ANAIS
II SIMPÓSIO DE CIÊNCIA DO SOLO “Interfaces, desafios e inovações”
1ª Edição
DIAGRAMAÇÃO Jefferson Santana da Silva Carneiro Tainara Louzada Rodrigues Paula Godinho Ribeiro Sara Dantas Rosa Evaldo Tadeu de Melo Rayner Hugo Cassa Louzada dos Reis Mateus Bilisario de Assis
LAVRAS – MINAS GERAIS -BRASIL 2017
Ficha catalográfica elaborada pela Coordenadoria de Processos Técnicos da Biblioteca Universitária da UFLA Simpósio de Ciência do Solo (2.: 2017: Lavras, MG) Anais [do] II Simpósio de Ciência do Solo: interfaces, desafios e inovações / edição e diagramação: Jefferson Santana da Silva Carneiro ... [et al.] ; comissão organizadora: Maria Ligia de Souza Silva ... [et al.]. – 1. ed. – Lavras : UFLA, 2017. 195 p. 1. Solos - Uso. 2. Solos - Manejo. 3. Solos - Congressos. I. Carneiro, Jefferson Santana da Silva. II. Silva, Maria Ligia de Souza. III. Universidade Federal de Lavras, Departamento de Ciência do Solo. IV. Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. V. Universidade Federal de Lavras, Núcleo de Estudos em Ciência do Solo. VI. Título. CDD – 631.4
Todo o conteúdo dos trabalhos científicos é de total responsabilidade dos respectivos autores. A comissão organizadora não se responsabiliza pelo conteúdo e informações contidas nos trabalhos publicados neste Anais.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIÊNCIA DO SOLO - SBCS Profª. Drª. Fatima Maria de Souza Moreira (UFLA) PRESIDENTE Profº. Drº. Antonio Rodrigues Fernandes (UFRA) VICE-PRESIDENTE Profº. Drº. Reinaldo Bertola Cantarutti (UFV) Secretário Geral Profº. Drº. Raphael Bragança Alves Fernandes (UFV) Secretário Adjunto Profº. Drº. Igor Rodrigues de Assis (UFV) Tesoureiro
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIÊNCIA DO SOLO Núcleo Regional Leste Prof. Drº. Marcos Gervasio Pereira (UFRRJ) Diretor Drº. Ademir Fontana (Embrapa Solos) 1º Vice-Diretor Drº. Ederson da Conceição Jesus (Embrapa Agrobiologia) 2º Vice-Diretor Drº. André Guarçoni Martins (INCAPER) Secretário Geral Profª. Drª. Maria Catarina Megumi Kasuya (UFV) Tesoureira
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COMISSÃO ORGANIZADORA (UFLA)
PRESIDENTE Profª. Drª. Maria Ligia de Souza Silva VICE-PRESIDENTE Profª. Drª. Michele Duarte de Menezes COORDENAÇÃO GERAL Jessica Gabriela Pimentel Contins SECRETARIA GERAL Sthéfanny Sanchez Frizzarim COORDENAÇÃO DE FINANÇAS Josiane Maria da Silva Msc. Zélio Resende de Souza COORDENAÇÃO DA COMISSÃO CIENTÍFICA Msc. Evaldo Tadeu de Melo Jefferson Santana da Silva Carneiro Mateus Bilisario de Assis Paula Godinho Ribeiro Rayner Hugo Cassa Louzada dos Reis Msc. Sara Dantas Rosa Tainara Louzada Rodrigues
COMISSÃO DE COMUNICAÇÃO E DIVULGAÇÃO Jussiara Messias de Carvalho Larissa Beatriz Barbosa Naiara Silvana dos Santos
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COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA Carolina Nascimento Scherrer Nathan Vicente Almeida COMISSÃO DE MINICURSOS Bruna Daniela Ortiz Lopez Camila Fernandes Miranda Flávio Carvalho Ferreira Msc. Anita Fernanda dos Santos Teixeira Murilo Nunes Valenciano COMISSÃO DE APOIO Anna Caroline Silveira Meyer Antonio Edrey de Castro Clenes Aparecido Mendes Liniker André Ferreira Marcela de Souza Pereira Maria Vitória Batista Duque Guttierrez Baptista Matheus Sterzo Nilsson Othon Steves de Paiva Ribeiro COMISSÃO CIENTÍFICA Adélia Aziz Alexandre Pozza Profª. Drª. em Ciência do Solo
Amanda Azarias Guimarães Drª. em Ciência do Solo
Ana Paula Branco Corguinha Drª. em Ciência do Solo
Bruno Montoani Silva Profº. Drº. em Ciência do Solo
Bruno Teixeira Ribeiro
Profº. Drº. em Ciência do Solo
Carlos Alberto Silva Profº. Drº. em Ciência do Solo
Cynthia de Oliveira Drª. em Ciência do Solo
Damiany Pádua Oliveira Drª. em Ciência do Solo IV
Fatima Maria de Souza Moreira Profª. Drª. em Agronomia (Solos)
Guilherme Lopes Profº. Drº. em Ciência do Solo
João José Granate de Sá e Melo Marques Profº. Drº. em Ciência do Solo
Junior Cesar Avanzi Profº. Drº. em Ciência do Solo
Leandro Campos Pinto Drº. em Ciência do Solo
Leônidas Carrijo Azevedo Melo Profº. Drº. em Solos e Nutrição de Plantas
Maria Ligia de Souza Silva Profª. Drª. Agronomia (Solos e Nutrição de Plantas)
Moacir de Souza Dias Junior Profº. Drº. em Crop And Soil Sciences
Paula Cristina Caruana Martins Drª. em Ciência do Solo
Sérgio Henrique Godinho Silva Profº. Drº. em Ciência do Solo
Yuri Lopes Zinn Profº. Drº. em Ciência do Solo
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AGRADECIMENTOS ESPECIAIS A Universidade Federal de Lavras – UFLA Em nome do Reitor, profº. Drº. José Roberto Soares Scolforo Ao DCS – Departamento de Ciência do Solo - UFLA Em nome do Chefe, Profº. Drº. Moacir de Souza Dias Junior A SBCS – Sociedade Brasileira de Ciência do Solo Em nome da Presidente, Profª. Drª. Fatima Maria de Souza Moreira (UFLA) A SBCS – Sociedade Brasileira de Ciência do Solo – Núcleo Regional Leste Em nome do Diretor, Prof. Drº. Marcos Gervasio Pereira (UFRRJ) Aos Palestrantes UFLA – Universidade Federal de Lavras Profº. Drº. Douglas Ramos Guelfi Silva Profº Drº. Luiz Roberto Guimarães Guilherme Profº. Drº. Marco Aurélio Carbone Carneiro Profº. Drº. Moacir de Souza Dias Junior Profº. Drº. Valdemar Faquin IPNI – International Plant Nutrition Institute Drº. Valter Casarin Aos Prelecionistas dos Minicursos e Roteiro Pedológico UFLA – Universidade Federal de Lavras Msc. André Leite Silva Profº. Drº. Bruno Montoani Silva Profº. Drº. Bruno Teixeira Ribeiro Msc. Fabio Arnaldo Pomar Avalos Profº. Drº. Geraldo César Oliveira Profª. Drª. Maria Ligia de Souza Silva Profº. Drº. Marx Leandro Naves Silva Msc. Pedro Veloso Gomes Batista Profº. Drº. Sérgio Henrique Godinho Silva Msc. Taylor Lima de Souza UFDG – Universidade Federal de Grande Dourados Profª. Drª. Carla Eloize Carducci
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APRESENTAÇÃO
Com grande êxito, ocorreu na Universidade Federal de Lavras, de 9 a 12 de maio de 2017 o II Simpósio de Ciência do Solo. Este foi um momento importante, em que se reuniram profissionais e estudantes com atuação na área de Ciência do Solo em todo território nacional para discutir as interfaces, os desafios e as inovações do setor. A comissão organizadora esteve bastante motivada e organizada, tendo dedicado tempo e esforço pessoal para realizar um evento de qualidade. As palestras do II Simpósio de Ciência do Solo foram estruturadas de forma que abrangeu temas como a segurança do solo e alimentar, recuperação de áreas degradadas, fertilidade do solo e nutrição mineral de plantas. Os minicursos abordaram áreas tecnológicas, como o uso de drones na agricultura, mapeamento digital de solos, geoestatística aplicada à ciência do solo, influência da nutrição mineral na qualidade dos produtos agrícolas, formulação e mistura de fertilizantes, além do roteiro pedo-agronômico que apresentou os solos do Sul de Minas, Campos das Vertentes e suas implicações para manejo. Nesta segunda edição do evento, a novidade foi a possibilidade de envio de trabalhos por parte dos participantes para apresentação e publicação nos anais do simpósio. Neste material serão apresentados os trabalhos, abordando diversas áreas da ciência do solo, de modo a mostrar os desafios e divulgar as inovações tecnológicas que estão sendo desenvolvidas para a otimização do uso dos solos brasileiros e aumento da produção de forma sustentável. A comissão organizadora do II Simpósio de Ciência do Solo agradece aos participantes pela presença e dedicação na escrita e apresentação dos trabalhos, agradece ainda aos palestrantes, apoiadores e patrocinadores, pois vocês foram imprescindíveis para o sucesso deste evento.
Profª. Drª. Maria Ligia de Souza Silva Presidente do II Simpósio de Ciência do Solo
Tutora do Núcleo de Estudos em Ciência do Solo - NECS
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ÍNDICE GERAL
DIVISÃO 1- SOLO NO ESPAÇO E NO TEMPO.....................................9 Comissões: Gênese e Morfologia do solo....10 Levantamento e classificação do solo....15 Pedometria....18 DIVISÃO 2 - PROCESSOS E PROPRIEDADES DO SOLO.........................21 Comissões: Biologia do solo....22 Física do solo....40 Química do solo....54 DIVISÃO 3 - USO E MANEJO DO SOLO..........................................68 Comissões: Fertilidade do solo e nutrição de plantas.....69 Manejo e conservação do solo e da água....157 Planejamento do uso da terra....179 Poluição, Remediação do solo e recuperação de áreas degradadas....181 DIVISÃO 4 - SOLOS, AMBIENTE E SOCIEDADE...............................193 Comissão: Solos e segurança alimentar....194
DIVISÃO 1
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“Interfaces, desafios e inovações”
Salão de Convenções da UFLA 09 a 12 de maio de 2017
Comissão: Gênese e Morfologia do solo........................................11 Análise química dos espeleotemas das crostas ferruginosas de Morro das Balas, Formiga– MG - Anísio C. R. Fonseca, Jordana L. de Castro, Karina S. R. Fonseca.......................................................................11 Fração areia de solos de diferentes altitudes de duas topossequências do sul de Minas Gerais - Eduane J. de Pádua, Yuri L. Zinn................................................................................................................12 Geodos de óxi-hidróxidos de ferro do Campus da UFLA, Lavras- MG - Anísio C. R. Fonseca, Jordana L. de Castro, Karina S. R. Fonseca..................................................................................................................13 Influências do local de leitura, granulometria e umidade nos resultados fluorescência de raios-X portátil - Laís R. Barros, Sérgio H. G. Silva, Elen A. Silva, Giovana C. Poggere, Luiz R. G. Guilherme, Nilton Curi...........................................................................................................................................................................14
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Realização:
“Interfaces, desafios e inovações”
Salão de Convenções da UFLA 09 a 12 de maio de 2017
Divisão: SOLO NO ESPAÇO E NO TEMPO Comissão: Gênese e Morfologia do Solo
Análise química dos espeleotemas das crostas ferruginosas de Morro das Balas, Formiga– MG Anísio C. R. Fonseca1, Jordana L. de Castro1, Karina S. R. Fonseca1 Centro Universitário de Formiga – UNIFOR-MG, Formiga - MG, Brasil, anisiogeo@uniformg.edu.br
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Processos de lateritização em solos são essencialmente químicos e bioquímicos, conforme as condições ambientais e climáticas. Regiões tropicais com estações chuvosas e secas bem marcadas são especialmente susceptíveis a estes processos. A lateritização pode gerar depósitos minerais importantes, tais como as reservas de minério de ferro, alumínio, manganês e nióbio do Brasil. Este processo culmina com a formação de uma crosta ferruginosa superficial de aparência e espessura bem variáveis, onde predominam óxidos e hidróxidos de ferro, alumínio, manganês e outros, devido à intensa lixiviação da sílica e outros compostos. Estes colóides vão mineralizando e diversificando em termos estruturais e morfológicos. Drusas e espeleotemas de goethita/ hematita botrioidal ocorrem preenchendo cavidades e fraturas diversas em rochas lateríticas na região, associadas a quartzo de origem hidrotermal. Existe uma enorme profusão de formas, cores, texturas e estruturas destas mineralizações, tais como drusas de cristais prismáticos tabulares e estriados de goethita/ hematita, bem como formas botrioidais, renimorfas e estalactíticas, de aspecto fibrorradiado. Objetivou-se com este trabalho analisar quimicamente e morfologicamente as mineralizações presentes nas crostas ferruginosas da região de Morro das Balas, município de Formiga- MG. As amostras foram coletadas em stonelines que margeiam estradas vicinais no local. Foram partidas com marreta de 5 kg e posteriormente fracionadas com martelo Estwing, em tamanhos de 3 a 7 cm. Foram triadas e selecionadas ao microscópio estereoscópio, priorizando a presença de mineralizações esféricas, prismáticas e estalactíticas. Após a seleção, 12 amostras foram enviadas para análise por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e Sistema de Energia Dispersiva (EDS), no Departamento de Microscopia Eletrônica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ensaios adicionais de cor do traço e calcinação em tubo fechado foram feitos em 10 amostras, no Laboratório de Química do UNIFOR-MG para aferição de grau de hidratação. O EDS geral apresentou: Concentração em massa30,06% de O e 69,94% de Fe; Concentração atômica de 60% O e 40% de Fe. O fato de haver apenas testemunhos de estruturas lateríticas muito maiores nas stonelines mostra também que o intemperismo agiu de forma a destruir a maioria delas na região. Foi detectada pequena quantidade de alumínio, possivelmente na forma de gibsita. A presença de Al2O3 na amostra, ainda que em pequena pode ser atribuída a processos de intemperismo e posterior remoção de sílica em pH favorável, precipitando assim o hidróxido de alumínio. Os ensaios adicionais de cor do traço e calcinação indicaram que em todas as amostras testadas o traço obtido variou de amarelo a amarelo-avermelhado, indicando óxidos de ferro anidros e hidratados, com predominância dos últimos. O hábito dos cristais e das massas cristalinas e o resultado das análises indicam que os minerais predominantes são a goethita e a hematita. Palavras-chave: Lateritização; goethita; hematita. Agradecimentos: Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS através do Prof. Dr. Heinrich Theodor Frank pelas análises.
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Realização:
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Divisão: SOLO NO ESPAÇO E NO TEMPO Comissão: Gênese e Morfologia do solo
Fração areia de solos de diferentes altitudes de duas topossequências do sul de Minas Gerais Eduane J. de Pádua1, Yuri L. Zinn1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, eduanepadua@hotmail.com
Dentre os fatores de formação do solo, o material de origem possui forte efeito sobre os atributos físicos do solo. Porém, solos formados de mesmo material de origem se distribuem em diferentes altitudes ao longo de topossequências, sujeitos aos efeitos da altitude em seu desenvolvimento. O objetivo deste trabalho foi comparar a fração areia do solo de diferentes altitudes e litologias da região Sul de Minas Gerais. Amostras de solo foram coletadas em triplicata aleatoriamente, na camada de 20–40 cm, sob floresta ombrófila, nas altitudes de 1.480, 1.710 e 2.050 m na Serra do Papagaio, próximo ao município de Aiuruoca, com litologia gnáissica, com rochas biotita-xisto e biotita-gnaisses homogêneos ou com bandamentos micáceos, e também biotita-xisto homogêneo que grada a biotitagnaisse; e sob floresta semidecidual, nas altitudes de 800, 975 e 1.240 m na Serra da Boa Esperança, nas proximidades do município de Boa Esperança, de litologia metapelítica-quartzítica com rochas metapelíticas maciças ou laminadas e rochas quartzíticas. A fração areia (2–0,053 mm) foi obtida após pré-tratamento das amostras de solo com H2O2 30% para remoção da matéria orgânica, seguida pela dispersão química e mecânica com NaOH 1 mol L-1 e agitação lenta por 16 h, peneiramento e lavagem. Em seguida, a fração areia foi seca em estufa, quantificada e observada ao microscópio ótico. Também foram confeccionadas seções finas com amostras de solo indeformadas para análise micromorfológica. Os teores de areia dos solos da litologia gnáissica foram de 620, 640 e 570 g kg-1 nas altitudes de 1.480, 1.710 e 2.050 m respectivamente. Os teores de areia dos solos da litologia metapelítica-quartzítica foram de 160, 110 e 170 g kg-1. A ausência de padrão na variação do teor de areia ao longo das topossequências indicou que não houve efeito da altitude sobre os teores de areia. Contudo, os solos da litologia gnáissica apresentaram teores de areia superiores aos dos solos de litologia metapelítica-quartzítica. A litologia gnáissica é composta em geral por grãos de maior tamanho do que aquelas de origem sedimentar e essas características são fortemente correlacionadas com a textura do solo. A fração areia dos solos gnáissicos apresentou predomínio de grãos de quartzo angulares, que são altamente resistentes ao intemperismo quando no tamanho areia. Os grãos grandes e arrestados de quartzo indicam que o material foi pouco transportado. Além do quartzo, a areia da altitude de 2.050 apresentou, fragmentos comuns de muscovita, poucos grãos de óxido de ferro opacos, provavelmente primários, e alguns microagregados bastante resistentes formados possivelmente por matéria orgânica e partículas de argila e silte. Nas altitudes de 1.710 e 1.480 m, a areia apresentou fragmentos comuns de cianita e também alguns grãos de óxidos de ferro primários. A homogeneidade na composição e no tamanho das partículas observada na fração areia da litologia gnáissica contrastou com a heterogeneidade da fração areia dos solos da litologia metapelíticaquartzítica, que mostrou maior variedade de tamanho, formato, cor e composição das partículas, resultante dos processos de sedimentação. A areia coletada a 1.240 m apresentou fragmentos comuns e arredondados de rocha quartzítica, além de quartzo, material orgânico carbonizado, que resistiu ao pré- tratamento com H2O2, e nódulos de óxidos de ferro secundários. Fragmentos arredondados de rocha quartzítica, carvão vegetal e grãos de quartzo grandes e arestados foram notados na areia coletada a 975 e 800 m. A diferença entre as litologias resultou em diferenças tanto no teor quanto na composição da fração areia das duas topossequências estudadas. A micromorfologia mostrou fragmentos de minerais intemperizáveis (feldspato e mica) nos solos da litologia gnáissica, com potencial para disponibilizar mais nutrientes do que os solos da litologia metapelítica-quartzítica. Palavras-chave: litologia; altitude; textura do solo. Agradecimentos: FAPEMIG, PPGCS-UFLA. 12
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Salão de Convenções da UFLA 09 a 12 de maio de 2017
Divisão: SOLO NO ESPAÇO E NO TEMPO Comissão: Gênese e Morfologia do Solo
Geodos de óxi-hidróxidos de ferro do Campus da UFLA, Lavras- MG Anísio C. R. Fonseca1, Jordana L. de Castro1, Karina S. R. Fonseca1 Centro Universitário de Formiga – UNIFOR-MG, Formiga - MG, Brasil, anisiogeo@uniformg.edu.br
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A coloração amarelada de diversos tipos de solos é causada principalmente pela presença de óxihidróxidos de ferro, sendo os mais frequentes polimorfos goethita e lepidocrocita. A goethita é um importante constituinte de rochas lateríticas e devido à sua ampla distribuição, é um dos minerais de ferro mais importantes no estudo de solos. Objetiva-se com este trabalho descrever e analisar quimicamente mineralizações de ferro localizadas numa zona de transição entre Latossolo Vermelho e Latossolo Vermelho-Amarelo. A coleta das amostras foi realizada no campus da Universidade Federal de Lavras, em uma stoneline e afloramento, numa das vias secundárias que cortam o campus próximos à capela ecumênica, utilizando-se um martelo geológico Estwing e um enxadão. Para as análises foram partidos diversos geodos e selecionadas apenas amostras negras internamente. As amostras obtidas foram divididas em três grupos de 200 g com cinco repetições. Foram retiradas ao acaso quinze amostras e enviadas para análise em Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV) e Sistema de Energia Dispersiva (EDS). Foram realizados ensaios de cor do traço, dureza e perda d’água em tubo fechado. O cálculo da densidade foi feito no Laboratório de Mineralogia do UNIFOR/MG, utilizando uma balança analítica. As amostras foram retiradas ao acaso dentro de cada grupo e previamente trabalhadas em sistema de polimento refrigerado em rebolo rotativo (Esmeril) para retirada da crosta alterada. Para ensaio de dureza, foi utilizada uma placa de vidro não temperado, com dureza aproximada de 5,5 na escala de Mohs. Para determinação da perda d’água, o mineral foi pulverizado em graal de porcelana e pesado na balança analítica. Posteriormente foi colocado em tubo de ensaio e aquecido por 5 minutos na chama do bico de bunsen. Após evaporação, o resíduo foi novamente pesado. O ensaio de cor do traço foi realizado em placa de porcelana. A ocorrência do mineral no campus da UFLA é em forma de crostas e esferólitos com geodos, estando presentes também em stonelines e apresentando diâmetros entre 2 e 7 cm e forma esférica-elipsoidal e associações mais complexas, ao final de duas etapas de coleta foram obtidos cerca de 2 kilos de amostras. Após a análise das amostras por meio do sistema EDS, a média da concentração atômica foi de 15,51% de oxigênio e 84,49% de ferro, com uma margem de erro de 1,16%. A concentração em massa foi de 95% de ferro e 5% de oxigênio. O método é qualitativo e semi-quantitativo, não detectando hidrogênio. Após serem trabalhadas em sistema de polimento refrigerado em rebolo rotativo (Esmeril), as amostras apresentaram um núcleo menos meteorizado. Através do ensaio de dureza, foi possível verificar que todas as amostras apresentaram dureza compatível com a do vidro. Os valores da perda de água representaram uma média de 11,18%. Os ensaios de cor do traço mostraram resultados que gradam do amarelo à amarelo mais escuro. A goethita é o mineral de ferro hidratado mais comum nas amostras. Morfologicamente e texturalmente o aspecto pulvuulento da superfície dos geodos parece indicar que um processo intempérico está agindo sobre as amostras colhidas no afloramento da estrada. Formas complexas podem ser visualizadas nas amostras, seja pelo aspecto vacuolar ou estalactítico, fibrorradiado da mineralização, característica de agregados cristalinos de goethita, bem como seu traço amarelo e densidade no intervalo mensurado. Como o EDS não quantifica hidrogênio, é lógico pensar que parte do oxigênio presente na amostra está combinado na forma de água molecular. A forma esferoidal oca (geodo) indica cristalização diagenética, em ambiente saturado de água, sujeito a flutuações do lençol, tratando-se de mineral neoformado, de origem laterítica. Palavras-chave: Goethita; cangas; lepidocrocita. Agradecimentos: Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS através do Prof. Dr. Heinrich Theodor Frank pelas análises de microscopia.
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Divisão: SOLO NO ESPAÇO E NO TEMPO Comissão: Gênese e morfologia do solo
Influências do local de leitura, granulometria e umidade nos resultados fluorescência de raios-X portátil Laís R. Barros¹, Sérgio H. G. Silva¹, Elen A. Silva¹, Giovana C. Poggere¹, Luiz R. G. Guilherme1, Nilton Curi¹ 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, laisrodarte@hotmail.com
Fluorescência de raios-X portátil (pXRF) é um novo equipamento utilizado nos estudos relacionados à Ciência do Solo. Tal ferramenta é capaz de estimar, em poucos segundos, os teores de vários elementos químicos da Tabela Periódica presentes no solo. O pXRF tem se mostrado promissor uma vez que requer menos recursos financeiros, tempo e não gera resíduos químicos. Entretanto, variações do local de leitura (p.e. campo vs. laboratório), diferentes umidades das amostras de solo e tamanho de partículas podem influenciar nos resultados obtidos pelo pXRF. O objetivo deste trabalho foi avaliar se o local de leitura, diferentes umidades e tamanhos de partículas do solo influenciam os resultados dos teores dos elementos Fe e Ti obtidos pelo pXRF. Os horizontes superficial e subsuperficial de dois solos diferentes, sendo eles Latossolo Vermelho e Cambissolo Háplico, foram avaliados de três maneiras distintas com o pXRF na configuração Trace 30s. Primeiramente, os horizontes foram analisados com o pXRF no campo, diretamente no perfil, seguido de análise pós-campo das amostras (analisadas assim que chegaram ao laboratório) e ainda após terem sido secas ao ar e peneiradas em malha de 2 mm (terra fina seca ao ar - TFSA), sempre em triplicata. Suas umidades gravimétricas nas três condições também foram obtidas em laboratório. Os teores de Fe e Ti obtidos com o pXRF em cada método foram submetidos ao teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade para assim compararemse os resultados de leitura no campo, pós-campo e na TFSA. Houve diferença significativa nas concentrações dos dois elementos analisados através do teste Scott-Knott entre as amostras analisadas no campo, pós-campo e TFSA. A diferença no campo e no pós-campo, que possuíam a umidade semelhante, foi devido, possivelmente, à deformação da estrutura no método póscampo, já que no campo não houve essa alteração. Já a diferença nos teores desses elementos da TFSA e do campo pode ser em função da diferença de umidade e da granulometria. Pôde-se constatar também que os valores de Fe e Ti foram maiores no Latossolo Vermelho em consonância com seu material de origem, o gabro, uma rocha máfica. Os resultados obtidos indicam que os teores de Fe e Ti obtidos pelo pXRF são influenciados pela diferença do local de leitura, granulometria e umidade das amostras de solos. Trabalhos futuros poderão avaliar melhor o efeito desses fatores nos resultados do pXRF. Palavras-chave: teores de elementos em solo; tamanho de partículas; sensor próximo. Agradecimentos: FAPEMIG, CAPES, CNPq, NECS, DCS, UFLA.
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Comissão: Levantamento e classificação do solo...............................16 Levantamento semidetalhado de solos de uma sub-bacia hidrográfica no centro-oeste de Minas Gerais - Adnane Beniaich, Fábio J. Gomes, Elidiane da Silva, Mirian de S. Silva, Luis A. C. Borges, Marx L. N. Silva..........................................................................................................................................................................16 Mapeamento de solos utilizando o algoritmo Random Forest, pXRF e covariáveis deTerreno Wilson M. Faria, Sérgio H. G. Silva, Leandro C. Pinto, Giovana C. Poggere, Luiz R. G. Guilherme, Nilton Curi .....................17
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Divisão: SOLO NO ESPAÇO E NO TEMPO Comissão: Levantamento e classificação do solo
Levantamento semidetalhado de solos de uma sub-bacia hidrográfica no centro-oeste de Minas Gerais Adnane Beniaich1, Fábio J. Gomes1, Elidiane da Silva1, Mirian de S. Silva1, Luis A. C. Borges1, Marx L. N. Silva1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, fabiojgomes85@yahoo.com.br
No contexto do desenvolvimento sustentável a adequação das atividades humanas e o conhecimento do meio físico-natural a ser explorado são de extrema importância. O planejamento do uso e ocupação do solo auxilia na minimização do impacto ambiental, garantindo um ecossistema equilibrado e a produção indispensável de alimentos. Nesse sentido, objetiva-se com esse estudo realizar o levantamento das classes de solos da Sub-bacia Córrego dos Bois, em Oliveira, MG, avaliando as propriedades morfológicas, físicas e químicas dos solos, classificando-os segundo o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos atualmente em vigor e indicando os potenciais e as limitações para o aproveitamento agrícola e não agrícola da área, a fim de subsidiar futuros planos de exploração racional dos recursos naturais visando à manutenção das atividades produtivas aliadas à produção e fornecimento de água de qualidade para abastecimento público no referido município. A Sub-bacia Córrego dos Bois possui área de 1.540,18 ha e está inserida na Bacia Hidrográfica do Rio Jacaré, um dos afluentes do Rio Grande. É considerada o principal manancial de abastecimento público do município de Oliveira, MG. Os principais usos da terra nesta sub-bacia são: pastagem e cafeicultura em 40,70 e 35,84% da área, respectivamente. Para o levantamento das classes de solos foram determinados 48 pontos de observações nos diferentes ambientes de solos e/ou paisagens da área de estudo, que foram delimitados pela sobreposição e delimitação semi-automática dos atributos de terreno: declividade, altitude acima da linha de drenagem e índice de umidade, obtidos na fase anterior ao levantamento em campo. A área da sub-bacia foi intensamente percorrida para observação e amostragem, tanto dos perfis, quanto das amostras extras (6 perfis e 10 amostras extras) para determinação das classes de solos existentes. O mapa semidetalhado de solos foi elaborado em escala 1:30.000, utilizando-se o software ArcGIS 10.2. Foi encontrada predominância de ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico em relevo ondulado (39,20% da área total da sub-bacia), seguido por LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico em relevo plano a suave ondulado (29,49%), e CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico típico em relevo forte ondulado (13,10%). A unidade de mapeamento ‘Solos Indiscriminados de Várzea’ (SIV) em áreas planas e suaves onduladas próximas aos cursos d’aguas, representam 18,21% da área total da sub-bacia. Entre as principais conclusões desse trabalho destaca-se que as áreas de Argissolos e Cambissolos sob relevo ondulado e forte ondulado, podem ser cultivadas, entretanto, práticas conservacionistas são indispensáveis para minimizar o risco de erosão evitando o assoreamento e contaminação dos cursos d’água e que grande parte da área abrangida pela unidade de mapeamento SIV deve ser destinada à preservação permanente visando a manutenção da qualidade ambiental do local e proteção dos corpos d’água. Palavras-chave: solo e paisagem; mapeamento; manejo. Agradecimentos: CNPq, CAPES, FAPEMIG, DCS, DCF, UFLA.
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Salão de Convenções da UFLA 09 a 12 de maio de 2017
Divisão: SOLO NO ESPAÇO E NO TEMPO Comissão: Levantamento e classificação do solo
Mapeamento de solos utilizando o algoritmo Random Forest, pXRF e covariáveis de terreno Wilson M. Faria1, Sérgio H. G. Silva1, Leandro C. Pinto1, Giovana C. Poggere1, Luiz R. G. Guilherme1, Nilton Curi1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, contatowmf@gmail.com
O uso de ferramentas computacionais para o mapeamento digital dos solos oferece uma abordagem quantitativa como alternativa ao mapeamento tradicional do solo. Porém, devido à variabilidade dos solos, técnicas como a fluorescência de raios-X portátil (pXRF), capaz de estimar teores de elementos químicos com rapidez e baixo custo, e suscetibilidade magnética (SM) associadas a covariáveis de terreno com alta resolução espacial podem contribuir para a predição de classes de solos com maior acurácia. Tomando a área de estudo como o campus da Universidade Federal de Lavras, o objetivo deste trabalho foi investigar a importância da SM e de variáveis resultantes do pXRF associadas a covariáveis para a predição de mapas de solos utilizando-se o algoritmo randomForest. Solos foram classificados em 117 locais, sendo 90 deles usados na modelagem e 27 para validação através dos índices global e kappa. Foram empregados modelos digitais de elevação (MDE) de tamanhos de pixel de 5 e 30 m gerados a partir de curvas de nível de 1 m de distância vertical. Para a obtenção das covariáveis de terreno, os MDE foram processados no software SAGA GIS para obtenção de 8 covariáveis e no software Grass GIS para criação do Geomorphons. Teores totais de Fe, Ti e Si obtidos pelo pXRF e valores de SM foram determinados em amostras de solo coletadas em cada ponto onde que o solo foi classificado e, posteriormente, essas variáveis foram especializadas pelo método do Inverse Distance Weighting (IDW). Mapas foram gerados com e sem essas variáveis para acessar sua importância na predição de classes de solos. A partir dos 90 pontos, o algoritmo randomForest fez a predição da classe de solo para cada ponto da malha de pontos do MDE. Por conseguinte, foi realizada a validação dos mapas gerados pelo randomForest a fim de conhecer a qualidade dos produtos finais. Ao comprar as classes de solo preditas pelo randomForest e observadas no campo, o mapa com pixel de 5 m obteve 15% de acurácia global e índice kappa de 0,03, enquanto o resultado obtido removendo-se os dados do pXRF e SM foi de 26% de acurácia global e índice kappa de 0,05. O mapa com pixel de 30 m com todas as variáveis obteve 33% de acerto global e índice kappa de 0,12, resultado semelhante ao obtido removendo-se dados de SM e pXRF: 33% de acerto global e índice kappa de 0,16. Desta forma, conclui-se que os baixos índices de validação reforçam a complexidade da classificação e que o uso das covariáveis do pXRF e SM não contribuiu para elevar a qualidade dos mapas de solos com tamanhos de pixel de 5 e 30 m. Palavras-chave: espacialização; modelagem; pedologia. Agradecimentos: FAPEMIG, CNPq, CAPES, NECS, DCS, UFLA.
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Comissão: Pedometria............................................................19 Acurácia das coordenadas registradas por receptores GNSS de smartphones:implicações no mapeamento digital do solo - Fabio A. P. Avalos, Adnane Beiniach, Jessica G. P. Contins, Wellington de Lima, Fábio J. Gomes, Marx L. N. Silva.................................................................................................................................19 Árvores de decisão para predição espacial de classes de solo em áreas não mapeadas Marcelo H. P. Pelegrino, Sérgio H. G. Silva, Michele D. Menezes, Elidiane da Silva, Phillip R. Owens, Nilton Curi.............20
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Divisão: SOLO NO ESPAÇO E NO TEMPO Comissão: Pedometria
Acurácia das coordenadas registradas por receptores GNSS de smartphones: implicações no mapeamento digital do solo Fabio A. P. Avalos1, Adnane Beiniach1, Jessica G. P. Contins1, Wellington de Lima1, Fábio J. Gomes1, Marx L. N. Silva1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, fa.ingeo@gmail.com
O levantamento de dados georreferenciados é primordial para o mapeamento digital de solos. Na obtenção desses dados alguns equipamentos se tornaram de uso indispensável, por exemplo, o GPS geodésico que geralmente apresenta um custo bastante elevado. No entanto, o desenvolvimento tecnológico diminuiu em grande escala o tamanho e o custo dos circuitos receptores de sinais de satélite GNSS (Global Navigation Satellite System). Hoje em dia esses receptores encontram-se presentes em diversos aparelhos, inclusive, em diferentes modelos de smartphones, que são acessíveis a praticamente todas as pessoas e permitem o registro de coordenadas geográficas com agilidade. Nota-se então a necessidade de investigação da qualidade dos registros efetuados por esses aparelhos que pode ser determinada avaliando a acurácia das coordenadas registradas pelos mesmos. A resolução espacial de um mapa digital (raster) corresponde ao tamanho das células que o compõem. Já a acurácia das coordenadas está diretamente relacionada com a resolução espacial dos mapas de solo obtidos por meios digitais, tanto para variáveis categóricas (classes de solo) como continuas (atributos de solo). Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar a acurácia das coordenadas registradas por três modelos de smartphones. Para isso, quantificou-se o raios vetores dos mesmos, empregando como localizações reais as coordenadas de três marcos geodésicos de alta precisão instalados pelo IBGE no campus da Universidade Federal de Lavras. Os smartphones registraram em cada marco as coordenadas em intervalos de um minuto, durante quarenta e cinco minutos. Posteriormente, foi calculada a distância euclidiana entre os pontos de referência e os pontos registrados, gerando assim a distribuição de frequência dos raios vetores. Foi ajustada uma distribuição de frequência teórica que foi posteriormente acumulada visando determinar a probabilidade de erro na faixa de 95%. A distribuição ajustada foi submetida ao teste de aderência de Kolmogorov-Smirnov (estatística D). A distribuição do raio vetor aproximou-se de uma distribuição log-normal (D = 0,08, P = 0,63) e o valor do raio vetor para o nível de confiança de 95% foi de 4,65 m ≈ 5 m. Por se tratar de um raio, o mesmo pode ser inscrito em um quadrado de 10 m de lado (tamanho do pixel), o que corresponde com levantamentos do tipo D2, isto é, de resoluções espaciais entre 5 e 20 m e escalas de 1:5.000 e 1:20.000, respectivamente. Também foi observado certo viés nas coordenadas médias registradas pelos smartphones avaliados, isso se deve ao efeito de multipath que é causado pela presença de edifícios e árvores no campo de visão dos receptores. Além disso, verificou-se que o a acurácia é melhorada em aproximadamente 1 m em função do tempo de registro. As coordenadas obtidas por smartphones podem ser empregadas a levantamentos semidetalhados a detalhados. O registro estacionário, isto é, o registro contínuo de um mesmo ponto durante um tempo aproximado de 10 minutos, neste caso, aprimorou a acurácia das coordenadas. Palavras-chave: georreferenciamento; resolução espacial; escala. Agradecimentos: CAPES, CNPq, FAMEMIG.
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Divisão: SOLO NO ESPAÇO TEMPO Comissão: Pedometria
Árvores de decisão para predição espacial de classes de solo em áreas não mapeadas Marcelo H. P. Pelegrino1, Sérgio H. G. Silva1, Michele D. Menezes1, Elidiane da Silva1, Phillip R. Owens2, Nilton Curi1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, procopio23@posgrad.ufla.br, 2Purdue University, West Lafayette - IN, United States,
O uso de levantamentos de solos pré-existentes, juntamente com atributos de terreno (ATR) derivados de modelos digitais de elevação (MDE) de fácil obtenção, constituem importante fonte de dados. A partir deles, diversos algoritmos podem gerar modelos preditores de classes e atributos do solo, que, posteriormente, torna possível a espacialização de informações para áreas não amostradas. Este trabalho teve como objetivo ajustar dois modelos preditores de classes de solos para espacilizar informações para a região do entorno das áreas com levantamentos de solos pré-existentes. O trabalho foi realizado a partir de levantamentos de solos de duas sub-bacias hidrográficas: Ribeirão Vista Bela (RVB) e Ribeirão Marcela (RM), ambas localizadas no estado de Minas Gerais sob clima Cwa, segundo a classificação de Köppen, com inverno seco e verão chuvoso. A sub-bacia RVB possui 175 ha e nela ocorrem Latossolos Vermelho-Amarelos (LVA), Vermelhos (LV) e Amarelos (LA), Cambissolos Háplicos (CX), Neossolos Flúvicos (RY) e Neossolos Litólicos (RL). A sub-bacia RM possui 485 ha e nela ocorrem LVA, LV, CX e Gleissolos Háplicos (GX). A partir de informações obtidas de levantamentos semi-detalhados e de ATR gerados em ambiente SIG, foi utilizado o algoritmo de árvore de decisão CART para criação de árvores de decisão para os solos das sub-bacias e, em seguida, foram usadas para mapear as áreas do entorno das sub-bacias, delimitadas de acordo com semelhanças ambientais. Os mapas gerados foram validados através do Índice Kappa (IK) e Acurácia Global (AG). De posse dos modelos preditores foi possível espacializá-los para as áreas do entorno das sub-bacias, os mapas gerados obtiveram IK de 0.1176 e AG de 40% para RVB, e 0.2683 e 58.33% para RM. O uso de dados pré-existentes associados a ATR utilizados na árvore de decisão mostrou-se uma alternativa rápida e barata para criação de mapas de solos de áreas ambientalmente semelhantes a uma de referência, podendo subsidiar e nortear as tomadas de decisão acerca desse importante recurso ambiental. Palavras-chave: árvores de decisão; pedologia; solos tropicais. Agradecimentos: FAPEMIG, CNPq, CAPES, NECS, DCS, UFLA.
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Comissão: Biologia do solo.......................................................24 Associação de técnicas físicas e biológicas para a solubilização de potássio da rocha de fonolito - Ana B. C. Terra, Aline C. Mesquita, Ligiane A. Florentino, Adauton V. de Rezende, José R. Mantovani..................................................................................................................................................................24 Avaliação da densidade de esporos de fungos micorrizos arbusculares em diferentes níveis de degradação - Ericka P. V. Maia, Manoel R. Holanda Neto, Jenilton G. da Cunha,Tamires S. da Silva, Mauricio S. Junior, Wesley S. Santos...........................................................................................................................................25 Avaliação do carbono da biomassa microbiana do solo sob diferentes níveis de degradação Tamires S. da Silva, Manoel R. H. Neto, Jenilton G. da Cunha, Wesley dos S. Souza, Ericka P. V. Maia, Mireia F. Alves.........................................................................................................................................................................26
Bactérias fixadoras de nitrogênio isoladas de nódulos de feijão-fava apresentam alta diversidade - Tainara L. Rodrigues, Elaine M. da Costa, Paula Rose de A. Ribeiro, Fernanda de Carvalho, Fatima M. S. Moreira.....................................................................................................................................................................27 Bactérias totais, amonificadores e nitrificadores do solo em áreas nativa e cultivadas de Campos de Murundus - Juliana V. E. Pinto, Raquel M. R. Rodriguez, Mariel C. Tapias, Thiago Palhares, Fatima M. de S. Moreira, Marco A. C. Carneiro................................................................................................................................28 Bioindicadores de qualidade do solo sob sistemas de plantio direto no cerrado - Patricia C. da Silva, Wesley dos S. Souza, Manoel R. H. Neto, Ericka P. V. Maia, Tamires S. da Silva, Jéssica da R. A. B. de Holanda................................................................................................................................. ....................................29
Densidade de esporos de fungos micorrízicos arbusculares em áreas do Quadrilátero Ferrífero - Marcela S. Pereira, Mariana F. do Carmo, Anita F. dos S. Teixeira, Bruna D. O. Lopez, Marco A. C. Carneiro, Fatima M. de S. Moreira..............................................................................................................................30 Diversidade genética e fenotípica de rizóbios oriundos de solos do Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais - Jordana L. de Castro, Mariana S. Gonçalves, Márcia Rufini, Amanda A. Guimarães, Tainara L. Rodrigues, Fatima M. de S. Moreira.............................................................................................................................31 Efeito do volume do vaso sobre o acúmulo de biomassa do feijoeiro para adequação experimental - Osnar O. da S. Aragão, Rafael de A. Leite, Alyson de A. Cordeiro, Adelson P. Araújo, Ederson da C. Jesus........................................................................................................................................................................32 Eficiência do clorofilômetro na avaliação do efeito da inoculação com rizóbio em feijão-fava - Tainara L. Rodrigues, Elaine M. da Costa, Márcia Rufini, Paula Rose de A. Ribeiro, Fatima M. S. Moreira....................33 Eficiência simbiótica e influência dos atributos químicos do solo em comunidades de rizóbios - Jordana L. de Castro, Mariana S. Gonçalves, Márcia Rufini, Amanda A. Guimarães, Tainara L. Rodrigues, Fatima M. de S. Moreira.....................................................................................................................................................................34 Fungos micorrízicos arbusculares: produção de glomalina, micélios extrarradiculares e influência na agregação do solo - Marisângela V. Barbosa, Daniela de F. Pedroso, Marco A. C. Carneiro....................................................................................................................................................................35 Indicadores biológicos do solo em cronossequência de revegetação de uma área de mineração de ferro - Thais D. Manso, Soraya M. Bamberg, Flávia L. de A. Santiago, Flávio A. Pinto, Jessé V. dos Santos, Marco Aurélio C. Carneiro.....................................................................................................................................................36 Respiração basal de solo contaminado com diferentes concentrações de mercúrio sob o cultivo de feijoeiro - Francielle R. D. de Lima, Aline O. Silva, Gabriel C. Martins, Mateus M. Engelhardt, Rayner H. C. L. dos Reis, João J. Marques...................................................................................................................................37 22
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Sobrevivência de bactérias diazotróficas em fase inicial de desenvolvimento de cana-de açúcar cultivar IAC 5000 - Lorraine C. H. Almeida, Gabriela C. Alves, Veronica M. Reis..................................38 Solubilização de potássio por bactérias diazotróficas em solo adubado com fonolito - Aline C. Mesquita, Ana B. C. Terra, Flávia R. da S. Costa, Ligiane A. Florentino, Adauton V. de Rezende, José R.
Mantovani..................................................................................................................................................................39
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Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES DO SOLO Comissão: Biologia do solo
Associação de técnicas físicas e biológicas para a solubilização de potássio da rocha de fonolito Ana B. C. Terra1, Aline C. Mesquita1, Ligiane A. Florentino¹, Adauton V. de Rezende1, José R. Mantovani1 1
Universidade José do Rosário Vellano, Alfenas - MG, Brasil, anabeatriz.terra@hotmail.com
Nos últimos anos vêm sendo estudado o possível aproveitamento de silicatos de potássio (K) para utilização como fertilizantes potássicos, uma vez que há uma crescente dependência externa do Brasil para obtenção desses produtos. O fonolito é uma rocha que possui cerca de 8% de K 2O (óxido de potássio) total, porém o potássio encontra-se retido por ligações covalentes sendo pouco disponível para a solução do solo. Com base nisso, objetivou-se avaliar a solubilização de potássio da rocha de fonolito por meio da associação de técnicas físicas (elevação da temperatura) e biológicas (estirpes bacterianas). O experimento foi realizado no laboratório de Microbiologia Agrícola da UNIFENAS. O fonolito foi tratado termicamente em mufla a 800 °C por uma hora e resfriado à temperatura ambiente. A outra parte do fonolito foi mantida in natura. Para instalação do experimento de biossolubilização, foi utilizado o meio de cultura Alesksandrov contendo 10 gramas de fonolito (aquecido e in natura) como fonte de potássio. Foram utilizadas quatro estirpes de bactérias diazotróficas (UNIFENAS 10001; 100-13; 100-21 e, 100-94), cultivadas por sete dias à 28 °C. O experimento foi instalado em delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 5 x 2, sendo quatro estirpes inoculantes e um controle sem inoculação e dois tipos de fonolito (aquecido e in natura). Após o período de cultivo, foram avaliados o teor de K (fotômetro de chamas) e o pH do meio de cultura. Foi verificado que a interação inoculação versus tipo de fonolito somente foi significativa para os valores de pH quando inoculado com a estirpe UNIFENAS 100-94, a qual apresentou maior valor de pH quando cultivada na presença do fonolito aquecido. Para os teores de K, não foi observada efeito da interação, no entanto, verificou-se que a estirpe UNIFENAS 100-94 foi a que proporcionou maior liberação de K no meio de cultivo. De um modo geral, foi possível observar que a maior liberação de K esteve relacionado ao abaixamento do pH do meio de cultivo. Palavras-chave: pó de rocha; tratamento térmico; tratamento biológico. Agradecimentos: Núcleo de Estudo em Microbiologia Agrícola (NEMA), Núcleo de Estudo em Pastagem e Ruminantes (NEPAR), e à Fapemig pelo apoio financeiro (Projeto aprovado, processo número: CAG - APQ-01115-14).
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Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES DO SOLO Comissão: Biologia do solo
Avaliação da densidade de esporos de fungos micorrizos arbusculares em diferentes níveis de degradação Ericka P. V. Maia1, Manoel R. Holanda Neto1, Jenilton G da Cunha2,Tamires S. da Silva1, Mauricio S. Junior1, Wesley S. Santos3 1
Universidade Estadual do Piauí , Corrente - PI, Brasil, erickapaloma.agronomia@gmail.com, 2Universidade Federal do Ceará, Fortaleza – CE, Brasil. 3Universidade Federal do Vale do São Francisco, Petrolina – PE, Brasil.
Recentemente a avaliação da qualidade do solo tem merecido a atenção por pesquisadores e produtores rurais, devido o grande números de áreas degradadas, diante disso os atributos microbiológico tem merecido destaque nas pesquisas por serem mais sensíveis a degradação do solo, podendo ser um indicar de qualidade, diante disso os Fungos Micorrizicos Arbusculares (FMAs) tem recebido uma grande atenção, pois apresentam uma estreita relação com a vegetação e o solo. O trabalho teve como objetivo avaliar a densidade de esporos de Fungos Micorrizicos Arbusculares em diferentes níveis de degradação do solo. O trabalho foi realizado no Núcleo de Pesquisa de Recuperação de Áreas Degradadas (NUPERADE) no município de Gilbués, estado do Piauí (09°49’55’’ S e 45°20’38’’ W), Os solos são classificados como Latossolos amarelos com textura media arenosa com ocorrência em laterização e pobres em matéria orgânica. Os tratamentos avaliados foram a Mata Nativa (MN) - Área com vegetação tipo cerrado considerada como referência de um ambiente em condições de equilíbrio; Área em Recuperação (REC) – área em processo de recuperação desde 2003; Área em Início de Degradação (IDEG) – área com vegetação esparsa e com início de processo erosivo e degradativo; Área Degradada (DEG) – área em alto processo degradativo sem cobertura vegetal e com perda da camada superficial do solo, e com exposição da rocha matriz. As amostras foram coletadas de forma aleatória na camada de 0,0 a 0,10 m perfazendo 10 pontos amostrais em cada tratamento, em seguida as amostras foram encaminhadas ao Laboratório de análises de solos – LASO/UESPI, Campus de Corrente – PI, onde se utilizou a metodologia de (Gerdemann; Nicolson 1963) para as análises de densidade de esporos. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade, utilizando o programa estatístico Assistat 7.7. As áreas de (MN) e (REC) apresentaram os maiores valores da densidade de esporos, (MN 393,85 a) e (REC 343,14ab) ambas não diferenciaram estatisticamente entre si, esses altos valores comparados aos demais tratamentos podem ser justificados, por esses dois ambientes apresentarem a maior cobertura vegetal, plantas, raízes, importantes fontes de substratos energético como carbono, contribuindo dessa forma para que o fungo possa completar o seu ciclo de vida. Além disso alguns trabalhos realizados sugerem que algumas plantas hospedeiras podem favorecer a esporulação de certas espécies de FMAs dependendo das condições ambientais. A área (IDEG) não diferiu estatisticamente da (REC), já a área (DEG) apresentou os menores valores da densidade de esporos, o que pode ser atribuído ao alto nível de degradação, tendo em vista que essa área apresentava ausência ou pouca cobertura vegetal, exposição do horizonte C e altos processos erosivos, o que limita a sobrevivência desse fungo no ambiente. A Densidade de esporos variou de acordo com o nível de degradação, mostrando-se um indicador de qualidade do solo. Palavras-chave: manejo adequado; indicador ecológico; resiliência. Agradecimentos: LASO e GEOSOLOS/UESPI.
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Divisão: PROCESSO E PROPRIEDADE DO SOLO Comissão: Biologia do solo
Avaliação do carbono da biomassa microbiana do solo sob diferentes níveis de degradação Tamires S. da Silva1, Manoel R. H. Neto1, Jenilton G. da Cunha1, Wesley dos S. Souza1, Ericka P. V. Maia1, Mireia F. Alves1 1
Universidade Estadual do Piauí, Corrente - PI, Brasil,tamyres-soares@hotmail.com
A degradação do solo é um processo significativo, por ser dificilmente reversível, visto que, os processos de regeneração ocorrem de forma lenta. A Biomassa Microbiana do Solo (BMS) e sua atividade têm sido apontadas como as características mais sensíveis às alterações na qualidade do solo visando o monitoramento dos impactos positivos ou negativos sobre o solo. O trabalho teve como objetivo avaliar o carbono da biomassa microbiana do solo sob diferentes níveis de degradação. O presente trabalho foi realizado no Núcleo de Pesquisa de Recuperação de Áreas Degradadas (NUPERADE) no município de Gilbués - Piauí. O solo da área é classificado como Latossolo Amarelo com textura média a arenosa. Foram estudados quatro tratamentos a saber: Uma sob Mata Nativa (MN) com vegetação tipo cerrado considerada como referência de um ambiente em condições de equilíbrio, uma Área em Recuperação (REC), uma área em processo de recuperação, com a construção de pequenas barragens de terra para contenção do escoamento superficial, com a implantação de leguminosas, uma área em Início de Degradação (IDEG), área com vegetação esparsa e com início de processo erosivo e degradativo; e uma área Degradada (DEG), área em alto processo degradativo sem cobertura vegetal e com perda da camada superficial do solo. Em cada área a amostragem de solo, foi realizado em uma malha regular com dez pontos, nas profundidades de 0-10 e 10-20 cm, com um total de 40 pontos amostrais, nas duas camadas. Os dados foram submetidos pela ANOVA e médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância. Conforme análise de variância constatou-se que para o atributo Carbono Microbiano (Cmic), os valores apresentados no tratamento MN não apresentaram diferença estatística na camada de 0-10 e 10-20 cm evidenciando assim, que os estoques de carbono estão em quantidades maiores devido a matéria orgânica disposta sobre o solo. No tratamento REC, na camada de 0-10 cm verificou-se que houve um menor valor encontrado. Na camada de 10-20 cm no tratamento REC apresentou valores mais elevados isso se deve ao maior aporte de material orgânico mineralizável depositado na camada arável do solo, aumentando assim os estoques de carbono da biomassa. Nos tratamentos IDEG e DEG os valores encontrados foram menores, e as camadas não diferiram estatisticamente entre si, esses resultados ocorrem em função da pouca deposição de resíduos orgânicos sobre a superfície do solo, resultando na perca de carbono microbiano nessas áreas devido a grande perca de partículas do solo por erosão e a falta de resíduos orgânico no solo que influenciam a atividade microbiana no solo. Confirmou-se que para o tratamento MN, o carbono microbiano se sobressaiu, obtendo medias mais elevadas, atribuído ao grande teor de matéria orgânica disposta sobre o solo favorecendo a atividade microbiana. Palavras-chave: áreas recuperadas; mata nativa; biomassa microbiana. Agradecimentos:UESPI.
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Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES DO SOLO Comissão: Biologia do solo
Bactérias fixadoras de nitrogênio isoladas de nódulos de feijão-fava apresentam alta diversidade Tainara L. Rodrigues1, Elaine M. da Costa2, Paula Rose de A. Ribeiro1, Fernanda de Carvalho1, Fatima M. S. Moreira1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, tainaralragro@gmail.com, 2Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Chapadão do Sul – MS
A fixação biológica de nitrogênio é um processo realizado por alguns grupos de bactérias que apresentam a enzima nitrogenase, através da qual o N2 é convertido a NH3 e se torna passível de ser absorvido e utilizado pelas plantas. Este processo se constitui na principal via de incorporação do nitrogênio à biosfera e depois da fotossíntese, é o processo biológico de maior importância para as plantas e fundamental para a vida na Terra. O feijão-fava (Phaseolus lunatus L.) é a segunda espécie socioeconomicamente mais importante do gênero Phaseolus no mundo. Essa cultura é uma das principais fontes de proteína para alimentação humana e animal no Nordeste brasileiro, que concentra cerca de 95% da produção nacional. Uma importante característica do feijão-fava é a sua capacidade de estabelecer simbiose com bactérias fixadoras de nitrogênio que nodulam leguminosas (BFNNL). Entretanto, a diversidade genética de bactérias isoladas de nódulos dessa leguminosa tem sido pouco estudada. Em todo o mundo existem apenas quatro trabalhos, nos quais o sequenciamento parcial do gene 16S rRNA revelou maior ocorrência do gênero Bradyrhizobium. Para o feijão-fava existe apenas um estudo no Brasil em relação à diversidade genética de BFNNL, no qual mais da metade das estirpes estudadas foram classificadas como Bradyrhizobium. Considerando a importância socioeconômica do feijão-fava, novos estudos são necessários na perspectiva de acessar a diversidade e eficiência de BFNNL associadas a essa cultura, que podem representar importantes fontes de recursos genéticos com potencial de aplicação como inoculantes para aumentar a sua produtividade, visto que esta é de apenas 420 kg ha-1 provenientes de pequenos agricultores. O objetivo deste trabalho foi avaliar a diversidade genética de BFNNL isoladas de nódulos de feijão-fava cultivado em solo do Piauí. Os nódulos foram coletados na comunidade Primavera (8º55’9,18’’S 44º9’45,10’’W), município de Santa Luz, PI e armazenados em sílica-gel até a realização do isolamento e obtenção de colônias puras, no laboratório. A extração de DNA das estirpes foi realizada pelo método da lise alcalina após o crescimento das colônias em meio de cultura 79 sólido e, em seguida, foi realizada a amplificação parcial do gene 16S rRNA. A qualidade das sequências foi avaliada usando o programa BioNumerics (versão 7.1) e, posteriormente, foram submetidas ao “Basic Local Alignment Search Tool” para comparação com sequências similares depositadas no banco de dados do GenBank (National Center for Biotechnology Information – NCBI), usando o BLAST. Do isolamento foi obtido um total de 72 estirpes, mas o sequenciamento parcial do gene 16S rRNA foi realizado para 58 destas. A identificação e o número de estirpes por gêneros foram: Bradyrhizobium (43), Rhizobium (5), Paenibacillus (5), Bacillus (2) e uma em cada um dos gêneros Brevibacillus, Inquilinus e Sinorhizobium. Dos nódulos analisados, 16% apresentaram mais de uma estirpe, com co-habitação de estirpes pertencentes a diferentes gêneros: nodulíferos (Bradyrhizobium e Rhizobium; Sinorhizobium e Rhizobium), endofíticos (Brevibacillus e Paenibacillus), nodulíferos e endofíticos (Bradyrhizobium e Bacillus; Bradyrhizobium e Inquilinus; Bradyrhizobium e Paenibacillus) e o mesmo gênero para nodulíferos (Bradyrhizobium) e endofíticos (Paenibacillus). Estirpes isoladas de feijão-fava apresentam alta diversidade genética, sendo identificados gêneros nodulíferos conhecidos (Bradyrhizobium, Rhizobium e Sinorhizobium), com maior ocorrência do gênero Bradyrhizobium. Palavras-chave: 16S rRNA; inoculantes; recurso genético. Agradecimentos: CNPq, Capes, Fapemig.
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Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES DO SOLO Comissão: Biologia do Solo
Bactérias totais, amonificadores e nitrificadores do solo em áreas nativa e cultivadas de Campos de Murundus Juliana V. E. Pinto1, Raquel M. R. Rodriguez1, Mariel C. Tapias1, Thiago Palhares1, Fatima M. de S. Moreira1, Marco A. C. Carneiro1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, julianavep@gmail.com
Os “campos de murundus” constituem uma fitofisionomia do Cerrado brasileiro caracterizada pela formação de montículos de solo que podem ser cobertos por vários tipos de vegetação contrastando com as plantas de porte baixo, adaptadas aos solos hidromórficos entre os murundus onde estes tornam-se saturados ou supersaturados com água, devido aos atributos físicos que proporciona uma condição peculiar referente à baixa infiltração. Campos de murundus são de grande importância para a manutenção do regime hídrico atuando como reservatório de água no período de seca, com o avanço da agricultura, áreas de campos de murundus têm sido incorporadas gerando impactos à microbacia onde está inserida. Microrganismos do solo apresentam um papel fundamental em varias funções ecossistêmicas, dentre os atributos microbianos utilizados para avaliar a qualidade do solo encontramse a biomassa microbiana, que em conjunto com as propriedades físicas e químicas do solo são importantes indicadores da sua qualidade. O trabalho teve como objetivo avaliar bactérias totais, amonificadores e nitrificadores em Campos de Murundus após conversão para plantio direto e em áreas nativas localizadas no município de Jataí - Goiás (GO) em fevereiro 2015. Foram selecionadas três áreas cultivadas correspondentes a uma cronossequência de cultivos de 5, 10 e 15 anos (C5, C10 e C15, respectivamente sob plantio direto com cultivos alternados de soja (Glycine max (L.) Merr)/milho (Zea mays L.) e uma área nativa de campos de murundus (N), com vegetação lenhosa predominante nos topos dos montículos e graminóide na base, a qual apresentava-se, alagada na época da coleta. As unidades formadoras de colônias das bactérias totais cultiváveis (UFC g-1) foram quantificadas em meio Agar nutriente e incubadas por sete dias a 28 ºC. A quantificação dos microorganismos amonificadores e nitrificadores (oxidantes de NH4) foi realizada pelo Método de Número Mais Provável (NMP) após crescimento em meio FAM e NFb líquidos. As densidades de bactérias totais cultiváveis estiveram na ordem de 106 UFC g-1 de solo em todas as áreas e não se observou diferenças significativas entre elas (p≤0.05). Os microrganismos nitrificadores (NH4) variaram de 104 a 106 UFC g-1 de solo entre as diferentes áreas avaliadas. As áreas C5, C15 e NT (Área nativa sob o microrrelevo campos de murundu correspondente ao topo dos montículos (seco)) foram significativamente semelhantes entre si e deferiram de C10 e NB (Área nativa sob o microrrelevo campos de murundu correspondente a base dos montículos (alagado)) (p≤0.05), neste último não foi detectado este grupo microbiano, o que pode ser explicado devido ao fato do mesmo se encontrar alagado durante a coleta. O teor de oxigênio constitui um dos fatores reguladores do processo, pois os microorganismos nitrificadores são aeróbicos obrigatórios. O grupo microbiano dos amonificadores foi contabilizado nas ordens de 104 a 105 UFC g-1 não havendo diferenças entre as áreas. Palavras-chave: microbiota; plantio direto; termiteiros. Agradecimentos: NECS, DCS, UFLA, Capes, CNPq, FAPEMIG.
