimento inicial de mudas de araçá-boi em função da aplicação de calcário de concha e do resíduo de laticínio ao substrato Iago R. Cometti1, Fabio O. dos R. Silva1, José D. Ramos1, Paulo C. de Melo1, Alexandre D. da Silva1, Ana L. K. da Silva1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras – MG, Brasil, iagoreinaldocometti@gmail.com
Existe uma grande diversidade de plantas nativas da floresta Amazônica, tendo como um dos destaques o Araçá-Boi (Eugenia stipitata). Essa frutífera pertence à família das Mirtáceas, com vegetação do tipo arbusto, podendo atingir em média 3 metros de altura. O Araçazeiro pode ser propagado via estaquia e através de sementes. Os principais países produtores da fruta são Brasil, Peru e Bolívia. Essa planta também é conhecida popularmente como “fruta danone”, pois, ao misturar a sua polpa com leite, o produto processado remete sabor semelhante ao produto alimentício da Danone. Além do gosto característico, a mesma apresenta diversas qualidades nutricionais benéficas ao corpo humano e por esse motivo, essa frutífera tem potencial para se tornar um produto comum na mesa dos consumidores. No entanto, para expansão do cultivo dessa cultura algumas pesquisas são necessárias, sobretudo aquelas relacionadas à sua propagação. Diante do exposto, objetivou-se nesse trabalho avaliar o crescimento inicial de mudas de Araçá-boi em função da aplicação do calcário de concha e do resíduo de laticínio ao substrato. O experimento foi realizado no Pomar pertencente ao Setor de Fruticultura da Universidade Federal de Lavras. Foram utilizadas mudas de araçá-boi com 1 mês de idade. O experimento foi instalado em delineamento em blocos casualizados (DBC) em esquema fatorial 5 x 3, sendo o primeiro fator composto pelas doses do resíduo de laticínio (0, 25, 50, 75 e 100%) e o segundo fator pelo calcário de concha (0, 6 e 12 ton ha-1). As diferentes doses de calcário foram aplicadas ao substrato no momento da implantação do experimento, enquanto as diferentes doses de resíduos de laticínio foram aplicadas semanalmente. O trabalho foi realizado com 3 repetições e 5 plantas por parcela. Utilizou-se como recipientes na produção de mudas, saquinhos com volume de 1 litro com substrato (50% solo + 50% areia). Noventa dias após a semeadura (DAS) foram avaliados: altura da planta, diâmetro do caule, massa fresca e seca da raiz, massa fresca e seca da parte área. Utilizou-se o teste de Tukey e posteriormente análise de regressão para determinação das doses ideais de calcário de concha de resíduo de laticínio. Não houve diferença estatística para maioria das variáveis estudadas, com exceção do diâmetro do caule, no qual a dose de calcário de concha que teve melhor desenvolvimento foi a de 3,81 ton/ha e a dose do resíduo de laticínio que apresentou maior desenvolvimento foi a de 100%. Em média os diâmetros foram de 0,246 cm e 0,277 cm, respetivamente. Dessa forma, conclui-se que é recomendado a utilização de calcário de concha (3,81 ton ha-1) e resíduo de laticínio (100%) na produção de mudas de araçá-boi. Palavras chaves: Eugenia stipitata; propagação; fruta danone. Agradecimentos: UFLA, CNPq, CAPES e FAPEMIG.
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Definição de unidades de gestão diferenciadas por meio do índice de vegetação por diferença normalizada (NDVI) usando sensores portátil e embarcado Raul F. H. Rodriguez1, Julián G. T. Espinosa1, Maria P. B. Orozco1, Jadson M. da Silva2, Cleber K. de Souza2, Mosar F. Botelho2 1
Universidad del Tolima, Ibague- Tolima, Colombia, raulfe_@hotmail.com; 2Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas, Inconfidentes – MG, Brasil.
O Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) é usado para prever a atividade fotossintética das plantas graças à reflectância produzida pela clorofila, que permite, também, estimar o acúmulo de nitrogênio e desenvolvimento vegetativo. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo avaliar dois métodos de determinação de NDVI para a elaboração de mapas de distribuição espacial para determinação de Unidades de Gestão Diferenciadas (UGD´s). O presente estudo foi desenvolvido em uma área de produção agrícola no IFSULDEMINAS – Campus Inconfidentes, com 1,98 ha cultivada com milho. A primeira opção foi a coleta de dados com câmera (Vermelho e Infravermelho) embarcada em um drone e a segunda, utilizou-se um receptor portátil (GreenSeeker®). As coletas foram realizadas no período da manhã no estádio V8. As imagens obtidas pelo drone, foram registradas a uma altura de vôo de 50 m e, após a confecção da ortofoto, foi realizada o georreferenciamento. O procedimento de campo para coleta de dados com o receptor portátil, foi realizada com auxílio de um GNSS. Ao chegar no ponto de interesse fez-se o registro de oito leituras de NDVI em um raio de 2 metros do ponto, totalizando 220 pontos na área. Os dados coletados com o receptor portátil passaram por tratamento estatístico descritivo para verificar a distribuição de frequência e teste de normalidade. A análise geoestatística foi realizado com auxílio do Software Vesper 1.6 e os mapas de distribuição espacial no Software QGIS 2.18.7. Pelos resultados de NDVI, obtidos com as imagens do drone, não foi possível identificar as Unidades de Gestão Diferenciadas, porém, é possível identificar falhas na lavoura ocasionadas pela distribuição de sementes, no momento do plantio, ou por problemas na germinação. Ao avaliarmos os resultados gerados pelo sensor portátil, fica evidente as diferentes UGD´s, sendo possível identificar locais com maior e menor potencial produtivo. Esta diferença entre os métodos dar-se em função das características de coleta da informação e interpolação dos dados. O mapa de NDVI gerado a partir das imagens obtidas com o drone, foi confeccionado pixel a pixel (com resolução espacial de 1,5 x1,5 cm) e o do sensor portátil passou por interpolação por krigagem (50 x 50 cm), que tem por característica estimar valores em locais não amostrado. Neste sentido, conclui-se que a utilização de sensores embarcados em drone, apresenta alta resolução espacial, dificultando a definição de UGD´s, porém, para aplicação de fertilizantes nitrogenados, este procedimento apresenta exatidão na informação, sendo possível aplicar a dose certa no lugar certo. Porém, se o objetivo for identificar as UGD´s, o levantamento com sensores portáteis é preciso, neste caso, tem-se informações de locais com alto/baixo potencial produtivo auxiliando na tomada de decisão. Palavras-chave: agricultura de precisão; distribuição espacial; adubação nitrogenada. Agradecimentos: SNPAP, IFSULDEMINAS.
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Desenvolvimento inicial de sementes de pitaia em diferentes substratos Alexandre D. da Silva1, Giovani M. P. Filho1, José D. Ramos1, Iago R. Cometti1, Fábio O. dos R. Silva1, Verônica A. dos Santos1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras – MG, Brasil, alexandrediasufla@gmail.com
As frutas exóticas vêm se tornando uma ótima saída para os pequenos produtores, uma delas é a pitaia que se encontra entre as frutíferas tropicais pouco conhecidas, uma fruta com alto valor comercial e alta demanda no mercado interno e externo. Porém, existem algumas lacunas a serem preenchidas com a pesquisa, uma delas é escolha correta do tipo de substrato, que é um fator crucial para a propagação de frutíferas. As variedades de pitaia mais conhecidas e comercialmente utilizadas são as pitaia vermelha de polpa branca e vermelha de polpa vermelha (Hilocereus undatus e Hilocereus costaricensis) ambas espécies com origem da América Central. Também se destaca a pitaia amarela de polpa branca (Selenicereus egalanthus) com origem da Colômbia, e a cultivar brasileira conhecida como saborosa (Selenicereus setaceus). A propagação das pitaias pode ser de forma vegetativa ou por meio de sementes, a qual é conveniente, principalmente em programas de melhoramento, devido à obtenção de materiais com diferentes informações genéticas. Nesse contexto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a emergência e desenvolvimento inicial de plantas de pitaia em diferentes substratos. O experimento foi realizado no setor de fruticultura da Universidade Federal de Lavras (UFLA), em esquema fatorial 3x2, sendo três espécies de pitaia (saborosa, pitaia vermelha de polpa branca e pitaia vermelha de polpa vermelha) e dois substratos (vermiculita e tropstrato), totalizando seis tratamentos, quatro repetições e nove plantas por repetição, semeadas em tubetes com volume de 120 cm3. A emergência das sementes teve inicio aos 14 dias após semeadura. Aos 90 dias foi realizada avaliação da altura das plantas, numero de brotações. A Porcentagem de emergência foi de 88, 97 e 90% para as cultivares saborosa, vermelha de polpa vermelha e vermelha de polpa branca respectivamente com a utilização da vermiculita como substrato, para essas mesmas espécies nos tratamentos com o uso do tropstrato como substrato a percentagem de germinação foi de 58, 52 e 60% respectivamente. E para as variáveis altura de planta e número de brotações os tratamentos com vermiculita apresentaram maiores índices quando comparado com os tratamentos com o troptrato. Concluiu-se que as espécies de pitaia no substrato vermiculita alcançaram maior porcentagem de emergência, bem como as demais características. Palavras Chave: fruta do dragão; Cactaceae; propagação seminífera. Agradecimentos: UFLA, CNPq, CAPES e FAPEMIG.
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Determinação do NDVI por meio do dispositivo GreenSeeker para mapeamento de distribuição espacial Julián G. T. Espinosa1, Raul F. H. Rodriguez1, Maria P. B. Orozco1, Jadson M. da Silva2, Cleber K. de Souza2, Mosar F. Botelho2 1
Universidad del Tolima, Ibagué - Tolima, Colômbia, julian.tello@outlook.com; 2Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas, Inconfidentes – MG, Brasil.
O índice de vegetação por diferença normalizada (NDVI) é um parâmetro que permite estudar o comportamento vegetativo das culturas por meio da reflectância dos comprimentos de onda da faixa do infravermelho próximo e do vermelho. O objetivo deste trabalho é elaborar um mapa de distribuição espacial a partir dos valores de NDVI obtidos através do dispositivo GreenSeeker®. O presente estudo foi desenvolvido em uma área de produção agrícola no IFSULDEMINAS – Campus Inconfidentes, com 1,98 ha cultivada com milho. O procedimento de campo para coleta de dados com o receptor portátil, foi realizado com auxílio de um GNSS, sendo cada ponto de interesse marcado a cada 20 metros, aproximadamente, na linha de plantio, e a cada seis linhas. Em cada ponto de coleta foram registradas oito leituras de NDVI (em um raio de 2 m) os quais determinou-se a média. Os dados foram submetidos a tratamento estatístico para determinação da distribuição de frequência e normalidade. A análise geoestatística foi realizada com o auxílio do software Vesper 1.6 e, verificada dependência espacial, utilizou-se a interpolação por krigagem para estimar valores em locais não amostrado. O mapa da distribuição espacial foi elaborado no software QGIS 2.18.7. A elaboração de mapas de distribuição espacial com GreenSeeker® permitiu identificar diferentes unidades de gestão diferenciadas. O método mostrou-se eficiente para esta finalidade sendo possível mapear áreas com alta e baixa demanda de fertilizante nitrogenado. Sendo os fertilizantes nitrogenados considerados de alto custo, conhecer e mapear essas área auxiliam na redução do uso deste fertilizante, uma vez que as doses serão aplicadas de acordo com a necessidade real da cultura potencializando a produção. Portanto, o uso de sensores portáteis torna-se eficientes para definição da Unidade de Gestão Diferenciadas. Palavras-chave: agricultura de precisão; distribuição espacial; adubação nitrogenada. Agradecimentos: SNPAP, IFSULDEMINAS.
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Difusão de fósforo no solo em função de fertilizantes fosfatados e diferentes tempos de incubação Paulo H. Soares1, Carlos H. E. de Souza1, Miguel M. Neto1, Maila A. Silva2, Debora C. de Lima1, Gabriela L. da Silva1 1
Centro Universitário de Patos de Minas, Patos de Minas-MG, Brasil, paulo.soares@live.ca; 2Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil.
O fósforo (P) é insubstituível em diversos processos fisiológicos pelas plantas. O seu baixo nível de disponibilidade às plantas resulta em queda de produtividade. O fluxo difusivo de P no solo é responsável por cerca de 90% do P que é absorvido pelas plantas e também o principal mecanismo de absorção de P pelas plantas. Esse processo sofre forte interação negativa devido à qualidade da argila, como os sesquióxidos de ferro e alumínio presente nos solos, principalmente em solos de regiões tropicais. Com isso, solos intemperizados, possuem alta afinidade pelo P, reduzindo a difusão de P no solo até as raízes e a disponibilidade para as plantas. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o fluxo difusivo de fósforo em função da aplicação de fontes de fertilizante fosfatado e tempos de incubação no solo. O experimento foiconduzido no Laboratório Central de Análise e Fertilidade do Solo, adjunto ao Centro Universitário de Patos de Minas-UNIPAM. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado (DIC) em esquema fatorial 5x9, com 4 repetições. Os tratamentos foram constituídos por 5 fontes de fertilizantes fosfatados com ou sem aditivos (MAP + Polimero, Codificada¹, Codificada², Organomineral e MAP convencional) e 9 tempos de incubação (60, 48, 36, 24, 18, 12, 9, 6, 3) dias. Foi realizada incubação de 300 mg dm-3 de P2O5 linearmente no centro do recipiente e acima da lâmina de resina trocadora de ânions em câmaras Ger-box, umedecidas e mantidas a 80% da capacidade de campo. Após o período respectivo a incubação, as lâminas de troca aniônica foram retiradas e lavadas com jatos de água para a limpeza do solo aderido. O fósforo contido na lâmina de resina foi extraído e a concentração de fósforo determinado pelo método em colorimetria, por espectrofotometria em um comprimento de onda 660 nm. Os resultados obtidos foram submetidos a analise de variância e as médias foram comparados pelo teste de Tukey a 0.05 de significância. Alem disso, as épocas de coleta foram ajustados modelos de regressão. Os fluxos difusivos diário de fósforo (FDF d) e o acumulado (FDFac) foram significativos em função da fonte de P e o tempo de incubação, havendo interação estatisticamente significativa entre fonte e tempo de incubação de fósforo. O FDFd de fósforo diminuiu com o aumento do tempo de incubação das fontes de P. A alta solubilidade das fontes MAP convencional, Codificada¹ e Codificada² proporcionaram maior fluxo difusivo diário de fósforo até o 6º dia de incubação. No 9º dia de incubação as fontes de fósforo apresentaram FDFd iguais entre si, e a partir da 12º dia de coleta pode ser observado maiores valores FDFd para a fonte MAP + Polimero. O fertilizante organomineral se comportou de maneira igual de todos os tempos de incubação, obtendo os menores valores FDFd, esse fato pode ter acontecido devido a matéria orgânica não ter corroborado com a solubilização do fertilizante, resultando em um menor aporte de fósforo. Com o aumento do tempo de incubação, a fonte MAP + Polimero promoveu um maior valor de FDFac evidenciando menor fixação de fósforo no solo. O fertilizante revestido MAP + Polimero pode favorecer a absorção de fósforo pela planta em função da diminuição da adsorção de P no solo. Palavras-chave: fósforo; incubação; fluxo difusivo. Agradecimentos: UNIPAM, CEFERT.
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Dinâmica de S: liberação de sulfato em função da fonte e tempo de incubação de enxofre Paulo H. Soares1, Carlos H. E. de Souza1, Edilson S. Santos1, Miguel M. Neto1, Gustavo F. de Sousa2, Mateus G. de Borba1 1
Centro Universitário de Patos de Minas, Patos de Minas-MG, Brasil, paulo.soares@live.ca; 2Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil.
O enxofre (S) é um dos elementos essências para o crescimento e o desenvolvimento das plantas. Na maioria das regiões produtoras do país as áreas apresentam solos com deficiência de S, principalmente aquelas áreas com argila de menor qualidade, devido ao marcante processo de intemperismo, nessas áreas foram formados solos com características de pobreza química, ricos em sesquióxidos de ferro e alumínio. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a liberação de sulfato em função da fonte do fertilizante e o tempo de incubação de enxofre elementar. O trabalho foi conduzido no Laboratório Central de Análises e Fertilidade do Solo, adjunto ao Centro Universitário de Patos de Minas, UNIPAM. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado (DIC) em esquema fatorial 2x5, com três repetições por tratamento. Os tratamentos foram constituídos por cinco tempos de incubação: 30, 20, 15, 5, 3 dias e duas fontes de fertilizantes (Codificada 1 e Codificada2). O fertilizante foi aplicado de forma linear no centro do recipiente plástico e a dose referente ao volume da capacidade das câmaras, os recipientes foram umedecidos e mantidos a 80% da capacidade de campo. O solo foi extraído com auxílio de um aro metal e retirados o excesso do fertilizante remanescente para a extração e quantificação do S, o método para a extração do S baseia-se na marcha analítica, da extração do sulfato por íon fosfato e posterior quantificação pela medição da colorimetria por espectrofotometria. Os resultados obtidos foram submetidos a analise de variância e as médias dos fertilizantes comparados pelo teste de Tukey a 0,05 de significância, enquanto às épocas de coleta ajustados ao modelo de regressão. Os resultados foram significativos em função da fonte e o tempo de incubação do fertilizante. Não foi observado interação da fonte Codificada1 em função do tempo de contato do fertilizante com o solo. A fonte Codificada1 promoveu uma maior liberação do ânion sulfato (SO42-) em todos os tempo de coleta, apenas tendo uma liberação similar a fonte Codificada2 no 5° (quinto dia) após a incubação. O fertilizante de fonte Codificada 2, obteve níveis de liberação menores em relação a fonte Codificada1, podendo ser observa à interação da fonte e o tempo de contato do fertilizante com o solo. O maior valor desolubilização para a fonte Codificada1 indica que o fertilizante poderá ser adsorvido fortemente a fração coloidal, devido à disponibilidade de sítios de adsorção do solo, outro fator é a competição com outros ânions e o tipo de cátion acompanhante. A adsorção de SO42vai depender de fatores que irão determinar a densidade de grupamentos OH- disponíveis para ionização. O grau de ionização ira depender principalmente da qualidade das argilas e o pH do solo, favorecendo os ambientes ácidos a protonação desses grupamentos. Portanto, a fonte de enxofre Codificada2 se comportou de maneira mais eficiente, evitando que o SO42- seja prontamente liberado e assim formando compostos ligados a sítios específicos de adsorção ao solo, de uma forma específica, ou seja, menos disponível ou até mesmo indisponível. Palavras-chave: incubação; adsorção; solubilização. Agradecimentos: UNIPAM, CEFERT.
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Doses de calcário: teores de boro e acidez potencial em cinco classe de solo do Tocantins João H. S. da Luz1, Hanrara P. de Oliveira1, Leydinaria P. da Silva1, Bruna A. Barbosa1, Matheus H. R. Martins1, Evandro A. Ribeiro1 1
Universidade Federal do Tocantins, Gurupi - TO, Brasil, joaohenri_luz@uft.edu.br
A calagem mostra-se como prática indispensável para qualquer atividade agrícola em solos de Cerrado. Além de corrigir a acidez do solo, proporciona melhorias na elevação dos teores de cálcio e magnésio, disponibilidade de nutrientes como P, Mn, B e melhoram a atividade de microrganismos fixadores de N 2. O objetivo do trabalho foi avaliar a disponibilidade de Boro e acidez potencial em função de doses de calcário e diferentes classes de solo do estado do Tocantins. O estudo foi realizado na Universidade Federal do Tocantins, campus de Gurupi. O experimento foi disposto em delineamento inteiramente casualizados, com quatro repetições. Os tratamentos foram obtidos em esquema fatorial (5x5), sendo o primeiro fator composto por classes de solos do estado do Tocantins (Plintossolo Pétrico - PP, Latossolo Vermelho - PV, Latossolo Vermelho-Amarelo - PA, Neossolo Quartzarenico de Guarai, TO – NQ), Neossolo Quartzarenico de Gurupi, TO - NG) e o segundo fator por doses de calcário (0; 2,0; 4,0; 6,0 e 8,0 t ha-1). Foram incubados 0,3 kg de solo da camada de 0-20 cm, em casa de vegetação por 60 dias, e mantido a umidade a 70% da capacidade de campo. O corretivo de acidez foi puro analítico (PA, relação estequiométrica Ca:Mg de 2,5:1) e aplicado 100 kg ha-1 de FTE BR12. Foram avaliados os teores de boro (B) e acidez potencial (H+Al). Os dados foram submetidos a análise de variância (p≤ 0,05), as médias comparadas pelo teste de Tukey e as doses analisadas por regressão por meio do software R® 5.3. Os atributos químicos de cada solo foram influenciados significativamente pelo uso do corretivo de acidez. Para acidez potencial, na dose 8 t ha-1 os teores atingiram 0 cmolc dm-3, com exceção de LV e PP, com 2,5 e 2,0 cmolc dm-3, respectivamente. Já os teores de boro aumentaram linearmente conforme a dose de corretivo utilizada, porém PV obteve os menores valores, sendo na dose 8 t ha-1 com apenas 27,0 mg dm-3. Reação do corretivo ocorreu de forma diferente e os teores ideais de boro não foram atingidos em nenhumas das classes de solos utilizadas. Palavras-chave: construção de perfil; calagem; fertilidade do solo. Agradecimentos: NERO, UFT, LABSOLO.
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Doses de selenato de sódio no teor de clorofila em folhas de Pereskia aculeata Mill. Stefânia B. Zauza1, Filipe A. Namorato1, Gracielle V. S. Andrade1, Joyce D. R. Soares1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, sbarroszauza@gmail.com
Conhecida popularmente como ora-pro-nobis, a espécie Pereskia aculeata Mill. pertence à família Cactaceae e é considerada uma hortaliça não convencional. Suas folhas são consumidas pelas populações rurais e urbanas, apresentando grande potencial na indústria farmacêutica, devido sua ação antioxidante. O selênio (Se) é um elemento que vem demonstrando diversos efeitos benéficos às plantas, dentre eles destaca-se o aumento do teor de clorofila. Com isso, visando fornecer informações que complementem os conhecimentos à respeito dessa espécie e dos benefícios que o Se pode trazer às plantas, este estudo teve como objetivo avaliar a influência de diferentes doses de selenato de sódio no teor de clorofila das folhas da espécie Pereskia aculeata Mill. À partir de estacas retiradas de uma única planta-matriz, foram selecionadas as mudas e transplantadas 60 dias após o estaqueamento para vasos contendo 5 dm3 de solo do tipo Latossolo, de textura argilosa, do qual foi corrigido com carbonato de cálcio (CaCO3) e carbonato de magnésio (MgCO3) e, posteriormente, adubado de acordo com a recomendação de Malavolta (1981). Utilizou-se o clorofilômetro Soil Plant Analysis Development - SPAD-502 (Konica, Minolta, Tokyo, Japan), 24 dias após o transplantio das mudas. Foram analisadas 3 folhas do ápice de cada planta de acordo com os respectivos tratamentos, constituídos pelas doses 0; 0,1; 0,2; 0,4; 0,5; 0,6; 0,8; 1,0 e 2,0 mg kg-1 de selenato de sódio, utilizando este como fonte de Se. As folhas analisadas foram aquelas completamente expandidas, das quais não estavam sombreadas pelas demais e que não apresentavam danos, como ataque de insetos, doenças, entre outros. O aparelho foi posicionado na superfície adaxial no ápice, meio e base da folha, obtendo-se o valor de três leituras em cada posição e, desse valor, foi calculado a média, sendo avaliado a partir disso o teor de clorofila. O experimento foi instalado em casa de vegetação seguindo o delineamento experimental inteiramente casualizado, com cinco repetições. Para a análise dos dados obtidos foi utilizado o programa estatístico SISVAR, aplicando o teste de Tukey ao nível de 5% de significância. Os dados obtidos evidenciaram que o teor de clorofila não variou de acordo com os tratamentos, não havendo diferença estatística entre os mesmos. Geralmente, em altas concentrações de Se o teor de clorofila é afetado negativamente, o que pode ser, parcialmente, devido à peroxidação lipídica das membranas do cloroplasto. Já o aumento no teor de clorofila em baixas concentrações de Se pode ser atribuído a eliminação de espécies reativas de oxigênio (ERO) por enzimas antioxidantes, como a superóxido dismutase (SOD), a catalase (CAT) e a ascorbato peroxidase (APX). Porém, no presente trabalho, não houve resultados significativos em relação ao teor de clorofila de acordo com as doses de selênio utilizadas. Dessa forma, conclui-se que as doses de selênio não afetaram de forma significativa o teor de clorofila das folhas de orapronobis até o momento em que foi realizada a presente avaliação. Palavras-chave: Pereskia aculeate Mill.; selênio; teor de clorofila. Agradecimentos: CAPES, CNPq, FAPEMIG.
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Doses e fontes de nitrogênio associado a diferentes níveis de fósforo no crescimento e produção do capim Mombaça Evandro A. Ribeiro1, Marcelo C. Tomazi1, Bruno H. di Napolli1, Hanrara P. Oliveira1, Savio dos S. Oliveira1, Matheus H. R. Martins1 1
Universidade Federal do Tocantins, Gurupi - TO, Brasil, evandrogpi15@hotmail.com
O uso de nitrogênio para adubação das pastagens contribui para o aumento da produtividade agropecuária, com influência positiva na lotação do pasto, na taxa de desfrute, na qualidade do pasto e no desempenho por animal e por área. Porém pouco se sabe sobre o comportamento de diferentes fontes nitrogenadas quando combinadas a diferentes níveis de adubação fosfatada. Este trabalho teve como objetivo avaliar fontes e doses de nitrogênio em diferentes níveis de fósforo no solo, no crescimento e produção da forrageira Megathyrsus maximus cv. Mombaça. O estudo foi realizado em casa de vegetação, na Universidade Federal do Tocantins – UFT, campus de Gurupi. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, com seis repetições. Os tratamentos formam um esquema fatorial (2x2x5) +1. Consistem em dois níveis de fósforo (100 e 246 kg ha-1 de P2O5) via super fosfato simples; duas fontes de fertilizante nitrogenado (23-00-00 + 0,4 Mg + 9,3 Ca + 10,5 S (TN24) e 23-00-00 + 0,5 Mg + 9,0 Ca + 10,3 S (TAN)); cinco doses de nitrogênio (0; 50; 70; 90 e 110 kg ha-1) e um controle negativo sem aplicação de nitrogênio e fósforo. A parcela experimental foi constituída por vasos plásticos com capacidade para 10 dm-3, preenchidos com Latossolo Vermelho-Amarelo na forma de terra fina seca ao ar. A forrageira utilizada foi o capim M. maximus cv. Mombaça. Os parâmetros avaliados foram, massa seca foliar (MSF) e taxa assimilatória liquida (TAL). Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e regressão através do software R® versão 3.5 e os gráficos plotados com uso do software Sigma Plot 10®. Observou-se diferença significativa no desdobramento de fósforo dentro de cada nível de nitrogênio aplicado, as características MSF e TAL apresentaram respostas lineares ao nível de 100 kg ha-1 mas não houve diferença significativa entre as fontes nitrogenadas. Porém, na dosagem de 246 kg ha-1 a fonte TN24 foi superior com média de 19,32 g e 4,35 g dm-2 dia-1 sendo 10,40 e 39,62% em ambas as características, quando comparada com a fonte TAN. O aumento do fósforo disponível ao solo pode ocorrer uma melhor resposta na adubação nitrogenada, sendo que, o crescimento da planta não é dependente de um único nutriente, mas do nível e equilíbrio entre eles. Palavras-chave: pastagem; Megathyrsus maximus; fertilizante mineral. Agradecimentos: NERO, TIMAC, CAPES, UFT.
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Efeito da aplicação foliar de lítio na massa seca da parte aérea das plantas testes: uma metaanálise Alvaro J. G. de Faria1, Vitor L. Nascimento2, Luciano F. Sousa3, Gilson do C. Alexandrino1, Lara C. Marques2, Jefferson S. da S. Carneiro1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, ajgomesdefaria@hotmail.com; 2Universidade Federal do Tocantins, Gurupi – TO, Brasil; 3Universidade Federal do Tocantins, Araguaína - TO, Brasil.
Já se sabe que a aplicação exógena de lítio (Li) em plantas, agrícolas ou silvestres, promove o aumento dos teores de Li nos tecidos, caracterizando a biofortificação, entretanto, os trabalhos encontrados na literatura divergem muito sobre os efeitos do Li nas características agronômicas das plantas testes. Alguns autores concluíram que a aplicação de Li promove efeito quadrático na massa seca da parte aérea (MSPA) em plantas de Zea mays, Lactuca sativa, Brassica carinata, Apium graveolens, Agropyron desertorum, Arabidopsis thaliana e Citrus sinensis. Por outro lado, há relatos de que a aplicação de Li promove efeito linear decrescente na MSPA em plantas de Zea mays, Apocynum venetum, Phaseolus vulgaris, Solanum lycopersicum, Lactuca sativa, Helianthus annuus, Brassica napus, Zea mays, Spinacia oleracea, Poa ampla e Agropyron inerme. Desta forma, torna-se difícil entender qual o melhor comportamento (quadrático ou linear decrescente) na MSPA em plantas testes após a aplicação exógena de Li. O objetivo deste trabalho foi revisar e analisar sistematicamente os estudos através de uma meta-análise comparando os diferentes comportamentos da MSPA de plantas agrícolas ou silvestres após a aplicação exógena de Li. Foi realizado coleta de artigos internacionais publicados entre 1941 a 2018. As coletas dos artigos foram realizadas através de pesquisas usando as seguintes palavras chaves: “lítio”, “absorção de lítio”, “lítio em plantas”, “lítio e biomassa de plantas”, “acumulo de lítio” e “biofortificação com lítio”. Inicialmente foi coletado cerca de 434 artigos. Após análise através dos títulos e resumos foram selecionados cerca de 16 artigos, considerados de alto potencial, para compor a metaanálise. Os dados adquiridos foram apenas para a influência do Li na MSPA. Esta variável foi ajusta para o meio de cultivo, espécie e idade da planta. Os dados foram submetidos a análise de normalidade e homocedasticidade das variâncias pelos testes de Shapiro-Wilk e Bartlett, respectivamente. Os dados foram analisados utilizando um modelo misto, utilizando o procedimento PROCMIXED do estatístico SAS, versão 9.2. Para selecionar a estrutura de covariância mais adequada para cada variável foi realizado o teste considerando o critério de informação bayesiano (BIC). Após tal procedimento os dados referentes a doses foram testados por contrastes ortogonais para feito linear e quadrático, usando para tomada de decisão uma probabilidade de 5%. Dentre os 16 artigos apenas cinco foram publicados no século 20, ou seja, 31% das publicações ocorreram entre os anos de 1941 a 1980. Com o passar dos anos os interesses envolvendo o Li e seus efeitos em plantas, cultivadas ou silvestres, aumentou consideravelmente, entre os anos de 2006 e 2018 foram publicados cerca de 11 artigos proporcionando um acréscimo de 120% em relação aos anos anteriores. Em todos os 16 artigos a acumulação de Li ocorreu de forma linear positiva (p≤0,01), mas de acordo com o resultado da meta-análise foi possível observar que a aplicação exógena de Li em plantas testes proporciona efeito quadrático (p≤0,05) na MSPA. Esse efeito quadrático significa que em doses menores o Li promove resultados positivos nesta característica, mas em doses maiores, onde ocorre o acumulo máximo deste elemento, promove a redução na MSPA. O uso da meta-análise proporcionou revelar estatisticamente que a aplicação exógena de Li promove resposta quadrática na MSPA de plantas e desta forma a escolha da dose de Li a ser aplicada deve ser criteriosamente escolhida para que se possa obter maior acúmulo sem prejudicar o desenvolvimento das plantas testes. Palavras-chave: biofortificação agronômica; revisão sistemática; oligoelemento. Agradecimentos: CNPq, UFT, NERO.