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Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES DO SOLO Comissão: Biologia do Solo
Bioindicadores de qualidade do solo sob sistemas de plantio direto no cerrado Patricia C. da Silva1, Wesley dos S. Souza2, Manoel R. H. Neto3, Ericka P. V. Maia3, Tamires S. da Silva3, Jéssica da R. A. B. de Holanda4 Universidade de Brasília, Brasília – DF, Brasil, patriciacarvalhoagro@gmail.com, 2Universidade Federal do Ceará, Fortaleza – CE, Brasil. 3Universidade Estadual do Piauí, Corrente – PI, Brasil. 4Secretária Municipal de Desenvolvimento Rural – SEMDER, Município de Corrente–PI, Brasil. 1
Quando uma área de vegetação nativa de Cerrado é convertida em pastagem, ou área de cultivo de grãos, os atributos químicos e microbiológicos do solo são alterados, por isso nas últimas décadas, a preocupação com a avaliação da qualidade do solo tem merecido destacada atenção. Objetivou-se com este trabalho avaliar a interferência do manejo adotado em áreas de cultivo do Cerrado nos atributos microbiológicos. O estudo foi desenvolvido na Fazenda Nossa Senhora Aparecida, localizada na Cooperativa Agrícola do Cerrado Brasil Central, município de Formosa do Rio Preto – BA. Foram estudados quatro sistemas de manejo do solo a saber: SPD (Sistema de Plantio Direto) milheto, um ano de adoção; SPD 03 (três) anos de adoção com braquiária (Brachiaria brizantha) como cultura de cobertura e rotação de cultivo soja/milho nos últimos três anos; SPD 6 (seis) anos de adoção com braquiária como cultura de cobertura e rotação de cultivo milho/braquiária no último ano; SPD6 (seis) anos de adoção com cultivo de soja em consórcio com braquiária (SPD6+SB) e rotação soja/braquiária/milho/braquiária nos últimos seis anos, além de uma área sob Vegetação Nativa de Cerrado (VNC). Em cada sistema de manejo do solo e VNC foram coletadas amostras de solo nas profundidades de 0,0-0,05, 0,05-0,10, 0,10-0,20 m, com 5 repetições. O carbono da biomassa microbiana (Cmic) foi determinado pelo método da irradiação-extração, utilizando forno de microondas, quantificado por meio de procedimento por oxidação úmida. O atributo Matéria Orgânica (MO) foi determinado pelo método de Walkley & Black. O teor de MO foi convertido em Carbono Orgânico (Corg), considerando que a matéria orgânica do solo possui 58% de C-org. Foi utilizado delineamento por parcelas subdivididas. Os efeitos dos tratamentos nas variáveis respostas foram avaliados pela ANOVA e médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância, utilizando o programa estatístico Assistat 7.7. Comparando todos os sistemas de manejo do solo com a área de Vegetação Nativa de Cerrado, pode-se observar que as adoções dos Sistemas de Plantio Direto não interferiram na qualidade do solo quando se diz respeito ao teor de C-org, pois os mesmos mantiveram e aumentaram o teor deste atributo no solo. O não revolvimento aliado ao acúmulo de resíduos vegetais na superfície pode ter contribuido com o maior acúmulo deste elemento na camada mais superficial do solo. O atributo RB, não diferiu em nenhuma das profundidades, e nem tão pouco nos sistemas na profundidade de 0,0 a 0,05 e 0,10 a 0,20 m. Com relação aos atributos Cmic, este não diferiu estatisticamente entre os sistemas e a VNC. O atributo quociente metabólico não apresentou diferença significativa entre as profundidades e sistemas. O sistema plantio direto é uma alternativa sustentável para a melhoria da qualidade do solo, em áreas do Cerrado, visto que os mesmos não alteraram negativamente os atributos biológicos indicadores de qualidade do solo. Palavras-chave:biomassa microbiana; indicadores biológicos; qualidade do solo. Agradecimentos: GEOSOLOS/UESPI.
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Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES DO SOLO Comissão: Biologia do solo
Densidade de esporos de fungos micorrízicos arbusculares em áreas do Quadrilátero Ferrífero Marcela S. Pereira1, Mariana F. do Carmo1, Anita F. dos S. Teixeira1, Bruna D. O. Lopez1, Marco A. C. Carneiro1, Fatima M. de S. Moreira1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, pereira.s.marcela@gmail.com
O Quadrilátero Ferrífero possui diversas áreas de deposição de Fe, se destacando mundialmente por ser uma das maiores províncias minerais. Nessa região, além de haver diversas áreas de mineração, ocorrem diversas fitofisionomias, como a de Cerrado. Os fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) são simbiontes biotróficos obrigatórios da maioria das espécies de plantas e facilitam seu desenvolvimento por aumentar o volume de solo explorado para absorção de água e nutrientes, melhorando a resistência dessas a estresses. Esses fungos produzem esporos como estruturas de propagação e resistência, e a esporulação dos FMAs pode estar relacionada à estabilidade do sistema. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a densidade de esporos de FMAs em área influenciada pela mineração de Ferro revegetada e em Cerrado sem interferência antrópica, em período seco e úmido. O solo sob influência de mineração apresenta pilhas de estéril de minério de Ferro (PE) revegetadas com capins do gênero Brachiaria e foi coletado no município de Brumadinho - MG enquanto o solo de Cerrado (CE) foi coletado no município de Nova Lima - MG. Amostras compostas por cinco subamostras, foram coletadas na profundidade de zero a vinte centímetros, em 10 pontos amostrais distribuídos sobre dois transectos em cada área. As coletas foram realizadas no período seco (agosto de 2015) e no período úmido (janeiro de 2016). A extração de esporos foi realizada por decantação e peneiramento úmido e a contagem para determinação da densidade de esporos foi feita em microscópio estereoscópio. Os dados obtidos foram transformados em log (x) e submetidos a análises de variância (teste Scott-Knott – Sisvar) a 5% de probabilidade. A densidade de esporos no período seco foi maior na área de Cerrado, apresentando 332 esporos 100 cm-3, enquanto que na pilha estéril somente foram recuperados 181 esporos. No período úmido não foram verificadas diferenças significativas entre as áreas, sendo recuperados em média 265 esporos 100 cm-3. No período seco, as plantas apresentaram forte estresse hídrico e, como no Cerrado há uma maior diversidade de plantas, supõem-se que exista uma maior diversidade de FMAs que pode apresentar uma esporulação maior que a do solo revegetado como no presente estudo. Palavras-chave: micorrizas, mineração, Cerrado. Agradecimentos: Vale, FAPEMIG, Capes, CNPq, PIBIC/UFLA, NECS, DCS.
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Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES DO SOLO Comissão: Biologia do Solo
Diversidade genética e fenotípica de rizóbios oriundos de solos do Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais Jordana L. de Castro1, Mariana S. Gonçalves1, Márcia Rufini1, Amanda A. Guimarães1, Tainara L. Rodrigues1, Fatima M. de S. Moreira1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, jordanacastro29@gmail.com
A mineração promove uma profunda transformação no ambiente edáfico. Sendo assim, conhecer a diversidade dos microrganismos do solo torna-se relevante para a seleção de estirpes com potencial biotecnológico para bioremediação in situ e também como inoculantes de espécies utilizadas na revegetação de áreas degradadas. Dessa forma objetivou-se com o trabalho avaliar a diversidade genética e fenotípica de rizóbios oriundos de solos sob influência da mineração de ferro no Quadrilátero Ferrífero em Minas Gerais,associados ao feijão-caupi. A amostragem do solo foi feita em áreas pertencentes a empresa Vale S/A, nos municípios de Nova Lima e Brumadinho, Minas Gerais, sob vegetação de Canga, Cerrado, Capim e Mata Atlântica, na camada de 0-20 cm, na forma de transectos. O experimento de captura das comunidades de rizóbios, foi em casa de vegetação, sendo constituído por 8 tratamentos, correspondentes às inoculações por plântula de 1 mL de suspensões dos solos de cada tipo de vegetação, 2 controles positivos (UFLA 03-84 - Bradyrhizobium sp. e INPA 0311B - Bradyrhizobium elkanii) e 2 controles negativos (com alta e baixa concentração de N mineral). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com 3 repetições. Foi utilizado o feijãocaupi como planta isca e, antes do plantio em garrafas “longneck” contendo solução nutritiva de Hoagland e Arnon, as sementes foram desinfestadas e pré-germinadas. Para o isolamento e caracterização cultural das estirpes, foram destacados 3 nódulos por planta e estes foram desinfestados, macerados e espalhados em placas com meio de cultura 79 com azul de bromotimol, para a obtenção das colônias bacterianas isoladas. A avaliação cultural das colônias foi feita de acordo com os seguintes parâmetros: borda, cor, alteração do pH do meio de cultura, tempo de crescimento, forma, consistência, diâmetro, elevação, superfície, detalhes ópticos, produção de exopolissacarídeos e absorção de corante. Para identificação genética dos isolados foi realizado o sequenciamento parcial do gene 16S rRNA. A partir do isolamento dos nódulos de feijão-caupi, foram obtidas 380 estirpes, distribuídas em 27 grupos culturais e o sequenciamento parcial do gene 16S rRNA de 175 estirpes, identificou gêneros de bactérias fixadoras de nitrogênio simbióticas, associativas e de vida livre que atuam como promotoras do crescimento de plantas e outros gêneros comumente isolados de nódulos. Os gêneros Burkholderia, Rhizobium e Bradyrhizobium representaram 60% dos isolados. Os outros gêneros identificados foram Chitinophaga, Paenebacillus, Bacillus, Brevibacillus, Novosphingobium, Agrobacterium, Herbaspirillum, Pseudomonas, Terriglobus, Dyella, Cupriavidus, Enterobacter. Concluindo, foi possível verificar que em todos os tipos de vegetação há rizóbios, inclusive na área de recuperação com Capim, o que pode indicar que o processo de recuperação desta área está sendo efetivo, já que estes microrganismos são sensíveis a mudanças ocorridas no ambiente. Palavras-chave: Vigna-unguiculata; 16S rRNA; indicadores biológicos. Agradecimentos: Projeto CRA – RDP – 00136-10 (FAPEMIG/ FAPESP/ FAPESPA/ VALE S.A), FAPEMIG, CNPq e Capes.
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Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES DO SOLO Comissão: Biologia do solo
Efeito do volume do vaso sobre o acúmulo de biomassa do feijoeiro para adequação experimental Osnar O. da S. Aragão1, Rafael de A. Leite1, Alyson de A. Cordeiro1, Adelson P. Araújo1, Ederson da C. Jesus2 Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica – RJ, osnar.silva@gmail.com; 2EMBRAPA Agrobiologia, Seropédica – RJ 1
O feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris) possui a capacidade de realizar simbiose com bactérias fixadoras de nitrogênio do grupo dos rizóbios. As pesquisas a fim de potencializar esse processo têm sido intensas. Grande parte dos ensaios experimentais são realizados em vasos, porém não há um consenso sobre o tamanho mais apropriado desses para uso em experimentação com a cultura. Assim, esse trabalho se propôs a avaliar o efeito do tamanho do vaso sobre o acúmulo de biomassa total do feijoeiro visando selecionar um tamanho que permita uma diferenciação adequada entre os tratamentos com a menor quantidade de solo possível. O experimento foi conduzido na Embrapa Agrobiologia, disposto em fatorial duplo (3x3), com quatro repetições e nove tratamentos, os quais foram formados pela combinação dos níveis dos fatores “tamanho do vaso” e “fonte de Nitrogênio (N)”. As fontes de N avaliadas foram: inoculação com a estirpe CIAT 899 de Rhizobium tropici, adubação com fertilizante nitrogenado, e a testemunha absoluta em vasos de 1, 3 e 5 kg de solo. As plantas foram coletadas na fase de floração plena. Com respeito à massa seca da parte aérea (MSPA) foi possível observar diferença significativa entre os tratamentos, sendo que o tratamento adubado com nitrogênio mineral (TN) apresentou superioridade, na média, de 57% a mais quando comparado com a testemunha absoluta (TA) que apresentou o menor acúmulo. O tratamento inoculado com rizóbio (TI) apresentou valor intermediário. Com relação ao tamanho do vaso, o maior acúmulo de MSPA foi observado no vaso de 5 kg cujas plantas apresentaram 70% de superioridade quando comparadas àquelas cultivadas no vaso de 1 kg. No vaso de 3 kg, observou-se valor intermediário. Para massa seca de raiz (MSR), é possível observar em todos os tamanhos de vaso que o tratamento com N mineral diferiu estatisticamente do TI e TA. Estes por sua vez não diferiram entre si, indicando que sob essas condições o N mineral propicia aumento do sistema radicular da cultura. De maneira muito clara, todos os tamanhos de vaso proporcionaram amplitude de resposta similar à inoculação. O mesmo já não foi observado para o tratamento nitrogenado, o que pode ser explicado pelo aumento crescente da dose de N com o tamanho do vaso. Esses resultados indicam que embora a experimentação em vasos menores não proporcione um acúmulo de biomassa na mesma magnitude dos vasos maiores, ela permite diferenciar respostas do feijoeiro à inoculação e à adubação. Assim, estes vasos poderiam ser utilizados para triagem de um número elevado de estirpes e os vasos maiores poderiam ser utilizados para ensaios mais detalhados, com poucas estirpes. Palavras-chave: phaseolus vulgaris; fixação biológica de nitrogênio; vaso. Agradecimentos: CNPq, EMBRAPA, UFRRJ.
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Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES DO SOLO Comissão: Biologia do solo
Eficiência do clorofilômetro na avaliação do efeito da inoculação com rizóbio em feijãofava Tainara L. Rodrigues1, Elaine M. da Costa2, Márcia Rufini1, Paula Rose de A. Ribeiro1, Fatima M. S. Moreira1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, tainaralragro@gmail.com, 2Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Chapadão do Sul – MS
O uso de métodos práticos e eficientes que auxiliem na diagnose do estado nutricional e avaliação do desenvolvimento das plantas é uma necessidade. Em pesquisas com fixação biológica de nitrogênio a matéria seca, teor e acúmulo de nitrogênio (N) na parte aérea, são as variáveis que melhor permitem inferir sobre a eficiência do processo. A medida indireta do teor de clorofila usando o clorofilômetro, equipamento portátil chamado comumente por SPAD (Soil Plant Analysis Development), pode auxiliar na predição da eficiência desse processo. Contudo, há poucos estudos que analisam a eficiência do emprego desse equipamento comparado a outras variáveis analisadas em culturas inoculadas com rizóbios. Assim, objetivou-se com o trabalho avaliar o uso do clorofilômetro como indicador do desenvolvimento e nutrição nitrogenada do feijão-fava, em substituição as análises químicas de nitrogênio total na planta, que são dispendiosas e demandam tempo. Para isso, foram realizados dois experimentos em tubetes contendo vermiculita e areia na proporção 2:1 onde foram plantadas sementes de feijão-fava (Phaseolus lunatus L.), com os seguintes tratamentos inoculados: 41 e 27 estirpes no primeiro e segundo experimento, respectivamente, controles com alto teor de N mineral e baixo teor de N mineral. Os experimentos foram conduzidos em casa de vegetação no Departamento de Ciência do Solo da UFLA por 50 dias, em delineamento inteiramente casualizado com três repetições. A medida indireta do teor de clorofila na última folha trifoliolada completamente desenvolvida foi realizada utilizando o clorofilômetro Minolta SPAD-502. Posteriormente, as plantas foram coletadas para determinação da matéria seca, teor e acúmulo de nitrogênio na parte aérea. A análise de nitrogênio da parte aérea foi realizada pelo método semimicrokjedhal (nitrogênio total) por meio do qual obtemos os teores de N (%N). O acúmulo de N na parte aérea (ANPA) foi calculado multiplicando-se a massa seca da parte aérea pela percentagem de N, e o resultado divido por 100. O software Action Stat foi utilizado para a análise de correlação e obtenção dos seguintes resultados: no experimento 1, o índice SPAD apresentou-se significativo com baixa correlação com %N e ANPA (r=0,49; r=0,63 e p-valores<0,05); já no experimento 2, essa correlação foi alta e significativa (r=0,83; r=0,77 e p-valores <0,05) o que significa que os resultados do clorofilômetro corroboraram com os da análise de N. Nos dois ensaios, a correlação entre o índice SPAD e a MSPA foi baixa e significativa (r=0,38 e r=0,31, para o experimento 1 e 2, respectivamente, e p-valores<0,05). O ANPA teve uma correlação baixa e significativa com a MSPA nos dois ensaios (r=0,58 e r=0,68, para o experimento 1 e 2, respectivamente, e p-valores<0,05) o que pode ser explicado pelo ANPA levar em consideração a própria MSPA em seu cálculo. De acordo com os resultados, conclui-se que o clorofilômetro apresenta potencial de gerar inferências em se tratando da relação de seus valores com o ANPA e %N, porém não dispensa a realização das análises químicas do N total visto que a correlação nem sempre é alta. Já em relação à MSPA não é possível predizer sobre o desenvolvimento da planta através dos resultados do índice SPAD visto que a correlação apresentou-se baixa em ambos os ensaios. Palavras-chave: Índice SPAD; diagnose nutricional; análise de nitrogênio total. Agradecimentos: CNPq, Capes, Fapemig.
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Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES DO SOLO Comissão: Biologia do Solo
Eficiência simbiótica e influência dos atributos químicos do solo em comunidades de rizóbios Jordana L. de Castro1, Mariana S. Gonçalves1, Márcia Rufini1, Amanda A. Guimarães1, Tainara L. Rodrigues1, Fatima M. de S. Moreira1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, jordanacastro29@gmail.com
A ação antrópica em atividades como a mineração, gera inúmeros impactos à microbiota do solo, em especial aos microrganismos, responsáveis por processos importantes nos ecossistemas. A compreensão da relação destes organismos com o solo constitui importante ferramenta para a seleção de estirpes com potencial biotecnológico. Neste trabalho, o objetivo foi avaliar a eficiência simbiótica e a influência dos atributos químicos do solo em comunidades de rizóbios simbióticos do feijão-caupi em solos sob influência da mineração de ferro no Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais. O solo foi amostrado em áreas pertencentes à empresa Vale S/A, nos municípios de Nova Lima e Brumadinho, sob vegetação de Canga, Cerrado, Capim e Mata Atlântica, na camada de 0-20 cm, na forma de transectos. As características químicas e físicas foram analisadas no Departamento de Ciência do Solo da UFLA. O experimento de eficiência das comunidades de rizóbios, foi conduzido em casa de vegetação, sendo constituído por 8 tratamentos, correspondentes às inoculações de 1 mL por plântula de suspensões dos solos de cada tipo de vegetação, 2 controles positivos (UFLA 03-84 Bradyrhizobium sp. e INPA 03-11B - Bradyrhizobium elkanii) e 2 controles negativos (com alta de N e baixa concentração de N). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com 3 repetições. Foi utilizado o feijão-caupi cultivado em garrafas “longneck” contendo solução nutritiva Hoagland e Arnon (1950). Após 30 dias, as plantas foram colhidas e os atributos biológicos (número de nódulos, matéria seca de nódulos, matéria seca da parte aérea, matéria seca da raiz e eficiência relativa) foram determinados. Em seguida, estes dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e os efeitos dos tratamentos foram agrupados pelo teste de Scott-Knott, a 5% de significância. Os atributos químicos dos solos e os atributos biológicos foram relacionados através de Análise de Componentes Principais (PCA). Em relação à eficiência das comunidades, a capacidade de nodulação foi maior nas áreas de Capim e Cerrado. Já a matéria seca de nódulos, foi superior no tratamento inoculado com solo sob Capim e a matéria seca da raiz foi superior em Cerrado. Os atributos do solo com maior influência sobre as comunidades de rizóbios foram teor de alumínio, matéria orgânica e pH que indicou níveis médios e muito elevados de acidez. Os resultados da análise de componentes principais entre os atributos químicos do solo e os atributos biológicos explicaram 48% da variância total. Analisando a PC1, o número de nódulos e matéria seca de nódulos estão diretamente correlacionados com pH, saturação por bases, Mn e Cu e inversamente correlacionados com acidez trocável, acidez potencial, CTC efetiva, CTC a pH 7, saturação por alumínio e matéria orgânica. A distribuição espacial dos pontos na PCA, mostra que o solo sob vegetação de Capim está se aproximando das condições de Cerrado, indicando uma possível recuperação. O solo sob vegetação de Canga se encontra isolado, provavelmente por apresentar condições físico-químicas diferentes dos demais ambientes. Os pontos de Mata Atlântica e Cerrado se encontram sobrepostos, o que pode indicar influência das mesmas variáveis nas condições edáficas. O pH, teor de alumínio e saturação de bases, apresentaram condições mais favoráveis sob vegetação de Capim, possivelmente por influência do preparo do solo. Palavras-chave: feijão-caupi; canga; áreas de mineração de ferro. Agradecimentos: Projeto CRA – RDP – 00136-10 (FAPEMIG/ FAPESP/ FAPESPA/ VALE S.A), FAPEMIG, CNPq e Capes.
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Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES DO SOLO Comissão: Biologia do solo
Fungos micorrízicos arbusculares: produção de glomalina, micélios extrarradiculares e influência na agregação do solo Marisângela V. Barbosa1, Daniela de F. Pedroso1, Marco A. C. Carneiro1 1
Departamento de Ciência mvbarbosa10@gmail.com
do
Solo,
Universidade
Federal
de
Lavras,
Lavras
-
MG,
Brasil,
A remoção da vegetação nativa e a perda da estrutura do solo ocasionam a redução da biodiversidade e desequilíbrio dos ecossistemas naturais e agrossistemas. Esse desequilíbrio é resultante principalmente da ação antrópica, pelo uso e manejo incorreto do solo, podendo ocasionar a perda da sua estrutura e das funções biológicas. Contudo, se faz necessário o uso de boas práticas de manejo do solo, por meio da revegetação associada à biotecnologia, sob forma de inoculantes. O uso de plantas associadas aos microrganismos acelera o processo de reabilitação e potencializa a melhoria da estrutura e recuperação do solo. Os fungos micorrízicos arbusculares (FMAs), são microrganismos que desempenham funções cruciais no processo de resiliência do solo. Esses fungos sintetizam proteínas no solo (glomalina) através das hifas extrarradiculares que auxiliam na agregação das partículas melhorando a qualidade do solo. Nesse contexto, o objetivo desse estudo foi avaliar a produção de proteína do solo (glomalina) e quantificar o micélio total, produzido pela espécie Claroideoglomus etunicatum associado com Urochloa brizantha (Hochst. ex A. Rich.) R.D Webster, e sua influência na agregação do solo. O estudo foi conduzido em casa de vegetação do Departamento de Ciência do Solo - Universidade Federal de Lavras, em vasos contendo 1 kg de substrato resultante da mistura de Latossolo Vermelho distrófico e areia lavada na proporção de 2:1 (v/v). As características químicas da mistura foram: pH (água) = 5,4; H+Al = 2,9 cmolc dm-3; Ca = 1,70 cmolc dm-3; Mg = 0,10 cmolc dm-3; K = 18 mg dm-3; P = 1,13 mg dm-3; MO = 21 ,1 g kg-1. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado, consistindo em três tratamentos (presença e ausência da inoculação com FMAs em U. brizantha e o tratamento sem utilização de plantas), com 7 repetições. Para a inoculação com FMAs utilizou-se solo inóculo com densidade de 150 esporos por 50 ml de solo de C. etunicatum. O experimento foi conduzido durante 180 dias, sendo avaliado: a concentração de glomalina, o comprimento total dos micélios extrarradicular por grama de solo (CMT) e a estabilidade de agregados através do diâmetro médio geométrico (DMG). Foi realizada a ANOVA utilizando o teste Tukey a 5%. O CTM foi de 0,8 m g -1 de solo, e o incremento na produção de glomalina foi de 17%, quando comparada as plantas inoculadas com as não inoculadas. Esse resultado mostrou uma correlação positiva da produção de glomalina com o DMG, que apresentou um acréscimo de até 23%. O acúmulo de glomalina no solo, por ser uma glicoproteína rica em carbono e recalcitrante, pode aumentar sua concentração ao longo do tempo e favorecer a melhoria da estabilidade de agregado e estrutura do solo. Palavras-chave: FMAs, estrutura do solo. Agradecimentos: CAPES, CNPq, FAPEMIG.
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Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES DO SOLO Comissão: Biologia do Solo
Indicadores biológicos do solo em cronossequência de revegetação de uma área de mineração de ferro Thais D. Manso1, Soraya M. Bamberg1, Flávia L. de A. Santiago1, Flávio A. Pinto1, Jessé V. dos Santos1, Marco Aurélio C. Carneiro1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, thais.manso@hotmail.com
As atividades de mineração causam grandes impactos sobre o meio ambiente, tornando necessária a reabilitação das áreas afetadas ao final da exploração da mina. A reabilitação, por meio da revegetação, proporciona efeitos positivos na proteção do solo contra a erosão hídrica e eólica e funciona como um aporte de matéria orgânica ao solo estimulando a atividade biológica do solo, favorecendo a recuperação das áreas impactadas. Monitorar áreas impactadas em processo de revegetação é um aspecto chave do processo de reabilitação, pois permite compreender se avanços estão sendo alcançado ao longo do tempo. Para isto os microrganismos do solo e suas funções metabólicas são importantes ferramentas no monitoramento desses processos, uma vez que os atributos biológicos são sensíveis em indicar alterações no ambiente solo, antes mesmo que os atributos físicos ou químicos sejam afetados. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos de uma cronossequência de revegetação em uma área impactada pela mineração de ferro sobre atributos biológicos do solo, em processo de revegetação desde 2008, em Carajás - Pará. Ao todo cinco áreas foram estudadas: três cronossequências de revegetação (inicial, intermediária e avançada), uma área de solo exposto (sem cobertura vegetal) e uma área de vegetação nativa. Nessas áreas foram avaliados o carbono da biomassa (C-biomassa) e a atividade respiratória do solo. O C-biomassa foi determinado pelo método da fumigação-extração e a respiração do solo pela quantificação do CO2 liberado do solo por um período de três dias. O solo sob vegetação nativa apresentou maior C-biomassa. Os processos de revegetação, independente da época, estimularam a biomassa microbiana, quando comparado com o solo exposto, sem vegetação. O incremento no C-biomassa nas áreas reabilitadas foi até 200% maior do que na área de solo exposto, sem cobertura vegetal. Para solo em estágios inicial ou intermediário os incrementos foram um pouco maior do que 100%. A respiração do solo de maneira geral foi considerada muito baixa e os valores variaram de 1,85 a 15,00 mg CO2 g-1 solo. Os solos sob vegetação nativa, estágio inicial e avançando apresentaram as maiores taxas de emissão de CO2. A revegetação de áreas impactadas pela mineração de ferro afeta positivamente o carbono da biomassa e a respiração do solo e esse efeito é crescente com o tempo de reabilitação. Palavras-chave: carbono da biomassa; respiração basal; recuperação. Agradecimentos: UFLA, VALE, CAPES, CNPq, FAPEMIG.
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Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES DO SOLO Comissão: Biologia do Solo
Respiração basal de solo contaminado com diferentes concentrações de mercúrio sob o cultivo de feijoeiro Francielle R. D. de Lima1, Aline O. Silva1, Gabriel C. Martins1, Mateus M. Engelhardt1, Rayner H. C. L. dos Reis1, João J. Marques1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, frandislim@gmail.com
Os metais pesados, diferentemente dos contaminates orgânicos não são decompostos e se acumulam no solo. O aumento da concentração dos metais no solo pode afetar diretamente os organismos expostos, principalmente os microrganismos do solo. Os indicadores biológicos são atributos sensíveis, uma vez que respondem rapidamente às modificações que ocorrem no ambiente. A respiração basal do solo (RBS) representa a oxidação da matéria orgânica do solo por organismos aeróbios, podendo ser determinada em laboratório por meio da medição do O 2 consumido ou do CO2 liberado. Esta última é a mais utilizada. A RBS pode demonstrar o estresse ou o equilíbrio da microbiota no solo. O objetivo do presente trabalho foi avaliar os efeitos da aplicação de Hg sobre a RBS em feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.). O experimento foi realizado em casa de vegetação da Universidade Federal de Lavras, Minas Gerais. O solo utilizado foi classificado como Latossolo Vermelho Amarelo distrófico (LVAd), textura média, cujas características químicas foram: pH (H2O) = 4,9; P (Mehlich) = 3,21 mg/dm3; K = 98,0 mg/dm3; Ca = 1,5 cmolc/dm3; Mg= 0,5 cmolc/dm3; Al= 0,4 cmolc/dm3; H+Al = 3,87 cmolc/dm3; T = 6,12 cmolc/dm3; V = 37%; m = 15%; MO = 2,11 dag/kg; P-rem = 26 mg/L. Foi realizada a correção do pH com carbonato de Ca e Mg, elevando a saturação por bases para 60% e adubação segundo recomendações para cultivo em vaso. O solo foi umedecido com água destilada e o teor de água foi mantido a 70% do espaço poroso saturado por água. Utilizou-se o cultivar comercial cv. BRSMG Madrepérola, em delineamento inteiramente casualizado, com sete tratamentos e quatro repetições. O trabalho foi realizado em vasos contendo 500 cm3 de solo contaminados com HgCl2, nas seguintes concentrações de Hg: 0; 2,5; 5,0; 10,0; 20,0; 40,0 e 80,0 mg kg-1 de solo seco. O plantio foi realizado 24 horas após a aplicação de HgCl 2, com 10 sementes por vaso. Posteriormente, foi realizado um desbaste para permanência de seis plantas por vaso. O experimento teve duração de 21 dias contados a partir da germinação de 50% do tratamento controle. A RBS foi medida por meio de incubação do solo e captura do CO2 liberado. Acondicinou-se, em recipientes de plásticos hermeticamente fechados, 20 g de solo úmido e 10 mL de NaOH (0,5 mol L-1), incubado por 72 horas para posterior titulalção com HCl (0,5 mol L-1), sendo adicionado anteriormente 10 ml de BaCl2 (0,05 mol L-1), e utilizando três gotas de fenolftaleína a 1% como indicador. Os resultados foram submetidos à análise de variância (p<0,05) e posteriormente à análise de regressão. Constatou-se decréscimo na RBS já com aplicação da menor dose de Hg (2,5 mg kg-1 de solo seco), verificando-se comportamento linear (R2= 0,92). Esse comportamento está relacionado com o estresse que esse metal traz à biota do solo. O fato dos efeitos serem observados a partir da primeira dose ressaltam o quanto os microrganismos do solo são sensíveis à exposição ao Hg. Palavras-chave: mercúrio; contaminação; respiração basal do solo. Agradecimentos: CAPES, DCS, UFLA.
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Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES DO SOLO Comissão: Biologia do solo
Sobrevivência de bactérias diazotróficas em fase inicial de desenvolvimento de cana-de açúcar cultivar IAC 5000 Lorraine C. H. Almeida1, Gabriela C. Alves1, Veronica M. Reis1 1
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro/Embrapa Agrobiologia, Seropédica - RJ, Brasil, lorrainehenrique@hotmail.com
A inoculação com bactérias diazotróficas pode promover o crescimento vegetal pela produção de fitormônios, como a produção de compostos indólicos. Isto viabiliza o uso de mudas pré-brotadas de cana-de-açúcar garantindo uma maior produtividade, vigor e uniformidade das plantas no campo e otimizando o tempo de produção das mudas. O objetivo do trabalho foi avaliar a sobrevivência e estabelecimento de bactérias diazotróficas inoculadas em plantas de cana-de-açúcar IAC 5000 em fase inicial de desenvolvimento. Foram retirados toletes de cana-de-açúcar da região mediana da planta. Estes foram padronizados para que obtivessem o mesmo tamanho, distribuídos em grupos de 15 unidades e submetidos ao tratamento térmico em banho-maria a 52 ºC por 30 minutos. O experimento foi conduzido comparando-se o tratamento de inoculação com a estirpe BR11145, de Nitrospirillum amazonense com o de não inoculação ou controle. Para isto foi preparada uma solução de inoculante na proporção de 1:100 (37,5 g de turfa inoculada para 3 L de água) com 1,4x109 células viáveis. g de turfa-1. Os toletes do tratamento de inoculação ficaram imersos nesta solução por 30 minutos e os do controle em água. Após a inoculação os toletes foram distribuídos em caixas contendo 10 kg de substrato areia + vermiculita na proporção 2:1 previamente esterilizadas e 15 toletes. O experimento foi conduzido em casa de vegetação em delineamento em blocos casualizados com 4 repetições (tratamento de inoculação e controle – 4 caixas para cada tratamento). Foram coletadas amostras de raiz aos 2, 5 e 10 dias após o plantio e submetidas à avaliação da sobrevivência de bactérias diazotróficas pelo Método do Número Mais Provável. A população de bactérias no tratamento inoculado foi 10.000 vezes maior que o não inoculado nos primeiros 2 dias do desenvolvimento vegetal. Aos 5 dias pode-se observar um aumento da população de bactérias diazotróficas no tratamento controle ao passo que no inoculado manteve-se constante e 1000 vezes superior. No décimo dia após o plantio não havia diferença entre os tratamentos que se encontravam com 108 células viáveis em ambos. Com tais resultados, pode-se inferir que há uma maior população de bactérias diazotróficas no tratamento inoculado e esse valor não diminuiu ao longo do tempo. A presença de células viáveis nos primeiros dias do tratamento não inoculado pode estar relacionada à cultivar utilizada no experimento. Conclui-se que há bactérias diazotróficas tanto no tratamento inoculado como no controle, no entanto a inoculação promoveu uma quantidade superior de células viáveis nos 5 primeiros dias de desenvolvimento das plantas de cana-de-açúcar cultivar IAC 5000 podendo, com isso, auxiliar o estabelecimento da planta. Palavras-chave: mudas pré-brotadas; inoculação; Nitrospirillum amazonense. Agradecimentos: EMBRAPA Agrobiologia, UFRRJ, UFLA.
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Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES DO SOLO Comissão: Biologia do solo
Solubilização de potássio por bactérias diazotróficas em solo adubado com fonolito Aline C. Mesquita1, Ana B. C. Terra1, Flávia R. da S. Costa1, Ligiane A. Florentino1, Adauton V. de Rezende1, José R. Mantovani1 1
Universidade José do Rosário Vellano, Alfenas - MG, Brasil, alinecmesquita@hotmail.com
As reservas de potássio nos solos brasileiros são baixas, sendo necessário a aplicação de altas doses de fertilizantes potássicos, os quais são em sua grande maioria importados (cerca de 90% do KCl utilizado na agricultura). Essa alta dependência do mercado externo tem despertado a atenção de pesquisadores de órgãos governamentais, alertando para a necessidade de estudar fontes alternativas deste nutriente. Baseando nisso o objetivo desse estudo foi verificar se a inoculação com estirpes de bactérias diazotróficas solubilizadoras de potássio (K) promovem maior liberação deste elemento no solo, após adubação com o pó da rocha silicatada fonolito. O experimento foi conduzido no Laboratório de Microbiologia Agrícola da UNIFENAS e foram utilizadas 12 estirpes de bactérias diazotróficas pertencentes à coleção da UNIFENAS e de comprovada capacidade em solubilizar K in vitro: (UNIFENAS 100-79; 100-39; 100-21; 100-01; 100-13; 100- 94; 100- 93;100-85 ;100-27; 10026; 100-40; 100-16). O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado e 15 tratamentos, sendo: 12 inoculados com as estirpes bacterianas, um tratamento controle (sem fonolito e sem inoculação), um contendo fonolito sem inoculação e um contendo KCl. Foram utilizadas quatro repetições, totalizando 60 vasos. O solo ficou incubado por 90 dias, em temperatura ambiente e a umidade foi mantida na capacidade de campo. Após esse período, foram avaliados os seguintes parâmetros: teor de K+ pelos métodos de (Mehlich e Resina), pH e acidez potencial (H+Al). A utilização do fonolito, associado à inoculação com estirpes bacterianas contribui para uma maior disponibilidade de potássio no solo. As estirpes UNIFENAS 100-01, 100-16, 100-27, 100-39 e 100,93 foram as mais eficientes para a solubilização do K+ presente no pó de rocha fonolito, na qual serão selecionadas para testes futuros em vaso com solo e experimento em campo, visando avaliar o potencial de utilização da rocha fonolito em associação com essas estirpes bacterianas no desenvolvimento vegetal. Palavras chave: fontes alternativas de potássio; pó de rocha; inoculação. Agradecimentos: NEMA( Núcleo de estudos em microbiologia agrícola), NEPAR (Núcleo de estudos em pastagens e ruminantes) e a Fapemig pelo apoio financeiro (Projeto aprovado, processo número: CAG- APQ- 01115-14).
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Comissão: Física do solo.........................................................41 Agregação de Latossolos submetidos ao aquecimento - Yasmmin T. Costa, Maxmiller Alvarenga, Gabriel L. Segismundo, Geraldo C. de Oliveira, Bruno T. Ribeiro................................................................................................41 Avaliação da água disponível em função do grau de intemperismo de um solo residual gnáissico - Regina T. Delcourt, Tácio M. P. de Campos............................................................................................42 Efetividade da subsolagem em profundidade nos atributos físicos de um Cambissolo sob cafeeiro - Luiz Felipe Souza, Rodrigo F. da Silva, Geraldo C. de Oliveira, Samara M. Barbosa, Pedro Antônio N. Benevenute, Renata Andrade......................................................................................................................................43 Estudo temporal da qualidade física de um Cambissolo Húmico sob a cultura do linho - Letícia S. Kohn, Carla E. Carducci, Jânio S. Barbosa, Pedro A. N. Benevenute, Valderi N. da Silva, Gustavo H. M. Regazolli ........44 Evolução morfométrica de agregados do Cambissolo Húmico sob cultivo de linho ao longo do tempo - Carla E.Carducci, Letícia S. Kohn, Jânio S. Barbosa, Valderi N. da Silva, Gustavo H. M. Regazolli..................45 Índice de floculação da argila em Latossolo cultivado com Cynodon spp. e área de mata nativa - Valderi N. da Silva, Carla E. Carducci, Letícia S. Kohn, Jânio S. Barbosa, Gustavo H. M. Regazolli.................46 Influência do biocarvão de palha de café conilon na água disponível do solo - Liliane P. da Rocha, Ronaldo W. da Silva, Laís L. da Silva, Lázaro L. Mosa, Renato R. Passos.........................................................................47 Morfologia radicular e de agregados do solo sob o cultivo do linho ao longo do tempo - Letícia S. Kohn, Carla E. Carducci, Leosane C. Bosco, Jânio S. Barbosa, Valderi N. da Silva, Gustavo H. M. Regazolli ..................48 Produção de matéria seca de diferentes plantas de cobertura sob um Latossolo - Edvar B. F. Lima Filho, Franciane H. de Andrade, Cleber K. de Souza.............................................................................................49 Propriedades físicas do solo em APP’s de nascentes degradadas no município de Lavras-MG Igor H. M. Bueno, Felipe B. Ladeira, Ligiane C. L. Dauzacher, Sarita S. de A. Laudares, Luiz O. M. Filho, Luís A. C. Borges......................................................................................................................................................................50
Propriedades físicas do solo em função de diferentes manejos de pastagem - Bruno E. C. Silva, Marlinda R. Jolomba, Paulo H. D. Luiz..........................................................................................................................51 Qualidade física do solo em área de forragem com Cynodon spp. irrigado e sequeiro - Valderi N. da Silva, Carla E. Carducci, Letícia S. Kohn, Jânio S. Barbosa, Gustavo H. M. Regazolli ..............................................52 Técnicas de modelagem no ajuste da curva de retenção de água do solo sob diferentes tipos de manejo - Rodrigo F. da Silva, Geraldo C. de Oliveira, Ernandes G. Moura, Samara M. Barbosa, Renata Andrade, Luiz F. Souza, Jodean A. da Silva, Fabricio R. Andrade................................................................................................53
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Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES DO SOLO Comissão: Física do solo
Agregação de Latossolos submetidos ao aquecimento Yasmmin T. Costa1, Maxmiller Alvarenga1, Gabriel L. Segismundo1, Geraldo C. de Oliveira1, Bruno T. Ribeiro1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, yasmmintadeucosta@yahoo.com.br
O aquecimento do solo por queimadas afeta a sua estabilidade dos agregados devido à perda da matéria orgânica do solo e destruição e formação de novas fases minerais. Um solo submetido ao aquecimento pode levar ao aumento ou redução na estabilidade de seus agregados. Os efeitos do aquecimento nos atributos do solo são bem entendidos para solos de clima temperado. Poucos trabalhos são encontrados para solos tropicais altamente intemperizados, como os Latossolos. Assim, objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito do aquecimento em condições laboratoriais na estabilidade de agregados de seis Latossolos: Latossolo Vermelho-Amarelo húmico (LVA), Latossolo Vermelho-Amarelo ácrico (LVAw), Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico típico (LVAd), Latossolo Vermelho acriférrico (LVwf), Latossolo Vermelho distroférrico (LVdf) e Latossolo Vermelho distrófico húmido (LVd). Foram coletadas amostras compostas (n=4) da camada 0-10 cm, as quais foram peneiradas para a obtenção de agregados de 4 a 8 mm. Os agregados foram aquecidos em fornos mufla por 30 minutos nas seguintes temperaturas (ºC): 100, 200, 300, 400, 500 e 600. Uma subamostra de 25 g dos agregados de tamanho 4 a 8 mm foram submetidos ao peneiramento úmido utilizando-se o aparelho de Yoder. No peneiramento foram utilizadas peneiras de tamanho: 2,00; 1,00; 0,50; 0,25 e 0,105 mm. Baseado na massa de solo recuperada em cada peneira após o ensaio, determinou-se o diâmetro médio geométrico (DMG). Procedeu-se a análise de variância dos dados (Teste F) e realizado teste de média (Scott-Knott; p<0,05) comparando-se temperaturas em cada Latossolo. Nenhuma alteração na agregação do LVA e LVAw foi observada. No LVwf o DMG aumentou após 300 ºC permanecendo constante até 600 ºC. NoLV o DMG diminuiu após 200 ºC. No LVAd o DMG aumentou após aquecimento a 200 ºC, permanecendo constante até 500 ºC e diminuindo novamente com 600 ºC. No LVdf o DMG não se diferenciou na faixa de 100 ºC a 400 ºC, porém foram superiores ao tratamento controle (sem aquecimento). Após 400 ºC o DMG diminuiu, porém não sendo estatisticamente diferente da amostra não aquecida. As alterações no estado de agregação de solos submetidos ao aquecimento são muito variáveis, dependendo dos atributos de cada solo. Neste trabalho verificou-se cada Latossolo comportou-se de maneira diferenciada quando submetido ao aquecimento. Essas diferentes respostas podem estar relacionadas às alterações na matéria orgânica do solo (reduzindo a estabilidade de agregados) ou formação de novas fases minerais ou fusão de óxidos de Fe e Al (aumentando a estabilidade de agregados). Palavras-chave: incêndios; estabilidade de agregados; matéria orgânica do solo. Agradecimentos: NECS, DCS, UFLA, FAPEMIG.
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Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES DO SOLO Comissão: Física do solo
Avaliação da água disponível em função do grau de intemperismo de um solo residual gnáissico Regina T. Delcourt1, Tácio M. P. de Campos1 Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro – RJ, Brasil, reginadelcourt@hotmail.com
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Considera-se que a disponibilidade de água para as plantas ocorre no intervalo de umidade entre um limite superior, definido como sendo a capacidade de campo (CC), e um limite inferior, definido como sendo o ponto de murcha permanente (PMP). Assume-se que a umidade do solo, associada aos pontos de CC e PMP, corresponde a um potencial matricial de -1/3 atm (-33 kPa) e -15 atm (-1500 kPa), respectivamente. O trabalho teve como objetivo avaliar a disponibilidade de água para plantas em função do grau de intemperismo de um solo residual de gnaisse facoidal, classificado como um argissolo, através de correlações gráficas obtidas por ensaios de determinação da curva característica de sucção dos solos e ensaios de porosimetria por intrusão e extrusão de mercúrio (PIM). Devido à dificuldade em coletar amostras em um perfil vertical, foram identificados e coletados solos de três pontos horizontais com diferentes graus de alteração, denominados de solo residual jovem (SRJ), horizonte C, solo residual de transição (SRT), horizonte B/C, e solo residual mais alterado (SRM), horizonte Bt. Através da caracterização física dos mesmos, de acordo com a classificação da ABNT, obteve-se que o SRJ e o SRT são areias siltosas e o SRM é uma areia argilosa. O SRJ apresentou uma porosidade de 51,3%, o SRT de 52,4% e o SRM de 51%. Através dos ensaios de PIM obteve-se uma porosidade total média para o SRJ de 43,1%, para o SRT 41,7%, e para o SRM 39,33%. Os valores de porosidade obtidos através dos ensaios de PIM são inferiores aos valores de porosidade obtida através dos índices físicos do solo devido, possivelmente, à uma limitação do ensaio de PIM que consegue apenas quantificar a porosidade interconectada do solo, não medindo os poros isolados (cercados por partículas sólidas). Através do ensaio PIM observou-se que o SRJ possui menor micro e maior meso e macroporosidade, enquanto o SRT e SRM apresentaram maior micro e menor meso e macroporosidade. Considerando que o diâmetro do poro é aproximadamente dez vezes menor que o diâmetro do grão, assumiu-se que o microporo está associado à fração argila, o mesoporo à fração silte e o macroporo à fração areia do solo. O ensaio de PIM tem estreita relação com a curva característica dos solos, obtidas através do método do papel filtro, que se baseia no princípio de que dois materiais porosos em contato vão trocar água até que o equilíbrio seja alcançado. As amostras foram saturadas por capilaridade e posteriormente secas ao ar até atingir a massa arbitrada. As sucções alcançadas foram da ordem de 5 a 2500 kPa, para o SRJ, de 4 a 4400 kPa, para o SRT, e de 3 a 5300 kPa, para o SRM. Todas as curvas foram ajustadas pelo modelo de Gitirana e Fredlung. Observou-se similaridade entre as curvas, assim como o comportamento bimodal dos solos estudados. Através das curvas características dos solos estudados estimou-se os seguintes valores de umidade relativos à CC e PMP, SRJ: 30% e 14%; SRT: 30% e 25%; e SRM: 32% e 23%. Avaliando-se as curvas de intrusão e extrusão de mercúrio, observa-se que o volume de mercúrio injetado acumulado, correspondente à região dos macroporos, é maior para o SRJ do que para o SRT e SRM. Apesar da característica heterogênea das amostras foi possível observar que, de forma geral, o volume de macroporos é inversamente proporcional ao grau de alteração do solo, ou seja, quanto menos intemperizado o solo, maior o tamanho dos poros, tornando o solo mais permeável e, portanto, com baixa retenção de água. Quanto mais intemperizado o solo, maior o teor de argila presente no mesmo, associada a uma maior retenção de água. Dessa forma, comparando-se os resultados obtidos pela curva característica dos solos e pelo ensaio de PIM, pode-se dizer que, o SRJ possui maior capacidade de disponibilidade de água do que os solos SRT e SRM, possivelmente relacionado às características semelhantes das amostras estudadas e à quantidade de silte e argila presentes nestes, indicando a influência da granulometria e mineralogia na dinâmica de disponibilidade e retenção de água nos solos. Palavras-chave: água disponível; porosidade; solo residual. Agradecimentos: UFLA, PUC-Rio, UFSCar, CNPq. 42
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Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES DO SOLO Comissão: Física do solo
Efetividade da subsolagem em profundidade nos atributos físicos de um Cambissolo sob cafeeiro Luiz Felipe Souza¹, Rodrigo F. da Silva¹, Geraldo C. de Oliveira¹, Samara M. Barbosa¹, Pedro Antônio N. Benevenute¹, Renata Andrade¹ 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, lfsouza94@hotmail.com
O estado de Minas Gerais contribui com mais de 50% da produção de café do Brasil. Dentre as diversas classes, os Cambissolos com uma área de aproximadamente 10,5 milhões de hectares (aproximadamente 18% da área total do estado) são os solos de menor aptidão para a cultura do café, mas com manejo adequado seu potencial de uso pode ser aumentado consideravelmente. Assim, inovações nos sistemas de preparo do solo e manejo da cultura do cafeeiro podem contribuir para mitigar os problemas existentes favorecendo a incorporação de novas áreas na cadeia produtiva. Na procura por maneiras de contornar os problemas quanto ao desenvolvimento do cafeeiro sob Cambissolos, vários produtores recorrem ao sulco de plantio profundo, chegando em alguns casos até 1 m de profundidade, mesmo sem ter nenhum embasamento em estudos que demonstrem a real eficiência dessas operações ou mesmos os possíveis problemas ocasionados por elas. A partir do presente estudo se teve por objetivo avaliar a eficiência de preparo do sulco de plantio do café sob um Cambissolo. A área experimental está situada no município de Nazareno, estado de Minas Gerais, Brasil. O experimento foi implantado em um delineamento em blocos ao acaso, e um arranjo de parcelas subdivididas com medidas repetidas em profundidade e três replicantes. As parcelas foram constituídas pelas profundidades de preparo de 0,40 m (SP40), 0,60 m (SP60) e 0,80 m (SP80). As subparcelas foram constituídas pelas camadas de amostragem 0-5, 20-25, 35-40, 45-50, 55-60, 65-70 e 75-80 cm. Para representar a condição de equilíbrio foram coletadas amostras do Cerrado nativo (CN), respeitando uma bordadura de 15 metros a partir da margem da reserva legal. Para determinar à densidade do solo (Ds), após atingirem o equilíbrio hídrico, as amostras foram pesadas em seguida foram colocadas em estufa a ±105 °C, por 24 h, sendo o valor de Ɵ (-6kPa) utilizado na determinação da microporosidade (Mi). A porosidade total de poros (PT) foi obtida da relação PT = 1 – (Ds/Dp), em que Dp é a densidade de partículas, já a macroporosidade (Ma) foi calculada a partir da diferença entre PT e Mi. Nos diferentes tratamentos não foram atingidas as profundidades de subsolagem desejadas, sendo que em média esta operação atingiu uma profundidade de 20 a 35 cm abaixo do desejado para os diferentes sulcos de plantio. A subsolagem promoveu compactação abaixo do suco de plantio do cafeeiro em todos os tipos de sulcos. Palavras-chave: implantação de cafeeiro; preparo do solo; porosidade do solo. Agradecimentos: CAPES, CNPq, FAPEMIG, NECS, DCS, UFLA.
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Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES Comissão: Física do solo
Estudo temporal da qualidade física de um Cambissolo Húmico sob a cultura do linho Letícia S. Kohn1, Carla E. Carducci2, Jânio S. Barbosa1, Pedro A. N. Benevenute3, Valderi N. da Silva1, Gustavo H. M. Regazolli1 Universidade Federal de Santa Catarina – Campus Curitibanos, Curitibanos - SC, Brasil, leticiaskohn@gmail.com, 2Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados – MS, 3Universidade Federal de Lavras, Lavras – MG 1
Responsável por alterar a estrutura de um solo, as condições de manejo que ele recebe podem interferir também em suas propriedades físicas, tendo como atributos de fácil obtenção, a densidade do solo, a microporosidade, a macroporosidade e o volume total de poros. Com a finalidade de manter no solo uma distribuição de poros suficiente para manter o equilíbrio entre ar e água, as práticas de manejo conservacionista vêm sendo adotadas e indicadas como opção para obter a sustentabilidade do meio agrícola. Sendo assim, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a densidade do solo, a microporosidade, a macroporosidade e o volume total de poros em um Cambissolo Húmico sob o cultivo de linho nos anos de 2015 e 2016. A semeadura foi realizada em uma área de 150 m² com duas variedades de linho (marrom e dourado) em sistema de cultivo mínimo. No ano de 2014, foi realizado o preparo do solo com a utilização de um arado de discos reversível em quatro passadas com a finalidade de desagregar e desestruturar o solo uniformizando todo o local. Foi realizada a semeadura manual do linho no período de agosto de 2015 e em maio de 2016, com espaçamento de 0,34 m entrelinhas e 0,05 m entre plantas. O solo em estudo apresenta textura muito argilosa, contendo 626, 305 e 69 g kg-1 de argila, silte e areia, respectivamente. Foram coletadas amostras preservadas de solo na linha de cultivo nas profundidades de 0-0,05 m e 0,05-0,20 m para realizar as análises de densidade global do solo (Ds), microporosidade (Mi), volume total de poros (VTP) e macroporosidade (Ma). O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, comparando-se os parâmetros analisados em dois anos de cultivo, com duas variedades e duas profundidades estudadas, que foram submetidos à análise de variância e a comparação das médias, quando significativas, foi realizada pelo teste de Tukey (p<0,05). Através da densidade do solo encontrou-se alteração significativa na estrutura do mesmo dentro dos anos de cultivo, com diminuição da Ds em 2015 (≈ 1,92 g cm-3) para 2016 (≈ 1,64 g cm-3) em ambas as variedades. Em relação à microporosidade, que é responsável pela retenção de água no solo, os valores não diferiram significativamente, apresentando valores maiores no ano de 2015 (≈ 0,45 cm3 cm-3) do que no ano de 2016 (≈ 0,40 cm3 cm-3). A macroporosidade também não apresentou diferença significativa, porém variou 8 a 27%, fazendo com que o arejamento no solo não fosse limitado e, o conteúdo de água drenado no perfil possibilitou um bom crescimento e desenvolvimento do sistema radicular. Embora o solo tenha apresentado valores relativamente altos em relação à Ds para as variedades marrom e dourada de linho, o que indicaria compactação, apresentando menor valor para a variedade marrom (≈1,47 g cm-3), o mesmo exibiu valores de VTP que variaram entre 0,53 a 0,69 cm3 cm-3 e bom desenvolvimento radicular. É importante ressaltar, que no início do experimento (2014), foi realizada a aração da área, e que o solo ao longo dos anos foi se reorganizando. O alto valor de VTP se deve devido à contribuição da matéria orgânica, o que é característico desse solo, resultado que reflete em um bom espaço para a movimentação de água, ar e desenvolvimento de raízes, e retenção de água. Palavras-chave: atributos físicos; porosidade; Linun usitatissimum L. Agradecimentos: UFSC, CNPq.
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Evolução morfométrica de agregados do Cambissolo Húmico sob cultivo de linho ao longo do tempo Carla E.Carducci1, Letícia S. Kohn2, Jânio S. Barbosa2, Valderi N. da Silva2, Gustavo H. M. Regazolli2 1
Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados-MS, Brasil, elocarducci@gmail.com, 2Universidade Federal de Santa Catarina –Campus Curitibanos, Curitibanos-SC, Brasil
Sistemas de cultivo conservacionistas alteram beneficamente a estrutura do solo, tanto pela formação de agregados estáveis quanto pela alteração na morfometria dos mesmos. Diferenças de dimensão e das características da superfície dos agregados influenciarão na distribuição e continuidade dos poros do solo, com consequências positivas no equilíbrio ar-água. Dessa forma, com as análises de imagens é possível detectar alterações morfométricas dos agregados do solo impostas pelos diferentes sistemas de manejo. Nesse sentido, o trabalho objetivou avaliar as alterações morfométricas dos agregados de um Cambissolo Húmico sob três anos de cultivo de linho. O experimento foi instalado em uma área de 150 m² para o cultivo de duas variedades de linho (sementes de cor marrom e amarelo-dourada). Em 2014 ocorreu o preparo do solo para uniformização e desagregação, com o uso de arado de disco reversível 28” em quatro passadas. A semeadura foi realizada em agosto de 2014 e 2015 e maio em 2016, sendo está manual e em cultivo mínimo, com espaçamento de 0,34 m entrelinhas e 0,05 m entre plantas. Nenhum trato cultural químico foi utilizado ao longo dos cultivos. No verão houve o cultivo de tomate tutorado. O solo da área foi classificado como Cambissolo Húmico Háplico de textura muito argilosa (626 , 305, 69 g kg-1 de argila, silte e areia, respectivamente). Foram coletados blocos de solo de 0,10 x 0,10 x 0,05 m na linha de cultivo para obtenção dos agregados que ficaram retidos no intervalo das peneiras de 9,52 e 4,76 mm de diâmetro, a campo, via movimentos leves e com quantidade pré-estabelecidos (10 vezes). Foram obtidas imagens com resolução espacial de 300 dpi de 60 agregados e três repetições por tratamento obtidos via scanner de mesa. Em seguida, as imagens foram analisadas pelo programa QUANTIPORO e obtidas os dados geométricos (área - cm² e perímetro cm) e fatores de forma (aspecto e rugosidade, variam de 0 a 1). Foram coletadas amostras deformadas para determinar o conteúdo de matéria orgânica do solo (MOS). O delineamento experimental foi em blocos ao acaso em esquema fatorial (3x2x2 - anos, variedade, diâmetro de agregado, respectivamente), quando pertinente foi utilizado o teste de Tukey (p<0,05) nas médias dos tratamentos. Ao longo dos anos de cultivo do linho houve diferenças significativas das variáveis morfométricas, com aumento da área de superfície e perímetro dos agregados de 2014 (≈ 0,10 cm² e 1,57 cm) para 2016 (0,27 cm² e 2,20 cm) em ambas as variedades, especialmente no linho marrom com agregados de 9,52 mm de diâmetro. Os fatores de forma indicam a proximidade dos agregados a figuras geométricas, como a esfera indicada pelo valor 1, sendo assim, o aspecto dos agregados não diferiram significativamente, os agregados apresentaram mais ângulos de encaixe, se assemelhando a um cubo (≈0,85). Os agregados de 4,76 mm de diâmetro apresentaram-se mais lisos e esféricos, o que é esperado, já os agregados de 9,52 mm apresentaram superfície mais irregular com valores de rugosidade menor que 0,60 especialmente no linho marrom entre os anos de cultivo, este fato pode ser devido ao maior número e comprimento de raízes envolvendo os agregados. O aumento dos agregados e sua rugosidade de superfície contribuíram para a manutenção dos valores de MOS (2014: ≈70 g kg -1 e 2016: ≈ 61 g kg-1), exceto no ano de 2015 que houve redução nos valores de MOS (≈52 g kg-1) devido ao Fenômeno “El Niño”. Ressalta-se que o sistema de manejo conservacionista utilizado (cultivo mínimo e ceifa do mato) contribuiu para a formação de agregados maiores e mais rugosos que contribuirão positivamente nos processos dinâmicos do solo. Palavras-chave: fator de forma; agregação; Linun usitatissimum L. Agradecimentos: UFSC, CNPq.
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Índice de floculação da argila em Latossolo cultivado com Cynodon spp. e área de mata nativa Valderi N. da Silva1, Carla E. Carducci2, Letícia S. Kohn1, Jânio S. Barbosa1, Gustavo H. M. Regazolli1 Universidade Federal de Santa Catarina –Campus Curitibanos, Curitibanos-SC, Brasil, valderij86@gmail.com, Universidade Federal da Grande Dourados-Faculdade de Ciências Agrárias, Dourados-MS
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O preparo do solo em condições inadequadas e seu uso intensivo podem ocasionar alteração em suas características físicas em diferentes graus. A degradação das propriedades físicas do solo está diretamente associada ao tráfego de máquinas em excesso e em condições inadequadas ou pisoteio animal, causando compactação, aumento da densidade e resistência à penetração. O uso do solo pode resultar em aumento da dispersão da argila, bem como fazer ela ser transportada no perfil e produzir horizontes mais ricos em argila e silte ou entupir microporos reduzindo a aeração e infiltração de água. Neste sentido, o presente trabalho objetivou avaliar áreas cultivadas com o gênero Cynodon spp. em sequeiro e irrigado, e uma área de mata nativa sobre a dispersão de argila em um Latossolo Vermelho Distrófico. O solo em estudo apresentou textura argilosa, contendo 485; 48; 467 g kg-1 de argila, areia e silte respectivamente. Foram coletadas três amostras alteradas de solo via trado holandês para realizar a análise do índice de floculação de argila do solo e granulometria pelo método da pipeta nas camadas de 0-5 cm e 5-10 cm, em cada um dos cinco tratamentos: 1 - área de Tifton irrigado (TI), 2 – área de Tifton não irrigado (TS), 3 – área de Jiggs irrigado (JI), 4 – área de Jiggs não irrigado (JS), 5 área de mata nativa (MN), utilizada como testemunha. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado (DIC), comparando-se o parâmetro analisado em duas profundidades (0-5 cm e 5-10 cm), submetido a analise de variância e a comparação das médias realizada pelo teste de Tukey (p<0,05). Os valores obtidos para o índice de floculação apresentaram diferença significativa entre os cinco tratamentos. Na camada de 0-0,5 m a maior floculação dos agregados ocorreu na seguinte ordem: JS – 39,74% ; TI – 47,69%; JI – 42,22%; MATA – 57,54%; TS- 69,92%. Já na camada de 0,05-0,1 m a maior floculação dos agregados ocorreu na seguinte ordem: TI – 41,67%; JS – 45,58%; JI – 53,85%; MATA – 70,04%; TS – 74,18%. Na camada 0-0,05 m o tratamento TS diferiu-se dos demais tratamentos. Já na camada 0,05-0,1 m o tratamento TS apresentou diferença significativa somente em relação ao tratamento TI, com os demais tratamentos não apresentando diferença significativa entre estes dois tratamentos. Além disso, observou-se que nas áreas com cultivo de Tifton em sequeiro, o índice de floculação é maior nas duas profundidades em relação aos demais tratamentos nas áreas cultivadas com forragens. Portanto, nas áreas onde há maior índice de floculação espera-se que ocorra menor susceptibilidade à erosão, tendo em vista que a floculação propicia a formação de agregados estáveis, pois ocorre uma maior permeabilidade do solo à penetração da água, favorecendo o crescimento vegetal. Palavras-chave: propriedades físicas; dispersão; erosão. Agradecimentos: UFSC.
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Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES DO SOLO Comissão: Física do solo
Influência do biocarvão de palha de café conilon na água disponível do solo Liliane P. da Rocha1, Ronaldo W. da Silva1, Laís L. da Silva1, Lázaro L. Mosa1, Renato R. Passos1 1
Universidade Federal do Espírito Santo, Alegre - ES, Brasil, lili.rpaes@hotmail.com
O Espírito Santo destaca-se no cenário nacional como o maior produtor de café conilon. Durante o beneficiamento do café, é obtido cerca de 50% de resíduos na forma de palha. Uma alternativa para destinação desses resíduos é a transformação em biocarvão. O biocarvão é definido como um material especifico para uso como condicionador do solo. É obtido através da conversão térmica em condições limitadas ou na ausência de oxigênio em temperatura controlada (pirólise). Neste sentido, objetivou-se avaliar a disponibilidade de água em solo incorporado com biocarvão de palha de café conilon produzido em duas temperaturas de pirólise. O trabalho foi conduzido em ambiente controlado com temperatura de 25 ºC ± 2, no Laboratório de Solos do Centro de Ciências Agrárias e Engenharias da Universidade Federal do Espírito Santo, no município de Alegre, Espírito Santo. Os biocarvões foram produzidos nas temperaturas de 350 °C e 600 °C, em um reator de pirólise hermeticamente fechado, posteriormente foram passados em peneiras de 1 e 0,5 mm aproveitando o material retido entre estas duas malhas. Foram utilizados quatro doses de biocarvão proporcionais a 5, 10, 15 e 20 t ha -1 e um tratamento controle sem adição de biocarvão, sendo incubados em recipiente plástico contendo 1,7 kg de um Latossolo Vermelho Distrófico de textura argilosa por 120 dias. Através do extrator de placa porosa nas pressões de -10 e -1500, determinou-se a capacidade de campo (CC) e o ponto de murcha permanente (PMP) do solo respectivamente. A água disponível do solo (AD) foi considerada como a água retida entre a CC e o PMP. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância P < 0,05 e quando significativos, os dados qualitativos foram submetidos ao teste de Tukey ao nível 5% de probabilidade e os dados quantitativos foram submetidos à análise de regressão. A adição de biocarvão, independentemente de dose aplicada aumentou a CC e a AD do solo em relação ao tratamento controle. A CC do tratamento controle foi de 0,20 dm³ dm-³, verificou-se aumento da CC de 20 e 35% (0,24 e 0,27 dm³ dm-³) para o tratamento com biocarvão produzido a 350 e 600 ºC respectivamente. A elevação da temperatura de pirólise promoveu um aumento de 12,5% da CC do solo. Quanto ao PMP, não foi observado diferença significativa entre as temperaturas de pirólise obtendo-se 0,14 dm³ dm-³ de água no solo para ambos os tratamentos, estes valores foram 16,6% maior que o PMP do tratamento controle. A AD do tratamento controle foi de 0,08 dm³ dm-³, verificou-se aumento da AD de 25 e 62,5% (0,1 e 0,13 dm³ dm-³) para o tratamento com biocarvão produzido a 350 e 600 ºC respectivamente. A elevação da temperatura de pirólise promoveu um aumento de 30% da AD do solo. O aumento das doses de biocarvão proporcionou aumento linear na CC do solo com aumento mais pronunciado para os tratamentos com a maior temperatura de pirólise conforme apresentado nas regressões ŷ = 0,21 + 0,0009x (R² = 0,98) e ŷ = 0,21 + 0,0029x (R² = 0,98) para as temperaturas de 350 e 600 ºC respectivamente. Não se observou efeito significativo para doses dos biocarvões quanto ao PMP. Efeitos semelhantes a CC foram observados para a AD conforme apresentado nas regressões ŷ = 0,087 + 0,0003x (R² = 0,73) e ŷ = 0,0844 + 0,0024x (R² = 0,97) para as temperaturas de 350 e 600 ºC respectivamente. O aumento da CC e AD do solo com a adição de biocarvão pode ser atribuído ao aumento de porosidade do solo, que é proporcionada pela alta quantidade de microporos do biocarvão, resultante da volatilização de compostos durante a pirólise e do aumento de porosidade do biocarvão devido a dilatação dos poros conforme aumenta a temperatura de pirólise. Portanto, o uso de biocarvão aumenta a disponibilidade de água do solo, sendo este efeito maior com o uso de biocarvão produzido em maior temperatura de pirólise. Palavras-chave: biochar, pirólise, condicionador do solo. Agradecimentos: FAPES, UFES, CAPES.
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Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES Comissão: Física do solo
Morfologia radicular e de agregados do solo sob o cultivo do linho ao longo do tempo Letícia S. Kohn1, Carla E. Carducci2, Leosane C. Bosco1, Jânio S. Barbosa1, Valderi N. da Silva1, Gustavo H. M. Regazolli1 Universidade Federal de Santa Catarina – Campus Curitibanos, Curitibanos-SC, leticiaskohn@gmail.com, 2Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados – MS, Brasil 1
Brasil,
As características de forma dos agregados do solo podem servir de guia para conhecer sua qualidade estrutural, sendo importantes na investigação sobre o arranjo das partículas minerais que influenciam no armazenamento e movimento de gases e água, bem como no desenvolvimento de raízes. As características do sistema radicular das culturas e sua influência sobre a estrutura do solo são resultados do manejo empregado e também dos atributos de cada solo. Sendo assim, este trabalho teve por objetivo avaliar a morfologia radicular e de agregados em um Cambissolo Húmico em três anos sob o cultivo do linho. O experimento ocorreu em uma área de 150 m², que foi arada no ano de 2014 com a finalidade de desestruturar o solo. A semeadura foi realizada em sistema de cultivo mínimo, utilizando duas variedades de linho (marrom e dourada), em espaçamento de 0,34 m entrelinhas e 0,05 m entre plantas. O solo em estudo apresenta textura muito argilosa, contendo 626, 305 e 69 g kg -1 de argila, silte e areia, respectivamente. Para a avaliação do sistema radicular, na época de floração da cultura foram selecionadas 3 plantas das diferentes variedades em cada bloco onde foi aberta uma trincheira longitudinal à linha de cultivo (0,30 m de largura x 0,30 m de profundidade). O solo ao longo da parede da trincheira foi escarificado e as raízes expostas receberam uma camada de tinta amarela. Foi colocado um gride com as mesmas dimensões da trincheira (com quadrículas de 0,05 m x 0,05 m) em contato com o solo e sobre as raízes. Foram adquiridas imagens digitais do perfil com resolução espacial de 16 megapixel e as mesmas foram processadas no programa Safira para quantificação do comprimento das raízes. Ao final do ciclo da cultura foram coletados blocos de solo na linha de cultivo com dimensões de 0,10 m x 0,10 m x 0,05 m para obter os agregados que ficaram retidos em peneiras de 9,52 e 4,76 mm de diâmetro, através de movimentos leves estabelecidos (10 vezes). As imagens digitais foram obtidas através de um scanner de mesa com resolução espacial de 300 dpi, utilizando-se 60 agregados e 3 repetições por tratamento, posteriormente, foram processadas pelo programa Quantporo, onde obteve-se o parâmetro de rugosidade. Foi realizada a análise de variância e quando pertinente, os dados foram submetidos ao teste de Tukey (p<0,05). Houve diferença significativa quanto ao comprimento das raízes em relação aos anos de estudo, no ano de 2014, as raízes puderam se desenvolver melhor explorando o solo verticalmente, sendo que a variedade marrom obteve comprimento médio total de 4,94 m e a dourada de 2,84 m na área do gride estudada. Em 2015 houve excesso de água no solo, o que resultou em um menor desenvolvimento radicular (marrom: ≈1 ,99 m e dourada: ≈0,98 m), e em 2016 as condições climáticas fizeram com que as raízes atingissem até os 30 cm de profundidade, porém ainda apresentaram menor comprimento em relação ao ano de 2014 (marrom: ≈2,27 m e dourada: ≈1 ,86 m). Quanto à rugosidade dos agregados, os mesmos apresentaram valores que variaram de 0,37 a 0,60 no ano de 2014, semelhantes a forma geométrica oval. Nos anos de 2015 e 2016 os valores de rugosidade aumentaram, chegando a 0,75 (índice 1 indica superfície perfeitamente lisa), o que indica que os agregados apresentam menos estrias do que os coletados em 2014, assemelhando-se a um cubo com algumas estrias, concluindo-se que a menor quantidade de raízes encontradas interferiram para que os agregados ficassem mais lisos. Palavras-chave: desenvolvimento de raízes; micromorfometria de agregados; Linun usitatissimum L. Agradecimentos: UFSC, CNPq.
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Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES DO SOLO Comissão: Física do solo
Produção de matéria seca de diferentes plantas de cobertura sob um Latossolo Edvar B. F. Lima Filho1, Franciane H. de Andrade1, Cleber K. de Souza1 1
IFSULDEMINAS Campus Inconfidentes, Brasil, edvarfilho-agro@hotmail.com
As plantas de cobertura desempenham papel fundamental nas propriedades físicas do solo. Um solo com grande aporte de matéria seca traz diversos benefícios como acúmulo de água, diminuição da temperatura, diminuição de erosões laminar e compactação, aumento da vida microbiológica e depois de decomposta se transforma em matéria orgânica e a junção de todos esse benefícios proporciona condições favoráveis para o desenvolvimento da cultura que será implantada após seu manejo acarretando em ganho de produtividade e diminuição de custos. O trabalho teve por objetivo avaliar a quantidade de matéria seca que as diferentes plantas de cobertura depositam no solo após sua senescência em um Latossolo Vermelho Amarelo eutrófico cultivado com milho á várias safras. O trabalho foi desenvolvido na área experimental do IFSULDEMINAS Campus Inconfidentes, MG no ano 2015/2016, o experimento foi composto de 6 tratamentos sendo eles: Aveia, azevém, girassol, nabo forrageiro, MIX-I (10 Poáceas e 10 Fabáceas plantadas em linha) e MIX-II (sendo o mesmo do MIX-I, em plantio a lanço) e 4 repetições, cada parcela possuía 20 m2. A variável analisada foi à quantidade de matéria seca (MS) de cada cultura pelo método de colheita das plantas em pleno florescimento e secagem das mesmas em estufa a 90 °C. Os resultados obtidos foram submetidos a teste de média Tukey a 5% de significância utilizando o software SISVAR. Comparando as médias de produção obtidas de MS por hectare das diferentes plantas de cobertura de solo para as condições de Inconfidentes - MG, houve diferença significativa apenas para o Girassol e MIX-I, que produziram 1679,56 e 1142,91 t ha-1 de MS respectivamente, enquanto que as demais plantas de cobertura (Azevém; Nabo Forrageiro; Aveia e MIX-II) produziram 704,35; 707,43; 718,18 e 884,66 t ha-1 de MS respectivamente. Portando, conclui-se que a planta que possam proporcionar maiores melhorias ao solo avaliado em relação à deposição de MS seria o Girassol e o MIX-I, pois, obtiveram maiores produtividade de MS em relação aos demais, e essa alta produção de MS influência tanto nas condições físicas, químicas e biológicas do solo quanto na produtividade e vigor das culturas que forem implantadas naquele solo após o cultivo das mesmas. Palavras-chave: conservação do solo; plantio direto; matéria orgânica. Agradecimentos: IFSULDEMINAS, NIPE.
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Propriedades físicas do solo em APP’s de nascentes degradadas no município de LavrasMG Igor H. M. Bueno1, Felipe B. Ladeira1, Ligiane C. L. Dauzacher1, Sarita S. de A. Laudares1, Luiz O. M. Filho1, Luís A. C. Borges1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, igorhenriquembueno@gmail.com
A quantidade de água das nascentes de uma bacia hidrográfica está relacionada ao tipo e as propriedades do solo, declividade e o uso da terra, sobretudo as áreas de recarga servem como abastecimento de água subterrânea. A densidade do solo é uma propriedade relacionada à capacidade de infiltração de água, sendo inversamente proporcional a porosidade total de um mesmo solo. Objetivou-se com o presente trabalho avaliar propriedades físicas do solo em Áreas de Preservação Permanente ao redor de nascentes, ocupadas por pastagem, utilizando como referência um fragmento de vegetação nativa próximo a elas. Este estudo foi realizado em três nascentes urbanas do município de Lavras (MG) na faixa definida como Área de Preservação Permanente (APP) pelo Código Florestal Brasileiro. A área amostral se dispõe em 3.900 m² no bairro COHAB, na qual foram realizadas 4 amostragens com 3 repetições aleatórias em cada, sendo às amostras especificadas da seguinte forma: a) nascente com pastagem e vestígio de vegetação; b) nascente perene com pastagem degradada; c) nascente sazonal com pastagem degradada; d) fragmento de floresta estacional semidecidual. O tipo de solo da área é caracterizado como Argissolo Vermelho-Amarelo Eutrófico Típico (PVAe1); as amostras foram coletadas por meio do método do anel volumétrico. O volume de cada anel foi mensurado a partir da fórmula V=πr²h e, após a coleta, as amostras foram levadas para estufa a 105110 ºC para a obtenção da massa seca da amostra com o anel e posteriormente subtraído a massa do anel. A densidade do solo foi determinada por meio da relação massa da amostra em gramas e volume no anel em cm³ e a porosidade total através da fórmula PT=(1 -Ds/Dp)x100 utilizando o valor de Dp=2,65 g cm-3. Foi realizado o teste de Scott-Knott para a comparação das médias. A densidade do solo média das APPs de nascente obtiveram os valores de 1,47 g cm-3, 1,32 g cm-3 e 1,28 g cm-3 e a porosidade total 44%, 50% e 52% respectivamente, enquanto a média do tratamento no solo do fragmento florestal obteve o valor de Ds igual a 0,90 g cm-3 e porosidade total 66%. A partir da análise de variância do teste de Scott-Knott a Ds foi significativamente maior nas áreas cobertas por pastagem ao redor das nascentes e por consequência essas áreas tiveram uma menor porosidade total comparada com o solo do fragmento florestal, demonstrando, assim, um aumento da compactação em decorrência do pisoteio animal. A compactação afeta principalmente os macroporos do solo, dificultando a infiltração de água e o abastecimento das áreas de recarga das nascentes, originando um rebaixamento no nível do lençol freático podendo ocasionar o desaparecimento da emersão de água. A vegetação no entorno de nascentes exerce diversas funções importantes para a manutenção e equilíbrio dos processos ecológicos. Pelo estudo realizado, notou-se que a sua ausência afetou diretamente a porosidade do solo, o tornando mais denso e menos permeável à infiltração da água. Esse resultado revela a importância e a premente necessidade de restauração dessas nascentes para que não ocorra o rebaixamento do lençol freático e a redução da disponibilidade da água. Palavras-chave: porosidade total; densidade do solo; áreas de preservação permanente. Agradecimentos: NEPPA, DCS, UFLA.
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Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES DOS SOLOS Comissão: Física do solo
Propriedades físicas do solo em função de diferentes manejos de pastagem Bruno E. C. Silva¹, Marlinda R. Jolomba¹, Paulo H. D. Luiz² ¹Universidade Federal de Viçosa, Viçosa- MG, Brasil, ²Universidade Federal de Lavras, Lavras- MG, Brasil,brunomukuri@gmail,com
As propriedades físicas do solo são importantes indicadores de sua qualidade, visto que as plantas necessitam de solos bem estruturados para seu adequado desenvolvimento. Objetivou-se avaliar as propriedades físicas do solo sob diferentes condições de manejo. O experimento foi realizado em São Mateus-Es, em áreas onde é praticada a atividade de agropecuária há 10 anos e que antes eram ocupadas por pastagens nativas. As propriedades avaliadas foram: densidade do solo (Ds), resistência à penetração (RP), porosidade total (PT), macro e microporosidade, diâmetro médio geométrico (DMG), teor de matéria orgânica, argila dispersa em água, umidade na capacidade de campo e umidade atual do solo. Em cada tipo de manejo foram retirados 8 amostras de solo, compreendidas em quatro pontos ao acaso e duas profundidades. As avaliações foram feitas nas profundidades de 0-5 e de 5-20 cm, em áreas pastejo rotacionado (PR) e de pastagem degradada (PD). Os dados oriundos dos diferentes sistemas foram submetidos à análise descritiva das variáveis de estudo por meio da estimativa da média e erro padrão. A Ds foi maior em valores absolutos no sistema de PR em ambas as profundidades, apresentando 1,60 e 1,62 g.cm³ respectivamente nas camadas de 0-5 e 5-20 cm, contra 1,49 e 1,50 g.cm³ na PD. Essa maior Ds é atribuída ao maior número de animais, com consequente maior pisoteamento e compactação. A área de PR apresentou maior RP na camada de 0-5 cm, com uma camada de compactação de 5,54 MPa, quando comparada à PD na mesma profundidade com 1,21 MPa. O fato pode relacionar-se com o excesso de carga animal ocasionado por diferentes lotações sobre a área, alterando as propriedades do solo devido à compactação causada pelo pisoteio animal. O solo sob PD apresentou maior quantidade de poros total nas duas profundidades analisadas. Como consequência, o teor de macro poros foi similarmente superior no solo com PD com a tendência de maiores teores na camada de 5-20 cm. A microporosidade do solo foi superior na camada superficial de 0-5 cm, com a tendência de maiores teores na área de PR, entretanto, o erro padrão da média deste atributo iguala os resultados obtidos nos dois tipos de manejo, indicando pouca ou nenhuma influência do tipo de manejo neste atributo.Tendo em vista que esta área possui baixa produtividade e baixa lotação animal se comparada ao pastejo rotacionado, os resultados indicam que esses atributos, assim como a RP e a Ds, foram sensíveis superfície, independentemente dos manejos de irrigação e de fertilidade do solo. O DMG variou entre 3,78 e 4,29 mm. O solo com sistema de PR apresentou média superior à área de PD na profundidade de 5-20 cm, indicando maior estabilidade de agregados nesses sistemas e evidenciando as vantagens do manejo em rotação. Nas camadas de 0-5 cm, contudo, a área de PD apresentou maior diâmetro médio geométrico que a área em sistema rotacional. Esse maior DMG na área de PD está relacionado à lotação animal, tendo a área de PD uma menor lotação animal e consequentemente menor compactação, tendo partículas maiores. O teor de matéria orgânica variou entre 1,13 e 2,83 dag kg-1. O teor de matéria orgânica variou pouco entre as áreas estudadas na profundidade de 0-5 cm. Em relação à camada de 5-20 cm, a área de PR apresentou menor teor de matéria orgânica que a área de PD. Observou-se que o grau de floculação na camada de 0-5 cm foi maior que na camada de 0-20 cm, tanto no PR quanto na PD. A maior floculação na camada superficial está relacionada ao também maior teor de matéria orgânica. As umidades na capacidade de campo, que refletem a capacidade de retenção de água no solo, foram superiores na camada mais superficial de 0-5 cm, com teores de 19,42 e 18,96 g.g-1 de água no PR e na PD, respectivamente. Para as duas profundidades analisadas, os valores de umidade aparente foram superiores no PR, valores atribuídos ao uso frequente de irrigações nesta área diretamente. Houve uma compensação nos atributos físicos que refletem a capacidade de retenção de água no solo, resultando em umidade na capacidade de campo semelhante para o PR e a PD. A Ds, RP, PT e a macroporosidade foram sensíveis a ação do pisoteio animal na superfície. O DMG e o teor de matéria orgânica variaram pouco entre os tratamentos na camada superficial. Os resultados mostram que o tipo de manejo influencia diretamente as propriedades físicas do solo. Palavras-chave: compactação, área degradada, pisoteio animal.
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Qualidade física do solo em área de forragem com Cynodon spp. irrigado e sequeiro Valderi N. da Silva1, Carla E. Carducci2, Letícia S. Kohn¹, Jânio S. Barbosa1, Gustavo H. M. Regazolli1 Universidade Federal de Santa Catarina –Campus Curitibanos, Curitibanos-SC, Brasil, valderij86@gmail.com, ²Universidade Federal da Grande Dourados-Faculdade de Ciências Agrárias, Dourados-MS 1
A compactação do solo se refere ao processo de deformação do solo não saturado no qual há a alteração dos atributos físicos, sendo o constante tráfego de máquinas a principal causa da compactação em áreas agrícolas. A densidade e a porosidade são as propriedades físicas mais comuns para a determinação de qualidade física do solo, e a avaliação desses atributos em função do manejo aplicado indica o tipo de manejo a ser executado para obter-se o aumento da produtividade. Sendo assim, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a densidade do solo em uma área sob o cultivo de Tifton (Cynodon. spp. ) e Jiggs (C. dactylon) em transição do pastejo para a produção de feno em áreas com e sem irrigação. O solo em estudo é um Latossolo Vermelho Distrófico de textura argilosa, contendo 484; 48; 466 g kg-1 de argila, areia e silte, respectivamente. Foram coletadas três amostras preservadas de solo em anéis volumétricos (≈50 cm³) para realizar a análise de densidade do solo (Ds) na profundidade de 0-5 cm nos anos de 2015 e 2016, em cada um dos tratamentos: 1 - área de Tifton irrigado, 2 – área de Tifton não irrigado, 3 – área de Jiggs irrigado, 4 – área de Jiggs não irrigado, 5 – área de mata nativa, utilizada como testemunha. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado (DIC), comparando-se o parâmetro analisado em 2 anos de cultivo, submetidos a analise de variância e a comparação das médias realizada pelo teste de Tukey (p<0,05). Os valores obtidos para densidade do solo (Ds) não apresentaram diferença significativa entre os dois anos, apenas entre os tratamentos, variando de 1,08 g cm-3 na mata nativa, até 1,74 g cm-3 na área de Tifton irrigado. Os valores de Ds obtidos para os demais tratamentos foram seguintes: Tifton não irrigado: 1,19; Jiggs irrigado: 1,48; Jiggs não irrigado: 1,57. O valor de Ds de 1,74 g cm-3 obtido no tratamento Tifton irrigado, é considerado alto, nessa condição há limitação da infiltração da água no solo, concentração das raízes nas primeiras camadas de solo e alta energia de retenção da água no solo. Esse valor elevado de Ds foi obtido pelo provável tráfego de máquinas na área em condições inadequadas de umidade, tendo em vista as condições da área (irrigação) e o elevado número de práticas exigidas para a produção do feno (podendo chegar até 9), como corte, revolvimento e enfardamento da forragem. Além disso, os tratamentos com cultivo em sequeiro apresentaram uma maior produção de matéria seca, sendo 31,4% na área com Tifton não irrigado e 31% na área de Jigss não irrigado. Já no tratamento Tifton irrigado a matéria seca obtida foi de 28,38%, enquanto no tratamento Jiggs irrigado obteve-se uma matéria seca de 26,04%. Dessa forma, pode-se concluir que a diferença na densidade do solo nos tratamentos não afetou a produção de matéria seca significativamente. Palavras-chave: sistemas de manejo; densidade do solo; feno. Agradecimentos: UFSC.
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Técnicas de modelagem no ajuste da curva de retenção de água do solo sob diferentes tipos de manejo Rodrigo F. da Silva1, Geraldo C. de Oliveira1, Ernandes G. Moura1, Samara M. Barbosa1, Renata Andrade1, Luiz F. Souza1, Jodean A. da Silva1, Fabricio R. Andrade1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, rodrigo11.07@hotmail.com
A determinação da curva de retenção de água (CRA) é um procedimento de fundamental importância, visto que, o teor de água pode influenciar muitas propriedades físicas e de engenharia do solo. Na literatura especializada são propostos vários modelos para estudar a relação funcional entre o teor de água no solo (ϴ) e o potencial matricial (Ψ). De maneira geral, essa relação funcional, é descrita a partir de modelos não lineares e, entre esses modelos, o de van Genuchen tem recebido destaque no Brasil. Embora esse modelo tenha um bom desempenho em alguns casos, este é, na maioria das vezes, empregado de forma arbitrária na obtenção da CRA para as mais diversas situações, sem levar em consideração quaisquer critérios de ajuste ou mesmo uma comparação a outros modelos de CRA. Assim, com este estudo objetivou-se relacionar o melhor modelo matemático para CRA, levando em consideração os sistemas de manejo adotados, a partir de critérios de ajuste previamente estabelecidos. O estudo foi realizado em um Latossolo Amarelo localizado no município de Uruçuí-PI, Brasil. Os tratamentos foram: área sob cerrado nativo (CN) representando uma condição de equilíbrio, área sob sistema de plantio convencional com oito anos de cultivo (PC8) e áreas sob sistema de plantio direto com seis anos de cultivo (PD6). As amostras foram coletadas com estrutura preservada na camada de 0-0,10 m. Os pontos utilizados nos ajustes das CRA foram obtidos a partir das quatro repetições de cada situação de estudo. Para tanto foram testados nove potenciais matriciais: -0,01 kPa como condição de solo saturado; -2, -4, -6 e -10 kPa, por meio de mesas de tensão; e -33, -100, -500 e -1.500 kPa, nos aparelhos extratores de Richards. Os modelos comparados na modelagem das CRA do solo foram o de van Genuchten, Fredlund-Xing e o Biexponencial. A comparação dos ajustes foi realizada por meio dos critérios: Erro padrão residual, BIC e AIC, sendo que na comparação de dois ou mais de CRA, aquele que foi superior na maioria dos critérios estabelecidos foi considerado mais bem ajustado, visto que, os valores preditos apresentaram maior concordância com os valores observados. O manejo influenciou no ajuste das CRA, sendo o modelo Fredlund-Xing indicado para o Cerrado Nativo e Plantio direto, já o modelo de van Genuchten é indicado para o plantio convencional. O modelo Biexponencial não se ajustou bem em nenhuma das condições estudadas. Palavras-chave: manejo do solo; água no solo; van Genuchten. Agradecimentos: CAPES, CNPq, FAPEMIG, NECS, DCS, UFLA.
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Comissão: Química do solo.......................................................55 Análise elementar da água de veredas, região de Uberlândia, MG - João P. Carneiro, Diogo C. Nascimento, Larissa B. Barbosa, Yasmmin T. Costa, Bruno T. Ribeiro............................................................................55 Atributos eletroquímicos de Latossolos após aquecimento - Yasmmin T. Costa, Maxmiller Alvarenga, Geraldo C. de Oliveira, Bruno T. Ribeiro......................................................................................................................56 Atributos químicos indicadores da acidez do solo sob diferentes sistemas de plantio direto Patricia C. da Silva, Wesley dos S. Souza, Manoel R. H. Neto, Taiwan C. A. Menezes, Jenilton G. da Cunha, Maurício de S. Júnior.......................................................................................................................................................................57
Biocarvão impregnado com Mg2+ na remoção de fosfato em solução aquosa: efeito da lavagem - Renato G. de Barros, Bárbara O. Nardis, Leônidas C. A. Melo...................................................................58 Comparando a adsorção de selenato (Se6+) e selenito (Se4+) em solos do bioma Cerrado Gabrielly N. T. da Silva, Liniker A. Ferreira, Anderson M. Araújo, Josimar H. L. Lessa, Jéssica F. Raymundo, Guilherme Lopes........................................................................................................................................................................59
Correlação entre o teor de Fe e Zn obtido pelo método USEPA 3051A e fluorescência de raios-X portátil em solos de veredas - Bárbara T. Simões, Geila S. Carvalho, Luiz R. G. Guilherme, Bruno T. Ribeiro......................................................................................................................................................................60 Correlação entre os teores de óxidos de Fe, Al e Si obtido pela análise do ataque sulfúrico e por fluorescência de raios-X portátil em solos de veredas - Bárbara T. Simões, Geila S. Carvalho, Carlos A. Ribeiro, Luiz R. G. Guilherme, Bruno T. Ribeiro..............................................................................................61 Correlação entre teores naturais de selênio e características físico-químicas de solos da Amazônia - Ediu C. da Silva Júnior, Geila S. Carvalho, Luiz R. G. Guilherme.............................................................62 Efeito do pH e da textura do solo sobre a adsorção de selenato e selenito em solos - Liniker A. Ferreira, Gabrielly N. T. da Silva, Josimar H. de L. Lessa, Anderson M. Araujo, Guilherme Lopes..............................63 Identificação de ‘black carbon’ na matéria orgânica de solos tropicais por meio da pirólise analítica - Marina Justi, Judith Schellekens, Pablo Vidal-Torrado..........................................................................64 Lixiviação de Cr6+ em solos tratados com vinhaça - Ádma da P. Néstle, Marcele G. Cannata, Bruno T. Ribeiro......................................................................................................................................................................65 Matéria orgânica do solo após revegetação de área de mineração de bauxita - Bruno E. C. Silva, Marlinda R. Jolomba, Paulo H. D. Luiz..........................................................................................................................66 Variação do potencial redox de solos de duas veredas - Diogo C. Nascimento, Carolina P. Berbert, Sthefanny S. Frizzarim, Bruno T. Ribeiro....................................................................................................................67
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Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES DO SOLO Comissão: Química do solo
Análise elementar da água de veredas, região de Uberlândia, MG João P. Carneiro1, Diogo C. Nascimento2, Larissa B. Barbosa1, Yasmmin T. Costa1, Bruno T.Ribeiro1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, jpauloagro@yahoo.com.br. 2Universidade Federal de Uberlândia.
As veredas (wetlands) do Bioma Cerrado têm um papel ecológico fundamental, atuando no estoque de carbono e regulando o ciclo hidrológico. Quando esses ambientes sofrem interferências antrópicas, uma das consequências é a degradação da sua qualidade ambiental, podendo refletir na composição química da água. Isso já foi observado para várias wetlands em todo o mundo. Com o objetivo de avaliar a composição química da água de veredas do Triângulo Mineiro, localizadas em duas superfícies geomórficas (Chapada e Arenito Bauru), localizadas na região de Uberlândia-MG, foi realizada a coleta de água em cinco veredas entre os meses de setembro de 2014 a setembro de 2015. As veredas foram divididas em três transectos (linha imaginária no sentido do declive da encosta e perpendicular ao fluxo de água da vereda, denominados de T1, T2 e T3). Cada transecto foi dividido em três regiões (terço superior, terço médio e terço inferior). Nos terços superior e médio foram instalados tubos de PVC de 1,5 m de altura e 15 cm de diâmetro, inseridos a um metro de profundidade. No interior dos tubos realizaram-se as coletas de água, podendo essa ser considerada uma água subsuperficial. No terço inferior (região permanentemente alagada), a coleta foi realizada a uma profundidade de 15 cm no próprio corpo d’água. Após cada coleta mensal, as amostras foram acidificadas com 1 a 2 gotas de HNO3 P.A, filtradas e mantidas sob refrigeração. Fazendo-se uso de um espectrofotômetro de emissão ótica com plasma indutivamente acoplado (ICP-OES) determinaram-se as concentrações dos seguintes elementos: K, Ca, Mg, Al, Si, P, S, Cu, Fe, Mn e Zn. A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece valores orientadores para esses elementos em águas doces (Classe 1). Nessa resolução não há valores orientadores para K, Ca, Mg e Si. As concentrações encontradas para esses elementos foram: K (0,88 a 3,53 mg L-1); Ca (0,03 a 7,03 mg L-1); Mg (0,07 a 2,03 mg L-1) e Si (0,003 a 7,14 mg L-1). Os elementos Zn e Cu não foram detectados na água das veredas estudadas. A concentração média de Al foi 0,16 mg L -1. De acordo com resolução supracitada o máximo permitido é 0,10 mg L-1. Entretanto, aproximadamente 84% das amostras analisadas apresentaram concentração de Al igual à zero. A concentração média de Fe foi 0,45 mg L-1 com aproximadamente 84% das amostras com concentração menor que 0,3 mg L-1 (limite máximo permitido). A concentração média encontrada para Mn foi bastante baixa (0,008 mg L -1). A concentração média de P foi 0,04 mg L-1, com aproximadamente 66% das amostras com concentração entre 0,03 a 0,05 mg L-1. Aproximadamente 7% das amostras analisadas apresentaram concentração de P um pouco mais elevada (0,05 a 0,22 mg L-1). A presença de P e o seu monitoramento, assim como o K, tem relevância devido ao risco de eutrofização das águas. A concentração média de S encontrada (0,03 mg L-1) foi bastante aquém daquela estabelecida como limite máximo pela legislação. Concluise, após este levantamento, que as concentrações dos elementos foram baixas (abaixo dos valores máximos estabelecidos pela legislação) e, assim, servem como valores de referência para futuros trabalhos objetivando investigar contaminação em áreas de veredas. Palavras-chave: qualidade da água; qualidade ambiental; wetlands. Agradecimentos: DCS/UFLA, Fapemig, Capes, CNPq (Projeto CNPq 475922/2013-01).
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Atributos eletroquímicos de Latossolos após aquecimento Yasmmin T. Costa1, Maxmiller Alvarenga1, Geraldo C. de Oliveira1, Bruno T. Ribeiro1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, yasmmintadeucosta@yahoo.com
O fogo é uma forma de perturbação de ecossistemas no mundo todo, afetando várias propriedades dos solos. Os efeitos do fogo em condições naturais ou simulações de aquecimento em laboratório foram bastante estudados para solos de clima temperado, necessitando ainda estudos para solos de clima tropical. Assim, objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito do aquecimento na eletroquímica de seis Latossolos. Para isso, amostras de terra fina seca ao ar de um Latossolo Vermelho-Amarelo húmico (LVA), Latossolo Vermelho-Amarelo ácrico (LVAw), Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico típico (LVAd), Latossolo Vermelho acriférrico (LVwf), Latossolo Vermelho distroférrico (LVdf) e Latossolo Vermelho distrófico húmido (LV) foram aquecidas em forno mufla por 30 minutos nas seguintes temperaturas (ºC): 100, 200, 300, 400, 500 e 600. Após cada tratamento térmico determinaram-se os atributos pH em água e solução KCl 1M (relação solo:solução 1:2,5). Baseado nesses valores de pH, determinaram-se o ΔpH (pH em KCl – pH em água) e o ponto de carga zero (PCZ) (2.pH em KCl – Ph em água). De maneira geral, o pH (em água e KCl) diminuiu (~ 2 unidades) até a temperatura de 200-300 ºC. Após essa faixa de temperatura o pH aumentou (~ 2 unidades) até a máxima temperatura empregada (600 ºC). Até a faixa de temperatura de 200-300 ºC as amostras dos Latossolos mostraramse com carga líquida superficial negativa, o que contribui para capacidade de troca de cátions (CTC). Após 200-300 ºC as amostras apresentaram carga líquida superficial positiva. Atribui-se tais efeitos principalmente às alterações/destruição da matéria orgânica durante o aquecimento. Palavras-chave: incêndios; matéria orgânica; temperatura do solo. Agradecimentos: NECS, DCS, UFLA, FAPEMIG.
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Atributos químicos indicadores da acidez do solo sob diferentes sistemas de plantio direto Patricia C. da Silva1, Wesley dos S. Souza2, Manoel R. H. Neto3, Taiwan C. A. Menezes4, Jenilton G. da Cunha5, Maurício de S. Júnior3 Universidade de Brasília, Brasília – DF, Brasil, patriciacarvalhoagro@gmail.com. 2Universidade Federal do Ceará, Fortaleza – CE, Brasil. 3Universidade Estadual do Piauí, Corrente – PI, Brasil. 4Universidade Federal do Piauí, Teresina – PI, Brasil. 5Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) – PE, Brasil. 1
O uso sustentável dos recursos naturais, especialmente do solo e da água, tem vindo a crescer como tema relevante, principalmente devido ao aumento de atividades antrópicas, considerando que a manutenção da qualidade desses recursos é essencial para o crescimento e desenvolvimento de plantas e sustentabilidade dos sistemas agrícolas. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a interferência do manejo adotado em áreas de cultivo do Cerrado nos atributos químicos, tendo-os como indicadores da qualidade do manejo empregado, com o intuito de elucidar a sustentabilidade dos sistemas nestas áreas. O estudo foi desenvolvido na Fazenda Nossa Senhora Aparecida, localizada na Cooperativa Agrícola do Cerrado Brasil Central, município de Formosa do Rio Preto – BA. Foram estudados quatro sistemas de manejo do solo a saber: SPD (Sistema de Plantio Direto) milheto, um ano de adoção; SPD 03 (três) anos de adoção com braquiária (Brachiaria brizantha) como cultura de cobertura e rotação de cultivo soja/milho nos últimos três anos; SPD 6 (seis) anos de adoção com braquiária como cultura de cobertura e rotação de cultivo milho/braquiária no último ano; SPD 6 (seis) anos de adoção com cultivo de soja em consórcio com braquiária (SPD6+SB) e rotação soja/braquiária/milho/braquiária nos últimos seis anos, além de uma área sob Vegetação Nativa de Cerrado (VNC). Em cada sistema de manejo do solo e VNC foram coletadas amostras de solo nas profundidades de 0,00-0,05, 0,05-0,10, 0,10-0,20 m, com 5 repetições. O pH foi determinado em água (1:2,5) por potenciometria, e a acidez trocável (Al3+) extraída com KCL 1mol L-1 e quantificada por titulometria com hidróxido de sódio 0,025 mol L-1, e acidez potencial (H++Al) extraída com acetato de cálcio 0,5 mol L-1. Foi utilizado delineamento por parcelas subdivididas. Os efeitos dos tratamentos nas variáveis respostas foram avaliados pela ANOVA e médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância, utilizando o programa estatístico Assistat 7.7. Para os valores de pH, teores de Al 3+ e H++Al3+ houve diferença estatística, onde os resultados obtidos indicam que o solo sob VNC, apresentou-se mais ácido que os solos manejados sob sistema de plantio direto, sendo esta característica predominante em solos do Cerrado, onde apresentam solos ácidos, altamente drenáveis, com intensa lixiviação de bases e de baixa fertilidade, predominando argilas de baixa atividade química e de óxidos de alumínio e ferro, típicos de solos de regiões tropicais. Os teores de Al3+ e a acidez potencial foram menores nas áreas de SPD nas primeiras profundidades, quando comparados com a VNC o que pode estar associado à aplicação superficial do calcário sem incorporação, e consequente diminuição nos teores dos elementos condicionantes da acidez do solo como H+ e o Al3+. O Sistema de manejo interferiu de modo significativo a qualidade do solo, colaborando para melhoria do mesmo através da redução da acidez do solo. Palavras-chave: manejo do solo; fertilidade; acidez do solo. Agradecimento: GEOSOLOS/UESPI.
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Biocarvão impregnado com Mg2+ na remoção de fosfato em solução aquosa: efeito da lavagem Renato G. de Barros1, Bárbara O. Nardis1, Leônidas C. A. Melo1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, barbara.olinda@yahoo.com.br
A reciclagem de fósforo (P) a partir de resíduos orgânicos e águas residuárias é essencial para a sustentabilidade ambiental. O uso de biocarvão impregnado com Mg2+ é uma alternativa para aumentar a capacidade de remoção de P pelo biocarvão a partir de águas residuárias. No entanto, há dúvidas se a lavagem dos biocarvões com água é uma etapa necessária para otimizar a capacidade de remoção de P. O objetivo nesse estudo foi avaliar o efeito da impregnação de Mg2+ e da lavagem do biocarvão, após a pirólise, quanto à capacidade de remoção de P em solução aquosa. Os biocarvões foram produzidos a partir de cama de frango (BCF), esterco de suíno (BES) e lodo de esgoto (BLE), sendo as matériasprimas secas em estufa a 50 °C e moídas (< 0,25 mm). Em seguida, as matérias-primas foram impregnadas com solução de MgCl2 e secas em estufa, visando obter concentração final de ±20% de Mg2+ incorporado à matriz do biocarvão. Para produção dos biocarvões, cada material foi acondicionado em cadinhos de porcelana tampados para evitar fluxo de O2 e levados para a mufla para a carbonização a uma temperatura de 500 ºC. Para efeito de comparação, as matérias-primas puras (sem impregnação de MgCl2) foram carbonizadas nas mesmas condições. Após a pirólise, todos os biocarvões foram lavados em água deionizada para remover os sais solúveis, sendo a lavagem feita por agitação e posterior filtragem lenta (filtro faixa azul) e foi monitorado o pH do sobrenadante. As lavagens foram feitas até que o pH do sobrenadante de todos os biocarvões fosse reduzido (< 7,0). Posteriormente, os biocarvões foram secos em estufa a 105 °C por 24 horas. Foi analisada a remoção de P a partir de solução aquosa empregando os biocarvões naturais, após oito (8) e após dezesseis (16) lavagens. O estudo de adsorção foi realizado utilizando-se 100 mg de cada biocarvão em tubos de polipropileno, aos quais adicionaramse 20 mL de solução de fosfato (dose de 5,0 g L-1 de material adsorvente) contendo 50 mg L-1 de P, obtida a partir de uma solução estoque de KH2PO4- O pH inicial da mistura foi ajustado para 4,0 com HCl diluído (0,1 mol L-1), visando otimizar a remoção de P. Os tubos foram agitados a 120 oscilações por minuto durante 24 h. Os extratos foram filtrados em filtro faixa azul e o P determinado pelo método espectrofotométrico do azul de molibdênio. No BCF, a impregnação de Mg2+ proporcionou a remoção de P da solução da ordem de 76%, 81% e 98% nos biocarvões sem lavagem, com 8 lavagens e 16 lavagens, respectivamente. No BCF sem impregnação de Mg2+ ocorreu a dessorção do P contido no biocarvão, evidenciando o efeito da adição de Mg2+ na adsorção de P por este tipo de biocarvão. No BES impregnado com Mg2+ o efeito da lavagem na remoção de P foi menor, se comparado ao BCF, sendo da ordem de 86%, 96% e 92% para biocarvão natural, após 8 lavagens e após 16 lavagens, respectivamente. O efeito mais evidente das lavagens ocorreu no BES não impregnado com Mg2+, variando a taxa de remoção de P de -2,4% (dessorção de P) no BES natural para 78% e 96% de remoção de P com 8 e 16 lavagens, respectivamente. O BLE apresentou as maiores porcentagens de remoção de P, obtendo remoção de 100% do P quando se adiciona Mg2+ e associado a realização de 8 lavagens. O BLE natural apresentou remoção de P de 83%. Nesse tipo de biocarvão a remoção de P é acentuada mesmo sem impregnação de Mg2+ devido à presença de Fe e Al na matéria-prima e, portanto, no biocarvão correspondente, os quais proporcionam uma acentuada capacidade de adsorção de P. Em síntese, a lavagem dos biocarvões promove a remoção dos sais solúveis e aumenta a remoção de P por estes materiais adsorventes, sendo que 8 lavagens é suficiente. A impregnação da matéria-prima com Mg2+ promove aumentos acentuados na remoção de P pelos biocarvões, tornando-os mais eficientes para absorção de P a partir de águas residuárias. Palavras-chave: reciclagem; fósforo; água residuária. Agradecimentos: FAPEMIG, CAPES, CNPq, DCS/UFLA. 58
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Comparando a adsorção de selenato (Se6+) e selenito (Se4+) em solos do bioma Cerrado Gabrielly N. T. da Silva1, Liniker A. Ferreira1, Anderson M. Araújo1, Josimar H. L. Lessa1, Jéssica F. Raymundo1, Guilherme Lopes1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, gabriellynts@gmail.com
O selênio (Se) é um importante elemento para a nutrição dos seres humanos e animais. Essa importância é devido a sua participação em processos enzimáticos e no controle da eliminação de radicais peróxidos do organismo. A ingestão do Se é geralmente através de alimentos que contenham este elemento. Por isso, é de extrema importância avaliar a sua disponibilidade no solo, pois esta disponibilidade influencia diretamente a quantidade de Se nas plantas, que se tornam uma importante fonte deste elemento para os animais. Dessa forma, este trabalho objetivou avaliar a adsorção de selenato (Se6+) e selenito (Se4+) em solos cultivados e nativos oriundos do cerrado, com o intuito de avaliar a influência do manejo na adsorção do Se. Para isso, utilizaram-se 16 solos da região do cerrado brasileiro, sendo 8 deles cultivados e 8 nativos. Pesaram-se dois gramas de solo e foram adicionados 20 mL de solução contendo o Se (Se6+) e Se (Se4+) em tubos de centrífuga de 50 mL. As soluções foram preparadas utilizando selenato de sódio (Na2SeO4) e selenito de sódio (Na2SeO3) como fontes de Se, ambas na concentração de 500 µg L-1, preparadas em cloreto de sódio (NaCl) com força iônica de 15 mmol L-1 e pH 5,5. Os tubos contendo o solo e a solução foram agitados durante 24 horas em mesa agitadora para a reação de adsorção. Em seguida, foram centrifugados e o sobrenadante retirado para análise de Se em espectrofotometria de absorção atômica com forno de grafite. Para a adsorção de selenato, 75% das amostras apresentaram diferenças estatísticas na adsorção quando comparados os solos cultivados com os nativos. Além disso, 87,5% das amostras apresentaram maior adsorção em solos nativos. Para a adsorção de selenito, apenas 25% das amostras apresentaram diferenças estatísticas entre os solos cultivados e nativos e 75% das amostras obtiveram maior adsorção em solos nativos. Quando comparada a adsorção das diferentes formas de Se, observou-se que o selenito apresentou, de forma geral, valores maiores de adsorção que o selenato. A partir destes resultados, conclui-se que o selenato é mais influenciado por fatores ligados ao manejo do solo, como por exemplo, a adição de fertilizantes contendo íons que competem diretamente por sítios de adsorção com o Se, já que a adsorção em solos nativos foi, em sua maioria, maior que a adsorção em solos cultivados. Já, o selenito não sofre tanta interferência, já que pequenas porcentagens dos resultados apresentaram diferenças estatísticas entre solos cultivados e nativos. Ademais, para futuras práticas de adição de Se ao solo, o selenato seria a forma mais indicada para aplicação, já que esta apresentou uma menor adsorção, quando comparado ao selenito, podendo assim ficar mais disponível para as plantas. Palavras-chave: disponibilidade; cultivo; adsorção. Agradecimentos: CNPq, Fapemig, Capes, NECS, DCS, UFLA.
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Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES DO SOLO Comissão: Química do solo
Correlação entre o teor de Fe e Zn obtido pelo método USEPA 3051A e fluorescência de raios-X portátil em solos de veredas Bárbara T. Simões1, Geila S. Carvalho1, Luiz R. G. Guilherme1, Bruno T. Ribeiro1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, brunoribeiro@dcs.ufla.br
Em diversas áreas, a tendência é a caracterização de materiais por meio de métodos não destrutivos, rápidos, realizados in-situ e, principalmente, com uso mínimo de reagentes químicos e sem geração de resíduos poluentes do ambiente. Entre esses métodos, tem-se a análise por fluorescência de raios-X. Objetivou-se com este trabalho comparar a concentração de Fe e Zn obtida pelo método USEPA 3051A com aquela obtida por um aparelho de fluorescência de raios-X portátil (pXRF). Para este trabalho, foram aproveitadas amostras de solos de seis veredas da região de Uberlândia, MG (Projeto CNPq 475922/2013-01). Em cada vereda foram coletadas amostras da camada superficial (0-20 cm) e subsuperficial (40-70 cm) do terço superior da vereda (borda), terço médio (interior) e terço inferior (interior). Adicionalmente, coletaram-se amostras nas mesmas camadas a montante de cada vereda (fora da região hidromórfica). Em cada vereda foram coletadas 26 amostras, totalizando 156 amostras. Uma porção homogênea do material de solo (< 2 mm) foi totalmente triturada em almofariz de ágata e passada em tela de nylon de 150 μm de abertura. Esse material foi submetido à digestão de acordo com o método USEPA 3051A. No extrato obtido, as concentrações de Zn e Fe foram determinadas em espectrofotômetro de absorção atômica com módulo de chama. Aproximadamente 20 g do material de solo passado na tela de nylon de 150 μm das 156 amostras foram acondicionados em sacos transparentes de polietileno de 4 cm de largura e 5 cm de comprimento. Nesse material e, através do plástico, realizaram-se as leituras utilizando um equipamento portátil de fluorescência de raios-X da marca Bruker® modelo S1 Titan 600. A análise de regressão linear entre as concentrações de Fe e Zn pelo método USEPA 3051A e pelo pXRF foi significativa (p<0,01), entretanto, com baixos valores de R² e do coeficiente de correlação (r). As concentrações de Fe e Zn obtidas pelo pXRF foram aproximadamente três e seis vezes superiores ao método USEPA 3051A, respectivamente. Palavras-chave: elementos-traço, análise de solo, solos hidromórficos. Agradecimentos: DCS/UFLA, Fapemig, Capes e CNPq (Processo Nº 475922/2013-01)
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Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES DO SOLO Comissão: Química do solo
Correlação entre os teores de óxidos de Fe, Al e Si obtido pela análise do ataque sulfúrico e por fluorescência de raios-X portátil em solos de veredas Bárbara T. Simões1, Geila S. Carvalho1, Carlos A. Ribeiro1, Luiz R. G. Guilherme1, Bruno T. Ribeiro1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, brunoribeiro@dcs.ufla.br
Na Ciência do Solo brasileira, tradicionalmente, realiza-se a conhecida análise de ataque sulfúrico (AS), objetivando, principalmente, quantificar a concentração de SiO2, Al2O3, Fe2O3, P2O5 e TiO2. A quantificação desses óxidos é importante na classificação e estudo da gênese de solos brasileiros. Entretanto, a AS é uma análise dispendiosa, com poucos laboratórios aptos a realiza-la e, principalmente, não é uma análise environmental friendly. A técnica de fluorescência de raios-X pode ser uma forma de quantificar os óxidos do AS de forma rápida e sem uso de reagentes químicos. Assim, objetivou-se com este trabalho comparar as concentrações de SiO2, Al2O3, Fe2O3, P2O5 e TiO2 obtidas pela AS com aquelas obtidas por um aparelho de fluorescência de raios-X portátil (pXRF). Para este trabalho, foram aproveitadas amostras de solos de uma vereda da região de Uberlândia, MG (Projeto CNPq 475922/2013-01). Foram consideradas amostras das camadas 0-20 cm e 40-70 cm da borda da vereda e do terço médio da vereda, além de uma amostra a montante da vereda (fora da região hidromórfica). Aproximadamente 20 g do material de solo seco ao ar e passado na peneira de 2 mm foram acondicionados em sacos transparentes de polietileno de 4 cm de largura e 5 cm de comprimento. Nesse material e, através do plástico, realizaram-se as leituras utilizando um equipamento portátil de fluorescência de raios-X da marca Bruker® modelo S1 Titan 600. As concentrações de P2O5 e TiO2 das amostras estiveram abaixo do limite de detecção do aparelho. Uma boa correlação entre AS e pXRF foi encontrada para Fe2O3, o mesmo não sendo observado para SiO2 e Al2O3. Palavras-chave: análise de solo; solos hidromórficos; química do solo. Agradecimentos: DCS/UFLA, Fapemig, Capes e CNPq (Processo Nº 475922/2013-01).
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Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES DO SOLO Comissão: Química do solo
Correlação entre teores naturais de selênio e características físico-químicas de solos da Amazônia Ediu C. da Silva Júnior1, Geila S. Carvalho1, Luiz R. G. Guilherme1 1
Departamento de Ciência do Solo - Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, ediucarlos@gmail.com
O Se é um elemento-traço que apresenta propriedades essenciais ou tóxicas dependendo da faixa de concentração no alimento ingerido. No mundo inteiro, há situações tanto de deficiência, como de toxidez de Se nos solos, refletindo no teor presente nos alimentos que são ingeridos. Nas regiões onde os teores nos solos são baixos, alternativas para melhorar a nutrição da população são requeridas como, por exemplo, via biofortificação agronômica, ou mesmo, utilização de fontes naturais para o incremento de Se na alimentação. O presente estudo buscou conhecer melhor a dinâmica do Se no solo e correlacioná-lo com algumas características físico-químicas em solos de elevada e baixa concentração deste elemento. As amostras foram coletadas em floresta nativa e em um cultivo de castanha-do-brasil, sendo respectivamente no Acre e Amazonas. As amostras foram coletadas em janeiro de 2014 nos municípios de Sena Madureira (Acre) e Itacoatiara (Amazonas). Foram coletados 15 pontos no Acre e 17 no Amazonas sendo que cada ponto consistiu de amostras compostas nas camadas de 0-20 cm, 20-40 cm e 40-60 cm (n=4) com o auxílio de trado holandês. A caracterização do solo foi realizada de acordo com metodologia proposta pela Embrapa (2001) e os parâmetros utilizados no presente estudo foram: pH, granulometria (argila, silte e areia) CTC, matéria orgânica (estimado pelo C.org que foi feito pelo método Walkley-Black) e PCZ (estimado através da fórmula: PCZ = pH KCl + ΔpH) e foi calculada, em seguida, a correlação de Pearson entre os teores de Se no solo e estes parâmetros. Para obtenção de Se total, as amostras de solo foram submetidas a extrações com água regia e digeridas em microondas segundo o método USEPA 3051A. Para amostras de solo do estado do Acre, os teores médios foram (em μg kg-1) de 183,56 (0-20 cm) < 242,15 (20-40 cm) < 266,13 (40-60 cm). No Amazonas, o comportamento foi o oposto, houve uma clara tendência de redução das concentrações de Se da superfície para a camada mais profunda do 0-20 cm (530,33) > 20-40 cm (433,30) > 40-60 cm (402,76). Os valores de PCZ foram bem distintos entre os dois estados, sendo que no Acre a média foi de 2,5 e no Amazonas de 3,5. Considerando que as médias de pH não tiveram grande variação (~4,5) entre os locais de estudo, pode-se inferir que há maior densidade de cargas negativas nos solos do Acre, o que explica os menores teores de Se retidos nestes solos, já que as principais formas químicas de Se são aniônicas (SeO32- e SeO42-). Nos solos do Acre, o Se no solo apresentou correlação negativa significativa (p<0,05) com o teor de silte nas camadas de 0-20 e 20-40 cm (r = -0,600 e -0,564 respectivamente). Para a camada de 0-20 cm, os parâmetros teor de argila e matéria orgânica, apesar de expressivos (r = 0,472 e -0,492 respectivamente) não foram significativos (p>0,05). Nos solos do Amazonas, o Se no solo apresentou correlação positiva significativa com a CTC na camada de 20-40 cm (r = 0,552). Os parâmetros matéria orgânica e PCZ na camada de 0-20 cm (r = 0,422 e -0,419 respectivamente) apesar de não significativos, denotam elevada influência não somente nas cargas negativas do solo, mas particularmente na retenção dos ânions de Se, o que reflete em seu teor total presente nestes solos. É interessante ressaltar que é bem conhecida a presença significante de argilominerais 2:1 nos solos do Acre, diferentemente dos solos do Amazonas onde, por sua vez, predominam solos cauliníticos, e que, portanto, têm maior possibilidade de retenção de selênio. Apesar de pouco preditivos, os atributos físico-químicos dos solos avaliados no presente estudo denotam com clareza a distinção que existe não somente na mineralogia e eletroquímica (inferidas pelos valores de PCZ estimado), mas também nos atributos texturais e de pH que explicam tais diferenças nas concentrações de Se entre os solos do Acre e Amazonas. Palavras-chave: densidade de cargas; correlação de Pearson; eletroquímica. Agradecimentos: CAPES, CNPq e FAPEMIG. 62
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Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES DO SOLO Comissão: Química do solo
Efeito do pH e da textura do solo sobre a adsorção de selenato e selenito em solos Liniker A. Ferreira1, Gabrielly N. T. da Silva1, Josimar H. de L. Lessa1, Anderson M. Araujo1, Guilherme Lopes1, 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, linikerferreira21@hotmail.com
O elemento selênio (Se), apesar de essencial aos seres humanos e animais, em concentrações elevadas torna-se tóxico. Nesse contexto, visando definir doses para a biofortificação agronômica de culturas com o Se, o estudo de adsorção deste elemento no solo é de extrema importância para se conhecer a sua disponibilidade para as plantas. A disponibilidade de Se nos solos depende de características físico-químicas do solo, como a textura e o pH. Neste trabalho objetivou-se avaliar a capacidade de adsorção de selenato (Se6+) e selenito (Se4+) em solos com diferentes classes texturais e também sob diferentes valores de pH (4,5; 5,5 e 6,5). Para isso, foram utilizados três solos, coletados na camada de 0-20 cm de profundidade, sendo um de textura argilosa (A), outro de textura média (B), e por fim, um solo de textura arenosa (C). O experimento foi realizado utilizando selenato e selenito de sódio com concentrações de 1000 e 5000 μg L-1, respectivamente. Para o ajuste dos pHs (4,5; 5,5 e 6,5), foram transferidos 2 g de solo (TFSA) para tubos de centrifuga com capacidade de 50 mL, juntamente com quantidades especificas de ácido (HCl 0,15 mol L-1) e/ou base (NaOH 0,15 mol L-1) totalizando 20 mL de solução. Logo após, foi adicionado, em cada recipiente, 1 mL de solução de selenato ou selenito, de forma que a concentração final fosse aquela desejada (1000 e 5000 µg L-1 para Se6+ e Se4+, respectivamente). Em seguida, as amostras foram levadas para uma mesa agitadora onde permaneceram por 24 horas em reação. Logo após, foram centrifugadas e coletado o sobrenadante para determinação de Se em espectrometria de absorção atômica com forno de grafite. De modo geral, a adsorção de selenato no solo arenoso (C) apresentou baixa variação em relação aos diferentes pHs estudados. Porém, houve decréscimos na quantidade adsorvida de Se6+ com o aumento do pH para os outros solos, especialmente no solo argiloso (A). Tal fato se deve a maior densidade de sítios de ligação no solo argiloso em relação aos outros solos. Para o Se4+ em todos os solos não houve efeito significativo do pH. Entretanto, a porcentagem de selenito adsorvida foi aproximadamente 54% maior em relação ao Se6+. Essa grande diferença na capacidade de adsorção de Se entre as duas formas de Se provavelmente ocorreu devido ao selenito ser adsorvido ao solo, predominantemente, por complexo de esfera interna enquanto o selenato tende a formar complexo de esfera externa. Palavras-chave: selênio; argila; sorção. Agradecimentos: Fapemig, CNPq, Capes, NECS, DCS, UFLA.
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Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES DO SOLO Comissão: Química do solo
Identificação de ‘black carbon’ na matéria orgânica de solos tropicais por meio da pirólise analítica Marina Justi1, Judith Schellekens2, Pablo Vidal-Torrado2 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, marina.justi@gmail.com; 2Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz - Universidade de São Paulo, Piracicaba – SP, Brasil.