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Efeito de diferentes doses de ácidos húmicos nas raízes de feijoeiro no estágio vegetativo Ramom V. Pereira1, Marvin M. Pec1, Adalvan D. Martins1, Lara Sales1, Joyce D. Rodrigues1, Maria Fernanda G.V. Penãlhor1 1Universidade
Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, ramomvasconcelos@outlook.com.br
O Brasil apresenta grande relevância na produtividade, economia e consumo de feijão (Phaseolus vulgaris L.) e se destaca como um dos maiores produtores do mundo, com produção estimada em 1,3 milhão de toneladas na safra 2017/2018, sendo essa cultura uma das principais fontes de proteína e energia para os brasileiros. A formação das raízes tem grande relevância na estruturação da planta, absorção de água e nutrientes, influenciando diretamente na produtividade final. Nesse sentido, pesquisas voltadas para a utilização de substâncias orgânicas que estimulam o crescimento da planta e otimizam a produção são de grande importância. Ácidos húmicos (AH) são bioestimulantes compostos por ácidos orgânicos e com possível ação fitohormonal, que têm sido utilizados no aceleramento do crescimento e desenvolvimento das plantas, tendo como principal efeito o alongamento das raízes e aumento na formação de pêlos radiculares, ampliando a área explorada pelas raízes e facilitando a absorção de nutrientes. Indiretamente o uso dessas substâncias podem levar à redução na necessidade de adubação química, além da indução de tolerância a estresses bióticos e abióticos. Dessa forma, objetivou-se com esse trabalho avaliar os efeitos de diferentes concentrações de AH no crescimento e desenvolvimento radicular de plantas de feijão na fase vegetativa. Sementes de feijão do tipo carioca cultivar Pérola foram semeadas em vasos de 0,7 litros contendo como substrato areia e vermiculita 1:1. Em cada vaso foram aplicados 100 ml da solução de ácidos húmicos provenientes do produto comercial Solos humics®, nas seguintes concentrações: 0%; 0,1%; 0,5%; 1%; 1,5%; 2,0%; 2,5%. As exigências nutricionais da cultura foram supridas com solução nutritiva de Hoagland. Após 35 dias do plantio foram avaliados a massa seca, número, comprimento, largura das raízes e altura do caule. O experimento foi conduzido num delineamento em blocos casualizados, com 7 tratamentos relativos às concentrações de ácidos húmicos e 13 repetições. Os dados foram submetidos à análises de regressão linear e variância, as médias foram comparadas pelo teste de Scott-knott a 5% de probabilidade, utilizando o software R. Os efeitos positivos das sustâncias húmicas nas plantas de feijão foram observados nas variáveis peso de matéria seca de raízes e o número de raízes por planta, sendo que a regressão quadrática se adaptou melhor aos dados (ρ = 0.01003). A relação de crescimento é proporcional ao peso e número de raízes em relação ao aumento das doses de AH, sendo o maior peso de raiz obtido com as doses AH nas concentrações 2 e 2.5% que não diferiram entre si estatisticamente. O comprimento, largura das raízes e altura do caule não mostraram diferenças estatísticas. Nas condições testadas, as doses 2,0% e 2,5% são as mais indicas para o incremento da biomassa das raízes em plantas de feijão. Palavras-chave: substâncias húmicas; promoção de crescimento; bioestimulantes. Agradecimentos: CAPES, CNPq, DAG, UFLA.
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Efeito de mix de elementos terras raras na produtividade e nutrição do milho Paula G. Ribeiro1, Eduardo S. Monteiro2, André L. Sales1, Paulo F. Boldrin2, Luiz R. G. Guilherme1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, paulagribeiro94@gmail.com; 2Universidade de Rio Verde.
Os elementos terras raras (ETR) são metais de transição que apresentam composições físico-química semelhantes. Efeitos positivos da aplicação agrícola de ETR têm sido relatados, como incremento de produtividade e aumento da qualidade de produtos. Entretanto, o conhecimento das doses e a melhor forma de aplicação de ETR ainda são incipientes, sobretudo no Brasil em que o uso de fertilizantes foliares a base destes elementos é novidade. Objetivou-se avaliar os efeitos de aplicação foliar de mix de ETR na produtividade e teor de nutrientes de milho (Zea mays). O experimento de campo, em delineamento experimental de blocos ao acaso, foi realizado na cidade de Rio Verde – GO. Este constou de 6 tratamentos quantitativos (6 doses) com 4 repetições, totalizando 24 parcelas. A área total da parcela foi de 10 m2 (4 linhas de 5 metros de comprimento com espaçamento de 0,5 metros) com área útil de 4 m2, equivalente a duas fileiras centrais descartando 0,5 m das extremidades. O mix de ETR foi preparado com base em um fertilizante comercial chinês denominado Changle; composto de 23,95% de La, 41,38% de Ce, 4,32% de Pr e 13,58% de Nd. As doses testadas foram: 0; 0,1; 0,25; 0,5; 0,75; 1,0 kg ha-1. Para a preparação do mix, foram utilizados nitratos hexahidratados dos elementos citados. Os tratamentos foram aplicados utilizando pulverizador costal pressurizado em volume de calda de 400 L ha-1, na fase V7 da cultura do milho. A coleta de folhas foi realizada por ocasião do aparecimento da inflorescência feminina (estilo-estigma) localizada no terço médio da folha oposta e abaixo da espiga superior. As folhas foram postas para secar em estufa com circulação forçada de ar, em temperatura de cerca de 65 ºC, até obtenção de peso constante. Depois, foram moídas em moinho do tipo Wiley com peneiras de 20 mesh. Foram avaliadas as concentrações de nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg), enxofre (S), cobre (Cu), zinco (Zn), manganês (Mn) e boro (B) no tecido foliar e grãos de milho. O teor de proteína nos grãos foi estimado multiplicando-se o teor de N encontrado no grão pelo fator 6,25. A produtividade final do milho foi calculada a partir da pesagem da produção total de cada parcela, com correção para 13% de umidade, teor considerado referência na ocasião da colheita, e posterior extrapolação para hectare. Também foi quantificado o peso de 100 grãos. Os dados foram submetidos à análise de variância (ANAVA) utilizando o software SISVAR 5.6. Não houve efeito da aplicação de mix de ETR na produtividade, teor de proteína e teor de nutrientes no milho. As doses testadas, além do método e a época de aplicação podem ter sido as razões para não evidência dos efeitos positivos de ETR na cultura do milho. Palavras-chave: Zea mays; elemento-traço; produção de grãos. Agradecimentos: CNPq, ITV, FAPEMIG, CAPES.
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Eficiência agronômica de fertilizante organomineral baseado em biocarvão enriquecido com fósforo e nitrogênio Dehon A. Corrêa1, Cristiane F. Barbosa1, Jefferson S. da S. Carneiro1, Dagna A. da C. Leite1, Leônidas C. A. Melo1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, dehoncorrea25@gmail.com
Fertilizantes convencionais de alta solubilidade apresentam baixa eficiência de uso de nutrientes em solos tropicais. Nesse contexto, o uso de fertilizantes organominerais tem aumentado visando otimizar a eficiência de uso dos nutrientes, além de aproveitar resíduos agropecuários, urbanos e industriais. Normalmente, utilizase composto orgânico na produção de fertilizantes organominerais. Porém, o biocarvão é uma matriz promissora na produção de organominerais. O biocarvão é obtido via pirólise de materiais orgânicos em temperatura controlada e ambiente limitado em oxigênio e seu uso agrícola aumenta o sequestro de carbono, bem como a fertilidade do solo. Assim, o enriquecimento do biocarvão com nutrientes de fontes minerais, tais como o fósforo (P) e nitrogênio (N) pode gerar um fertilizante organomineral de eficiência aumentada. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o desempenho agronômico de um fertilizante baseado em biocarvão enriquecido com ácido fosfórico e óxido de magnésio em pré-pirólise e com ureia em pós-pirólise no cultivo de feijão em condições de campo. O fertilizante baseado em biocarvão foi produzido a partir de cama de frango enriquecida com ácido fosfórico e óxido de magnésio pela pirólise a 500 °C, sendo denominado BCF-H3PO4-MgO. Posteriormente, o material foi enriquecido com ureia na proporção 4:5 (biocarvão: ureia), resultando num fertilizante formulado com aproximadamente 25% de N e 15% de P2O5. O experimento foi conduzido em campo numa área localizada no município de Lavras-MG (21° 16’ 14” S; 45° 04’ 07” O), em Argissolo Amarelo, o qual foi previamente corrigido quanto a acidez com calcário dolomítico visando elevar a saturação por bases a 70%. Antes da semeadura do feijão todos os nutrientes (exceto N e P) foram corrigidos para níveis adequados. Os tratamentos consistiram na aplicação de 4 doses de N, correspondentes a 50, 75, 100, 125% da dose recomendada de 100 kg ha-1, via fertilizante BCF-H3PO4-MgO-N, mais dois tratamentos adicionais: adubação convencional com superfosfato triplo + ureia, como controle positivo (com parcelamento de N) e sem adubação de N e P, como controle negativo. As doses de N via fertilizante BCF-H3PO4-MgO-N foram aplicadas de uma vez, na forma de pó e no sulco de plantio antes da semeadura. As plantas que receberam as doses de 75, 100 e 125 kg ha-1 tiveram que ser replantadas aos 15 dias após a semeadura, devido à falha excessiva no estande de plantas ocasionada pela salinidade no sulco de plantio. Os dados obtidos foram submetidos a análise de variância e as doses ajustadas ao modelo de regressão utilizando o software SISVAR 4.3®. Não houve diferença na produtividade entre os tratamentos avaliados, sendo que a produtividade variou de 39 a 51 sacas ha-1. O resultado obtido em produtividade evidencia a boa fertilidade do solo devido à boa produtividade obtida no tratamento controle, sem adição de N e P. Além disso, para aplicar a dose de N total no sulco é necessário controlar a velocidade de liberação do N por meio de granulação com agentes que retardam a liberação do N. Esse controle da liberação do N permitirá a aplicação da dose total no sulco, sem necessidade de parcelamento, o que facilita o manejo da lavoura. Palavras-chave: sustentabilidade; eficiência aumentada; fertilizante organomineral. Agradecimentos: CNPq, CAPES, FAPEMIG.
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Eficiência de fertilizantes fosfatados na formação de vagens na cultura da soja Rafael dos R. Fonseca1, Carlos H. E. de Souza1, Mateus G. de Borba1, Maila A. Silva1, Vilmar J. R. Dorneles1, Paulo H. Soares1 1
Centro universitário de Patos de Minas, Patos de Minas - MG, Brasil, rafaelrf@unipam.edu.br
A soja (Glycine max) é um dos principais itens da produção agrícola no Brasil, possuindo vasta área, sendo o Brasil o segundo maior produtor, atrás somente dos Estado Unidos. O fósforo é um dos micronutrientes mais importantes em diversas culturas, como na soja, atuando em diversos processos metabólicos como: fotossíntese, respiração, crescimento de célula da planta, entre outros processos do desenvolvimento da planta. Com isso, o trabalho tem como objetivo avaliar a aplicação de fertilizante fosfatados na produção de vargens pela cultura da soja, para verificar o numero de vagens por planta, com isso o trabalho tem como objetivo trazer resultados e métodos para aumentar a produção de soja. O experimento foi conduzido na Fazenda Lanhoso em Patos de Minas, MG. O delineamento experimental utilizando foi o de blocos casualizados (DBC), em esquema factorial de 3×4+1 com três fontes, mais quatro repetições com doses diferentes, mais o controle com dose zero, as três fontes de fósforo foram as MAP convencional, MAP codificado1, MAP codificado2, e as doses utilizadas foram 40, 80, 120, 160 kg de ha-1 de P2O5. As parcelas continham sete metros de comprimento por dois metros de largura, totalizando uma área de 14 m2, com 0,50 de espaçamento entre linhas. O cultivar utilizado foi o 1561 IPRO, com aproximadamente 200 mil plantas ha-1. A semeadura foi realizada toda de forma manual, primeiramente abrindo os sulcos de plantio, em seguida realizada a aplicação dos tratamentos em suas doses em cada parcela, posteriormente foi feita a semeadura. As sementes foram tratadas com fungicida e inseticida no dia do plantio, logo depois foi feita o fechamento dos sulcos de plantio. Foram coletadas quatro plantas de cada parcela no estagio R4 e posteriormente foram levadas devidamente embaladas e identificadas para o laboratório Cefert, localizado no Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM. Com isso foi feita a contagem do numero de vagens de cada planta. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e comparados pelo teste de tukey a 0,05 de significância. Além disso, foram ajustados modelo de regressão para as doses utilizadas. Com os dados foi observado que para fontes isoladamente e para interação entre fonte e dose não teve resultado significativo, porem houve ajuste de modelo de regressão quadrática para as doses. Com a dose de 120 kg obteve um maior resultado em questão de produção de vagem por planta. Com isso conclui que a dose de 120 kg seria a utilizada para maior produção de vagem por planta e com isso uma maior produção de soja. Palavras-chave: cultivar; Glycine max; fósforo. Agradecimentos: CEFERT.
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Enriquecimento do feijoeiro comum com selênio aplicado via solo e foliar Yasmim A. Muniz1, Jéssica F. Raymundo1, Fábio F. R. Costa1, Matheus P. C. Santos1, Suellen N. de Araújo1, Guilherme Lopes1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, yasmim_amuniz@hotmail.com
O selênio é um elemento essencial para humanos e animais atuando no seu metabolismo, sistema imunológico, sistema endócrino, tendo ação antioxidante e ajudando na prevenção contra o câncer e doenças cardiovasculares, trazendo benefícios à saúde. A necessidade mínima diária de consumo para um adulto é de 50 µg. Em uma abordagem que venha propiciar melhorias na nutrição e na saúde humana, a biofortificação de alimentos emergiu como uma estratégia eficaz para aumentar os conteúdos de Se nos alimentos, dada a deficiência desse nutriente na maioria dos solos e posteriormente nos vegetais. Este trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência da aplicação de Se por diferentes métodos envolvendo aplicações via solo e foliar para o enriquecimento do feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris L. cv. BRS FC 104) com esse importante elemento essencial aos humanos. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, na Universidade Federal de Lavras, usando-se amostras da camada de 0-20 cm de um Latossolo VermelhoAmarelo distrófico. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, consistindo de um fatorial 5 x 6, sendo 5 doses de Se, na forma de selenato de sódio (0,0; 0,2; 0,4; 0,6 e 0,8 mg dm-3) e 6 métodos de aplicação, os quais envolveram a aplicação do Se via solo, folha ou a combinação desses. O teor de selênio foi avaliado nos grãos do feijoeiro, sendo determinado por espectrometria de absorção atômica com forno de grafite. Nos grãos de feijão, o fornecimento de doses crescentes de Se às plantas propiciaram incrementos lineares positivos na concentração de Se para todos os métodos de aplicação avaliados. A concentração de Se no grão do controle (dose 0 de Se) foi abaixo do limite de detecção, indicando que o acúmulo natural de Se por esta cultura cultivada no solo estudada é baixo. No geral, os tratamentos que envolveram a aplicação de Se via folha obtiveram os maiores valores de concentração de Se nos grãos. Além disso, o tratamento com a aplicação de parte da dose de Se via solo em adubação de cobertura, em combinação com a pulverização foliar, também proporcionou incrementos relevantes na concentração de Se nos grãos do feijoeiro. Esse estudo mostrou o potencial positivo da adição de Se para promover o enriquecimento do feijoeiro com esse importante elemento, possibilitando assim a utilização desta prática com fim de aumentar o consumo diário de Se pela população. Palavras-chave: biofortificação; pulverização; Phaseolus vulgaris L. Agradecimentos: CNPq, CAPES, FAPEMIG, DCS, UFLA.
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Estratégias de adubação nitrogenada com blends para o milho safrinha Carolina S. de C. Souza1, Leonardo F. Sarkis1, Leandro S. Soares1, Alan D. C. Lima 1, César F. Santos1, Douglas R. G. Silva1 1
Universidade Federal de Lavras (UFLA), Lavras - MG, Brasil, carolina_silva_@hotmail.com
O cultivo do milho (Zea mays L.) de segunda safra ou “safrinha” é responsável atualmente por mais de 65% da produção deste grão no Brasil. Esta cultura consome a maior parte do fertilizante nitrogenado sintético utilizado na agricultura brasileira, mas a eficiência dessa adubação raramente ultrapassa 50%, principalmente devido as perdas por volatilização de amônia (NH3), podendo ser ainda menor na safrinha por incluir ainda a irregularidade de ocorrência de chuvas, especialmente no momento da adubação de cobertura. O objetivo deste trabalho foi avaliar, em condições de campo, o efeito da aplicação de diferentes doses de blends de fertilizantes nitrogenados (ureia comum + ureia de liberação controlada) aplicados em dose cheia nos sulco de plantio em comparação à aplicação da ureia comum parcelada em plantio e em cobertura. O cultivar utilizado foi o Dekalb 390 VT PRO 2TM e o delineamento experimental foi em blocos completos inteiramente casualizados com esquema fatorial (4x3) + 1, sendo quatro fertilizantes nitrogenados em três doses e um controle (sem N), com quatro repetições, totalizando 52 parcelas. Cada parcela foi constituída de 8 linhas de plantio de 10 metros, sendo a área útil da parcela composta pelas 4 linhas centrais e deixando 2 metros de cada extremidade como bordadura. Os fertilizantes foram: Ureia = adubação convencional (23% N e K2O no plantio 77% em cobertura); Blends = adubação 100% no plantio: Blend 1 (60% U convencional e 40% fertilizante de liberação controlada (CRF); 60% K2O em KCl e 40% do K2O em CRF); Blend 2 (40% U convencional e 60% CRF ; 60% K2O em KCl e 40% do K2O em CRF); Blend 3 (40% U convencional e 60% CRF ; 40% K2O em KCl e 60% do K2O em CRF) nas doses de 78, 104 e 130 kg ha-1 de N e o controle sem adubação. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de Skott-Knott. As diferenças foram consideradas significativas quando p ≤ 0,05. Avaliou-se a massa seca da parte aérea, teor e acúmulo de N nas folhas, palha, caule e grãos e a produtividade de grãos. A adubação nitrogenada com os blends proporcionou um maior acúmulo de N nos estágios vegetativos até o florescimento do milho, havendo um acréscimo de aproximadamente 20 kg N total ha-1 em relação a adubação convencional com ureia. A produtividade aumentou linearmente com o aumento de doses, variando de 4.500 a 5000 kg ha-1 para as doses de 78 e 130 kg N ha-1, respectivamente, o que é esperado em condições de segunda safra devido a reduzida ocorrência de chuvas, mas não diferiu estatisticamente com o uso dos blends e da adubação convencional. Assim, os blends aplicados em dose cheia no momento do plantio podem ser vantajosos por dispensarem o custo da operação de adubação de cobertura. Os resultados do presente estudo indicam que o aumento do N acumulado nos estádios vegetativos proporciona maior redistribuição desse nutriente para a formação de grão e que a aplicação de blends no momento do plantio pode dispensar a adubação de cobertura e, consequentemente, reduzir os custos de produção. Palavras-chave: Zea mays; blends; adubação de milho safrinha. Agradecimentos: CNPq, FAPEMIG e CAPES
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Fertilização NPK para a cultura do physalis (Physalis peruviana L.) Carolina S. de C. Souza1, César F. Santos1, Sheila I. C. Pinto2, Leonardo F. Sarkis1, Alan D. C. Lima1, Geann C. Dias2 1
Universidade Federal de Lavras (UFLA), Lavras - MG, Brasil, carolina_silva_@hotmail.com; 2Instituto Federal de Minas Gerais Campus Bambuí, Bambuí – MG, Brasil.
A espécie Physalis peruviana L., pertencente à família Solanaceae, é uma planta arbustiva de origem andina que caracteriza-se por produzir frutos açucarados que no Brasil são consumidos como produto fino, com altovalor agregado, sendo utilizados, principalmente, na produção de doces finos. Por ser uma espécie de cultivo considerado recente, a maioria dos aspectos do sistema de produção desta cultura ainda necessitam serem estudados e desenvolvidos, principalmente os relacionados à adubação. Assim, o presente trabalho teve por objetivo identificar a dose de NPK utilizada na adubação de plantio que atenda às exigências nutricionais da cultura do Physalis peruviana L., proporcionando um melhor desenvolvimento morfológico e maior produtividade. O trabalho foi conduzido na Fazenda Varginha, IFMG - Campus Bambuí, no setor de viveiricultura, em casa de vegetação. O experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado, com 8 tratamentos e 6 repetições, totalizando 48 unidades experimentais. Os tratamentos foram compostos por doses de N, P2O5 e K2O: T1: 400 mg dm-3 de N, 800 mg dm-3 de P2O5, 640 mg dm-3 de K2O; T2: 600 mg dm-3 de N, 1200 mg dm-3 de P2O5, 960 mg dm-3 de K2O; T3: 480 mg dm-3 de N, 2400 mg dm-3 de P2O5, 800 mg dm3 de K2O; T4: 800 mg dm-3 de N, 2400 mg dm-3 de P2O5, 1600 mg dm-3 de K2O; T5: 1200 mg dm-3 de N, 3600 mg dm-3 de P2O5, 2400 mg dm-3 de K2O; T6: 760 mg dm-3 de N, 1680 mg dm-3 de P2O5, 1400 mg dm-3 de K2O; T7: 1600 mg dm-3 de N, 4800 mg dm-3 de P2O5, 3200 mg dm-3 de K2O; T0: sem fertilização. Para condução do experimento foram utilizados vasos com capacidade 8 dm3, e os fertilizantes utilizados foram: ureia (45% de N), monoamônio fosfato (MAP) (9% de N e 44% de P2O5) e cloreto de potássio (58% de K2O). As variáveis avaliadas foram: altura das plantas; peso médio do fruto; diâmetro médio do fruto; matéria seca da parte aérea e das raízes; relação do peso da parte aérea e das raízes; peso total das plantas; número de frutos e produção de frutos. Os dados das variáveis avaliadas foram submetidos à análise de variância e as médias agrupadas pelo teste de Scott-Knott ao nível de 5% de probabilidade. De acordo com as condições em que o presente trabalho foi desenvolvido a dose de NPK utilizada no plantio da cultura do physalis que promove maior produção de frutos, com maior economia é 1200 mg dm-3 de N, 3600 mg dm-3 de P2O5 e 2400 mg dm-3 de K2O. Quanto ao desenvolvimento morfológico das plantas de Physalis, a dose de NPK indicada para o tomate tutorado com 400 kg ha-1 de N, 1200 kg ha-1 de P2O5 e 800 kg ha-1 de K2O foi a que proporcionou maior crescimento vegetativo. Palavras-chave: fisalis; nutrição mineral de plantas; fertilidade do solo. Agradecimentos: IFMG Campus Bambuí.
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Fertilizante mineral misto “formulado” revestido com enraizador e polímero orgânico na cultura do milho Alan D. C. Lima1, César F. Santos1, Douglas R. G. Silva1, Leonardo F. Sarkis1, Carolina S. de C. Souza1, Wantuir F. T. Chagas1 1
Universidade Federal de Lavras (UFLA), Lavras - MG, Brasil, alanlimaagronomia@gmail.com
O milho é a segunda maior cultura de importância na produção agrícola no Brasil, sendo superado apenas pela soja que lidera a produção de grãos no país. Otimizar o desenvolvimento radicular e a disponibilidade de nutrientes é determinante para o sucesso da produção e maiores ganhos econômicos. Assim, objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito do fornecimento de fertilizante mineral misto formulado tratado com enraizador e polímero orgânico no desenvolvimento desta cultura. O experimento foi realizado no município LumináriasMG na segunda safra, no período de março a julho de 2018. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com 3 repetições e foram utilizados os seguintes tratamentos: T0 = 08–28–16 (CONVENCIONAL); T1 = 08–28–16 + 2,0% de polímero orgânico adesivo + 1,5% de polímero orgânico pó selante; T2 = 08–28–16 (POLÍMERO ORGÂNICO + MICROS): 2,0% de polímero orgânico adesivo + 1,5% de Zn (óxido de zinco), 0,4% de B (octoborato de sódio) + 1,5% de polímero orgânico pó selante; T3 = 08– 28–16 (ENRAIZADOR): 2,0% de enraizador + 1,5% de polímero orgânico pó selante; T4 = 08–28–16 (ENRAIZADOR + MICROS): 2,0% de enraizador + 1,5% de Zn (óxido de zinco), 0,4% de B (octoborato de sódio) + 1,5% de polímero orgânico pó selante; T5 = 08–28–16 (ENRAIZADOR): 2,0% de enraizador; T6 = 08–28–16 (ENRAIZADOR + MICROS): 2,0% de enraizador + 1,5% de Zn (óxido de zinco), 0,4% de B (octoborato de sódio); CONTROLE= Sem aplicação de fósforo. Cada parcela experimental foi composta de 5 linhas com 5m de comprimento, sendo as 3 linhas e os 3 m centrais de cada linha considerados como área útil. Os tratamentos foram aplicados na dose de 400 kg ha-1 de P2O5, no sulco de semeadura. Dezoito dias após o plantio (estágio V3), foi realizada a adubação de cobertura com ureia e cloreto de potássio nas doses de 100 kg ha-1 de N e 30 kg ha-1 de K2O, respectivamente. Os fertilizantes foram distribuídos manualmente a uma distância de 10 cm da linha de semeadura. No estágioV8 foram colhidas 10 plantas de cada parcela, asquais foram secas em estufa de circulação forçada a 65 ºC até atingirem massa constante para a determinação da massa seca de raiz e de parte aérea. A produtividade (kg ha-1) foi estimada a partir de 15 plantas colhidas por parcela, sendo 5 plantas por linha útil. Os grãos foram pesados, determinou-se a umidade e a mesma foi corrigida para 13%. Todos os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de SkottKnott a 5% de significância através do SISVAR 5.3. Os maiores valores de massa seca de raiz foram para os tratamentos T6, T2, T4, T3 e T5, respectivamente, variando de 4,27 a 3,97 g planta -1, mas não diferem entre si. No entanto, a diferença foi significativa em relação aos tratamentos T0, T1 e controle, os quais foram menores e variaram de 3,3 g (controle) a 3,56 g planta -1. A massa seca de parte aérea foi maior para os tratamentos T4, T6, T3, T1, T2 e T5, respectivamente, variando de 121 a 118 g planta -1 e diferiram significativamente do controle e do T0 (107 e 109 g planta-1 respectivamente). A produtividade de grãos variou de 4476 kg ha-1 (CONTROLE) a 5841 kg ha-1 (T1), não diferindo estatisticamente. Os resultados do presente trabalho indicam que os fertilizantes revestidos com polímero orgânico, com micronutrientes e/ou enraizador promovem um maior desenvolvimento inicial da cultura, porém sem reflexos significativos na produtividade. Palavras-chave: Zea mays; desenvolvimento inicial; tratamento de fertilizantes. Agradecimentos: CNPq, FAPEMIG e CAPES
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Fonolito granulado como fonte de potássio para a cultura da soja Fabrício T. de L. Gomes1, Maria L. de S. Silva1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, fabriciodilima@yahoo.com.br
A crescente demanda e a dependência externa do país por fertilizantes demonstram uma fragilidade do sistema de produção agrícola nacional, incluindo fontes de potássio (K). O K é o segundo nutriente requerido em maior quantidade pela soja (Glycine max L.), cultura de elevada importância econômica, demonstrando a necessidade da busca por alternativas de baixo custo para o fornecimento do K. O presente estudo teve por objetivo avaliar o uso do fonolito granulado como fonte de K na produção de matéria secada da parte aérea e dos grãos e o teor de K na cultura da soja. O experimento foi conduzido em casa de vegetação do Departamento de Ciência do Solo da Universidade Federal de Lavras (Lavras - MG). O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, disposto em esquema fatorial 3 × 5, com três tipos de solos (Latossolo Vermelho distroférrico - LVd, Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico - LVAd, e Neossolo Quartzarênico órtico - RQo) e cinco doses de K (0; 25; 50; 100 e 150 mg dm-3, utilizando como fonte o fonolito granulado, 80 g kg-1 de K2O), com três repetições por tratamento, totalizando 45 unidades experimentais. A unidade experimental foi formada por um vaso contendo 4 dm3 de solo e duas plantas, utilizando a cultivar M 6210 IPRO. Aos 120 dias após o plantio, foram avaliados a matéria seca da parte aérea (MSPA), matéria seca dos grãos (MSG) e a concentração de K na MSPA. Para a obtenção da MSPA, a parte aérea das plantas foi cortada ao nível do solo, lavada e seca em estufa com circulação de ar (65 ºC). Os grãos foram retirados das vagens, secos em estufa (65 ºC) e pesados para obtenção da MSG. Posteriormente, as amostras de MSPA foram moídas e submetidas à digestão nitroperclórica. A concentração de K na MSPA foi determinada em fotômetro de chama. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância (teste de F, p ≤ 0,05). Quando a interação tipos de solo × doses de K foi significativa, foram ajustados modelos de regressão para as variáveis em função das doses de K em cada tipo de solo. A interação tipo de solo × doses de K foi significativa na produção de MSPA, na produção de MSG e na concentração de K na MSPA (p < 0,05). A MSPA aumentou linearmente em função das doses de K no LVd, enquanto nos demais solos apresentou ajuste quadrático, com máxima de 15,14 e 18,13 g vaso1 nas doses de 64,75 e 83,78 mg dm-3 de K no LVAd e RQo, respectivamente. A MSG apresentou ajuste linear em função das doses de K nos solos LVAd e RQo, enquanto no LVd apresentou ajuste quadrático, com máxima de 12,22 g vaso-1 na dose de 123,33 mg dm-3 de K. O teor de K apresentou incremento linear em função das doses de K no LVAd, enquanto nos demais solos apresentou ajuste quadrático, com teor máximo de 5,20 e 5,06 g kg-1 nas doses de 90,83 e 89 mg dm-3 de K no LVd eRQo, respectivamente. O fonolito granulado foi capaz de aumentar as concentrações de K na MSPA da soja cultivada nas três classes de solo, no entanto, a concentração encontrada é inferior ao adequado para a cultura. Esse desempenho pode estar relacionado com a constituição mineralógica, granulometria e doses do fonolitoem estudo, uma vez que apresenta liberação gradual, disponibilizando o K mais lentamente. Dessa forma, o fonolito granulado apresenta potencial para uso como fonte alternativa de K para a cultura da soja, entretanto, são necessários estudos sobre a eficiência da aplicação da fonte em doses maiores, em virtude das baixas concentrações de K observadas na MSPA da soja. Palavras-chave: adubação potássica; Glycine max L.; nutrição de plantas. Agradecimentos: CAPES, FAPEMIG, CNPq, UFLA, DCS.
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Fontes e doses de adubação fosfatada na produção de matéria seca e área foliar do Megathyrsus maximus cv. Mombaça Antonio J. S. Brito1, Hanrara P. Oliveira1, Gilson C. Alexandrino2, Carlos E. S. Montes1, Matheus H. R. Martins1, Jaci S. Dias1 1
Universidade Federal do Tocantins, Gurupi – TO, Brasil, antonio.souzabrito78@gmail.com
As pastagens são imprescindíveis para o abastecimento alimentar empregado na pecuária brasileiras sendo um sistema de produção rentável. A forrageira Mombaça se destaca pelo seu elevado potencial de produção de matéria seca e alto valor nutricional. Tendo em vista que os solos brasileiros possuem pela baixa disponibilidade de fósforo limitando assim a produção dessa forragem, o uso de adubação fosfatada tornar indispensável para a obtenção de altas produtividades. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito de fontes e dose de fósforo na produção de matéria seca foliar e área foliar do Megathyrsus maximus cv. Mombaça. O experimento foi conduzido na casa de vegetação da Universidade Federal do Tocantins, campus de Gurupi, conduzido em delineamento inteiramente casualizado com seis repetições em um esquema fatorial 2x5. O fator A foi composto por duas fontes fosfatadas: 07-28-00 + 11,9 Ca + 7,8 S (P1) e 07-28-00 + 12,4 Ca + 7,8 S (P2). O segundo fator foi composto por cinco doses de fósforo para cada fonte (0; 100; 200; 300 e 400 kg ha -1 de P2O5). A unidade experimental foi constituída por vasos plásticos com capacidade para 12 dm-3 preenchidos com solo Latossolo Vermelho-Amarelo na forma de terra fina seca ao ar. A forrageira utilizada foi Megathyrsus maximus cv. Mombaça. Foram avaliados a produção de massa seca e a área foliar específica em 3 cortes com ciclo de 30 dias. Os dados foram submetidos a análise de variância, as médias das fontes comparadas pelo teste Tukey, as doses analisadas por regressão através do software Assistat 7.7 e os gráficos plotados com uso do software Sigma Plot 10®. A massa seca obteve maior produção quando submetida as doses de 189 e 238 kg ha-1 de P2O5 utilizando as fontes (P1) e (P2), promovendo um acréscimo de 5,5 e 28% em relação a ausência de adubação. A produção de área foliar obteve melhor resposta as doses de 261,7 e 102,9 kg ha-1 com as fontes (P1) e (P2) proporcionando 5 e 11% superior a ausência de adubação. Ambas a fontes fosfatadas avaliadas promoveram aumento dos parâmetros produtivos do capim Mombaça, sendo a fonte P2 mais eficiente. Palavras-chave: produtividade; forragem; nutrição de plantas. Agradecimentos: NERO, UFT, LABSOLO.