Black carbon (BC) é o termo utilizado para denominar uma das formas orgânicas de carbono (C) mais recalcitrantes no ecossistema solo e, portanto, muito importante para o sequestro e aumento do pool de C, sobretudo em solos tropicais. Atualmente sabe-se que até mesmo o BC sofre decomposição, embora esta dinâmica e as formas químicas resultantes dos processos de degradação ainda não sejam completamente conhecidas. Nesse sentido, a técnica da pirólise analítica, tem sido utilizada com sucesso para identificar a estrutura química em misturas orgânicas complexas, à semelhança da matéria orgânica do solo, de maneira mais detalhadas que técnicas consagradas como a espectroscopia de infravermelho e ressonância magnética nuclear. Assim, este trabalho objetivou avaliar a estrutura molecular de frações da matéria orgânica do solo (MOS), por meio da técnica da pirólise acoplada à cromatografia gasosa e espectroscopia de massas, em solos sob cerrado para identificar possíveis formas químicas derivadas do BC e avaliar seu acúmulo e/ou degradação de acordo com a fração da MOS e profundidade no perfil de solo. Os horizontes da seção de controle de três perfis foram coletados na região de Grão Mogol – MG, sob vegetação de cerrado sensu strictu: dois Latossolos Vermelho Amarelos húmicos com maiores teores de carvões macroscópicos (>2 mm) e um Latossolo Vermelho Amarelo com menores teores de carvões. Os três perfis possuíam linhas de carvões. As frações utilizadas foram fração leve livre (FLL) e oclusa (FLO), obtidas, respectivamente, por flotação em iodeto de sódio e sonificação seguida de flotação; fração extraível em NaOH e a fração residual após a extração com NaOH (correspondente a fração humina). Todas foram pirolisadas a temperatura de 600 ºC separadas por cromatografia gasosa e identificadas de acordo com seu valor massa/carga (m/z) por espectroscopia de massas. Estruturas químicas com um ou mais anéis aromáticos associados em diferentes conformações foram associadas ao BC. Tais estruturas foram classificadas nas seguintes famílias de compostos: indenos, benzofuranos, aromáticos e poliaromáticos. As mesmas foram encontradas em maior quantidade em todas as frações da MOS nos perfis e/ou horizontes com maiores teores de carvões. A FLO apresentou os maiores teores de BC, seguida da FLL, resíduo e fração extraível em NaOH. A FLL representa o imput continuo de carvões no solo, advindos das queimadas anuais da vegetação cerrado e, a FLO o BC aprisionado no interior de agregados do solo. A fração extraível contem o BC com maior solubilidade e menor tamanho molecular. A fração resídua, por sua vez representa o BC de elevado tamanho molecular e/ou elevada apolaridade de modo que não é extraído por NaOH. O conteúdo relativo de BC nesta última fração representa uma tendência clara de aumento com a profundidade em todos os perfis. Considerando que a fração resíduo é a mais recalcitrante e que o nível de decomposição aumenta com a profundidade, este fato demonstra, como já indicado por outros estudos, que o BC é um pool altamente resistente da MOS. Verificou-se, portanto, que a pirólise analítica é capaz de identificar a estrutura molecular do BC, o qual apresenta preservação seletiva em relação a outros componentes da MOS. Palavras-chave: matéria orgânica do solo; carvões; cerrado. Agradecimentos: FAPESP, ESALQ/USP.
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Lixiviação de Cr6+ em solos tratados com vinhaça Ádma da P. Néstle1, Marcele G. Cannata1, Bruno T. Ribeiro1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, brunoribeiro@dcs.ufla.br
Entre as formas de Cr, a hexavalente apresenta maior mobilidade em solos e maior efeito poluente no ambiente. A legislação do Estado de Minas Gerais ainda não estabeleceu valores orientadores para Cr6+, apenas para a concentração de Cr total no solo. O Cr6+ no solo é considerado bastante instável, sendo reduzido rapidamente a Cr3+, sobretudo sob efeito da matéria orgânica presente no solo. O Cr3+, por sua vez, apresenta maior sorção no solo e menor mobilidade. Assim, conduziu-se um experimento em condições laboratoriais com amostras da camada superficial de um Latossolo e um Gleissolo, com o objetivo de verificar o efeito da vinhaça na lixiviação de Cr6+. Partiu-se da hipótese de que a vinhaça por conter compostos orgânicos solúveis, constitui-se numa importante fonte de elétrons contribuindo para a redução do Cr6+. Para isso, potes plásticos (perfurados na base) com capacidade para 50 mL contendo 40 g de solo (seco ao ar e passado em peneira de 2 mm) receberam os seguintes tratamentos (em triplicata): i) controle (manutenção do solo na capacidade de campo – 15 mL de água destilada); ii) adição de 7,5 mL de vinhaça e 7,5 mL de água destilada; iii) adição de 7,5 mL de solução contendo Cr6+ e 7,5 mL de água destilada; iv) adição de 7,5 mL de solução contendo Cr6+ mais 7,5 mL de vinhaça. Como fonte de Cr6+, utilizou-se uma solução de dicromato de potássio na concentração de 13.000 mg L-1 de Cr6+. Durante cinco dias, a cada 24 horas, aplicaram-se sobre as amostras 30 mL de água para promover a lavagem do solo, recolhendo-se o lixiviado para determinação do Cr6+ por colorimetria em solução de difenilcarbazida. O volume de cada lixiviado foi expresso em termos de volume de poros (VP). Após a quinta lixiviação, as amostras permanecerem incubadas por dois meses com umidade na capacidade de campo. Após esse período, realizou-se a sexta lixiviação aplicando-se outros 30 mL de água destilada. A quantidade lixiviada acumulada de Cr6+ aumentou com o tempo atingindo um patamar, indicando uma diminuição do Cr6+ presente no lixiviado. As amostras que não receberam vinhaça apresentaram uma redução da quantidade de Cr6+ presente no lixiviado com o tempo, indicando uma redução a Cr3+ ou a própria sorção do Cr6+ no solo impossibilitando a sua remoção pela simples passagem da água. Quando a vinhaça foi adicionada, a quantidade de Cr 6+ recuperada no lixiviado em ambos os solos foi significativamente reduzida. Nesse sentido, a vinhaça pode se constituir um rápido amenizante de áreas que tenham sido acidentalmente contaminadas por Cr6+. Estudos posteriores são necessários a fim de se avaliar a formação de compostos organometálicos, no caso, a interação Cr3+- vinhaça, o que pode aumentar a mobilidade do Cr, conforme já observado para outros metais. Palavras-chave: contaminação do solo; metal pesado; matéria orgânica. Agradecimentos: DCS/UFLA.
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Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES DO SOLO Comissão: Química do solo
Matéria orgânica do solo após revegetação de área de mineração de bauxita Bruno E. C. Silva¹, Marlinda R. Jolomba¹, Paulo H. D. Luiz² ¹Universidade Federal de Viçosa, Viçosa- MG, Brasil, ²Universidade Federal de Lavras, Lavras- MG, Brasil,brunomukuri@gmail,com
A atividade de mineração é caracterizada pela remoção da vegetação, intensa movimentação das camadas superficiais do solo, mudanças na topografia do terreno e geração de rejeitos e outros substratos de difícil estabelecimento de plantas, demandando a execução de ações que levem à recuperação dos locais minerados. A revegetação de áreas degradadas tem grande importância para melhorar os atributos físicos, químicos e biológicos do solo. A serapilheira depositada sobre o solo de uma floresta exerce uma melhoria na qualidade destes ecossistemas, como a transferência de nutrientes ao solo, a proteção à erosão da camada superficial do solo, favorecimento na germinação de sementes e manutenção da temperatura e umidade do solo, que em diversos casos favorece a recuperação de áreas degradadas. O estudo foi conduzido em um experimento estabelecido há seis anos no município de São Sebastião da Vargem AlegreMG. A área do experimento foi explorada com bauxita e hoje se encontra reconfigurada com o solo removido na ocasião do “decapeamento”. Este estudo teve por objetivo avaliar os estoques de carbono orgânico lábil (COL), carbono total (COT) e nitrogênio total (NT), em florestas de plantios de Angico vermelho (Anadenathera macrocarpa) (PA), plantios de eucalipto (Eucalyptus urograndis) (PE) e um plantio misto (PM) com 16 espécies nativas da região. As parcelas (10x18) receberam as diferentes coberturas arbóreas, sendo os dois primeiros tratamentos compostos exclusivamente, cada um, por eucalipto e angico vermelho e a terceira cobertura composta por um misto de espécies florestais nativas da região. Para o PM foi adotado o espaçamento 2 m x 1,5 m em quincôncio, para PE e PA o espaçamento foi de 3 m x 2 m. O estudo é composto por um fatorial 3 x 2 (floresta de eucalipto, floresta de angico vermelho e misto de espécies nativas), sem adubação (T) e com adubação (C+Q). Foi utilizado no estudo o delineamento em blocos casualizados, no esquema de parcelas, com três repetições (cada parcela sendo considerada uma repetição de campo). Com base em análise de solo foi feita a adubação da área de cada cobertura florestal. Nos tratamentos sem fertilização não foi aplicado nenhum tipo de corretivos ou fertilizantes, enquanto as parcelas com fertilização foram aplicadas superficialmente e incorporados aproximadamente 3,91 kg/planta (base seca) de cama de aviário ao solo, com enxadão, na camada de 0-15 cm de profundidade. Por ocasião do plantio das mudas cada cova recebeu 450 g de calcário dolomítico e 420 g de fosfato natural reativo, que foram misturados ao solo da cova. Na entrelinha do eucalipto e angico foram aplicados e incorporados ao solo (0-15 cm) 23,475 t.ha-1 de cama de aviário e 2,25 t.ha-1 de calcário, já no mix das espécies nativas foram aplicados e incorporados ao solo (0-15 cm) 17 t.ha-1 de cama de aviário e 1,5 t.ha-1 de calcário. A instalação do experimento foi realizada após a reconfiguração da área com o solo do decapeamento. Após 4 anos do plantio das mudas foram feitas as coletas de amostras de solo, sendo coletadas 10 amostras simples por parcela, formando 1 amostra compostas por parcela. As amostras eram coletadas nas entre-linhas de plantio. Amostras de solo de mata nativa próxima ao experimento foram coletadas como referencia. A partir das amostras coletadas foi determinado o COT pelo método de oxidação via úmida, com aquecimento externo e o NT pelo método Kjehdal. Após quatro anos desde a mineração da área o COT na camada de 0-10 cm não recuperarou seus teores de referência (Mata de referência), mesmo submetidos aos diferentes manejos, constituindo-se em média 3,5 vezes menores. Os teores de NT após os 4 anos se manteve abaixo dos valores encontrados para a mata de referência em todos os tratamentos. Entretanto, o cultivo de angico (C+Q) e eucalipto (C+Q) proporcionaram teores de NT 2 vezes maiores em relação aos teores do solo pós mineração. Em relação aos teores de COL, apenas o angico (C+Q) proporcionou teores iguais ao da Mata de referência. Este fato proporciona uma prospecção futura de recuperação dos teores totais de C, uma vez que o compartimento lábil constitui-se como indicador às alterações futuras. O cultivo de angico, eucalipto e mix de espécies nativas de 5 anos não recuperaram os teores de COT e NT presentes no solo antes da mineração de bauxita. Palavras-chave: revegetação, carbono do solo, áreas degradadas.
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Divisão: PROCESSOS E PROPRIEDADES DO SOLO Comissão: Química do solo
Variação do potencial redox de solos de duas veredas Diogo C. Nascimento1, Carolina P. Berbert1, Sthefanny S. Frizzarim2, Bruno T. Ribeiro2 1
Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia - MG, Brasil. 2Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG, sthefannyfrizzarim@gmail.com
Veredas são ecossistemas úmidos (wetlands) de grande importância ambiental no Bioma Cerrado. Em tais ambientes, tem-se a ocorrência de solos hidromórficos (Gleissolos e Organossolos). Assim, a variação sazonal das condições de aeração e encharcamento do solo irá influenciar o potencial redox (Eh) e, consequentemente, várias reações e processos importantes. Objetivou-se com este trabalho, avaliar o Eh de duas veredas localizadas na região do Triângulo Mineiro, Uberlândia, MG. O Eh foi monitorado em um experimento de incubação utilizando amostras de solo da camada superficial (0 – 20 cm) e subsuperficial (40 -70 cm) do terço médio das duas veredas, uma situada na Chapada e a outra na superfície geomórfica denominada Arenito Bauru. As amostras foram secas ao ar e passadas em peneira de 2 mm. Em tubos de PVC de 10 cm de altura e 12 cm de diâmetro dotados de tampão, as amostras foram acondicionadas até uma altura (h) correspondendo a um volume total de solo igual a 750 cm3. Procedeu-se a completa saturação das amostras com água coletada da própria vereda, mantendo-se uma lâmina de aproximadamente 1 cm sobre a superfície da amostra. O volume de água necessário para completa saturação das amostras foi determinado baseado no volume total de poros de cada amostra. As amostras foram fechadas com uso de um tampão de PVC e, por meio de um orifício no tampão, realizouse as medições do Eh nos tempos (dias): 1°, 2°, 3°, 4°, 5°, 6°, 7°, 8°, 11°, 15°, 20°, 22°, 27°, 29°, 32°e 48º dia. Os valores de Eh obtidos no aparelho foram corrigidos em relação ao eletrodo padrão de hidrogênio. Em condições laboratoriais, o Eh decresceu de uma região oxidada para uma região suboxidada. Não houve diferenças significativas entre as veredas e camadas de solo avaliadas quanto à variação do Eh. Palavras-chave: química do solo; oxidação; redução; solos hidromórficos. Agradecimentos: DCS/UFLA, Fapemig, Capes, CNPq (475922/2013-01).
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Fertilidade do solo e nutrição de plantas......................................74 Absorção de silício por mudas de eucalipto - Fabrício T. de L. Gomes, Cícera Maria de M. Silva, Maria Ligia de S. Silva.................................................................................................................................................................74 Acúmulo de massa em arroz em função da dosagem de nitrogênio e potássio - Evaldo T. de Melo, Monique C. N. Fernades, Neilton A. F. Araújo, Natalia B. Alves, Maria L. de S. Silva, Valdemar Faquin ...........................75 Adubação com nitrogênio e enxofre no crescimento e produção de capim Xaraés - Gabriel B. da Silva, José A. Lima, José R. Mantovani, Luiz A. de F. Roewer, Anderson R. dos Santos, Kennet Oliveira.........................76 Adubação fosfatada em capim Mombaça - Leandro D. Novais, Hyago A. Faria, José R. Matonvani, Anderson R. dos Santos, Jose A. Lima, Paulo R.C. Landgraf.........................................................................................................77 Adubação nitrogenada em cobertura para diferentes cultivares de trigo - Nariane L. de Lima, Edvar B. F. Lima Filho, Cleber K. de Souza...................................................................................................................78 Adubação nitrogenada na formação de mudas de cafeeiro - Leandro D. Novais, Hyago A. Faria, José R. Mantovani, Anderson R. dos Santos, Jose A. Lima, Tiago T. Rezende............................................................................79 Agricultura de precisão no diagnóstico do P disponível e recomendação de adubação fosfatada em pastagem - Jefferson S. da S. Carneiro, Eduardo L. A. de Oliveira, Rubson da C. Leite, Álvaro J. G. de Faria, José M. Ferreira Júnior, Rubens R. da Silva..................................................................................................80 Aplicação de nitrogênio e enxofre em duas cultivares de arroz de terras altas - Bárbara T. Gazolla, Maria Ligia de S. Silva, Franklin E. M. Santiago, Anderson R. Trevizam............................................................81 Avaliação da emergência de plântulas de pepino (Cucumis sativus) em diferentes substratos - Thiago R. Sales, Tânia Mara C. dos Santos, Karolinne S. Borges, Marayanne G. Sanção, André A. da Silva, Victor B. R. Duarte......................................................................................................................................................................82 Biocarvão de palha de café conilon como fonte de potássio no solo - Liliane P. da Rocha, Ronaldo W. Silva, Laís L. da Silva, Lázaro L. Mosa, Renato R. Passos...............................................................................................83 Biofortificação com Zinco em feijão-vagem - Ricardo J. C. Fernades, Bruno H. P. dos Santos, Kennet S. Oliveira, Marcelo H. Luz, Hudson C. Bianchini, Douglas J. Marques...............................................................................84 Cálcio e magnésio do solo em áreas sob plantio direto com diferentes tempos de adoção no Cerrado - Wesley dos S. Souza, Manoel R. Holanda Neto, Patricia C. da Silva, Mireia F. Alves, Tamires S. da Silva, Jéssica da R. A. B. de Holanda....................................................................................................................................85 Capim Mombaça em função do suprimento de cálcio como amenizador do estresse salino sódico - Paulo S. S. Silva, Rubens R. da Silva, Jefferson S. da S. Carneiro, João V. G. Carline, Danilo A. P. da S. Lopes, Edson de S. Castro....................................................................................................................................................86 Carbono na serapilheira de pastagem Urochloa submetida a diferentes manejos de solo e sistemas de cultivo - Marlete Littig, Fabiano O. Machado, Paulo R. Rocha Junior, Eduardo S. Mendonça, Felipe V. Andrade............................................................................................................................. .......................................87 Carbono orgânico como indicador de qualidade de solo degradado sob pastagem - Jefferson S. da S. Carneiro, Soliane M. Bezerra, Mayanne A. Pereira, Dagna A. da C. Leite, Rodrigo de C. Tavares, Rubens R. da Silva.........................................................................................................................................................................88
Composição elementar da fração Ácido Fúlvico de composto extraído com soluções de KOH e NaOH - Everton G. de Morais, Sara D. Rosa, Carlos A. Silva...................................................................................89
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Composto orgânico à base de casca de café e esterco bovino no crescimento da alface americana - Gustavo A. Moreira, Jose A. Carreno, Anderson R. dos Santos, Jose A. Lima, Jose R. Mantovani, Rafael R. Lima............................................................................................................................ ..............................................90 Crescimento de plantas de café em função de diferentes adubos nitrogenados em cobertura - César F. Santos, Paulo O. R. Ramalho, Sheila I. do C. Pinto, Konrad P. e Silva.............................................................91 Crescimento e produção de serralha (Sonchus oleraceus L.) submetidas a seis doses nitrogenadas- Alessandro A. P. da Silva, Carine G. M. Silva, Yesenia M. Garcia, Matheus P. Campos.........................92 Crescimento inicial de mudas de Acacia mangium Willd submetidas a diferentes substratos Micaele R. de Souza, Marayanne G. Sanção, Katiani A. Bezerra, Karolinne S. Borges, Tania Mara C. dos Santos, Priscila B. de Souza...................................................................................................................................................................93
Cultivo de feijoeiro após roçada de diferentes adubos verdes em monocultivo e em coquetel - Bruno G. de Carvalho, Arejacy A. S. Silva................................................................................................................94 Curva de calibração de doses de calcário em um Latossolo Vermelho no cerrado tocantinense - Tayná A. Pereira, Ângela F. Machado, Álvaro J. G. de Faria, Jefferson S. da S. Carneiro, Rubens R. da Silva.............95 Desempenho da cultura do feijão em diferentes dosagens de nitrogênio via foliar e ureia via solo - Vinícius P. Campagnoli, Carla R. de Andrade, Cleber K. de Souza, Edvar B. F. L. Filho........................................96 Diagnóstico e manejo da variabilidade espacial do fósforo em área sob pastagem no cerrado tocantinense - Rubson da C. Leite, Álvaro J. G. de Faria, Jefferson S. da S. Carneiro, José M. Ferreira Júnior, Robson da C. Leite, Rubens R. da Silva........................................................................................................................97 Diagnóstico e manejo da variabilidade espacial do potássio em área sob pastagem no cerrado tocantinense - Rubson da C. Leite, José M. Ferreira Júnior, Jefferson S. da S. Carneiro, Álvaro J. G. de Faria, Robson da C. Leite, Rubens R. da Silva........................................................................................................................98 Dinâmica do fósforo em solos com diferentes tempos de uso agrícola no oeste da Bahia José M. Ferreira Junior, Jefferson S. da S. Carneiro, Rubson da C. Leite, David L. C. V. Terra, Álvaro J. G. de Faria, Brenno C. Freitas.......................................................................................................................................................99
Dose de nitrogênio e potássio no controle de brusone (Pyricularia grisea) em cultivares de arroz - Neilton A. F. Araújo, Natalia B. Alves, Evaldo T. de Melo, Monique C. N. Fernandes, Mara L. de S. Silva, Valdemar Faquin......................................................................................................................................................100 Efeito da adição de fósforo sobre a sorção de duas formas de selênio no solo - Maria J. V. dos Santos, Josimar H. de L. Lessa, Liniker A. Ferreira, Gabrielly N. T. da Silva, Jéssica F. Raymundo, Guilherme Lopes......................................................................................................................................................................101
Efeito da alcalinidade do solo sob o desenvolvimento vegetativo em áreas degradadas em Gilbués – Piauí - Mauricio de Souza Júnior, Jenilton G. da Cunha, Manoel R. Holanda Neto, Mireia F. Alves, Ericka P. V. Maia, Geraldo N. de Oliveira Júnior......................................................................................................................102 Efeito da aplicação de selênio em Panicum maximum cv. Mombaça cultivado em diferentes solos - Fabrício R. Andrade, Jodean A. Silva, Bárbara O. Nardis, Rodrigo F. Silva, Luiz G. de Carvalho, Valdemar Faquin.....................................................................................................................................................................103 Efeito da restrição de macronutrientes sobre o desenvolvimento do capim citronela - Aline O. Silva, Jacqueline S. da Silva, Joana J. Carneiro, Ximena M. de S. Vilela, Valdemar Faquin, Maria L. de S. Silva.............104 Efeito de bases fortes na extração e análise elementar de fração ácido húmico de composto - Everton G. de Morais, Sara D. Rosa, Carlos A. Silva...............................................................................................105
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Efeito de doses de nitrogênio e potássio no perfilhamento e altura de cultivares de arroz Evaldo T. de Melo, Monique C. N. Fernades, Neilton A. F. Araújo, Natalia B. Alves, Maria L. de S. Silva, Valdemar Faquin............................................................................................................................. ........................................106
Efeitos da aplicação de dejeto líquido de bovinos nas características químicas de um latossolo - Junior T. Machado, Gabriel R. da Silva, Jéssica N. A. V. Flauzino, Luiz H. R. de Oliveira, Michelle R. Pereira, Wilhiany O. R. Castro...............................................................................................................................................107 Efeitos da aplicação de gesso e calcário sobre os teores foliares na cultura da Soja - Kaio C. de A. Passos, Manoel R. H. Neto, Maurício de S. Júnior, Mireia F. Alves, Tamires S. da Silva, Jenilton G. da Cunha.......................................................................................................................... ............................................108
Efeitos de fontes de selênio em características físico-químicas do rabanete - Vanuze C. de Oliveira, Jéssica C. Teodoro, Karina C. Guimarães, Geslin Mars, Valdemar Faquin, Luiz R. G. Guilherme........................109 Eficiência da adubação nitrogenada de cobertura na cultura do milho em dois sistemas de cultivo - César F. Santos, Cristiano A. Silva, Sheila I. do C. Pinto, Konrad P. e Silva, Vagner A. Vitor.......................110 Eficiência de ácido húmico em Latossolo com subdoses de adubo fosfatado e disponibilidade de fósforo - Sara D. Rosa, Carlos A. Silva, Henrique J. G. M. Maluf.....................................................................111 Eficiência de adubo fosfatado em solos com diferentes idades de uso do oeste da Bahia José M. Ferreira Junior, Jefferson S. da S. Carneiro, Rubson da C. Leite, David L. C. V. Terra, Álvaro J. G. de Faria, Brenno C. Freitas............................................................................................................................. .........................112
Eficiência na adubação fosfatada com uso de bioativador no crescimento inicial do milho Luiz A. de F. Roewer, José A. Lima, José R. Mantovani, Anderson R. dos Santos, Rafael R. Lima, José A. C. Siqueira.....113 Emergência das plântulas de manjericão (Ocimum basilicum) em diferentes tipos de substratos - Karolinne S. Borges, Tânia Mara C. dos Santos, Thiago R. Sales, Marayanne G. Sanção, Victor B. R. Duarte, André A. da Silva.........................................................................................................................................114 Emergência de plântulas de pimenta malagueta em função de diferentes tipos de substratos - Thiago R. Sales, Karolinne S. Borges, Tânia Mara C. dos Santos, Victor B. R. Duarte, Sara B. Bandeira, Josefa Andresa da S. Miranda.......................................................................................................................... .................................115 Emprego de resíduos vegetais na composição de substratos para produção de mudas de Corymbia citriodora - Sara B. Bandeira, Bruno dos S. Almeida, Hilquias dos S. Silva, Jessica B. Bandeira, Gessica H. de Medeiros, Nádia da S. Ramos...........................................................................................................................116 Estoque do carbono da parte aérea de pastagem Urochloa submetida a diferentes manejos Marlete Littig, Fabiano O. Machado, Paulo R. Rocha Junior, Eduardo S. Mendonça, Felipe V. Andrade ...........................117 Fibra de dendê carbonizada como substrato alternativo para a produção de mudas de jiló Karolinne S. Borges, Tânia Mara C. dos Santos, Thiago R. Sales, Katiani A. Bezerra, Victor B. R. Duarte, Flávia B. Gonçalves.................................................................................................................................................................118
Fluxo de C-CO2 do solo após a aplicação de fertilizantes nitrogenados - Ramires V. Machado, José R. F. de Brito, Felipe V. Andrade...............................................................................................................................119 Fonolito como fonte de adubação potássica no feijoeiro - Kennet S. Oliveira, Marcelo H. Luz, Anderson R. dos Santos, José A. Lima, Ricardo J. C. Fernadez, Hudson C. Bianchini...................................................................120 Fonolito e cloreto de potássio na adubação da cultura da batata cv. Ágata - Ricardo J. C. Fernades, Augusto T. Manzoli, Kennet S. Oliveira, Marcelo H. Luz, Hudson C. Bianchini, Douglas J. Marques ................121 Fontes de fósforo no crescimento inicial do cafeeiro - Daniel F. de Oliveira, Anderson R. dos Santos, José R. Mantovani, José A. Lima, Kennet S. Oliveira, Tiago T. Rezende.......................................................................122 71
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Fontes e concentrações de substâncias húmicas no crescimento e índice SPAD de mudas de eucalipto - Everton G. de Morais, Sara D. Rosa, Carlos A. Silva............................................................................123 Germinação de sementes de Acacia mangium Willd em função de diferentes combinações de substratos - Micaele R. de Souza, Katiani A. Bezerra, Marayanne G. Sanção, Tânia Mara C. dos Santos, Josefa Andresa da S. Miranda, Karolinne S. Borges..............................................................................................................124 Indicadores de acidez do solo em diferentes sistemas de manejo no sul do Piauí - Mireia F. Alves, Manoel R. H. Neto, Maurício de S. Júnior, Tamires S. da Silva, Wesley dos S. Souza, Jéssica da R. A. B. de Holanda...................................................................................................................................................................125
Indicadores de produção de soja em função da adubação e sistemas de manejo na Bahia Paulo S. S. Silva, Robson da C. Leite, Jefferson S. da S. Carneiro, João V. G. Carline, Danilo A. P. da S. Lopes, Edson de S. Castro.....................................................................................................................................................................126
Indicadores químicos de qualidade do solo em áreas sob plantio direto no cerrado - Wesley dos S. Souza, Manoel R. Holanda Neto, Patricia C. da Silva,Taiwan C. A. Menezes, Jenilton G. da Cunha, Jéssica da R. A. B. de Holanda............................................................................................................................ ..................................127
Influência de fontes nitrogenadas na granulometria de grãos de café - André B. Andrade, Wantuir F. T. Chagas, Rafael M. R. Chagas, Douglas R. G. Silva, Valdemar Faquin......................................................................128 Influência de micorrizas arbusculares na nutrição de zinco e fósforo em milho - Maria J. V. dos Santos, Cristiane F. Barbosa, Mariana G. M. Gonçalves, Raquel M. RodriguezRodriguez, Maria L. de S. Silva, Valdemar Faquin............................................................................................................................. ........................................129
Influência do N e K2O no número de perfilhos e panículas na cultura do arroz - Carla R. de Andrade, Henrique A. Nunes, Cleber K. de Souza, Eliseu L. Brachtvogel......................................................................130 Influência do Silício no desenvolvimento de mudas de eucalipto - Fabrício T. de L. Gomes, Cícera Maria de M. Silva, Maria Ligia de S. Silva..................................................................................................................131 Interação nitrogênio e enxofre na cultura do morangueiro e qualidade pós-colheita - Bárbara T. Gazolla, Maria Ligia de S. Silva, Emanuelly S. Assis, Anderson Ricardo Trevizam.....................................................132 Interferência da adubação nitrogenada e potássica na cultura do arroz em sucessão à soja - Débora F. de Souza, Carla R. de Andrade, Henrique A. Nunes, Cleber K. de Souza, Eliseu L. Brachtvogel..................133 Macro e micronutrientes na fração solúvel de substâncias húmicas diversificadas - Murilo N. Valenciano, Carlos A. Silva, Sara D. Rosa...................................................................................................................134 Nitrogênio e molibdênio na cultura do feijoeiro - Kennet S. Oliveira, Marcelo H. Luz, Cristiano A. Silva, José R. C. Fernadez, Hudson C. Bianchini, Douglas J. Marques....................................................................................135 Nitrogênio orgânico como indicador de qualidade de solo degradado sob pastagem - Jefferson S. da S. Carneiro, Soliane M. Bezerra, Mayanne A. Pereira, Dagna A. da C. Leite, Rodrigo de C. Tavares, Rubens R. da Silva........................................................................................................................................................................136
Perdas de nitrogênio e rendimento de fertilizantes organominerais produzidos por compostagem - Henrique J. G. M. Maluf, Carlos A. Silva, Everton G. de Morais, Leonardo H. D. de Paula...............137 Produção de arroz em função de doses de fósforo e enxofre - Franklin E. M. Santiago, Maria L. S. Silva, Anderson R. Trevizam.....................................................................................................................................138 Produtividade da soja em função da adubação fosfatada e sistemas de manejo no Oeste Baiano - Robson da C. Leite, Jefferson S. da S. Carneiro, Rubson da C. Leite, Álvaro J. G. de Faria, Rubens R. da Silva, Antônio C. dos Santos..............................................................................................................................................139
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Qualidade de mudas de Acacia mangium Willd em diferentes composições de substratos Sara B. Bandeira, Katiani A. Bezerra, Marayanne G. Sanção, Priscila B. de Souza, Karolinne S. Borges, Tânia Mara C. dos Santos.....................................................................................................................................................................140
Recomendações de P2O5 e K2O em diferentes profundidades de amostragem de solo - Túlio M. da Costa, Cleber K. de Souza, Alessandra B. Xavier...................................................................................................141 Rendimento de grãos da soja em função da adubação e sistemas de manejo na Bahia - Robson da C. Leite, Jefferson S. da S. Carneiro, Rubson da C. Leite, Gilberto C. M. Filho, Paulo S. S. Silva, Antônio C. dos Santos.....................................................................................................................................................................142
Resíduos vegetais diferentes contribuem para manutenção da cobertura do solo em sistemas agroflorestais - Vinícius S. Pinto, Joana J. Carneiro, Eduardo de S. Mendonça, Haroldo N. de Paiva....................143 Resposta da cultura do arroz adubada com nitrogênio e potássio em sucessão a soja - Carla R. de Andrade, Henrique A. Nunes, Cleber K. de Souza, Eliseu L. Brachtvogel, Débora F. de Souza ..................................144 Resposta de feijão à aplicação de Elementos Terras Raras - Olívia G. G. do Carmo, Paula G. Ribeiro, Jéssica C. Teodoro, César F. Santos, Luiz R. G. Guilherme..........................................................................................145 Resposta do algodoeiro à adubação foliar com Ca, B e Mo no Oeste da Bahia - Jefferson S. da S. Carneiro, Eduardo L. A. de Oliveira, Gilson A. de Freitas, Antônio C. M. dos Santos, Michel E. Casali, Rubens R. da Silva........................................................................................................................................................................146
Silício na produção de abobrinha-italiana - Marcelo H. Luz, Kennet S. Oliveira, Leomar de C. Alves, José R. C. Fernandez, Hudson C. Bianchini, Douglas J. Marques..............................................................................................147 Soro de leite associado à adubação nitrogenada na composição bromatológica do capim Mombaça - Jessica da S. Bernardes, Belchior de S. Costa, Anderson R. dos Santos, José R. Mantovani, José A. Lima, Rafael R. Lima..........................................................................................................................................................148 Torta de pinhão manso na composição de substrato para produção de mudas de alface Tania Mara C. dos Santos, Karolinne S. Borges, Thiago R. Sales, Marayanne G. Sanção, Victor B. R. Duarte, Flávia B. Gonçalves................................................................................................................................................................149
Trocas gasosas e fluorescência da clorofila em rabanete após aplicação foliar de selênio Jéssica C. Teodoro, Vanuze C. de Oliveira, Karina C. Guimarães, Geslin Mars, Valdemar Faquin, Luiz R. G. Guilherme ... ...............................................................................................................................................................................150 Updt no crescimento de mudas de cafeeiros em diferentes períodos de estresse hídrico Marcelo H. Luz, Kennet S. Oliveira, Lucas M. Miranda, José R. C. Fernandez, Hudson C. Bianchini, Douglas J. Marques............................................................................................................................. .....................................151
Uso de diferentes substratos na emergência de plântulas da couve-de-folha - Tania Mara C. dos Santos, Karolinne S. Borges, Thiago R. Sales , Katiani A. Bezerra, Victor B. R. Duarte, Sara B. Bandeira ......................152 Utilização da espectrometria-UV-VIS na caracterização de substâncias húmicas - Murilo N. Valenciano, Carlos A. Silva, Sara D. Rosa...................................................................................................................153 Utilização de solução nutritiva na produção de mudas de alface - Sylmara Silva, Alexandre M. G. Júnior,Synara Silva, Luciano D. Gonçalves, Sheila I. do C. Pinto..................................................................................154 Utilização de solução nutritiva na produção de mudas de tomate - Sylmara Silva, Alexandre M. G. Júnior,Synara Silva, Luciano D. Gonçalves, Sheila I. do C. Pinto..................................................................................155 Volatilização de amonia em novas tecnologias de fertilizantes nitrogenados - Ramires V. Machado, José R. F. de Brito, Felipe V. Andrade........................................................................................................156
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Absorção de silício por mudas de eucalipto Fabrício T. de L. Gomes1, Cícera Maria de M. Silva1, Maria Ligia de S. Silva1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, fabriciodilima@yahoo.com.br
O silício é considerado um micronutriente benéfico no desenvolvimento das plantas, sendo absorvido na forma de ácido monosilícico. O H4SiO4 é depositado nas paredes das células da epiderme, contribuindo positivamente no aspecto estrutural, promovendo uma diminuição do acamamento, reduzindo a taxa de transpiração, maior tolerância ao estresse hídrico e térmico, e aumentando a resistência da planta contra pragas e doenças. O presente trabalho teve por objetivo avaliar o teor e o acúmulo de Si em mudas de eucalipto. O experimento foi conduzido em casa de vegetação no Departamento de Ciência do Solo da Universidade Federal de Lavras, em Lavras/MG, em vasos contendo 4 dm3 de solo (Latossolo Vermelho distroférrico), com uma planta de E.urophylla por vaso. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado, sendo 5 doses de Si (0, 100, 200, 300 e 400 mg dm-3) e 4 repetições por tratamento. Ao final do experimento a parte aérea foi cortada rente ao solo, lavada, seca em estufa (65 C), pesada para obtenção da matéria seca, em seguida as amostras foram moídas em moinho tipo willey para quantificação do teor de Si. O teor de Si foi realizado por digestão com Peróxido de hidrogênio (H2O2) e Hidróxido de sódio (NaOH) com auxílio de autoclave e determinado por espectrofotometria. O acúmulo de Si foi obtido através da multiplicação do teor de Si pela matéria seca da parte aérea da planta.Os dados foram submetidos à análise de variância e quando houve significância foi feita análise de regressão com o auxílio do software SISVAR. Em função das doses de Si, verificou-se que o teor e o acúmulo deste elemento apresentaram ajuste quadrático. O menor teor (3,15 g kg-1) e acúmulo (30,42 mg vaso-1) foi obtido com aplicação da dose de 0 mg dm-3 de Si. O teor máximo (4,42 g kg-1) foi obtido com a aplicação da dose de 228 mg dm-3 de Si e o acúmulo (54,69 mg vaso-1) na dose de 262 mg dm-3 de Si. Em seguida pode-se observar uma tendência de declínio até a maior dose utilizada, 400 mg dm-3, com teor (3,63 g kg-1) e acúmulo (48,64 mg vaso-1) de Si. A dose testada que promoveu maior absorção de Si foi a de 200 mg dm-3, com teor ( 4,24 g kg-1) e acúmulo (52,55mg vaso-1) de Si. Nas condições estudadas o eucalipto (E. urophylla) apresentou capacidade de absorção e acúmulo de Si em função das doses de Si utilizadas, demonstrando apresentar uma pequena capacidade acumuladora de Si. Palavras-chave: Eucaliptus urophilla; absorção; silício. Agradecimentos: CAPES, CNPq e Fapemig
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Acúmulo de massa em arroz em função da dosagem de nitrogênio e potássio Evaldo T. de Melo1, Monique C. N. Fernades1, Neilton A. F. Araújo1, Natalia B. Alves1, Maria L. de S. Silva1, Valdemar Faquin1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, evaldotadeumelo@hotmail.com
Plantas que acumulam maior massa são capazes de proporcionar maior produtividade, devido a redistribuição dos nutrientes no momento de enchimento dos grãos cuja demanda é alta. O nitrogênio é um elemento essencial às plantas de arroz em todas as fases do ciclo e sua aplicação tem reflexos diretos na produção, pois é responsável pelo aumento da área foliar das plantas e consequentemente, da taxa fotossintética. Ao lado do nitrogênio, o potássio é um dos elementos mais absorvidos pela cultura, participando de diversos processos fisiológicos e bioquímicos na planta. Diante do exposto, objetivou-se com o presente trabalho estudar o efeito de diferentes doses de nitrogênio (N) e potássio (K), no acúmulo de massa fresca e seca da parte aérea de duas cultivares de arroz de terras altas. O experimento foi realizado no Departamento de Agricultura, da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Foram utilizadas sementes de duas cultivares de arroz de terras altas, BRSMG Caçula e BRS Esmeralda. Foram testadas duas doses de K, 200 e 400 mg/dm³ e cinco doses de N, 0, 50, 100, 200 e 400 mg/dm³, em esquema fatorial 2 x 2 x 5, com três repetições e um vaso com capacidade de 5 dm³ de solo com três plantas por parcela, totalizando 60 vasos o experimento. Fez-se a correção do solo para 70% de saturação de bases e a correção dos nutrientes P, B e Zn. As aplicações das doses de N e K foram parceladas três vezes em partes iguais, sendo a primeira aplicada no plantio, e as demais 20 e 35 dias após o plantio, utilizando-se os fertilizantes Ureia 45% de N e Cloreto de Potássio 58% de K2O. Aos 65 dias após o plantio realizou-se o corte da parte aérea e mensurou-se a massa fresca (MF) em balança de precisão, posteriormente, o material foi levado para secagem em estufa de ar forçado até que os valores referentes ao peso se apresentassem constantes, quando foi mensurado a massa seca (MS) da parte aérea, com o auxilio de uma balança de precisão. Os dados obtidos foram submetidos a análise de variância e ao teste Skott Knott a 95% de probabilidade. Para a característica MF não foi observado diferenças significativas entre as cultivares e para as dosagens de K, apresentando diferenças estatisticamente para as dosagens de N, que se dividiram em três grupos distintos, sendo que a dosagem de 400 mg/dm³ foi a que proporcionou a maior massa com 53,3 g, as dosagens de 200, 100 e 50 não foram diferentes entre si apresentando os seguintes valores 31,0; 24,4 e 17,9 g respectivamente, e a dosagem de 0 mg/dm³ apresentou a menor massa com 5,8 g por planta. E para a característica MS também houve diferença significativa apenas para as dosagens de N, que se dividiram em três grupos distintos, sendo que a dosagem de 400 mg/dm³ foi a que proporcionou a maior massa com 14,5 g, as dosagens de 200, 100, e 50 não foram diferentes entre si apresentando os seguintes valores 8,0; 6,5 e 5,5 g respectivamente, e a dosagem de 0 mg/dm³ apresentou a menor massa com 1,7 g por planta. Como conclusão, as maiores dosagens de N promoveram maior acúmulo de MF e MS nas cultivares avaliadas. Palavras-chave: nutrição; Orysa sativa; fitomassa. Agradecimentos: DCS, DAG, UFLA, CAPES,CNPQ.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Adubação com nitrogênio e enxofre no crescimento e produção de capim Xaraés Gabriel B. da Silva1, José A. Lima1, José R. Mantovani1, Luiz A. de F. Roewer1, Anderson R. dos Santos1, Kennet Oliveira1 1
Universidade José do Rosário Vellano, Alfenas-MG, Brasil. jalima157@gmail.com
A adubação adequada é um dos principais fatores que influenciam a produção e a qualidade das pastagens. Tanto o N quanto o S são indispensáveis para a síntese de aminoácidos e proteínas nas plantas. Diante desse contexto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da adubação com nitrogênio e com enxofre no crescimento e na produção de capim Xaraés. O experimento foi realizado em casa de vegetação, com objetivo de avaliar as doses de nitrogênio na produção de capim-Xaraés (Brachiaria brizantha Jacq. cv. Xaraés). Foi empregado o delineamento em blocos ao acaso, em esquema fatorial 5 x 2 e quatro repetições, totalizando 40 vasos. Os tratamentos foram formados pela combinação de 5 doses de N de 0; 50; 100; 200; e 400 mg dm-³ de N, na forma de ureia; e 2 doses de S correspondentes a 0 e 40 mg dm-³ de S, na forma de sulfato de potássio. Porções equivalentes a 5 dm-³ da camada superficial (0 a 20 cm) de solo de textura argilosa, receberam calcário dolomítico, visando elevar a saturação por bases (V%) inicial do solo a 60% e o equivalente a 200 mg dm-³ de P, como superfosfato triplo, foram transferidas para vasos com capacidade de 6 dm-³ umedecidas a 70% da capacidade de retenção de água e permaneceram em incubação por 30 dias. Durante a incubação a umidade do solo foi mantida cerca de 70% da capacidade de retenção de água. Aos 7 dias de incubação foi realizado a adubação com S, por meio de solução, de acordo com os tratamentos, empregando como fonte sulfato de potássio (K2SO4). Para que todos os tratamentos recebessem a mesma quantidade de K (100 mg dm-3) foi realizada adubação com KCl, por meio de solução. Após a incubação efetuou-se a semeadura do capim Xaraés, e após a emergência realizou-se raleio visando manter 4 plantas por vaso. A adubação nitrogenada foi efetuada por meio de solução, de acordo com os tratamentos, e parcelada em 3 vezes, logo após o raleio e aos 22 e 36 dias após o raleio. Em cada adubação com N foram aplicados 30; 30 e 40% das doses de cada tratamento. O primeiro corte foi realizado 55 dias após o raleio, e o segundo corte foi efetuado 35 dias após o primeiro corte. No segundo corte não foram realizadas adubações com N e com S. Em cada corte foram avaliados: altura das plantas, diâmetro do caule, número de perfilhos vivos, produção de matéria fresca e de matéria seca da parte aérea do capim Xaraés. A interação entre os fatores N e S não alterou nenhum parâmetro avaliado (p>0,05), já o fator N teve sua influência, e afetou de forma significativa (p<0,01) o número de perfilhos vivos, e a produção de matéria seca e de matéria seca da parte aérea do capim, tanto no primeiro como no segundo corte, mas não alterou a altura do capim. A adubação com S não alterou os parâmetros avaliados (p>0,05), tanto no primeiro como no segundo corte. A adubação nitrogenada favorece o perfilhamento e a produção do capim Xaraés. Palavras-chave: pastagem, forrageira, nutriente. Agradecimentos: UNIFENAS.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Adubação fosfatada em capim Mombaça Leandro D. Novais1, Hyago A. Faria1, José R. Matonvani1, Anderson R. dos Santos1, Jose A. Lima1, Paulo R.C. Landgraf1 1
Universidade José do Rosário Vellano, MG, Brasil, hyagofaria258@gmail.com
Objetivo do presente trabalho foi avaliado o efeito da adubação fosfatada na produção de capim Panicum maximum Mombaça. O experimento foi conduzido em vasos, em casa de vegetação, em delineamento em bloco ao acaso. Os tratamentos foram constituídos por 7 doses de P, correspondendo a 0; 50; 100; 150; 200; 250 e 300 mg dm-3 de P, como superfosfato triplo em pó e 4 repetições. Porções de 5,5 dm³ de solo receberam as doses de P e permaneceram em incubação por 30 dias. A seguir, o capim Mombaça foi semeado e após o releio manteve-se quatro plantas por vaso, e o experimento foi conduzido por dois cortes. Foram avaliados altura de plantas; número de perfilho vivos; matéria fresca e matéria seca da parte aérea do capim e teores de P no solo. Concluiu-se que a adubação fosfatada proporciona grande incremento no perfilhamentos, crescimentos e produção do capim Mombaça. Palavras-chave: fósforo; forragem; nutriente. Agradecimentos: UNIFENAS
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Adubação nitrogenada em cobertura para diferentes cultivares de trigo Nariane L. de Lima1, Edvar B. F. Lima Filho1, Cleber K. de Souza1 1
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas, Inconfidentes-MG, Brasil, nariane.lubia91@gmail.com
Entre as práticas de manejo mais importante para o desenvolvimento das culturas e aumento da produtividade destaca-se a adubação nitrogenada em cobertura que deve ser realizada de acordo com as necessidades de cada cultivar, pois doses muito baixas limitam a produção e quando muito altas podem não acrescentar produção significativa quando comparadas as doses menores, não respondendo ao investimento aplicado com este insumo. Neste sentido, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes doses de nitrogênio em cobertura, sobre o desempenho produtivo de cultivares de trigo. O trabalho foi conduzido na Fazenda Escola do IFSULDEMINAS, localizada no município de Inconfidentes-MG no ano de 2015, sobre LATOSSOLO VERMELHO AMARELO eutrófico o qual foi submetido ao sistema convencional de manejo. O experimento foi instalado no delineamento em blocos casualizados em esquema fatorial 2x6 com quatro repertições, Os fatores foram duas cultivares de trigo (BRS264 e CD150) sendo os tratamentos 0; 20; 40; 60; 80 e 100 kg ha -1 de N em cobertura. Cada parcela foi formada por seis linhas, espaçada 0,20 cm entre si, com 3,0 metros de comprimento, sendo a área útil de cada parcela constituída de duas linhas centrais eliminando-se 0,50 m em ambas as extremidades. As doses de N foram aplicadas no início do perfilhamento, sendo utilizada a Ureia convencional como fonte de N. Para a estimativa da produtividade foi realizada a colheita na área útil da parcela e a umidade corrigida para 13% e os valores transformados em kg ha-1. Os dados foram submetidos a tratamento estatístico por meio de análise de variância ao nível de significância de 5% pelo teste de Tukey utilizando o software SISVAR. As doses de N em cobertura influenciaram na produtividade de grãos dos cultivares BRS264 e CD150, a interação entre as doses e cultivares não foi significativa, porém, ao realizar o desdobramento houve diferença apenas para a dose de 100 kg ha-1 de N em cobertura, na qual a cultivar CD150 apresentou produtividade média de grãos de 4612,70 kg ha-1 sendo superior ao apresentado pela cultivar BRS264 que foi de 3589,20 kg ha-1. No entanto estas cultivares apresentaram produtividades máximas estimadas maiores. Para o cultivar CD150 a produtividade máxima estimada foi de 4911,4 kg ha-1 na dose de 95,5 kg ha-1 de N. Para o cultivar CD150 ao considerarmos a dose equivalente a 90% da produtividade máxima obteve-se uma produtividade de 4420,26 kg ha-1 com o fornecimento de 62,9 kg ha-1 de N em cobertura. Já para o cultivar BRS264 a produtividade máxima apresentada foi de 4367,7 kg ha-1 obtida com a dose de 81,8 kg ha-1 de N em cobertura, porém, ao aplicarmos os mesmos índices (90% da produção máxima) obtivemos uma estimativa de 3939,93 kg ha-1 com o fornecimento de 52,5 kg ha-1 de N em cobertura. Estes resultados demonstram diferenças entre as cultivares estudadas com relação as respostas as doses de nitrogênio em cobertura, indicando a importância de se recomendar nitrogênio em cobertura, não apenas para a cultura, mas também para diferentes cultivares utilizadas no Sul de Minas Gerais. Palavras-chave: lei do máximo, máxima eficiência econômica, ureia. Agradecimentos: IFSULDEMINAS – Campus Inconfidentes.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Adubação nitrogenada na formação de mudas de cafeeiro Leandro D. Novais1, Hyago A. Faria1, José R. Mantovani1, Anderson R. dos Santos1, Jose A. Lima1, Tiago T. Rezende1 1
Universidade José do Rosário Vellano, hyagofaria258@gmail.com
A formação adequada de mudas de cafeeiro é um dos fatores que mais influencia a longevidade da lavoura. Nessa etapa, a adubação adequada e equilibrada é indispensável para a obtenção de mudas de qualidade. Nos boletins oficiais de recomendação de calagem e adubação não é mencionado sobre o empego de adubação nitrogenada na formação de mudas de cafeeiro, possivelmente em função da elevada quantidade de adubo orgânico utilizada no preparo do substrato. Contudo, a adubação com N é frequentemente utilizada pelos viveiristas, que muitas vezes não seguem critérios técnicos. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da adubação nitrogenada na formação de mudas de cafeeiro. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, em sacolas de polietileno com capacidade para 1 dm3, em delineamento experimental inteiramente casualizado, com 5 tratamento e 4 repetições, totalizando 20 unidade experimental. Cada unidade experimental foi constituída por 6 sacolas de polietileno, contendo uma muda por sacola de cafeeiro da Cultivar Mundo Novo. Os tratamentos foram constituídos por doses de N, equivalentes a 0; 17; 34; 51 e 68 mg dm-³ de N, na forma de ureia. O substrato utilizado foi obtido por meio da mistura, em volume, de 60% de subsolo, com baixo teor de matéria orgânica e de nutrientes, 30% de esterco bovino curtido e 10% de areia grossa. Após o preparo do substrato, ele foi enriquecido com calcário, superfosfato simples e cloreto de potássio. A seguir, foi realizada semeadura do cafeeiro, e a adubação nitrogenada foi aplicada, por meio de solução, de acordo com os tratamentos, e parcelada em 2 vezes aos 20 e 40 dias após o estádio de “orelha de onça”. Durante o período de condução do experimento foram realizadas irrigações diárias, empregando regador, de forma a evitar percolação de água pelo fundo dos sacos de polietileno. Por ocasião da colheita das mudas foram realizadas avaliações de altura de plantas, diâmetro do caule, número de pares de folhas por planta, área foliar, matéria fresca e matéria seca da parte aérea e das raízes, matéria seca total (raiz+parte aérea), teor e quantidade acumulada de N na parte aérea das mudas. A adubação nitrogenada influenciou de forma significativa a altura de plantas, o diâmetro de caule, a matéria fresca e seca da parte aérea de muda, a matéria seca total, o número de pares de folhas e os teores e quantidades de N na parte aérea das mudas, sendo constatados acréscimos nesses parâmetros com aplicação de doses acima de 30 mg dm-3 de N. Em contrapartida, a aplicação de N não influenciou o crescimento e a produção de matéria seca de raízes. A adubação nitrogenada deve ser aplicada na formação de mudas do cafeeiro, pois favorece o crescimento e a qualidade de mudas. Palavra-chave: Coffea arabica, nitrogênio, nutriente. Agradecimentos: UNIFENAS.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Agricultura de precisão no diagnóstico do P disponível e recomendação de adubação fosfatada em pastagem Jefferson S. da S. Carneiro1, Eduardo L. A. de Oliveira1, Rubson da C. Leite2, Álvaro J. G. de Faria3, José M. Ferreira Júnior3, Rubens R. da Silva3 Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, 2Universidade Federal do Tocantins, Araguaína – TO, Brasil, 3Universidade Federal do Tocantins, Gurupi – TO, Brasil, andradelizardo@gmail.com 1
As pastagens ocupam um quarto da área total do Brasil, dos quais metade encontra-se em processo de degradação. Portanto, o conhecimento da variabilidade espacial dos atributos do solo, principalmente o fósforo (P) pode ser uma forma de melhorar o manejo das pastagens. Diante disso o presente trabalho teve como objetivo avaliar a variabilidade espacial, diagnóstico da disponibilidade de P e recomendação de adubação fosfatada pelos métodos de amostragem convencional e pelo uso de técnicas de agricultura de precisão. O trabalho foi realizado no município de Gurupi, TO, na Fazenda Nelore Brilhant. As amostras de solo foram coletadas na profundidade de 0,0-20,0 cm, em um grid regular de 120 m x 50 m em uma área de 70,84 hectares. No total foram coletadas 100 amostras georreferenciadas. O estudo foi realizado em uma área de pastagem, cuja fertilidade média é apresentada a seguir: pH (CaCl2)= 4,82; P e K (método Mehlich-1)= 27,40 e 39,83 mg dm-3 respectivamente; Ca2+; Mg2+ e Al3+ (método KCl 1 mol L-1)= 2,04, 0,88 e 0,05 cmolc dm-3, respectivamente; H+Al [método Ca(OAc)2 0,5 mol L-1]= 3,03 cmolc dm-3; CTC total, CTC efetiva e SB= 6,12, 3,14 e 3,09 cmolc dm-3, respectivamente; V%= 49,17; MO (método Walkley e Black)= 26,9 g dm-3; areia, silte e argila= 670,7, 76,3 e 263,0 g kg-1, respectivamente. Realizou-se a análise geoestatística dos dados obtidos a fim de ajustar os dados aos modelos de semivariogramas, escolhendo aquele que mais se ajustasse aos dados baseados no melhor coeficiente de determinação (R²) e menor soma do quadrado dos resíduos (SQR). A partir dos semivariogramas, foram realizados os mapas de isolinhas por krigagem da distribuição espacial do fósforo (P) na área. Em seguida realizou-se a elaboração do mapa diagnóstico e de recomendação da adubação fosfatada para a implantação e manutenção de pastagem de Panicum maximum cv. Mombaça em médio nível tecnológico. A recomendação foi realizada pelo método convencional (pela média do P disponível da área) e pelo método da agricultura de precisão (recomendação pontual para cada ponto amostrado) para aplicação a taxa variada do fertilizante superfosfato simples (SS) - 18% de P2O5 e 1081,67 R$ tonelada-1. O fósforo (P) disponível no solo (27,40 mg dm-3) foi classificado agronomicamente como bom ou adequado. O coeficiente de variação obtido para esse atributo foi alto (121,66) (CV > 60%), apresentando alta variabilidade entre os pontos amostrados. Isso é explicado em função do manejo realizado na área, uma vez que alguns pastos receberam aplicação de resíduos de frigorífico bovino, aumentando o P disponível. A pastagem presente na área avaliada apresentou-se totalmente degradada, em função disso foi recomendada a reforma total da área. A recomendação da adubação fosfatada na implantação pelo método convencional resultou no uso de 4.299 kg de P2O5 (23.881 kg de SS) em toda a área. O custo da adubação foi de 25.832,00 R$ (365,00 R$ ha-1). Com o uso da técnica de agricultura de precisão a recomendação resultou em 2.642 kg de P2O5 (14.678 kg de SS). Com essa técnica o gasto foi de 15.877,00 R$ (224,00 R$ ha-1). Na adubação de manutenção com uso da método convencional de recomendação, recomendou-se 1.796 kg de P2O5 (9.979 kg de SS), custando ao produtor 10.794,00 R$ (152,00 R$ ha-1). Na aplicação a taxa variada pela agricultura de precisão recomendou-se 1.113 kg P2O5 (6.183 kg de SS), gerando um custo de 6.688,00 R$ (94,00 R$ ha-1). O uso da geoestatística e agricultura de precisão proporcionou uma economia de 1 .657 e 683 kg de P2O5; 9.203 e 3.796 kg de SS e o equivalente a 9.955,00 e 4.106,00 R$ (141,00 e 58,00 R$ ha-1), respectivamente para a adubação de implantação e manutenção da pastagem. O uso de técnicas geoestatísticas e agricultura de precisão para a recomendação da adubação reduz o uso de insumos e o custo ao produtor. Palavras-chave: geoestatística; agricultura de precisão; adubação fosfatada. Agradecimentos: Fazenda Nelore Brilhant, UFT Gurupi, Grupo Nero. 80
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Aplicação de nitrogênio e enxofre em duas cultivares de arroz de terras altas Bárbara T. Gazolla1, Maria Ligia de S. Silva1, Franklin E. M. Santiago1, Anderson R. Trevizam1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, barbara.tpg@hotmail.com
O arroz é um cereal com maior importância social e econômica para o mundo, sendo base da alimentação de dois terços da população mundial. Áreas de sequeiro estão cada vez mais sendo exploradas com o cultivo do arroz. Dentre os nutrientes utilizados no desenvolvimento das culturas temos o N e S. O N é o nutriente mineral mais exigido pelas plantas e tem função estrutural, é assimilado nas formas combinadas: NH4+ (amônio) e NO3- (nitrato). O S também é um macronutriente presente na composição de proteínas, assimilado na forma SO42- (sulfato). O objetivo deste trabalho foi investigar as características de qualidade, valor nutricional e produção, influenciadas pela interação entre N e S em duas cultivares de arroz. O experimento foi realizado em casa de vegetação no Departamento de Ciência do Solo da UFLA, e instalado em esquema fatorial 2x5x2, correspondendo a 2 doses de S (60 e 120 mg dm-3), que foram aplicadas em única dose no plantio na forma de sulfato de cálcio (14% de S), e 5 doses de N (0, 90, 180, 270, 360 mg dm-3), que foram aplicadas na forma de uréia 10 dias após o plantio e parcelados ao longo do experimento em 5 aplicações e 2 cultivares de arroz de terras altas, Pepita e Soberana. Cada tratamento foi composto por 3 repetições, cada uma correspondendo a um vaso com 3 dm-3 de um Latossolo Vermelho-Amarelo, que continha 5,4 g kg-1 de matéria orgânica e 7,0 mg dm-3 de S- SO42-, totalizando 60 parcelas experimentais. A colheita dos grãos de arroz e da parte aérea da planta foi realizada de acordo com o final do ciclo fisiológico da cultura. As partes aéreas das plantas colhidas foram lavadas, secas em estufa, pesadas, contado o número de espiguetas, depois foram moídas e analisadas. Os grãos foram secos em estufa, pesados e moídos. As amostras foram submetidas à digestão nitro-perclórica para determinação de S e digestão sulfúrica para a determinação de N. A produção de matéria seca da parte aérea das duas cultivares de arroz aumentou em função das doses de N e S. A produção de grãos não foi alterada em função das doses de N e S. Os teores de N e S, de forma geral, aumentaram em função das doses de N e S na parte aérea e nos grãos de arroz das duas cultivares. Os maiores teores e acúmulos de N e S foram observados na cultivar Soberana. Palavras-chave: interação iônica; macronutrientes; produção. Agradecimentos: FAPEMIG;CAPES; CNPq.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Avaliação da emergência de plântulas de pepino (Cucumis sativus) em diferentes substratos Thiago R. Sales1, Tânia Mara C. dos Santos1, Karolinne S. Borges1, Marayanne G. Sanção1, André A. da Silva1, Victor B. R. Duarte1 1
Universidade Federal do Tocantins - TO, Brasil, karolinnesilvaborges@yahoo.com.br
O tipo de substrato assume grande importância no processo de germinação da semente, pois é nele onde se desenvolvem as raízes das mudas, servindo de suporte para o vegetal, podendo regular os nutrientes necessários para o desenvolvimento das plântulas e reter água para a germinação da semente. Objetivouse neste trabalho avaliar quatro tipos de substratos na emergência de plântulas de pepino. As atividades experimentais foram realizadas no viveiro da Universidade Federal do Tocantins, campus Universitário de Gurupi, localizado na região sul do estado do Tocantins. Os tratamentos (T) consistiram de quatro substratos, sendo eles: areia lavada (T1), torta de dendê (T2), substrato comercial Bioflora® (T3) e casca de arroz carbonizada (T4). A semeadura foi realizada em bandejas de isopor com 200 células, tendo a célula um volume de 1,6 x 10-5 m3, dispostas em bancada de ferro em casa de sombra (com sombrite de 50%), com irrigação por aspersão automática realizada três vezes ao dia. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado (DIC), com quatro repetições de 5 sementes, com um total de 20 sementes por tratamento. As avaliações foram realizadas diariamente a partir do nono dia após a semeadura (DAS), com o surgimento da primeira plântula, até o décimo nono dia após a semeadura (DAS), considerando como emergidas as plântulas que apresentaram os cotilédones abertos e expandidos, isto é, a plântula com as bordas de suas folhas unifolioladas sem se tocarem. Os parâmetros avaliados foram: porcentagem de emergência (E%), índice de velocidade de emergência (IVE) e tempo médio de emergência (TME). A porcentagem de emergência, foi calculada pela formula E% = (N/100) x 100, em que: N = número de plântulas emergidas ao final do experimento; o índice de velocidade de emergência, para o qual foi utilizada a fórmula: IVE = Σ (ni/ti)Σni, em que: ni = número de plântulas emergidas por dia e ti = tempo após instalação do teste; o tempo médio de emergência foi calculado pela fórmula TME = (Σniti)/Σni, em que: ni = número de plântulas emergidas por dia e ti = tempo após instalação do teste. Os dados foram submetidos à análise de regressão utilizando o software Sigmaplot 10.0 e o modelo de regressão escolhido foi baseado na significância dos coeficientes da equação de regressão e de determinação a 5% de probabilidade. A partir das análises dos dados, as parcelas do tratamento areia lavada e substrato comercial Bioflora, apresentaram maiores porcentagens de emergência, com 75% em ambos os tratamentos, já o menor valor (50%) foi obtido com o uso da torta de dendê (T2). Em relação IVE, foram obtidos resultados semelhantes aos observados para a porcentagem de emergência, sendo que as parcelas do tratamento areia lavada e aubstrato comercial Bioflora, tiveram os melhores resultados (0,98 e 0,99, respectivamente), e o menor valor (0,62) encontrado no T2 (torta de dendê). Quanto ao tempo médio de emergência, as parcelas dos tratamentos em areia lavada e substrato comercial Bioflora, respectivamente, apresentaram os melhores valores (15,40 e 15,33 dias). Diante do exposto, concluiu-se que dos substratos testados a areia lavada e o substrato comercial Bioflora apresentaram plântulas de pepino mais desenvolvidas, sendo a torta de dendê o menos indicado. Palavras-chave: Cucumis sativus; substrato. Agradecimentos: UFT.