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Fontes e doses de fertilizantes fosfatados na cultura da soja no incremento de teores foliares de fósforo Edilson S. Santos1, Carlos H. E. de Souza1, Murilo M. Machado1, Eli P. de Jesus1, Rafael dos R. Fonseca1, Pedro R. Santos1 1
Centro Universitário de Patos de Minas, Patos de Minas-MG, Brasil, edilsonsousa@unipam.edu.br
O fósforo (P) é um dos macro nutrientes mais importantes para diversas culturas, por atuar na planta em diversas funções como por exemplo; ativador enzimático e formação da membrana plasmática, no solo o fósforo é o mineral que apresenta menor disponibilidade para a planta, por ter baixa mobilidade, porém é móvel na planta. Devido á forte interação e á baixa mobilidade deste nutriente no solo, umas das alternativas encontradas para evitar esta perda é a utilização de fertilizantes com tecnologia associada. Portanto, objetivouse com esse trabalho avaliar os teores foliares de fósforo na cultura da soja (Glycine max) com relação a utilização de fontes e doses de fertilizantes fosfatados com tecnologias associadas. O experimento foi conduzido na Fazenda Lanhosos, situada no município de Patos de Minas. O delineamento experimental utilizado foi de blocos casualizados (DBC), em esquema fatorial de 3x5 com quatro repetições, sendo três fontes (MAP polimerizado, MAP convencional, MAP revestido), e cinco doses (0, 40, 80, 120, 160 kg ha-1 de P2O5). As parcelas foram delimitadas com uma área de dois metros de largura por sete metros de comprimento, totalizando uma área útil de 14 m2, com espaçamento de 0,50 cm entre linhas. A cultivar de soja utilizada foi o SYN 1561 IPRO, com uma população de 200 mil plantas ha-1. Os sucos de plantio foram abertos manualmente, com o auxilio de sachos, em seguida foram aplicados os devidos tratamentos em cada parcela. Posteriormente foi realizada a semeadura também de forma manual, as sementes foram inoculadas e tratadas com fungicida e inseticida no dia do plantio, em seguida houve o fechamento dos sulcos. Para realizar a analise de teor foliar de fosforo, foi feita a coleta de três trifólios no estádio R1 da planta em cada parcela, e levadas para o laboratório CeFert (Central de analise e Fertilidade do Solo) localizado no UNIPAM (Centro Universitário de Patos de Minas), onde seguiu-se metodologia de digestão seca proposta pela EMBRAPA, a leitura das amostras para tabulação foi feita em espectrofotômetro a 420 nm. Os dados foram submetidos a análise de variância, e quando significativos, as fontes foram comparadas pelo teste de Tukey a 0,05 de significância e as doses ajustadas ao modelo de regressão. Após realizadas as avaliações e aplicados os testes estatísticos, para o teor foliar de fósforo, observou-se que houve uma interação entre as fontes em que o MAP convencional apresentou diferença significativa em comparação com o MAP revestido, e não houve diferença significativa entre o MAP convencional e o MAP polimerizado, e entre o MAP revestido e o MAP polimerizado também não foi constatado diferença significativa, e em relação as doses foi observado que houve um ajuste de regressão linear, ou seja com o aumento das doses também houve o crescente aumento dos valores foliares de fósforo. Portanto, conclui-se que em relação às fontes o MAP convencional teve uma sobreposição em relação aos demais, e que a cultura da soja é responsiva a crescentes doses de fertilizantes fosfatados com tecnologias associadas, em relação aos teores foliares. Palavras-chave: fósforo; teores foliares; regressão. Agradecimentos: CeFert, UNIPAM.
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Fontes e doses de lítio alteram a germinação de sementes de soja Sávio S. Oliveira1, Leydinaria P. Silva1, Fabriny S. Ribeiro1, Carlos E. S. Montes1, Evandro A. Ribeiro1, Gilson A. Freitas1 1
Universidade Federal do Tocantins, Gurupi - TO, Brasil, savio_half_oliveira@hotmail.com
Lítio é um importante psicofármaco e a utilização da técnica de biofortificação agronômica é umas das ferramentas para introduzir nos alimentos teores de lítio em quantidades suficientes para prevenir diversas doenças causadas pela deficiência deste elemento. Porém, pouco se sabe quais fontes e doses utilizar e seus possíveis efeitos na cultura da soja. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da aplicação de fontes e doses de lítio sobre a germinação de sementes de soja, cultivar M8808 IPRO, visando a biofortificação agronômica. O experimento foi conduzido no Laboratório de Análise de Sementes da Universidade Federal do Tocantins, campus de Gurupi. Os tratamentos foram dispostos em delineamento inteiramente casualizados, com três repetições de 50 sementes, totalizando assim 150 sementes por tratamento. Os dozes tratamentos foram obtidos em esquema fatorial 2 x 6. O primeiro fator é referente à duas fontes de lítio (Li 2SO4 e LiOH) e o segundo fator referente à cinco doses (0; 20; 40; 60; 80 e 100 mg dm-3), Para o teste de germinação foram utilizadas sementes da cultivar M8808 IPRO. As 50 sementes de cada repetição foram colocadas em sacos plásticos sendo adicionados 1,5 mL de água destilada contendo as diferentes doses e homogeneizados, foram deixadas por 40 minutos na solução e posteriormente secadas ao sol. A testemunha não recebeu nenhuma das soluções contendo lítio. Logo após as sementes foram colocadas em papel filtro umedecidas com água destilada e submetidas ao teste de germinação em câmara do tipo BOD com temperatura constante ajustada para 25 ºC. Para a caracterização das plântulas normais foram consideradas plântulas germinadas contendo todas as suas estruturas essências (raiz primária, hipocótilo, epicótilo e cotilédones) sem nenhum tipo de dano. Já as plântulas anormais foram consideradas as demais plântulas que apresentava pelo menos uma das estruturas essenciais comprometidas. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias das fontes comparadas pelo teste de Tukey e as doses analisadas por regressão (p ≤ 0,05). Os gráficos das regressões foram plotados utilizando o programa estatístico SigmaPlot® versão 10. A aplicação via semente de lítio apresentou diferença significativa na germinação das sementes de soja. Entre as fontes, sulfato de lítio (dose máxima) apresentou redução na germinação de plântulas normais e consequentemente, aumento o número de plântulas anormais, sendo a melhor dose 49,2 mg dm-3, com 63% de plântulas normais. A fonte hidróxido de lítio apresentou efeito inverso na germinação de plantas normais e anormais, sendo a dose 48,7 mg dm-3 que apresentou maior fitotoxidez com 28,4% das plântulas anormais. As fontes e doses de lítio proporcionaram efeito significativo na germinação de sementes de soja. No entanto a fonte Sulfato de lítio obteve a maior porcentagem de germinação de plantas anormais em comparação com a fonte hidróxido de lítio. Palavras-chave: Glycine max; qualidade de semente; biofortificação. Agradecimentos: UFT, LABSOLO, NERO.
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Fontes e doses de potássio foliar em cobertura nos teores foliares de potássio do milho Rafael dos R. Fonseca1, Carlos H. E. de Souza1, Tiago M. B. Coelho1, Leonardo Y. Hayasaka1, Thiago B. F. Nijenhuis1, Murilo M. Machado. 1
Centro universitário de Patos de Minas, Patos de Minas - MG, Brasil, rafaelrf@unipam.edu.br
Dentre os cereais cultivados no Brasil, o milho possui alto potencial produtivo, sendo utilizado tanto em primeiro ou segundo cultivo e o potássio é um nutriente que pode determinar seu potencial produtivo. Dessa forma, objetivou – se avaliar a influência de fontes e doses de potássio em cobertura na cultura do milho. O experimento foi conduzido na fazenda Santos Reis, localizada no município de Lagoa Formosa, MG, sob Latossolo Vermelho Distrófico de textura argilosa. Foi utilizado delineamento em blocos casualizados (DBC) em esquema fatorial 2x4+1, com duas fontes de potássio sendo uma fonte mineral (20-00-20) e uma organomineral (14-00-14), quatro doses com diferentes quantidades de potássio aplicadas em cobertura (40, 80, 120 e 160 kg ha-1 de K2O), mais o tratamento controle com dose zero. A semeadura foi feita utilizando o fertilizante organomineral (02-20-05) na dose de 160 kg ha-1 de P2O5. Cada parcela teve dimensão de 7 m de comprimento e 2 m de largura, totalizando 14 m2, com 5 linhas e espaçamento de 0,50 m entre linhas. A semeadura foi feita de forma mecanizada, utilizando o híbrido AG 8088 VT PRO, com um estande de 65.000 plantas ha-1. A aplicação dos tratamentos foi feita no estádio fenológico V4 da cultura, de forma manual. Para a avaliação do teor de potássio na folha do milho foram coletadas amostras de folha quando a cultura se encontrava no estádio fenológico RT, coletando-se a primeira folha antes da espiga, coletando quatro folhas por parcela e colocadas em sacos de papel devidamente identificados. As amostras foram encaminhadas para o laboratório Cefert, localizado no Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM, onde foram colocadas em estufa de circulação forçada à 65 °C por um período aproximado de 72 horas, até o peso constante das amostras. Após a completa secagem as amostras foram moídas em moinho de facas do tipo Willey. Logo depois foram pesadas para a posterior avalição de potássio foliar. O teor de potássio nas folhas de milho foi determinado por fotometria de chama após digestão das amostras. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e comparados pelo teste de tukey a 0,05 de significância. Para as fontes, foi realizado teste de medida e para as doses foram ajustados modelos de regressão. Com os resultados observou que não houve diferença significativa para fontes e para interação entre fonte e dose, porém houve ajuste de modelo de regressão linear para doses, quanto maior a dose de potássio aplicada na cobertura maior foi o acréscimo no teor de potássio foliar. Conclui que à medida que aumenta a quantidade de potássio na cobertura da planta houve um aumento na concentração de potássio na folha do milho e não foi observado diferença em relação às fontes utilizadas. Palavras-chave: fertilizante; cobertura; tratamentos. Agradecimentos: CEFERT.
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Fosfato monoamônio revestido com polímero promove maior fluxo difusivo de fósforo em solo de Cerrado Victor G. S. Ribeiro1, Carlos H. E. de Souza1, Luis E. D. Vaz1, Pedro R. Santos1, Thiago B. F. Nijenhuuis1, Lara L. Gonçalves1 1
Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM - MG, Brasil, victorgustavo.sr@gmail.com
Em solos de Cerrado, o nutriente fósforo (P) é considerado um dos mais limitantes para produção agrícola em geral. Esses solos possuem elevado grau de intemperismo, predominando argilas do tipo 1:1, óxidos de ferro e alumínio. Esses tipos de argilas fazem com que o solo possua elevada capacidade de adsorção de P, tornando esse um dos fatores que controlam a disponibilidade desse nutriente. Na tentativa de diminuir perdas desse nutriente para o solo, tem-se usado fertilizantes revestidos ou polimerizados, para aumentar a eficiência do uso de fertilizantes fosfatados. Objetivou-se com o experimento avaliar a influência de fertilizantes fosfatado convencional e revestido no fluxo difusivo de P em amostras de solo de Cerrado. O experimento foi instalado e conduzido no Laboratório Central de Análise e Fertilidade do Solo, localizado no Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM. Os tratamentos consistiram em duas fontes fosfatadas, sendo, MAP (MAPCONVENCIONAL) e MAP revestido com polímero itacônico-maleico (MAPREVESTIDO) aplicados na dose de 300 mg dm-3 de P2O5 mais tratamento controle sem aplicação de P. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com seis repetições. O solo utilizado no experimento foi um Latossolo Vermelho de textura argilosa, que foi seco e peneirado em peneira de 2 mm. Para a condução do experimento foram utilizadas câmaras Gerbox com um volume de solo de 0,25 dm3, onde os fertilizantes foram aplicados e incubados por 52 dias junto com lâminas de resina de troca de aniônica (RTA), tipo base forte AMI-7001S. As lâminas de RTA foram cortadas em uma dimensão de 2 x 5 cm, totalizando uma área de 10 cm2. As resinas foram submetidas à pré-acondicionamento e tratamento utilizando solução de HCl 1 mol L-1, NH4Cl 1 mol L1 e NaHCO3 1 mol L-1 para geração de cargas. Para a montagem das câmaras, primeiramente foi colocado metade do volume total de solo e a RTA foi disposta horizontalmente na câmara. Depois colocou-se uma camada de solo de 0,5 cm para sobrepor a resina e os fertilizantes respectivos a cada tratamento foram dispostos paralelamente à RTA. Posteriormente o restante do volume do solo foi colocado sobre o fertilizante e as câmaras foram umedecidas e mantidas a 80% da capacidade de campo. Aos 52 dias após a incubação, as RTAs foram retiradas das câmaras com o auxilio de uma pinça e o excesso de solo contido foi retirado com jatos de água deionizada, posteriormente foram colocadas em erlenmeyer para posterior extração do P. Para isso, a RTA foi colocada em agitação horizontal juntamente com 50 mL de solução extratora (NH4Cl 0,8 mol L-1 e HCl 0,2 mol L-1) por 60 minutos à 150 rpm. Posteriormente foi feito a leitura de P disponível contido nos extratos pelo método de colorimetria de azul de molibdênio. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 0,05 de significância. Comparando os resultados dos tratamentos após os 52 dias de incubação, observamos que houve diferença estatística significativa para fonte, onde MAPREVESTIDO apresentou valores de 86,77 mg dm-3 de P, seguido pelo MAPCONVENCIONAL que apresentou 61,25 mg dm-3 de P disponível no solo. A maior difusão e disponibilidade de P no solo da fonte MAPREVESTIDO em comparação com MAPCONVENCIONAL pode ser explicada pela tecnologia encontrada em seu revestimento, que funciona como uma camada protetora de cargas negativas no microambiente ao redor do fosfato, fazendo com que os cátions Al3+, Mg2+, Ca2+ e Fe2+ se liguem às cargas negativas presentes no polímero, diminuindo a presença de precipitados com o P, além disso, a presença do polímero pode reduzir os processos de adsorção que ocorrem nos óxidos de Fe e Al deixando o P disponível para as culturas. Concluise que, o uso de fertilizantes fosfatados revestidos com polímero itacônico-maleico aumenta a difusão e disponibilidade de P em solos de Cerrado. Palavras-chave: adsorção; intemperismo; MAP. Agradecimentos: UNIPAM pelo fomento da pesquisa. 89
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Granitos metaluminosos e a fertilidade dos solos no Agreste pernambucano Gustavo V. Nunes1, Caio C. S. Gueiros1, Amanda B. de A. Mendes1, Marina M. Feitosa2, Rayanna J. A. B. da Silva1, Yuri J. A. B. da Silva3 1
Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife - PE, Brasil, gugatex13@gmail.com; 2Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil; 3Universidade Federal do Piauí, Bom Jesus – PI, Brasil.
A composição mineralógica e química do material de origem exerce papel importante para a fertilidade natural do solo. Em Pernambuco, as rochas graníticas representam cerca de 1/3 de toda área terrestre, formando grande parte dos solos agrícolas dessa região. O objetivo desse estudo foi avaliar a influência de granitos metaluminosos sobre a fertilidade de solos no Agreste pernambucano. O estudo foi realizado na Província Borborema, no estado de Pernambuco, Nordeste do Brasil. As amostras compostas de Neossolos Regolíticos, originados de granitos metaluminosos, foram coletadas em áreas com mínima interferência antrópica, em profundidades de 0 a 20 cm e de 20 a 40 cm, com intervalos de 500 metros, ao longo de um transecto, totalizando 15 locais de amostragem. O pH do solo foi determinado em água destilada (proporção 1: 2,5; solo: solução). Os nutrientes K, P, Co, Cu, Fe, Mn, Mo, Ni e Zn foram extraídos com Mehlich-1 (proporção 1:10; solo: solução). Os nutrientes Ca e Mg foram extraídos com 1 mol L-1 de KCl (proporção 1:10; solo: solução). Todos os nutrientes foram determinados por espectrometria de emissão óptica (ICP-OES). Os solos originados de granitos metaluminosos do Agreste pernambucano são ácidos, com valores de pH variando de 4,0 a 6,0, e valor médio de 5,2. Os teores médios de macronutrientes em solos originados de granitos metaluminosos foram: Ca (0,3 cmolc kg-1), Mg (1,4 cmolc kg-1), K (0,2 cmolc kg-1), P (14,6 mg kg-1). As concentrações médias de micronutrientes em solos originados de granitos metaluminosos diminuíram na seguinte ordem: Fe (83 mg kg-1) > Mn P (11 mg kg-1) > Zn (1,6 mg kg-1) > Ni (0,3 mg kg-1) > Cu e Co (0,2 mg kg-1) > Mo (0,01 mg kg-1). Com base no manual de recomendação para uso de fertilizantes minerais em solos do Estado de Pernambuco, a fertilidade natural dos solos desenvolvidos de granitos metaluminosos é baixa, estando relacionada à composição do seu material de origem, que apresenta elevada proporção de sílica e baixos teores de nutrientes em sua composição mineralógica. Portanto, esses solos precisam receber grandes quantidades de fertilizantes minerais para dar suporte ao desenvolvimento das principais culturas agrícolas da região. Os resultados obtidos nesse estudo podem ser utilizados para desenvolver recomendações gerais de fertilizantes, promovendo o uso mais eficiente dos nutrientes. Ademais, é essencial selecionar a cultura certa de acordo com as características do solo e com as exigências nutricionais de cada espécie agrícola. Palavras-chave: granitoides; nutrientes; fertilidade natural. Agradecimentos: CAPES/CNPq.
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Incubação de um Latossolo Vermelho-Amarelo com diferentes doses de calcário Vitor H. S. Oliveira1, Matheus M. Silva1, Mathusalém M. Mota1, Junior C. R. Silva1, Flávio A. de Moraes1, Silvino G. Moreira1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, vhagronomia@gmail.com
A acidez do solo e a baixa disponibilidade de Ca2+ e Mg2+ são fatores limitantes para o aumento de produtividade das culturas. A calagem é uma das práticas mais efetivas para corrigir a acidez e fornecer esses nutrientes, além de aumentar a disponibilidade de todos os demais. Com o objetivo de avaliar a dose suficiente para corrigir a acidez do solo, disponibilizar Ca2+ e Mg2+ e elevar a V% para 70, foi realizada a incubação de um Latossolo Vermelho-Amarelo argiloso com diferentes doses de calcário. O experimento foi realizado em casa de vegetação do Departamento de Agricultura, na UFLA. O solo foi coletado na profundidade de 0,00 a 0,40 m em Ingaí-MG, o qual apresentava inicialmente as seguintes características químicas: pHH2O = 5,5; V% = 29; Ca2+, Mg2+, H+Al e T de 1,0, 0,3, 4,0 e 5,5 cmolc dm-3 respectivamente. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições. As doses de calcário (PRNT:74%) foram de 1,5; 3,0; 4,5; 6,0; 7,5 g por vaso de 2 dm3, que correspondem a 0, 3, 6, 9, 12 e 15 Mg ha-1. As amostras ficaram incubadas durante o período de 90 dias, mantendo-se o solo a 70% da capacidade de campo, através da pesagem diária dos vasos. Após o período de incubação, coletaram-se amostras de terra em cada vaso, para a determinação dos teores de Ca2+, Mg2+, H+Al e os valores de pH (CaCl2), T e V%.Todos os dados foram submetidos à análise de variância (teste F), os resultados significativos para o teste F, foram submetidos à análise de regressão. Após três meses de incubação com as diferentes doses de calcário, houve elevação dos valores de pHCaCl2 e V%, além de aumentos dos teores de Ca2+ e Mg2+ e redução da acidez potencial (H+Al) das amostras de solo. Para elevar a V% de 29 para 70, pensando-se na camada de 0 a 40 cm de solo, seriam necessárias 8,7 Mg ha-1, valor que foi estimado através da equação de regressão, visto que os dados se ajustaram a um modelo quadrático. Considerando-se os valores críticos mínimos de Ca2+ e Mg2+ de 2,4 e 0,9 cmolc dm-3, como sendo os mínimos adequados, seriam necessárias 9,6 e 4 Mg ha-1 de calcário para atingir esses valores, respectivamente. Se fosse utilizada a dose de 9,6 Mg ha-1 de calcário para elevar os teores de Ca2+, atingiria 1,4 cmolc dm-3 de Mg2+, valor ainda dentro da faixa adequada. Sendo assim, para este Latossolo Vermelho-Amarelo com as características apresentadas, a dose ideal para corrigir a acidez do solo e elevar os teores de Ca2+ e Mg2+ é de 9,6 Mg ha-1. Palavras-chave:calagem; acidez do solo; saturação por bases. Agradecimentos: AMPAR, Setor de Grandes culturas do DAG-UFLA, GMAP- Grupo de Pesquisa em Manejo de Sistemas de Produção.
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Influência da calagem nos atributos químicos do solo e na produtividade da soja Matheus M. Silva1, Vitor H. S. Oliveira1, Júnior C. R. Silva1, Hugo C. Resende1, Mathusalém M. Mota1, Silvino G. Moreira1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, mmsilvaagronomia@gmail.com
A acidez do solo está relacionada à baixa disponibilidade de nutrientes, sendo um dos fatores mais limitantes à produtividade agrícola. O calcário é o corretivo mais utilizado para disponibilizar Ca 2+ e Mg2+ e neutralizar a acidez do solo. Desta forma, objetivou-se avaliar a eficiência da calagem na correção da acidez do solo, disponibilização de Ca2+ e Mg2+ em profundidade e sua influência na produtividade da soja. O trabalho foi conduzido na Fazenda Santa Helena, a qual está localizada na mesorregião do Campos das Vertentes com 1020 m de altitude, sob um Latossolo Vermelho-Amarelo argiloso, com as características químicas iniciais: pHCaCl2 = 5,1; MO% = 2,6; V% = 42; P = 1,7 mg dm-3; Ca, Mg, K, H+Al e T de 1,4, 0,5, 0,1, 2,7 e 4,7 cmolc dm-3, respectivamente. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, com quatro repetições, o tamanho das parcelas foi de 10,5 m x 30 m, totalizando 315 m². Foi utilizado calcário com 35% CaO , 20% MgO e PRNT de 83%. Os tratamentos consistiram em seis doses de calcário (0, 3, 6, 9, 12 e 15 t ha-1), aplicadas com equipamento de distribuição BRUTTUS®. O calcário foi incorporado a 0,40 m de profundidade com duas passadas de grade pesada (discos de 32 polegadas), seguida de uma subsolagem e de duas gradagens niveladoras (discos de 20 polegadas). Foi realizado a semeadura da soja, cultivar NS7670 RR, no dia 15/11/2017 e foi colhida no dia 17/04/18. Posteriormente, foram coletadas amostras de solo para determinação dos valores de pH, V% e teores de Ca, Mg, H+Al nas camadas de 0 a 0,2 e 0,2 a 0,4 m. Os dados foram submetidos a análise estatística, com análises de regressão para os resultados significativos do teste F. De maneira geral, foi possível observar que a calagem aumentou os valores de pH, V% e os teores de Ca e Mg, bem como, reduziu os teores de H+Al. A maior produtividade foi observada com a dose de 9,4 t ha-1, calculada através da equação de regressão, havendo um incremento de 24%, comparado com o controle. Palavras-chave: calcário; correção da acidez; perfil do solo. Agradecimentos: AMPAR, Setor de Grandes culturas do DAG-UFLA, GMAP- Grupo de Pesquisa em Manejo de Sistemas de Produção.
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Influência da fonte de fósforo, correção do substrato com calcário e uso de composto orgânico na formação de mudas de Chaenomeles sinensis Wigor R. Capanema1, Evaldo T. de Melo1, Lucidio V. Fazenda1, Maria C. de C. R. Souza1, Leila A. S. Pio1, Rafael Pio1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras – MG, Brasil, rochawigor@gmail.com
A espécie Chaenomeles sinensis possui boa adaptação em regiões subtropicais, principalmente no que tange às temperaturas elevadas na camada superficial do sol, possuir grande número de sementes por fruto, alta emergência, e compatibilidade com a maioria das cultivares de marmeleiro do gênero Cydonia, vem sendo utilizada também como porta-enxerto para cultivares deste gênero. Um dos entraves a produção dessas mudas tem sido a fertilização do substrato, pois raros são os trabalhos sobre a nutrição desta espécie, especialmente com o Fósforo (P), que sofre diversas reações com o solo que acaba retendo grande parte do P aplicado, com isso as empresas tem formulado novas fontes P, visando um melhor aproveitamento do nutriente aplicado. Sendo assim objetivou-se com o presente trabalho avaliar a influência de duas fontes de P, Super Fosfato Simples e Fecunda®, além da correção do solo com calcario e a aplicação de composto orgânico na formulação do substrato no desenvolvimento das mudas de Chaenomeles sinensis. O experimento foi conduzido no setor de fruticultura da Universidade Federal de Lavras. Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 2 x 2 x 2, sendo duas fontes de P, Super Fosfato Simples e Fecunda ®, 5 g dm-3, sem e com correção com calcario para 70% da saturação por bases, 90 dias antes do plantio e sem e com aplicação de 30% do volume do substrato de composto orgânico, com quatro repetições, totalizando 32 parcelas, cada parcela foi composta por três plantas. O solo utilizado apresentava as seguintes características: pH = 4,2; P = 0,88 mg dm-3; K = 18,22 mg dm-3; Ca = 0,11 cmolc dm-3; Mg = 0,10 cmolc dm-3; Al = 1,41 cmolc dm-3; H+Al = 11,36 cmolc dm-3; SB = 0,26 cmolc dm-3; t = 1,67 cmolc dm-3; T = 11,62 cmolc dm-3; V = 2,21%; m = 54,43%; M.O = 2,91%; Zn = 0,48 mg dm-3; Fe = 117,2 mg dm-3; Mn = 3,57 mg dm-3; Cu =1,61 mg dm-3; B = 0,03 mg dm-3; S = 6,78 mg dm-3. Foi aplicado Zn, B, Cu no plantio e mensalmente foi aplicado 100 mg de N dm-3 e 100 mg de K2O dm-3. As mudas foram plantadas em saquinhos com capacidade de 1,5 dm³ de volume. Foram avaliados o comprimento das mudas aos 60 dias pós plantio e o diâmetro do tronco a 5 cm de altura aos 150 dias pós plantio. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade de erro. Para a variável comprimento, não houve diferença entre as fontes de P e entre a aplicação de composto orgânico, com médias de 44,57 cm e 47,29 cm para Super Fosfato Simples com e sem composto orgânico respectivamente, e médias de 45,93 cm 46,16 cm para Fecunda® com e sem composto orgânico respectivamente, e quanto a incorporação do calcario também não houve diferença entre as fontes de P, porém para o Fecunda® o desenvolvimento foi estatisticamente superior com a incorporação do calcario com médias de 48,43 cm e 43,67 cm com e sem incorporação respectivamente. Para a variável diâmetro, não houve diferença entre a aplicação ou não de composto orgânico, porém com a aplicação do composto orgânico o Fecunda® foi superior ao Super Fosfato Simples com médias de 4,77 mm e 4,42 mm respectivamente. Ambas as fontes de P foram estatisticamente superiores com a incorporação de calcario, com médias de 4,54 mm e 4,21 mm para Super Fosfato Simples com e sem calcario respectivamente e médias de 4,89 mm e 4,42 mm para Fecunda® com e sem calcario respectivamente. Conclui-se que a incorporação de calcario proporcionou maior desenvolvimento inicial das mudas de Chaenomeles sinensis. Palavras-chave: marmelo; nutrição; desenvolvimento. Agradecimentos: CNPq, FAPEMIG, DAG, UFLA.
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Influência da fonte de fósforo, correção do substrato com calcário e uso de composto orgânico na formação de mudas de Pyrus calleryana Wigor R. Capanema1, Evaldo T. de Melo1, Pedro M. Peche1, Daniela da H. Farias1, Paula N. Curi1, Rafael Pio1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras – MG, Brasil, rochawigor@gmail.com
A produção brasileira de peras está em torno de 20 mil ton ano-1, e o consumo é quase dez vezes mais, fato que faz as peras liderarem a importação brasileira de frutas frescas. Existindo um grande campo para a ampliação da produção nacional. Sua propagação ocorre através da enxertia, sendo necessário para tal a produção de mudas de porta-enxertos. Um bom porta-enxerto deve ser compatível com o cultivar copa, ser adaptado a região, vigoroso e atingir o ponto de enxertia o mais cedo possível, reduzindo-se assim o tempo de viveiro e os custos de produção da mudas. A espécie Pyrus calleryana é a mais utilizada como portaenxerto para as pereiras aqui cultivadas. Um dos entraves a produção dessas mudas tem sido a fertilização do substrato, pois raros são os trabalhos sobre a nutrição desta espécie, especialmente com o Fósforo (P), que sofre diversas reações com o solo que acaba retendo grande parte do P aplicado, com isso as empresas tem formulado novas fontes P, visando um melhor aproveitamento do nutriente aplicado. Sendo assim objetivouse com o presente trabalho avaliar a influencia de duas fontes de P, Super Fosfato Simples e Fecunda®, além da correção do solo com calcario e a aplicação de composto orgânico na formulação do substrato no desenvolvimento das mudas de Pyrus calleryana. O experimento foi conduzido no setor de fruticultura da Universidade Federal de Lavras. Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 2 x 2 x 2, sendo duas fontes de P, superfosfato simples e Fecunda®, 5 g dm-3, sem e com correção com calcario para 70% da saturação por bases, 90 dias antes do plantio e sem e com aplicação de 30% do volume do substrato de composto orgânico, com quatro repetições, totalizando 32 parcelas, cada parcela foi composta por três plantas. O solo utilizado apresentava as seguintes características: pH = 4,2; P = 0,88 mg dm-3; K = 18,22 mg dm-3; Ca = 0,11 cmolc dm-3; Mg = 0,10 cmolc dm-3; Al = 1,41 cmolc dm-3; H+Al = 11,36 cmolc dm-3; SB = 0,26 cmolc dm-3; t = 1,67 cmolc dm-3; T = 11,62 cmolc dm-3; V%= 2,21; m% = 54,43; M.O = 2,91%; Zn = 0,48 mg dm3; Fe = 117,2 mg dm-3; Mn = 3,57 mg dm-3; Cu =1,61 mg dm-3; B = 0,03 mg dm-3; S = 6,78 mg dm-3. Foi aplicado Zn, B, Cu no plantio e mensalmente foi aplicado 100 mg de N dm-3 e 100 mg de K2O dm-3. As mudas foram plantadas em saquinhos com capacidade de 1,5 dm³ de volume. Foram avaliados o comprimento das mudas aos 60 dias pós plantio e o diâmetro do tronco a 5 cm de altura aos 150 dias pós plantio. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade de erro. Para a variável comprimento, os resultados mostram que houve interação, quando se utilizou composto orgânico o superfosfato simples foi superior ao Fecunda® com médias de 51,62 e 45,97 cm respectivamente e quando não se utilizou composto orgânico não houve diferença com médias de 38,54 cm para superfosfato simples e 38,75 cm para Fecunda®. Com a utilização do calcario não houve diferença significativa entre as fontes de P, já quando não se aplicou calcario o superfosfato simples foi superior ao Fecunda® com médias de 45,28 e 38,24 cm respectivamente. Para a variável diâmetro também houve interação, sendo ambas as fontes de P, superiores quando foi aplicado composto orgânico, com média de 4,50 mm para o superfosfato simples e 4,38 mm para o Fecunda® com a incorporação do composto orgânico, contra 3,56 mm para superfosfato simples e 3,49 mm para Fecunda®. Sem incorporação do composto orgânico, não havendo diferença entre as fontes de P. Quando se incorporou calcario o Fecunda® foi superior com média de 4,41 mm contra 4,04 mm para o superfosfato simples, e quando não se incorporou calcario o superfosfato simples foi superior com média de 4,03 mm, contra 3,46 mm do Fecunda®. Conclui-se que a incorporação de composto orgânico proporcionou maior desenvolvimento inicial das mudas de Pyrus calleryana e para a fonte de P houve interação, sendo supersosfato simples melhor sem a incorporação do calcario, e o Fecunda® melhor com a incorporação de calcario. Palavras-chave: pera; nutrição; desenvolvimento. Agradecimentos: CNPq, FAPEMIG, DAG, UFLA.