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Biocarvão de palha de café conilon como fonte de potássio no solo Liliane P. da Rocha1, Ronaldo W. Silva1, Laís L. da Silva1, Lázaro L. Mosa1, Renato R. Passos1 1
Universidade Federal do Espírito Santo, Alegre - ES, Brasil, lili.rpaes@hotmail.com
O potássio é terceiro nutriente mais acumulado na cultura do café, com percentual de 20% do total de macronutrientes. Boa parte destes nutrientes são exportados da lavoura via colheita, onde uma grande percentagem destes, armazenados na casca são perdidos no ambiente quando esse resíduo é mau descartado. Uma alternativa para o melhor aproveitamento deste resíduo é a produção de biocarvão pelo processo de conversão térmica (pirólise) e posterior uso agronômico deste material. O processo de pirólise promove a concentração de nutrientes como o K no biocarvão, uma vez que o aumento de temperatura fará volatilizar, seletivamente, O e H principalmente, concentrando C e os demais nutrientes não-voláteis à faixa de temperatura normalmente empregada na pirólise (300 a 700 ºC). Assim, avaliouse a influência do uso de biocarvão de palha de café conilon produzidos em duas temperaturas de pirólise na disponibilidade de K do solo. O trabalho foi conduzido em ambiente controlado com temperatura de 25 ºC ±2, no Laboratório de Solos do Centro de Ciências Agrárias e Engenharias da Universidade Federal do Espírito Santo, no município de Alegre, Espírito Santo. Os biocarvões foram produzidos nas temperaturas de 350 °C e 600 °C, em um reator de pirólise hermeticamente fechado, posteriormente foram passados em peneiras de 1 e 0,5 mm aproveitando o material retido entre estas duas malhas. Foram utilizadas quatro doses de biocarvão proporcionais a 5, 10, 15 e 20 t ha-1 e um tratamento controle sem adição de biocarvão com três repetições, sendo incubados em recipiente plástico contendo 1,7 kg de um Latossolo Vermelho distrófico de textura argilosa por 120 dias a 70% da capacidade de campo. Após este período, realizou-se extração do K disponível do solo com o extrator Mehlich 1 e posterior leitura em Fotômetro de Chama. Os dados foram submetidos à análise de variância (P < 0,05) e quando significativos, os tratamentos qualitativos foram submetidos ao teste de Tukey ao nível 5% de probabilidade e os tratamentos quantitativos foram submetidos à análise de regressão. A adição de biocarvão, independentemente da dose aplicada aumentou a disponibilidade de K do solo em relação ao tratamento controle. A disponibilidade de K do tratamento controle foi de 34 mg dm-³, verificou-se aumento de 786,03 e 978,91% (301,25 e 366,83 mg dm-³) do K disponível para os tratamentos com biocarvões produzidos a 350 e 600 ºC respectivamente. A elevação da temperatura de pirólise promoveu um aumento de 21,76% do K disponível do solo. O aumento das doses de biocarvão proporcionou aumento linear do K disponível do solo com aumento mais pronunciado para os tratamentos com a maior temperatura de pirólise conforme apresentado nas regressões ŷ = 36,00 + 21,22x (R² = 0,99) e ŷ = 33,67 + 26,65x (R² = 0,99) para as temperaturas de 350 e 600 ºC respectivamente. O aumento da concentração de K no solo com a elevação da temperatura de pirólise é atribuído ao fato deste elemento não ser perdido por volatilização na faixa de temperatura normalmente utilizada durante a pirólise. No entanto, a degradação térmica decorrente do aumento da temperatura é acompanhada pela perda de materiais voláteis e acúmulo de componentes inorgânicos na forma de cinzas. As cinzas associadas ao biocarvão contém nutrientes solúveis e acessíveis às plantas. Palavras-chave: biochar, pirólise, condicionador do solo. Agradecimentos: FAPES, UFES, CAPES.
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Biofortificação com Zinco em feijão-vagem Ricardo J. C. Fernades1, Bruno H. P. dos Santos1, Kennet S. Oliveira1, Marcelo H. Luz1, Hudson C. Bianchini1, Douglas J. Marques1 1
Universidade José do Rosário Vellano, Alfenas - MG, Brasil, ricardojos32@gmail.com
A biofortificação agrícola é um meio que pode ser utilizado para aumentar o teor de nutrientes nas plantas em diferentes partes das mesmas, como raízes, folhas e grãos. O grão está em maior evidencia sendo o mais estudado pelo fato de estar incluído na alimentação básica da população, consumido diariamente em todo mundo. Constituindo uma fonte de vitaminas, para a alimentação humana. Sendo assim objetivou-se avaliar a aplicação de zinco visando promover uma melhoria na qualidade nutricional do feijão-vagem. Foi utilizado o delineamento em blocos casualizados, em esquema fatorial 2 X 5 (duas formas de aplicação de zinco: solo e foliar) e cinco concentrações de zinco (0; 2,5; 5,0; 7,5; 10 mg kg-1 de solo) perfazendo 10 tratamentos com quatro repetições. As plantas de feijãovagem foram cultivadas em vasos com capacidade para 8 dm3. Foram avaliados os seguintes parâmetros: altura das plantas, diâmetro do caule e número de folhas. Para a interação das formas de aplicação (solo X foliar) observase maior crescimento para a dose 10 mg kg-1 de zinco aplicado via foliar quando se compara com aplicação do zinco no solo. Isso confirma o efeito do zinco no crescimento e desenvolvimento das plantas, o zinco influencia o desenvolvimento e o crescimento das plantas, quando se faz biofortificação com o zinco em feijão-vagem principalmente quando aplicado via foliar. Concluiu-se com a pesquisa que a aplicação de zinco via foliar e via solo aumentou os teores nas folhas, biofortificando o feijão-vagem. Palavras-chave: biofortificação agrícola; micronutrientes; olericultura. Agradecimentos: UNIFENAS, NEOL.
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Cálcio e magnésio do solo em áreas sob plantio direto com diferentes tempos de adoção no Cerrado Wesley dos S. Souza1, Manoel R. Holanda Neto2, Patricia C. da Silva3, Mireia F. Alves2, Tamires S. da Silva2, Jéssica da R. A. B. de Holanda4 1
Universidade Federal do Ceará–UFC, Fortaleza-se, Brasil, E-mail: agrowesley95@gmail.com; 2Universidade Estadual do Piauí–UESPI, Corrente-PI, Brasil; 3Universidade de Brasília–UnB, Brasília-DF, Brasil; 4Secretária Municipal de Desenvolvimento Rural–SEMDER, Corrente–PI, Brasil.
Nas últimas décadas, a preocupação com a avaliação da qualidade do solo tem merecido destacada atenção, e a quantificação de alterações nos seus atributos, decorrentes da intensificação de sistemas de uso e manejo. Os sistemas intensivos de uso do solo podem causar sérios prejuízos, como o favorecimento do processo de degradação química do solo. Com isso atualmente vem se adotando vários sistemas conservacionistas, como exemplo de sistemas de manejo conservacionistas que mais vem se destacando na agricultura o sistema plantio direto. A avaliação dos indicadores químicos da qualidade do solo possibilita uma maior indicação do nível de fertilidade do solo. Diante disso presente trabalho teve como objetivo avaliar a interferência do manejo adotado em áreas de cultivo do Cerrado nos teores de Cálcio e Magnésio do solo. O estudo foi desenvolvido em áreas de produtores de grãos no Cerrado, município de Formosa do Rio Preto-BA. Os solos das áreas são classificados como Latossolos Amarelos, textura franco argilo-arenosa. O clima da região é do tipo Tropical, com estação seca de inverno e chuvosa no verão (Aw) no sistema de Koppen, com temperatura média de 26,5 ºC, precipitação anual de 1.200 mm. Foram estudados quatro sistemas de manejo do solo: Sistema Plantio Direto com milheto, um ano de adoção (SPD1+SM1); Sistema de Plantio Direto 03 (três) anos de adoção com braquiária como cultura de cobertura e rotação de cultivo soja/milho nos últimos três anos (SPD3+B); Sistema de Plantio Direto 6 (seis) anos de adoção com braquiária como cultura de cobertura e rotação de cultivo milho/braquiária no último ano (SPD6+M 2B); Sistema de Plantio Direto 6 (seis) anos de adoção com cultivo de soja em consórcio com braquiária e rotação soja/braquiária/milho/braquiária nos últimos seis anos (SPD6+SB), além de uma área sob Vegetação Nativa de Cerrado (VNC), como referência de um ambiente em condição de equilíbrio. As amostras foram coletadas no mês de outubro de 2015. Em cada sistema de manejo do solo e VNC foram coletadas amostras de solo nas profundidades de 0,0-0,5; 0,5-0,10; 0,10-0,20 m, com 5 repetições. Cálcio (Ca2+) e magnésio (Mg2+) extraídos com KCl 1 mol L-1 e determinados por titulometria. O delineamento experimental utilizado foi por parcelas subdivididas, as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância, utilizando o programa estatístico Assistat 7.7. O Cálcio e Magnésio apresentou diferença estatística entre os sistemas e a área de referência com VNC e também entre as profundidades, encontrando-se os menores valores na área de VNC em todas as profundidades estudadas. Nos sistemas de plantio direto conforme se aumentou a profundidade os teores de Cálcio e Magnésio diminuiu, isso acontece devida a aplicação de calcário em superfície sem que o solo seja revolvido, com isso os maiores teores destes nutrientes se encontram nas camadas mais superficiais. Com a aplicação de Ca2+ e Mg2+ de forma superficial em sistemas de plantio direto, reduz a eficiência na correção da acidez em profundidade, por conta das características de baixa solubilidade desses elementos. Portanto verifica-se a importância da utilização continua de práticas de manejo do solo para manutenção da sua fertilidade, como a aplicação de corretivos e fertilizantes para o cultivo em áreas de cerrado, visto que são áreas com uma baixa fertilidade natural. Palavras-chave: atributos químicos; macronutrientes; sistema conservacionista. Agradecimentos: GEOSOLOS.
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Capim Mombaça em função do suprimento de cálcio como amenizador do estresse salino sódico Paulo S. S. Silva1, Rubens R. da Silva1, Jefferson S. da S. Carneiro2, João V. G. Carline1, Danilo A. P. da S. Lopes1, Edson de S. Castro1 1
Universidade Federal do Tocantins, Gurupi - TO, Brasil, 2Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, silvapssagro@gmail.com
A alta dependência de importações de potássio, a deficiência nos solos brasileiros e a demanda por produtos que contenham o K+, mostram a importância em se desenvolver pesquisas para viabilizar o uso de fontes alternativas mais econômicas em substituição ao potássio (K+) obtido de fontes importadas. O trabalho teve como objetivo avaliar área foliar (AF) e razão da área foliar (RAF) em produção de plantas de capim mombaça em função de fontes e doses de cálcio como amenizadores do estresse salino na substituição parcial de potássio por sódio. O trabalho foi conduzido na área experimental da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Campus Universitário de Gurupi. A parcela experimental foi constituída por vasos plásticos com capacidade para 5,0 dm3, onde foram colocados 4,0 dm3 de solo como substrato (Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico). Foi realizada a adubação com os nutrientes: nitrogênio (N) utilizando como fonte a uréia (50 kg de N ha -1), Superfosfato Simples como fonte de fósforo (P) (120 kg de P2O5 ha-1), Cloreto de potássio (KCl) como fonte de K2O (60 kg de K2O ha-1) e cloreto de sódio (NaCl) (15 kg de Na+ ha-1) como fonte de sódio. O experimento foi implantado em um Delineamento Inteiramente Casualizado (DIC) com quatro repetições em esquema fatorial 3x5+2. O primeiro fator constituído por três fontes de cálcio (Calcário - CaCO3; Gesso - CaSO4 e Cloreto de Cálcio - CaCl2) e o segundo fator por cinco doses de cálcio (0, 10, 20, 30 e 40 mg dm-3 de Ca2+). Esses tratamentos foram aplicados na adubação com substituição de 25% do K+ por Na+. Os 2 tratamentos adicionais foram a adubação padrão com 100% do K+ e a tratamento controle (solo – Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico). Foram avaliadas as seguintes características das plantas: AF e RAF. A AF foi calculada a partir da medição do comprimento (C) x largura (L) da folha em cm, para três folhas por vaso, a média desses dados foi base de cálculo através da fórmula AF=C x L x 0,905; e a RAF (cm² g-1): RAF= AF/MST onde: AF= Área foliar e MST= Massa seca total. Os dados obtidos foram submetidos à análise de regressão com os programas Statística versão 7.0 e SigmaPlot 10®. A adição crescente de Ca2+ de forma suplementar na adubação do capim Mombaça como amenizador do estresse salino em função da substituição parcial do potássio por sódio promoveu resposta quadrática para a AF e RAF quando utilizou-se a fonte CaCO3 e CaCl2. Já com o uso do gesso agrícola (CaSO4) não houve ajuste aos modelos de regressão, tendo as plantas apresentando 134,148 cm² de AF e RAF de 10,57 cm2 g-1. Com uso do CaCO3 a maior AF foi obtida na dose de 21,09 mg dm-3 de Ca2+ e a RAF na dose de 20,03 mg dm-3 e para a fonte CaCl2 a dose máxima eficiente foi de 24,33 e 17,1 mg dm-3 respectivamente para a AF e RAF. A adição de Ca2+ promoveu um incremento de AF de 2,72 e 10,5% para as fontes CaCO3 e CaCl2 respectivamente, quando comparado a parcela em que foi substituído parcialmente K+ por Na+ na ausência de Ca2+. E na RAF promoveu um incremento de 5,42 e 10,27% para as fontes CaCO3 e CaCl2 respectivamente, quando comparado a parcela em que foi substituído parcialmente K+ por Na+ na ausência de Ca2+. Quando comparado com a adubação padrão e a parcela controle, torna-se mais evidente essa diferença. A aplicação do CaCO3 como fonte de Ca2+ promoveu 5,6 e 293,88% de aumento na AF em relação a adubação padrão e ao controle respectivamente. A aplicação do CaSO4 promoveu um aumento de 4,29 e 288,97% e o CaCl2 de 11,42 e 315,57% na AF das plantas em relação a adubação padrão e ao tratamento controle respectivamente. Já na RAF aplicação do CaCO3 como fonte de Ca2+ promoveu 21,17% de aumento em relação a adubação padrão, a aplicação do CaSO4 promoveu um aumento de 18,5% e o CaCl2 de 23,40% na RAF das plantas em relação a adubação padrão. A fonte CaCl2 foi mais eficiente no incremento na AF e RAF das plantas, sendo superior a fonte CaCO3 e CaSO4. Palavras-chave: Adubação; fertilizante; nutriente. Agradecimentos: NERO, UFT. 86
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Carbono na serapilheira de pastagem Urochloa submetida a diferentes manejos de solo e sistemas de cultivo Marlete Littig1, Fabiano O. Machado1, Paulo R. Rocha Junior2, Eduardo S. Mendonça1, Felipe V. Andrade1 1
CCAE Universidade Federal do Espírito Santo, Alegre - ES, Brasil, mlittig97@gmail.com, 2CEUNES Universidade Federal do Espírito Santo, São Mateus - ES, Brasil
A serapilheira das pastagens representa grande importância no balanço de carbono (C) do solo, devido seu potencial em armazenar C. O acúmulo da serapilheira é variável dependendo do manejo do solo e cultura, assim como da sazonalidade das condições climáticas. Estudar sistemas de manejo do solo que elevem a produção da parte aérea e consequentemente aumente a deposição de serapilheira ao solo se torna imprescindível tendo em vista elevar o estoque de C no solo. Nesse sentido o objetivo do presente trabalho é avaliar o estoque de C da serapilheira em diferentes manejos de solos sob pastagem. O experimento foi realizado no município de Alegre, ES, na área experimental da Universidade Federal do Espírito Santo durante o período de setembro de 2013 a agosto de 2014. Seis parcelas experimentais com diferentes sistemas de manejo de pastagens Urochloa brizantha cv. Marandú foram estabelecidos sendo: Pastagem controle com manejo extensivo similar ao da região (CON); pastagem escarificada em nível com calagem e adubação (PE); pastagem com calagem, adubação e parcelamento de N no período chuvoso (PA); pastagem queimada sem calagem e adubação (PQ); sistema integração lavoura pecuária floresta utilizando leguminosas como planta de cobertura (iLPF); e pastagem arada e gradeada em nível sem calagem e adubação (PAGr). A serapilheira foi coletada periodicamente à medida que a pastagem atingisse uma altura de 0,25 ± 0,05 m. As amostras de serapilheira foram recolhidas a partir de um gabarito quadrado de 0,35 x 0,35 para determinação de massa seca (60 °C, durante 72 h) e pesadas para calcular o peso seco total. O carbono total da serapilheira foi analisado por oxidação húmida (Yeomans & Bremner, 1988). O carbono da serapilheira, em cada estação de coleta, foi calculado usando a equação adaptada (Adair et al., 2008) e a soma de toda a estação mostrou a contribuição do balanço C. Foi realizado a análise de variância (ANOVA) a 5% de probabilidade para verificar diferenças entre os manejos de pastagens. Para a deposição de serapilheira, o manejo da iLPF proporcionou maior deposição anual (31,99 Mg ha-1), enquanto que valores intermediários foram observados nos manejos CHI (24,92 Mg ha-1) e PA (21,15 Mg ha-1). Valores significativamente mais baixos foram encontrados nos manejos CON (13,48 Mg ha1 ), PAGr (9,88 Mg ha-1) e PQ (6,22 Mg ha-1) (p> 5%). Quando avaliado o estoque de C pela serapilheira, a sequência dos manejos seguiu a mesma ordem de produção de parte aérea: iLPF (11,32 Mg ha-1) > PE (9,20 Mg ha-1) > PA (8,02 Mg ha-1) > CON (4,82 ha-1) > PAGr (3,81 ha-1) > PQ (2,33 ha-1). Estes resultados indicam que em um curto prazo o manejo de deposição de palhada ao solo proporcionado pelo iLPF é benéfico para o estoque de C pela serapilheira, com valores quase 5 vezes maior de C armazenado na serapilheira em comparação com a pastagem queimada, portanto a queima por eliminar os resíduos vegetais não é indicada tenho em vista elevar o C armazenado. Palavras-chave: serapilheira; estoque de carbono; manejo do solo. Agradecimentos: CCAE, UFES, FAPES.
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Carbono orgânico como indicador de qualidade de solo degradado sob pastagem Jefferson S. da S. Carneiro1, Soliane M. Bezerra3, Mayanne A. Pereira2, Dagna A. da C. Leite2, Rodrigo de C. Tavares2, Rubens R. da Silva2 Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, 2Universidade Federal do Tocantins, Gurupi – TO, Brasil, Universidade Federal do Pará, Tucuruí - PA, Brasil, carneirojss@yahoo.com.br
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A substituição de áreas de vegetação natural pela agricultura e pecuária tem ocasionado à degradação acelerada dos solos em função do manejo inadequado. O solo é o maior estoque de carbono, assim um ambiente sem ação antrópica pode apresentar um elevado teor de carbono orgânico. Diante disso o presente trabalho objetivou avaliar o estoque de carbono do solo como indicador de qualidade de áreas contrastantes no bioma cerrado. As áreas estudadas estão localizadas na fazenda experimental da UFT campus Gurupi – TO, com temperatura média anual de 27 ºC e 1500 mm de precipitação anual. O estudo foi realizado em delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 3 x 2 com 5 repetições. O primeiro fator referente à três áreas estudadas: mata nativa (MN), área em recuperação (AR) e pastagem degradada (PD) e o segundo a duas profundidades de coleta (0-10 e 10-20 cm). As amostras coletadas foram secas ao ar e passadas em peneira de 2 mm. Para avaliação das áreas estudadas determinou-se o teor de carbono orgânico total do solo (COT). Realizou-se ainda a extração das substâncias húmicas para determinação do carbono da fração ácido húmico (CFAH), carbono da fração ácido fúlvico (CFAF) e o carbono da fração humina (CFH) das amostras coletadas. Os dados obtidos foram submetidos a análise de variância e quando significativo foi realizado o teste Tukey para verificar as diferenças estatísticas (p<0,05) utilizando o software Sisvar 5.0. O teor de carbono orgânico total (COT) não apresentou diferença significativas entre as áreas (2,9; 2,5 e 2,7 dag kg -1 para MN, AR e PD respectivamente) e profundidades estudadas (2,9 e 2,4 dag kg-1 para 0-10 e 10-20 cm de profundidade respectivamente). Essa ausência de diferença entre as áreas e profundidades é explicada em função das condições das áreas estudadas. A mata nativa e a área em recuperação apresentam vegetação arbórea e de gramíneas, com acúmulo e manutenção da matéria orgânica na superfície. As profundidade avaliadas não diferiram uma vez que a camada 0-20 cm é altamente influenciada pela atividade das raízes e matéria orgânica superficial da vegetação arbórea e a ausência de revolvimento favorece a preservação dos resíduos vegetais em sua superfície. Assim como a pastagem avaliada que estava sem manejo desde 2008 e ainda apresenta grande capacidade de armazenamento de carbono no solo nas camadas sob influência das raízes, pelo efeito rizosférico que ainda promovem a melhoria da estabilidade estrutural do solo. O carbono das frações húmicas apresentou diferença significativa entre as áreas apenas para o CFAH e CFAF. Já para profundidade apenas para o CFAF. O CFAF apresentou-se maior na área sob vegetação nativa (0,26 dag kg-1). O CFAH também foi superior na vegetação nativa (0,25 dag kg-1), porém não diferiu da pastagem degradada (0,20 dag kg-1). Quanto ao efeito da profundidade sobre o CFAF verificou-se que a camada de 0-10 cm apresentou o maior teor de carbono (0,23 dag kg-1). O CFAF não diferiu em profundidade possivelmente em função da característica de apresentar menor estabilidade, podendo ser translocadas para camadas mais profundas, ser polimerizadas ou mineralizadas, e diminuir, assim, seu teor residual no solo. Já o CFH por apresentar maior recalcitrância, além da sua íntima associação com fração textural mais finas do solo. O COT não é bom indicador de áreas degradadas do cerrado, principalmente se esta área apresentar-se com pastagens com longo tempo sem manejo. Palavras-chave: cerrado; matéria orgânica; substâncias húmicas. Agradecimentos: UFLA, UFT, UFPA.
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Composição elementar da fração Ácido Fúlvico de composto extraído com soluções de KOH e NaOH Everton G. de Morais1, Sara D. Rosa1, Carlos A. Silva1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, evertonmoraislp@yahoo.com.br
A matéria orgânica é composta pelas frações humina, ácido húmico (AH) e ácido fúlvico (AF), as quais são diferenciadas em função da solubilidade em ácido e álcali. Portanto, a diferença de solubilidade é utilizada como técnica de extração de humina, AH e AF. Os extratores básicos utilizados, NaOH e KOH, e sua concentração definem a eficiência da extração, bem como o teor de nutrientes nas diferentes frações. O trabalho teve por objetivo caracterizar a fração AF quanto ao teor de nutrientes em função do extrator utilizado. O experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado, com quatro soluções extratoras, KOH 0,1 M; NaOH 0,1 M; KOH 0,5 M; NaOH 0,5 M, que constituíram os tratamentos, em quatro repetições. A fração AF foi extraída de composto preparado com esterco de galinha (60%) + casca de café (30%) + carvão vegetal (10%), incubado por 150 dias. Na extração, pesaram-se 4 g de composto em tubo falcon, depois, foram adicionados 40 mL das soluções extratoras. As amostras foram agitadas em agitador horizontal com rotação de 100 rpm, por 4 horas, posteriormente, centrifugadas por 20 min a 2500 rpm. Retirou-se o sobrenadante, adicionou-se HCl 6 M para redução do pH a valores próximos a 1,5 ± 0,5. Posteriormente, as amostras foram centrifugadas nas mesmas condições mencionadas anteriormente, para separação das frações AF e AH. A fração AH foi separada por decantação, sendo a fração solúvel em ácido, o AF, utilizada para avaliação da composição elementar. Em etapa simultânea, foi realizado o mesmo procedimento sem o ajuste do pH, para determinação dos nutrientes nas SHs (AF+AH). No AF e na SHs, foram determinados o teor de carbono (C) por meio de analisador elementar de carbono (TOC), e os teores de P, Ca, Mg, S, Fe, Mn e Zn em ICP-OES. O Teor de cada nutriente (Nu) em AF foi relativizado em relação ao teor total na SHs pela seguinte equação: Relativização do Nu (Re) (%) = {[Teor do Nu no AF (mg L-1)] ÷ [Teor do Nu na SHs (mg L-1)] x 100}. Os dados foram submetidos a análise de variância (p<0,05) e as médias comparadas pelo teste de Tukey (p<0,05). Utilizando-se KOH e NaOH 0,5 M, observou-se o aumento dos teores solúveis de C, P, S e Fe na fração AF, comparado à concentração de 0,1 M, sendo este aumento na magnitude de 25; 28,2; 16,2 e 55,7%, obtendo teores desses nutrientes de 1257; 18,5; 4,04 e 2,49 mg L-1, respectivamente. O Teor de Ca do AF, 5,19 mg L-1, extraído com NaOH 0,5 M, foi 15,3% menor em relação aos demais extratores. Os maiores teores de Mg e Zn foram obtidos com o uso de KOH 0,5 M, da ordem 5,4 e 0,53 mg L -1. A relativização de cada nutriente mostra a porcentagem deste que fica na fração AF, indicativo de afinidade do ligante orgânico pelo íon. Para C, P, Ca, Mg, S e Mn, não foram observadas diferenças na relativização em função do emprego de diferentes soluções extratoras, observando valores de 22,8; 90,6; 91,5; 9,9; 45,8 e 12,6%, respectivamente. Observou-se que a maior parte de P e Ca concentrouse na fração AF e que C, Mg, S, e Mn, pouco se associam ou são menos recuperados pelos extratores na fração AF, em função do baixo teor solúvel na fração fúlvica. O uso da concentração de 0,5 M da base extratora recupera mais Fe na fração AF, 70%, valor 36% superior ao teor obtido na solução de 0,1 M. O aumento da concentração da solução extratora elevou a quantidade de cátions, como K e Na, que podem reagir liberando o Fe ligado a moléculas de AF. Em geral, o teor de Zn é baixo na fração AF, porém, há aumento no teor desse micronutriente para solução extratora de 0,1 M, na magnitude de 17%. O aumento da concentração da base extratora propicia maiores teores de nutrientes na fração AF solúvel, porém, os teores de micronutrientes catiônicos são baixos na fração AF. Palavras-chave: substâncias húmicas; compostagem; eficiência de extração. Agradecimentos: CAPES, CNPq (processos 303899/2015-8 e 461935/2014-7) e FAPEMIG.
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Composto orgânico à base de casca de café e esterco bovino no crescimento da alface americana Gustavo A. Moreira1, Jose A. Carreno1, Anderson R. dos Santos1, Jose A. Lima1, Jose R. Mantovani1, Rafael R. Lima1 1
Universidade José do Rosário Vellano - MG, Brasil, jandrescs730@gmail.com
No cultivo de hortaliças é comum o emprego de adubos minerais e de orgânicos. Dentre os adubos orgânicos, o esterco bovino é o mais frequentemente utilizado. No beneficiamento do café são geradas grandes quantidades de resíduo denominado casca/palha. Esse resíduo possui teor elevado de K, respectivamente 32g/kg de palha que pode ser utilizado na agricultura de forma isolada, ou como componente de compostos orgânicos. Nesse sentido, o objetivo do presente trabalho avaliar o efeito de composto orgânico contendo palha de café e esterco bovino, em atributos de fertilidade do solo, e na produção de alface americana. O experimento foi conduzido em vasos, em casa de vegetação, em delineamento de blocos casualizados. Os tratamentos foram constituídos por 7 doses de composto orgânico 4 repetições, totalizando 28 unidades experimentais (vasos). As doses de composto orgânico empregadas foram previamente calculadas com base em análise química do composto preparado com os dois resíduos, e com base no volume de solo presente em cada vaso, sendo esta, 0; 10; 20; 40; 60; 80 e 100 t ha-1 do material orgânico, doses na qual servirão como base para uma curva de tendência para adubação orgânica em alface. O composto orgânico utilizado possuía relação C/N de 14/1; teores de N, P, K, Ca e Mg, de 10,3; 1,7; 31,1; 6,6 e 2,3 g kg-1, respectivamente. Foi empregada a camada superficial (0 a 20 cm) de solo de textura argilosa, com a seguinte composição química inicial pH em CaCl2 = 5,5; P-Mehlich = 1 mg dm-3; K+, Ca2+, Mg2+, respectivamente, iguais a 2; 52 e 11 mmolc dm3 ; CTC = 105 mmolc dm-3 e V = 62%. Porções de 5,8 dm3 de solo receberam as doses do composto orgânico e o equivalente a 200 mg dm-3 de P, como superfosfato simples, foram transferidas para os vasos, umedecidas a 70% da capacidade de retenção de água e permaneceram em incubação por 30 dias. Após a incubação foi coletada amostra de solo de cada vaso, para análise química de rotina, e cada vaso recebeu uma muda de alface americana. O experimento com plantas foi conduzido por 45 dias, e durante a condução foi realizada adubação nitrogenada de cobertura, por meio de solução com 8,5 g de ureia diluída em 3 L de agua, sendo aplicado 100 ml por vaso, aos 10 e 20 dias após o plantio. Por ocasião da colheita foram avaliados: maior diâmetro da parte aérea, diâmetro de cabeça, altura de plantas, produção de matéria fresca e de matéria seca da parte aérea. O emprego de doses equivalentes a até 100 t ha-1 de composto orgânico contendo palha de café e esterco bovino diminui a acidez do solo e aumenta os teores de nutrientes no solo particularmente K. A aplicação de composto orgânico contendo palha de café e esterco bovino aumenta o crescimento e a produção de alface americana. Palavras-chave: adubação orgânica; hortaliça; palha de café. Agradecimentos: UNIFENAS.
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Crescimento de plantas de café em função de diferentes adubos nitrogenados em cobertura César F. Santos¹, Paulo O. R. Ramalho², Sheila I. do C. Pinto², Konrad P. e Silva² 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, agronomocesar.santos@gmail.com, ²Instituto Federal de Minas Gerais Campus Bambuí-MG, Brasil
O equilíbrio nutricional das plantas é fundamental para evitar perdas de produtividade. O N é o nutriente que proporciona maior resposta em termos de produtividade na cultura do café e o de maior demanda para o desenvolvimento vegetativo. A eficiência na utilização deste nutriente é ampliada quando há o aumento no parcelamento da adubação nitrogenada. No entanto, a fonte nitrogenada mais utilizada por sua maior concentração, a uréia, é muito sujeita a perdas de N por volatilização quando aplicada na adubação de cobertura. Para evitar estas perdas, fontes nitrogenadas com liberação controlada de N têm sido comercializadas como eficientes na redução da volatilização do N. Assim, objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito de diferentes fontes nitrogenadas aplicadas nas adubações de cobertura sobre o crescimento de plantas de café. O experimento foi desenvolvido no IFMG-Campus Bambuí, em Bambuí, MG, em área de cafeeiro do cultivar Rubi, com dois anos e meio, cultivado sob espaçamento 3x0,8 m em um Latossolo Vermelho distroférrico. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados com quatro repetições. Os tratamentos incluem a aplicação de 20 g de N por planta em cada adubação de cobertura utilizando sete fontes nitrogenadas diferentes. As fontes nitrogenadas utilizadas são a uréia (44% N), o sulfato de amônio (20% N; 22% S) e cinco adubos comercializados como de liberação controlada de N: adubo 1 (43% N), adubo 2 (29% N; 5% Ca; 9% S; 2% Mg; 0,3% B), adubo 3 (44% N; 0,1 6% Cu; 0,4% B), adubo 4 (37% N; 16% S) e adubo 5 (45% N; com inibidor de urease). Foram realizadas quatro adubações de cobertura com intervalos mensais. As parcelas experimentais foram compostas por 10 plantas, onde somente as oito centrais foram avaliadas quanto ao diâmetro de copa, altura das plantas e número de ramos plagiotrópicos, sempre um mês após a aplicação da adubação de cobertura. Os dados foram submetidos à análise de variância. Nas condições edafoclimáticas em que o experimento foi conduzido não foram observadas diferenças entre as diferentes fontes nitrogenadas utilizadas sobre o diâmetro de copa, a altura das plantas ou o número de ramos plagiotrópicos emitidos pelas plantas de café, em nenhuma das quatro avaliações realizadas mensalmente após cada adubação de cobertura. Palavras-chave: coffea arábica; nitrogênio; volatilização de nitrogênio. Agradecimento: IFMG Bambuí.
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Crescimento e produção de serralha (Sonchus oleraceus L.) submetidas a seis doses nitrogenadas Alessandro A. P. da Silva¹, Carine G. M. Silva¹, Yesenia M. Garcia¹, Matheus P. Campos¹ 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, alessandroaps90@gmail.com
A serralha (Sonchus oleraceus L.) é classificada como hortaliça não convencional, consumida em diversas regiões do Brasil e do mundo. A recomendação de doses exatas e aplicação na época mais adequada para o melhor aproveitamento do nitrogênio pelas culturas e a redução das perdas são um dos maiores desafios da atualidade. O trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de doses de nitrogênio no crescimento e produção de biomassa de serralha. O experimento foi conduzido em vaso sob casa de vegetação, sem sistema de irrigação instalado, em ambiente sem controle de temperatura e umidade relativa do ar, durante o período de novembro de 2016 a fevereiro de 2017, a 918 m de altitude nas coordenadas geográficas de 21° 22’ S e 44° 15’ W. A serralha foi cultivada em vasos com capacidade de 4 dm3, utilizando um solo tipo Latossolo Vermelho Distrófico (LVdf), de textura argilosa, o qual foi coletado, seco e peneirado. O delineamento experimental utilizado foi o delineamento inteiramente casualisado (DIC), constituído por seis diferentes doses de N (0, 100, 200, 300, 400 e 500 mg dm-3), 4 repetições, totalizando 24 vasos. A fonte de nitrogênio utilizada foi a ureia, sendo esta parcelada em três vezes de acordo com os tratamentos para a aplicação em cada vaso. Aos 40 dias após a semeadura foi feito o desbaste deixando duas plantas por vaso. Ao longo da condução do experimento quando as plantas emitiam o botão floral, estes eram retirados evitando que a serralha cessasse seu crescimento vegetativo devido ao florescimento. Na adubação de semeadura foram fornecidos em todos os vasos 150 e 80 mg.dm-3, respectivamente, de P e K. As doses de N foram parceladas na semeadura e em mais duas adubações de cobertura, em todos os tratamentos, aos 15 e 35 DAS, respectivamente. Aos 42, 53, 63 e 74 DAS procedeu-se as avaliações de altura de plantas (cm) e contagem do número de folhas. Realizou-se a colheita das plantas aos 80 DAS, o material foi separado em caule e folhas e pesados para obtenção da massa verde (MV), em g. As amostras foram secas em estufa de circulação forçada a 65 °C, e ao atingir o peso constante obteve-se, em g, a massa seca (MS). Os dados obtidos para crescimento e produção de biomassa foram submetidos ao teste de normalidade de Shapiro-Wilk (α = 5%). Foi realizada a análise de variância, e posteriormente a análise de regressão, ajustando-se as equações aos dados obtidos (α = 5%), selecionando o modelo com melhor ajuste (maior R²). As análises estatísticas evidenciaram que não houve interação entre os fatores dose e época para as variáveis altura de plantas (AP) e número de folhas (NF). Avaliando separadamente o fator época, o NF e a AP, foram crescentes em todas as épocas avaliadas, obtendo a altura máxima de 87,5 cm e aproximadamente 25,02 folhas completamente expandidas, na 4ª época de avaliação. A maior produção de folhas está diretamente relacionada a quantidade de N fornecida a planta, pois a restrição deste nutriente não limita apenas o tamanho, mas também o número de folhas emitidas. A produção de massa seca foliar (MSF) e massa verde foliar (MVF) apresentaram respostas quadráticas às doses de N. Para massa seca do caule (MSC), massa verde do caule (MVC), massa seca da parte aérea (MSPA) e massa verde da parte aérea (MVPA) houveram ajustes quadráticos em função das doses de N, com valores máximos até a dose de 400 mg dm-3. Portanto, visando a comercialização desta espécie, quanto maior for sua MVF, maior valor comercial terá. Neste presente estudo, a dose que proporcionou maior MVF e MSF foi a de 300 mg dm-3. O aumento da massa foliar pode ser explicado pelo ajuste linear crescente obtido para NF, ao longo das épocas, independentemente da dose de ureia aplicada. O mesmo pode ser compreendido para o aumento da massa do caule e da parte aérea, referindo-se ao crescimento em AP de serralha ao longo do tempo, independentemente da dose nitrogenada no solo. O cultivo na dose de 300 mg dm-3 de N proporciona maiores massa verde e seca foliar. Palavras-chave: hortaliças não convencionais; produtividade; teor de N. Agradecimentos: DCS, UFLA. 92
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Crescimento inicial de mudas de Acacia mangium Willd submetidas a diferentes substratos Micaele R. de Souza1, Marayanne G. Sanção1, Katiani A. Bezerra1, Karolinne S. Borges1, Tania Mara C. dos Santos1, Priscila B. de Souza1 1
Universidade Federal do Tocantins, Gurupi- TO, Brasil, micaele.souzasp@gmail.com
A Acacia mangium Willd pertencente à família Fabaceae, subfamília Mimosoideae, cujo o gênero compreende aproximadamente 700 a 800 espécies, habitando naturalmente áreas tropicais e subtropicais é uma espécie pioneira e muito cultivada em todo o mundo, especialmente para energia primária e celulose. A casca de arroz carbonizada apresenta grande potencial para utilização como substrato, dadas suas propriedades físicas, dentre as características desse material destacam-se o baixo custo, fácil manuseio, grande capacidade de drenagem e ausência de contaminantes. Diante disso objetivou-se avaliar a influência da casca de arroz carbonizada para a produção de mudas de Acacia mangium. O experimento foi desenvolvido no viveiro florestal da Universidade Federal do Tocantins, campus de Gurupi. A base dos diferentes tratamentos foi a casca de arroz carbonizada (CAC) e substrato comercial Bioflora® (SC). Foram utilizadas cinco formulações de substratos (tratamentos T), sendo eles: T1 - 100% de SC (testemunha); T2- 25% de CAC + 75% de SC; T3-50% de CAC + 50% de SC; T4 - 75% de CAC + 25% de SC; T5 - 100% de CAC. Posteriormente as sementes foram semeadas a 1 cm de profundidade em copos descartáveis com capacidade volumétrica de 200 cm³, nos quais foram realizados quatro perfurações no fundo para facilitar à drenagem de água. As avaliações foram feitas a cada 15 dias após a semeadura, durante 45 dias. Foram avaliadas as seguintes variáveis: altura da parte aérea (H), diâmetro do coleto (DC), peso de matéria seca da parte aérea (PMSPA), peso de matéria seca das raízes (PMSR) e peso de matéria seca total (PMST). O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualisado (DIC), constituído de cinco tratamentos, com 4 repetições de 18 mudas respectivamente, totalizando 72 mudas para cada tratamento. Os dados das características mensuradas foram submetidos à análise estatística por agrupamento de médias pelo teste Scott-Knott no nível de 5% de significância. A partir dos resultados obtidos, observou-se que o substrato do T2 (25% de CAC + 75% SC Bioflora®), proporcionou o melhor resultado no crescimento inicial de mudas de Acacia mangium apresentando maior altura e diâmetro de plantas, os menores valores de altura e diâmetro do coleto foram observados com o uso dos substratos do T1 e do T4. Em relação ao peso de matéria seca da parte aérea, não houve diferença estatística entre os tratamentos testados, sendo que o T1 apresentou maior valor (0,037 g) e o T5 o menor (0,021 g). Para a variável massa seca de raiz, observou-se que o substrato do T5 apresentou maior média (0,035 g) e o T2 a menor média (0,020 g). Para a massa seca total, pode-se observar que as mudas no substrato do T1 apresentou o maior peso (0,069 g) e o T2 (0,044 g) o menor peso, ou seja, menor crescimento e desenvolvimento das mudas. No entanto podese concluir que o uso da CAC promove um maior desenvolvimento das raízes da Acacia mangium, porém dos substratos testados o que obteve mudas de Acacia mangium mais desenvolvidas foi o T1 (SC Bioflora®). Palavras-chave: acácia; substrato; mudas. Agradecimentos: UFT.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Cultivo de feijoeiro após roçada de diferentes adubos verdes em monocultivo e em coquetel Bruno G. de Carvalho1, Arejacy A. S. Silva2 1
Centro Universitário do Planalto de Araxá, Araxá - MG, Brasil, brunocarvalho783@gmail.com, 2Instituto Federal de São Paulo, Avaré - SP, Brasil
A cultura do feijoeiro é uma das mais importantes fontes de alimentação dos brasileiros. O feijoeiro é considerado uma planta exigente em nutrientes, em função do pequeno e pouco profundo sistema radicular e do ciclo curto. A adubação verde pode incrementar a fertilidade natural do solo, resultando na economia de fertilizantes. A cobertura vegetal proporciona o aumento no teor de matéria orgânica do solo e o protege da erosão causada pela ação da água e pelo vento. A variabilidade de espécies vegetais, de adubos verdes, permite a obtenção de vantagens decorrentes das diferentes características de cada espécie, como profundidade do sistema radicular, fixação biológica de nitrogênio, relação carbono/nitrogênio, etc. O experimento foi realizado no campo experimental do Centro universitário do planalto de Araxá, em Araxá-MG, de abril a outubro de 2011 e teve por objetivo avaliar o efeito de diferentes palhadas sobre os componentes de produção do feijoeiro. Avaliou-se o número de vagens, número de sementes por vagem, massa de 100 sementes e produtividade de grãos de feijoeiro cultivado após a roçada dos adubos verdes: Crotalária juncea - CJU; Girassol - GIR; Braquiária ruziziensis - BRZ; Aveia preta - APR; Tremoço branco - TBR; Coquetel de plantas - COQ; Pousio POU. O tratamento COQ foi realizado com a mistura de sementes de CJU, GIR, BRZ, APR, TBR e Nabo forrageiro - NFO. Em todos os tratamentos, o plantio dos adubos verdes foi feito à lanço e as sementes incorporadas a 5 cm de profundidade, não houve adubação. Os adubos verdes foram roçadas rente ao solo aos 60 dias após a emergência. Após 10 dias da roçada, foi aplicado herbicida glifosato, para dessecação, nas parcelas em que houve rebrota. Passados mais dois dias, foi semeado o feijão, junto a adubação química (N-P-K) em todas as parcelas, além de adubação nitrogenada e molibdênio em cobertura. As parcelas receberam irrigação e a população final de plantas foi de 240 mil/ha. Os tratamentos COQ, APR e GIR proporcionaram maior número de vagens por planta de feijoeiro. Não houve diferença significativa entre os tratamentos para massa de 100 grãos e o feijoeiro cultivado sobre palhada de TBR alcançou produtividade de grãos inferior ao obtido pelo feijoeiro cultivado sobre as demais palhadas. Houve redução, não significativa, do número de plantas de feijão emergidas quando o cultivo foi realizado sobre as palhadas de CJU e TBR. A rotação de cultivos de diferentes famílias vegetais favorece a produtividade e a sustentabilidade da produção. As palhadas de TBR e CJU podem interferir na população de plantas de feijoeiro. O cultivo de feijão sobre palhada mista (COQ) apresentou-se benéfico e promissor. Palavras-chave: adubos verdes; palhada; feijoeiro. Agradecimentos: IFSP, UNIARAXÁ.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Curva de calibração de doses de calcário em um Latossolo Vermelho no cerrado tocantinense Tayná A. Pereira1, Ângela F. Machado1, Álvaro J. G. de Faria1, Jefferson S. da S. Carneiro2, Rubens R. da Silva1 Universidade Federal do Tocantins, Gurupi - TO, Brasil, 2Universidade Federal de Lavras, Lavras – MG, Brasil, taynasap@gmail.com 1
O uso da calagem no solo traz benefícios, como o de elevar o pH de solos ácidos, aumentar a disponibilidade de Ca e Mg e aumentar a disponibilidade de outros nutrientes como o P, aumentando a fertilidade do solo e consequentemente a produtividade das lavouras. Estudos que visam definir a curva de calibração da dose de calcário no solo é a melhor forma de fazer a aplicação do calcário na dose correta e saber quanto tempo demora para que o mesmo possa fazer efeito nas propriedades químicas do solo em questão através do acompanhamento das modificação ocorridas no solo ao longo do tempo. Diante disso o presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes doses e tempos de incubação do calcário nos atributos químicos de um Latossolo Vermelho da região central do Tocantins. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado com três repetições, em esquema fatorial 5 x 2. O primeiro fator corresponde a cinco doses de calcário (0; 2,0; 4,0; 6,0 e 8,0 t ha-1), já o segundo fator corresponde a dois tempos de incubação (15 e 60 dias). Os tratamentos utilizados foram obtidos através do uso do calcário Puro Analítico (PA) (CaCO3+MgCO3) na relação estequiométrica Ca:Mg de 2,5:1. O solo incubado foi um Latossolo Vermelho (LV), da região central do estado do Tocantins (município de Buritirana) cuja fertilidade média é apresentada a seguir: pH (H2O)= 4,33; P e K (método Mehlich-1)= 1,12 e 62,99 mg dm-3 respectivamente; Ca2+; Mg2+ e Al3+ (método KCl 1 mol L-1)= 0,60, 0,07 e 0,43 cmolc dm-3, respectivamente; H+Al [método Ca(OAc)2 0,5 mol L-1]= 5,79 cmolc dm-3; CTC total, CTC efetiva e SB= 6,67, 1,31 e 0,88 cmolc dm-3, respectivamente; V%= 13,21; MO (método Walkley e Black)= 38,11 g dm-3; areia, silte e argila= 382,96, 47,73 e 563,31 g kg-1, respectivamente. O solo após incubado foi coletado, preparado como terra fina seca ao ar (TFSA) e encaminhados para o Laboratório de Solos – LABSOLO para a avaliação do efeito das doses de calcário e tempos de incubação sobre os teores de Ca2+, Al3+ e pH (H2O). Os dados obtidos foram submetidos a análise de variância e quando significativos foram submetidos a análise de regressão. O pH do solo apresentou resposta significativa (p≤0,05), se ajustando de forma linear em função das doses de calcário utilizado (15 dias - Ŷ = 4,64**+0,19**X R²: 0,98 e 60 dias – Ŷ = 4,93**+0,17**X R²: 0,98**). Para que se possa atingir um pH ideal, em torno de 5,7 a 6,5, aos 15 dias de condução será necessário um valor de 6 t ha-1 de calcário. Já aos 60 dias de condução essa quantidade de calcário para atingir essa mesma faixa de pH ideal seria em torno de 5 t ha-1. O teor de Al3+ apresentou resposta significativa (p≤0,05), ajustada a equação exponencial (15 dias - Ŷ = 0,26***exp(-0,36*X) R²: 0,96** e 60 dias – Ŷ = 0,14**exp(-0,52**X) R²: 0,96**). Tanto aos 15 dias quanto aos 60 dias, os valores apresentados foram abaixo de 0,10 cmolc dm-3, insuficientes para causar toxidez nas plantas. O Ca2+ apresentou resposta significativa (p≤0,05), se ajustando de forma linear (15 dias - Ŷ = 0,81**+0,29**X R²: 0,99** e 60 dias Ŷ = 0,85*+0,42**X R²: 0.97**) em função das doses de calcário utilizado. Para que se possa atingir o valor ideal, em tordo de 2,4 cmolc dm-3, aos 15 dias de condução será necessário um valor de 6 t ha-1 de calcário. Aos 60 dias, utilizando 5 t ha-1 de calcário, atingiu cerca de 2,9 cmolc dm-3. Concluímos que a melhor resultado foi 5 t ha-1 aos 60 dias, pois conseguiu se chegar aos valores de nutrientes considerados ideais para região e também por ser mais viável devido ao custo benefício para o produtor. Palavras-chave: precisão; nutrição; fertilidade. Agradecimentos: LabSolo, UFT.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Desempenho da cultura do feijão em diferentes dosagens de nitrogênio via foliar e ureia via solo Vinícius P. Campagnoli1, Carla R. de Andrade1, Cleber K. de Souza1, Edvar B. F. L. Filho1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais – Campus Inconfidentes. Inconfidentes/MG, Brasil, vinicius_pires95@hotmail.com 1
Os estudos em nutrição e adubação na cultura do feijão (Phaseolus vulgaris) ajudam aos produtores a possuírem maiores capacidades de aproveitamento de implantação da lavoura, conhecimentos de que quantidade não é qualidade e saber a hora certa de adubar. O objetivo do trabalho foi avaliar a produtividade e altura de planta do feijoeiro segundo os diferentes tratamentos os quais foi submetido. Desenvolvido no campo experimental do Instituto Federal de Inconfidentes na safra de 2015/2016, foi esquematizado em doses de nitrogênio aplicado via foliar (dividido em duas aplicações) 1, 2, 3, 4 litros por hectare de um produto comercial Amino Speed Vigor e ureia, 44% N, aplicado via solo 0, 20, 40 e 60 quilos por hectare em uma parcela de 6 metros quadrados, os tratamentos foram divididos em 4x4 e quatro repetições, ambos os produtos continham o nitrogênio como fonte principal de nutriente as plantas. Para análise dos dados foi realizado a variável altura de 10 plantas a cada parcela, medidos a cada 4 dias durante 12 dias e no final feita a média dessas alturas. Já a produtividade foi realizado com a colheita da parcela útil seguida da pesagem dos grãos e feito o dimensionamento para um hectare. Os dados foram submetidos no programa Sisvar e realizado com variância de 5% no teste de Tukey. Para as avaliações de altura de planta, os tratamentos não apresentaram diferença significativa, mostrando que as interações entre os produtos não surtiram efeito no que diz respeito ao crescimento das plantas de feijão, as alturas se mantiveram em um padrão de crescimento e no final as médias foram iguais. No entanto para a variável, produtividade, as interações que apresentaram melhores resultados foram aquelas que continham 1 litro de produto foliar e 20 kilogramas de ureia aplicado via solo resultando uma produtividade de 2466 kg/ha. Essas interações mostraram a importância do parcelamento da adubação na cultura do feijoeiro e que a maior dosagem muitas das vezes não apresenta melhores resultados, a divisão de aplicação foliar proporcionou um melhor aproveitamento da planta pois em estágios diferentes ela necessita de quantidades adversas de nutrientes ainda mais a fonte sendo nitrogênio, um fonte essencial para o desenvolvimento e enchimento de grãos. Obtendo as dosagens corretas os produtores conseguem economizar na compra de insumos e sabem a hora certa de fazer a adubação em sua cultura, além de ajudar na preservação do meio ambiente. Palavras-chave: Phaseolus vulgaris, nutrição mineral; doses. Agradecimentos: IFSul de Minas Campus Inconfidentes..