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Influência das formas de aplicação de ácido bórico nos componentes morfofisiológicos da cultura da soja Carlos E. S. Montes1, Marcelo C. Tomazi1, Bruno H. di N. Nunes1, João P. S. Beserra1, Larissa U. Rodrigues1, Hanrara P. de Oliveira1 1
Universidade Federal do Tocantins, Gurupi - TO, Brasil, eduardo.montes.uft2012@hotmail.com
A aplicação de boro na cultura soja é uma ferramenta estratégica em sistemas de produção que visa alta produtividade. Ademais, estudos recentes mostraram que a sojicultura moderna remove 153,9 g de B ha-1 para o alcance de rendimentos médios de 3.328 kg ha-1. A aplicação de B no solo e foliar são os principais métodos de fornecimento do nutriente às plantas cultivadas. O objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos do uso de H3BO3 via solo e foliar, nas variáveis área foliar e massa seca da parte área em plantas de soja. O trabalho foi implantado na área experimental da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Campus Universitário de Gurupi. O solo utilizado foi caracterizado como Latossolo Vermelho-Amarelo de textura media. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, os tratamentos foram obtidos em esquema fatorial 3x2, com quatro repetições. Os seis tratamentos consistiram da adubação com três doses de B no solo: 0 (controle); 0,62 e 3,4 kg ha-1 e duas condições de suplementação com B foliar: ausência e presença. A fonte de B utilizada foi H3BO3 (17% de B). Para avaliar o efeito dos tratamentos na morfofisiologia da parte aérea da soja as plantas foram coletadas aos 63 DAS, em estádio R2 (florescimento pleno). A área foliar foi determinada através do método do disco e a massa seca foi obtida através da secagem em estufa à 65 °C por 72 horas. Os dados obtidos foram submetidos a análises de variância com as médias avaliadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade utilizando o software SISVAR 5.6. A área foliar e a massa seca da parte aérea foram reduzidas, quando suplementadas com B foliar, associadas ao B no solo, na dose máxima testada, em 0,87 g e 93,122 cm2, respectivamente. As formas de adubação com H3BO3 promoveram efeitos significativos nos parâmetros avaliados, no entanto, na condição de ausência de suplementação foliar, o menor desenvolvimento das plantas ocorreu no solo adubado com B na dose 0,62 kg ha-1. A adubação com H3BO3 no solo e a suplementação foliar não melhoraram os parâmetros avaliados, apesar de elevar o teor de B nas plantas. Palavras-chave: boro; adubação. Agradecimentos: NERO, UFT.
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Influência de diferentes doses e fontes fosfatadas na altura da planta, diâmetro de caule e número de hastes na soja Tiago M. B. Coelho1, Carlos H. E. de Souza1, Henrique T. Santos1, Leonardo Y. Haiasaka1, Mateus G. de Borba1, Eli P. de Jesus1 1
Centro Universitário de Patos de Minas, Patos de Minas – MG, Brasil, tiagombcoelho@hotmail.com
O fósforo (P) é um elemento de fundamental importância para a realização de diversos processos fisiológicos da planta, no entanto, por possuir forte atração com os colóides do solo, ele se torna pouco móvel e consequentemente apresenta baixa disponibilidade na solução do solo. Diante de tais circunstâncias, se faz necessário o desenvolvimento de estudos para que seja otimizada a eficiência da utilização da adubação fosfatada. Dessa forma, objetivou-se com o desenvolvimento deste trabalho avaliar a altura da planta, diâmetro de caule e número de hastes da cultura da soja (Glycine max) em resposta à adubação com diferentes fontes e doses de fertilizantes fosfatados. O experimento foi realizado na fazenda Lanhosos, próximo a Patos de Minas - MG. Foi utilizado o Delineamento em Blocos Casualizados (DBC), cujo esquema fatorial foi de 3 x 4 + 1, sendo três fontes (MAP Convencional, MAP revestido, MAP Polimerizado) e quatro doses (40, 80, 120 e 160 kg ha-1 de P2O5) e tratamento adicional sem aplicação de P (Controle). As parcelas foram constituídas por quatro linhas de sete metros com espaçamento de 50 cm entre linhas e stande de 200.000 plantas ha-1. Tanto a adubação quanto a semeadura foram feitas manualmente. Foram coletadas cinco plantas por parcela e levadas para o CeFert (Central de Análises de Fertilidade do Solo) no UNIPAM (Centro Universitário de Patos de Minas), para que fossem feitas as avaliações. Os parâmetros altura, diâmetro e número de hastes foram avaliados com o uso de trena, paquímetro e contagem simples respectivamente. Os dados foram submetidos a análise de variância, e quando significativos, as fontes comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância e as doses ajustadas ao modelo de regressão. Ao serem analisados os dados, observou-se que não houve diferença significativa entre fontes em nenhuma das avaliações. Nas avaliações de altura e diâmetro do caule, houve ajuste de regressão quadrática, com ponto de máxima entre as doses de 80 e 120 kg ha-1 de P2O5. Porém na avaliação de número de hastes foi observado ajuste linear crescente. Concluí-se com estes resultados que para as váriaveis altura da planta, diâmetro de caule e número de haste, a cultura da soja é responsiva à doses de MAP Convencional, MAP Revestido e MAP Polimerizado e recomendadas em dose de 80 kg ha -1 por ser menos oneroso e produzir resultados similares à dose de 120 kg ha-1. Palavras-chave: fósforo; Glycine max; avaliações. Agradecimentos: CEFERT, UNIPAM.
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Influência de diferentes fosfatos monoamônio com tecnologias associadas no cultivo de milho Mateus G. Borba1, Carlos H. E. Souza1, Rafael R. Fonseca1, Edilson S. Santos1, Leonardo Y. Hayasaka1, Maila A. Silva2 1
Centro Universitário de Patos de Minas, Patos de Minas-MG, Brasil, mateusborba@unipam.edu.br; 2Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil.
Dentre inúmeros fatores limitantes à elevação da produtividade da cultura do milho no Brasil, poder ser destacar o baixo rendimento dos fertilizantes fosfatados, que consequentemente acarreta uma má nutrição da cultura. Por essa razão, novas alternativas de manejo vêm sendo adotadas, visando o melhor desenvolvimento das culturas, como a utilização de fertilizantes envoltos de polímeros que possuem mecanismos que minimizam o contato do P com o solo, e assim, o torna mais disponível para as plantas. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo, avaliar a influência de fertilizantes fosfatados com tecnologias associadas no cultivo de milho. Experimento foi conduzido na fazenda Lanhosos, localizada no município de Lagoa Formosa, Minas GeraisBrasil. O delineamento utilizado no ensaio foi em DBC (delineamento de bloco casualizados) com esquema fatorial (4x4) + 1 com 4 repetições: 4 fontes de fertilizantes fosfatados, MAP revestido com Polímero, MAP Convencional e MAP revestido com polímero aniônico e fertilizante Organomineral; 4 doses 40, 80, 120 e 160 kg ha-1 de P2O5 com adição do tratamento controle, sendo analisadas o número de fileira, número de grãos por fileira, peso de 100 grãos e teor de fosforo foliar, os resultados foram submetidos à análise de variância, no qual, os fatores de caráter qualitativo foram realizados o teste de Tukey a 0,05% de probabilidade e, para característica quantitativa efetuou análise de regressão.Os resultados da adubação com fosfato monoamônio com tecnologias associadas no cultivo de milho apresentaram interação significativa entre às fontes aplicadas e dose para as variáveis Nº de grãos por fileira e Nº de fileira, ou seja, houve comportamento diferenciado entre os fertilizantes em função das doses aplicadas. Entretanto não houve diferença significativa para peso de 100 grãos e teor de fósforo foliar. Fosfato monoamônio com tecnologias associadas no cultivo de milho proporcional melhores resultados paras variáveis grãos por fileira, numero de fileira. Palavras-chave: polímeros; liberação; fósforo. Agradecimentos: CeFert- UNIPAM.
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Influência de distintas doses e fontes potássicas no peso de cem grãos na cultura do milho Tiago M. B. Coelho2, Carlos H. E. de Souza1, Lara L. Gonçalves2, Maria C. M. C. Mariano2, Edilson S. Santos2, Pedro R. Santos3 1
Centro Universitário de Patos de Minas, Patos de Minas – MG, Brasil, tiagombcoelho@hotmail.com
O potássio (K) é o mineral presente em maior concentração no tecido vegetal de quase todas as espécies de plantas, apresentando-se principalmente na forma iônica K+ e com isso grande parte do potássio ciclada, podendo ocorrer perdas por lixiviação, principalmente se tratando de solos arenosos. Uma das maiores exigências da cultura do milho (Zea mays) é a adubação potássica, sendo o K de grande importância para o processo da fotossíntese. Os adubos fontes de potássio em sua maioria são importados, sendo um custo oneroso ao produtor. Diante do exposto, objetivou-se com o presente trabalho avaliar a influência de diferentes fontes e doses de adubos potássicos no peso de cem grãos na cultura do milho. O experimento foi realizado na fazenda Santos Reis, próximo a Lagoa Formosa- MG. Foi utilizado o Delineamento em Blocos Casualizados (DBC), cujo esquema fatorial foi 2 x 4 + 1, sendo uma fonte Mineral (KCl) e outra Organomineral (composta de KCl triturado e cama de galinha), quatro doses (40, 80, 120 e 160 kg ha-1) e tratamento adicional sem aplicação de K (Controle). Foi feita também adubação de semeadura utilizando 160 kg de P2O5 para equilibrar a relação de fósforo (P) no solo. As parcelas foram formadas por quatro linhas de sete metros com espaçamento de 0,5 metros entre linhas e stande de 200.000 plantas ha-1. Tanto a adubação quanto a semeadura foram feitas de forma manual. Após a coleta as espigas foram secas em estufa elétrica a 80 °C e mantidas por quatro dias. Em seguida foram coletadas 15 espigas de cada parcela respeitando o tamanho médio entre elas. As espigas foram ainda debulhadas, realizada a contagem de cem grãos de cada parcela e feito a pesagem dos mesmos em balança analítica. Os dados foram submetidos à análise de variância, e quando significativos, as fontes comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância e as doses ajustadas ao modelo de regressão. Após análise dos dados, observou-se que houve ajuste de regressão quadrática, com ponto de máxima entre as doses de 80 e 120 kg ha-1 que apresentaram pesos de 26,75 g e 27,51 g, respectivamente. Já na dose de 160 kg ha-1 o adubo Mineral com o peso de 27,7 g se mostrou superior ao Organomineral pesando 24,25 g devido a sua capacidade de liberação mais lenta. Concluí-se com estes resultados que para o peso de cem grãos a cultura do milho foi responsiva à doses do adubo Mineral e Organomineral e recomendadas em doses de 80 a 120 kg ha1 . Palavras-chave: potássio; Zea mays; peso. Agradecimentos: CEFERT, UNIPAM.
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Influência de granitos peraluminosos na fertilidade dos solos do Agreste de Pernambuco Caio C. S. Gueiros1, Gustavo V. Nunes1, Laura M. N. de Santana1, Rayanna J. A. B. da Silva1, Marina M. Feitosa2, Ygor J. A. B. da Silva1 1
Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife - PE, Brasil, caio.gueiros@ufrpe.br; 2Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil.
Granitos peraluminosos compreendem grandes áreas do Agreste pernambucano e exercem papel fundamental na fertilidade dos solos da região. Os granitos peraluminosos (tipo S) resultam da fusão parcial de rochas de origem metassedimentar. Nesse sentido, o objetivo desse estudo é avaliar o efeito de granitos peraluminosos na fertilidade de solos do Agreste de Pernambuco. A área de estudo está situada na Província Borborema, estado de Pernambuco, Nordeste do Brasil. Foram coletadas amostras compostas de Neossolos Regolíticos originados de granitos peraluminosos, em áreas preservadas (mínima interferência antrópica), ao longo de um transecto, com intervalos de um quilômetro, em profundidades de 0 a 20 cm e de 20 a 40 cm, totalizando 17 locais de coleta. A acidez ativa do solo (pH) foi determinada em água destilada (proporção 1:2,5; solo: solução). Os nutrientes K, P, Co, Cu, Fe, Mn, Mo, Ni e Zn foram extraídos com Mehlich-1 (proporção 1:10; solo: solução). Os nutrientes Ca e Mg foram extraídos com 1 mol L-1 de KCl (proporção 1:10; solo: solução). Os nutrientes foram determinados por espectrometria de emissão óptica (ICP-OES). Solos derivados de granitos peraluminosos no Agreste de Pernambuco são ácidos, com valores de pH entre 4,0 e 5,0, com valor médio de 4,9. As concentrações médias de macronutrientes em solos desenvolvidos de granitos peraluminosos foram: Ca (0,1 cmolc kg-1), Mg (0,3 cmolc kg-1), K (0,1 cmolc kg-1), P (2,9 mg kg-1). As concentrações médias de micronutrientes em solos originados de granitos peraluminosos diminuíram na seguinte ordem: Fe (42 mg kg-1) > Mn (3,2 mg kg-1) > Zn (1,0 mg kg-1) > Cu (0,1 mg kg-1) > Mo e Co (0,01 mg kg-1) > Ni (0,04 mg kg- 1). As composições mineralógicas e químicas dos granitos peraluminosos tiveram grande influência na fertilidade dos solos do Agreste pernambucano. De acordo com o manual de recomendação de adubação para o Estado de Pernambuco, a fertilidade natural dos solos desenvolvidos de granitos peraluminosos é muito baixa, sendo necessário altos teores de fertilizantes minerais para dar suporte ao desenvolvimento das principais culturas agrícolas da região. Esses resultados podem ser explicados pela elevada proporção de sílica desse material de origem. Os resultados dessa pesquisa podem ser usados para promover o uso mais eficiente de fertilizantes minerais, com base nas características do solo e nas exigências nutricionais de cada cultura agrícola. Palavras-chave: macronutrientes; rochas graníticas; manejo do solo. Agradecimentos: CAPES/CNPq.
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Inoculação associada a dosagens de fertilizantes nitrogenados na cultura da soja Letícia B. de Bessa1, Murilo M. Machado2, Edilson S. Santos2, Bruno B. de Andrade2, Hemerson B. Pasush1, Danilo B. Abreu1 Faculdade do Noroeste de Minas – FINOM, Paracatu – MG, letciabborges@gmail.com; 2Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM, Patos de Minas, MG 1
No Brasil a cultura da soja (Glycine max L. Merrill) é de indiscutível importância para o país e sua economia, sendo o segundo maior produtor mundial do grão. O nitrogênio (N) é o nutriente mais exigido pela cultura para o seu desenvolvimento. Uma das formas mais comuns de fornecimento de nitrogênio as plantas na cultura da soja é a inoculação de rizóbios, técnica simples e de baixo custo que fornece altos níveis de nitrogênio. Bactérias quando em contato com as raízes da soja, infectam-nas via pelos radiculares formando os nódulos fixadores de N2 atmosférico. Esse processo resulta na transformação do N2 em amônia (NH3), intermediado pela enzima nitrogenase, presente em determinados grupos de bactérias. Entretanto, alguns estudos mostram a necessidade de doses de arranque de N mineral para suprimento da fase inicial da cultura até o estabelecimento dos nódulos. Nesse sentido, o presente trabalho objetivou avaliar o efeito da inoculação associada a dosagens de fertilizantes nitrogenados para suprimento inicial do nutriente para a cultura da soja. O experimento foi instalado no campo experimental da Fazenda Onça, localizada no município de Patos de Minas, MG. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados (DBC), em esquema fatorial (5 x 2) sendo cinco doses de arranque, utilizando ureia convencional, sendo elas (0, 15, 30, 40, 50) kg ha-1 de N e duas cultivares de ciclo precoce (6210 Monsoy e S 909), com quatro repetições. A adubação potássica e fosfatada foi igualada para todos tratamentos em 120 kg ha-1 e 80 kg ha-1 respectivamente. As parcelas utilizadas foram de quatro linhas com espaçamento de 0,50 m e seis metros de comprimento, área total de 12 m2, sendo delimitado para área útil as duas linhas centrais e exclusão de 1 m de bordadura, com área útil de 8 m 2. As avaliações efetuadas foram número de vagens e produtividade final. Os dados foram submetidos a análise de variância e quando significativo, as fontes foram comparadas pelo teste de Tukey 0,05% de probabilidade, as doses foram ajustadas a modelo de regressão. Cultivares e dosagens de nitrogênio não influenciaram significamente o número de vagens, independente da cultivar e dose aplicada. Quanto à produtividade, dois tratamentos houve resposta à aplicação de N, 0 kg ha-1 50 kg ha-1 mostranto um modelo quadrático quanto as doses de N testadas, no entanto sem respostas significativas e de retorno econômico ao produtor. Portanto, foi possível concluir que a adubação nitrogenada na cultura da soja para arranque associada a inoculação da semente por bactérias fixadoras, independente da dosagem de aplicação, não proporciona aumento de número de vagens e produtividade em relação ao tratamento sem aplicação de N mineral. Palavras-chave: Rhizobium; fixação biológica; nitrogênio.
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Níveis de fósforo, fontes e doses de nitrogênio alteram o perfilhamento e a área foliar específica do capim Mombaça Bruno H. di N. Nunes1, João H. S. da Luz1, Leydinaria P. da Silva1, Hanrara P. de Oliveira1, João P. S. Beserra1, Evandro A. Ribeiro1 1
Universidade Federal do Tocantins, Gurupi - TO, Brasil, bhdinapoli@gmail.com
O capim Mombaça está sendo introduzido nas pastagens brasileiras devido a seu elevado potencial produtivo e alto valor nutritivo. No entanto exige alta condição de fertilidade, principalmente de níveis adequados de fósforo e nitrogênio, nutrientes constituintes das proteínas e ligados ao processo fotossintético, sendo de extrema importância para a manutenção da alta produtividade dessa gramínea. Avaliar o efeito de níveis de fosforo associados a fontes e doses de nitrogênio sobre a área foliar específica e o número de perfilhos do capim Megathyrsus maximus cv. Mombaça. O experimento foi conduzido em casa de vegetação na UFT, campus de Gurupi, utilizando um Latossolo Vermelho-Amarelo. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com seis repetições. Os tratamentos foram obtidos em esquema trifatorial (2x2x5)+1, compreendendo dois níveis de fósforo (Super Simples, 100 e 246 kg ha-1 de P2O5), duas fontes de adubo nitrogenado 23-00-00 + 0,4 Mg + 9,3 Ca + 10,5 S (TN) e 23-00- 00 + 0,5 Mg + 9,0 Ca + 10,3 S (AN) e cinco doses de cada fonte (0; 50; 70; 90 e 110 kg ha-1 de N) além de uma testemunha absoluta sem aplicação de nitrogênio e fósforo. A parcela experimental foi constituída por vasos plásticos com capacidade para 10 dm-3. O número de perfilhos (NP) foi determinado através da contagem direta e a área foliar específica (AFE, cm2 g-1) calculada por meio da razão entre a área foliar e a massa seca da parte aérea do capim. Os dados foram submetidos a análise de variância (p≤ 0,05), as médias do fator fósforo e fontes foram comparadas pelo teste de Tukey e as doses submetidos a análise de regressão, realizando desdobramento das interações significativas, utilizando o Software R® versão 3.5. O perfilhamento do capim Mombaça foi influenciado apenas pelas fontes de N e pelas doses, não ocorrendo interação entre os fatores. Entre as fontes, a AN diferenciou significativamente da TN, com 38,1 e 35,4 perfilhos, respectivamente. As doses obtiveram ajuste linear. A área foliar específica foi fortemente influenciada pelo nível de fósforo e doses, como também pela interação entre fósforo*doses (PxD) e fontes*doses (NxD). Para PxD, 100 kg de P2O5 foi superior até 70 kg ha-1 de N, após essa dose não houve diferença significativa, e em todos os níveis de P2O5 os ajustes das doses foram quadráticos. Já NxD, nas fontes ocorreu significância até a dose 50 kg ha-1 N, sendo TN superior a AN, com 5,66 e 4,93 cm² g-1, respectivamente. As regressões em ambas as fontes foram quadráticas. Níveis de fosforo, doses e fontes de N promovem alterações na área foliar especifica e a utilização da fonte AN promove maior incremento de perfilhos em relação a TN. Palavras-chave: nutrição de plantas; fertilidade; gramíneas. Agradecimentos: Produção vegetal, Nero, UFT.
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Número de vagens de soja submetido a antecipação e doses de potássio Lara L. Gonçalves1, Victor G. S. Ribeiro1, Edilson S. Santos1, Miguel M. Neto1, Carlos H. E. de Souza2, Diego H. da Mota1 1
Centro Universitário de Patos de Minas, Patos de Minas - MG, Brasil, laragoncalves7@hotmail.com
A cultura da soja (Glycine max L. Merril) é de grande importância para a economia do Brasil, sendo o segundo país maior produtor de soja mundialmente. A produção da leguminosa é mais concentrada em regiões tropicais no território brasileiro em que predominam solos de elevado grau de intemperismo, com forte destaque para os programas de adubação potássica. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o período de aplicação e doses de potássio na cultura da soja com finalidade de produtividade de número de vagens por parcela. O experimento foi conduzido na Fazenda Onça, localizada no município de Presidente Olegário, Minas Gerais. O delineamento utilizado foi em blocos casualizados (DBC), em esquema fatorial de 4x3+1, sendo quatro tempos de antecipação de 30,15,7 e 0 dias antes da semeadura e com três doses de 60, 90, 120 kg ha-1 de K2O aplicados à lanço, mais o tratamento controle; a fonte utilizada foi Cloreto de Potássio (KCl) com 60% de K2O. Cada parcela foi constituída por 7 m de comprimento e 2 m de largura totalizando 14 m2 e com espaçamento de 0,50 m entre linhas. Momento antes da semeadura realizou-se a preparação do solo com aração e gradagem, a semente utilizada foi a MONSOY M6210 IPRO com população de 320.000 plantas ha-1, realizou o tratamento de sementes com inoculante a base de Bradyrhizobium japonicum para melhor desenvolvimento radicular. O plantio foi com semeadora mecanizada com quatro linhas e aplicando adubação química com MAP (Fosfato monoamônio) com 120 kg ha-1. Realizou manejos para o controle de plantas daninhas com o herbicida Glifosato® na dose de 2 L ha-1 e para dessecação das plantas na colheita foi o herbicida Tocha® a base de Dicloreto de Paraquate na dose de 2,0 L ha-1 com um volume de calda de 200 L ha-1 no estádio R6. As parcelas foram coletadas manualmente, eliminando duas linhas de bordadura, e um metro no inicio e fim da parcela. As amostras para as avaliações foram colocadas em sacos de papel devidamente identificados e levados ao Laboratório Central de Análises e Fertilidade do Solo (CEFERT), situado no Centro Universitário de Patos de Minas, as vagens de cada parcela foram separadas da estrutura da planta e contadas manualmente. Os dados foram tabulados e submetidos a análise de variância e comparados pelo teste de regressão, utilizando o programa estatístico Sisvar. Observou-se que não teve ajuste de modelo de regressão para o período de aplicação, porém teve ajuste ao modelo de regressão linear significativo para doses. Atentou-se que não houve diferenciação significativa para o período de aplicação, porque o solo apresentava teor de potássio mais 71 mg dm-3. O número de vagens por planta teve incremento enquanto se aumentava as doses de K2O, porém na dose de 120 kg ha-1 de K2O observou um decréscimo quando comparado a dose de 90 kg ha-1. O resultado pode ser afirmado pois o K+ atua no desenvolvimento das vagens e número de grãos, mas a grande concentração de potássio causa uma estacionaridade da taxa de incrementos de número de vagens. Conclui-se que a aplicação de potássio em antecipação não difere na condição do teor de potássio com 71 mg dm-3 no solo experimental, a cultura da soja é responsiva a doses de K2O para a avaliação do número de vagens. Palavras-chave: Glycine max L. Merril; adubação; solo. Agradecimentos: UNIPAM, CEFERT.
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Otimização das condições de preciptação de estruvita usando farinha de osso como fonte de fósforo e biocarvão como agente nucleante Kallil T. S. de Almeida1, Débora de M. Franco1, Patrícia de P. Castro1, Jefferson S. da S. Carneiro1, Bárbara O. Nardis1, Leônidas C. A. Melo1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, kallilkts@gmail.com
As fontes minerais de fósforo (P) são finitas e escassas e a reciclagem de P a partir de resíduos sólidos e águas residuais ainda é limitada, principalmente no Brasil. As principais tecnologias existentes para reciclar P de águas residuais são precipitação, adsorção e remoção biológica. A precipitação de estruvita (MgNH4PO4.6H2O) é uma alternativa que pode ser viável. Porém, é necessário otimizar as condições de precipitação buscando alta eficiência e viabilidade econômica. Neste trabalho, o objetivo foi encontrar as condições experimentais de força iônica, pH e tempo de reação mais favoráveis para a remoção de P em solução aquosa, por precipitação química por meio da metodologia de superfície de resposta (RSM), com desenho experimental Box-Behnken (BBD) e também a precipitação de estruvita a partir de farinha de osso e biocarvão impregnado com magnésio (Mg2+) como agente nucleante. A solução sintética de Mg:N:P (1:1:1) foi preparada baseando-se em estudos prévios no qual as concentrações foram na ordem de 10 vezes mais diluídas que as concentrações obtidas após extração de cinzas de farinha de osso por ácido sulfúrico (H 2SO4) 2,0 mol L-1. Os valores de pH foram 9.0, 9.5 e 10.0, já a força iônica foi de 0.6, 0.9 e 1.2. Os tempos de agitação foram de 15, 30 e 45 minutos. A melhor e a pior condição experimental obtidas pelo BBD foram executadas na presença de doses de 1,0; 3,0 e 5,0 g L-1 de biocarvão impregnado com 20% de Mg2+ como agente nucleante. A solução real de P foi preparada utilizando-se 30 g de solução de H2SO4 2,0 mol L-1 para extrair P de 4,7 g de cinzas de farinha de osso. O nitrogênio (N) foi adicionado na forma de NH4Cl. O tempo de reação não influenciou a remoção de P. Com o aumento da força iônica e do pH houve aumento da eficiência de remoção de P, atingindo um máximo de 87%. Com a maior dose de biocarvão testada (5 g L-1), na pior condição, houve aumento de 25% para 85% e, na melhor condição, houve aumento de 86% para 99% na eficiência de remoção de P. Assim, a maior eficiência de remoção de P foi obtida nas maiores condições estudadas de força iônica de 1,2 mol L-1, pH 10,0 e dose de biocarvão de 5,0 g L-1. A concentração de P extraída das cinzas de farinha e osso foi de 25,4 g L-1. Ao final, utilizando a farinha de osso como fonte de P e o biocarvão impregnado como fonte de Mg, houve remoção de 97,8% de P na forma de estruvita (MgNH4PO4.6H2O). O biocarvão impregnado com Mg é recomendado como agente nucleante em experimentos de precipitação de estruvita e a farinha de osso recomendada como fonte alternativa de P. Palavras-chave: estruvita; águas residuárias; fertilizantes. Agradecimentos: CAPES, CNPq, FAPEMIG.
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Perfilhamento e área foliar específica do capim Mombaça submetidos a fontes e doses de adubação fosfatada Antonio J. de S. Brito1, Bruno H. di N. Nunes1, Carlos E. de S. Montes1, Bruna A. Barbosa1, Savio dos S. Oliveira1, Matheus H. R. Martins1, Ângela F. Machado1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, antonio.souzabrito78@gmail.com
O capim Mombaça é considerado uma das forrageiras tropicais mais produtivas à disposição dos pecuaristas. No entanto, os solos Brasileiros em geral, principalmente no cerrado, apresentam baixa disponibilidade de fósforo, nutriente que limita diretamente o desenvolvimento e a emissão de perfilhos nesta gramínea. O objetivo do trabalho foi avaliar fontes e doses de fósforo na característica agronômica número de perfilho e área foliar específica do capim Megathyrsus maximus cv. Mombaça. O experimento foi conduzido na casa de vegetação da Universidade Federal do Tocantins, campus de Gurupi, conduzido em delineamento inteiramente casualizado com seis repetições ,em um esquema fatorial 2x5. O fator A foi composto por duas fontes fosfatadas: 07-28-00 + 11,8 Ca + 7,8 S (FP1) e 07-28-00 + 12,4 Ca + 7,8 S (FP2). O segundo fator foi composto por cinco doses de fósforo para cada fonte (0; 100; 200; 300 e 400 kg ha-1 de P2O5). A unidade experimental foi constituída por vasos plásticos com capacidade para 12 dm-3 preenchidos com solo Latossolo VermelhoAmarelo na forma de terra fina seca ao ar. A forrageira utilizada foi Megathyrsus maximus cv. Mombaça. Foram avaliados o número de perfilhos e a área foliar específica em 3 cortes com ciclo de 30 dias. Os dados foram submetidos a análise de variância, as médias das fontes comparadas pelo teste Tukey (p ≤ 0,05), as doses analisadas por regressão através do software Assistat 7.7 e os gráficos plotados com uso do software Sigma Plot 10®. Não houve interação significativa para o perfilhamento do capim Mombaça, nem diferença estatística entre as fontes FP1 e FP2 (com 19,9 e 20,37 perfilhos, respectivamente) e o comportamento das doses foram lineares (Y = 14,5+0,0226x, R2 = 0,98). Para a área foliar específica, não houve interação, a fonte FP2 foi superior a FP1 estatisticamente, com 3,85 e 3,51 cm2 g, respectivamente. O comportamento das doses foi linear decrescente (Y = 4,227-0,0022x, R2 = 0,97). Doses de P2O5 promovem alterações no perfilhamento e a fonte 07-28-00 + 12,4 Ca + 7,8 S foi mais eficiente na área foliar específica do capim Mombaça. Palavras-chave: adubação; pastagem; fertilidade. Agradecimentos: NERO, Produção Vegetal, UFT.
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Perfilhamento e produtividade do capim Urochloa brizantha cv. Marandu submetido a aplicação de ácido húmico e fúlvico Matheus H. R. Martins1, Savio dos S. Oliveira1, Hanrara P. Oliveira1, Lara C. Marques1, Bruna A. Barbosa1, Rubens R. da Silva1 1
Universidade Federal do Tocantins, Gurupi – TO, Brasil, matheusuft2015@gmail.com
Um desafio no cenário agropecuário atual é a demanda por quantidade e qualidade das forrageiras voltadas para a alimentação do rebanho nacional. Os ácidos húmicos e fúlvicos são resultantes da decomposição da matéria orgânica e podem ser eficientes na bioestimulação vegetal e promover alterações fisiológicas e morfológicas das plantas, as quais promovem um melhor desenvolvimento na obtenção de maior ganho em produtividade das forrageiras cultivadas. O objetivo do trabalho foi avaliar o número de perfilhos basais, aéreos e a massa fresca da parte aérea do capim Marandu sob aplicação foliar de ácido húmico e fúlvico. O estudo foi realizado em casa de vegetação, na Universidade Federal do Tocantins – UFT, câmpus de Gurupi. O experimento conduzido em esquema fatorial (2x6), dispostos em blocos casualizados, com quatro repetições. Sendo o fator A composto por ácido húmico (AH) e fúlvico (AF) e o fator D por doses de 0; 1,0; 2,0; 4,0; 8,0; 16,0 L ha-1, aplicados via foliar após cada corte da planta. A Forrageira Urochloa brizantha cv. Marandu foi cultivada em vasos plásticos contendo 14 dm3 de Latossolo Vermelho-Amarelo. As substâncias húmicas (proveniente de composto orgânico proveniente do rúmen de bovinos) foram extraídas com KOH (0,1 mol L 1 ) e os ácidos húmicos e fúlvicos fracionados por densidade a 3000 rpm. Foram realizados três cortes com ciclo de 25 dias, a 20 cm do solo. Características analisadas: Número de perfilhos basais (NPB) e número de perfilhos aéreos (NPA), determinados por meio de contagem direta; Massa fresca da parte aérea (MFPA) foi obtida logo após a coleta e o material pesado foi pesado em balança analítica (0,01 g). Os dados foram submetidos à análise de variância (p≤ 0,05) usando teste de Tukey para o fator fonte e análise de regressão para o fator dose, realizando desdobramento quando ocorresse interação entre os fatores, utilizando o software R® versão 3.5. Não houve efeito significativo para maior produção de perfilhos basais e aéreos, porém foi observado maior produção de ambos na dosagem de 1 L ha-1 de AH, incremento médio de 38,34 de perfilhos basais em relação a testemunha. Na MFPA não houve interação, AH diferiu significativamente de AF, com 75,10 e 70,78 g por planta, respectivamente. As doses influenciaram significativamente, com ajuste quadrático (Y = 78,8947 - 2,8703x + 0,1563x², R2= 0,76). A utilização dos ácidos fúlvico e húmico influência a produção de massa fresca do capim Marandu, porém não altera o perfilhamento da forrageira. Palavras-chave: pastagem; bioestimulantes; cerrado. Agradecimentos: UFT, NERO, LABSOLO.
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Potencial do esterco bovino associado à adubação mineral no desenvolvimento da cultura da soja utilizando análise de componentes principais (PCA) Evandro A. Ribeiro1, Igor R. B. Teixeira1, Allan S. Sousa1, Joao H. S. da Luz1, Álvaro J. G. de Farias2, Rubens R. da Silva1 1
Universidade Federal do Tocantins, Gurupi - TO, Brasil, evandrogpi15@hotmail.com; 2Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil.
O Brasil possui o segundo maior rebanho de bovinos do mundo (218,2 milhões de cabeças), sua produção diária de esterco é aproximadamente 40 a 45 kg UA-1 dia-1. Essa elevada produção faz com que seja interessante a busca por maneiras eficientes de destinar essa grande quantidade de resíduo. Este material após aplicado no solo promove melhorias químicas, físicas e biológicas, dessa forma seu uso em sistema agrícola é imprescindível buscando aumento de produtividades. Poucos são os trabalhos realizado com o uso de esterco bovino na cultura da soja e quando si trata da região do Cerrado brasileiro, quase inexistentes. O trabalho tem como objetivo. Avaliar a utilização do esterco bovino associado a adubação mineral nas características agronômicas da cultura da soja por meio de análise multivariada. O experimento foi conduzido em casa de vegetação da estação experimental, em vasos com tamanho de 6 dm3, no campus de Gurupi – UFT. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso com quatro repetições. Os tratamentos foram compostos por quatro doses de esterco bovino (2,5; 5,0; 10,0 e 20,0 t ha-1) e dois tratamentos controles (padrão com dose mineral comercial e sem nenhum tipo de adubação). Foram avaliadas no estádio fenológico R1 as variáveis: altura da planta (AP, cm), diâmetro do caule (DC, cm), clorofila total (CT, FALKER ®), número de nós (NN), comprimento da raiz (CR, cm), massa fresca das raízes (MFR, g), massa seca da parte aérea (MSPA, g) e massa seca das raízes (MSR, g), taxa de crescimento absoluto (TCA) e taxa de crescimento relativo (TCR). Os dados obtidos foram submetidos à análise multivariada (MANOVA), usando a técnica de componentes principais (PCA). Todas as análises estatísticas e elaboração dos gráficos foram realizadas no software R® versão 3.5. Pela análise dos escores da PCA, observou-se que a característica CR apresentou o maior valor, com escores positivos em PC1 e PC2, assim como as características TCA, MSPA, DC, AP e MFPA onde foram fortemente influenciadas pela adubação de 20 t ha-1, além de que a influência nessas características foram bem inferiores com as menores dosagens. O segundo grupo de características NN, CT, MFR e MSR apresentou valores negativos de escores para PC1 e positivos para PC2, ao analisar essas características observou-se que ocorreu uma maior influência na utilização da dosagem de 10 t ha -1, demonstrando uma tendência inversa as testemunhas apenas com adubação padrão química e sem nenhuma adubação, respectivamente. O desenvolvimento da cultura foi influenciado a medida em que houve o aumento nas doses de esterco aplicadas, sendo que as variáveis que mais se destacaram nas relações de desenvolvimento da cultura foram CR, TCA, MSPA, DC, AP e MFPA, obtendo uma melhor resposta na dose de 20 t ha-1. O CR de raiz foi o fator de maior relevância no desenvolvimento da planta. As características NN, CT, MFR e MSR têm os melhores resultados na dose de 10 t ha-1. Palavras-chave: adubação orgânica; Glycine max L; análise multivariada. Agradecimentos: NERO, CAPES, UFT.
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Produção de tubérculos em batata (Solanum tuberosum L.) em função de doses e fontes de P2O5 Murilo M. Machado1, Carlos H. E. de Souza1, Bruno B. de Andrade1, Paulo H. Soares1, Gustavo P. Rezende1, Tiago M. B. Coelho1 1
Centro Universitário de Patos de Minas, Patos de Minas - MG, Brasil, Murilomendes@unipam.edu.br
O consumo da batata (Solanum tuberosum L.) têm crescido em âmbito mundial, mostrando sua relevância quanto produção econômica e alimentação humana. Dentre os nutrientes absorvidos pela batatateira, o fósforo (P) se encontra entre os de maior acumulação em seus tubérculos, mostrando a importância do nutriente na produção da cultura. Entretanto, o mesmo mostra comportamento diferenciando no solo, fazendo com que se torne indisponível para as plantas. Portanto, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a produção de tubérculos por planta de batatateira em função de alternadas doses e fontes de P2O5. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados (DBC), em esquema fatorial (4 x 4) + 1 sendo quatro doses (300, 400, 500, 600 kg ha-1 de P2O5) e quatro fontes (Formulado 1, Formulado 2, MAP Convencional, Organomineral) e controle sem adição de P2O5 com quatro repetições. A adubação potássica foi igualada para todos tratamentos em 150 kg ha-1 e o nitrogênio corrigido para a maior dose do MAP Convencional. As parcelas utilizadas foram de quatro linhas com espaçamento de 0,80 m e dez metros de comprimento, área total de 32 m2, sendo delimitado para área útil as duas linhas centrais e exclusão de 1 m de bordadura, com área útil de 12,8 m2. A avaliação de contagem de tubérculos foi realizada 90 dias após a semeadura do experimento, onde foi se coletado em campo duas plantas por tratamento e levadas em sacos de papel para laboratório. Os dados foram submetidos a análise de variância e quando significativo, as fontes foram comparadas pelo teste de Tukey 0,05% de probabilidade, as doses foram ajustadas a modelo de regressão, e as médias dos tratamentos foram comparadas com o tratamento adicional pelo teste de Dunnett 0,05% de probabilidade. Entre os tratamentos testados houve interação significativa entre fonte x dose, sendo que o Map Convencional na dose de 600 kg ha-1 se sobressaiu em relação as demais fontes e doses testadas, obtendo média de 18,25 tubérculos por planta. Para as demais fontes não obteve-se resultados significativo para os fatores testados. Para as demais doses, também não foi observado resultados significativos quanto média para a produção de tubérculos na cultura. Portanto, foi possível concluir que a interação do MAP Convencional na dose de 600 kg ha -1 obteve maiores valores de produção em números de tubérculos entre os demais tratamentos testados. Palavra-chave: fertilizantes; fósforo; adubação. Agradecimentos: CEFERT
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Produtividade de milho com diferentes tecnologias de revestimento e de doses de fertilizante nitrogenado Alan D. C. Lima1, César F. Santos1, Douglas R. G. Silva1, Leonardo F. Sarkis1, Giulianno P. Faquin1, Wantuir F. T. Chagas1 1
Universidade Federal de Lavras (UFLA), Lavras - MG, Brasil, alanlimaagronomia@gmail.com
A indústria de fertilizantes possui o desafio de melhorar a qualidade de seus produtos, aumentando a eficiência das adubações, principalmente dos fertilizantes nitrogenados. O milho pela importância econômica e participação no consumo de fertilizantes nitrogenados na agricultura tem sido alvo de pesquisas para o aumento da eficiência no uso do N por meio da utilização de novas tecnologias para ureia. Com isso objetivou-se com este trabalho avaliar a produtividade, massa seca, eficiência agronômica (EA) e índice de eficiência agronômica relativa (IEAR) de diferentes fontes de fertilizantes nitrogenados. O experimento foi realizado no município de Luminárias-MG, na segunda safra agrícola em condições de sequeiro. A semeadura foi realizada em março de 2018, com espaçamento entre linhas de 0,5 m. Foram aplicados 200 kg ha-1 do fertilizante mineral misto 13-33-00 + 9% de S0 no plantio. No estágio V3 foi realizada a adubação de cobertura com os fertilizantes nitrogenados dos tratamentos e aplicação de 80 kg ha-1 de K2O na forma de cloreto de potássio (58% de K2O). Os fertilizantes foram distribuídos manualmente a uma distância de 10 cm da linha de semeadura. Foi utilizado o delineamento experimental em blocos casualizados em esquema fatorial 6 x 3 +1, totalizando 19 tratamentos, com 4 repetições. Cada parcela experimental foi composta de 5 linhas com 5m de comprimento. As 3 linhas centrais e os 3m centrais de cada linha foram considerados como área útil. Os tratamentos foram: 1) ureia perolada; 2) ureia+ NBPT (N-(n-butil) tiofosfórico triamida); 3) ureia + polímero orgânico; 4) ureia + polímero orgânico + Zn + B; 5) ureia + NBPT + polímero orgânico, 6) ureia + polímero orgânico + Zn (50% ZnO + 50% ZnSO4) + B, aplicados nas doses de 50, 100 e 150 kg ha-1. Após a colheita do milho, realizada em agosto de 2018, as espigas foram separadas da parte vegetal, a parte vegetal e os grãos foram secos em estufa com circulação de ar a 65°C até peso constante, posteriormente foram pesados para a quantificação da produtividade (PRO) e massa seca de parte aérea (MSPA). O IEAR foi calculado com os dados de produtividade, tomandose como referência a ureia perolada (100%) a partir da equação: ((prod. kg ha-1da fonte testada – prod. kg ha-1 do controle) / (prod. kg ha-1 da ureia perolada – prod. kg ha-1 do controle)) x 100. E a EA foi calculada pela seguinte equação: ((prod. com adubação – prod. controle) / quantidade de N aplicado em cobertura). Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias agrupadas pelo teste de Skott Knott a 5% ou realizada regressão linear através do programa estatístico SISVAR 5.3. As variáveis avaliadas não foram influenciadas pelas fontes ou interação fonte e doses, apenas pelo efeito de doses, sendo as médias para MSPA de 8861,59, 9232,48 e 9361,37 kg ha-1, para PRO de 4662,4, 4975,38 e 4975,35 kg ha-1 para as doses de 50, 100 e 150 kg ha-1 respectivamente, EA de 12,2323, 9,223 e 5,2123 kg de grãos kg de N-1 das doses de 50, 100 e 150 kg ha1 , respectivamente, e 43,83; 112,18 e 180,54% nas doses de 50, 100 e 150 kg ha-1 para IEAR. A média para as fontes variaram de 4574 a 4738 kg ha-1 para produtividade, 8649 a 9247 kg ha-1 para massa seca, 7,12 a 12,18 kg de grãos kg de N-1 para EA e de 100 a 136% para IEAR, ambos sem diferenças significativas. Diante disso, conclui-se que as fontes utilizadas não promoveram resultados significativos em produtividade ou acúmulo de matéria seca, porém o aumento das doses promoveu maior eficiência na utilização dos fertilizantes nitrogenados pelas plantas e maior acúmulo de matéria seca. Palavras-chave: Zea mays; nitrogênio; tratamento de fertilizantes. Agradecimentos: CNPq, FAPEMIG e CAPES.
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Produtividade de plantas de feijão submetidas a fontes e doses de fertilizantes fosfatados com tecnologia associada Edilson S. Santos1, Carlos H. E. de Sousa1, Miguel M. Neto1, Victor G. S. Ribeiro1, Gabriela L. da Silva1, Gustavo F. de Sousa2 1
Centro Universitário de Patos de Minas, Patos de Minas - MG, Brasil, edilsonsousa@unipam.edu.br; 2Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil.
O fósforo (P) é o nutriente mais deficiente na maioria dos solos brasileiros, principalmente nos solos de cerrado onde ele apresenta alta fixação e baixa mobilidade no solo, portanto sua aplicação como fertilizante é um fator indispensável para a produção adequada de feijão (Phaseolus vulgaris), para se alcançar a produtividade esperada. Uma das alternativas para evitar a perda do fósforo no solo é a aplicação de fertilizantes com tecnologias associadas. Portanto, objetivou-se com tal ensaio avaliar a influencia de diferentes fontes e doses de fertilizantes fosfatados com tecnologias associadas, em relação á produtividade do feijoeiro. O experimento foi conduzido na Fazenda Morro Molhado, localizada no município de Lagoa Formosa-MG. Tal ensaio foi realizado em um delineamento de blocos casualizados (DBC), em esquema fatorial 4x5 com quatro repetições, sendo quatro fontes de P (MAP polimerizado, MAP convencional, MAP revestido e Organomineral 02-2005), e cinco doses (0, 25, 50, 75, 100 kg ha-1 de P2O5). As parcelas experimentais foram divididas em 7 metros de comprimento por 2,5 metros de largura, totalizando uma área útil de 15 m2, e foi utilizado um espaçamento de 0,50 cm entre linhas, a cultivar utilizada foi BRS FC402, com um stand de 240 mil plantas ha-1. Para realização do plantio foi realizada a abertura dos sucos manualmente com o auxilio de sachos, após a abertura e delimitação de cada parcela, foi inserido os devidos tratamentos em suas respectivas parcelas, em seguida realizou-se a semeadura das sementes também de forma manual com auxilio de uma trena para delimitar a distância entre as sementes. Após completar o ciclo da cultura, foi realizada a colheita de cada parcela de forma manual, e levada para o laboratório CeFert (Central de Analise e Fertilidade do Solo) localizado no UNIPAM (Centro Universitário de Patos de Minas). Para se estipular a produtividade final, foi realizada a pesagem de 100 grãos de cada tratamento, e multiplicado pela área útil. Os dados foram submetidos à análise de variância, e quando significativos, as fontes foram comparadas pelo teste de Tukey a 0,05 de significância e as doses ajustadas ao modelo de regressão. Depois de realizadas as analises estatísticas foi demonstrado que houve uma interação entre as fontes em que o MAP polimerizado demonstrou resultado superior aos demais, pode ser explicado pela tecnologia utilizada em tal fonte que para aquele tipo de solo foi mais adequada, entre as demais fontes não houve diferença significativa, em relação às doses houve um ajuste de regressão linear, ou seja, com o crescente aumento das doses os valores de produtividade tendem a aumentar. Por tanto, conclui se que o MAP polimerizado apresentou os melhores valores de produtividade, e que a cultura do feijoeiro é responsiva a crescentes doses de fertilizantes fosfatados com tecnologia associada. Palavras-chave: fósforo; produtividade; regressão. Agradecimentos: CeFert, UNIPAM.
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Produtividade de soja sob doses e tempos de antecipação da adubação potássica Victor G. S. Ribeiro1, Carlos H. E. de Souza1, Diego H. da Mota1, Lara L. Gonçalves1, Leonardo Y. Hayasaka1, Miguel M. Neto1 1
Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM - MG, Brasil, victorgustavo.sr@gmail.com
A cultura da soja (Glycine max L. Merril) é de suma importância para a economia brasileira, sendo a principal cultura do agronegócio brasileiro. Objetivou-se com esse trabalho avaliar a influência de tempos de antecipação e doses de potássio na produtividade da cultura da soja. O experimento foi instalado na fazenda Onça, localizada no município de Presidente Olegário Minas Gerais. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, em esquema fatorial de 4 x 3 + 1, sendo quatro tempos de antecipação, 30, 15, 7 e 0 dias antes da semeadura e três doses, 60, 90 e 120 kg ha-1 de K2O aplicados a lanço, mais tratamento adicional sem aplicação de K2O, utilizando como fonte de potássio o fertilizante cloreto de potássio (60% de K2O). Cada parcela experimental possuía uma dimensão de 7 m de comprimento e 2 m de largura, totalizando 14 m2, com espaçamento de 0,50 m entre linhas de semeadura. Antes da aplicação dos tratamentos foi feito o preparo da área de modo convencional, com aração e gradagem. A cultivar utilizada na semeadura foi a MONSOY M6210 IPRO de hábito de crescimento indeterminado, com população de 320.000 plantas ha-1. Foi feito o tratamento de sementes com inoculante líquido a base de Bradyrhizobium japonicum e para melhorar a eficiência do processo de fixação biológica foi aplicado também via tratamento de sementes cobalto e molibdênio nas doses de 3 e 20 g ha-1, cujo as fontes foram sulfato de cobalto e molibdato de sódio, respectivamente. A semeadura foi feita de forma mecanizada, aplicando como adubação de semeadura 120 kg ha-1 de P2O5 utilizando o fertilizante fosfato monoamônio (MAP). Foram feitos manejos culturais para o controle de plantas daninhas, utilizando herbicida a base de glifosato na dose de 2 L ha-1, e para a dessecação de colheita foi utilizado herbicida a base de dicloreto de paraquat na dose de 1,5 L ha-1, quando as plantas de soja se encontravam no estádio fenológico R6. Para a avaliação de produtividade, as plantas foram coletadas de forma manual, excluindo as duas linhas das extremidades e um metro no início e fim de cada parcela. As plantas de cada parcela foram colocadas em sacos plásticos devidamente identificados e levados para o Laboratório Central de Análises e Fertilidade do Solo - CEFERT, localizados no Centro Universitário de Patos de Minas, onde foi feita a quantificação de produtividade de cada parcela. Os resultados foram submetidos à análise de variância e comparados pelo teste de regressão. Observou-se que não houve diferença significativa quanto aos tempos de antecipação, pelo fato que na área que o experimento foi instalado o teor de potássio trocável no solo se encontrava maior que 71 mg dm-3, o que a explica a inexistência de resposta dos tempos de antecipação. Entretanto, houve ajuste de regressão linear significativa para doses, mostrando que a dose de 120 kg ha-1 de K2O foi a que mostrou maior produtividade, chegando a 49,8 sacas ha-1. Esse resultado pode ser explicado pelo fato que o potássio atua no incremento no fluxo de seiva para os grãos, promovendo maior desenvolvimento e peso dos grãos. Conclui-se que a aplicação antecipada de potássio em solos que possuem teor de potássio maior que 71 mg dm-3 é viável, e, que a cultura da soja é responsiva em produtividade quando submetida a doses de K2O na forma de cloreto de potássio. Palavras-chave: cobertura; cloreto de potássio; fertilizante. Agradecimentos: UNIPAM pelo fomento da pesquisa.
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Produtividade e fisiologia da soja sob diferentes formas de aplicação de ácido bórico Matheus H. R. Martins1, Bruno H. di N. Nunes1, Hanrara P. de Oliveira1, João H. S. da Luz1, Sávio S. Oliveira1, Larissa U. Rodrigues1 1
Universidade Federal do Tocantins, Gurupi - TO, Brasil, matheusuft2015@gmail.com
Nos solos do Cerrado a deficiência de B ocorre de maneira generalizada, constituindo uma série de limitações à produção de soja (Glycine max L.), cultura que detém 57% da área agrícola cultivada com grãos no Brasil. A principal fonte de B utilizada na agricultura brasileira é o ácido bórico (H3BO3) atuando na estrutura e funcionamento das membranas, formação da parede celular, regulação enzimática, síntese e transporte de carboidratos, açúcares e proteínas, fixação de nitrogênio, fotossíntese e crescimento e pegamento de flores estando envolvido na melhoria de rendimento da soja especialmente em relação a áreas de produção de fertilidade marginal. O objetivo do trabalho foi avaliar a clorofila total e massa de grãos das plantas (MGP) de soja sob adubação com ácido bórico no solo e foliar. O experimento foi conduzido na casa de vegetação da Universidade Federal do Tocantins, Câmpus de Gurupi. Foi utilizado um Latossolo Vermelho-Amarelo, as unidades experimentais foram compostas por sacos de polietileno preenchidos com 7 dm3 de solo. Para a adubação de base foi utilizado superfosfato simples (18% P2O5) como fonte de fósforo, cloreto de potássio (60% K2O) como fonte de potássio e os micronutrientes na forma de sulfato de cobre (CuSO4), sulfato de manganês (MnSO4) e sulfato de zinco (ZnSO4), ambos utilizando fonte P.A. Foram semeadas seis sementes de soja cv. M8808Ipro tratadas quimicamente com inseticida Fipronil (i.a.) e fungicida Tiofanato-metílico + Fluazinam (i.a.) e inoculadas com Bradyrhizobium japonicum. Aos 10 dias após a semeadura (DAS) foi realizado o desbaste deixando três plantas por UE. Os tratamentos foram dispostos no delineamento inteiramente casualizados obtidos pelo fatorial 3x2, com quatro repetições. Sendo o primeiro fator correspondente a três doses de B no solo (0; 0,62; 3,4 kg ha-1) e o segundo fator a suplementação do B foliar (ausência e presença), a fonte utilizada foi H3BO3 (17% de B). A adubação com H3BO3 no solo foram: baixo - < 0,15 mg dm-3 (controle); bom - 0,61 mg dm-3 (0,62 kg ha-1) e alto - > 0,90 mg dm-3 (3,40 kg ha-1). A adubação via foliar correspondeu ao fornecimento de 0,17 kg de B ha-1, sendo parcelada aos 35 e 56 DAS, compreendidos nos estádios V6 e R1 de desenvolvimento das plantas de soja. A clorofila total foi quantificada por meio de leituras no centro do limbo foliar utilizando-se um clorofilômetro ClorofiLOG® modelo CFL 1030, que fornece resultados em unidades adimensionais, valores ICF (Índice de Clorofila Falker). Ao final do ciclo da cultura com os resultados da média de duas plantas por vaso foi avaliado a MGP com o auxílio de uma balança de precisão (0,00 g). Os teores de clorofila foram maiores nas plantas cultivadas no solo controle, porém o solo adubado com B de dose 3,4 kg ha-1 reduziu 17,35% de clorofila total. A presença de suplementação com B foliar não interferiu na MGP em solo adubado com 3,40 kg ha-1. Nas plantas cultivadas no solo controle apresentaram maior MPG em relação aos resultados observados na ausência de suplementação foliar que obtiveram 0,62 kg ha-1 de B. Os dados obtidos com este trabalho sugerem que a adubação com H3BO3 pode ser dispensada em condições de cultivo da soja em solo argiloso, com pH 6.0 e boa soma de bases, uma vez que o melhor desenvolvimento fisiológico e produtivo da cultura ocorreu na ausência de adubação, apesar do baixo teor de B e matéria orgânica do solo. Palavras-chave: cerrado; boro; micronutriente. Agradecimentos: UFT, NERO, LABSOLOS.
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Resposta dos parâmetros morfofisiológicos do capim Urochloa brizantha cv. Marandu submetido a diferentes fontes de fósforo Carlos E. S. Montes1, Bruna A. Barbosa1, Marcelo C. Tomazi1, João H. S. da Luz1, João P. S. Beserra1, Sávio dos S. Oliveira1 1
Universidade Federal do Tocantins, Gurupi - TO, Brasil, eduardo.montes.uft2012@hotmail.com
O fósforo é o segundo nutriente mais limitante na produção de forragem, pois tem participação direta nos processos bioquímicos das plantas. O desenvolvimento de tecnologias que promovam maior disponibilidade P em solos do cerrado e consequentemente sua absorção pela planta faz-se de grande importância. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito de fontes fosfatadas sob os parâmetros altura de plantas e massa seca foliar no capim Urochloa brizantha cv. Marandu. O trabalho foi implantado na área experimental da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Campus Universitário de Gurupi em parceria com a empresa TIMAC AGRO©. O solo utilizado foi caracterizado como Latossolo Vermelho-Amarelo de textura média. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, com seis repetições. Os tratamentos foram compostos por cinco fontes fosfatada [(SS (00-28-00), (07-28-00 + 11,9 Ca + 7,8 S), (07-28-00 + 12,4 Ca + 7,8 S), MAP (09-48-00) e (07-28-00 0,4 Mg + 9,3 Ca + 7,8 S)] com dose fixa de 100 kg ha-1 e um tratamento sem adubação fosfatada. As características morfológicas e biométricas avaliadas foram altura de plantas e massa seca foliar, a primeira foi obtida medindo-se o comprimento entre a superfície do solo até a extremidade mais alta das folhas, utilizando-se uma trena graduada em cm. A segunda foi obtida através da secagem desse material em estufa com circulação de ar forçada a 60 ºC por 72 horas, posteriormente o material foi pesado em balança analítica. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e teste Tukey e os gráficos foram plotados com auxílio do software Sigma Plot 10®. O parâmetro altura de plantas apresentou incremento positivo, sendo o melhor resultado quando aplicado a fonte SS (00-28-00), para a massa foliar, as fontes (0728-00 + 11,9 Ca + 7,8 S) e (07-28-00 + 12,4 Ca + 7,8 S) obtiveram os resultados superiores, todos os tratamentos se mostraram superiores a testemunha. A adubação fosfatada, assim como a utilização de fontes mais eficientes são os pontos chave para o desenvolvimento de uma pastagem de alta qualidade. Palavras-chave: adubação; forragem; fertilidade. Agradecimentos: TIMAC AGRO©, NERO, UFT.
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Solubilização do fonolito de Poços de Caldas calcinado como fonte alternativa de potássio Rodrigo S. Pessoa1, Viviane de F. S. Pessoa1, Everaldo Zonta1, Adélia A. A. Pozza1 1
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica - RJ, Brasil, rodrigopessoasolo@gmail.com
O Brasil é considerado grande potência no setor agrícola, porém apesar da grande produção, o território brasileiro é constituído, na sua maior parte, por solos ácidos de baixa fertilidade, pobre em nutrientes como o potássio (K). A maior parte dos fertilizantes, principalmente os potássicos, utilizados na agricultura brasileira é importado, cerca de 95% na forma de cloreto de potássio (KCl). Portanto, este trabalho objetivou avaliar a eficiência da rocha potássica fonolito de Poços de Caldas como fonte alternativa de potássio e os efeitos da calcinação em temperaturas distintas na solubilização da rocha e avaliar as proporções de K total convertido à K-trocável e solúvel em água. O trabalho foi conduzido no laboratório de Fertilidade do Solo do Departamento de Ciência do Solo (DCS), Universidade Federal de Lavras (UFLA), Lavras-MG. A amostra de fonolito foi submetida à britagem em um britador de mandíbulas no qual, realizou-se a separação granulométrica do material em peneira de 150 mesh. Após a etapa de homogeneização, o fonolito foi calcinado as temperaturas de 300 °C, 600 °C, 800 °C e 1000 °C. Após a etapa de calcinação, o potássio solúvel foi determinado pelos métodos de extração em água e ácido cítrico a 2% e a determinação do K, foi realizada pelo espectrofotômetro de chama e convertido para K2O de acordo com a metodologia do MAPA. Os dados obtidos foram submetidos a testes de média e análise de regressão, por meio do software estatístico SISVAR 5,3 ®. O fonolito sem calcinação utilizando como extrator em água obteve um total de 0,05% de K2O e utilizando o ácido cítrico 2% como extrator, obteve um total de 1,22% de K2O. O fonolito calcinado a 300 °C utilizando como extrator a água, se obteve um total de 0,09% de K2O e em ácido cítrico 2,08% de K2O. Já na temperatura de calcinação de 600 °C utilizando como extrator a água, foi possível observar 0,09% de K2O e na extração em ácido cítrico 2% um total de 2,08% de K2O. O que se observa que a calcinação não alterou a concentração de K 2O, nas temperaturas de 300 °C e 600 °C o mesmo pode ser observado utilizando os dois extratores. Na temperatura de calcinação de 800 °C a concentração de K2O em água foi de 0,06% e em ácido cítrico 2% foi de 1,63% de K2O. A temperatura de calcinação de 1000 °C em água foi de 0,02% de K2O e em ácido cítrico 2% foi de 1,30 de K2O. Os resultados demostram que o extrator em ácido cítrico 2% se mostrou mais eficiente em todos os tratamentos e as temperaturas que obtiveram a maior concentração de K 2O foram as de 300 e 600 °C. Os resultados demostram que o fonolito tem grande potencial para ser utilizado como fonte alternativa de potássio. Palavras-chave: calcinação; fonolito; calcinação. Agradecimentos: CNPq, CPGASC, UFRRJ, DCS, UFLA.
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Tecnologias para o aumento da eficiência de fertilizantes nitrogenados em sistemas de plantio direto e convencional de milho safrinha Giulianno P. Faquin1, Renato A. Ferreira2, César F. Santos1, Sheila I.do C. Pinto2, Leonardo F. Sarkis1, Alan D. C. Lima1 1
Universidade Federal de Lavras (UFLA), Lavras - MG, Brasil, giuliannopf@gmail.com; 2Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, Bambuí – MG
O milho é uma importante cultura agrícola que exige grande quantidade de nitrogênio (N), sendo a ureia a principal fonte nitrogenada utilizada. No entanto, quando aplicada em superfície, na adubação de cobertura, grande parte do N é perdida para a atmosfera por volatilização da amônia (NH3), o que gera um desafio para as indústrias no desenvolvimento de fontes alternativas de N mais eficientes tentando reduzir essas perdas. No entanto, o alto custo destes adubos muitas vezes inviabilizava o uso dessas tecnologias em culturas de pouco valor agregado como o milho. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência de diferentes fontes nitrogenadas utilizadas na adubação de cobertura do milho safrinha sob os sistemas de plantio direto e convencional. O experimento foi instalado em delineamento de blocos casualizados em esquema fatorial 7x2, sendo o controle e 6 fontes de nitrogênio (ureia perolada, ureia com inibidor de urease (NBPT), ureia contendo cobre e boro, ureia contendo enxofre, nitrato de amônio e sulfato de amônio) e 2 sistemas de plantio (plantio direto e plantio convencional), com 3 repetições, totalizando 42 parcelas experimentais. Todos os fertilizantes foram aplicados na dose de 150 kg ha-1 de N em dose única de cobertura (7,5 g de N na base de cada coletor de NH3) e o tratamento controle sem a aplicação de N. As variáveis avaliadas foram as perdas de nitrogênio na forma de NH3 capturada pelo coletor aberto semi-estático, o N acumulado na massa seca da parte aérea, a produtividade de grãos e de palhada e a eficiência agronômica (EA) dos fertilizantes, sendo esta última calculada a partir da seguinte equação: EA = (produtividade do tratamento adubado-produtividade do controle)/dose de N aplicada em cobertura. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias agrupadas por meio do teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade. A ureia perolada foi o fertilizante nitrogenado menos eficientes na restrição das perdas de N-NH3 no segundo dia após a adubação, apresentando uma perda de 9,43% e 14,17% (sistemas de cultivo convencional e plantio direto) do N aplicado, respectivamente. De forma geral, a ureia + S + polímero foi a mais eficiente na redução das perdas de N-NH3 por volatilização em relação aos demais fertilizantes avaliados, tendo diminuído essas perdas em até 17 vezes para o sistema convencional e 24 vezes para o sistema de plantio direto. As perdas de N-NH3 acumulada ao longo de 30 dias após a adubação foram superiores no sistema de plantio direto em relação às ocorridas no sistema de cultivo convencional, atingindo um máximo de 15% e 25% do N aplicado, respectivamente. Os diferentes fertilizantes nitrogenados aplicados em cobertura no milho promoveram diferenças no acúmulo de nitrogênio na palhada e no total acumulado pela parte aérea em relação ao controle, aumentando em até 30 e 50 e kg ha-1, respectivamente. A produtividade de grãos e de palhada não sofreu influência dos fertilizantes nitrogenados e nem dos sistemas de cultivo, resultando nas médias de 9.988 kg ha-1 e 6.795 kg ha-1, nesta sequência. A ureia e o sulfato de amônio promoveram maior eficiência agronômica, variando de 11 a 12 kg grãos kg N-1. Palavras-chave: Zea may; volatilização de NH3; adubção nitrogenada. Agradecimentos: CNPq, FAPEMIG e CAPES.