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Diagnóstico e manejo da variabilidade espacial do fósforo em área sob pastagem no cerrado tocantinense Rubson da C. Leite1, Álvaro J. G. de Faria2, Jefferson S. da S. Carneiro3, José M. Ferreira Júnior2, Robson da C. Leite2, Rubens R. da Silva2 Universidade Federal do Tocantins, Araguaína – TO, Brasil, 2Universidade Federal do Tocantins, Gurupi – TO, Brasil, 3Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, rubsonnif@gmail.com 1
As pastagens ocupam um quarto da área total do Brasil, dos quais metade encontra-se em processo de degradação, portanto o conhecimento da variabilidade espacial dos atributos do solo, pode ser uma forma de estabelecer a relação entre o definhamento da pastagem e a perda de qualidade do solo. Diante disso o presente trabalho teve como objetivo avaliar a distribuição e dependência espacial, e realizar o manejo do fósforo em área sob pastagem no cerrado do Tocantins por meio das ferramentas geoestatísticas. O trabalho foi realizado no município de Gurupi, TO, na Fazenda Nelore Brilhant. As amostras de solo foram coletadas na profundidade de 0,0-20,0 cm, em um grid regular de 120 m x 50 m em uma área de 70,84 hectares. No total foram coletadas 100 amostras georreferenciadas. O estudo foi realizado em uma área de pastagem com diferentes forrageiras, cuja fertilidade média é apresentada a seguir: pH (CaCl2) = 4,82; P e K (método Mehlich-1) = 27,40 e 39,83 mg dm-3 respectivamente; Ca2+; Mg2+ e Al3+ (método KCl 1 mol L-1) = 2,04, 0,88 e 0,05 cmolc dm-3, respectivamente; H+Al [método Ca(OAc)2 0,5 mol L-1]= 3,03 cmolc dm-3; CTC total, CTC efetiva e SB = 6,12, 3,14 e 3,09 cmolc dm-3, respectivamente; V%= 49,17; MO (método Walkley e Black) = 26,9 g dm-3; areia, silte e argila = 670,7, 76,3 e 263,0 g kg-1, respectivamente. Realizou-se a análise descritiva e geoestatística dos dados do atributo. O grau de dependência espacial (GDE) foi calculado pela equação - GDE=[C1/(C0+C1)]*100 a partir do estudo do semivariograma experimental, onde C0 é o efeito pepita, C1 é a variância estrutural e o C0+C1 é o patamar. Realizou-se ainda os mapas de variabilidade, diagnóstico e de recomendação de fósforo para pastagem na área estudada. Análise descritiva: o fósforo (P) disponível no solo apresentou média de 27,40 mg dm-3 sendo classificado agronomicamente como um nível bom ou adequado para o cerrado. O coeficiente de variação obtido para esse atributo foi alto (121,66) (CV > 60%), apresentando alta variabilidade entre os pontos amostrados. Isso é explicado em função do manejo realizado na área de pastagem avaliada, uma vez que alguns pastos aleatórios da área receberam aplicação de resíduos de frigorífico bovino, assim o efeito desse resíduos aumentou o P disponível em alguns pastos da área avaliada. Pelo coeficiente de assimetria (Cs) (2,02) observou-se que houve mais valores acima da média (coeficiente positivo), indicando maior fertilidade em P na maior parte da área. Análise geoestatística: o P apresentou dependência espacial, porém apresentou um GDE (13,8) muito baixo (GDE<20%) com alcance (A0) de 3837 m. O alcance indica a distância máxima em que a variável está correlacionada espacialmente, delimitando a extensão da correlação espacial entre as amostras. O semivariograma experimental ajustado para os dados amostrados foi o linear (R²: 0,84). Muitos trabalhos geoestatísticos atribuem o ajuste ao modelo linear ao efeito pepita puro, ou seja, a amostragem não foi suficiente para identificar a variabilidade espacial do P, sendo necessário então um maior número de amostras com maior proximidade para que seja determinada o grau de dependência espacial como maior confiança e representatividade da área. Para variáveis de solo os semivariogramas experimentais mais comuns são o gaussiano, exponencial e esférico os quais conseguem explicar a variabilidade dos atributos avaliados. Poucos trabalhos utilizam o modelo linear uma vez que os solos são heterogêneos por sua natureza de formação, não ocorrendo um contínuo homogêneo a alcances determinados na maioria das vezes por esse modelo, como é o caso do alcance do presente trabalho (3837 m). O uso da geoestatística e a elaboração dos mapas de isolinhas por krigagem (inverso da distâncias) permitiram a visualização das zonas de manejo da fertilidade do solo onde ocorrem os maiores e menores níveis de P. A recomendação a taxa variada reduziu a quantidade de fertilizante fosfatado e o custo com essa adubação. Palavras-chave: geoestatística; krigagem; adubação fosfatada. Agradecimentos: Fazenda Nelore Brilhant, UFT Gurupi, Grupo Nero.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Diagnóstico e manejo da variabilidade espacial do potássio em área sob pastagem no cerrado tocantinense Rubson da C. Leite1, José M. Ferreira Júnior2, Jefferson S. da S. Carneiro3, Álvaro J. G. de Faria2, Robson da C. Leite2, Rubens R. da Silva2 Universidade Federal do Tocantins, Araguaína – TO, Brasil, 2Universidade Federal do Tocantins, Gurupi – TO, Brasil, 3Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, rubsonnif@gmail.com 1
As pastagens ocupam 220 milhões de hectares no Brasil, dos quais metade encontra-se em processo de degradação, portanto o conhecimento da variabilidade espacial dos atributos do solo, pode ser uma forma de estabelecer a relação entre o definhamento da pastagem e a perda de qualidade do solo. Diante disso o presente trabalho teve como objetivo avaliar a distribuição e dependência espacial, e realizar o manejo do potássio em área sob pastagem no cerrado do Tocantins por meio das ferramentas geoestatísticas. O trabalho foi realizado no município de Gurupi, TO, na Fazenda Nelore Brilhant. As amostras de solo foram coletadas na profundidade de 0,0-20,0 cm, em um grid regular de 120 m x 50 m em uma área de 70,84 hectares. No total foram coletadas 100 amostras georreferenciadas. O estudo foi realizado em uma área de pastagem com diferentes forrageiras, cuja fertilidade média é apresentada a seguir: pH (CaCl2) = 4,82; P e K (método Mehlich-1) = 27,40 e 39,83 mg dm-3 respectivamente; Ca2+; Mg2+ e Al3+ (método KCl 1 mol L-1) = 2,04, 0,88 e 0,05 cmolc dm-3, respectivamente; H+Al [método Ca(OAc)2 0,5 mol L-1]= 3,03 cmolc dm-3; CTC total, CTC efetiva e SB = 6,12, 3,14 e 3,09 cmolc dm-3, respectivamente; V%= 49,17; MO (método Walkley e Black) = 26,9 g dm-3; areia, silte e argila = 670,7, 76,3 e 263,0 g kg-1, respectivamente. Realizou-se a análise descritiva e geoestatística dos dados do atributo. O grau de dependência espacial (GDE) foi calculado pela equação - GDE=[C1/(C0+C1)]*100 a partir do estudo do semivariograma experimental, C0 é o efeito pepita, C1 é a variância estrutural e o C0+C1 é o patamar. Realizou-se ainda os mapas de variabilidade, diagnóstico e de recomendação de potássio para pastagem na área estudada. Análise descritiva: o potássio (K) disponível no solo apresentou média de 39,83 mg dm-3 sendo classificado agronomicamente como um nível baixo para o cerrado. O coeficiente de variação obtido para esse atributo foi médio (55,44) (12%<CV<60%), apresentando média variabilidade entre os pontos amostrados. Essa variabilidade de média para alta é explicada em função do manejo realizado na área de pastagem avaliada, uma vez que alguns pastos aleatórios da área receberam aplicação de resíduos de frigorífico bovino, assim o efeito desse resíduos aumentou o K disponível em alguns pastos da área avaliada. Pelo coeficiente de assimetria (Cs) (1,99) observou-se que houve mais valores acima da média (coeficiente positivo) na maior parte da área. Análise geoestatística: o K apresentou dependência espacial, apresentando um GDE (62,3) médio (60% ≤ GDE < 80%) e com alcance (A0) de 168,7 m. O alcance indica a distância máxima em que a variável está correlacionada espacialmente, delimitando a extensão da correlação espacial entre as amostras. O semivariograma experimental ajustado para os dados amostrados foi o exponencial (R²: 0,85). Para variáveis de solo os semivariogramas experimentais mais comuns são o gaussiano, exponencial e esférico os quais conseguem explicar a variabilidade dos atributos avaliados. O uso da geoestatística e a elaboração dos mapas de isolinhas por krigagem (ordinária) permitiram a visualização das zonas de manejo da fertilidade do solo onde ocorrem os maiores e menores níveis de K. A recomendação a taxa variada aumentou a quantidade de fertilizante potássico e o custo com essa adubação, por que a adubação pela média (convencional) subestima a necessidade desse fertilizante na área, não suprindo as necessidades das plantas forrageiras. Palavras-chave: geoestatística; krigagem; adubação potássica. Agradecimentos: Fazenda Nelore Brilhant, UFT Gurupi, Grupo Nero.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Dinâmica do fósforo em solos com diferentes tempos de uso agrícola no oeste da Bahia José M. Ferreira Junior1, Jefferson S. da S. Carneiro2, Rubson da C. Leite3, David L. C. V. Terra1, Álvaro J. G. de Faria1, Brenno C. Freitas1 1
Universidade Federal do Tocantins, Gurupi - TO, Brasil, 2Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil Universidade Federal do Tocantins, Araguaína - TO, Brasil, juniortecagrofloresta11@hotmail.com
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O fósforo é um elemento altamente reativo e tende a formar compostos estáveis com os coloides do solo, tornando-se não-lábil, podendo ser determinado pela capacidade máxima de adsorção de fósforo (CMAP). Diante disso a realização do presente trabalho teve como objetivo responder alguns questionamentos sobre a dinâmica do fósforo em solos sob diferentes tempos de usos no cerrado do oeste da Bahia. A pesquisa foi realizada na Fazenda São Francisco II. A propriedade está localizada no município de Luís Eduardo Magalhães no estado da Bahia. O estudo foi realizado em três áreas com tempos diferentes de uso agrícolas na fazenda São Francisco II. A área 1 havia 10 anos de uso agrícola tendo como culturas antecessoras soja, milho, milheto e algodão. A área 2 estava com 2 anos de manejo agrícola tendo como culturas antecessoras soja, milho, milheto e algodão. A área 3 se encontra com Cerrado nativo, sem nenhuma influência antrópica. As amostras de solo foram coletadas na camada de 0,00-0,20 m para análise química e textura. Cuja caracterização é apresentada a seguir: pH (H2O)= 4,82; P (método Mehlich 1)= 43,83, 0,65 e 0,69 mg dm-3 respectivamente; argila= 13,6, 23,6 e 16,21%, respectivamente. Na caracterização química do solo foram determinados: O fósforo remanescente (P-rem) foi determinado com soluções de fosfato com as concentrações de 0, 40, 80, 140, 170, 200 mg L-1. Para determinar o CMAP utilizou-se a isoterma de Langmuir: x/m = (a*b*C)/(1+a*C). Onde: x/m = quantidade de P adsorvido ao solo em mg P(x) / g solo (m); b= CMAP do solo em mg g-1; C= concentração de P na solução de equilíbrio em mg L-1; a= constante relacionada com a energia de ligação em (mg L-1). As equações obtidas através da relação de P-rem dos solos servem para determinar qual seria o valor de P-rem com determinada concentração. Os ajustes expressam que com o valor de 60 mg L-1 de P obtivemos em torno de 25 mg L-1 de P-rem médio. Sendo que quanto menor o teor de P-rem (mg/L), maior a capacidade tampão e, consequentemente, maior adsorção de P, o inverso é verdadeiro. A isoterma de adsorção ajustou-se com valores médios de coeficientes de correlação (R²) de 0,88. O potencial médio para adsorção de fósforo para os solos da Fazenda São Francisco II é de 15.519,53 kg ha-1 de P2O5, sendo o solo de 10 anos de cultivo apresentando um CMAP de 15.652,76 kg ha-1 de P2O5, o de 2 anos 16.286,48 kg ha-1 de P2O5 e por fim o Cerrado nativo com 14.619,36 kg ha-1 de P2O5. Com os dados apresentados, observa-se que, mesmo com o manejo ao longo dos anos não foi possível corrigir o dreno de fósforo do solo, conclui-se que a CMAP é uma característica importante de ser estudada, pois se não corrigida terá efeitos negativos na eficiência dos adubos fosfatados e consequentemente perda de produtividade das culturas. Palavras-chave: cerrado; CMAP; adsorção específica. Agradecimentos: UFT; Fazenda São Francisco II; Grupo Nero.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Dose de nitrogênio e potássio no controle de brusone (Pyricularia grisea) em cultivares de arroz Neilton A. F. Araújo1, Natalia B. Alves1, Evaldo T. de Melo1, Monique C. N. Fernandes1, Mara L. de S. Silva1, Valdemar Faquin1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, araujo.naf@hotmail.com
Os nutrientes minerais ou seus metabólitos exercem importantes funções no metabolismo vegetal, influenciando não somente o crescimento e a produção das plantas, mas também o aumento ou a redução da resistência a determinados patógenos. A brusone, causada pelo fungo Pyricularia grisea, é um doença fúngica que afeta a cultura do arroz no Brasil e no mundo provocando reduções significativas na produtividade e na qualidade dos grãos. Objetivou-se com o presente trabalho estudar o efeito de diferentes doses de potássio e nitrogênio, na incidência de Brusone “Pyricularia grisea” em duas cultivares de arroz de terras altas. Foram utilizadas duas cultivares de arroz, BRSMG Caçula e BRS Esmeralda sendo testadas duas doses de Potássio (K) 200 e 400 mg/dm³ e cinco doses de Nitrogênio (N) 0,50,100,200 e 400 mg/dm³, em esquema fatorial 2 x 2 x 5. As aplicações das doses de N e K foram parceladas três vezes em partes iguais, sendo a primeira aplicada logo após o plantio, e as demais 20 e 35 dias após o plantio, utilizando-se os fertilizantes Ureia 45% de N e Cloreto de Potássio 58% de K2O. Para inoculação utilizou-se uma estirpe do patógeno P. grisea. A suspensão de esporos foi preparada em Elernmeyers contendo 250 mL de meio líquido batata-dextrose colocado para incubação em mesa agitadora sob 25 ºC, a 200 rpm, por 6 dias ajustando a concentração da suspensão de inóculos para 105 conídios/mL. A inoculação do patógeno foi feita através da pulverização da suspensão de esporos nas plantas. As análises de incidência da doença foram realizadas aos 2, 4, 8, 10, 12, 14, 16, 18 e 20 dias após a inoculação, utilizando escala de notas. As notas obtidas foram utilizadas para avaliar a severidade de acordo com a fórmula de McKinney, para obtenção da Curva de Progresso da Doença (CPD) e calculada a Área Abaixo da Curva de Progresso da Doença (AACPD). O progresso da doença apresentou uma redução entre as doses de K utilizadas, no qual a dose de 400 mg/dm³ apresentou menor progresso da doença e menor área abaixo da curva de doença sugerindo uma influência do nutriente quanto à resistência da planta, não sendo verificada diferenças na suscetibilidade entre as cultivares avaliadas. A associação de K com N em doses acima de 200 mg/dm³ retardou o aparecimento de sintomas de Brusone nas condições de vaso. Palavras-chave: cloreto de potássio; inoculação; ureia. Agradecimentos: CNPq, CAPES, LME, UFLA.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Efeito da adição de fósforo sobre a sorção de duas formas de selênio no solo Maria J. V. dos Santos1, Josimar H. de L. Lessa1, Liniker A. Ferreira1, Gabrielly N. T. da Silva1, Jéssica F. Raymundo1, Guilherme Lopes1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, mariajessicaagro@gmail.com
O selênio (Se) é um elemento essencial para seres humanos e animais. No entanto, os baixos teores deste elemento nos solos tropicais, aliado às fortes interações de suas espécies químicas com a fase sólida do solo e outros elementos refletem na sua disponibilidade para as plantas e, consequentemente, afeta toda a cadeia alimentar. Tratando-se das interações interelementos, a adição de fósforo (P) pode aumentar a disponibilidade de Se no solo, uma vez que o Se e o P formam oxiânions no solo, competindo por cargas positivas. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de doses de fósforo na sorção de selenato (VI) e selenito (IV) em um solo nativo do Cerrado. O estudo foi desenvolvido em batelada. Para isso, foram adicionados 2 g de solo (TFSA) em tubos de centrífuga e, posteriormente, adicionaram-se 20 mL de solução contendo o Se nas concentrações de 1, 2 e 4 mg L-1 na forma de selenato de sódio (Na2SeO4) e 4, 8 e 16 mg L-1 na forma de selenito de sódio (Na2SeO3.5H2O). Em seguida, as amostras foram agitadas por 24 h, alternando ciclos de 12 h de agitação com 12 h de repouso. A suspensão de solo foi centrifugada, e o sobrenadante foi filtrado para análise de Se em espectrofotômetro de absorção atômica. A dessorção foi realizada utilizando-se o material remanescente da adsorção (solo), ao qual foram adicionados 20 mL de solução de fosfato de sódio monobásico (NaH2PO4) como fonte de P nas concentrações de 0; 100; 200; 500 e 1000 kg ha -1 (equivalente P2O5). Realizou-se a agitação, centrifugação e a determinação analítica do Se seguindo a mesma metodologia da adsorção. Na mesma alíquota coletada para determinação de Se, determinou-se o teor de P por Espectrometria de Emissão Óptica com Plasma Indutivamente Acoplado (ICP-OES). Empregou-se a análise de regressão linear para modelar a quantidade de Se adicionado em função das quantidades de Se adsorvidas e das quantidades de Se dessorvidas, em nível de 5% de probabilidade. A quantidade de Se adsorvido aumentou em função do incremento das concentrações de Se adicionado. Observou-se que o selenito apresentou maior adsorção em relação ao selenato. A dessorção de Se aumentou com o incremento da concentração de P adicionado à solução. Notou-se ainda que, para as mesmas quantidades de fósforo adicionadas ao solo, a dessorção de Se foi maior quando adsorveu selenato. Desta forma, pode-se concluir que a aplicação de P ao solo, contribui para maior dessorção de Se, principalmente na forma de selenato, indicando menor interação deste elemento com o solo quando comparado ao selenito. Palavras-chave: adsorção; dessorção; selenato. Agradecimentos: CNPq, CAPES, FAPEMIG, DCS e UFLA.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Efeito da alcalinidade do solo sob o desenvolvimento vegetativo em áreas degradadas em Gilbués – Piauí Mauricio de Souza Júnior1, Jenilton G. da Cunha2, Manoel R. Holanda Neto1, Mireia F. Alves1, Ericka P. V. Maia1, Geraldo N. de Oliveira Júnior1 Universidade Estadual do Piauí, Corrente – PI, mauriciojr010@hotmail.com 2Universidade Federal do Vale do São Francisco - UNIVASF, Petrolina – PE, Brasil. 1
A acidez é comum em todas as regiões onde a precipitação é suficientemente elevada, lixiviando quantidades consideráveis de bases das camadas superficiais dos solos. Contudo, quando existe grau elevado de saturação de bases, a presença de sais, especialmente de carbonatos de cálcio, magnésio e sódio, estabelecem a preponderância dos íons hidroxila sobre os íons hidrogênio na solução do solo, caracterizando-se o solo alcalino. Objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito da alcalinidade sob o desenvolvimento vegetativo em áreas degradadas em Gilbués – Piauí. O trabalho foi realizado no Núcleo de Pesquisa de Recuperação de Áreas Degradadas (NUPERADE) no município de Gilbués Piauí. O solo da área é classificado como Latossolo Amarelo com textura média a arenosa. Foram coletadas dez amostras de solos, nas profundidades de 0,0-0,10 e 0,10-0,20 m, em quatro diferentes tratamentos: Mata Nativa (MN) - Área com vegetação tipo cerrado, referência de um ambiente em equilíbrio; Área em Recuperação (REC) – área em processo de recuperação desde 2003; Área em Início de Degradação (IDEG) – área com vegetação esparsa, com início de processo erosivo e degradativo; Área Degradada (DEG) – área em processo degradativo sem cobertura vegetal, com perda da camada superficial do solo e exposição da rocha matriz. As amostras foram levadas ao Laboratório de análises de Solos–LASO da Universidade Estadual do Piauí, campus de Corrente - PI, no qual foram processadas suas análises. O pH foi determinado por meio de eletrodo imerso em suspensão solo: líquido (H2O) na relação 1:2,5. Acidez trocável (Al3+) extraída com KCl 1mol L-1 e quantificados por titulometria. A acidez potencial (H+Al), extraída com acetato de cálcio 0,5 mol L -1. Foram realizadas comparações de médias, onde os dados foram submetidos a análise de variância comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. A acidez potencial (H+Al) apresentou valores < 1 cmolc dm-3 classificados como baixos nas quatro áreas estudadas, não diferenciando estatisticamente. Os valores de acidez trocável (Al3+) do solo foram todos iguais a zero, devido à grande quantidade de bases que substituem os condicionantes de acidez na solução do solo. Os valores de pH na profundidade de 0,10-0,20 m, apresentaram valores de alcalinidade, com resultados superiores ao nível de neutralidade à pH 7,00, onde o crescimento e desenvolvimento das plantas são comprometidos, não havendo suprimento adequado de nutrientes, com ausências de elementos considerados essenciais, como a maioria dos micronutrientes e macronutrientes, pois os níveis elevados de bases, dificultam suas disponibilidades. Os tratamentos (MN) e (IDEG), respectivamente, com pH 6,7 e 6,36, na camada de 0,0-0,10 m, apresentaram níveis considerados próximos do ideal, não comprometendo o suprimento adequado de nutrientes. Os solos apresentaram médias de pH em torno de 8,02 e 8,24 indicando grande presença de cátions disponíveis, o que compromete a absorção de nutrientes, impedindo o desenvolvimento das plantas. Palavras-chave: alcalinidade; pH; bases. Agradecimentos: LASO, GEOSOLOS/UESPI – CORRENTE – PI.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Efeito da aplicação de selênio em Panicum maximum cv. Mombaça cultivado em diferentes solos Fabrício R. Andrade1, Jodean A. Silva1, Bárbara O. Nardis1, Rodrigo F. Silva1, Luiz G. de Carvalho1, Valdemar Faquin1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, fabricio.andrade@jna.ifmt.edu.br
O selênio (Se) é um elemento essencial para humanos e animais. Em plantas, embora não seja essencial, a sua aplicação tem demonstrado ser benéfica ao seu crescimento e ao sistema antioxidativo vegetal. A utilização de Se na forma orgânica para alimentação de bovinos tem demonstrado ser superior a suplementação com Se mineral no que diz respeito a sua absorção e metabolização. Dessa forma, a aplicação de Se em plantas forrageiras, se mostra uma excelente estratégia a fim de fornecer o elemento aos animais, uma vez que a suplementação mineral pode ser ineficiente, associado ao elevado risco de intoxicação. Nesse sentido buscou-se verificar o efeito da aplicação do Se em plantas de Panicum maximum cv. Mombaça cultivadas em três classes de solos. O experimento foi realizado em casa de vegetação, no período de novembro de 2016 a janeiro de 2017 utilizando vaso de 4 dm³. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado, com quatro repetições, em esquema fatorial 3 × 2, sendo os fatores constituídos por três solos; Latossolo Vermelho - textura argilosa, Latossolo Amarelo – textura média e Neossolo Quartzarênico - textura arenosa, na ausência e presença de Se. Cada parcela experimental foi constituída por um vaso contendo seis plantas. O Se foi aplicado via solo junto com a adubação básica, na dose de 1 mg dm-3 de Se na forma de selenato de sódio. Avaliou-se aos 72 dias após o plantio a taxa de assimilação líquida de CO2 (A), índice SPAD, biomassa seca da parte aérea (BSPA) e o teor de Se na BSPA. Os dados foram submetidos à análise de variância (p≤ 0,05) e comparados pelo teste de Scott-Knott. A exceto da BSPA, as demais características avaliadas foram influenciadas (p≤ 0,05) em pelo menos uma fonte de variação. Foi observada a interação (p≤ 0,05) entre as classes de solos e aplicação de Se no teor do elemento na BSPA. As plantas de Panicum maximum cv. Mombaça cultivadas em Neossolo Quartzarênico apresentaram o maior índice SPAD. A aplicação de 1 mg dm-3 de Se promoveu maior A e índice SPAD. O teor de Se na BSPA de plantas de Panicum maximum cv. Mombaça foi maior com a aplicação de Se em Neossolo Quartzarênico e Latossolo Amarelo. A aplicação de 1 mg dm-3 de Se no Neossolo Quartzarênico resultou no teor médio de 16,59 mg kg-1 na BSPA das plantas, sendo em média 92 vezes maior quando comparada à aquelas cultivadas na ausência de Se e aproximadamente 40% maior naquelas cultivadas na mesma dose em Latossolo Vermelho. O efeito positivo do Se na A e índice SPAD está ligado ao efeito protetor desse elemento aos pigmentos fotossintéticos. O menor teor de Se em plantas cultivadas no Latossolo Vermelho pode estar relacionado a maior fixação do elemento ao solo. A aplicação de Se eleva seu teor em plantas de Panicum maximum cv. Mombaça, sendo que essa, quando realizada em solos de textura média e arenosa promove o maior teor do elemento na parte aérea das plantas. Palavras-chave: biofortificação; forrageira; bovinos. Agradecimentos: UFLA, IFMT, CAPES, CNPq.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Efeito da restrição de macronutrientes sobre o desenvolvimento do capim citronela Aline O. Silva1, Jacqueline S. da Silva1, Joana J. Carneiro1, Ximena M. de S. Vilela1, Valdemar Faquin1, Maria L. de S. Silva1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, alineoliveirasilva6@gmail.com
O capim citronela (Cymbopogon nardus (L.) Rendle) é uma espécie vegetal com importantes aplicações devido suas propriedades medicinais, aromáticas e ornamentais, destacando as atividades antifúngica e repelente a insetos dos seus óleos essenciais. Trata-se de uma cultura que apresenta bastante rusticidade e propagação vegetativa por meio de divisão de touceiras. Entretanto, questões referentes à sua nutrição e a adubação para seu cultivo ainda não estão bem elucidadas. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi o de avaliar interferência da omissão de N, P, K e S no desenvolvimento de plantas de capim citronela. O experimento foi conduzido em casa de vegetação no Departamento de Ciência do Solo-DCS, na Universidade Federal de Lavras-UFLA pelo período de 100 dias. Utilizou-se solo coletado da camada subsuperficial (0,2 a 0,6 m) de um Latossolo Vermelho distroférrico (LVdf), de textura muito argilosa, cujas características químicas foram: pH (H2O) = 5,0; P (Mehlich) = 0,6 mg dm-3; K = 3,9 mg dm-3; Ca = 0,5 cmolc dm-3; Mg = 0,1 cmolc dm-3; Al = 0,0 cmolc dm-3; H + Al = 1,9 cmolc dm-3; T = 2,6 cmolc dm-3; V = 23,9%; MO = 1,1 dag kg-1; P-rem = 2,8 mg L-1. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, com sete tratamentos e quatro repetições: COMP: adubação completa com N, P, K, S; ORG: adubação orgânica com esterco bovino (controle orgânico); SEM-N: Omissão de N; SEM-P: Omissão de P; SEM-K: Omissão de K; SEM-S: Omissão de S, NEG: Sem adubação (controle negativo); tendo como parcela experimental duas plantas de capim citronela por vaso (5,0 dm-3). Em todos os tratamentos foi realizada a calagem do solo para elevar a saturação por bases a 40%, e aplicados Ca, Mg, Cu, Fe, Zn, B, Mo e Mn, seguindo a dose recomendada para experimentos em vaso.As variáveis analisadas foram o índice SPAD, matéria seca de parte aérea em g (MSPA), matéria seca de raízes em g (MSR) e número de perfilhos. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias separadas pelo teste Scott Knott a 5% de probabilidade com o auxílio do SISVAR. A omissão de N resultou em menor índice SPAD, semelhante ao NEG, seguido de SEM-S e SEM-P, demostrando o efeito da ausência desses nutrientes no teor de clorofila das folhas da citronela. Não houve diferença na MSR. Os tratamentos SEM-K e SEM-S afetaram a MSPA, ficando com valores semelhantes ao controle NEG, provavelmente,devido ao comprometimento das funções desempenhadas pelo K e S no metabolismo vegetal ocasionando a redução do crescimento das plantas. A restrição de nutrientes afetou a produção de perfilhos. Os tratamentos com omissão de nutrientes (SEM-N, SEM-P, SEM-K, SEM-S, NEG) foram semelhantes entre si e inferiores aos encontrados para o COMP, indicando que esse parâmetro sofreu interferência da falta de cada um dos nutrientes, prejudicando a produção do capim citronela. A omissão de macronutrientes (N, P, K e S) influenciou o desenvolvimento das plantas de citronela, prejudicou o perfilhamento e diminuiu os valores de índice SPAD. Palavras-chave: Cymbopogon; omissão de nutrientes; perfilhos. Agradecimentos: NECS-UFLA; DCS-UFLA; DAG-UFLA (Setor de Plantas Medicinais), ao Professor José Eduardo Brasil Pereira Pinto; UFLA; CNPq; CAPES; FAPEMIG.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Efeito de bases fortes na extração e análise elementar de fração ácido húmico de composto Everton G. de Morais1, Sara D. Rosa1, Carlos A. Silva1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, evertonmoraislp@yahoo.com.br
Ácido húmico (AH) é uma fração da matéria orgânica do solo e de materiais compostados. A separação dessa fração das frações humina e ácido fúlvico é feita por meio de extração química, baseando-se nas diferenças em solubilidade em meios ácido e básico. O rendimento de C recuperado na fração AH obtida e o teor de nutrientes no AH são variáveis em função da base e sua concentração utilizada na extração. Com a utilização do AH como condicionador do solo na agricultura, é importante se conhecer a sua composição química elementar, e a forma de extração que proporciona material húmico mais rico em nutrientes. Neste aspecto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar diferentes extratores na obtenção da fração AH de composto orgânico, avaliando sua eficiência em relação ao rendimento em massa, e na recuperação de C, N, P e S. O composto foi produzido utilizando 60% (v/v) de esterco de galinha, 30% de casca de café e 10% de carvão vegetal e compostado por 150 dias. Ao término da incubação, o composto foi seco, moído e peneirado em malha com abertura de 2 mm, os teores totais de C, N, P e S foram: 315, 26,3, 5,2 e 2,97 g kg -1, respectivamente. O experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado com quatro tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos consistiram do uso de quatro soluções extratoras: KOH 0,1 M; KOH 0,5 M; NaOH 0,1 M; NaOH 0,5 M. Para extração, pesaram-se 4 g de composto em tubo falcon e adicionaram-se 40 mL das soluções extratoras. As amostras foram agitadas em agitador horizontal com rotação de 100 rpm por 4 horas e, posteriormente, centrifugadas por 20 min., a 2500 rpm. Retirou-se o sobrenadante, adicionou-se HCl 6 M para redução do pH a valores próximos a 1,5 ± 0,5. Em seguida, as amostras foram centrifugadas nas mesmas condições mencionadas anteriormente, para separação das frações AF e AH. Por decantação obteve-se a fração AH, que foi secada em estufa a 60 ºC, até peso constante. Após essa fase, as amostras foram pesadas, maceradas, peneiradas em malha com abertura de 2 mm. O teor de C foi determinado por método de combustão seca, em analisador elementar de C (TOC); o teor de N foi determinado pelo método Kjeldahl, e P e S, por digestão nitroperclorica e leitura de teores em espectrometria de UVvisível. Para os cálculos de recuperação (Re) foi utilizado a fórmula: Recuperação do elemento (%)={[rendimento em massa (kg)] x [teor do elemento no AH (g kg-1)] ÷ [Quantidade de composto inicial (kg) x Teor do elemento no composto (g kg-1)] x 100}. Os dados foram submetidos à análise de variância, e as medias comparadas pelo teste de Tukey (p<0,01). Maior massa de AH foi obtida com o emprego das soluções extratoras de 0,5 M, de modo que a extração com KOH 0,5 M propiciou 18,5% de aumento na massa de AH, do que a NaOH 0,5 M. A recuperação de C foi influenciada somente pela concentração da base utilizada, tendo um aumento de 13,9%, com o emprego da concentração de 0,5 M em relação à 0,1 M. A recuperação de N seguiu a seguinte ordem decrescente: KOH 0,5 M = NaOH 0,5 M > KOH 0,1 M > NaOH 0,1 M. As concentrações 0,5 M de base proporcionaram recuperação de 18% de N; o emprego de soluções a 0,5 M recuperou 104,3 e 60,6% a mais de N do que as soluções de NaOH e KOH 0,1 M. Em relação ao P e S, a concentração de 0,5 M das bases propiciaram recuperações, 10,2 e 20,3%, respectivamente; já para concentração de 0,1 M das bases, a extração com KOH recuperou a menor quantidade de P (2,6%) e S (9,03%). Observou-se que as concentrações mais altas de bases proporcionam maior quantidade de AH extraído e maiores recuperações de C, N, P e S, e que, nas concentrações mais baixas, a extração com NaOH proporcionou maior recuperação de P e S. Assim, o emprego de soluções de bases fortes a 0,5 M se mostrou mais eficaz em aumentar a massa de AH e os teores de nutrientes investigados em sua composição, quando a matriz fonte foi material compostado, e que o KOH é mais efetivo em extrair maior massa e AH com maiores teores de nutrientes. Palavras-chave: extratores; substâncias húmicas; compostagem. Agradecimentos: CAPES, CNPq (processos 303899/2015-8 e 461935/2014-7) e FAPEMIG. 105
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Efeito de doses de nitrogênio e potássio no perfilhamento e altura de cultivares de arroz Evaldo T. de Melo1, Monique C. N. Fernades1, Neilton A. F. Araújo1, Natalia B. Alves1, Maria L. de S. Silva1, Valdemar Faquin1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, evaldotadeumelo@hotmail.com
O arroz (Oryza sativa) ocupa a quarta posição entre os produtos agrícolas mais produzidos no mundo. De toda sua produção 85% é direcionada ao consumo humano e faz parte da dieta de mais da metade da população mundial, tendo importância ainda mais relevante em países subdesenvolvidos. Sua produtividade esta diretamente relacionada ao desenvolvimento e perfilhamento da planta, pois cada perfilho ira emitir uma panícula na fase reprodutiva. O nitrogênio possui papel importante no metabolismo das espécies vegetais. Em condições de deficiência de nitrogênio as plantas podem apresentar déficit no seu desenvolvimento e em situações onde há excesso ocorre uma intensificação do crescimento vegetativo que pode resultar no acamamento das plantas inviabilizando a colheita. O potássio é outro nutriente exigido pela cultura de arroz para produzir satisfatoriamente. Diante do exposto, objetivou-se com o presente trabalho estudar o efeito de diferentes doses de nitrogênio (N) e potássio (K), no perfilhamento e altura de duas cultivares de arroz de terras altas. O experimento foi realizado no Departamento de Agricultura, da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Foram utilizadas sementes de duas cultivares de arroz de terras altas, BRSMG Caçula e BRS Esmeralda. Foram testadas duas doses de K, 200 e 400 mg/dm³ e cinco doses de N, 0, 50, 100, 200 e 400 mg/dm³, em esquema fatorial 2 x 2 x 5, com três repetições e um vaso com capacidade de 5 dm³ de solo com três plantas por parcela, totalizando 60 vasos o experimento. O solo utilizado apresentava 1,48% de matéria orgânica e 0,90 mg/dm³ de Potássio. Fez-se a correção do solo para 70% de saturação de bases e a correção dos nutrientes P, B e Zn. As aplicações das doses de N e K foram parceladas três vezes em partes iguais, sendo a primeira aplicada no plantio, e as demais 20 e 35 dias após o plantio, utilizando-se os fertilizantes Ureia 45% de N e Cloreto de Potássio 58% de K 2O. Aos 65 dias após o plantio foi mensurado a altura das plantas com o auxilio de uma régua milimetrada e foi realizada de forma manual a contagem do número de perfilhos. Os dados obtidos foram submetidos a análise de variância e ao teste Skott Knott a 95% de probabilidade. Avaliando a altura das plantas em relação às doses de nitrogênio, os tratamentos se dividiram em cinco grupos distintos, atingindo 39,7; 51,8; 55,2; 59,7 e 68,9 cm para as dosagens de 0, 50, 100, 200 e 400 mg/dm³ respectivamente, considerando a média das duas cultivares. Quanto às doses de potássio também houve diferenças significativas, sendo que a dosagem, de 200 mg/dm³ atingiu 53,6 cm e a de 400 mg/dm³ atingiu 56,2 cm de altura considerando a média das duas cultivares. Em relação as cultivares também houve diferença estatisticamente, sendo que a cultivar BRSMG Caçula alcançou 55,8 cm e a cultivar BRS Esmeralda atingiu apenas 53,9 cm de altura. Para a característica de perfilhamento apenas as doses de nitrogênio foram significativas, apresentando os seguintes valores 4,6; 8,7; 11,8; 13,4 e 21,4 perfilhos para as dosagens de 0, 50, 100, 200 e 400 mg/dm³ respectivamente, considerando a média das duas cultivares. Como conclusão, as maiores dosagens de N e K promoveram maior perfilhamento e altura de plantas das cultivares avaliadas, não sendo observado indícios de acamamento das plantas. Palavras-chave: nutrição; Orysa sativa; desenvolvimento. Agradecimentos: DCS, DAG, UFLA, CAPES, CNPQ.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Efeitos da aplicação de dejeto líquido de bovinos nas características químicas de um latossolo Junior T. Machado1, Gabriel R. da Silva1, Jéssica N. A. V. Flauzino1, Luiz H. R. de Oliveira1, Michelle R. Pereira1, Wilhiany O. R. Castro1 1
Graduandos em Engenharia Ambiental e Sanitária - Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM. silva.gbr@hotmail.com
As atividades agropecuárias estão entre as principais fontes de contaminação do solo. Este fato ocorre devido ao impacto ambiental dessas atividades causando, de forma direta, mudanças físicas, químicas e biológicas no meio ambiente, pois na maioria das vezes os seus resíduos são descartados inadequadamente. O excesso de adubos orgânicos e inorgânicos no solo elevam as concentrações dos nutrientes aumentando o potencial de transporte destes para a água e, dessa forma, dificultando a incorporação de fertilizantes. Nesse contexto, o objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos da aplicação de diferentes volumes de dejetos de bovinos sobre as características químicas de um latossolo vermelho eutroférrico de textura argilosa, localizado na Escola Agrotécnica Afonso Queiroz, no município de Patos de Minas – MG. O local dispõe, dentre outras atividades, da pecuária leiteira, resultando na geração de uma grande quantidade de dejetos bovinos. Foram utilizados cinco tratamentos constituídos de diferentes dosagens de dejeto líquido, a saber: 0, 5, 10, 15 e 20 L/m², distribuídos em delineamento experimental de blocos ao acaso com duas repetições, totalizando 10 parcelas experimentais, as quais foram alocadas em uma área de 52 m², com dimensões de 1x1 m, e espaçamento de 2 m entre elas. Foram coletadas cinco amostras simples do solo, de 0 a 20 cm de profundidade, para formação de uma amostra composta e posterior análise das características físicas e químicas. O resíduo foi coletado diretamente nas canaletas de drenagem do curral e aplicado nas parcelas conforme as dosagens definidas. Quinze dias após a aplicação do resíduo, foram coletadas amostras separadas de cada tratamento e encaminhadas ao laboratório para análise química. Foram avaliados os seguintes parâmetros: teor de matéria orgânica, pH, Capacidade de Troca Catiônica Efetiva (CTC) e disponibilidade dos seguintes metais: fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca) e magnésio (Mg). Os teores iniciais de nutrientes no solo estudado, eram de 31, 26 mg/dm³ de P, 137 mg/dm³ de K, 2,05 cmol/dm³ de Ca e 0,37cmol/dm³ de Mg. Além disso, o solo apresentava teor de matéria orgânica correspondente a 2,17 dag/kg, pH igual a 5,85 e CTC de 2,18 cmol/dm³. Após a aplicação do dejeto, observou-se o aumento progressivo de todos os parâmetros analisados. Conclui-se que a aplicação de chorume de bovinos é uma alternativa viável para aumentar a produção agrícola, diminuindo assim gastos com fertilizantes. No entanto, o aumento das concentrações de fósforo, potássio, cálcio e magnésio indica a necessidade de avaliação periódica das características do solo para eventual alteração no manejo e na disposição dos dejetos produzidos no confinamento dos bovinos. Palavras-chave: dejeto; bovino; solo. Agradecimentos: Prof. Dr. Maurício Antônio de Oliveira Coelho
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Efeitos da aplicação de gesso e calcário sobre os teores foliares na cultura da Soja Kaio C. de A. Passos1, Manoel R. H. Neto1, Maurício de S. Júnior1, Mireia F. Alves1, Tamires S. da Silva1, Jenilton G. da Cunha2 1
Universidade Estadual do Piauí , Corrente - PI, Brasil, agrokaio@gmail.com, 2Universidade Federal do Vale do São Francisco-UNIVASF, Petrolina – PE, Brasil.
A não utilização de métodos corretivos no solo pode ser uma justificativa para as baixas produtividades encontradas no país. Apenas aplicações de calcário não parecem suficientes para promover grande melhoria química do ambiente radicular no subsolo, pela movimentação de bases trocáveis. Utiliza-se o gesso agrícola a fim de aumentar o suprimento de Ca e reduzir a toxicidade de Al no subsolo, resultando em melhor ambiente ao crescimento de raízes em profundidade. Assim, provavelmente, a aplicação conjunta de calcário e de gesso apresenta maior eficiência na melhoria das condições do ambiente radicular, quando comparada às ações isoladas dos mesmos. O trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos da aplicação de Gesso e Calcário, sobre os teores foliares de cálcio e magnésio na cultura da Soja. O projeto foi desenvolvido em áreas de produtores de grãos no cerrado piauiense, na fazenda Canto Grande, localizada no município de São Gonçalo – PI encontra-se á 700– 730 m de altitude, O solo é classificado como Latossolo Amarelo distrófico, textura média. Foram estudados vinte tratamentos. O tratamento 1 (0 t de Gesso:0 t de Calcário), 2 (0G:2C), 3 (0G:4C), 4 (0G:8C), 5 (0G:10C), 6 (1G:0C), 7 (1G:2C), 8 (1G:4C), 9 (1G:8C), 10 (1G:10C), 11 (2G:0C), 12 (2G:2C) 13 (2G:4C) 14 ( 2G: 8C), 15 (2G:10C), 16 (4G:0C), 17 (4G:2C), 18 (4G:4C), 19 (4G:8C) e 20 (4G:10C). As parcelas foram de 15 m x 45 m, o delineamento experimental foi em blocos ao acaso e em faixas onde cada tratamento teve quatro repetições. O calcário foi incorporado e o gesso aplicado superficialmente, onde foi aplicado 3 meses antes do plantio da soja. Os maiores teores de Ca foi encontrado na dosagem de (4G:10C) onde obteve 13,20 g/kg. E o menor teor de Ca foi na dosagem (0G:0C) apresentando 5,50 g/kg. Já o Mg teve maiores teores no tratamento 2 e 4, ambas com 7,20 g/kg. E teve menor teor na dosagem (4G:0C ) tendo como resultado 3,0 g/kg, isso porque o gesso sendo fonte de cálcio, o mesmo pode contribuir para a dessorção de Mg para a solução do solo, e nos maiores teores a calagem minimizou as perdas de magnésio no solo fazendo com que isto se refletisse na nutrição da cultura da soja. Os incrementos promovidos pelo calcário e pelo gesso possivelmente se devem a melhoria do ambiente radicular proporcionada pela calagem e gessagem no cultivo. Houve interação entre as doses de gesso e de calcário que melhorou a nutrição da soja. Todos os nutrientes avaliados na folha da soja encontraram-se dentro dos teores considerados como suficientes. A dose (4G:10C) foi a mais satisfatória. Palavras-chave: folha; nutriente; ambiente radicular. Agradecimentos: LASO, GEOSOLOS/UESPI-Corrente- PI.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Efeitos de fontes de selênio em características físico-químicas do rabanete Vanuze C. de Oliveira1, Jéssica C. Teodoro1, Karina C. Guimarães1, Geslin Mars1, Valdemar Faquin1, Luiz R. G. Guilherme1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, vanuze.costa@gmail.com
O selênio (Se) é um elemento essencial para o metabolismo humano e animal, devido fazer parte de selenoproteínas, da glutationa peroxidase e participar do sistema antioxidante do organismo. A deficiência de Se afeta centenas de milhões de pessoas em todo o mundo, fato que, também, parece ser relevante em várias regiões do Brasil. A deficiência do Se em humanos e nos animais pode ser contornada através da diversificação da dieta, suplementação alimentar, fortificação por indústria e pelo uso da biofortificação, técnica que consiste na sua introdução por meio da adubação ou por melhoramento genético. A técnica da biofortificação é ideal para inserir o elemento na cadeia alimentar, uma vez que as plantas atuam de forma eficiente no controle da ingestão excessiva e, ou, acidental, que pode ocorrer em humanos pelo uso de suplementos alimentares. Outra vantagem é que o Se ingerido na forma orgânica é mais facilmente metabolizado e aproveitado pelo organismo. Apesar de o Se não ser considerado um elemento essencial para os vegetais, pesquisas têm mostrado que, quando usado em pequenas doses, este elemento proporciona melhoria em atividades enzimáticas e aumento da produção de massa seca de algumas culturas bastante consumidas pela população em todo o mundo, como exemplo o arroz e o trigo. Mas, poucos trabalhos são encontrados visando estudar a influência do Se em algumas características também importantes em produtos biofortificados. Assim, objetivou-se nesse trabalho avaliar o efeito de fontes de Se aplicadas via foliar em características físico-químicas em raízes de rabanete. O experimento foi conduzido em casa de vegetação utilizandose vasos com 4 dm³ contendo Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico, textura média, de baixa fertilidade, com teor natural de Se de 0,065 mg kg-1. Foram utilizadas sementes de rabanete (Raphanus sativus L.) cv. “zapp”, que apresenta o ciclo de 30 dias. Adotou-se o esquema fatorial 2x2 (com e sem aplicação do Se e duas fontes de Se: selenato e selenito de sódio), com cinco repetições, totalizando 20 parcelas, utilizando-se o delineamento inteiramente casualizado. Cada parcela experimental foi constituída por um vaso contendo 10 plantas. A aplicação do Se foi realizada na concentração de 50 µM L-1 aos 15 dias após a semeadura. A colheita foi realizada no final do ciclo da cultura (30 dias após a semeadura) e nas raízes foram avaliadas as seguintes variáveis: pH, acidez titulável, teor de sólidos solúveis (°Brix) e índice de maturação. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Scott-Knott (p<0,05). Os resultados mostraram que a aplicação do Se, independente da fonte utilizada, não influenciou no °Brix das raízes do rabanete. O selenato promoveu redução do pH (5,86) e aumento da acidez titulável; este aumento também foi ocasionado pelo uso do selenito. As raízes das plantas controle apresentaram maior índice de maturação e as que receberam o Se, independente da fonte, não diferiram entre si. Esses resultados permitem concluir que a aplicação do Se em rabanete altera algumas características físicoquímicas das raízes o que pode influenciar na aceitação por parte do consumidor que, mesmo não tendo o conhecimento desta informação no momento da compra do produto, mas, ao consumir perceberão que características como a acidez foi alterada, o que pode ocasionar a redução da aceitação do rabanete biofortificado, uma vez que este produto é classificado como levemente alcalino. Palavras-chave: selenato, selenito, biofortificação. Agradecimentos: CNPq, Capes, FAPEMIG, DCS/UFLA.
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Eficiência da adubação nitrogenada de cobertura na cultura do milho em dois sistemas de cultivo César F. Santos¹, Cristiano A. Silva², Sheila I. do C. Pinto², Konrad P. e Silva², Vagner A. Vitor² 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, agronomocesar.santos@gmail.com, ²Instituto Federal de Minas Gerais Campus Bambuí-MG, Brasil
A ureia é a fonte de nitrogênio (N) mais utilizada na cultura do milho. Esta fonte geralmente apresenta elevadas perdas de N-NH3 por volatilização. Uma das tecnologias mais promissoras para o aumento da eficiência de aproveitamento do N é a utilização de fertilizantes de liberação lenta ou controlada. Neste contexto, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a eficiência de diferentes fontes nitrogenadas utilizadas na adubação de cobertura do milho safrinha sob o sistema de plantio direto e convencional. O experimento foi realizado na Fazenda Carretão, situada no município de Medeiros (MG). O experimento foi instalado em delineamento de blocos casualizados em esquema fatorial 2x4, sendo dois sistemas de cultivo (convencional e plantio direto) e quatro fertilizantes nitrogenados aplicados na adubação de cobertura (Ureia perolada, Ureia+Cu+B, Ureia NBPT, e fertilizante nitrogenado contendo P, K, S, B e Zn) e três repetições, totalizando 24 unidades experimentais. As variáveis avaliadas foram às perdas de nitrogênio na forma de N-NH3 e o teor de clorofila total das folhas do milho, avaliados no período de oito dias após a adubação nitrogenada de cobertura. Após a coleta dos dados, estes foram submetidos à análise de variância, e as médias agrupadas por meio de teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Nas condições em que o trabalho foi desenvolvido, pode-se concluir que: a ureia perolada é o fertilizante nitrogenado menos eficiente na restrição das perdas de N-NH3 por volatilização, quando aplicada na adubação de cobertura em relação aos demais fertilizantes avaliados, sendo a perda acumulada de 34,55% e 13,41% nos sistemas de plantio direto e convencional respectivamente; seguindo a mesma ordem de perdas em relação aos sistemas, a ureia com inibidor de urease NBPT com perdas de 9,36% e 3,22%, sendo a mais eficiente na redução das perdas de N-NH3 por volatilização quando aplicada na adubação de cobertura, já a uréia+ Cu+B com perdas de 20,81% e 10,61%, e por ultimo o fertilizante nitrogenado contendo P, K, S, B e Zn onde as perdas foram de 9,98% e 8,39%, e as perdas de N-NH3 por volatilização na adubação nitrogenada de cobertura no sistema de plantio direto são superiores às obtidas no sistema de cultivo convencional, e o teor de clorofila total das folhas do milho foi superior nas plantas cultivadas no sistema de plantio direto na maioria das avaliações efetuadas. Palavras-chave: nitrogênio; amônia; clorofila. Agradecimento: IFMG Bambuí.
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Eficiência de ácido húmico em Latossolo com subdoses de adubo fosfatado e disponibilidade de fósforo Sara D. Rosa¹, Carlos A. Silva¹, Henrique J. G. M. Maluf¹ 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, saradantasrosa@gmail.com
Os Latossolos dominam a paisagem brasileira dos cerrados e são caracterizados pela elevada capacidade de adsorver P. Esse forte dreno para P demanda maior aplicação de fertilizantes, para atender plenamente a demanda nutricional das culturas anuais, aumentando o custo da adubação. O uso de ácido húmico (AH) nas lavouras é uma das alternativas para diminuir a fixação de P e aumentar a taxa de recuperação de adubos fosfatados. O AH no solo pode competir com o P pelos sítios de adsorção, aumentando disponibilidade de P no solo e a eficiência de uso do nutriente pela soja. Objetivou-se avaliar os efeitos da interação de concentrações de C-AH (0, 5, 10, 50 e 100 mg kg-1) com o fosfato de Araxá (FA) e superfosfato simples (SS), em solo adubado com subdoses de P. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, sendo utilizadas amostras (0-0,1 m) de Latossolo de textura argilosa. Adotou-se esquema fatorial 5 (concentrações de C-AH) x 2 (fontes de P), com 4 repetições. Foi utilizado o AH p.a. Sigma-Aldrich®, sendo o P adicionado na dose 100 mg kg-1. O solo foi corrigido quanto à acidez e, posteriormente, as misturas de solo-fontes de P-concentrações de C-AH foram incubadas por 15 dias. Ao fim da incubação, foi determinado o P inicial pelo método da resina mista. Posteriormente, foi cultivada soja por 38 dias e, ao fim do cultivo foi determinado o P final. Os dados foram submetidos às análises de variância e de regressão. Após os 15 dias de incubação, foi verificada a influência apenas das concentrações de C-AH sobre o P inicial e, ao final do cultivo de soja, foi observada a interação das concentrações C-AH com as fontes de P sobre P final (p<0,05). O modelo linear crescente foi o que melhor se ajustou aos teores de P inicial; independentemente da fonte de P (FA e SS), as respostas foram dependentes apenas das concentrações crescentes de C-AH. Foi observado um aumento de 15% dos teores de P inicial. Já para o P final, ao final do cultivo da soja, o modelo quadrático crescente foi o que melhor se ajustou aos teores de P em função do uso de FA e SS. As concentrações de C-AH responsáveis pelo máximo valor de P ao final do cultivo para FA (49 mg dm-3) e SS (32 mg dm-3) foram 44 e 78 mg kg-1, respectivamente. Com o uso de FA, os teores de P final aumentaram em 10% e com o uso de SS, 25%, comparando amostras de solos não tratadas e adubadas com 100 mg kg-1 de P. Os resultados demonstraram que a adição de C-AH foi mais eficiente em aumentar os teores de P final com aplicação de SS do que o FA, e que os teores de P se mantiveram elevados mesmo ao fim do cultivo, o que proporciona maior disponibilidade de P para cultivos seguintes. Assim a adição de C-AH é uma alternativa para aumentar a disponibilidade de P em Latossolos adubados com baixas doses de P, podendo tornar mais eficiente a adubação fosfatada. Palavras-chave: fosfato de Araxá; adsorção; matéria orgânica. Agradecimentos: FAPEMIG, pela concessão de bolsa de doutorado, CNPq (processos 303899/2015-8 e 461935/2014-7) e CAPES, pelo financiamento da pesquisa.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Eficiência de adubo fosfatado em solos com diferentes idades de uso do oeste da Bahia José M. Ferreira Junior1, Jefferson S. da S. Carneiro2, Rubson da C. Leite3, David L. C. V. Terra1, Álvaro J. G. de Faria1, Brenno C. Freitas1 1
Universidade Federal do Tocantins, Gurupi-TO, Brasil, 2Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil Universidade Federal do Tocantins, Araguaina-TO, Brasil, juniortecagrofloresta11@hotmail.com
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A expansão da fronteira agrícola sobre a região do Cerrado brasileiro nos últimos anos e o nível tecnológico empregado na agricultura estimularam a pesquisa nessas áreas, o que é observado pelo grande número de trabalhos desenvolvidos nos solos do Cerrado, principalmente os trabalhos visando a maior eficiência de utilização dos recursos esgotáveis. Com isso o trabalho foi realizado com o intuído de utilizar de forma eficiente a adubação fosfatada. A pesquisa foi realizada na Fazenda São Francisco II, A propriedade está localizada no município de Luís Eduardo Magalhães no estado da Bahia. O estudo foi realizado em três áreas com idades diferentes de uso da fazenda São Francisco II. A área 1 havia 10 anos de uso agrícola tendo como culturas antecessoras soja, milho, milheto e algodão. A área 2 estava com 2 anos de manejo agrícola tendo como culturas antecessoras soja, milho, milheto e algodão. A área 3 se encontra com Cerrado nativo, sem nenhuma influência antrópica. As amostras de solo foram coletadas na camada de 0,00-0,20 m para análise química e textura. Cuja caracterização é apresentada a seguir: pH (H2O)= 4,82; P (método Mehlich-1)= 43,83, 0,65 e 0,69 mg dm-3 respectivamente; argila= 13,6, 23,6 e 16,21%, respectivamente. A incubação do solo com o fertilizante fosfatado TOPPHOS, foi realizado em DIC em um esquema fatorial 9 x 5 x 3 com 3 repetições. O primeiro fator foi constituído por 5 doses de P2O5 (0, 200, 400, 800, 1000 kg ha-1), as amostras de solo foram colocadas em sacos de 0,3 dm3, realizando as aplicações do fertilizante fosfatado, após a adubação foram mantidos próximos à umidade de capacidade de campo, determinada pelo método do funil, conforme a metodologia proposta pela Embrapa (1997). Para determinar o fósforo relativo utilizou-se da equação PR = 100 x. P / NiCri P, para determinar o NiCriP utilizou-se da equação: NiCri P = 4,62 + 0,324731•(P-Rem) + 0,00160568•(P-Rem)2. Pode ser observado que o solo com 10 anos de uso proporcionou um acréscimo significativo na disponibilidade de fósforo devido a construção da fertilidade ao longo do tempo, aumentando em 43,2 mg dm-3 de fósforo disponível pelo mehlich 1. O mesmo não se observou no solo com 2 anos de uso. Nesse solo o padrão de fertilidade se manteve o mesmo do Cerrado Nativo. Observou-se que o solo com dois anos de uso demanda em média 650 kg ha-1 de P2O5 para disponibilizar os mesmos 43 mg dm-3 que era disponibilizado no solo com 10 anos inicialmente, também é possível verificar que quando se faz uma adubação com 100 kg de P2O5 no solo com 10 anos os teores disponíveis saltam de 43 para 56 mg dm3 , diferente da mesma dose aplicada no solo com apenas dois anos de uso que salta de 0,6 mg para menos de 5 mg de P disponível. No solo com 10 anos de uso a quantidade de P2O5 necessária para aumentar a quantidade de P disponível em 1 mg no solo é de 7,97 kg de P2O5, já no solo com 2 anos de uso se faz necessário o uso de 15,42 kg de P2O5 para aumentar em 1 mg de P disponível no solo, essa variação ocorre principalmente devido a construção da fertilidade do solo, onde a do solo com 10 anos já vem sendo construída a mais tempo. Demonstra-se que a fertilidade que vem sendo implementada não é o suficiente para alterar as características químicas do solo com 2 anos de uso, mostrando que mesmo solos que vem sendo trabalhados a vários anos, se não feita de forma eficiente, não conseguirá suprir a demanda de nutrientes por parte do solo, tão pouco da cultura. Palavras-chave: cerrado; TOPPHOS; fertilidade. Agradecimentos: UFT; Fazenda São Francisco II; Grupo Nero.
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Eficiência na adubação fosfatada com uso de bioativador no crescimento inicial do milho Luiz A. de F. Roewer1, José A. Lima1, José R. Mantovani1, Anderson R. dos Santos1, Rafael R. Lima1, José A. C. Siqueira1 1
Universidade José do Rosário Vellano, Alfenas-MG, Brasil. jalima157@gmail.com
Os solos de regiões tropicais apresentam, de maneira geral, baixa disponibilidade de P e forte fixação do nutriente no solo. Alguns produtos denominados de bioativadores atuam, segundo os fabricantes, sobre a atividade de microrganismos do solo, o que favorece a solubilização de formas não lábeis de P. Nesse sentido, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito de bioativador na disponibilidade de P no solo, no crescimento inicial do milho e no acúmulo de P na parte aérea das plantas. O experimento foi conduzido em vasos, em casa de vegetação, em delineamento em blocos ao acaso, em esquema fatorial 5 x 2 e 4 repetições, totalizando 40 unidades experimentais. Os tratamentos foram formados pela combinação de 5 doses de P: 0; 40; 80; 120; e 160 mg dm-³ de P, em duas condições, presença e ausência de bioativador, em dose equivalente, com base na área da superfície dos vasos a 1,2 kg ha-1 por aplicação. Porções equivalentes a 6 dm³ da camada superficial (0 a 20 cm) de solo de textura argilosa, com baixo teor inicial de P, receberam calcário dolomítico, para elevar o V inicial do solo a 70%, e as doses de P, de acordo com os tratamentos, como superfosfato triplo em pó. A seguir, as porções de solo tratadas com os insumos foram transferidas para vasos, umedecidas a 70% da capacidade de retenção de água, a solução contendo bioativador foi aplicada, na superfície do solo, com auxílio de proveta, e as porções de solo permaneceram em incubação por 30 dias. Durante a incubação a umidade do solo foi mantida a cerca de 70% da capacidade de retenção de água. Após a incubação foi coletada amostra de solo de cada vaso para determinação do teor de P, extraído por Mehlich. A seguir efetuou-se a reaplicação do bioativador, na dose equivalente a 1,2 kg ha-1, foi realizada semeadura do milho, após a emergência realizou-se raleio, visando manter 4 plantas por vaso, e o experimento foi conduzido por cerca de 45 dias após o raleio. Durante a condução do experimento com plantas foram realizadas adubações de cobertura com N e K, por meio de solução, em todos os vasos. Por ocasião da colheita foram avaliados: altura de plantas, diâmetro do caule, produção de matéria fresca e matéria seca da parte aérea do milho, teor de P no solo e P acumulado na parte aérea do milho. O emprego de bioativador não aumenta os teores de P disponível no solo nem favorece o crescimento, a produção de matéria seca e o acúmulo de P na parte aérea das plantas. A adubação fosfatada não deve ser reduzida caso o bioativador seja aplicado. Palavras-chave: fósforo; nutrientes; Zea mays. Agradecimentos: UNIFENAS.
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Emergência das plântulas de manjericão (Ocimum basilicum) em diferentes tipos de substratos Karolinne S. Borges1, Tânia Mara C. dos Santos1, Thiago R. Sales1, Marayanne G. Sanção1, Victor B. R. Duarte1, André A. da Silva1 Universidade Federal do Tocantins - TO, Brasil, karolinnesilvaborges@yahoo.com.br
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Os substratos assumem cada vez maior importância na área de horticultura, desempenhando principalmente a função de suporte ao sistema de raízes de plantas. Deste modo objetivou-se avaliar a taxa de emergência das plântulas de manjericão em diferentes substratos. As atividades experimentais foram realizadas no viveiro da Universidade Federal do Tocantins, campus Universitário de Gurupi, localizado na região sul do estado do Tocantins. Os tratamentos (T) foram constituídos por diferentes substratos: T1-100% solo; T2-50% de solo + 50% de casca de arroz carbonizada (CAC); T3-50% de solo + 50% de torta de pinhão manso (TPM) e T4-50% de solo + 50% de fibra de dendê carbonizada (FDC). A semeadura foi realizada em bandejas de isopor com 200 células, tendo cada célula um volume de 1,6 x 10-5 m3. Após a semeadura, as bandejas foram acondicionadas em casa de sombra (com sombrite de 50%) e irrigadas três vezes ao dia por meio de sistema de microaspersão. As avaliações foram realizadas diariamente a partir do quinto dia, com o surgimento da primeira plântula, até o décimo sétimo dia após a semeadura (DAS), considerando como emergidas as plântulas que apresentaram os cotilédones totalmente livres e normais. Os parâmetros avaliados foram: porcentagem de emergência (E%), índice de velocidade de emergência (IVE) e tempo médio de emergência (TME). A porcentagem de emergência foi calculada através da fórmula: E = (N/100) x 100, em que: N = número de plântulas emergidas ao final do experimento; para o índice de velocidade de emergência, foi utilizada a equação: IVE = Σ (ni/ti)Σni, em que: ni = número de plântulas emergidas por dia e ti = tempo após instalação do teste; e o tempo médio de emergência foi calculado pela fórmula: TME = (Σniti)/Σni, em que: ni = número de plântulas emergidas por dia e ti = tempo após instalação do teste. Os dados foram submetidos à análise de regressão utilizando o software Sigmaplot 10.0 e o modelo de regressão escolhido foi baseado na significância dos coeficientes da equação de regressão e de determinação a 5% de probabilidade. De acordo com a análise dos dados o tratamento que apresentou maior E% foi o T2 (50% de solo + 50% de CAC) com valor de 45,835%, já o menor resultado ocorreu no tratamento T4 (50% de solo + 50% de FDC) com 16,66%. Quanto ao IVE o tratamento que apresentou maior índice foi o T2 (50% de solo + 50% de CAC) e o menor valor foi observado no T4 (50% de solo + 50% de FDC) de 1,12. Para o TME o melhor resultado ocorreu no T3 (50% de solo+ 50% de TPM) com valor de 6,2 dias, sendo que o T4 (50% de solo + 50% de FDC) apresentou maior média de tempo para a germinação das sementes (7,6 dias). Mediante os dados expostos, dentre os substratos testados o que apresentou melhor resultado para a emergência de plântulas do manjericão foi o T2 (50% de solo + 50% de CAC) e o T4 (50% de solo + 50% de FDC) conforme os resultados encontrados é o menos indicado. Palavras-chave: emergência; substratos. Agradecimentos: UFT.
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Emergência de plântulas de pimenta malagueta em função de diferentes tipos de substratos Thiago R. Sales1, Karolinne S. Borges1, Tânia Mara C. dos Santos1, Victor B. R. Duarte1, Sara B. Bandeira1, Josefa Andresa da S. Miranda1 1
Universidade Federal do Tocantins, Gurupi - TO, Brasil, tania_mara_15@hotmail.com
O ótimo desenvolvimento de uma cultura depende diretamente do uso de mudas de alta qualidade, e um dos componentes principais na sua formação é o substrato. O substrato tem as funções do solo, fornecendo a planta sustentação, nutrientes, água e oxigênio. Objetivou-se com o presente trabalho avaliar o potencial de emergência de plântulas de pimenta malagueta utilizando diferentes tipos de substratos. As atividades experimentais foram realizadas no viveiro da Universidade Federal do Tocantins, campus Universitário de Gurupi, localizado na região sul do estado do Tocantins. Foram utilizados cinco tratamentos (T) sendo eles: casca de arroz carbonizada (T1), torta de dendê (T2), areia Lavada (T3), fibra de dendê carbonizada (T4) e substrato comercial Bioflora® (T5). A semeadura foi realizada em bandejas de isopor com 200 células, tendo cada célula um volume de 1,6 x 10 -5 m3, dispostas em bancada de ferro em casa de sombra (com sombrite de 50%) e irrigação realizada três vezes ao dia através de irrigação por aspersão. O delineamento estatístico utilizado foi o inteiramente casualisado (DIC), com quatro repetições de 10 sementes, totalizando 40 sementes por tratamento. As avaliações foram realizadas diariamente a partir do nono dia após a semeadura até o décimo nono dia, quando não se observou mais germinação, considerando como emergidas as plântulas que apresentaram os cotilédones abertos e expandidos. Os parâmetros avaliados foram: porcentagem de emergência (E%), calculada pela fórmula E = (N/100) x 100, em que: N = número de plântulas emergidas ao final do experimento; índice de velocidade de emergência (IVE), calculado pela fórmula IVE = Σ (ni/ti)Σni, em que: ni = número de plântulas emergidas por dia e ti = tempo após instalação do teste; e tempo médio de emergência (TME), calculado pela fórmula TME = (Σniti)/Σni, em que: ni = número de plântulas emergidas por dia e ti = tempo após instalação do teste. Os dados foram submetidos à análise de regressão utilizando o software Sigmaplot 10.0 e o modelo de regressão escolhido foi baseado na significância dos coeficientes da equação de regressão e de determinação a 5 % de probabilidade. Conforme a análise dos dados estatísticos, pode-se observar que o T5 (substrato comercial Bioflora®) apresentou maior porcentagem de emergência (77,5%), já o menor resultado foi obtido noT4 (areia lavada) com 57,5%. Quanto ao IVE o melhor resultado foi obtido no T2 (torta de dendê) com valor de 1,74, e o menor valor foi obtido no T3 (areia lavada) com IVE de 1,25. Já em relação ao tempo médio de emergência o T2 obteve o melhor resultado com o menor tempo de emergência de 17,8 dias e o maior valor encontrado foi de 20,04 dias no T4. Entre os tratamentos testados os que apresentaram maiores valores de E% e IVE e menores TME foram o substrato comercial Bioflora® e a torta de dendê, sendo os mais indicados para produção de mudas de pimenta. Palavras-chave: emergência; substrato. Agradecimentos: UFT.