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Teor relativo de água e taxa assimilatória de carbono sobre aplicação de doses crescentes de lítio Sávio S. Oliveira1, Leydinaria P. Silva1, João H. S. Luz1, Bruno H. D. Nunes1, Alvaro J. G. Faria2, Gilson A. Freitas1 1
Universidade Federal do Tocantins, campus Gurupi - TO, Brasil; 2Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, savio_half_oliveira@hotmail.com
O Lítio é um metal alcalino com número atômico 3 e massa atômica de 6,941, é o mais leve dos metais, com peso específico de 0,534 g cm-3. No Brasil, e comum a falta de informações sobre o Li em culturas agrícolas, havendo ainda indicativo de baixa ingestão desse elemento pela população, acarretando problemas para a saúde. Este trabalho teve como objetivo avaliar o teor relativo de água e a taxa Assimilatória liquida de carbono submetido a doses crescentes de Lítio. O experimento foi conduzido durante o mês de agosto de 2018 na área experimental do Campus Universitário de Gurupi. O delineamento experimental utilizado foi em bloco casualizado, com quatro repetições e quatro replicata por repetição. Os 10 tratamentos foram dispostos em esquema fatorial 5x2, sendo cinco doses de Lítio (0; 16; 32; 48 e 64 g ha -1 e duas cultivares de alface do tipo crespa (SVR 2005 e Solaris), ambas da empresa Seminis®. A fonte de Li utilizada foi o Sulfato de Lítio (10,8% de Li). Os dados obtidos foram submetidos a análises de variância utilizando-se o teste F, adotando-se 1 e 5% de probabilidade. Determinou-se com auxílio do IRGA, a TAC (μmol CO2 m-2 s-1), pois aumento da condutância estomática favorece a maior difusão de CO2 através dos estômatos aumentando a atividade de todo o maquinário fotossintético convertendo a energia da luz em energia bioquímica e o CO 2 em açúcares responsáveis no aumento da massa. Depois foram submetidos à análise de regressão, avaliando a significância dos betas e dos coeficientes de determinação utilizando o programa Sisvar versão 5.6. Foi observado que quando ambas as cultivares de alface foram submetidas a 64 g Li ha-1 , tiveram redução significativa nas duas características fisiológicas avaliadas. Esta redução, entretanto, ficou abaixo dos resultados provenientes dos tratamentos sem aplicação de Lítio, o que mostra grande interferência deste elemento na fisiologia das cultivares de alface. As doses de Lítio promoveram aumento positivo nas características fisiológicas foram em média 30 e 31 g Li ha-1 para as cultivares SVR 2005 e Solaris. Palavras-chave: fisiologias; biofortificação; profilaxia. Agradecimentos: UFT, LABSOLO, NERO.
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Uso de esterco bovino na cultura da soja Alvaro J. G. de Faria1, Evandro A. Ribeiro2, Igor R. B. Teixeira2, Allan S. de Sousa2, Hanrara P. de Oliveira2, Rubens R. da Silva2 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, ajgomesdefaria@hotmail.com; 2Universidade Federal do Tocantins, Gurupi – TO, Brasil.
O Brasil possui o segundo maior rebanho mundial de bovinos e paralelamente a isto também possui elevada produção de esterco por unidade animal (UA) dia. A aplicação do esterco bovino ao solo promove aumento nos teores de matéria orgânica (MO), melhora a fertilidade do solo pelo aumento da capacidade de troca catiônica, liberação de nutrientes, além de proporcionar melhorias físicas e biológicas ao solo. As melhorias físicas, químicas e biológicas que a aplicação de esterco bovino promove ao solo pode favorecer o aumento da produtividade das culturas agrícola, dentre elas podemos destacar a cultura da soja (Glycine max) que possui um dos custos mais alto de produção, sendo a aquisição de fertilizante o mais oneroso, e dessa forma a utilização de esterco bovino pode reduzir estes custos de produção e ainda aumentar a produtividade da cultura. O objetivo deste trabalho foi avaliar a utilização do esterco bovino associado a adubação mineral nas características agronômicas e produtivas da cultura da soja. O experimento foi conduzido em casa de vegetação da estação experimental, campus de Gurupi – UFT. O delineamento experimental foi em blocos casualizados (DBC) com quatro repetições. Os tratamentos foram compostos por quatro doses de esterco bovino (2,5; 5,0; 10,0 e 20,0 t ha-1) e duas testemunhas adicionais (sendo a 1ª - apenas com adubação mineral e a 2ª – sem nenhum tipo de manejo). O solo utilizado foi classificado como Latossolo Vermelho-Amarelo. Antes da implantação do experimento foi realizado a aplicação geral de 3,0 t ha-1 de calcário dolomítico (PRNT – 97%) e 1,8 t ha-1 de gesso agrícola. Após 15 dias foi realizado a aplicação de 120 kg ha-1 de P2O5, 100 kg ha-1 de K2O na base, além de 120 kg ha-1 de P2O5 e 120 kg ha-1 de K2O para a manutenção da cultura. Os tratamentos compostos por esterco bovino foram aplicados sobre o solo já corrigido e adubado, a primeira testemunha foi constituída apenas com solo corrigido e adubado (sem esterco) e a segunda testemunha foi constituído apenas pelo solo não corrigido e nem adubado. A parcela experimental foi constituída por vasos plásticos com capacidade para 6,0 dm3. Após o desbaste foi deixado apenas uma planta por vaso. A cultivar de soja utilizada foi a 8579 RSF IPRO – BÔNUS IPRO indicada para o cultivo no estado do Tocantins. As características avaliadas foram: massa seca da parte aérea (MSPA, g) e peso de 1000 grãos (PMG, g). Os resultados obtidos foram submetidos a análise de variância e regressão através do software Sisvar 5.6 e os gráficos serão plotados com uso do software Sigma Plot 10®. As doses de esterco bovino proporcionou resposta linear positiva para a MSPA e PMG. Na dose de 20 t ha-1 de esterco bovino as plantas de soja obtiveram 5,0 g de MSPA, um acréscimo de 190 e 300% em relação a primeira testemunha (ausência de esterco) e em relação a segunda testemunha (solo não corrigido e nem adubado) respectivamente. Já em relação ao PMG constata-se que na dose de 20 t ha-1 proporcionou um PMG de 223 g, um acréscimo de 31 e 24% em relação a primeira testemunha (ausência de esterco) e em relação a segunda testemunha (solo não corrigido e nem adubado) respectivamente. O uso do esterco bovino em solo previamente adubado proporcionou respostas positivas e promissoras na MSPA e no PMG obtendo superioridade em comparação com os resultados obtidos em ambos os tratamentos testemunhas. A dose de maior eficiência foi de 20 t ha-1 de esterco bovino. Palavras-chave: adubação orgânica; adubação mineral; Glycine max. Agradecimentos: UFT, NERO.
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Volatilização de amônia em função de fontes de fertilizantes nitrogenados com tecnologia Murilo M. Machado1, Carlos H. E. de Souza1, Paulo H. Soares1, Gustavo F. de Sousa1, Tiago M. B. Coelho1, Victor G. S. Ribeiro1 1
Centro Universitário de Patos de Minas, Patos de Minas - MG, Brasil, murilomendes@unipam.edu.br
O elevado patamar por busca de produtividade tem maximizado o uso de fertilizantes em lavouras comercias e campos de produção de sementes e cereais. No caso de fertilizantes nitrogenados, a volatilização de NH3 é a principal reação que diminui a eficiência de utilização do nitrogênio (N) mineral pelas plantas e a eficiência dos fertilizantes quando aplicado sobre a superfície do solo. A fim de reduzir essa perda, a indústria de fertilizante vem desenvolvendo novas tecnologias em seus produtos para inibir ou reduzir temporariamente a ação da urease. Nesse sentido, o trabalho objetivou avaliar diferentes tecnologias em fertilizantes nitrogenados afim de reduzir perdas de volatilização de NH3 aplicado sobre cobertura em milho (Zea mays. L.). O experimento foi realizado de julho a agosto de 2018 em condições de sequeiro, em Latossolo Vermelho distrófico de textura argilosa, pluviosidade anual de 1370 mm e altitude de 842 m. Os tratamentos foram aplicados em estádio vegetativo V3 na superfície do solo. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados (DBC), constituído por sete tratamentos, sendo eles seis tipos de ureias como fonte nitrogênio (Ureia com aditivo A, Ureia com aditivo B, Ureia com aditivo C, Ureia Polimerizada, Ureia NBPT, Ureia Convencional ) e um tratamento controle sem a aplicação de nitrogênio, com dose de (100 kg ha-1) para todos os tratamentos e sete tempos de coleta de NH3 volatilizado (intervalo de 3, 7, 9, 11, 15, 21 e 30 dias após a aplicação), com três repetições. As ureias com aditivos ainda se encontram em fase de teste para produção de novos produtos ao mercado. Para quantificar a volatilização total de amônia, foi usada câmara semiaberta estática. Ao final as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 0,05% de probabilidade para as fontes. Ao comparar as médias em tempos para as fontes, o nitrogênio amoniacal (N-NH3) volatilizado, acumulado no tempo em valores, apresentou maiores perdas quanto as fontes Ureia com aditivo A, Ureia com aditivo B, Ureia NBPT, Ureia Convencional, Ureia Polimerizada, Ureia com aditivo C, respectivamente em ordem decrescente. A Ureia com aditivo C obteve os melhores resultados quando comparada as demais, tendo como perdas 11, 62 kg ha-1. Por fim pode-se concluir que as maiores taxas de volatilização de N-NH3 ocorreram com a aplicação de Ureia com aditivo A, e que o aditivo C associado a Ureia obteve melhores resultados, obtendo menores perdas quanto a volatilização de NH3. Palavras- chaves: nitrogênio; inibidor; eficiência. Agradecimentos: CEFERT.
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Comissão: Manejo e conservação do solo e da água.............................................120 Cultivo de plantas de cobertura consorciadas em diferentes proporções e sua influência resistência à penetração do solo - Karina M. Bertolino, Gustavo M. P. de V. e Vasconcelos, Giuliana R. B. Duarte, Gabriel L. C. Borges, Murilo J. M. Maciel, Élberis P. Botrel..........................................................................120 Densidade superficial de um solo sob cultivo consorciado de plantas de cobertura - Karina M. Bertolino, Gustavo M. P. de V. e Vasconcelos, Giuliana R. B. Duarte, Murilo J. M. Maciel, Rafaela B. A. Rezende, Élberis P. Botrel.............................................................................................................................121 Desenvolvimento aéreo de Panicum maximum sob estresse hídrico inoculado com fungos endofíticos - Natália de A. Bandória, Patrícia G. Cardoso, Bruno M. Silva, Ingrid A. Costa, Mariany I. S. Domingues, Felipe F. Lopes......................................................................................................................122 Desenvolvimento de plantas de Brachiaria cultivadas sob condições de estresse hídrico e inoculadas com fungos endofíticos - Ingrid A. Costa, Natália de A. Bandória, Mariany I. S. Domingues, Gabriela A. de L. Mengez, Bruno M. Silva, Patrícia G. Cardoso...............................................................123 Desenvolvimento do sistema radicular de Brachiaria inoculada com fungos endofíticos sob condições de estresse hídrico - Ingrid A. Costa, Natália de A. Bandória, Thayná P. A. Chiarini, Marianna N. Araújo, Bruno M. Silva, Patrícia G. Cardoso.........................................................................124 Desenvolvimento do sistema radicular de Panicum maximum sob estresse hídrico inoculado com fungos do gênero Paraconiothyrium - Natália de A. Bandória, Patrícia G. Cardoso, Bruno M. Silva, Ingrid A. Costa, Mariany I. S. Domingues, Thayná P. A.Chiarini................................................................125 Efeito de diferentes porta-enxertos na citricultura e preparo profundo no Intervalo Hídrico Ótimo em solo adensado - Laura B. B. de Melo, Bruno M. Silva, Ester A. Ferreira, Pedro A. N. Benevenute, Mariany I. S. Domingues, Geraldo C. de Oliveira.....................................................................................................126 Estoque de carbono em Latossolo sob gramíneas no Agreste paraibano - Pedro L. F. da Silva, Tales E. D. Santos, Flávio P. de Oliveira, José O. de M. Borba, Danillo D. Tavares, Igor G. dos S. de O. Botelho..........................................................................................................................................................127 Infiltração de água no solo em função dos principais usos no Sistema Cantareira em Nazaré Paulista - Flávia F.dos Santos, Monna Lysa T. Santana, Laura B. B. Melo, Devison S. Peixoto, Bruno M. Silva, Junior C. Avanzi............................................................................................................................................128 Infiltração de água no solo em sistema plantio direto contínuo submetido a preparo ocasional Brunno C. L. Araújo, Devison S. Peixoto, Bruno M. Silva, Laura B. B. de Melo, Silvino G. Moreira, Raphael P. Azevedo....................................................................................................................................................129 Infiltração de água no solo em uma cultura de citros sob manejo conservacionista - Layne C. Silva, Laura B. B de melo, Bruno M. Silva, Geraldo C. de Oliveira, Ester A. Ferreira..........................................130 Influência dos atributos do solo no balanço do CO 2 no solo, sob o cultivo de cana-de-açúcar na região Centro-Sul do Brasil - Paulo A. da Silva, Angélica da Silva, Maria E. Vicentini, Alan R. Panosso, Glauco de S. Rolim, Nelson J. Peruzzi..........................................................................................................131 O uso da microscopia eletrônica de varredura e espectroscopia por energia dispersiva na avaliação microestrutural do Cambissolo sob diferentes usos - Raphael R. Brizzi, Andréa P. de Souza.............................................................................................................................................................132
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Salão de Convenções da UFLA 27 a 31 de maio de 2019 Perdas de solo por erosão hídrica em sistemas de produção de grãos na região central de Minas Gerais - Marina N. Merlo, Lucas C. M. da Silva, Letícia P. da S. Oliveira, Junior C. Avanzi1, Bruno M. Silva, Emerson Borghi....................................................................................................................................133 Potencialidade de recarga do aquífero referente a sub-bacia hidrográfica do ribeirão Sapé, Nepomuceno – MG - Luiza de C. Costa, Maryna S. Gomes, Raiane A. Naves, Bruno S. Vilela, Gabriela R. Souza, Michele D. de Menezes...............................................................................................................134 Processos erosivos sob manejos distintos em Cambissolo Háplico – Estação Experimental de Erosão de São Pedro da Serra, Nova Friburgo/RJ - Vanessa C. M. Pereira, Ana V. F. A. Bertolino, Caroline P. Santos, Jeferson R. da Silva, Victor M. P. da Silva, Isabelle R. Barbosa....................................................135 Uso de leguminosas cudzu tropical e guandu no controle erosivo em argissolo vermelho distrófico abrupto no município de São Gonçalo/RJ - Caroline P. Santos, Ana V. F. A. Bertolino, Guilherme P. Simão, Vanessa C. M. Pereira, Jossana G. dos S. de Araújo, Pablo A. Alfradique.................................136
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Cultivo de plantas de cobertura consorciadas em diferentes proporções e sua influência resistência à penetração do solo Karina M. Bertolino1, Gustavo M. P. de V. e Vasconcelos1, Giuliana R. B. Duarte1, Gabriel L. C. Borges1, Murilo J. M. Maciel1, Élberis P. Botrel1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, karina.bertolino@yahoo.com.br
A redução da cobertura superficial e da matéria orgânica decorrente do cultivo intensivo causa degradação dos solos, resultando em compactação, erosão e diminuição da capacidade produtiva. Uma maneira de mitigar esses problemas seria a utilização de plantas capazes de superar as restrições dos solos e recuperar sua qualidade mesmo quando submetidos a diferentes preparos. O objetivo nesse ensaio foi avaliar a influência do cultivo de plantas de cobertura semeadas em diferentes proporções na resistência à penetração (RP) do solo. O experimento foi instalado na área experimental do Departamento de Agricultura/UFLA, em um Latossolo Vermelho distroférrico típico. A área utilizada se encontrava a três anos em pousio. Os tratamentos foram constituídos de crotalária (CR) e milheto (MI) consorciados em diferentes proporções, totalizando 6 tratamentos (T1: 100% CR; T2: 80% CR + 20% MI; T3: 60% CR + 40% MI; T4: 40% CR + 60% MI; T5: 20% CR + 80% MI; T6: 100% MI) com 4 repetições. Para a CR utilizou-se 20 kg ha-1 de sementes para a proporção de 100% e para o MI 25 kg ha-1. As demais proporções foram calculadas de acordo com cada tratamento. A parcela foi composta por 10 linhas de 4 m de comprimento espaçadas a 0,3 m, totalizando 12,0 m2 e área útil de 7,2 m2. A análise de RP foi realizada aos 130 dias após a roçagem das plantas, utilizando-se um penetrômetro de impacto modelo IAA/Planalsucar-Stolf até a profundidade de 40 cm, os dados obtidos foram processados em planilha eletrônica desenvolvida por STOLF (2011). Juntamente a RP foram coletadas amostras deformadas de solo com o auxílio de um trado para a determinação da umidade. Os dados obtidos foram submetidos ao teste F e quando significativos ao teste de Tukey a 5% utilizando o programa estatístico SISVAR. Não foram verificadas diferenças significativas entre os tratamentos avaliados quando comparados em mesma profundidade, o mesmo ocorreu para a umidade do solo. Contudo menores valores de RP foram obtidos em superfície em decorrência do preparo do solo. Já para umidade os maiores valores foram observados em profundidade onde se obteve maiores valores de RP. A umidade do solo não influenciou na RP nas camadas avaliadas. Por se tratar do primeiro ano de cultivo, as plantas de cobertura não promoveram diferenças marcantes na RP, contudo melhores resultados podem ser obtidos com o tempo de adoção do sistema. Palavras-chave: consórcio; milheto; crotalária. Agradecimentos: NESPD, CNPq, UFLA.
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Densidade superficial de um solo sob cultivo consorciado de plantas de cobertura Karina M. Bertolino1, Gustavo M. P. de V. e Vasconcelos1, Giuliana R.B. Duarte1, Murilo J. M. Maciel1, Rafaela B. A. Rezende1, Élberis P. Botrel1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, karina.bertolino@yahoo.com.br
A compactação dos solos causa diminuição da porosidade, da disponibilidade de água e nutrientes e aumenta a densidade do solo (DS). A DS influencia na produtividade das culturas e na qualidade do ambiente, é uma propriedade dinâmica e variável, mais expressiva na superfície que em subsuperfície. Assim, o uso de diferentes espécies de plantas de cobertura tem sido adotado na recuperação de áreas degradadas, especialmente aquelas com sistemas radiculares que penetram em camadas compactadas. O objetivo nesse ensaio foi avaliar o efeito do cultivo consorciado de plantas cobertura na densidade superficial do solo. O experimento foi instalado na área experimental do DAG/UFLA, em um Latossolo Vermelho distroférrico típico. A área utilizada estava a três anos em pousio. Os tratamentos foram compostos por crotalária (CR) e milheto (MI) consorciados em diferentes proporções, totalizando 6 tratamentos (T1: 100% CR; T2: 80% CR + 20% MI; T3 :60% CR + 40% MI; T4: 40% CR + 60% MI; T5: 20% CR + 80% MI; T6: 100% MI) com 4 repetições cada. Para a CR utilizou-se 20 kg ha-1 de sementes para a proporção de 100% e para o MI 25 kg ha1 . As demais proporções foram calculadas de acordo com cada tratamento. A parcela foi composta por 10 linhas de 4 m de comprimento espaçadas a 0,3 m, totalizando 12,0 m2 e área útil de 7,2 m2. A análise de DS foi realizada 130 dias após a roçagem das plantas, coletando-se amostras indeformadas de solo em anéis volumétricos de 5 cm de altura e 5 cm de diâmetro, nas profundidade de 0-5 e 5-10 cm de profundidade. As amostras foram secas em estufa a 105 ºC por 24 horas, e após pesadas. A DS foi determinada dividindo-se a massa do solo seco pelo volume da amostra. Os dados foram submetidos ao teste F e se significativos ao teste de Tukey a 5% utilizando o programa SISVAR. Não foram verificadas diferenças entre os tratamentos se comparados em uma mesma profundidade, porém, os valores obtidos estão dentro dos valores críticos (1,0 g cm-3 a 1,45 g cm-3). A DS é variável e depende da estrutura e compactação, é influenciada pelo material constituinte e cobertura vegetal. Assim, valores de DS podem ser variáveis, podendo ocorrer diferentes densidades no perfil de solos com mesma textura. Contudo, por se tratar do primeiro ano de cultivo, não foram observados efeitos marcantes na DS. Melhores resultados podem ser obtidos na mesma área com o tempo de adoção do sistema. Palavras-chave: compactação; milheto; crotalária. Agradecimentos: NESPD, CNPq, UFLA.
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Desenvolvimento aéreo de Panicum maximum sob estresse hídrico inoculado com fungos endofíticos Natália de A. Bandória1, Patrícia G. Cardoso1, Bruno M. Silva1, Ingrid A. Costa1, Mariany I. S. Domingues1, Felipe F. Lopes1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, nabandoria@gmail.com
Os fungos endofíticos são microrganismos que colonizam o interior das plantas e, ao contrário dos fungos fitopatogênicos, beneficiam os vegetais hospedeiros através da interação mutualística. Algumas espécies podem aumentar a resistência a patógenos e também ao estresse hídrico.Fungos pertencentes ao gênero Paraconiothyrium são conhecidos no controle biológico. Gramíneas da espécie Panicum maximum são de grande importância no cenário brasileiro epouco tem sido relatado sobre sua associação com fungos endofiticos. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento da parte aérea das plantas em diferentes níveis de déficit hídrico inoculadas com diferentes fungos. As sementes de P. maximum foram inoculadas com cinco fungos do gênero Paraconiothyrium (CML3695, CML3696, CML3697, CML3698, CML3699) isolados de gramíneas brasileiras. Os fungos foram cultivados em meio BDA (Agar Batata) à 25 °C durante 15 dias. As sementes de P. maximum cv. Mombaça foram colocadas em contato com o micélio dos fungos e o controle em contato apenas com o BDA durante 72 horas e em seguida foram semeadas em vasos de 5 L com solo/areia na proporção 2:1. O experimento foi conduzido em casa de vegetação com todos os tratamentos,incluindo o controle (sem inoculação), submetidos a níveis de déficit hídrico crescentes, estabelecidos de forma diferente, como se segue: 10% da capacidade de água disponível do solo (CAD) irrigado diariamente (10% CAD), e de 100% da CAD, sendo um tratamento irrigado a cada 7 dias e outro a cada 14 dias, com delineamento inteiramente casualizado, esquema fatorial com 5 repetições, durante 95 dias. Ao fim do experimento, foi avaliado o peso verde, peso seco e o comprimento da parte aérea das plantas. O solo com as plantas de P. maximum inoculadas com os fungos endofiticos e a planta não inoculada (controle) apresentaram baixo armazenamento de água,sendo mínima quando irrigadas a cada 14 dias, ou seja, maior déficit hídrico. O valor da umidade ficou abaixo do ponto de murcha (PMP), porém não houve perda de nenhuma planta. O comprimento da parte aérea verdedas plantas inoculadas com o fungo CML3699 na condição de déficit hídrico (7 dias) foi significativamente maior que as outras plantas inoculadas com outros fungos e que as plantas não inoculadas (controle). O peso verde e o peso seco da parte aérea das plantas inoculadas com o fungo CML3699 em déficit hídrico 7 dias também apresentou valores significativamente maiores que aqueles observados para as plantas inoculadas com os outros fungos e a planta controle. Este é o primeiro trabalho inoculando fungos do gênero Paraconiothyrium isolados de gramíneas tropicais em gramíneas do gênero Panicum e os resultados já mostram uma promissora associação em condições de estresse hídrico. Palavras-chave: forrageira; déficit hídrico; Paraconiothyrium sp. Agradecimentos: FAPEMIG, CNPq, CAPES, PIBIC UFLA.
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Desenvolvimento de plantas de Brachiaria cultivadas sob condições de estresse hídrico e inoculadas com fungos endofíticos Ingrid A. Costa1, Natália de A. Bandória1, Mariany I. S. Domingues1, Gabriela A. de L. Mengez1, Bruno M. Silva1, Patrícia G. Cardoso1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras-MG, Brasil, ingrid_ac@yahoo.com.br
A biodiversidade vegetal em países de clima tropical e subtropical como o Brasil é imensa. As plantas forrageiras são de grande importância para o Brasil. Elas ocupam uma grande área e formam a base produtiva da pecuária de corte e de leite, sendo necessário seu contínuo melhoramento visando aumentar a competitividade da pecuária nacional. Estima-se que cada espécie vegetal possua microrganismos endofíticos que podem conferir benefícios à planta hospedeira como resistência a condições de estresse, produção de fitohormônios, controle de fitopatógenos e pragas, atuando como agentes de controle biológico, dentre outros. Cinco fungos endofiticos pertencentes ao gênero Paraconiohtyrium foram isolados de diferentes gramíneas forrageiras brasileiras e o papel destes microrganismos nesta associação simbiótica ainda não foi esclarecido. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento verde das plantas resultantes da inoculação dos fungos endofiticos em sementes do gênero Brachiaria. Cinco fungos endofiticos pertencentes ao gênero Paraconiothyrium (CM 3695, CML3696, CML3697, CML3698, CML3699) foram crescidos em meio BDA (Batata Dextrose Agar) durante 15 dias à 25 °C. Sementes de Brachiaria brizantha cv. Marandu foram desinfestadas em (álcool 70%, hipoclorito de sódio 2,0%) e mantidas durante 72 horas em contato com o micélio do fungo a 25 °C. Após, as sementes foram semeadas em vasos de 5 litros contendo solo/areia na proporção de 2:1. O experimento foi conduzido em casa de vegetação com níveis de déficit hídrico de 10% da capacidade de água disponível do solo (CAD) irrigado diariamente (10% CAD), 100% da CAD irrigado a cada 7 dias e a cada 14 dias, em DIC, esquema fatorial, com 5 repetições, conduzido por 95 dias. A planta diminuiu o ganho em comprimento da parte aérea em uma condição de maior estresse hídrico, devido ao déficit hídrico aplicado mais intenso em 14 dias. O comprimento das plantas inoculadas com o fungo CML3699 foi significativamente maior que as plantas inoculadas com outros fungos e a planta não inocula (controle). Assim como observado com o comprimento da parte aérea das plantas inoculadas o ganho no peso seco foi maior para a planta inoculada com o fungo CML3699. No peso seco, essa diferença ocorreu nos tratamentos 7 dias e 14 dias, enquanto que para o comprimento, ocorreu também para 10% CAD. Foi observado que nas condições sob déficits hídricos mais intensos (7 dias e 14 dias) o fungo CML3699 promoveu um maior ganho em massa para as plantas de Brachiaria, em relação ao tratamento que era irrigado todos os dias e aos outros fungos o que tem pode ser de grande importância quando esta forrageira é cultivada para fins de alimentação animal. Além disso, a presença do fungo auxiliou na capacidade da planta a resistir a condições de extremo déficit hídrico, o que tem uma grande relevância em cenários de mudanças climáticas. Palavras-chaves: Paraconiothyrium sp.; gramíneas forrageira; restrição hídrica. Agradecimentos: FAPEMIG, CNPq, CAPES.
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Desenvolvimento do sistema radicular de Brachiaria inoculada com fungos endofíticos sob condições de estresse hídrico Ingrid A. Costa1, Natália de A. Bandória1, Thayná P. A. Chiarini1, Marianna N. Araújo1, Bruno M. Silva1, Patrícia G. Cardoso1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras-MG, Brasil, ingrid_ac@yahoo.com.br
Fungos endofíticos habitam o interior de tecidos e órgãos vegetais sem causar prejuízo ao seu hospedeiro, além de não produzirem estruturas externas emergindo dos vegetais. Eles têm sido isolados de diferentes espécies vegetais, árvores, palmáceas, gramíneas e líquens. Fungos do gênero Paraconiothyrium são conhecidos agentes de controle biológico e algumas espécies tem sido isoladas como endofiticos de gramíneas forrageiras. A dieta de rebanhos bovinos no Brasil depende quase exclusivamente de forrageiras tropicais, que é a principal fonte de energia e nutrientes e a qualidade da forragem é o fator mais importante entre os que influenciam a produtividade bovina, seja pelo pastejo ou em confinamento. O Brasil tem aproximadamente 190 milhões de hectares de pastagens e, o gênero Brachiaria ocupa cerca de 85% dessa área. O objetivo deste trabalho foi inocular sementes de Brachiaria brizantha cv. Marandu com 5 fungos do gênero Paraconiothyrium (CML3695, CML3696, CML3697, CML3698, CML3699) isolados de diferentes gramíneas brasileiras e avaliar o desenvolvimento das raízes das plantas inoculadas crescidas em diferentes níveis de déficit hídrico. Os fungos foram cultivados em meio BDA (Batata Dextrose Agar) por 15 dias à 25 °C e as sementes de Brachiaria brizantha cv. Marandu desinfestadas em álcool 70% e hipoclorito de sódio 2,0%. As sementes ficaram em contato como micélio do fungo durante 72 horas a 25 °C. Após, as sementes foram semeadas em vasos de 5 litros contendo solo/areia na proporção de 2:1. O experimento foi conduzido em casa de vegetação com níveis de déficit hídrico de 10% da capacidade de água disponível do solo (CAD) irrigado diariamente (10% CAD), 100% da CAD irrigado a cada 7 dias e a cada 14 dias em DIC, esquema fatorial, com 5 repetições, durante 95 dias. As plantas de Brachiaria apresentaram menor comprimento da raiz sob intenso déficit hídrico (14 dias). O tratamento das sementes com os fungos endofíticos promoveu um ganho no comprimento das raízes das plantas em relação as plantas não inoculadas (controle) tendo um aumento significativo no comprimento das raízes das plantas inoculadas com o fungo CML3699. Assim, como o ganho no comprimento das raízes das plantas inoculadas com o fungo CML3699, podemos observar um incremento no peso das raízes inoculadas com o mesmo fungo nas 3 condições de déficit hídrico. O peso seco das raízes foi significativamente maior quando as plantas de Brachiaria foram inoculadas com o fungo CML3699 em condições de déficit hídrico mais intenso (14 dias). Ter raízes bem desenvolvidas pode melhorar tanto o solo quanto a cobertura vegetal, já que previne um maior fluxo de água, aeração e resistência a erosão. Palavras-chave: Paraconiothyrium sp.; restrição hídrica; gramíneas forrageiras. Agradecimentos: FAPEMIG, CNPq, CAPES.
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Desenvolvimento do sistema radicular de Panicum maximum sob estresse hídrico inoculado com fungos do gênero Paraconiothyrium Natália de A. Bandória1, Patrícia G. Cardoso1, Bruno M. Silva1, Ingrid A. Costa1, Mariany I. S. Domingues1, Thayná P. A.Chiarini1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, nabandoria@gmail.com
Fungos do gênero Paraconiothyrium são ascomicetos que estão presentes no ambiente do solo e podem ser encontrados como endofíticos em algumas espécies de plantas incluindo gramíneas forrageiras. Espécies já foram descritas como agentes de controle biológico, biorremediadoras, produtoras de metabólitos com capacidade antimicrobiana. Até o momento não há relatos de isolados endofiticos de forrageiras tropicais que auxilie um desenvolvimento radicular nas plantas hospedeiras em condições de déficit hídrico. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da inoculação de 5 fungos do gênero Paraconiothyrium no desenvolvimento radicular de plantas de Panicum maximum. Os fungos do gênero Paraconiothyrium foram isolados como endofiticos de gramíneas brasileiras (CML3695, CML3696, CML3697, CML3698, CML3699) e reinoculados em sementes de Panicum maximum cv. Mombaça. As sementes foram colocadas em contato durante 72 horas com o micélio dos fungos (meio BDA à 25 °C por 15 dias). Em seguida, estas foram semeadas em vasos de 5 L com solo/areia na proporção 2:1. O experimento foi conduzido em casa de vegetação com todos os tratamentos,incluindo o controle (sem inoculação), submetidos a níveis de déficit hídrico crescentes, estabelecidos de forma diferente, como se segue: 10% da capacidade de água disponível do solo (CAD) irrigado diariamente (10% CAD), e de 100% da CAD, sendo um tratamento irrigado a cada 7 dias e outro a cada 14 dias, com delineamento inteiramente casualizado, esquema fatorial com 5 repetições, durante 95 dias. Quando avaliado o comprimento, peso verde e peso seco das raízes das plantas inoculadas e não inoculadas com os fungos endofiticos, foi observado um aumento significativo destes parâmetros quando o fungo CML3699 foi inoculado e as plantas mantidas em déficit hídrico 7 dias. Esses resultados são interessantes já que um sistema radicular mais desenvolvido para forrageiras como P. maximum pode contribuir para um melhor desenvolvimento da massa aérea verde utilizada na alimentação animal. Além disso, em sistemas de rotação de culturas uma promoção de crescimento das raízes das gramíneas pode promover um melhor desenvolvimento das plantas subsequentes quando introduzidas sem o revolvimento do solo, isto é, em plantio direto já que as raízes das forrageiras em processo de decomposição, deixam inúmeros canais e galerias no interior do solo, constituindo, dessa forma, um ambiente extremamente favorável ao crescimento das raízes de outras culturas. Palavras-chave: forrageira; déficit hídrico; endofitico. Agradecimentos: FAPEMIG, CNPq, CAPES, PIBIC UFLA.
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Efeito de diferentes porta-enxertos na citricultura e preparo profundo no Intervalo Hídrico Ótimo em solo adensado Laura B. B. de Melo1, Bruno M. Silva1, Ester A. Ferreira2, Pedro A. N. Benevenute1, Mariany I. S. Domingues1, Geraldo C. de Oliveira1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, lauramelo26@hotmail.com; 2Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais Sul de Minas, Lavras - MG, Brasil
A presença da camada adensada no solo além de aumentar o risco de erosão, pode afetar de forma negativa o crescimento radicular de culturas perenes. Uma alternativa para mitigar esse problema é o preparo profundo do solo, por promover a quebra da camada adensada. Associado a esse, o uso de plantas com diferentes arquiteturas radiculares pode implicar em modificações na estrutura do solo e consequentemente alterações nos serviços ecossistêmicos. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos do preparo profundo do solo e uso de três porta-enxertos de citros na qualidade física de um Argissolo por meio do intervalo hídrico ótimo (IHO). O experimento foi implantado em um Argissolo Vermelho distrófico típico de textura franco argilosa no município de Perdões, Minas Gerais. O preparo do solo adotado pelo produtor para a instalação da cultura do citros consistiu da abertura de sulco (1,0 m de largura e 0,50 m de profundidade) e subsolagem a 0,50 m de profundidade. Em 2014 foi realizado o plantio das mudas de citros e também de Brachiaria sp. na entrelinha. Os tratamentos constituíram-se de três porta-enxertos: Citrandarin Índio (CI); tangerineira “Sunki Tropical” (ST) e Cravo Santa Cruz (CSC), todos sob copa tangerina 'Poncã' (Citrus reticulata. Blanco), dispostos em delineamento de blocos casualizados, e área de mata secundária como testemunha. Para a determinação do IHO foram coletados sete anéis no sulco de plantio próximo ao tronco da planta nas camadas 0-0,05 m e 0,350,40 m, em três repetições. As amostras foram divididas em sete grupos, que correspondem aos potenciais matriciais aos quais foram submetidas: -4, -6, -10 e -33 kPa em mesa de tensão e -100, -500 e -1500 kPa pelo extrator de Richards. Após atingir o equilíbrio em cada potencial, as amostras foram pesadas, e em seguida determinada a resistência a penetração (RP) utilizando um penetrógrafo digital de bancada. Após, foram secas em estufa a 105-110 °C durante 24 h para determinação da densidade do solo (Ds) e umidade volumétrica (θ). De posse dos dados, modelos não lineares foram ajustados para conteúdo de água (θ=a*ψb*Dsc) na capacidade de campo (CC, ψ = -6kPa) e ponto de murcha permanente (PMP, ψ = -1500 kPa), RP (θRP=(2,2/(d*Dsf))(1/e)) e porosidade de aeração (PA) (θPA=(1-Ds/2,65)-0,10). Os coeficientes dos modelos (a, b, c, d, e, f) foram obtidos por minimização do quadrado dos erros. De maneira geral, observou-se incrementos nos valores de IHO com aumento da Ds até determinado valor, no entanto, após esse, houve decréscimo do IHO até atingir a densidade crítica (Dsc), valor de Ds no qual o IHO é igual a zero. Tais resultados estão associados às modificações ocorridas no sistema poroso do solo devido às operações de preparo. Na camada 0-0,05 m observou-se resultados semelhantes entre os tratamentos e a área de mata, sendo que a RP foi mais limitante que o PMP a partir de Ds = 1,2 Mg m-3 e a PA passa a limitar o crescimento da cultura a partir da Ds = 1,4 Mg m-3. O tratamento ST foi o que apresentou maior valor de Dsc (1,47 Mg m-3), seguido CSC (1,45 Mg m-3) e CI (1,44 Mg m-3), valores maiores que a área de mata (1,43 Mg m-3), evidenciando o efeito positivo da subsolagem por promover maior amplitude do IHO para o solo. Na camada 0,35-0,40 m a RP foi limitante a partir da Ds de 1,3 Mg m-3 para área de mata, CSC e ST enquanto que para o porta-enxerto CI esse valor foi de 1,65 Mg m-3. Já a PA passa a ser limitante quando a Ds foi cerca de 1,5 Mg m-3 para a mata e menor que 1,4 Mg m-3 para os demais tratamentos. A mata apresentou maior valor de Dsc (1,58 Mg m-3), seguido por CI (1,54 Mg m-3), ST (1,43 Mg m-3) e CSC (1,42 Mg m-3). A partir dos resultados apresentados pode-se concluir que o manejo adotado proporciona um aumento na Dsc determinada pelo IHO na camada superficial, portanto uma ampliação da faixa de Ds em que a qualidade física permite o crescimento vegetal. No entanto, não foi possível concluir quanto ao efeito do uso dos diferentes porta-enxertos utilizados. Palavras-chave: subsolagem; disponibilidade de água; qualidade física do solo. Agradecimentos: UFLA, DCS, EPAMIG, CNPq, CAPES, FAPEMIG, Sítio Menezes. 126
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Estoque de carbono em Latossolo sob gramíneas no Agreste paraibano Pedro L. F. da Silva1, Tales E. D. Santos2, Flávio P. de Oliveira1, José O. de M. Borba1, Danillo D. Tavares3, Igor G. dos S. de O. Botelho1 1
Universidade Federal da Paraíba, Areia - PB, Brasil, pedroluanferreira@gmail.com; 2Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil; 3Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife - PE, Brasil.
Estudos vêm evidenciando cada vez mais a capacidade de gramíneas tropicais de sequestrar e acumular carbono orgânico no solo, servindo ambientalmente na redução de gases de efeito estufa na atmosfera, como também sendo indicador de qualidade e sustentabilidade dos solos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o estoque de carbono em Latossolo Amarelo sob diferentes espécies/cultivares do gênero Brachiaria com histórico de longa duração no Agreste paraibano. O experimento foi instalado no ano de 2006 em área experimental do Centro de Ciências Agrárias (CCA), Universidade Federal da Paraíba (UFPB) - Areia (PB) (Lat. 6°58’12’’ S e Long. 35°43’44,4’’ W, altitude de 620 m). O solo da área experimental é classificado como Latossolo Amarelo distrófico, de textura argilo-arenosa (544, 69 e 357 g kg-1 de areia, silte e argila). O delineamento experimental foi o de blocos casualizados, com cinco tratamentos e quatro repetições, sendo os seguintes: T1 - Brachiaria decumbens Staf., T2 - Brachiaria brizantha, T3 - Brachiaria humidicola (Rendle) Schweick vr., T4 - Brachiaria brizantha cv. MG5 - Vitória e T5- Sem cobertura vegetal - mantida descoberta desde o ano de 2018, mas anteriormente apresentava-se coberta com Brachiaria ruziziensis. As gramíneas foram plantadas no ano de 2006 em parcelas experimentais com área útil de 50 m2 (10 x 5 m) e receberam adubação com 553 kg ha-1 de NPK (60-80-45) – sulfato de amônio, superfosfato triplo e cloreto de potássio. Nos anos seguintes não se realizou adubação de manutenção. Já a parcela sem cobertura vegetal foi capinada de forma manual no ano de 2018 com revolvimento da camada supericial de 0,00 - 0,5 m. As amostras de solo com estrutura preservada foram coletadas com pá de corte e as indeformadas foram coletadas com auxílio de anéis metálicos com capacidade para 98,17 cm3, ambos na camada superficial de 0,00 - 0,10 m. Em laboratório foram determinadas as seguintes variáveis: Densidade do solo (Ds) e carbono orgânico total (COT), necessários para a determinação do estoque de carbono (EstC). A (Ds) foi determinada através da relação entre massa do solo seco/ volume da amostra, já o COT foi determinado em solo por via úmida através da oxidação do dicromato de potássio K2Cr2O7 (0,0667 mol L-1). Realizou-se a análise de dados pelo programa Sisvar, obtendo-se a variância e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey (p< 0,05). De acordo com os resultados obtidos, não tiveram diferenças significativas pelo teste de Tukey para o COT e o EstC, que pode ser atribuído a razão da similaridade genética entre espécies/cultivares. Observa-se que os valores variaram de 64,4 Mg ha-1 no T1 a 47,0 Mg ha-1 no T4. No tratamento sem cobertura vegetal, encontrou-se um EstC de 48,2 Mg ha-1 provavelmente pela ausência de cobertura e revolvimento da camada superficial de 0,00 - 0,5 m. Em ordem decrescente os tratamentos apresentaram os seguintes EstC T1 > T2 > T3 > T5 > T4; 64,4; 59,3; 48,4; 48,2 e 47,0 Mg ha-1, respectivamente. Conclui-se que, mesmo com o tempo transcorrido, não foi verificado variação significativa para o estoque de carbono entre as gramíneas avaliadas. Palavras-chave: carbono orgânico total; pastagem; qualidade do solo. Agradecimentos: UFPB.
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Infiltração de água no solo em função dos principais usos no Sistema Cantareira em Nazaré Paulista Flávia F.dos Santos1, Monna Lysa T. Santana1, Laura B. B. Melo1, Devison S. Peixoto1, Bruno M. Silva1, Junior C. Avanzi1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, ffsantos@estudante.ufla.br
O Sistema Cantareira é um dos maiores sistemas de captação de água do planeta, abastecendo cerca de nove milhões de pessoas por toda Região Metropolitana de São Paulo. Na região de cabeceira os principais usos são plantações de eucalipto e pastagens, que estão em sua maioria degradadas. O uso e manejo inadequado do solo pode acarretar em modificações na estrutura do solo e consequente redução do processo de infiltração de água, o que favorece os processos erosivos e leva a uma menor recarga de água subterrânea. Objetivou-se com esse trabalho avaliar como diferentes usos da terra influenciam no processo de infiltração de água em uma área de Cambissolo do Sistema Cantareira. O estudo foi realizado no município de Nazaré Paulista-SP, em áreas de mata nativa, plantação de eucalipto, pastagem rotacionada e pastagem contínua todos sob Cambissolo. A avaliação da taxa de infiltração de água no solo foi feita pelo método do infiltrômetro de Cornell, que é um simulador de chuva portátil e que possui em sua parte superior um sistema de regulagem da entrada de ar e com isso é possível simular diferentes intensidades de chuva. As leituras do volume de água aplicado e escoado foram feitas a cada 3 minutos, e cada teste teve duração de 60 minutos ou até atingir quatro leituras iguais e consecutivas. Os dados foram ajustados à equação Kostiakov I=a*t^(n), onde I é a taxa de infiltração acumulada (cm min-1); t é o tempo (min); a e n são constantes empíricas que foram obtidas ao ajustar o modelo, com auxílio de software R. Os modelos ajustados foram significativos e apresentaram valores de R2 = 1,00 para a mata nativa e eucalipto, R2 = 0,99 para a pastagem rotacionada e R2 = 0,95 para a pastagem contínua. Em todas as áreas houve escoamento nos primeiros 3 minutos de teste, porém na área de mata nativa observouse menor escoamento (0,10 cm min-1) e na pastagem contínua maior valor (0,66 cm min-1). A área de mata nativa, utilizada como testemunha para avaliação dos outros usos, apresentou uma maior velocidade de infiltração básica (VIB) = 0,356 cm min-1. A área de eucalipto apresentou VIB = 0,241 cm min-1, contrastando com as áreas de pastagens rotacionada e contínua, que obtiveram valores de 0,07 e 0,04 cm min -1, respectivamente. Os resultados indicam uma possível compactação do solo nas áreas de pastagem, provocado pelo pisoteio dos animais. Mesmo apresentando valores de infiltração de água no solo menor que a área de referência, o manejo rotacionado em pastagens apresentou uma maior capacidade de infiltração de água no solo quando comparado com a pastagem contínua. O manejo conservacionista por meio da adoção da melhoria e rotação nas pastagens, principal uso do solo na região, pode ser importante avanço na melhoria da qualidade do solo, em especial referente a recarga de água. Portanto, os diferentes usos promoveram alterações no processo de infiltração de água no solo, e sendo a pastagem contínua o uso que proporcionou maior perda da qualidade física do solo, por apresentar menor valor de VIB. Palavras-chave: serviços ambientais; propriedades físicas; disponibilidade de água. Agradecimentos: CNPq, CAPES, FAPEMIG, Instituto de Pesquisas Ecológicas, DCS, UFLA.
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Infiltração de água no solo em sistema plantio direto contínuo submetido a preparo ocasional Brunno C. L. Araújo1, Devison S. Peixoto1, Bruno M. Silva1, Laura B. B. de Melo1, Silvino G. Moreira1, Raphael P. Azevedo1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, brunno.lemos.ara@hotmail.com
O uso contínuo do Sistema Plantio Direto (SPD) pode levar à formação de uma camada compactada que limita o desenvolvimento das raízes e a infiltração de água no solo, podendo ocasionar redução de produtividade dos cultivos e aumento dos processos erosivos. Uma alternativa para mitigar esses problemas é o preparo ocasional do solo, por meio da subsolagem e escarificação. Assim, objetivou-se com este estudo avaliar o efeito do preparo ocasional em SPD na velocidade de infiltração básica do solo (VIB). O experimento foi implantado em faixas na Fazenda Santa Helena, Nazareno – MG, em um Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico típico de textura argilosa. Os tratamentos consistiram de SPD contínuo durante 14 anos (SPDC); SPD escarificado em 09/2015 (SPDE); SPD subsolado e aplicado 1.440 kg ha-1 de calcário (PRNT = 180%) adicional à recomendação da análise de solo entre 0,40-0,60 m de profundidade em 09/2015 (SPDSCI); SPD subsolado e aplicado 1.440 kg ha-1 de calcário (PRNT = 180%) adicional em superfície em 09/2015 (SPDSCS); SPD subsolado em 09/2015 e 07/2017 (SPDS1); SPD subsolado em 09/2015 e 08/2018 (SPDS2). Para determinação da VIB foram realizados testes de infiltração de água no solo com um infiltrômetro de tensão em 02/2019. Para as medições utilizou-se tensão igual a zero, em que a água flui por todos os poros do solo, em duas replicatas e em três repetições por tratamento (totalizando 6 medições por tratamento). Foi realizada uma análise de variância em delineamento inteiramente casualizado e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. O SPDSCI proporcionou maior VIB (321 mm h-1) que os demais tratamentos, e estes não diferiram entre si. A VIB do SPDC, SPDE, SPDSCS, SPDS1 e SPDS2 foi de 184; 199; 201; 205 e 209 mm h-1, respectivamente. A maior infiltração no SPDSCI em relação aos demais tratamentos de subsolagem pode ser explicado pelo tipo de implemento utilizado. Na área de SPDSCI foi utilizado um subsolador-adubador com ponteira do tipo convencional (cunha) e para os demais utilizou-se subsolador com ponteira alada. Este último promove de 2 a 3 vezes mais distúrbio no solo quando comparado ao subsolador com ponteira convencional, provocando alterações drásticas na estrutura do solo e reduzindo a continuidade de poros do solo, a qual possui grande influência sobre o processo de infiltração de água. Já para SPDE o menor valor da VIB pode estar relacionado ao tempo transcorrido entre a operação e a avaliação (3 anos e 5 meses), uma vez que, o tempo do efeito residual da escarificação sobre as propriedades físico-hídricas é efêmero. A subsolagem normalmente produz um maior efeito residual nas propriedades físicas do solo que a escarificação, no entanto, neste estudo a subsolagem utilizando o subsolador com ponteira alada não apresentou efeito residual na VIB nem mesmo 6 meses após o preparo. Além disso, a realização de duas subsolagens no intervalo de 22 e 35 meses, para os tratamentos SPDS1 e SPDS2, respectivamente, não promoveu melhoria na infiltração de água do solo em comparação a uma única subsolagem (SPDSCS) ou escarificação (SPDE) e nem ao SPDC. Portanto, conclui-se que o uso do subsolador com ponteira em cunha proporcionou aumento da VIB mesmo após 41 meses da operação. O uso de subsolador com ponteira alada, mesmo com maior frequência, e escarificador não promoveram alterações na VIB quando comparado ao SPDC. Palavras-chave: descompactação do solo; subsolagem; velocidade de infiltração básica. Agradecimentos: UFLA, DCS, CNPq, CAPES, FAPEMIG, Fazenda Santa Helena.
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Infiltração de água no solo em uma cultura de citros sob manejo conservacionista Layne C. Silva1, Laura B.B de melo1, Bruno M. Silva1, Geraldo C. de Oliveira1, Ester A. Ferreira2 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, laynecampos9@gmail.com; 2Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais Sul de Minas, Lavras - MG, Brasil
A infiltração de água no solo é o processo da entrada de água no solo através da superfície. A medida que os poros no solo vão recebendo mais água, a velocidade de infiltração diminui gradualmente chegando a um valor constante, denominado por velocidade de infiltração básica (VIB). O manejo do solo altera o arranjo de poros e assim pode implicar alteração na VIB, o que pode ser positivo em solos naturalmente adensados. O objetivo desse trabalho foi verificar o efeito do preparo profundo na linha de plantio, cultivo de braquiária na entrelinha e porta-enxertos para cultivo de citros no processo de infiltração de água no solo. O experimento foi conduzido em um pomar de citros no município de Perdões-MG. O solo foi classificado como Argissolo Vermelho Distrófico típico. Primeiro foi realizado a correção da acidez com a aplicação de calcário dolomítico e em novembro de 2014 foi aberto os sulcos para o preparo do solo. Utilizou-se sulcador de uma haste com largura de trabalho de 1,0 m e profundidade de preparo de 0,50 m. Em seguida, o sulco foi subsolado duas vezes com um subsolador de três hastes com largura de trabalho de 1,0 m e profundidade de preparo 0,50 m. Posteriormente, foi utilizado a grade niveladora sobre o sulco. O plantio das mudas foi feito no mês de dezembro do mesmo ano, dispostas em um espaçamento de 2,5 m entre plantas e 5,5 m entre linhas e com isso foram avaliados três porta-enxertos: Citrandarin Índio –(CI);Tangerina “Sunki Tropical”- (ST) e Cravo Santa Cruz – (CSC), todos sob copa tangerina Poncã(citrus reticulata). E na entrelinha, o plantio de Brachiaria sp. A avaliação da taxa de infiltração de água no solo foi feita pelo método do infiltrômetro de Cornell que é um simulador de chuva portátil fixado sobre um cilindro de 24 cm de diâmetro. Este infiltrômetro possui em sua parte superior um sistema de regulagem da entrada de ar e com isso é possível simular diferentes intensidades de chuva. Os testes foram realizados no sulco de cada tratamento, na entrelinha e na área da mata nativa vizinha ao experimento. As leituras do volume escoado foram feitas a cada 3 minutos e cada teste teve duração de 60 minutos ou até atingir quatro leituras iguais e consecutivas. Os dados foram ajustados à equação Kostiakov I=a*t^(n) onde I é a taxa de infiltração acumulada(cm min-1); t é o tempo (min); a e n são constantes empíricas que foram obtidas ao ajustar o modelo, com auxilio de software R. Os modelos ajustados foram significativos e apresentaram exatidão média de R2=0,976. Na área de mata nativa e nos sulcos de plantio de todos os portaenxertos não houve escoamento, enquanto que na entrelinha ocorreu escoamento logo nos três primeiros minutos de teste e portanto menor capacidade de infiltração de água. Nesse sentido, a entrelinha apresentou menor VIB=0,006 cm min-1, comparada a mata nativa (VIB=0,228 cm min-1 ) e os porta-enxertos CSC (VIB=0,217 cm min-1), ST (VIB=0,246 cm min-1), CI (VIB=0,258 cm min-1). Os resultados sugerem maior degradação da estrutura do solo na entrelinha, função do tráfego de máquinas e ausência de preparo do solo. Nos sulcos de plantio, mesmo após 4 anos das operações de preparo profundo, ainda conservou-se o alívio estrutural promovido ao Argissolo que é naturalmente adensado. Esse resultado se faz importante por se assemelhar a mata nativa, a qual mantém a estrutura natural porém recebe diversidade de material vegetal para decomposição além de outros mecanismos para favorecer a entrada de água no solo. Portanto, o manejo do solo por meio do preparo profundo melhorou a qualidade do solo uma vez que a capacidade de infiltração do solo assemelhou-se à mata nativa. Palavras-chave: velocidade de infiltração básica; argissolo; preparo profundo. Agradecimentos: EPAMIG, UFLA/DCS, CNPq, FAPEMIG, CAPES, Sítio Menezes.
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Influência dos atributos do solo no balanço do CO2 no solo, sob o cultivo de cana-de-açúcar na região Centro-Sul do Brasil Paulo A. da Silva1, Angélica da Silva1, Maria E. Vicentini1, Alan R. Panosso1, Glauco de S. Rolim1, Nelson J. Peruzzi1 1
Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal - SP, Brasil, paullo-alex@outlook.com
O conhecimento das práticas de manejo e dos atributos do solo são de grande importância para o estudo da produção e transporte do CO2 no solo, que por sua vez impactam diretamente na mitigação da emissão dos gases relacionados ao efeito estufa. Nos últimos anos têm-se observados preocupantes recordes com relação ao aumento nas concentrações de CO2. Conforme a NASA: Climate Change and Global Warming, a concentração de CO2 equivalente na atmosfera no ano de 2019 foi de 411 ppm, estes recordes colaboraram com a intensificação das mudanças climáticas do planeta, parte delas provocadas pelo manejo nas atividades agropecuárias, que indiretamente estão ligados a alguns danos da saúde humana. O objetivo do trabalho foi determinar por meio da análise exploratória da técnica multivariada Análise de Agrupamentos, os grupos hierárquicos formados pelas correlações lineares entre os atributos do solo e os processos de emissão (FCO 2) e estoque (Estc) do CO2 no solo, em áreas de cana-de-açúcar, localizadas na região Centro-Sul do Brasil. Os dados foram coletados em áreas comerciais sob cultivo de cana-de-açúcar no sistema de cana crua, localizadas nos municípios de Aparecida do Taboado - MS e Motuca, Guariba, e Pradópolis, no estado de SP. Os fluxos de CO2 (FCO2) e a temperatura do solo (Ts) foram registrados por meio do sistema LI-COR (LI-8100). A umidade do solo (Us) foi medida pelo equipamento de TDR. Foram coletadas amostras de solo na profundidade de 0 a 0,10 m para determinação dos atributos físico-químicos do solo. O estoque de carbono (Estc) foi calculado para a profundidade de 0,10 m (Estc = (CO x Ds x E).0,1; Estc = estoque de carbono (Mg ha-1); CO = teor de carbono orgânico oxidável (g kg-1); Ds = densidade do solo (kg dm-3); E = espessura da camada estudada (0,10 m)). A matriz de correlações e cluster analysis foram realizadas no programa Python™. Foi possível observar a geração de 3 grupos pela técnica multivariada cluster analysis. Para o primeiro grupo foi observado pela correlação linear a ação conjunta entre o FCO2 e a umidade (0,65) e entre a microporosidade e a CTC do solo (0,73). Já o segundo grupo foi formado pela ação conjunta entre o estoque do carbono e a densidade do solo (0,30). Ambos tiveram correlações com valores positivos e significativos (p<0,05). Por fim, o terceiro grupo foi formado apenas pela temperatura que que posteriormente se liga ao demais grupos a uma maior distância. Conclui-se que a análise exploratória dos dados indicou a existência de padrões espaciais entre os atributos dos solos avaliados com relação aos processos de estoque de carbono e FCO2 no solo. Foi observado que cada grupo está relacionado a um determinado fenômeno do CO2 no solo, sendo que o primeiro grupo foi relacionado com o processo de formação e transporte do gás, já o segundo grupo indicou a relação com o processo de sequestro CO2 no solo e terceiro grupo mostrou a ação da temperatura, indicando que este atributo interferiu nos processos de emissão e estoque do carbono. Dessa forma, o manejo adotado na área pode interferir nas características químicas, físicas e biológicas do solo, impactando nas características dos atributos do solo, podendo este sequestrar ou emitir de CO2 para a atmosfera. Palavras-chave: balanço de CO2; manejo e atributos do solo; gases de efeito estufa. Agradecimentos: CAPES, CNPq, FAPESP, CSME, GAS e UNESP.
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O uso da microscopia eletrônica de varredura e espectroscopia por energia dispersiva na avaliação microestrutural do Cambissolo sob diferentes usos Raphael R. Brizzi1, Andréa P. de Souza2 1
Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), Arraial do Cabo - RJ, Brasil, raphael.brizzi@ifrj.edu.br; 2Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (FEBF/UERJ), Duque de Caxias, RJ, Brasil.
A degradação das propriedades físicas e químicas dos solos de acordo com o uso e o manejo das terras tem sido alvo de muita preocupação para agricultores e gestores devido à questão dos processos erosivos e consequentes perdas de solos agricultáveis, principalmente, em ambientes serranos. O presente estudo foi desenvolvido em uma encosta no município de Paraty – RJ, onde teve por objetivo aprofundar o entendimento sobre a influência e a relação do uso do solo na sua estruturação, subsidiando a compreensão dos processos erosivos a partir do estudo da agregação a nível microscópico. A área de estudo possui clima do tipo tropical úmido/superúmido, apresentando pluviosidade média anual 1.547 mm, substrato geológico granito-gnaissico, com formações montanhosas e colinosas, apresentando solos rasos em declividades e altimetrias que variam de 20 a 45º, e 50 -300 m, respectivamente. Para tal, foram coletados torrões dos horizontes superficiais na profundidade de 0-10 cm em dois usos do solo (pastagem abandonada/pousio e floresta com mais de 50 anos), acreditando ser esse o intervalo crítico da perda de solos pelo início do processo erosivo. Desse modo, foi selecionado um agregado (previamente seco ao ar) de aproximadamente 2 cm3, submetido à emissão de feixes de elétrons retroespalhados em câmara de baixo vácuo no Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV), sendo possível a ampliação máxima em até 300.000 vezes. Ao MEV, estava acoplado o espectrômetro de energia dispersiva (EDS) onde foi possível a identificação mineralógica através da emissão contínua de Raios – X, comumente distribuídos do baixo número atômico (baixa energia) para elevado número atômico (alta energia). As imagens obtidas no MEV demonstraram ser o uso florestal mais correlacionado à boa microagregação, enquanto que o solo sob pousio apresentou uma microestrutura cimentada sugerindo forte antropização, que de acordo com a literatura podem ser relacionados ao possível efeito de pé de arado. No EDS foi possível identificar valores altos de carbono orgânico para o uso florestal (15%), enquanto que para o pousio foi identificado um valor 3 vezes menor (5%), além da identificação dos elementos O, Si, Fe e Al. A identificação desses elementos representam silicatos de ferro e alumínio que colaboram para a agregação dos solos quando associados à matéria orgânica, gerando ligações “argilo-metal polivalente-humus”. D essa forma, os resultados deste trabalho evidenciaram o auxílio fornecido pela ferramenta MEV na identificação de solos agregados e cimentados, onde se conclui que o uso florestal apresentou melhor microsestrutura em relação ao pousio, fato que pode estar associado às formas de manejo aplicadas. Palavras-chave: agregação; uso do solo; MEV- EDS.
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Perdas de solo por erosão hídrica em sistemas de produção de grãos na região central de Minas Gerais Marina N. Merlo1, Lucas C. M. da Silva1, Letícia P. da S. Oliveira1, Junior C. Avanzi1, Bruno M. Silva1, Emerson Borghi2 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, marinanevesmerlo@gmail.com; 2Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas – MG, Brasil.
O sistema plantio direto (SPD) é uma prática eficiente na conservação do solo e da água, todavia, devido à ausência de revolvimento pode acarretar compactação das camadas superficiais, o que diminui a infiltração de água e favorece o escoamento superficial e consequentemente a erosão. Nesse sentido, a rotação de culturas com espécies de desenvolvimento radicular agressivo e alta produção de biomassa são alternativas para mitigar a compactação do solo e promover adequada cobertura da superfície, interceptando o impacto direto da chuva no solo. Testou-se a eficácia de cultivos de rotação com braquiária e alto investimento em fertilizantes na diminuição das perdas de solo (PS) por erosão hídrica comparados à monocultivos. Ademais, avaliou-se a correlação da PS com a resistência do solo a penetração (RP). O estudo foi conduzido de dezembro/2018 a março/2019, em Sete Lagoas-MG em um Latossolo Vermelho muito argiloso. Adotou-se sete tratamentos: monocultivo de soja (S) e milho (M), rotação milho-soja (MS), rotação milho-braquiária-soja-braquiária (MBSB), dois tratamentos com alto investimento (MS-AI) e (MBSB-AI) e um tratamento de solo descoberto (SD). Foram construídas 3 parcelas de erosão em cada tratamento, com 1 m² de área (0,5 x 2,0 m) com o comprimento no sentido do declive. Tanques coletores de 20 L foram instalados na extremidade inferior das parcelas e o volume obtido foi amostrado em recipientes de 250 mL. A PS foi calculada por meio da quantificação dos sedimentos, os quais foram decantados e submetidos a secagem em estufa a 105 °C. A RP foi obtida por penetrômetro de impacto Stolf com 3 replicatas por repetição de cada tratamento na profundidade de 0-60 cm e os valores expressos a cada 5 cm. A PS real em cada parcela foi ajustada para declividade de 9% permitindo a comparação entre os tratamentos. O experimento foi realizado em DIC devido à disposição dos tratamentos em faixas paralelas. Realizou-se correlação de Pearson entre PS e RP e as médias de PS foram testadas por Tukey a 5% de probabilidade. A maior PS foi observada em S e SD comparados aos tratamentos de rotação. A correlação de PS e RP foi significativa com r = 0.90 e r = 0.79 considerando a RP nas camadas 0-10 e 0-20 cm, respectivamente. A correlação de PS e RP analisando as demais profundidades não foi significativa. Os resultados indicam a alta suscetibilidade da monocultura de soja e do solo descoberto à erosão hídrica e a influência da compactação de camadas superficiais no favorecimento do escoamento superficial e consequente carreamento de sedimentos. Os resultados são atribuídos a baixa durabilidade da palhada da soja na superfície do solo, devido ao alto teor de nitrogênio no tecido vegetal, favorecendo a decomposição microbiológica e oferecendo baixa proteção a superfície do solo contra o impacto das gotas de chuva. As correlações significativas sugerem que a compactação de camadas superficiais em SPD, principalmente na fase de implantação, pode ocasionar redução da infiltração e percolação de água no perfil, resultando no acúmulo de lâmina de água na superfície do solo, desencadeando o processo de escoamento e erosão. A diminuição da PS nos tratamentos de rotação indica a eficácia dos resíduos culturais de gramíneas na cobertura do solo, os quais apresentam alta relação C/N e perduram por longos períodos na superfície do solo, além de um sistema radicular que pode melhorar as condições de infiltração de água no solo. A monocultura da soja e o solo descoberto apresentaram resultados semelhantes de PS, o que indica a incapacidade dos resíduos vegetais de soja na proteção do solo contra a erosão hídrica. Entretanto, avaliando os tratamentos de rotação de culturas, a inclusão da braquiária e o alto investimento em fertilizantes não diferiram entre si. Palavras-chave: conservação do solo; compactação; sistema plantio direto. Agradecimentos: NECS, DCS, UFLA, CNPq, CAPES, FAPEMIG, EMBRAPA.