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“Interfaces, desafios e inovações”
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Emprego de resíduos vegetais na composição de substratos para produção de mudas de Corymbia citriodora Sara B. Bandeira1, Bruno dos S. Almeida1, Hilquias dos S. Silva1, Jessica B. Bandeira1, Gessica H. de Medeiros1, Nádia da S. Ramos1 1
UniversidadeFederal do Tocantins, Gurupi - TO, Brasil, sarabbandeira@uft.edu.br
Os resíduos sólidos urbanos vêm se apresentando nos últimos anos como um dos maiores problemas ambientais no Brasil e no mundo. Todavia, a utilização destes resíduos como componentes de substratos para a produção florestal pode ser uma alternativa viável para destinação final desses materiais. O objetivo do presente estudo foi avaliar o uso de diferentes combinações e proporções de resíduos orgânicos como alternativa para produzir mudas de qualidade e de baixo custo. Foram formulados sete substratos utilizando-se fibra de coco (FC), torta de pinhão manso (TPM), substrato comercial a base de casca de pinus e vermiculita (SC), casca de arroz carbonizada (CAC), fibra de dendê (FD) e fibra de dendê carbonizada (FDC), conforme as seguintes composições: T1 – 100% (SC); T2 - 25% (FC) + 30% (TPM) + 25% (CAC) + 20% (FD); T3 - 20% (FC) + 30% (TPM) + 50% (SC); T4 - 30% (TPM) + 40% (CAC) + 30% (FD); T5 - 20% (FC) + 30% (TPM) + 20% (SC) + 20% (FDC); T6 - 30% (FC) + 30% (TPM) + 10% (SC) + 20% (CAC) + 10% (FD); T7 - 20% (FC) + 30% (TPM) + 10% (CAC) + 40% (FD). O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado, constituído de 7 tratamentos com 10 plantas em cada tratamento. As mudas foram produzidas em tubetes com capacidade para 180 cm3, através de semeadura manual. Depois da semeadura, os tubetes foram acondicionados em casa de sombra e irrigados por meio de sistema de irrigação automático por microaspersores, três vezes ao dia. Após 60 dias da semeadura foram avaliadas as seguintes características nas mudas: altura; diâmetro; relação entre a altura e diâmetro; massa seca da parte aérea; massa seca do sistema radicular; massa seca total; relação entre a massa seca da parte aérea e a massa seca do sistema radicular e índice de qualidade de Dickson. Os dados foram submetidos à análise de regressão utilizando o software Sigmaplot 10.0 e o modelo de regressão escolhido foi baseado na significância dos coeficientes da equação de regressão e de determinação a 5% de probabilidade. Observou-se que o tratamento T4 (30% (TPM) + 40% (CAC) + 30% (FD)) apresentou melhores resultados para as variáveis altura, diâmetro, massa seca de parte aérea e massa seca total. O diâmetro do coleto é um dos parâmetros mais utilizados para indicar a capacidade de sobrevivência da muda no campo, além de ser, também, o mais utilizado para auxiliar na determinação das concentrações de fertilizantes a serem aplicadas na produção de mudas. Para as variáveis massa seca de raiz e índice de qualidade de Dickson (IQD), os melhores resultados foram obtidos com o uso do tratamento T6 (30% (FC) + 30% (TPM) + 10% (SC) + 20% (CAC) + 10% (FD)). Já para a relação entre a massa seca da parte aérea e massa seca do sistema radicular o melhor resultado foi observado com o uso do tratamento T3 (20% (FC) + 30% (TPM) + 50% (SC)). Pode-se concluir que, o tratamento T4 proporcionou o melhor crescimento das características morfológicas das mudas de Corymbia citriodora e o T6 melhor IQD. Palavras-chave: qualidade de mudas; baixo custo; características morfológicas. Agradecimentos: UFT.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Estoque do carbono da parte aérea de pastagem Urochloa submetida a diferentes manejos Marlete Littig1, Fabiano O. Machado1, Paulo R. Rocha Junior2, Eduardo S. Mendonça1, Felipe V. Andrade1 1
CCAE Universidade Federal do Espírito Santo, Alegre - ES, Brasil, mlittig97@gmail.com, 2CEUNES Universidade Federal do Espírito Santo, São Mateus - ES, Brasil
O sequestro de carbono (C) pela parte aérea de pastagens é decorrente de diversos fatores e pode ser modificado pelo manejo do solo e da cultura, bem como por mudanças sazonais das condições climáticas os quais têm influência no balanço C do solo. Estudar sistemas de manejo do solo que elevem a produção da parte aérea se torna imprescindível tendo em vista elevar o sequestro de C no solo. Nesse sentido o objetivo do presente trabalho é avaliar o estoque de C da parte aérea em diferentes manejos de solos sob pastagem. O experimento foi realizado no município de Alegre, ES, na área experimental da Universidade Federal do Espírito Santo durante o período de setembro de 2013 a agosto de 2014. Seis parcelas experimentais com diferentes sistemas de manejo de pastagens Urochloa brizantha cv. Marandu foram estabelecidos sendo: Pastagem controle com manejo extensivo similar ao da região (CON); pastagem escarificada em nível com calagem e adubação (PE); pastagem com calagem, adubação e parcelamento de N no período chuvoso (PA); pastagem queimada sem calagem e adubação (PQ); sistema integração lavoura pecuária floresta utilizando leguminosas como planta de cobertura (iLPF); e pastagem arada e gradeada em nível sem calagem e adubação (PAGr). A parte aérea do capim foi coletada periodicamente à medida que o capim atingiu uma altura de 0,25 ± 0,05 m durante as diferentes estações do ano. As amostras para estudo foram coletadas a partir do lançamento de um gabarito (quadrado) com medida conhecida (0,35 x 0,35 m) onde foi coletado toda a parte aérea para a determinação de massa seca. Após a coleta da parte aérea, as amostras foram secas em estufa a 60 °C durante 72 h e pesadas para calcular o peso seco total. Posteriormente, o material seco foi triturado em moinho de faca e as sub-amostras foram utilizadas para a determinação do C por oxidação via úmida. Foi realizado a análise de variância (ANOVA) a 5% de probabilidade para verificar diferenças entre os manejos de pastagens. No decorrer de um ano de experimento, observouse os valores mais elevados de C no manejo de pastagem adubada (10,61 Mg ha -1), e valores mais baixos nas pastagens queimada (2,76 Mg ha-1) e ILPF (2,72 Mg ha-1). As pastagens escarificada (6,86 Mg ha-1) e arada e gradeada (3,90 Mg ha-1) apresentaram valores intermediários. Os valores mais altos de entrada de C pela parte aérea independente do manejo foram verificados durante a primavera e o verão, e a sequência de entrada de C fornecidos pela parte aérea das plantas nos diferentes manejos de pastagem foi: PA > CON > PE > PAGr > PQ > iLPF (p <0,05). Palavras-chave: Produção de capim; sequestro de carbono; manejo do solo. Agradecimentos: CCAE, UFES, FAPES.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Fibra de dendê carbonizada como substrato alternativo para a produção de mudas de jiló Karolinne S. Borges1, Tânia Mara C. dos Santos1, Thiago R. Sales1, Katiani A. Bezerra1, Victor B. R. Duarte1, Flávia B. Gonçalves1 1
Universidade Federal do Tocantins - TO, Brasil, karolinnesilvaborges@yahoo.com.br
O substrato é um dos fatores de grande importância para a produção de mudas de boa qualidade, sendo o suporte na fase inicial de desenvolvimento de plântulas, influenciando assim no processo germinativo das sementes. Com a existência de vários tipos de substratos comerciais, deve -se testar qual melhor substrato ou combinação deste, que favoreça o desenvolvimento de mudas de melhor qualidade. O trabalho teve como objetivo avaliar a influência de diferentes proporções da fibra de dendê carbonizada combinada com substrato comercial Bioflora®, na produção de mudas de jiló. O trabalho foi realizado no município de Gurupi-TO e conduzido no viveiro da Universidade Federal do Tocantins, campus Universitário de Gurupi. Foram utilizados 5 tratamentos (T) - T1: 0% de fibra de dendê carbonizada (FDC) + 100% de substrato comercial Bioflora® (SC); T2: 25% de FDC + 75% de SC; T3: 50% de FDC + 50% de SC; T4: 75% de FDC + 25% de SC; T5: 100% de FDC + 0% de SC, com 4 repetições, sendo semeadas 12 sementes por repetição. A semeadura das sementes de jiló foi realizada em bandejas de isopor de 288 células, sendo a capacidade volumétrica de cada célula de 1,2 x 10-5 m3, e utilizando um sistema de irrigação por aspersão, 3 vezes ao dia. As avaliações foram realizadas diariamente a partir do sétimo dia com o surgimento da primeira plântula até o décimo terceiro dia após a semeadura (DAS), considerando como emergidas as plântulas que apresentaram os cotilédones totalmente expandidos. Os parâmetros avaliados foram: porcentagem de emergência (E%), índice de velocidade de emergência (IVE) e tempo médio de emergência (TME). As avaliações foram feitas através da porcentagem de emergência, calculada pela formula E = (N/100) x 100, em que: N = número de plântulas emergidas ao final do experimento; pelo índice de velocidade de emergência, calculado pela formula IVE = Σ (ni/ti)Σni, em que: ni = número de plântulas emergidas por dia e ti = tempo após instalação do teste; e tempo médio de emergência calculado pela fórmula TME = (Σniti)/Σni, em que: ni = número de plântulas emergidas por dia e ti = tempo após instalação do teste. Os dados foram submetidos à análise de regressão utilizando o software Sigmaplot 10.0 e o modelo de regressão escolhido foi baseado na significância dos coeficientes da equação de regressão e de determinação a 5% de probabilidade. O tratamento T2 apresentou maior porcentagem de emergência (81,25%), o menor valor foi obtido pelo tratamento T5, com 56,25%. No IVE, o tratamento que apresentou o melhor valor foi o tratamento T2 (25% de FDC + 75% de SC) de 3,74, sendo o menor índice observado no tratamento T5 (100% de FDC + 0% de SC) de 2,66. Para o TME observou-se que em geral, os tratamento apresentaram em média tempos de emergência bem próximos, sendo que o maior valor foi obtido pelo tratamento T2 (10,59) e o menor pelo tratamento T4 (10,16). Concluiu-se que o melhor substrato testado foi o substrato T2. A fibra de dendê carbonizada em maiores concentrações apresentou-se inviável para a produção de mudas de jiló. Palavras-chave: jiló; substrato; mudas. Agradecimentos: UFT.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Fluxo de C-CO2 do solo após a aplicação de fertilizantes nitrogenados Ramires V. Machado1, José R. F. de Brito1, Felipe V. Andrade1 1
Universidade Federal do Espírito Santo, Alegre - ES, Brasil, josefraga_1717@hotmail.com
O nitrogênio (N) aplicado no solo na forma fertilizante mineral pode ter diferentes destinos; parte do N mineral aplicado é absorvido pelas plantas, e o restante é perdido do sistema solo-planta-atmosfera. Novos fertilizantes têm sido lançados no mercado com o intuito de diminuir ou retardar a atividade da urease no solo. A urease é uma enzima que catalisa a hidrólise da ureia para dióxido de carbono e amônia, afetando a utilização desse importante fertilizante nitrogenado. Desta forma o objetivo deste trabalho foi quantificar o fluxo de C-CO2 do solo em função da aplicação das novas tecnologias em fertilizantes nitrogenados comparando-as a ureia convencional. O experimento foi realizado em laboratório no Centro de Ciências Agrárias e Engenharias da Universidade Federal do Espírito Santo, em Alegre - ES. Foram utilizadas amostras coletadas de um Latossolo Vermelho-Amarelo, de textura argilosa na profundidade 0 – 20 cm, na região de Alegre - ES. O experimento foi realizado em um delineamento experimental inteiramente casualizado, com 3 repetições, em esquema fatorial 4 x 2, sendo 4 fertilizantes nitrogenados (ureia convencional, ureia + boro (B) e cobre (Cu), ureia mais inibidor de uréase - NBPT, e ureia recoberta com enxofre e polímero) e 2 Épocas de aplicação: Época 1 (100% da dose aplicada de maneira única no início do experimento) e Época 2 (50% no início do experimento e 50% após 7 dias). A dose de N a ser aplicada dos fertilizantes foi de 75 mg dm -3. As unidades experimentais foram constituídas por anéis de PVC, com 10 cm de diâmetro e 10 cm de altura. Os anéis foram preenchidos com 0,5 dm3 de TFSA. O solo foi umedecido a – 30 kPa determinado a partir do extrator de placa porosa e em seguida, foi incubado por 4 dias para aclimatação da biota no solo. Então aplicaram-se os fertilizantes nitrogenados na superfície do solo. O fluxo de C-CO2 do solo foi analisado utilizando um analisador de gás por infravermelho portátil (modelo LI-8100 – LiCor, EUA) acoplado a uma câmara dinâmica com 10 cm de diâmetro, acoplada diretamente aos anéis de PVC com o solo. O experimento foi conduzido por 26 dias, com a determinação do fluxo de C-CO2 aos 2, 4, 7, 9, 11, 14, 18, 22 dia. Os dados foram submetidos à análise de variância, sendo que os efeitos dentro dos fatores qualitativos (fertilizantes nitrogenados e formas de aplicação) foram desdobrados em contrastes ortogonais. Houve diferença estatística entre as novas tecnologias em adubos nitrogenados aplicados, quanto ao fluxo de C-CO2 do solo. Comparando a ureia convencional as novas tecnologias em adubos nitrogenados, notou-se que a ureia convencional apresentou pico no fluxo de C-CO2 aos dois dias, sendo que os outros adubos nitrogenados apresentaram pico somente aos 9 dias. A ureia + B e Cu quando comparada as outras tecnologias em adubos nitrogenados apresentou maior fluxo de C-CO2 aos dois dias. Ao comparar a ureia + NBPT com a ureia + Polímero e enxofre nota-se maior fluxo de C-CO2 pela ureia + NBPT aos 9 dias. Ao analisar as formas de aplicação dos adubos o parcelamento da adubação (50% / 50%) apresentou maior fluxo de C-CO2. Sendo assim a ureia + Polimero e enxofre foi o fertilizante que obteve os melhores resultados emitindo menor fluxo de C-CO2 para a atmosfera. Palavras-chave: nitrogênio; ureia; respiração microbiana. Agradecimentos: CCAE UFES, CAPES e FAPES.
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Fonolito como fonte de adubação potássica no feijoeiro Kennet S. Oliveira1, Marcelo H. Luz1, Anderson R. dos Santos1, José A. Lima1, Ricardo J. C. Fernadez1, Hudson C. Bianchini1 1
Universidade José do Rosário Vellano, Alfenas - MG, Brasil, kennet.silvaoliveira85@gmail.com
O feijão (Phaseouls vulgaris L.) é uma cultura muito importante no cenário agrícola nacional. O uso de uma fonte alternativa de adubação potássica no feijoeiro como substituto do cloreto de potássio, que é a principal fonte de potássio utilizada nesta cultura, é um importante fator para a redução dos custos de implantação, devido ao fato do cloreto de potássio ser um insumo importado em grande escala na agricultura brasileira. Objetivou – se com este trabalho avaliar o uso do fonolito, que é uma rocha moída, como substituto do cloreto de potássio na adubação de plantio para cultura do feijoeiro. O ensaio foi instalado na área experimental do curso de Agronomia da UNIFENAS, foi escolhido um talhão que não havia sido anteriormente adubado, cujo teor de potássio disponível era de 31 mg.dm-3, teor considerado baixo. O delineamento utilizado foi o de blocos casualizados com 5 blocos, sendo cada bloco constituído por 4 parcelas, totalizando 20 parcelas em 4 tratamentos. Os tratamentos utilizados foram: 20 kg de K2O.ha-1, (cloreto de potássio), 40 kg de K2O.ha-1 (cloreto de potássio), 20 kg de K2O.ha-1 (fonolito) e 40 kg de K2O.ha-1 (fonolito). Em todos os tratamentos foram aplicados, no plantio, 30 kg de N e 90 kg de P2O5.ha-1, aos 25 DAE realizou-se a adubação de cobertura com 30 kg de N.ha-1. Avaliou - se a produtividade da cultura, o número de vagens por planta e o número médio de sementes por vagem, coletando as plantas das três linhas centrais de cada parcela experimental (área útil de 1 m2). O uso do fonolito, como alternativa de adubação potássica para a cultura do feijoeiro, proporciona resultados semelhantes aos obtidos para uso de cloreto de potássio, em todos os paramentos avaliados, sendo, portanto, uma fonte alternativa de adubação potássica viável de ser utilizada na cultura. Palavras-chave: Phaseoulus vulgaris; cultura do feijoeiro; fertilizantes alternativos. Agradecimentos: UNIFENAS, NEOL.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Fonolito e cloreto de potássio na adubação da cultura da batata cv. Ágata Ricardo J. C. Fernades1, Augusto T. Manzoli1, Kennet S. Oliveira1, Marcelo H. Luz1, Hudson C. Bianchini1, Douglas J. Marques1 1
Universidade José do Rosário Vellano, Alfenas - MG, Brasil, ricardojos32@gmail.com
A cultura da batata é uma das mais importantes culturas plantadas no Brasil e no mundo, sendo, geralmente cultivada em grandes áreas, necessitando de um significativo aporte agrotecnológico. Na adubação da cultura, os fertilizantes potássicos de maior solubilidade são os mais utilizados, no entanto suas reservas naturais tendem a se esgotarem, além de serem insumos importados, na sua maioria. Assim a utilização de rochagem tende a ser uma alternativa sustentável para suprir a demanda por potássio. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a produção de batata em função de diferentes fontes de potássio, utilizando o pó de rocha fonolito e o cloreto de potássio. Foi utilizado o delineamento experimental em blocos ao acaso, em esquema fatorial 2x5, com 2 fontes (fonolito e cloreto de potássio) e 5 doses de potássio (0, 100; 200; 300; 400 kg ha-1 de K2O), com 4 repetições, sendo que cada parcela foi constituída de 8 plantas. O plantio foi realizado quando foram aplicados os tratamentos propostos. Para o tratamento usando KCl adubação foi dividida uma parte em plantio no sulco e outra em cobertura, que foi aplicada aos 30 dias após a emergência das plantas de batata, quando as mesmas estavam no estádio fenológico II, para o tratamento usando KCl. Já para o tratamento usando fonolito, não foi aplicado adubação de cobertura, todos os tratamentos foram aplicados no plantio em dose única no sulco de plantio. O experimento foi realizado em campo, em que as parcelas tinham dimensão de 9 m de comprimento e 1,2 m de largura (10,2 m2). Nas parcelas as plantas foram dispostas em duas linhas espaçadas de 0,60 m, com espaço de 0,20 m entre plantas dentro das fileiras, sendo a parcela útil as duas fileiras centrais, descantando a bordadura. Os resultados foram submetidos a análise de variância, sendo as medias comparadas pelo teste de ScottKnott, por meio de software SISVAR. Para a produção de batata ágata, o uso de fonolito é uma fonte de fertilizantes potássico mais eficiente e econômica que o cloreto de potássio. Palavras-chave: Rochagem; potássio; rendimento. Agradecimentos: UNIFENAS, NEOL.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Fontes de fósforo no crescimento inicial do cafeeiro Daniel F. de Oliveira1, Anderson R. dos Santos1, José R. Mantovani1, José A. Lima1, Kennet S. Oliveira1, Tiago T. Rezende1 Universidade José do Rosário Vellano, Alfenas – MG, Brasil, anderson.romao.santos@hotmail.com
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O fornecimento de P na fase formação do cafeeiro é essencial para o crescimento inicial das plantas, e há várias fontes do nutriente. Desta forma, objetivou-se com esse trabalho avaliar o efeito de fontes de fósforo no crescimento inicial do cafeeiro. Foi utilizado o delineamento experimental em blocos casualizados com 6 tratamentos e 4 repetições totalizando 24 unidades experimentais (vasos). Os tratamentos foram constituídos por uma testemunha, sem adubação com P, e 5 fontes de P: Superfosfato triplo, Termofosfato magnesiano, Organomineral, Fosfato natural reativo, Fosfato monoamônico (MAP). Porções de 18 dm3 da camada superficial (0 a 20 cm) de solo de textura argilosa, receberam calcário dolomítico, visando elevar a saturação por bases inicial do solo a 60%, e as fontes de P, na dose de 22,5 g vaso-1 de P2O5. Após a mistura dos insumos com as porções de solo, elas foram transferidas para vasos com capacidade de 20 dm3, umedecidas a 70% da capacidade de retenção de água e permaneceram em incubação por 30 dias. Durante a incubação a umidade do solo foi mantida por meio de pesagens e reposição da água perdida. Após a incubação, realizou-se adubação de plantio, por meio de solução, com N e K, e cada vaso recebeu uma muda de cafeeiro da cultivar Topázio 1109. O experimento com plantas foi conduzido por 150 dias, e durante a condução foram realizadas adubações de cobertura com N e K, por meio de solução. Por ocasião da colheita foram avaliados em cada planta: altura, número de ramos, diâmetro de copa, diâmetro de caule, produção de matéria fresca da parte aérea, das folhas e raízes, e produção de matéria seca das folhas. As fontes de fósforo: superfosfato triplo, termofosfato magnesiano, organomineral, fosfato natural reativo e fosfato monoamônico (MAP) apresentam comportamento semelhante no crescimento inicial do cafeeiro. Palavras-chave: Adubação fosfatada; Coffea arábica L.; nutriente. Agradecimentos: UNIFENAS.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Fontes e concentrações de substâncias húmicas no crescimento e índice SPAD de mudas de eucalipto Everton G. de Morais1, Sara D. Rosa1, Carlos A. Silva1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, evertonmoraislp@yahoo.com.br
No Brasil, o uso de substâncias húmicas (SHs) em plantios comerciais é cada vez mais frequente, mas poucos são os estudos que estabelecem a base agronômica para definição da dose ótima de SHs para o eucalipto. O emprego de SHs na adubação de mudas de eucalipto pode aumentar o crescimento, pegamento e o acúmulo de nutrientes pelas plantas em sequência ao plantio. O trabalho teve como objetivo avaliar a influência de concentrações e fontes de SHs em mudas de eucalipto cultivadas em solução nutritiva. O experimento foi realizado em delineamento em blocos casualizados em esquema fatorial 4x4+1 com quatro repetições, sendo utilizadas quatro fontes de SHs: Ácido húmico (AH) comercial; AH-Composto; AH-Leonardita e SHs-Composto e quatro concentrações de C-SHs: 5; 10; 25 e 100 mg L-1 , além do controle, onde não se aplicou C-SHs. O eucalipto foi cultivado em condições de casa de vegetação, em solução nutritiva com as seguintes concentrações: 14; 196; 31; 235; 160; 49 e 68 mg L-1 de N-NH4; N-NO3; P; K; Ca; Mg e S, respectivamente, além de: 0,8; 1; 0,20; 0,05; 0,01 e 5 mg L-1 de B; Mn; Zn; Cu; Mo e Fe. Foram utilizadas plantas do clone VM 01 (Eucalyptus urophylla x Eucalyptus camaldulensis), sendo as plantas ambientadas por 21 dias, com aumento gradual da força da solução nutritiva, na seguinte ordem: 25; 50 e 100%. Após este período, as plantas foram transplantadas para vasos com os tratamentos já citados, cultivando três plantas por vaso com capacidade de 2,5 L, por 20 dias. A solução nutritiva foi trocada a cada 10 dias. Antes da colheita, avaliaram-se o diâmetro e a altura das plantas, com auxílio de paquímetro digital e régua graduada, e avaliou-se índice SPAD nas folhas recém expandidas, nos pares alternados das folhas, em todas as plantas de cada vaso. Os dados coletados foram submetidos à análise de variância; quando houve diferenças significativas (p<0,05) entre as médias, as médias dos atributos para as fontes testadas foram comparadas pelo teste de ScottKnott, ajustando-se modelos de regressão dos atributos avaliados em função de concentrações de CSHs. O diâmetro do eucalipto foi influenciado apenas pelas concentrações de SHs e , o modelo linear foi o que melhor se ajustou-se à redução do diâmetro em função do acréscimo nas concentrações de SHs (Ŷ = 4,183 – 0,002 x; R2= 0,91), mostrando que, para cada aumento de 1 mg L-1 de C-AH, houve diminuição de 0,002 mm no diâmetro das plantas. Para a variável altura houve efeito dos fatores isolados, tendo diminuição para a fonte SHs-composto (35,44 cm), quando comparado com as demais fontes, valor este 5,7% inferior. Com o aumento da concentração de C-SHs, há diminuição da altura das plantas (Ŷ = 38,63 – 0,045 x; R2= 0,96, porém, comparando a aplicação de SHs e o controle não foi observado diferença significativa para altura e diâmetro. Foi notado diferença entre o fatorial e o controle para o índice SPAD, no qual o controle apresentou valores de índice SPAD 3,1% superiores ao fatorial. O índice SPAD foi influenciado pela interação concentração x fonte. O modelo linear (Ŷ = 38,508 – 0,034 x; R2= 0,99) foi o que melhor se ajustou a redução dos valores do índice SPAD em função das concentrações de C-SHs, quando a fonte de SHs foi a Leonardita, não sendo encontrado diferença entre doses, para as demais fontes testadas. No entanto, houve aumento dos valores de SPAD quando utilizouse a fonte AH de Leonardita, nas concentrações de C-SHs de 5, 10 e 25 mg L-1, em relação às outras fontes de SHs, com incrementos médios na intensidade de coloração verde da folha de 5,2; 6,5 e 5,1%, respectivamente. Apesar do uso de SHs se mostrar promissor, fatores de crescimento devem ser analisados em conjunto com fatores ligados a absorção e acúmulo de nutrientes, visto que, mesmo que tenha havido redução em atributos de crescimento, como é o caso do presente estudo, para algumas fontes de SHs, o acúmulo de nutrientes foi favorecido pela aplicação de SHs, bem como a massa seca. A aplicação de SHs não influenciou a altura e diâmetro das mudas de eucalipto em relação ao controle. Palavras-chave: ácido húmico; clorofila; Eucalyptus spp. Agradecimentos: CAPES, CNPq (processos 303899/2015-8 e 461935/2014-7) e FAPEMIG. 123
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Germinação de sementes de Acacia mangium Willd em função de diferentes combinações de substratos Micaele R. de Souza1, Katiani A. Bezerra1, Marayanne G. Sanção1, Tânia Mara C. dos Santos1, Josefa Andresa da S. Miranda1, Karolinne S. Borges1 1Universidade Federal do Tocantins, Gurupi - TO, Brasil, micaele.souzasp@gmail.com
A acácia é uma leguminosa pioneira que vem despertando a atenção por ser uma espécie rústica, apresentar rápido crescimento e principalmente, por ser uma espécie nitrificadora. O substrato usado como base inicial para a produção de mudas, pode influenciar na capacidade de germinação de sementes, pois fatores como aeração, estrutura, capacidade de retenção de água, grau de infestação de patógenos, entre outros, podem variar de acordo com o material utilizado, favorecendo ou prejudicando a germinação das sementes. Embora exótica, a acácia é muito utilizada na ocupação de ecossistemas degradados, principalmente em áreas pedregosas e de solos rasos ou formados por dunas de areia. Diante disso objetivou-se avaliar a germinação de sementes da Acacia mangium em diferentes combinações de substratos. O experimento foi desenvolvido no viveiro florestal da Universidade Federal do Tocantins, campus de Gurupi-TO. Os tratamentos (T) consistiram nas seguintes composições, sendo eles: T1 - 100% de substrato comercial Bioflora® (SC) (testemunha); T2- 25% de casca de arroz carbonizada (CAC) + 75% de SC; T3- 50% de CAC + 50% de SC; T4 75% de CAC + 25% de SC; T5 - 100% de CAC. As sementes foram semeadas a 1 cm de profundidade em copos descartáveis com capacidade volumétrica de 200 cm³, nos quais foram realizados quatro perfurações no fundo do copo para facilitar à drenagem de água. As avaliações foram feitas diariamente a partir do quinto dia após a semeadura, até não observar mais germinação das sementes. Foram avaliados os seguintes parâmetros: porcentagem de germinação (G%), calculada pela fórmula G = (N/100) x 100, em que: N = número de sementes germinadas ao final do experimento; índice de velocidade de germinação (IVG), calculado pela fórmula IVG = Σ (ni/ti)Σni, em que: ni = número de sementes germinadas por dia e ti = tempo após instalação do teste; e tempo médio de germinação (TMG), calculado pela fórmula TMG = (Σniti)/Σni, em que: ni = número de sementes germinadas por dia e ti = tempo após instalação do teste. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualisado (DIC), constituído de cinco tratamentos, com 4 repetições de 18 sementes, totalizando 72 sementes para cada tratamento. Os dados foram submetidos à análise de regressão utilizando o software Sigmaplot 10.0 e o modelo de regressão escolhido foi baseado na significância dos coeficientes da equação de regressão e de determinação a 5% de probabilidade. Diante dos resultados, para a porcentagem de germinação observou-se que todos os tratamentos testados apresentaram porcentagem de germinação superior a 90%, sendo que os tratamentos T1, T3 e T5 apresentaram 100% de suas sementes germinadas. Para o IVG o tratamento que mais se sobressaiu foi o T1 com (2,96), já o menor desempenho foi observado no T4 (2,17). Para a variável TMG o T1 apresentou menor média de tempo de germinação (6,69 dias) germinando mais rápido em relação aos demais tratamentos, já o T4 foi o que apresentou maior média (9,95 dias). Concluiu-se que o substrato que apresentou melhores condições para a porcentagem de germinação, IVG e TMG de sementes de Acacia mangium foi o T1 (100% de Substrato comercial Bioflora®). Palavras-chave: acácia; germinação; substrato. Agradecimentos: UFT.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Indicadores de acidez do solo em diferentes sistemas de manejo no sul do Piauí Mireia F. Alves1, Manoel R. H. Neto1, Maurício de S. Júnior1, Tamires S. da Silva1, Wesley dos S. Souza2, Jéssica da R. A. B. de Holanda3 1
Universidade Estadual do Piauí, Corrente - PI, mireia_ferreira042@hotmail.com.br; 2Universidade Federal do Ceará, Fortaleza – CE; 3Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural– SEMDER, Corrente–PI.
Grande parte dos solos brasileiros possuem níveis baixos de bases e elevados índices de alumínio, comprometendo o crescimento radicular e a produtividade das culturas agrícolas. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência de diferentes tipos de manejo na acidez do solo. O projeto foi realizado na Fazenda São Marcos, localizada no município de Bom Jesus, estado do Piauí (9o 49’54’’ S e 45o 20’38’’ W), a 481 m de altitude. Foram estudadas sete áreas de cerrado com diferentes sistemas de manejo: Sistema de Plantio Convencional (SPC), Sistema Plantio Direto com 6, 10 e 16 anos de adoção (SPD6, SPD10 e SPD16), Sistema de Integração Pecuária Floresta (IPF) e Sistema Pecuária (PE). Ainda foi avaliada uma área sob Vegetação Nativa de Cerrado (VNC), como referência de um ambiente em “estado de equilíbrio”. Em cada sistema foram abertas cinco trincheiras para a coleta de amostras de solos nas profundidades de 0,0 – 5, 5 – 10 e 10 – 20 cm, totalizando 15 amostras por tratamento. Após coletadas as amostras de solo, determinou-se o pH em água (1:2,5) por potenciometria, o Al com KCl 1 mol L-1 e a acidez trocável (H+Al) extraída com KCL 1mol L-1 e quantificada por titulometria com hidróxido de sódio 0,025 mol L-1. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Turkey (p<0,05). Os valores de pH não diferiram estatisticamente em todos as áreas sob SPD nas camadas de 0,0 – 5 e 10 – 20 cm. No entanto no solo sob SPD10 foi observado o maior valor desse atributo, isso pode ter ocorrido devido à mineralização da matéria orgânica acumulada, que aumenta o pH com a liberação de elétrons para a solução do solo. A área com VNC apresentou os maiores teores de Al3+ em todas as camadas estudadas, em comparação aos sistemas de manejo, o que pode ser justificado pela condição natural do solo, com predominância elevada de acidez, em decorrência da alta drenagem e consequente lixiviação de bases trocáveis, e predomínio de óxidos de alumínio e ferro. No entanto, os menores valores de Al3+, foram observados no solo entre os sistemas SPD e SPC sendo estes estatisticamente iguais, nas camadas de 0–5 cm. Essa redução nos teores de Al3+ é decorrente da calagem realizada nesses sistemas. Quanto aos resultados de H+Al, os maiores valores foram observados na VNC e PE, na camada de 0 –5 e 5–10 cm. As áreas sob SPD, não diferiram estatisticamente na profundidade de 0-5 cm. A adoção dos sistemas de plantio direto (SPD-6, SPD-10 e SPD-16), melhorou o ambiente solo, se comparados com a área VNC. Palavras-chave: calagem; plantio direto; matéria orgânica. Agradecimentos: GEOSOLOS.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Indicadores de produção de soja em função da adubação e sistemas de manejo na Bahia Paulo S. S. Silva1, Robson da C. Leite1, Jefferson S. da S. Carneiro2, João V. G. Carline1, Danilo A. P. da S. Lopes1, Edson de S. Castro1 1
Universidade Federal do Tocantins, Gurupi - TO, Brasil, 2Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, silvapssagro@gmail.com
O Brasil é o maior exportador de soja (Glycine max L.) e um dos maiores produtores atualmente no mundo. O fósforo é o macronutriente que mais limita a produtividade da cultura da soja no Cerrado. Contudo, a disponibilidade e absorção de fósforo via aplicação fosfatada pode sofrer influência de acordo com o tipo de preparo do solo, neste estudo foi usado dois sistemas de plantio que são: subsolagem e sem subsolagem. Diante disso o presente trabalho teve como objetivo avaliar a influência de diferentes tipos de manejo e doses de fósforo sobre a produção de soja no Oeste Baiano. A pesquisa foi realizada no município de São Desidério, BA em delineamento fatorial 4x2 com arranjos em blocos casualizados, com parcela de 500 m2. Foram avaliados quatro níveis de adubação fosfatada com o fertilizante Basiduo® (0, 100,300 e 400 kg ha-1) e dois sistemas de plantio, sendo o plantio direto e o cultivo mínimo caracterizado por uma subsolagem. A área de estudo era em condições de sequeiro e a mesma foi manejada com plantio direto por mais de cinco anos, com rotação de soja, milho/brachiaria e algodão, respectivamente. O solo da área de cultivo é classificado como Neossolo Quartzarênico. Os níveis de P na camada 0-20 cm estavam a cima de 97 mg dm-3 e acima de 49 mg dm-3 na camada de 20-40 cm. O teste de resistência do solo à penetração (RSP) foi realizado em toda a área indicando uma camada compactada a partir de 5 cm de profundidade com 3 Mpa. Foram avaliados como indicadores de produção altura de plantas (AP); altura de inserção da primeira vagem (AIPV). A altura de plantas e altura de inserção da primeira vagem foi determinada através da medição direta utilizando régua graduada em milímetros. Os dados obtidos foram submetidos à análise de regressão com os programas Statística versão 7.0 e Sigma plot 10.0. A AP ajuste ao modelo quadrático em função das doses de fertilizante fosfatado em parcelas que houve subsolagem (ŷ = 90,0742** + 0,0798X - 0,0002X² R²:0,94) e em parcelas sem subsolagem (ŷ = 76,0650** + 0,1143X 0,0003X² R²:0,96). A área conduzida em subsolagem foi a que apresentou melhor resultado em AP, sendo assim, a máxima eficiência foi obtida com a aplicação de 199,5 kg ha-1 de P2O5, onde as plantas alcançaram 98,03 cm, apresentando incremento de 8,3% em relação às plantas que não receberam adubação fosfatada. A área subsolada teve incremento de 12,2% na altura de plantas em relação a área não subsolada. A AIPV em função das doses crescentes de fertilizante fosfatado em área sem subsolagem (ŷ = 13,6556** + 0,0249X - 6,3704-5X² R²:0,95) apresentou modelo quadrático, no entanto a área subsolada (ŷ = 15,4458*** - 0,008X R²:0,96**) resultou em modelo linear decrescente. A maior AIPV foi observada no tratamento em que não houve subsolagem, apresentando incremento de 15,8% em resposta da adubação de 195,45 kg ha-1 de P2O5 em relação a testemunha e chegando a uma AIPV de 16,06 cm. A subsolagem influenciou positivamente na altura de plantas, e negativamente na altura de inserção da primeira vargem. Após anos de plantio direto são necessárias práticas de revolvimento de solo, podendo ser mínimas, assim diminuindo a compactação causada pelo tráfego intenso de máquinas e distribuindo o acúmulo de nutrientes encontrados na camada superficial do solo. Palavras-chave: cultivo; fertilizante; subsolador. Agradecimentos: Nero-UFT, Ide Consultoria, Grupo Mizote e UFLA.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Indicadores químicos de qualidade do solo em áreas sob plantio direto no cerrado Wesley dos S. Souza1, Manoel R. Holanda Neto2, Patricia C. da Silva3,Taiwan C. A. Menezes4, Jenilton G. da Cunha5, Jéssica da R. A. B. de Holanda6 1
Universidade Federal do Ceará–UFC, Fortaleza-se, Brasil, E-mail: agrowesley95@gmail.com; 2Universidade Estadual do Piauí–UESPI, Corrente-PI, Brasil; 3Universidade de Brasília–UnB, Brasília-DF, Brasil; 4 Universidade Federal do Piauí–UFPI, Teresina-PI, Brasil; 5Universidade Federal do Vale do São Francisco– Univasf, Petrolina-PE, Brasil; 6Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural–SEMDER, Corrente–PI, Brasil.
Nas últimas décadas, a preocupação com a avaliação da qualidade do solo tem merecido destacada atenção, e a quantificação de alterações nos seus atributos, decorrentes da intensificação de sistemas de uso e manejo, têm sido amplamente realizada para monitorar a produtividade sustentável dos solos e a conservação dos recursos naturais. Os sistemas intensivos de uso do solo podem causar sérios prejuízos, como o favorecimento do processo de degradação química do solo. A avaliação dos indicadores químicos da qualidade do solo, possibilita uma maior indicação do nível de fertilidade do solo através da ciclagem de nutrientes influenciado pelos diferentes tipos de manejos. Diante disso presente trabalho teve como objetivo avaliar a interferência do manejo adotado em áreas de cultivo do Cerrado nos teores de Fósforo e Potássio do solo. O estudo foi desenvolvido em áreas de produtores de grãos no Cerrado, município de Formosa do Rio Preto-BA. Os solos das áreas são classificados como Latossolos Amarelos, textura franco argilo-arenosa. O clima da região é do tipo Tropical, com estação seca de inverno e chuvosa no verão (Aw) no sistema de Koppen, com temperatura média de 26,5 ºC, precipitação anual de 1.200 mm. Foram estudados quatro sistemas de manejo do solo: Sistema Plantio Direto com milheto, um ano de adoção (SPD1+SM1); Sistema de Plantio Direto 03 (três) anos de adoção com braquiária como cultura de cobertura e rotação de cultivo soja/milho nos últimos três anos (SPD3+B); Sistema de Plantio Direto 6 (seis) anos de adoção com braquiária como cultura de cobertura e rotação de cultivo milho/braquiária no último ano (SPD6+M2B); Sistema de Plantio Direto 6 (seis) anos de adoção com cultivo de soja em consórcio com braquiária e rotação soja/braquiária/milho/braquiária nos últimos seis anos (SPD6+SB), além de uma área sob Vegetação Nativa de Cerrado (VNC), como referência de um ambiente em condição de equilíbrio. As amostras foram coletadas no mês de outubro de 2015. Em cada sistema de manejo do solo e VNC foram coletadas amostras de solo nas profundidades de 0,0-0,5; 0,5-0,10; 0,10-0,20 m, com 5 repetições. O fósforo e o potássio foram extraídos com Mehlich 1 e determinados por colorimetria e fotometria de chama, respectivamente. O delineamento experimental utilizado foi por parcelas subdivididas, as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância, utilizando o programa estatístico Assistat 7.7. Para as variáveis analisadas Potássio e Fósforo houve diferença estatística entre os sistemas e a área de referência com VNC, encontrando-se os menores valores na área de VNC em todas as profundidades estudadas, o que pode ser justificado pelo fato de que em grande parte dessas áreas de Cerrado, haver a predominância de Latossolos, profundos, bastante intemperizados, ácidos e de baixa fertilidade natural. Os maiores valores foram encontrados nos sistemas de manejo conservacionistas, estes teores mais elevados dos macronutrientes podem ser explicados, pelo fato da alteração das condições naturais do ambiente de VNC, onde foram instalados estes sistemas, provocando alterações profundas nos atributos químicos do solo. Portanto verifica-se a importância da implementação continua de práticas de manejo da fertilidade do solo, como a aplicação de corretivos e fertilizantes para o cultivo em áreas de cerrado, visto que são áreas com uma baixa fertilidade natural. Palavras-chave: sistemas de manejo; macronutrientes; sistema conservacionista. Agradecimentos: GEOSOLOS.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Influência de fontes nitrogenadas na granulometria de grãos de café André B. Andrade1, Wantuir F. T. Chagas1, Rafael M. R. Chagas1, Douglas R. G. Silva1, Valdemar Faquin1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, andre.batp@hotmail.com
O nitrogênio (N) é um nutriente muito exigido pelo cafeeiro. Entre os fertilizantes nitrogenados, a uréia convencional é a fonte mais usada no mundo. Entretanto, esta fonte é altamente susceptível a perdas por erosão, lixiviação e principalmente por volatilização. Desta forma, os fertilizantes de liberação controlada podem mitigar as perdas mas estes fertilizantes são de alto custo. Uma alternativa seria sua aplicação em mistura de ureia de liberação controlada com ureia convencional, ou seja, um ‘blend’ de fertilizantes. Objetivou-se com esse trabalho avaliar o efeito do uso de fertilizantes nitrogenados na granulometria de grãos de café. O experimento foi conduzido em uma lavoura comercial de café (Coffea arabica), cultivar catuaí, localizada no município de Lavras- MG, no ano agrícola 2014/2015. Considerou-se 100% da dose recomendada = 450 kg de N ha-1 e 70% da dose recomenda = 315 kg N ha-1. O delineamento foi em blocos casualizados com sete tratamentos: Ureia convencional, Nitrato de amônio, Polyblen Extend aplicando-se 100% da dose recomendada (Polyblen Extend-100%), Polyblen Extend aplicando-se 70% da dose recomendada (Polyblen Extend-70%), Polyblen Montanha aplicandose 100% da dose recomendada (Polyblen Montanha-100%), Polyblen Montanha aplicando-se 70% da dose recomendada (Polyblen Montanha-70%) e um tratamento controle, com três repetições. As parcelas experimentais foram compostas por 12 plantas. Nos tratamentos com ureia convencional e nitrato de amônio, a dose foi dividida em três aplicações em intervalos de 50 dias entre cada adubação. Para os tratamentos: Polyblen Extend (100% da dose recomendada) e Polyblen Extend (70% da dose recomendada) dividiram-se em duas aplicações, sendo 70% do N aplicados na primeira adubação e os 30% de N restantes aplicados na segunda adubação. Já para os tratamentos Polyblen Montanha (100% da dose recomendada) e Polyblen Montanha (70% da dose recomendada), não houve parcelamento da adubação, sendo todo o N aplicado em dose única no inicio da adubação da safra. Os frutos foram coletados manualmente por derriça no pano, secos em terreiro de cimento até o intervalo de umidade entre 11 e 13% e beneficiados em seguida. Pesou-se 100 g de grãos de café, colocou-se sobre um jogo de peneiras dispostas em ordem decrescente de 19 a 9 para grãos chato e mocas. Classificou-se os grãos chatos em: chato graúdo (peneiras 17, 18 e 19), chato médio (peneiras 15 e 16) e chato miúdo (peneiras 14 e menores) e grão moca . Em seguida, realizou-se a pesagem dos grãos retirados de cada peneira e os resultados foram expressos em porcentagem. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância, teste F e Scott-Knott para comparação dos efeitos dos tratamentos, utilizando-se o aplicativo SISVAR 4.3®. A classificação por peneira não foi influenciada (p≤0,05) pela aplicação dos fertilizantes nitrogenados. Os valores médios de grão chato graúdo, grão chato médio e grão chato pequeno foram de 10,84%; 52,36%; 12,46% e 23,39%, respectivamente. Observou-se que o maior percentual em todos os tratamentos foi de grãos chatos médios. Conclui-se que o uso de blends é uma alternativa a adubação do cafeeiro sem prejuízos à granulometria dos grãos de café colhidos. Assim, pode-se reduzir doses e parcelamentos na adubação no cafeeiro, com consequente redução de custos com parcelamentos de fontes convencionais. Palavras-chave: Coffee arabica; nitrogênio; análise física. Agradecimentos: Capes, CNPq, FAPEMIG.
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Influência de micorrizas arbusculares na nutrição de zinco e fósforo em milho Maria J. V. dos Santos1, Cristiane F. Barbosa¹, Mariana G. M. Gonçalves1 Raquel M. RodriguezRodriguez1, Maria L. de S. Silva1, Valdemar Faquin1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, mariajessicaagro@gmail.com
No Brasil, o zinco (Zn) é o micronutriente que mais limita a produção do milho, esta limitação pode está relacionada com fatores como material de origem do solo, pH, teor de matéria orgânica, assim como altos teores de fósforo (P). A adição de P e a inoculação micorrízica podem influenciar a absorção e acumulação de Zn na planta. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta de doses crescentes de Zn e doses de P em plantas de milho inoculadas e não inoculadas com Fungos Micorrizicos Arbusculares. O experimento foi conduzido em casa de vegetação no Departamento de Ciência do Solo da Universidade Federal de Lavras, em vasos com 2 dm3 de um Latossolo Vermelho distroférrico, textura argilosa. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2 x 2 x 5, no qual os tratamentos consistiram: com e sem inoculação micorrizíca; duas doses de P (200 e 400 mg dm-3) e cinco doses de Zn (0, 5, 10, 20 e 40 mg dm-3). O solo foi autoclavado (dois ciclos de uma hora a 121 °C; 1,5 atmosferas). Com base na análise química do solo foi realizada a calagem, utilizando-se o calcário dolomítico, incubado por 30 dias, com umidade próxima a 60% do volume total de poros (VTP). Posteriormente, realizou-se a adubação, onde foram aplicadas as doses de P (200 e 400 mg dm-3), incorporadas em todo o volume de solo; 100 mg dm-3 de N; 100 mg dm-3 de K. A adubação básica com micronutrientes consistiu na aplicação de 1,5 mg dm-3 de Cu; as doses de Zn (0, 5, 10, 20 e 40 mg dm-3); 0,5 mg dm-3 de B e 0,1 mg dm-3 de Mo. Nos tratamentos com micorrizas arbusculares (MA), inoculou-se 250 esporos por vaso embaixo das sementes. Durante o cultivo foram realizadas duas adubações de cobertura com N, 100 mg dm-3, aos 15 e 25 dias após o plantio e uma aplicação de K, 75 mg dm-3. A coleta das plantas foi realizada aos 45 dias após a germinação. Sendo o material vegetal, parte aérea, seca em estufa de circulação forçada a 65-70 ºC, até peso constante, para determinação da massa seca. Os dados obtidos foram submetidos ao teste de normalidade Shapiro-wilk e posteriormente foi realizada a análise de variância e o teste de Tukey, 5% de significância. A micorrização e a adição de Zn proporcionaram incrementos na produção de matéria seca. Observou-se o efeito positivo, das interações entre as doses de P e MA e entre as doses de P x Zn, na produção de matéria seca. A adição de 200 mg dm-3 de P com MA aumentou a produção de matéria seca da parte aérea do milho. Palavras-chave: matéria seca; Rhizophagus clarus; interação entre nutrientes. Agradecimentos: CNPq, CAPES, FAPEMIG, DCS e UFLA.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Influência do N e K2O no número de perfilhos e panículas na cultura do arroz Carla R. de Andrade1, Henrique A. Nunes2, Cleber K. de Souza1, Eliseu L. Brachtvogel2 1
IFSULDEMINAS - Campus Inconfidentes, Inconfidentes - MG, Brasil, carlaromanielo@hotmail.com, 2IFMT Campus Confresa, Confresa - MT, Brasil.
A cultura do arroz é um dos alimentos mais consumidos do mundo, contudo a sua produtividade pode ser limitada pela ausência de técnicas de manejo. A eficiência da sucessão de leguminosas tem sido comprovada devido ao seu efeito residual, desempenhando um papel fundamental como fornecedoras de nutrientes, disponibilizando-os para as culturas sucessoras. O arroz (Oryza sativa L.) é considerado uma cultura bastante exigente em fertilidade, sendo indispensável a realização de adubações de cobertura de nitrogênio (N) e de potássio (K), elementos altamente exigidos. Com isso, o trabalho objetiva avaliar o número de perfilhos m-2 (PER m-2) e panículas m-2 (PAN m-2) na cultura do arroz em sucessão a soja. O trabalho foi realizado no município de Confresa, MT, na Fazenda Boa Vista na safra 2014/2015. O experimento foi conduzido em um Argissolo vermelho-amarelo em blocos completos casualizados, com quatro repetições em esquema fatorial de 2x4, sendo os fatores 4 doses de nitrogênio e 4 doses de potássio. A adubação de semeadura foi realizada com base na análise de solo. Para a realização do estudo foram aplicados 0, 50, 100 e 150 kg ha -1 de N e K2O, respectivamente, no início do perfilhamento, utilizando-se como fonte de nitrogênio a Ureia e como fonte de potássio o Cloreto de potássio. Foram avaliados características como número de perfilho m-2 (PER m-2) e número de panícula m-2 (PAN m-2). ). Os resultados foram submetidos a Análise de Variância (ANAVA) seguido do teste de F. O PER m-2 foi influenciado pelas doses testadas sendo o maior número obtido (301 PER m-2) com doses de 34,5 e 74,9 kg ha-1 N e K2O, respectivamente. O perfilhamento é uma das características que influencia diretamente o número de panículas, sendo assim, com o menor perfilhamento a produtividade estará comprometida. A análise da interação entre as doses de N e K2O mostrou-se significativa para o PAN m-2 onde obteve-se valores de 289,9 PAN m2 com doses de 34,1 e 73,3 kg ha-1 N e K2O respectivamente. Desse modo, os elementos em interação influenciaram maior densidade de perfilhos por área e maior número de panículas m-2 com doses intermediárias, concluindo-se que a cultura do arroz é indistintivamente influenciada pela dinâmica da adubação nitrogenada e potássica, sendo de suma importância o conhecimento do manejo desses elementos, para que altos níveis de produtividade sejam alcançados. Palavras-chave: Oryza sativa L.; fertizantes; interação. Agradecimentos: Fazenda Boa Vista, Confresa- MT.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Influência do Silício no desenvolvimento de mudas de eucalipto Fabrício T. de L. Gomes1, Cícera Maria de M. Silva1, Maria Ligia de S. Silva1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil,fabriciodilima@yahoo.com.br
O sucesso de uma implantação florestal de eucalipto é dependente diretamente da qualidade das mudas utilizadas, sendo de grande importância mudas resistentes às condições adversas no campo. O Si embora não seja considerado um micronutriente, ele vem sendo estudado como uma ferramenta benéfica para produção de mudas de eucalipto, possuindo papel importante na relação plantaambiente, proporcionando às plantas condições para suportar adversidades climáticas, edáficas e biológicas. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a influência do Si no desenvolvimento de mudas de eucalipto. O experimento foi conduzido em casa de vegetação no Departamento de Ciência do Solo da Universidade Federal de Lavras, em Lavras/MG, em vasos contendo 4 dm3 de solo (Latossolo Vermelho distroférrico), contendo uma planta de E. urophylla por vaso. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado, sendo 5 doses de Si ( 0, 50, 100, 200 e 400 mg dm-3) e 4 repetições. Ao final do experimento, com o auxílio de uma régua graduada foi medido a altura da planta. Em seguida, a parte aérea foi cortada rente ao solo, lavada, seca em estufa (65 C) e pesada para quantificação da matéria seca da parte aérea (MSPA). Os dados foram submetidos à análise de variância e quando houve significância foi feita análise de regressão com o auxílio do software SISVAR. Verificou-se que as doses de Si, assim como encontrado na literatura, não influenciaram na altura das mudas, mas aumentaram linearmente a quantidade de matéria seca da parte aérea. No tratamento controle (0 mg dm-3) observou-se uma menor quantidade de MSPA (14,63 g vaso-1) , sendo que nas outras concentrações (50, 100, 200 e 400 mg dm-3) a MSPA aumentou para 16,17 g vaso-1, 15,78 g vaso-1, 17,00 g vaso-1, 18,40 g vaso-1, respectivamente, com y = -1E-05x2 + 0,0125x + 14,931 e valor de R² = 0,9254. O aumento na quantidade de MSPA possivelmente seja em decorrência de um melhor desenvolvimento da parede celular. Apesar das baixas respostas encontradas na literatura, no presente trabalho as doses de Si estudadas promoveram o desenvolvimento da parte aérea das mudas de eucalipto. Palavras-chave: Eucaliptos urophylla; influência; nutrição de plantas. Agradecimentos: CAPES, CNPq e Fapemig
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Interação nitrogênio e enxofre na cultura do morangueiro e qualidade pós-colheita Bárbara T. Gazolla1, Maria Ligia de S. Silva1, Emanuelly S. Assis1, Anderson R. Trevizam1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, barbara.tpg@hotmail.com
Diversos fatores são considerados para melhorar as características de qualidade e produção em qualquer cultura. No morangueiro a adubação é uma das práticas de maior importância, pois é responsável por manter o equilíbrio nutricional das plantas durante seu desenvolvimento, tornando-as mais resistentes às pragas e doenças, além de garantir melhor qualidade dos frutos. O N é o nutriente mineral mais exigido pelas plantas e tem função estrutural, é assimilado nas formas combinadas: NH4+ (amônio) e NO3- (nitrato). O S também é um macronutriente presente na composição de proteínas, assimilado na forma de sulfato – SO42+. O objetivo deste trabalho foi investigar as características de qualidade, valor nutricional e produtividade, influenciadas pela interação entre N e S. O experimento foi realizado em casa de vegetação no Departamento de Ciência do Solo da UFLA. O delineamento foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 3x5, correspondendo a 3 doses de S (0, 30 e 60 mg dm3 ), que foram aplicadas em única dose no plantio na forma de gesso agrícola (14% de S), e 5 doses de N (0, 30, 60, 90 e 120 mg dm-3), que foram aplicadas após 10 dias do plantio e parcelados em 5 aplicações. Cada tratamento foi composto por 4 repetições, cada uma correspondendo a um vaso, contendo uma muda de variedade Albion, com 3 dm3 de solo, totalizando 45 parcelas experimentais. A colheita dos frutos ocorreu pelo período de 160 dias (194 dias após transplantio). Ao final a parte aérea foi cortada rente ao solo, lavada, seca em estufa (65 C), pesada e moída. As amostras foram submetidas à digestão nitro-perclórica para determinação de S e digestão sulfúrica para a determinação de N. As análises pós-colheita foram realizadas a partir da obtenção de polpa homogeneizada em triturador doméstico. A produtividade dos frutos do morangueiro e a produção de matéria seca da parte aérea do morangueiro não foram alteradas pelas doses de N e S aplicadas. Os teores de S na parte aérea do morangueiro apresentaram comportamento diferenciado em relação às doses de N aplicadas. A relação N/S na cultura do morangueiro foi diretamente influenciada pela adição de N e S. As concentrações de °Brix, acidez titulável, antocianinas e vitamina C não foram alteradas em função das doses de N e S. Palavras-chave: : Fragaria vesca; macronutrientes; nutrição de plantas. Agradecimentos: FAPEMIG; CAPES; CNPq.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Interferência da adubação nitrogenada e potássica na cultura do arroz em sucessão à soja Débora F. de Souza1, Carla R. de Andrade1, Henrique A. Nunes2, Cleber K. de Souza1, Eliseu L. Brachtvogel2 1
IFSULDEMINAS - Campus Inconfidentes, Inconfidentes - MG, Brasil, carlaromanielo@hotmail.com, 2IFMT Campus Confresa, Confresa - MT, Brasil.