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Potencialidade de recarga do aquífero referente a sub-bacia hidrográfica do ribeirão Sapé, Nepomuceno – MG Luiza de C. Costa1, Maryna S. Gomes1, Raiane A. Naves1, Bruno S. Vilela1, Gabriela R. Souza1, Michele D. de Menezes1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, luiza.dcastro@gmail.com
De grande importância para o abastecimento da região, a sub-bacia do Ribeirão Sapé tem os seus recursos hídricos comprometidos ao longo dos anos devido ao elevado número de produtores rurais e o intenso uso do solo. Para um uso sustentável das águas subterrâneas da bacia é necessário que ocorra uma recarga equivalente ao aquífero. Assim, o levantamento de solos consiste em uma base segura e real para este tipo de interpretação, uma vez que o solo atua como um reservatório de água, e suas características (infiltração, uso e posição na paisagem) influenciam diretamente no abastecimento de aquíferos. O presente trabalho teve como objetivo levantar o potencial de recarga direta de aquífero sob a sub-bacia do Ribeirão Sapé, localizada no município de Nepomuceno-MG, a partir de informações pedológicas, de relevo, uso atual do solo e material de origem. A bacia se encontra entre as coordenadas geográficas 21º18’00’’ e 21º16’30’’ de latitude S e 45º14’00’’ e 45º12’00’’ de longitude O, possui área total de 495,86 ha, altitude média de 838 m, e clima do tipo Cwb de acordo com a classificação de Köppen, cujo material de origem consiste em granito-gnaisse. A precipitação média mensal é de 108,9 mm, com déficit hídrico mensal entre os meses de abril e outubro. A metodologia utilizada foi adaptada de Araújo (2006) e Menezes et al (2009), onde o cruzamento dos planos de informação tipos de solos, fases de relevo e uso do solo foi realizado em ambiente Sistema de Informação Geográfica (SIG) ArcGis 10.1 da ESRI. Para cada plano de informação foram atribuídos valores ou pesos conforme a potencialidade na recarga de aquífero, a saber: uso atual (vegetação nativa - 4; eucalipto - 3; café/pastagem 2; solo descoberto - 1), relevo (montanhoso - 1; ondulado/forte ondulado - 2; plano/suave ondulado - 3), material de origem (rochas metapelíticas - 1; rocha granito-gnaisse -2; rochas psamíticas -3; gleissolo – área de descarga de água); classe de solo (Cambissolo - 1; Argissolo - 2; Latossolo - 3); e tipo de horizonte A (húmico/chernozêmico/proeminente - 3; moderado - 2; fraco - 1). O cruzamento dos dados consistiu na soma dos pesos de cada atributo. Quanto maior o somatório, maior a potencialidade de recarga do aquífero, estabelecendo assim notas entre 12 e 16 como áreas de alto potencial, 10 a 11 de médio potencial e inferiores a 9 de baixo potencial de recarga. Do cruzamento das informações, 132,50 ha (26.83%) das unidades de mapeamento apresentaram alto potencial de recarga do aquífero. Essas áreas são constituídas predominantemente de Gleissolos e Latossolos, solo com horizontes A proeminente e moderado, relevo plano e suave ondulado, e ocupadas principalmente por vegetação nativa, café e eucalipto. 320,05 ha (64,81%) das unidades de mapeamento podem ser considerados como média potencial de recarga, sendo predominantemente de consistidas de Argissolos e Latossolos com horizonte A moderado ou fraco, relevo suave ondulado e ondulado, e uso do solo caracteristicamente ocupado por café ou descobertos. E 41,29 ha (8,36%) das unidades mapeadas apresentaram baixo potencial de recarga do aquífero, constituídas predominantemente por Cambissolos e Argissolos com horizonte A moderado ou fraco, relevo ondulado e forte ondulado com baixa cobertura vegetal. De forma geral, a sub-bacia foi considerada de médio potencial de recarga de aquífero, devido aos seus solos profundos (Latossolo), com horizonte A moderado, e relevo suave ondulado, porém grande parte de sua extensão é ocupada de forma inadequada (solos descobertos) ou que proporcionem baixa cobertura vegetal (pastagens e café). Desse modo, conclui-se que são necessárias a implantação de práticas de manejo, tais como recuperação de parte da cobertura vegetal, terraceamentos e técnicas de plantio em nível visando à conservação e recuperação das águas subterrâneas na região da sub-bacia. Palavras-chave: classe de solo e uso do solo; água subterrânea; sistema de informação geográfica. Agradecimentos: À Preserva Júnior, ao Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Nepomuceno – MG, UFLA.
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Processos erosivos sob manejos distintos em Cambissolo Háplico – Estação Experimental de Erosão de São Pedro da Serra, Nova Friburgo/RJ Vanessa C. M. Pereira1, Ana V. F. A. Bertolino1, Caroline P. Santos1, Jeferson R. da Silva1, Victor M. P. da Silva1, Isabelle R. Barbosa1 1
Universidade Estadual do Rio de Janeiro-FFP, São Gonçalo – RJ, Brasil, vanessamatos.meteorologia@gmail.com
O manejo do solo traz modificações na sua estrutura natural e promove uma série de transformações, e dependendo da técnica de preparo utilizada, podem ocorrer modificações que favoreçam e/ou tragam prejuízos para o sistema. Essas mudanças podem resultar em alterações do comportamento hidrológico, que por sua vez, podem aumentar a erosão sobre uma determinada área. O objetivo do trabalho é contribuir para o entendimento da influência do manejo nas modificações do comportamento erosivo de solos submetidos a diferentes técnicas de preparo e uso em área agrícola de ambiente serrano. O estudo foi desenvolvido na Estação Experimental, localizado na bacia do rio São Pedro em São Pedro da Serra, distrito de Nova Friburgo, no Estado do Rio de Janeiro, Brasil. A região apresenta um clima Tropical de Altitude, com precipitação média anual de 1.279,8 mm. Há um predomínio da declividade acima de 28% e os solos consistem em Cambissolos Háplicos. Na Estação Experimental de Pesquisa de Erosão (EEPE/SPS) existem três tipos de manejo: sem cobertura (SC), presença de pousio/queima de 4 a 5 anos (CO) e sistema de pousio de 10-11 anos (PO). As parcelas de erosão possuem 88 m², delimitadas por chapas de aço galvanizadas e conectadas às caixas coletoras de 500 litros, a fim de mensurar as perdas de água e de solo por erosão superficial. O estudo foi desenvolvido com chuvas naturais nos meses de novembro, dezembro de 2015 e durante todo o ano de 2016. Os resultados de escoamento e perdas de solo registrados demonstram que a parcela SC sofreu maiores efeitos de erosão (0,86 ton ha-1) que as parcelas CO (0,56 ton ha-1) e PO (0,01 ton ha-1). O PO (7,3 mm) apresenta valores bem menores que o total escoado na parcela SC (106 mm). Quando se comparam aos escoamentos das parcelas PO (7,3 mm) e CO (55,6 mm), constata-se que a parcela PO apresenta os melhores valores tanto para escoamento quanto para erosão. Em suma, a prática de Coivara e de Pousio apresentaram melhores resultados em relação à SC, devido à vegetação da sua parcela e a utilização do fogo de baixa intensidade para anterior queima de resíduos de produtos agrícolas, entretanto, a CO necessita de um monitoramento ininterrupto para saber, a longo prazo, seus efeitos sobre o solo. Concluindo, os resultados sugerem que a agricultura tradicional praticada de corte/queima e pousio, associada a altas declividades e intensas chuvas, demonstra ser o sistema que atua na minimização da erosão e do escoamento superficial na região. Palavras-chave: manejo; pousio; São Pedro da Serra. Agradecimentos: PROATEC/UERJ, FAPERJ (Processo FAPERJ: E-26/202.615/2018 – Bolsa de Mestrado), FAPERJ (Mestrando do PPGG-UERJ-FFP), CETREINA.
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Uso de leguminosas cudzu tropical e guandu no controle erosivo em argissolo vermelho distrófico abrupto no município de São Gonçalo/RJ Caroline P. Santos1, Ana V. F. A. Bertolino1, Guilherme P. Simão1, Vanessa C. M. Pereira1, Jossana G. dos S. de Araújo1, Pablo A. Alfradique1 1
Universidade do Estado do Rio de Janeiro-FFP, São Gonçalo–RJ, Brasil, penhasantoscaroline@gmail.com
O uso regular de adubos verdes permite a melhoria das características físicas, químicas e biológicas do solo, possibilitando ainda o controle de plantas invasoras. A ação das raízes dos adubos verdes, sobretudo das leguminosas, contribuem para a melhoria da estrutura do solo, da infiltração e da condutividade hidráulica, resultando em redução da resistência mecânica ao crescimento das raízes das culturas, que passam a ocupar estes espaços. O objetivo central do trabalho foi comparar os efeitos do uso de leguminosas Cudzu Tropical (Pueraria phaseoloides) e Guandu (Cajanus cajan) na minimização dos processos erosivos. O estudo foi desenvolvido no município de São Gonçalo - RJ, na sub-bacia do rio Caceribu, localizada nas coordenadas 22º49’S e 42º55’O. O solo da área é um Argissolo Vermelho Distrófico Abrupto. Nesta área há a Estação Experimental de Perdas de Erosão do Assentamento Fazenda Engenho Novo (EEPE-AFEN), onde existem 03 parcelas de erosão do tipo Wischmeier. As parcelas apresentam os seguintes tratamentos: a) Parcela T0 – parcela sem qualquer cobertura, onde o solo é diretamente exposto às intempéries climáticas, b) Parcela T1– parcela coberta exclusivamente com leguminosa perene Cudzu Tropical (Pueraria phaseoloides) e de hábito de crescimento indeterminado e c) Parcela T2 - parcela coberta com leguminosa perene Guandu (Cajanus cajan) e de hábito de crescimento indeterminado, combinada com prática mecânica de conservação do solo (terraço de base estreita). As parcelas de erosão possuem 22 x 4 m, totalizando 88 m2. Estas foram delimitadas através de chapas de ferro galvanizadas, com espessura de 2 a 4 mm e 60 cm de altura (40 cm enterrados no solo e 20 cm aparentes, para impedir a entrada e a saída de material por erosão de salpicamento) e estão conectadas a caixas coletoras de 500 L, a fim de medir as perdas de água e de solo por erosão superficial. As parcelas foram instaladas na porção média da encosta com uma declividade de 26%. O monitoramento do escoamento superficial foi realizado diariamente às 07:00 h e o escoamento superficial das parcelas que apresentaram uma alíquota mínima de 1 litro de água foi coletado com a mesma frequência. O procedimento para a quantificação dos sedimentos foi obtido conforme a metodologia de secagem. Comparando por eventos selecionados, os resultados de escoamento demonstram maior perda de água total em T0 (2005 L), em comparação com as parcelas T1 e T2 - 19,3 L e 61,5 L, respectivamente. Os resultados de perda de solo na parcela T0 são de 8,0 ton ha-1, seguido de T1 com 0,0003 ton ha-1 e T2 com 0,002 ton ha-1. A parcela T1 respondeu com maior eficiência, sendo o sistema que teve menos perda no período selecionado. A parcela T2, onde existe o consórcio de duas leguminosas, embora com valores superiores a T1, também se mostrou eficaz no controle erosivo. Como previsto, a parcela T0 – sem cobertura – revelou resultados em que os valores de perda de água e de solo foram altos em relação às parcelas com alguma cobertura vegetal. Esta pesquisa aponta a eficiência do trato de leguminosas para controle erosivo, com ênfase para a adaptação da cudzu em solo argiloso sob clima tropical em período seco, promovendo maior proteção quanto ao escoamento superficial. Palavras-chave: argissolo; erosão hídrica; cudzu (Pueraria phaseoloide). Agradecimentos:PROATEC; FAPERJ (Processo FAPERJ: E-26/202.615/2018 – Bolsa de Mestrado).
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Comissão: Poluição, Remediação do solo e recuperação de áreas degradadas....................................................................................................................138 Mercúrio e sua correlação com atributos químicos de solos de um Agroecossistema em Anori Amazonas, Brasil - Júlia A. Ávila, Francielle R. D. Lima, Ediu C. Silva Júnior, Nathália L. Oliveira, Luiz R. G. Guilherme, João J. Marques..................................................................................................................138 Potencialidade de espécies florestais para reflorestamento da bacia do Rio Doce - Thiago D. Magalhães, Michele A. P. da Silva, Marcos G. B. de Lima, Lucas A. Melo, Soraya A. Botelho.............139 Sobrevivência e desenvolvimento de mudas de Luehea grandiflora Mart. & Zucc. no rejeito de mineração na bacia do Rio Doce - Erika M. Nogueira, Michele A. P. da Silva, Leony A. S. Ferreira, Eduarda D. Euzébio, Lucas A. Melo, Soraya A. Botelho............................................................................140 Sorção de Zn, Cd e Pb em zeólita, montmorilonita e adsorvente organomineral - Jean M. P. Souza, Janaína C. Faria, Paula G. Ribeiro, Carlos A. Silva, Luiz R. G. Guilherme.................................................141 Teores de mercúrio em solos de agroecossistemas na Amazônia brasileira - Júlia A. Ávila, Francielle R. D. Lima, Ediu C. Silva Júnior, Nathália L. Oliveira, Luiz R. G. Guilherme, João J. Marques..................142
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Mercúrio e sua correlação com atributos químicos de solos de um Agroecossistema em Anori Amazonas, Brasil Júlia A. Ávila1, Francielle R. D. Lima1, Ediu C. Silva Júnior1, Nathália L. Oliveira2, Luiz R. G. Guilherme1, João J. Marques1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, avilajulia7@yahoo.com; 2Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte - MG, Brasil
Os níveis de mercúrio (Hg) no solo podem ser correlacionados com atributos químicos, como o pH. Além disso seu ciclo biogeoquímico, caracterizado por várias rotas, pode ocasionar o depósito no ambiente, quando presente sob formas voláteis (Hg0). É relatado níveis variados de Hg na Amazônia, o objetivo deste trabalho foi correlacionar os níveis de Hg com os atributos químicos dos solos. A partir de amostras de solos (< 2 mm) de um agroecossistema com castanha-do-brasil na cidade de Anori – Amazonas foi realizada a análise química (pH, alumínio (Al), acidez potencial (H+Al), capacidade de troca de cátion efetiva (t), capacidade de troca de cátion a pH 7,0 (T), saturação por bases (V), fósforo remanescente (P-Rem), boro (B) e Hg total (HgT)) seguindo metodologias recomendadas. A quantificação do HgT foi realizada no analisador direto de Hg (DMA-80). Foram analisados solos de 8 locais nas profundidades de 0-20, 20-40 e 40-60 cm. Os resultados foram submetidos à correlação de Pearson (p<0,05) e à análise de componentes principais (PCA). O mercúrio apresentou correlação (p<0,05) com os atributos químicos do solo: pH (-0,62), Al (0,48), H+Al (0,69), t (0,49), T (0,69), V (-0,60), P-Rem (-0,66) e B (0,58). O pH, Al e acidez são consideradas importantes variáveis na retenção de metais em solos tropicais, pois são ácidos na maioria das vezes. Sabe-se que o Hg é fortemente retido em óxidos e hidróxidos de Fe e Al, e estes apresentam correlação negativa com o P-Rem e V, como bem conhecido na maioria dos solos brasileiros. Correlação positiva é observada para a CTC, com relação a metais, como o Hg. A correlação positiva entre o Hg e o B, pode ser explicada pela forte retenção do B, como o Hg, em óxidos e hidróxidos de Fe e Al. A PCA apresenta os maiores níveis de Hg na profundidade de 20 a 40 cm e maior relação com H+Al e T. Os elementos B, Cu, Zn e S são encontrados em maiores teores em 0-20 cm, estes são geralmente muito associados a matéria orgânica do solo. Palavras-chave: retenção; mercúrio; acidez do solo. Agradecimentos: DCS, UFLA.
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Salão de Convenções da UFLA 27 a 31 de maio de 2019 Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Poluição, Remediação do solo e recuperação de áreas degradadas
Potencialidade de espécies florestais para reflorestamento da bacia do Rio Doce Thiago D. Magalhães1, Michele A. P. da Silva1, Marcos G. B. de Lima1, Lucas A. Melo1, Soraya A. Botelho1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, donizetti.engf@gmail.com
O rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração no munícipio de Bento Rodrigues, criou uma condição totalmente modificada nos ecossistemas ciliares da Bacia do Rio Doce, se tornando assim, um dos maiores desafios do campo da restauração ecológica no Brasil. O presente trabalho objetivou avaliar a potencialidade de quatro espécies nativas da bacia do Rio Doce para a utilização em projetos de restauração via semeadura direta das áreas afetadas pelo rompimento da barragem de rejeitos de mineração de ferro em Mariana-MG. Inicialmente foi realizado um levantamento bibliográfico das espécies florestais nativas da bacia do Rio Doce, por meio do Inventário Florestal de Minas Gerais. Com base no levantamento florestal de Minas Gerais de 2008 foram selecionadas quatro espécies florestais para condução do presente trabalho, sendo elas Enterolobium contortisiliqum (Vell.) Morong; Pterogyne nitens Tul.; Cybistax antisyphilitica (Mart.) Mart. e Triplaris gardneriana Wedd. Após foi realizado a coleta de frutos das mesmas na região do Rio Doce, sendo os frutos então beneficiados e suas sementes armazenadas em câmera fria. No viveiro foi implementado um teste de emergência, composto de dois tratamentos distintos. No primeiro tratamento a semeadura foi realizada em solo, já o substrato do segundo tratamento consistiu em rejeito de mineração, ambos os substratos foram coletados das áreas atingidas na bacia do Rio Doce. A semeadura foi realizada em bandejas plásticas com cinco repetições por tratamento e espécie, sendo cada repetição composta de 20 sementes. O percentual de emergência foi obtido pela media das repetições após 10 semanas de avaliação. A espécie Enterolobium contortisiliqum apresentou um percentual de emergência no rejeito de 88% (± 10,32%) e de 95% (± 6,19%) no tratamento com solo. Já Pterogyne nitens apresentou emergência de 79% (± 16,38%) no rejeito e de 42% (± 18,05%) no solo, sendo a única espécie com resultado superior no tratamento com rejeito do que no solo. Já a espécie Cybistax antisyphilitica obteve percentual menor, sendo constatada emergência de 32% (± 37,63%) no tratamento com rejeito e de 88% (± 9,50%) em solo. Outra espécie com baixa emergência em rejeito foi Triplaris gardneriana, cujo percentual apresentado neste tratamento foi de 8% (± 83%) contrastando com a emergência de 72% (± 22,82%) em solo. A partir desses resultados é possível concluir que espécies como Enterolobium contortisiliqum e Pterogyne nitens apresentam um elevado potencial para utilização em projetos de semeadura direta em áreas afetadas por rejeito de mineração, com destaque para a segunda espécie, que aparenta ser beneficiada pelas condições encontradas no rejeito. Por outro lado, as duas outras espécies testadas, Cybistax antisyphilitica e Triplaris gardneriana, não devem ser associadas a projetos de restauração via semeadura direta, em áreas com histórico de degradação por rejeito de mineração de ferro. Palavras-chave: restauração florestal; semeadura direta; rejeito. Agradecimentos: FAPEMIG, DCF, UFLA.
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Sobrevivência e desenvolvimento de mudas de Luehea grandiflora Mart. & Zucc. no rejeito de mineração na bacia do Rio Doce Erika M. Nogueira1, Michele A. P. da Silva1, Leony A. S. Ferreira1, Eduarda D. Euzébio1, Lucas A. Melo1, Soraya A. Botelho1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, erikanmassaro@hotmail.com
O escoamento de rejeito de minério de ferro, após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana-MG, culminou na degradação de extensas áreas de mata ciliar ao longo da bacia do Rio Doce. O rejeito se depositou sobre o percurso e as condições de cobertura do solo são inéditas nestes locais. Para a recuperação das áreas de preservação permanente degradadas, são necessárias estratégias de restauração das matas ciliares com espécies arbóreas nativas. A sobrevivência, o desenvolvimento e a trajetória que se sucederá para o estabelecimento das árvores e dos processos ecológicos nas áreas atingidas são um grande desafio para a ciência brasileira. O objetivo deste estudo foi avaliar a sobrevivência e o crescimento de Luehea grandiflora Mart. & Zucc. no rejeito de mineração de ferro escoado após o rompimento da barragem de Fundão em Mariana-MG. O estudo foi conduzido no viveiro florestal da Universidade Federal de Lavras, MG. Neste estudo foi avaliada a espécie L. grandiflora, em vasos com diferentes substratos compostos por rejeito puro, solo puro e mistura 1:1 solo e rejeito trazidos das margens da bacia do Rio Doce, na ausência e presença de correção química, totalizando seis tratamentos em fatorial subdividido no tempo. A partir dos resultados das análises foi formulada uma solução nutritiva para correção das características químicas dos materiais, de acordo com os parâmetros gerais das Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais - 5ª Aproximação , visando elevar o pH do solo a nível ótimo e fornecer os nutrientes necessários a cada substrato para alcançarem a condição fértil. Após o plantio em vasos, altura e diâmetro foram aferidos mensalmente por três meses e avaliados pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. A espécie apresentou sobrevivência satisfatória de aproximadamente 100% em todos os substratos. A correção química influenciou o crescimento, exceto o diâmetro quando as plantas foram cultivadas em rejeito. As plantas apresentaram crescimento efetivo ao longo dos 3 meses em todos os substratos e todas as condições de correção, exceto no solo e na mistura na ausência de correção, em que não apresentaram diferença de crescimento entre o segundo e terceiro mês. Com relação aos substratos, no segundo mês L. grandiflora apresentou maior altura no solo (37,32 cm) e no terceiro mês, maior diâmetro no solo (9,44 mm) e menor altura no rejeito (40,54 cm). Em três meses de avaliação a sobrevivência da espécie não foi afetada pelo rejeito. O crescimento inicial das plantas foi satisfatório em todos os substratos. Os resultados deste trabalho fomentam perspectivas favoráveis para o estabelecimento de L. grandiflora sobre o rejeito. Mudas de espécies nativas florestais podem sobreviver sobre o rejeito e são indicadas para restaurar as matas ciliares da bacia do Rio Doce. Palavras-chave: restauração; Mariana; mata ciliar. Agradecimentos: FAPEMIG, CAPES, DCF, UFLA.
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Sorção de Zn, Cd e Pb em zeólita, montmorilonita e adsorvente organomineral Jean M. P. Souza1, Janaína C. Faria1, Paula G. Ribeiro1, Carlos A. Silva1, Luiz R. G. Guilherme1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, jean.producao@hotmail.com
Os metais pesados podem contaminar o meio ambiente e afetar negativamente a saúde humana. Uma estratégia de remediação de áreas contaminadas com esses elementos é a aplicação de amenizantes para imobilização destes metais. Para esta finalidade, os melhores materiais são aqueles que conseguem reter maiores quantidades de metais e não os dessorver. Deste modo, o objetivo do trabalho foi avaliar a eficiência de diferentes amenizantes na adsorção e dessorção de metais pesados. Os materiais testados foram: um adsorvente organomineral (AOM) e dois produtos comerciais, a saber, zeólita e montmorilonita. O experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado, com três repetições. Foram pesadas 0,3 g de amostras de cada material e, em seguida, adicionaram-se 27 mL de Ca(NO3)2 10 mmol L-1 (relação solo:solução 1:90), além de quantidades adequadas de ácido (HNO3 1 ou 5 mol L-1) para ajustar o pH para 5,5 (± 0,5). As amostras foram colocadas para reagir durante 72 h, alternando 12 horas de agitação e 12 horas de repouso, para que fosse atingido o pH de equilíbrio. Após esse período, foram adicionados, em cada recipiente, 3 mL de solução com metais de Cd(NO3)2, Zn(NO3)2 e Pb(NO3)2 [10 mmol L-1] preparadas em Ca(NO3)2 10 mmol L-1 [relação solo:solução final 1:100]. As amostras foram agitadas por 24 h e, em sequência, foram centrifugadas. A concentração de metais no sobrenadante (Ce) foi determinada por espectrofotometria de absorção atômica de chama ar-acetileno. A quantidade de metais adsorvidos (Q) foi calculada pela equação: Q=((CiCe)*Vsol)/Madsorvente em que Q é a quantidade de metais adsorvida (mg kg-1), Ci e Ce (mg L-1) são concentrações das soluções iniciais e de equilíbrio, respectivamente, Vsol (kg) é o volume final da solução e Madsorvente (kg) é a massa do adsorvente. Os valores dos coeficientes de distribuição Kd (L kg -1) foram calculados conforme a seguinte equação: Kd=Q/Ce. Avaliou-se, também, a dessorção dos metais após a adsorção, utilizando-se, para isso, 30 mL de Ca(NO3)2 10 mmol L-1 e agitação por 24 h. Ressalta-se que houve o desconto dos metais presentes da solução retida ao final da adsorção, no cálculo da quantidade dessorvida. Por fim, analisou-se a quantidade efetivamente adsorvida, descontando-se a quantidade dessorvida da adsorvida. Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e as médias comparadas pelo teste de Tukey (p< 0,05) utilizando o software SISVAR 5.3.O AOM apresentou os maiores valores de Kd para Cd, Zn e Pb dentre os adsorventes testados. Para o Pb, o Kd obtido para a AOM foi cerca de 1500 vezes maior que o da montmorilonita. Além disso, a montmorilonita propiciou maior dessorção de metais do que os demais amenizantes, com quantidade efetivamente adsorvida de Zn cerca de 18 vezes menor do que a do AOM. Conclui-se que o melhor adsorvente com potencial de remediação de solos contaminados por Cd, Zn e Pb é o AOM, seguido por zeólita e montmorilonita. Palavras-chave: adsorção; poluição; elementos-traço. Agradecimentos: CNPq, FAPEMIG, CAPES.
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Teores de mercúrio em solos de agroecossistemas na Amazônia brasileira Júlia A. Ávila1, Francielle R. D. Lima1, Ediu C. Silva Júnior1, Nathália L. Oliveira2, Luiz R. G. Guilherme1, João J. Marques1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, jmarques@dcs.ufla.br; 2Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte - MG, Brasil.
O mercúrio (Hg) é considerado um poluente global, podendo ser encontrado no ar, água e solo. Dessa forma, é de extrema importância obter conhecimentos de suas concentrações no ambiente. Na Amazônia brasileira são encontrados variados teores de Hg no solo, assim, o objetivo foi identificar os teores de Hg de diferentes agroecossistemas Amazônicos com castanha-do-brasil. A partir de amostras de solos (< 2 mm) foi realizada a quantificação do Hg total (HgT) no analisador direto de Hg (DMA-80). Foram analisados solos de 4 locais na Amazônia brasileira: dois no Estado do Amazonas (cidade de Anori e fazenda Aruanã), um em Roraima e um no Amapá, cada local foram amostrados 8 pontos nas profundidades de 0-20, 20-40 e 40-60 cm. As amostras de solo foram coletadas sob as copas das castanheiras, a uma distância de 3 m do tronco das árvores, para cada profundidade. Os resultados em cada profundidade e para cada local foram comparados. Os que foram significativos para a análise de variância (ANOVA) foram comparados pelo teste de Tukey HSD (p<0,05). Considerando as três profundidades dos solos, a maior concentração de Hg foi encontrada na fazenda Aruanã (158, 158 e 163 µg kg-1, para 0-20, 20-40 e 40-60 cm, respectivamente) e a menor concentração em Roraima (80, 82 e 89 µg kg-1, para 0-20, 20-40 e 40-60 cm, respectivamente). Anori e Amapá, para as profundidades 020 e 20-40 cm apresentaram concentrações medianas de Hg. Para a profundidade de 40-60 cm, Anori (110 µg kg-1) apresentou concentrações menores que Amapá (132 µg kg-1), mas os dois locais ainda apresentam valores intermediários. A diferença encontrada nos teores de Hg no solo pode estar relacionada tanto a deposição atmosférica advinda de fontes antropogênicas, quanto a variação de atributos do solo como valores de pH, concentrações de óxidos de ferro e alumínio e níveis de matéria orgânica do solo, visto que são os principais fatores que podem reter o Hg no solo. Palavras-chave: contaminação; mercúrio; solos tropicais. Agradecimentos: DCS, UFLA, CAPES, CNPq, FAPEMIG.
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Comissão: Educação em solos e percepção publica do solo..................................145 Aplicativo Android para uso de mapa pedológico da Bacia do Alto Rio Grande - Minas Gerais Polyana Pereira, Diego A. F. de P. Carvalho, Marcela F. Parussulo, Bruno M. dos P. da Silva, Rafael S. Durelli, João José Marques..........................................................................................................................145
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Salão de Convenções da UFLA 27 a 31 de maio de 2019 Divisão: SOLO, AMBIENTE E SOCIEDADE Comissão: Educação em solos e percepção pública do solo
Aplicativo Android para uso de mapa pedológico da Bacia do Alto Rio Grande - Minas Gerais Polyana Pereira1, Diego A. F. de P. Carvalho1, Marcela F. Parussulo1, Bruno M. dos P. da Silva1, Rafael S. Durelli1, João José Marques1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, llyz.polyana@gmail.com
A Bacia do Alto Rio Grande abrange 64 municípios mineiros ocupando uma área aproximada de 15 mil km². É uma região de grande potencial hidrelétrico, visto que possuiu três usinas em funcionamento, e também uma importante região agrícola e turística de Minas Gerais. Forma um triângulo estratégico, pois a região está situada entre as três maiores cidades brasileiras, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Devido sua importância, foi realizado um levantamento com o intuito de identificar, caracterizar e cartografar os solos da Bacia do Alto Rio Grande, da nascente do curso d’água principal até o reservatório de Itutinga/Camargos, fornecendo uma caracterização completa da região quanto aos solos. O mapeamento digital de solos traz uma série de benefícios em sua execução, como o reconhecimento dos padrões regionais de solo e a possibilidade de predizer a ocorrência de diferentes classes de solos em áreas não mapeadas, com o uso de informações prévias de áreas de referência. O Brasil tem 198 milhões de smartphones em uso, e é previsto que em um prazo de dois anos o país terá cerca de 238 milhões de aparelhos em uso. Dessa forma, esse trabalho tem como motivação disponibilizar por meio de uma aplicação para dispositivos móveis na plataforma Android informações sobre as unidades de mapeamento existentes no Mapa de Solos da Bacia do Alto Rio Grande. O aplicativo JM Ground permite que os usuários obtenham informações sobre a classificação dos solos da Bacia do Alto Rio Grande a partir do GPS de seus dispositivos móveis. Além disso, o aplicativo trabalhará sem o uso de conectividade, pois haverá situações em que o usuário não terá acesso à internet ou seu acesso não será de qualidade. Como metodologia, foi feito o estudo do formato da base de dados geográfica ESRI. Já para a manipulação dessa base de dados, foi realizada pesquisas e análises de API’s - application programming interfaces – para facilitar e agilizar o desenvolvimento do projeto. O aplicativo atualmente conta com funcionalidades como a oferta de informações, tais quais área (em km²), classe do solo e a legenda da unidade de mapeamento, a partir da entrada de coordenadas geográficas, da localização atual do usuário ou a partir de um click sobre o Mapa de Solos da Bacia do Alto Rio Grande. O aplicativo está disponível na loja da Google Play. Palavras-chave: pedologia; mapeamento digital; aplicativo. Agradecimentos: FAPEMIG, UFLA, DCS.
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