O cultivo do arroz de terras altas é importante na região do Cerrado, cujos solos são caracterizados por baixa fertilidade. Neste sentido, a baixa disponibilidade de nutrientes limita o desenvolvimento da cultura e consequentemente sua produtividade é comprometida. Sendo o Nitrogênio (N) e o Potássio (K) os nutrientes mais exigidos pela cultura do arroz, o presente estudo objetivou quantificar a dose de N e K2O, em cobertura, na quantidade de espiguetas por panícula e espiguetas estéreis. O experimento foi implantado na safra 2014/2015 na cidade Confresa (MT), em uma área ocupada anteriormente pela cultura da soja (Glycine max). O delineamento experimental foi em blocos casualizados em esquema fatorial 2x4, sendo duas fontes nutricionais (N e K2O) e quatro doses (0, 50, 100 e 150 kg ha-1) aplicadas em cobertura no início do perfilhamento, com 4 repetições. Foram avaliados os atributos quantidade de espiguetas por panícula e espiguetas estéreis. A quantidade de espiguetas por panícula foi obtida através da média de 20 panículas aleatórias, e a quantidade de espiguetas estéreis pela razão entre espiguetas estéreis pelo valor total de espiguetas. Com os dados obtidos foram realizados testes estatísticos de Análise de Variância (ANAVA) e posteriormente teste de F. Houve interação significativa entre as doses aplicadas para os atributos avaliados sendo que a indicação de 66,2 kg ha -1 de N e 75,6 kg ha-1 de K2O promoveram o máximo de espigueta por panícula. Foi verificado que nos tratamentos com aplicação de K2O houve uma redução de grãos estéreis que consequentemente promovem aumento na produção da cultura, por outro lado, a fertilização com nitrogênio promoveu um aumento na quantidade de espiguetas, porém, em altas doses acentuou o número de espiguetas estéreis por panícula. Diante disso, conclui-se que a quantidade de espiguetas por panícula e espiguetas estéreis são dependentes dos níveis de adubações nitrogenadas e potássicas, sendo que as doses que proporcionaram maior eficiência na produtividade, em função dessas características, foram 42,6 kg ha-1 de N e 88,3 kg ha-1 de K2O, resultando em 4409 kg ha-1 de grãos, comprovando a contribuição deste trabalho no manejo nutricional da cultura do arroz. Palavras-chave: Oryza sativa; macronutrientes; cobertura. Agradecimentos: Fazenda Boa Vista, Confresa- MT.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Macro e micronutrientes na fração solúvel de substâncias húmicas diversificadas Murilo N. Valenciano1, Carlos A. Silva1, Sara D. Rosa1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, mvalenciano@agronomia.ufla.br
Há, no Brasil, um uso crescente de substâncias húmicas (SHs) em sistemas hidropônicos, cultivos protegidos de flores e hortaliças, nos canaviais e em lavouras fertirrigadas. Nos cafezais, há espaço para que as SHs sejam utilizadas em caldas foliares ou em misturas com formulados NPK, alguns já disponibilizados no mercado. O uso correto de SHs nas lavouras pressupõe a determinação correta da dose agronômica, que é definida, entre outros fatores, pela composição química do material húmico. O objetivo deste trabalho foi determinar os teores de alguns macro e micronutrientes prontamente disponível em água em amostras de ácidos húmicos (AH), fúlvico (AF) e em composto. O trabalho foi realizado no laboratório de estudo da matéria orgânica (LEMOS) do Departamento de Ciência do Solo da Universidade Federal de Lavras (UFLA). Foram analisadas amostras de AH p.a. comerciais, AH extraído de Leonardita, AH extraído de composto, ácido fúlvico (AF) e composto, sem extração do material húmico. O composto foi preparado com casca de café (60%), esterco de galinha (30%) e carvão (10%) e maturado por 4 meses. Para determinação dos teores de fósforo (P), magnésio (Mg), cálcio (Ca), enxofre (S), cobre (Cu), manganês (Mn) e zinco (Zn) foram pesadas 3 g do material em tubos falcon, e adicionados 27 mL de água destilada em cada tubo. Em sequência, essas suspensões foram agitadas a 90 rpm por uma hora e, posteriormente, centrifugadas a 3000 rpm, durante quinze minutos. Retirou-se uma alíquota do sobrenadante e realizou determinação dos teores de macro e micronutrientes em Espectrômetro Óptico de Emissão Atômica com Plasma indutivamente acoplado (ICP-OES). Para a determinação de Nitrogênio (N), foi utilizado o método de Kjeldahl, com o uso de destilador por arraste de vapores. Foi transferido para o tubo de digestão 50 mg de amostra macerada, e em seguida adicionou-se 1,5 g de solução catalisadora (mistura de 10 g de CuSO4, 100 g de K2SO4 e 1 g de Se). Adicionou-se 3 mL de ácido sulfúrico e, posteriormente, o tubo foi aquecido em bloco digestor, dentro de uma capela, até atingir 350 °C e posteriormente resfriando por 45 m. Após, foi realizado a destilação com solução de NaOH 13 mol L-1, assim por arraste de vapores foi transferido para frascos Erlenmeyer contendo 10 mL de indicador. Depois desta etapa, foi realizada a titulação com HCl 0,07143 mol L-1. As médias foram comparadas pelo teste de Tukey (p<0,05). AF apresentou os maiores teores de Ca, Mn e S, enquanto que para N, P e Zn,os teores foram maiores em AH extraído de composto. Em uma das amostras de AH1 p.a. comercial, foram notados os maiores teores Fe e Cu, já AH2 p.a.comercial apresentou o maior teor de Mg entre os materiais. Observou-se grande variação nos teores de nutrientes nos materiais húmicos analisados, no entanto, foi observado que o AH extraído de Leonardita é a matriz, em geral, mais rica em nutrientes, com os maiores teores disponíveis em água. Dessa forma, é visto que as SHs, além de contribuir de estimular o crescimento de raízes e da parte áerea, otimizar a absorção de nutrientes pelas plantas, modificar as propriedades do solo e afetar outros processos fisiológicos das plantas, conforme a dose aplicada, podem atuartambém como fonte de nutrientes prontamente disponível para as culturas. de alguns nutrientes. Os resultados deste estudo atestam a importância de se quantificar a composição química elementar da fração húmica utilizada nas lavouras, como forma de aumentar sua eficiência agronômica. Palavras-chave: Composição elementar; Ácido Fúlvico; Ácido húmico. Agradecimentos: CNPq (Processos 303899/2015-8 e 461935/2014-7), FAPEMIG, DCS/UFLA.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Nitrogênio e molibdênio na cultura do feijoeiro Kennet S. Oliveira1, Marcelo H. Luz1, Cristiano A. Silva1, José R. C. Fernadez1, Hudson C. Bianchini1, Douglas J. Marques1 1
Universidade José do Rosário Vellano, Alfenas - MG, Brasil, kennet.silvaoliveira85@gmail.com
Na cultura do feijoeiro o nitrogênio é o nutriente absorvido em maior quantidade, e o molibdênio, além da importância no processo de fixação de nitrogênio atmosférico, está associado ao metabolismo nitrogenado. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a produtividade da cultura do feijão, sob o efeito da aplicação de diferentes doses de nitrogênio em cobertura (0, 20, 40 kg ha-1) na presença e ausência de aplicação foliar de 20 ml molibdênio, em sistema de plantio direto. O delineamento experimental usado foi o de blocos casualizados, com 6 tratamentos e 4 repetições. O estudo foi realizado em uma área normalmente utilizada para o plantio de feijão, em sistema de plantio direto, no município de Carmo do Rio Claro – MG. O uso de adubação nitrogenada em cobertura associado a adubação foliar com molibdênio favorece a produtividade do feijoeiro, quando se utiliza a dose de 40 kg de N ha-1. Palavras-chave: Phaseolus vulgaris L.; doses de nitrogênio; doses de molibdênio. Agradecimentos: UNIFENAS, NEOL.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Nitrogênio orgânico como indicador de qualidade de solo degradado sob pastagem Jefferson S. da S. Carneiro1, Soliane M. Bezerra3, Mayanne A. Pereira2, Dagna A. da C. Leite2, Rodrigo de C. Tavares2, Rubens R. da Silva2 Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, 2Universidade Federal do Tocantins, Gurupi – TO, Brasil, Universidade Federal do Pará, Tucuruí - PA, Brasil, carneirojss@yahoo.com.br
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A substituição de áreas de vegetação natural pela agricultura e pecuária tem ocasionado à degradação acelerada dos solos em função do manejo inadequado. A degradação acaba por reduzir a matéria orgânica do solo e por consequência o nitrogênio (N). O N é um dos nutrientes que possui maior dinâmica no sistema, com sua maior parte sendo encontrada na forma orgânica. Diante disso o presente trabalho objetivou avaliar o estoque de nitrogênio orgânico do solo como indicador de qualidade de áreas contrastantes no bioma cerrado. As áreas estudadas estão localizadas na fazenda experimental da UFT campus Gurupi - TO, com temperatura média anual de 27 ºC e 1500 mm de precipitação anual. O estudo foi realizado em delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 3 x 2 com 5 repetições. O primeiro fator referente à três áreas estudadas: mata nativa (MN), área em recuperação (AR) e pastagem degradada (PD) e o segundo a duas profundidades de coleta (010 e 10-20 cm). As amostras coletadas foram secas ao ar e passadas em peneira de 2 mm. Para avaliação das áreas estudadas determinou-se o teor de nitrogênio orgânico total do solo (NOT). Realizou-se ainda a extração das substâncias húmicas para determinação do nitrogênio da fração ácido húmico (NFAH), nitrogênio da fração ácido fúlvico (NFAF) e o nitrogênio da fração humina (NFH) das amostras coletadas. Os dados obtidos foram submetidos a análise de variância e quando significativo ao teste Tukey para verificar as diferenças estatísticas (p<0,05) utilizando o software Sisvar 5.0. O teor de nitrogênio orgânico total (NOT) não apresentou diferença significativas entre as áreas e profundidades estudadas. A maioria dos trabalhos apontam para o maior teor de N orgânico em áreas sob vegetação nativa. No entanto a ausência de diferença pode ser justificada pela ausência de manejo na área de pastagem, haja vista que a mesma está sem pastejo de animais a aproximadamente 6 anos, dando margem ao acúmulo de matéria orgânica na superfície melhorando consequentemente os teores do nutriente no solo. A ausência de diferença entre as profundidades é explicada pela não exportação dos resíduos vegetais que se acumulam na camada 0-20 cm, geralmente não diferindo nessa faixa em condições de acumulo de matéria orgânica. O nitrogênio das frações húmicas apresentou diferença significativa entre as áreas para o NFAH, NFAF e NFH. O nitrogênio das frações húmicas foram maiores nas áreas de vegetação nativa (0,022, 0,021 e 0,18 dag kg-1 para o NFAF, NFAH e NFH respectivamente) e pastagem degradada (0,018, 0,023 e 0,22 dag kg-1 para o NFAF, NFAH e NFH respectivamente). A maior deposição de serapilheira na mata influencia diretamente o valor encontrado do N das frações húmicas. No entanto o alto valor também verificado nas pastagens está relacionado ao tempo de repouso e deposição de resíduos na superfície. Em profundidade apenas o NFAF apresentou diferença, sendo maior na camada de 0-10 cm (0,021 dag kg-1). Essa diferença pode ser justificada pela participação do ácido fúlvico na formação dos agregados do solo e a tendência da FAF estar nos agregados na superfície do solo, pode ser consequência da coleta das amostras de solos na época seca, favorecendo a maior concentração dessa fração, haja vista que na época de chuvas a fração normalmente é lixiviada e acumulada em horizontes inferiores. O NOT não é bom indicador de áreas degradadas no cerrado, principalmente se esta área apresentar-se com pastagens com longo tempo sem manejo. Palavras-chave: cerrado; matéria orgânica; substâncias húmicas. Agradecimentos: UFLA, UFT, UFPA.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Perdas de nitrogênio e rendimento de fertilizantes organominerais produzidos por compostagem Henrique J. G. M. Maluf1, Carlos A. Silva1, Everton G. de Morais1, Leonardo H. D. de Paula2 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, maluf.henrique@yahoo.com.br, 2Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Minas Gerais, Campus Bambuí, Bambuí - MG, Brasil
Durante o processo de compostagem, parte do C-substâncias orgânicas é convertido a CO2, o que diminui o C total, a massa seca e, consequentemente, o rendimento do composto final. O rendimento da massa seca do composto é particularmente importante quando se utiliza esse processo como rota na produção de fertilizantes organominerais (FOM). Diferentes rotas de produção de FOMs têm sido adotadas, entre essas, a compostagem de misturas entre fosfatos naturais (FNs) e resíduos, como esterco de galinha (EG) e casca de café (CC), a fim de aumentar a solubilização de P-FNs e fornecer P de baixo custo às plantas. Outra rota de produção é o uso do fosfato monoamônio (MAP) em pilhas de compostagem para enriquecer o composto com P e N. Entretanto, o processo de compostagem, geralmente, eleva o pH do composto para a faixa alcalina e favorece a conversão do N-NH4+ à NH3, o que promove perdas de N por volatilização. Essas perdas podem ultrapassar 50% do N-composto, a depender do tipo e da proporção entre os resíduos orgânicos, da atividade microbiana e do uso de insumos na compostagem. Objetivou-se avaliar as perdas de massa seca e de N, bem como o pH de misturas entre EG, CC e FN de Araxá (FA), FN reativo de Bayóvar (FB) ou MAP, em incubação que se estendeu por 150 dias. O experimento foi constituído por tratamentos em esquema fatorial 3 x 4, combinando três fontes de P (P): FA, FB e MAP, com quatro misturas, em diferentes proporções entre P, CC e EG, que foram denominadas de: composto A (25% P, 37,5% CC e 37,5%); B (50% P, 25% CC e 25% EG); C (40% P, 20% CC e 40% EG); e D (75% P, 12,5% CC e 12,5% EG). Utilizou-se um delineamento inteiramente casualizado, com três repetições. Após 150 dias de compostagem, as misturas foram secadas em estufa e pesadas, a fim de determinar a massa seca. Na sequência, os compostos foram moídos e passados em peneira com malha de 1 mm, para determinação do pH em solução de CaCl2 e N pelo método Kjeldahl, o que permitiu calcular a perda de N ao final da compostagem (Perda de N (%) = 100 - 100 x [(massa final x teor de N final) / (massa inicial x teor de N inicial)]). As perdas de massa seca e de N das misturas compostadas foram submetidas à análise de variância e as médias comparadas pelo teste Tukey (p<0,05). Ao final da compostagem, as misturas reduziram a massa seca, principalmente nos compostos com maior proporção de resíduos orgânicos. A redução na massa seca entre FA e o FB foi similar, com diminuição de 5% no composto D até 12% para o composto A. Menores perdas de massa seca foram verificadas nas misturas com MAP, com redução na faixa de 2 até 6% do composto D e A, respectivamente. Dessa forma, o uso do MAP na pilha de compostagem pode ter promovido uma maior retenção de C no composto e menor fluxo de CCO2 para o ar durante o processo, o que resultou em maior rendimento em massa seca no composto final do que as misturas com FNs. Os valores de pH dos compostos formulados com FNs aumentaram, de valores próximos a 7 para pH 10 após a compostagem, enquanto que as misturas compostadas com MAP apresentaram pH na faixa de 5 a 6,7. Essas alterações do pH do composto refletiram diretamente nas perdas de N, com maiores perdas desse nutriente nas misturas compostadas alcalinas. Assim, compostos com FNs perderam mais N, sem distinção entre FA e FB, em que variou de 10,5% no composto A até 43,6%, no D. Nos compostos com MAP, verificou-se as menores perdas de N, sem diferença quanto às proporções utilizadas na mistura, com perda média de 0,6% de N-composto. Desse modo, o processo de compostagem com MAP aumenta o rendimento em massa seca, eleva o pH desse fertilizante fosfatado para valores próximos ao neutro, mas ainda na faixa ácida, o que favorece a retenção de N-composto durante a produção de FOMs. Palavras-chave: fontes de P; pH do composto; volatilização de amônia. Agradecimentos: CAPES, CNPq (processos 303899/2015-8 e 461935/2014-7), FAPEMIG. 137
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Produção de arroz em função de doses de fósforo e enxofre Franklin E. M. Santiago1, Maria L. S. Silva1, Anderson R. Trevizam1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, franklin.santiago@hotmail.com.br
O fósforo (P) e enxofre (S) desempenham funções primordiais para a nutrição e produção das culturas agrícolas. Sendo relevante estabelecer um manejo equilibrado de adubação deste nutrientes para as culturas, propiciando balanço nutricional, aumento da produtividade e redução dos custos de produção pelo uso racional dos fertilizantes. Desta forma, objetivou-se com o presente estudo avaliar os componentes de produção do arroz em função de doses de fósforo e enxofre. O experimento foi conduzido em casa de vegetação no Departamento de Ciência do Solo da Universidade Federal de Lavras, em Lavras/MG, em vasos com 4 dm3 de amostras de um Latossolo Amarelo, utilizando a cultivar BRS Pepita. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2 x 5, correspondendo a duas doses de P (450 e 675 mg dm-3 de P2O5, na forma de superfosfato triplo) e cinco doses de S (0, 30, 60, 90 e 120 mg dm-3 de S, na forma de gesso agrícola), com três repetições. Na ocasião da maturação dos grãos avaliou-se o: i) número de panículas por vaso (NP) - obtido pela contagem das panículas de todos perfilhos existentes na parcela; ii) número de gãos por panícula (NGP) - obtida pela contagem do número médio de grãos de cinco panículas por parcela e iii) produtividade total de grãos (PT) - obtida pelo peso de grãos colhidos de todas as panículas da parcela, ajustando a massa obtida a 13% de umidade. Os dados foram submetidos à análise de variância e quando houve significância foi feita análise de regressão para as doses de S dentro de cada dose de P com o auxílio do software SISVAR. O NP não foi influenciado pelos fatores em estudo. Já o NGP e a PT de arroz aumentaram linearmente em função das doses de S quando combinado com a dose de 450 mg dm-3 de P2O5, com acréscimos de 7,3 a 49,2 grãos por planta e 2,56 a 12,74 g vaso-1, respectivamente. Porém na dose de 675 mg dm-3 de P2O5 o NGP decresceu linearmente com as dose de S, enquanto a PT apresentou incremento máximo de 8,17 g vaso-1 na dose de 30 mg dm-3 de S. Assim, a aplicação de 450 mg dm-3 de P2O5 e 120 mg dm-3 de S apresenta-se como a melhor combinação para o incremento da produção de grãos de arroz. Palavras-chave: Oryza sativa L.; interações iônicas; nutrição de plantas. Agradecimentos: FAPEMIG, CAPES, CNPq, DCS, UFLA.
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Produtividade da soja em função da adubação fosfatada e sistemas de manejo no Oeste Baiano Robson da C. Leite1, Jefferson S. da S. Carneiro2, Rubson da C. Leite3, Álvaro J. G. de Faria1, Rubens R. da Silva1, Antônio C. dos Santos3 1
Universidade Federal do Tocantins, Gurupi - TO, Brasil, 2Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, Universidade Federal do Tocantins, Araguaína – TO, Brasil, robsontec.agrop@gmail.com
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O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de soja (Glycine max L.). O fósforo é o macronutriente que mais limita a produtividade da cultura da soja no Cerrado. Neste estudo foram utilizados dois sistemas de plantio que são: plantio direto e cultivo mínimo. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a influência de diferentes tipos de manejo e doses de fósforo sobre a produção de soja no Oeste Baiano. A pesquisa foi realizada no município de São Desidério, BA em delineamento fatorial 4x2 com arranjos em blocos casualizados, com parcela de 500 m². Foram avaliados quatro níveis de adubação fosfatada com o fertilizante Basiduo® (0, 100, 300 e 400 kg ha-1) e dois sistemas de plantio, sendo o plantio direto e o cultivo mínimo caracterizado por uma subsolagem. A área de estudo estava em condições de sequeiro e a mesma foi manejada com plantio direto por mais de cinco anos, com rotação de soja, milho/brachiaria e algodão, respectivamente. O solo da área de cultivo é classificado como Neossolo Quartzarênico. Os níveis de P na camada 0-20 cm estavam acima de 97 mg dm-3 e acima de 49 mg dm-3 na camada de 20-40 cm. O teste de resistência do solo à penetração (RSP) foi realizado em toda a área indicando uma camada compactada a partir de 5 cm de profundidade com 3 Mpa. Foram avaliados como indicadores de produção o peso de mil grãos (PMG), que foi determinado em balança de precisão com três casas decimais. A produtividade (P) foi determinada com base na produção de grãos das plantas colhidas em cada parcela, sendo estes corrigidos a partir do espaçamento e da quantidade de plantas por metro linear. Os dados obtidos foram submetidos à análise de regressão com os programas Statística versão 7.0 e Sigma plot 10.0. Avaliando o PMG a resposta ao modelo foi quadrática (ŷ=153,7390 + 0,0524X- 0,0001X² R²:0,61) quando em função das doses de fertilizante fosfatado em área que houve subsolagem, entretanto em área de plantio direto a resposta foi linear decrescente (ŷ=154,941 - 0,0078X² R²:0,71). Os maiores PMG foram nos tratamentos que constavam com subsolagem, no qual a dose de máxima produção foi de 262 kg ha-1 de P2O5 em que as plantas produziram 160,59 g em PMG. Na área de plantio direto, à medida que se aumentava a dose de fósforo houve queda de produção do peso dos grãos. Nas parcelas em que houve subsolagem caracterizada como cultivo mínimo a resposta foi mais positiva devido à quebra da compactação que havia no solo, assim mesmo havendo quantidade razoável de fósforo no perfil do solo, em que a reação e o aproveitamento do mesmo foi maior, contribuindo significativamente para a produção do peso de mil grãos do experimento. A produtividade (P) da soja apresentou ajuste ao modelo quadrático em função das doses crescentes de fertilizante fosfatado na área em que houve subsolagem (ŷ= 4839,05 + 0,1720X - 0,0005X² R²:0,71) e na área de plantio direto (ŷ= 4619,00 + 0,1270X-0,0004X² R²:0,89). As parcelas onde realizou-se subsolagem apresentaram melhores respostas, assim obtendo na dose de 172 kg ha-1 máxima produtividade de 5.693 kg ha-1 de soja, indicando um incremento de 18,4% em relação às parcelas do tratamento com dose zero de fósforo. A dose de 158,75 kg ha-1 foi a dose de máxima produtividade em parcelas de plantio direto, assim obtendo 5.434 kg ha-1 de soja. Muitos trabalhos sobre este tema atribuem a menor produtividade de áreas de plantio direto quando há um uso contínuo deste modelo de plantio, assim alterando os atributos físicos e químicos do solo, havendo acúmulo de nutrientes superficialmente, com isto, a compactação presente na área experimental refletiu em menor aproveitamento por parte da planta. A subsolagem e as doses de adubação fosfatada influenciaram positivamente no aumento do PMG e produtividade do estudo, assim após anos de plantio direto são necessárias práticas de revolvimento de solo. Palavras-chave: compactação; cultivo mínimo; fertilização. Agradecimentos: Nero-UFT, Ide Consultoria, Grupo Mizote e UFLA. 139
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“Interfaces, desafios e inovações”
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Qualidade de mudas de Acacia mangium Willd em diferentes composições de substratos Sara B. Bandeira1, Katiani A. Bezerra1, Marayanne G. Sanção1, Priscila B. de Souza1, Karolinne S. Borges1, Tânia Mara C. dos Santos1 1
Universidade Federal do Tocantins, Gurupi - TO, Brasil, sarabbandeira@uft.edu.br
A produção de mudas florestais, em quantidade e qualidade, é uma das fases mais importantes para o estabelecimento de bons povoamentos com espécies florestais exóticas. Nesse sentido, o substrato é o fator que exerce influências significativas no desenvolvimento das mudas, e várias são os materiais que podem ser utilizados na sua composição original ou combinados. Diante disso objetivou-se avaliar a qualidade de mudas de Acácia mangium em diferentes composições de substratos. O experimento foi desenvolvido no viveiro florestal da Universidade Federal do Tocantins, campus de Gurupi, localizado no sul do estado do Tocantins. A base dos diferentes tratamentos (T) foi a casca de arroz carbonizada (CAC) e substrato comercial. Foram utilizadas cinco combinações de substratos (tratamentos), sendo eles: T1- 100% de Substrato comercial (SC) Bioflora® (testemunha); T2- 25% de CAC + 75% de SC; T3- 50% de CAC + 50% de SC; T4 - 75% de CAC + 25% de SC; T5 - 100% de CAC. Em seguida as sementes foram semeadas em copos descartáveis a 1 cm de profundidade com uma capacidade volumétrica de 200 cm³, nos quais foram realizados quatro perfurações no fundo do copo para facilitar à drenagem de água. Após 45 dias da semeadura foram avaliados os seguintes atributos: Relação altura e diâmetro de coleto (H/DC), relação entre a massa seca da parte aérea e massa seca da raiz (MSPA/MSR), relação entre a altura e massa seca da parte aérea (H/MSPA) e índice de qualidade de Dickson (IQD). O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualisado (DIC), constituído de cinco tratamentos, com 4 repetições de 18 mudas, totalizando 72 mudas para cada tratamento. Os dados foram submetidos à análise de regressão utilizando o software Sigmaplot 10.0 e o modelo de regressão escolhido foi baseado na significância dos coeficientes da equação de regressão e de determinação a 5% de probabilidade. Para a relação altura diâmetro o melhor valor foi observado no T4 (75% CAC) com valor de 1,91 mm. A relação altura da parte aérea/diâmetro do coleto deve ser utilizada em conjunto com outros parâmetros na determinação do melhor padrão de qualidade das mudas a fim de que não corra o risco de selecionar mudas mais altas, porém fracas, descartando as menores, mas com maior vigor. A relação da MSPA/MSR pode ser considerada um índice eficiente e seguro para avaliar a qualidade de mudas, sendo que 2,0 seria o valor ideal através da relação entre estas variáveis, com base nessa afirmação pode-se observar que o tratamento T5 (100% de CAC) com o valor de 1,67, foi o que mais se aproximou do ideal. Para a relação H/MSPA, plantas que apresentam menores médias podem ser caracterizadas como mais lignificadas e com maior capacidade de sobrevivência em campo, diante disto observou-se que as plantas produzidas com o uso do T4 (75% de CAC + 25% de SC) com valor de 33,88 apresentou o melhor valor para essa variável. Em relação ao IQD quanto maior o valor, melhor será o padrão de qualidade das mudas, mediante a essa afirmação o tratamento T1 (100% SC) com valor de 0,0217 apresentou o melhor índice em relação aos demais tratamentos. Baseado no IQD e nas relações H/DC e H/MSPA, pode-se concluir que os T1 e T4 são os mais indicados para a produção de mudas de Acacia mangium. Palavras-chave: Acacia mangium; substrato. Agradecimentos: UFT.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Recomendações de P2O5 e K2O em diferentes profundidades de amostragem de solo Túlio M. da Costa1, Cleber K. de Souza1, Alessandra B. Xavier1 1
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais- Campus Inconfidentes; Inconfidentes- MG, Brasil, E-mail: tmadureira@yahoo.com.br
O Brasil encontra-se em destaque na cafeicultura mundial por ser o maior produtor, o maior exportador e o segundo maior consumidor. Nas culturas perenes as recomendações de fertilizantes e corretivos são baseadas em amostragens realizadas na profundidade de 0-20 cm, não levando em consideração a concentração na camada superficial devido ao não revolvimento do solo. É notável que problemas na correção e fertilidade do solo estão ocorrendo, onerando e diminuindo a produção, dessa maneira novas formas de amostragem de solo devem ser pesquisadas e analisadas com cautela, para que se possa solucionar tal problema. Sendo assim, este trabalho tem como objetivo avaliar as concentrações de Fósforo e Potássio no solo e as recomendações de P2O5 e K2O em função de diferentes profundidades de amostragem. Neste sentido, foram realizados dois experimentos, sendo o primeiro no Setor de Cafeicultura da Fazenda Escola do IFSULDEMINAS - Campus Inconfidentes, cultivada com a variedade Topázio, no espaçamento de 3x1 m e um segundo em uma fazenda produtora de café localizada no município de Cambuquira-MG, cultivada com Catucaí-amarelo, no espaçamento de 3x0,80 m, ambos em LATOSSOLO e com altitude de 943 metros. Os tratamentos foram constituídos de quatro profundidades de amostragem sendo elas: T1: 0-0,05 m, T2: 0-0,10 m, T3: 0-0,15 m e T4: 0-0,20 m. As amostras foram enviadas ao Laboratório de Análise Química do Solo do IFSULDEMINAS – Campus Inconfidentes para análise de rotina. De posse dos resultados dos níveis de P e K foi realizada as recomendações de P2O5 e K2O para a produtividade esperada de cada parcela. As unidades experimentais foram compostas por dez plantas, sendo a parcela útil as seis plantas centrais. As amostras foram coletadas com auxílio de um trado tipo sonda. Para o trabalho de Cambuquira nenhuma das variáveis estudadas sofreram variações significativas entre as profundidades de amostragem. Para a lavoura de Inconfidentes, as variáveis: níveis de K, recomendação de K 2O e recomendação de P2O5 não houve diferença significativa entre os tratamentos, porém os níveis de P no solo apresentaram diferenças significativas dentro das amostragens, sendo maiores nas camadas mais superficiais do solo. Os resultados demonstram que nas diferentes localidades não houve diferença nas recomendações P2O5 e K2O, sendo assim, um modo de otimizar a velocidade de amostragem, seria a adoção de menores profundidades. Palavras-chave: fertilidade; análise de solo; cafeicultura.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Rendimento de grãos da soja em função da adubação e sistemas de manejo na Bahia Robson da C. Leite1, Jefferson S. da S. Carneiro2, Rubson da C. Leite3, Gilberto C. M. Filho1, Paulo S. S. Silva1, Antônio C. dos Santos3 1
Universidade Federal do Tocantins, Gurupi - TO, Brasil, 2Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, Universidade Federal do Tocantins, Araguaína – TO, Brasil, robsontec.agrop@gmail.com
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O Brasil é o maior exportador de soja (Glycine max L.) e um dos maiores produtores atualmente no mundo. O fósforo é o macronutriente que mais limita a produtividade da cultura da soja no Cerrado. Contudo, a disponibilidade e absorção de fósforo via aplicação fosfatada pode sofrer influência de acordo com o tipo de preparo do solo, neste estudo foi usado dois sistemas de plantio que são: plantio direto e cultivo mínimo. Diante disso o presente trabalho teve como objetivo avaliar a influência de diferentes tipos de manejo e doses de fósforo sobre a produção de soja no Oeste Baiano. A pesquisa foi realizada no município de São Desidério, BA em delineamento fatorial 4x2 com arranjos em blocos casualizados, com parcela de 500 m². Foram avaliados quatro níveis de adubação fosfatada com o fertilizante Basiduo® (0, 100,300 e 400 kg ha-1) e dois sistemas de plantio, sendo o plantio direto e o cultivo mínimo caracterizado por uma subsolagem. A área de estudo era em condições de sequeiro e a mesma foi manejada com plantio direto por mais de cinco anos, com rotação de soja, milho/brachiaria e algodão, respectivamente. O solo da área de cultivo é classificado como Neossolo Quartzarênico. Os níveis de P na camada 0-20 cm estavam a cima de 97 mg dm-3 e acima de 49 mg dm-3 na camada de 20-40 cm. O teste de resistência do solo à penetração (RSP) foi realizado em toda a área indicando uma camada compactada a partir de 5 cm de profundidade com 3 Mpa. Foram avaliados como indicadores de produção a quantidade de vagens por planta (QVP) e quantidade de grãos por vagem (QGV). A QVP e a QGV foram determinadas através da contagem desses indicadores nas plantas amostradas. Os dados obtidos foram submetidos à análise de regressão com os programas Statística versão 7.0 e Sigma plot 10.0. A QVP ajuste ao modelo quadrático em função das doses de fertilizante fosfatado em parcelas que houve subsolagem (ŷ = 64,6507 + 0,1121X -0,0003X² R²:0,99**) e em parcelas de plantio direto (ŷ=59,1000 + 0,0253X -8,3333-5X² R²: 0,99*). As maiores QVP foram nos tratamentos que constavam com subsolagem, no qual a dose de máxima produção foi de 186,83 kg ha-1 de P2O5 em que as plantas produziram 75,23 vagens por planta, assim produzindo 16,3% a mais na produção de vagens em relação a testemunha com zero de adubação fosfatada. Já em parcelas com plantio direto as plantas produziram 61,01 vagens por planta na dose máxima de 158,12 kg ha-1 de P2O5. As parcelas em que foram feitas subsolagem apresentaram incremento de 18,9% a mais que nas parcelas de plantio direto e a possível explicação para isso é o melhor desenvolvimento radicular após a quebra da compactação causada por cinco anos consecutivos sem revolvimento do solo, assim havendo melhor aproveitamento e contato do fósforo com a planta. A QGV apresentou ajuste ao modelo quadrático em função das doses de fertilizante fosfatado em parcelas que houve subsolagem (ŷ= 2,3583 + 0,0029X -7,2064-6X² R²:0,93) e em parcelas de plantio direto (ŷ= 2,4277 + 0,0006X -1,7798-6X² R²:0,95). O estudo com plantio direto teve a melhor resposta produzindo 2,64 grãos por vagem na dose de máxima produção de 201,38 kg ha-1 de P2O5 com incremento de 8,04% em relação a dose zero de adubação fosfatada e 6,4% em relação às parcelas que foram feitas subsolagem. As parcelas subsoladas apresentaram incremento de 4,79% em relação a testemunha produzindo 2,47 grãos por vagem na dose de 168,6 kg ha-1 de P2O5. Os melhores resultados na QGV das áreas de plantio direto não refletiram na melhor produtividade, definindo assim a importância do enchimento de grãos na cultura, entretanto esta relação não pode ser genética, pois foram usadas a mesma cultivar na pesquisa. A subsolagem e as doses de adubação fosfatada influenciaram no aumento da QVP, no entanto na QGV não houve influência da subsolagem, somente das doses de adubação fosfatada, mostrando a superioridade do plantio direto nesse quesito. Palavras-chave: cultivo; fertilizante; subsolador. Agradecimentos: Nero-UFT, Ide Consultoria, Grupo Mizote e UFLA. 142
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas
Resíduos vegetais diferentes contribuem para manutenção da cobertura do solo em sistemas agroflorestais Vinícius S. Pinto1, Joana J. Carneiro2, Eduardo de S. Mendonça3, Haroldo N. de Paiva4 1
Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, Brasil, vncfloresta@gmail.com, Departamento de Ciência do Solo-UFLA, 3Departamento de Produção Vegetal - UFES, 4Departamento de Ciências Florestais - UFV 2
As regiões tropicais concentram grande biodiversidade natural, no entanto, na agricultura não foi incorporada essa biodiversidade. Sistemas Agroflorestais (SAFs) são sistemas produtivos que buscam consorciar pelo menos um componente arbóreo ao componente agrícola ou pastoril. Esses sistemas contribuem para a produção de matéria orgânica e a ciclagem de nutrientes, essenciais para garantir a sustentabilidade no manejo e construção da fertilidade dos agroecossitemas tropicais. Buscando contribuir para o conhecimento a respeito da decomposição de resíduos vegetais em SAFs, este trabalho avaliou a decomposição através da redução de massa seca de resíduos vegetais de Coffea arabica, Inga sp. e Musa sp. plantados conjuntamente em sistemas agroflorestais no Estado do Espírito Santo. Esse consórcio em regiões produtoras de café arábica já vem sendo utilizado pelos agricultores tanto na Zona da Mata de Minas Gerais quanto na região do Caparaó Capixaba, que são regiões vizinhas dos dois estados. O estudo foi desenvolvido em duas propriedades rurais de agricultores familiares em Alegre-ES, município integrante do Território do Caparaó Capixaba. Foram utilizados “litterbags” preenchidos com diferentes misturas de material vegetativo das três espécies citadas. As misturas de folhedos que compuseram os diferentes tratamentos foram: Café arábica (C), café arábica com bananeira (C+B) na proporção 1:1, café com ingá (C+I) na proporção 3:2 e café com bananeira e ingá (C+B+I), proporção 1:1:1. As proporções seguiram àquelas verificadas visualmente na cobertura do solo nos SAFs. Os “litterbags” foram levados a campo para avaliar a redução de massa seca a cada 60 dias durante um ano. O delineamento estatístico utilizado foi o de blocos inteiramente casualizados com parcelas subdivididas no tempo, com dois blocos em cada propriedade. Foram efetuadas seis coletas bimestrais, totalizando um ano de experimento. Os resíduos vegetais foram caracterizados em teores de extrativos, lignina e holocelulose. Utilizando os softwares Excel 2013 e Assistat 7.7, foi realizada a ANOVA, teste de Tukey para comparar as médias dos tratamentos (p=0,05) e ajustado modelo de regressão para redução da massa seca no tempo. Para os tratamentos, C e C+B a perda de massa foi de 64% e 70% respectivamente, com redução acentuada até os 180 dias no campo, tendendo a uma estabilização após esse período. Para a mistura C+I, a perda de massa foi de 54%, com tendência a estabilização a partir de 240 dias. Já a mistura C+B+I apresentou redução da massa seca praticamente constante durante todo o período do experimento, com perda de massa de 64%. O modelo de regressão quadrático foi o que melhor se ajustou para redução de massa seca. A combinação de diferentes espécies incluindo nuances na taxa de redução de massa seca do resíduo gerado é importante para garantir a cobertura do solo e um fluxo de nutrientes para a cultura, no caso o café, podendo contribuir no manejo conservacionista e construção da fertilidade dos solos. Palavras-chave: Coffea arabica; construção da fertilidade; consórcio. Agradecimentos: Às famílias agricultoras das comunidades de Bom Ver e Lagoa Seca (Alegre-ES), UFV, UFES, INCAPER, CNPq, CAPES, FAPEMIG.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Resposta da cultura do arroz adubada com nitrogênio e potássio em sucessão a soja Carla R. de Andrade1, Henrique A. Nunes2, Cleber K. de Souza1, Eliseu L. Brachtvogel2, Débora F. de Souza1 1
IFSULDEMINAS - Campus Inconfidentes, Inconfidentes - MG, Brasil, carlaromanielo@hotmail.com, 2IFMT Campus Confresa, Confresa - MT, Brasil.
O sistema de sucessão de cultivo tem sido adotado expressivamente por agricultores do cerrado brasileiro. Contudo, solos tropicais são naturalmente pobres em nutrientes e consequentemente, insuficientes no fornecimento dos mesmos, sendo necessária a fertilização complementar. A planta de arroz é bastante exigente em nutrientes, portanto, é de extrema importância que os elementos estejam prontamente disponíveis na sua fase inicial para não limitar suas características agronômicas e principalmente a produtividade. Diante o exposto, o trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos de nitrogênio (N) e potássio (K) em cobertura na altura de plantas e na porcentagem de plantas acamadas na cultura do arroz em sucessão a soja. O trabalho foi realizado no município de Confresa, MT, na Fazenda Boa Vista na safra 2014/2015. O experimento foi conduzido em um Argissolo vermelhoamarelo em blocos completos casualizados, com quatro repetições em esquema fatorial de 2x4, sendo os fatores 4 doses de nitrogênio e 4 doses de potássio. A adubação de semeadura foi realizada com base na análise de solo. Para a realização do estudo foram aplicados 0, 50, 100 e 150 kg ha-1 de nitrogênio e potássio, respectivamente, no início do perfilhamento, utilizando-se como fonte de nitrogênio a Ureia e como fonte de potássio o Cloreto de potássio. Foram avaliadas as características biométricas altura de planta (ALT) e porcentagem de acamamento (PA). Os resultados foram tratados através de Análise de Variância (ANAVA) seguido do teste de F. As variáveis, ALT e PA, não apresentaram diferença significativa para interação entre os fatores a 5% de significância, porém, ao avaliarmos isoladamente, essas variáveis apresentaram diferença. As doses mais elevadas de N proporcionaram um maior alongamento do caule e, consequentemente, maior altura da planta, com média de 102,28 cm para a dose mais elevada de N, consequentemente, esse crescimento proporcionou maior acamamento. A adubação potássica não interferiu na altura de plantas, entretanto as maiores doses de K proporcionaram menor porcentagem de acamamento, esse fato se deve ao elemento está intimamente relacionado com a estrutura do colmo, conferindo a planta maior resistência ao acamamento. O estudo comprova que as maiores doses de N proporcionaram um elevado crescimento vegetativo, enquanto o uso de doses superiores de K reduziram o índice de acamamento na cultura do arroz, confirmando a eficiência dos elementos, podendo ser utilizado como uma ferramenta para o manejo da fertilidade do solo para a cultura do arroz. Palavras-chave: sucessão; safrinha; inovações. Agradecimentos: Fazenda Boa Vista, Confresa- MT.
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Divisão: Uso e Manejo Comissão: Fertilidade do Solo e Nutrição das plantas
Resposta de feijão à aplicação de Elementos Terras Raras Olívia G. G. do Carmo1, Paula G. Ribeiro1, Jéssica C. Teodoro1, César F. Santos1, Luiz R. G. Guilherme1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, liv.cbio@gmail.com
Os Elementos Terras Raras (ETRs) não são considerados essenciais às plantas, porém, são absorvidos pelas raízes e pelas folhas, podendo ser acumulados. Estes elementos podem afetar as taxas de fotossíntese, crescimento, desenvolvimento e florescimento vegetal. No entanto, ainda pouco se conhece a respeito dos efeitos que eles podem promover nas plantas. Diante disso, objetivou-se avaliar o efeito de ETRs, aplicados via foliar, no crescimento e produção de feijão. Sementes de feijão cv. BRSMG Talismã foram semeadas em substrato comercial vermiculita durante 7 dias. Posteriormente, foram selecionadas plântulas uniformes quanto ao tamanho e livres de patógenos, para cultivo em vasos com solução nutritiva de Hoagland e Arnon, com 20% da força iônica total durante a primeira semana, e 40% nas semanas subsequentes. Decorridos 38 dias após o plantio, pouco antes da fase de florescimento, aplicou-se um mix de ETRs, formulado a partir do "Changle”, composto por 23,95% de La, 41,38% de Ce, 4,32% de Pr e 13,58% de Nd, nas doses 0,1; 0,5 e 1,0 mg kg-1. No controle aplicouse água destilada. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado (DIC), sendo 3 tratamentos e 6 repetições, totalizando 24 vasos. Após 20 dias da aplicação, as plantas foram coletadas e separadas em parte aérea e sistema radicular. Foram realizadas a medição da altura da parte aérea e a contagem do número de vagens por planta. Em seguida, todo material coletado foi seco em estufa a 65 ºC (até massa constante) e pesado, para a obtenção da massa seca da parte aérea e raiz. Não foram observadas diferenças estatísticas significativas entre os tratamentos para as variáveis de crescimento vegetativo e produção avaliadas. Quando aplicados via foliar as barreiras apoplásticas impedem o transporte desses elementos para os demais órgãos da planta, impedindo assim que os elementos aplicados na folha transloquem para as flores e vagens do feijão e assim manifestem incremento de massa seca. Além disso, as concentrações aplicadas, bem como a duração do período experimental podem não ter sido suficientes para resultar em diferenças nas variáveis de crescimento, podendo ter ocorrido apenas a nível metabólico. Assim, tornam-se necessários também estudos que considerem os efeitos de ETRs no metabolismo vegetal. Palavras-chave: lantanídeos; fertilizantes; Phaseolus vulgaris L. Agradecimentos: CNPq, DCS, UFLA.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Resposta do algodoeiro à adubação foliar com Ca, B e Mo no Oeste da Bahia Jefferson S. da S. Carneiro1, Eduardo L. A. de Oliveira1, Gilson A. de Freitas2, Antônio C. M. dos Santos2, Michel E. Casali3, Rubens R. da Silva2 Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, 2Universidade Federal do Tocantins, Gurupi – TO, Brasil, Timac Agro Brasil, Candeias - BA, Brasil, andradelizardo@gmail.com
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Símbolo do desenvolvimento e da força da região nos últimos anos, o algodão do Oeste da Bahia é o primeiro em qualidade do país, e a região é hoje a segunda maior produtora nacional. Para que o algodoeiro expresse todo o seu potencial produtivo, são necessários adequados programas de correção da acidez do solo e adubação, seja adubação na implantação quanto, adubação foliar visando a adequada nutrição das plantas. Diante disso o presente trabalho teve como objetivo avaliar a aplicação do fertilizante foliar Fertileader Fix NG como fonte de Ca, B e Mo na cultura do algodão no cerrado do Oeste da Bahia. O presente trabalho foi realizado em parceria estabelecida entre a empresa TIMAC Agro/ Zona Oeste Bahia, Fazenda Lazari, Equipe Consultoria e Universidade Federal do Tocantins Campus de Gurupi. A implantação do experimento ocorreu na fazenda Lazari no município de Luiz Eduardo Magalhães no extremo Oeste da Bahia. O clima da região é do tipo Bsh, quente e seco com chuvas de inverno. O ensaio foi realizado em um Neossolo Quartzarênico Órtico, utilizando o delineamento experimental em blocos casualizados (DBC), com cinco repetições e duas replicadas em cada repetição. Os cinco tratamentos avaliados foram compostos pela aplicação do fertilizante Fertileader Fix NG (Ca: 12% B: 0,9% e Mo: 0,1%) nas doses 0; 1,0; 3,0 e 4,0 L ha -1 e um tratamento adicional (padrão fazenda), na dose de 2,0 L ha-1 (Ca: 5%; B: 0,5% e Mo: 0,1%). Definindo os seguintes tratamentos: T1: Testemunha - 0 L ha-1; T2: 1,0 L ha-1; T3: 3,0 L ha-1; T4: 4,0 L ha-1 e T5: 2,0 L ha-1 (padrão fazenda). A área experimental foi constituída por 1500 m², sendo cada parcela composta por área equivalente a 60 m² cultivada com o cultivar de algodão TMG-81, no espaçamento de 0,90 m entre linhas, com aproximadamente 9 plantas por metro. Os tratos culturais foram realizados segundo as recomendações para a cultura do algodão no Estado da Bahia. A aplicação do fertilizante Fertileader Fix NG foi dividida em três aplicações aos 33, 65 e 93 dias após o plantio, o mesmo modo de aplicação do padrão fazenda. Para avaliar o efeito das doses do Fertilizante e do padrão fazenda foram usados os indicadores: número de capulho por planta e produtividade (@ ha-1). Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e quando significativos foram submetidos à regressão. O número de capulhos por planta (NCP) apresentou ajuste ao modelo quadrático de regressão (Ŷ = 11,1026 + 4,3815X - 1,0823X² R²: 0,97) com máxima resposta de 15,54 capulhos por planta na dose de 2,02 L ha-1 do fertilizante foliar Fertileader Fix NG. O número de capulhos por plantas foi superior cerca de 17,02% em relação ao padrão fazenda (13,28 capulhos). A aplicação do fertilizante Fertileader Fix NG e do padrão fazenda promoveram um aumento de 40 e 19,64% respectivamente, no número de capulhos por planta em relação da ausência da adubação foliar. A produtividade (P) apresentou ajuste ao modelo quadrático de regressão (Ŷ = 237,6581 + 136,4531X - 33,4732X² R²: 0,98), com máxima resposta de 376,72@ ha-1 (5650,80 kg ha-1) na dose de 2,04 L ha-1 do fertilizante foliar Fertileader Fix NG. O Fertileader Fix NG foi superior cerca de 22,5% em relação a adubação foliar padrão fazenda (307,489 @ ha-1). Essa superioridade correspondeu a aproximadamente 69,22 @ ha-1 ou 1038,4 kg ha-1 de algodão com caroço. A adubação foliar com o Fertileader Fix NG promoveu um acréscimo de 58,51% na P relação à ausência da adubação foliar, o que correspondeu a 139,06 @ ha-1 (2085,9 kg ha-1). A dose de maior eficiência do fertilizante Fertileader Fix NG foi de 2,03 L ha-1, com produtividade de 376,72@ ha-1. A aplicação do fertilizante foliar Fertileader Fix NG na mesma dose do padrão fazenda promoveu melhor resultado dos indicadores avaliados. Palavras-chave: cotonicultura; neossolo; cerrado. Agradecimentos: TIMAC AGRO, UFT Gurupi, Fazenda Lazari, Equipe Consultoria.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Silício na produção de abobrinha-italiana Marcelo H. Luz1, Kennet S. Oliveira1, Leomar de C. Alves1, José R. C. Fernandez1, Hudson C. Bianchini1, Douglas J. Marques1 1
Universidade José do Rosário Vellano, Alfenas - MG, Brasil, marceloluz.guitar@hotmail.com
A abobrinha – italiana (Curcubita pepo), é uma planta anual que possui habito de crescimento ereto, as hastes são curtas e a planta forma uma típica moita. Situa-se entre as hortaliças de maior valor econômico e produtivo do Brasil. Há diversas doenças que causam prejuízos significativos na produtividade e na qualidade dos frutos, sendo a maioria de difícil controle que, normalmente, baseiase fundamentalmente no uso de produtos químicos, o que aumenta os custos de produção. Uma alternativa para reduzir o uso de defensivos químicos é a utilização da adubação silicatada. Embora o silício não atenda os critérios de essencialidade, a sua utilização na adubação tem se mostrando promissora, favorecendo o desenvolvimento das culturas, pois ativa mecanismos para a redução de danos causados por doenças e pragas. Objetivou-se com essa pesquisa avaliar a eficiência da adubação silicatada na cultura da abobrinha-italiana. O experimento foi conduzido na área experimental do curso de Agronomia da Universidade José do Rosário Vellano – UNIFENAS, em Alfenas – MG. A abobrinha híbrida utilizada foi a cultivar Novita Plus, sendo o plantio feito em covas de 30 x 30 x 30 cm e espaçamento de 1,2 m x 0,5 m. A adubação de plantio foi a recomendada para a cultura, de acordo com as “Recomendações para uso o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais – 5º Aproximação”. Foram utilizadas três sementes por cova, sendo feito o desbaste deixando somente uma planta por cova. O experimento seguiu o delineamento em blocos casualizados (DBC), com três doses de silicato de cálcio: controle sem silicato, 400 kg ha-1 e 800 kg ha-1 e 8 repetições, totalizando 24 parcelas. Cada parcela constou de 4 plantas, sendo avaliados somente os frutos das duas plantas centrais A colheita teve início no mês de junho, sendo realizada durante 20 dias, colhendo-se frutos com 20 cm de comprimento, 4 a 6 cm de diâmetro e 200 a 300 g de peso. Para as doses 0, 400 kg.ha-1 e 800 kg ha-1, o número de frutos por planta foi, em média, 3,8; 5,7 e 6,5, respectivamente, e a produtividade foi de 11; 15,2 e 16,6 t.ha-1, respectivamente. Em relação as variáveis avaliadas houve diferença entre os tratamentos, sendo que as doses de silicato de cálcio de 400 kg ha-1 e 800 kg ha-1 produziram números de frutos por planta e produtividade estatisticamente semelhantes e superiores a ausência de aplicação de silicato de cálcio. Verificou-se que o uso de silicato de cálcio na cultura da abobrinha-italiana favorece o aumento do número de frutos por planta e a produtividade da cultura. Palavras-chave: Curcubita pepo; adubação silicatada; produtividade. Agradecimentos: UNIFENAS, NEOL.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Soro de leite associado à adubação nitrogenada na composição bromatológica do capim Mombaça Jessica da S. Bernardes1, Belchior de S. Costa1, Anderson R. dos Santos1, José R. Mantovani1, José A. Lima1, Rafael R. Lima1 1
Universidade José do Rosário Vellano, Alfenas - MG, Brasil, anderson.romao.santos@hotmail.com
O soro de leite é um resíduo orgânico gerado em abundância nos laticínios, e que apresenta quantidades consideráveis de N. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito do soro de leite em combinação com doses de nitrogênio na produção e composição bromatológica de capim-mombaça. O experimento foi realizado em casa de vegetação, em vasos, e empregou-se a camada superficial (0 a 20 cm) de solo de textura argilosa. Foi empregado delineamento em blocos ao acaso, em esquema fatorial 5 x 3 e quatro repetições. Os tratamentos foram formados pela combinação de 5 doses de soro de leite: 0; 650; 1.300; 1.950 e 2.600 ml vaso-1, visando, em função do teor de N no soro, o fornecimento de 0; 100; 200; 300 e 400 mg dm-3 de N; e 3 doses de N correspondentes à 0; 100 e 200 mg dm-3 de N, na forma de ureia. Considerando o volume de solo de cada vaso e o volume da camada superficial (0 a 20 cm) de 1 ha, as doses de soro de leite foram equivalentes a 0; 186; 372; 588 e 744 m3 ha-1; Porções de 7 dm3 de solo receberam calcário, para elevar o V inicial do solo a 70 %, adubo fosfatado, na dose de 270 mg dm-3 de P, como superfosfato simples, foram transferidas para vasos, umedecidas, e permaneceram incubando por cerca de 20 dias. A seguir, as doses de soro de leite foram aplicadas na superfície do solo, sendo que as duas maiores doses de soro de leite foram parceladas em duas aplicações, para evitar percolação de líquido pelo fundo dos vasos, e a segunda foi aplicada sete dias após a primeira. Após 15 dias da adição do resíduo orgânico foi efetuada a semeadura do capimmombaça, sendo que após a emergência manteve-se 4 plantas por vaso. As doses de N foram aplicadas por meio de solução, e parceladas em 3 vezes aos 7, 14 e 21 dias após o raleio. Também foram realizadas adubações de cobertura com K, de forma que todos os tratamentos recebessem a mesma quantidade de K do tratamento com a maior dose de soro. O primeiro corte do capim foi realizado 40 dias após o raleio. Após o primeiro corte, as doses de soro de leite e de N foram reaplicadas, o experimento foi conduzido por mais 30 dias, e realizou-se o segundo corte do capim-mombaça. Após o segundo corte, para avaliar o efeito residual dos tratamentos não foram aplicadas as doses de soro de leite e de N, e o experimento foi conduzido por mais 30 dias. Em cada corte foram avaliados os teores de proteína bruta (PB), fibras em detergente neutro (FDN) e fibras em detergente ácido (FDA). A aplicação de soro de leite e de N aumentou os teores de PB, e diminuiu os teores de FDN nos três cortes do capim. O emprego de soro de leite como fonte de N favorece a qualidade do capimmombaça. A associação entre soro de leite e adubação nitrogenada promove melhores resultados no capim-mombaça, do que o uso exclusivo desses fatores. Palavras-chave: Panicum maximum; nitrogênio; resíduo orgânico. Agradecimentos: Fapemig, UNIFENAS.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Torta de pinhão manso na composição de substrato para produção de mudas de alface Tania Mara C. dos Santos1, Karolinne S. Borges1, Thiago R. Sales1, Marayanne G. Sanção1, Victor B. R. Duarte1, Flávia B. Gonçalves1 1
Universidade Federal do Tocantins, Gurupi - TO, Brasil, tania_mara_15@hotmail.com
O substrato é considerado um dos fatores importantes no processo germinativo, tendo como função manter a umidade para as sementes, proporcionando assim o crescimento do embrião e, posteriormente o desenvolvimento da plântula. A torta de pinhão manso é um subproduto da extração do óleo das sementes da cultura do pinhão manso, representando até 62% da massa das sementes, e vem sendo utilizado como resíduo orgânico na elaboração de substrato, contribuindo para a melhor disponibilidade de nutriente e desenvolvimento da plântula. Diante do exposto objetivou-se avaliar o potencial e o efeito da utilização de torta de pinhão manso e sua combinação em diferentes proporções com substrato comercial Bioflora®, na produção de mudas de alface. As atividades experimentais foram realizadas no viveiro da Universidade Federal do Tocantins, campus Universitário de Gurupi, localizado na região sul do estado do Tocantins. Os tratamentos (T) consistiram da adição de torta de pinhão manso nas proporções de 0, 25, 50, 75 e 100% no substrato comercial Bioflora®, sendo eles: T1 - 100% Substrato comercial (SC) + 0% Torta de pinhão manso (TPM); T2 - 75% SC + 25% TPM; T3 - 50% SC + 50% TPM; T4 - 25% SC + 75% TPM e T5 - 0% SC + 100% TPM. A semeadura foi realizada em bandejas de isopor de 288 células, tendo cada célula um volume de 1,2 x 10-5 m3. Depois da semeadura, as bandejas foram acondicionadas em casa de sombra (com sombrite de 50%) e irrigadas três vezes ao dia, por meio de um sistema de irrigação automático por microaspersores. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado (DIC), com quatro repetições de 9 sementes, totalizando 36 sementes por tratamento. As avaliações foram realizadas diariamente a partir do quinto dia após a semeadura (DAS), com o surgimento da primeira plântula até décimo oitavo DAS considerando como emergidas as plântulas que apresentaram os cotilédones abertos e expandidos, isto é, a plântula com as bordas de suas folhas unifolioladas sem se tocarem. Os parâmetros avaliados foram: porcentagem de emergência (E%), índice de velocidade de emergência (IVE) e tempo médio de emergência (TME). As avaliações foram feitas através da porcentagem de emergência, calculada pela fórmula E = (N/100) x 100, em que: N = número de plântulas emergidas ao final do experimento; o índice de velocidade de emergência, calculado pela fórmula IVE = Σ (ni/ti)Σni, em que: ni = número de plântulas emergidas por dia e ti = tempo após instalação do teste; e tempo médio de emergência calculado pela fórmula TME = (Σniti)/Σni, em que: ni = número de plântulas emergidas por dia e ti = tempo após instalação do teste. Os dados foram submetidos à análise de regressão utilizando o software Sigmaplot 10.0 e o modelo de regressão escolhido foi baseado na significância dos coeficientes da equação de regressão e de determinação a 5% de probabilidade. Dos tratamentos testados todos apresentaram germinação de suas sementes e o que obteve melhor resultado na E% (77,78%) foi o T2 (75% SC + 25% TPM), já a menor E% (27,78%) foi observado no T1 (100% SC + 0% TPM). Em relação ao IVE, o tratamento que obteve o maior resultado foi o T2 (75% SC + 25% TPM) com 5,44 e o T1 apresentou menor IVE (1,88). Quanto ao TME, o T3 (50% SC + 50% TPM) apresentou o menor TME (5,08 dias) e o maior TME foi observado no T4 (25% SC + 75% TPM) (5,95 dias). De acordo com os resultados apresentados, concluiu-se que o substrato recomendado para produção de mudas de alface é a mistura de 75% substrato comercial Bioflora® + 25% torta de pinhão manso, correspondente ao T2. Palavras-chave: Lactuca sativa; mudas. Agradecimentos: UFT.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Trocas gasosas e fluorescência da clorofila em rabanete após aplicação foliar de selênio Jéssica C. Teodoro1, Vanuze C. de Oliveira1, Karina C. Guimarães1, Geslin Mars1, Valdemar Faquin1, Luiz R. G. Guilherme1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, teodorojess@gmail.com
Embora o selênio (Se) não seja essencial para as plantas, o estudo da presença deste elemento em partes vegetais se justifica por sua essencialidade para humanos e animais. Para as plantas o Se é considerado um elemento benéfico, por promover melhorias no sistema antioxidante e na assimilação de nitrogênio, e aumentar os teores de carboidratos bem como o acúmulo de biomassa. Sendo assim, a biofortificação de plantas com o Se pode resultar em benefícios para estas e, assim, acarretar na produção de alimentos que atendam às necessidades nutricionais humana e animal. Assim, depreendese a importância em se investigar a influência da aplicação do Se sobre variáveis relacionadas à fotossíntese, processo intimamente associado ao acúmulo de biomassa. Neste contexto, objetivou-se neste trabalho avaliar a influência da aplicação de Se sobre variáveis de trocas gasosas e de fluorescência da clorofila a, bem como sobre a produção de raízes de rabanete. O experimento foi conduzido em casa de vegetação utilizando-se vasos com 4 dm³ contendo Latossolo VermelhoAmarelo distrófico, textura média de baixa fertilidade, e com teor natural de Se de 0,065 mg kg-1. Foram utilizadas sementes de rabanete (Raphanus sativus L.) cv. “zapp”, com ciclo de 30 dias. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado (DIC) em esquema fatorial 2x2 (com e sem aplicação do Se e duas fontes de Se: selenato e selenito de sódio) com cinco repetições, totalizando 20 parcelas. Cada unidade experimental foi constituída por um vaso contendo 10 plantas. Quinze dias após a semeadura foi realizada a aplicação do Se via foliar na concentração de 50 µM L -1. Ao final do ciclo da cultura, foram avaliadas no período matutino, as trocas gasosas [fotossíntese líquida (A), transpiração (E), condutância estomática (gs)] com o auxílio de um analisador de trocas gasosas por gás infravermelho (IRGA- Li-Cor LI- 6400XT) e as variáveis relacionadas à fluorescência da clorofila a [rendimentos quânticos efetivo (Y) e potencial (FV/FM) do fotossistema II e taxa de transporte de elétrons (ETR)] utilizando-se um fluorômetro portátil MINI-PAM (Heinz Wals GmbH, Alemanha). Após estas avaliações, as plantas foram coletadas e particionadas em parte aérea e raiz, para pesagem e obtenção do peso fresco de raiz. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Scott-Knott (p<0,05). O tratamento com selenito resultou em uma maior E (11,3 mmol m-2 s-1) do que a do tratamento com selenato (8,9 mmol m-2 s-1). Além disso, este último tratamento acarretou em um maior FV/FM do que o controle e o tratamento com selenito, embora não tenham sido observadas diferenças significativas para as variáveis A, Y e ETR. Houve diferenças também para peso fresco das raízes, tanto com relação ao controle, quanto às fontes, sendo o tratamento com selenato responsável pelo maior aumento (355,3 g/vaso). Conclui-se que, a aplicação do Se na forma de selenato, pode resultar em melhorias no rendimento quântico potencial do fotossistema II, e em aumentos do peso fresco da raiz, órgão explorado economicamente para atender ao ramo alimentício. Palavras-chave: fotossíntese; biofortificação; Raphanus sativus L. Agradecimentos: CNPq, Capes, FAPEMIG, DCS/UFLA.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Updt no crescimento de mudas de cafeeiros em diferentes períodos de estresse hídrico Marcelo H. Luz1, Kennet S. Oliveira1, Lucas M. Miranda1, José R. C. Fernandez1, Hudson C. Bianchini1, Douglas J. Marques1 1
Universidade José do Rosário Vellano, Alfenas - MG, Brasil, marceloluz.guitar@hotmail.com
O café é uma importante fonte geradora de renda e empregos, porém a ocorrência de déficits hídricos severos é cada vez mais comum nas regiões produtoras de café no Brasil, o que pode prejudicar a produtividade e reduzir o impacto social e econômico desta cultura. Uma alternativa que pode ser utilizada para otimizar o consumo de agua nos cafezais é a utilização de polímeros hidroabsorventes, sendo um desses produtos comercias o UPDT, um condicionador de solo a base de polímeros radicular para as plantas. O objetivo desse trabalho foi avaliar o crescimento de mudas de café, cultivar Mundo Novo, na presença e ausência de UPDT, submetidas a diferentes períodos de estresse hídrico. Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado (DIC), em esquema fatorial 2 X 3, sendo 2 níveis de UPDT e 3 períodos de estresse hídrico (3, 5 e 7 dias), totalizando 6 tratamentos, com 4 repetições. Cada parcela foi composta por seis plantas. Os parâmetros avaliados foram: atura media da muda, diâmetro do caule, número de folhas, massa fresca e seca da parte área e do sistema radicular, trocas gasosas por meio de IRGA e potencial hídrico por meio da bomba de Scholander. Para mudas de cafeeiro cultivar Mundo Novo IAC-479/19, concluiu-se que o estresse hídrico reduz altura, número de folhas, massa seca da parte área e do sistema radicular, sendo que o polímero hidroabsorvente UPDT aumenta a tolerância ao déficit hídrico, mesmo no maior período de estresse hídrico (7 dias). Palavras-chave: Coffea arábica, polímeros hidroabsorventes, cultivar Mundo Novo. Agradecimentos: UNIFENAS, NEOL.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Uso de diferentes substratos na emergência de plântulas da couve-de-folha Tania Mara C. dos Santos1, Karolinne S. Borges1, Thiago R. Sales1, Katiani A. Bezerra1, Victor B. R. Duarte1, Sara B. Bandeira1 1
Universidade Federal do Tocantins, Gurupi - TO, Brasil, tania_mara_15@hotmail.com
O substrato é o componente mais importante quando se trata da produção de mudas. Qualquer alteração na sua composição implica na irregularidade de germinação, má formação das mudas e aparecimento de sintomas de deficiência nutricional. Diante do exposto, objetivou-se com o presente trabalho avaliar a emergência de plântulas de couve-de-folha sob diferentes substratos. O experimento foi desenvolvido na Universidade Federal do Tocantins, na Estação Experimental de Pesquisa do campus Universitário de Gurupi. Foram utilizados cincos tratamentos (T) com substratos diferentes, sendo eles: casca de arroz carbonizada (T1), areia lavada (T2), substrato comercial Bioflora ® (T3), fibra de dendê natural (T4) e fibra de dendê carbonizada (T5). As sementes foram semeadas em bandejas de isopor de 200 células, sendo o volume de cada célula de 1,6 x 10-5 m3. Após a semeadura, as bandejas foram acondicionadas em casa de sombra (com sombrite de 50%) irrigadas por meio de sistema automático por microaspersores três vezes ao dia. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado (DIC), com 4 repetições de 40 sementes para cada tratamento. Os atributos avaliados foram: porcentagem de emergência (E%), índice de velocidade de emergência (IVE) e tempo médio de emergência (TME). As avaliações foram realizadas diariamente a partir do quinto dia após a semeadura (DAS), com o surgimento da primeira plântula, até o décimo sexto DAS, considerando como emergidas as plântulas que apresentaram os cotilédones totalmente expandidos. As avaliações foram feitas através da porcentagem de emergência, calculada pela fórmula E = (N/100) x 100, em que: N = número de plântulas emergidas ao final do experimento; o índice de velocidade de emergência, calculado pela fórmula IVE = Σ (ni/ti)Σni, em que: ni = número de plântulas emergidas por dia e ti = tempo após instalação do teste; e tempo médio de emergência calculado pela fórmula TME = (Σniti)/Σni, em que: ni = número de plântulas emergidas por dia e ti = tempo após instalação do teste. Os dados foram submetidos à análise de regressão utilizando o software Sigmaplot 10.0 e o modelo de regressão escolhido foi baseado na significância dos coeficientes da equação de regressão e de determinação a 5 % de probabilidade. Notou-se que o T2 (areia lavada) apresentou maior porcentagem de plantas emergidas (72,5%), seguido da casca de arroz carbonizada (T1) que proporcionou 57,5% de emergência de plântulas da couve de folha. Já o substrato comercial Bioflora® (T3) e fibra de dendê natural (T4) apresentaram menores valores de emergência, com 7,5% para ambos os tratamentos. Em relação ao IVE observou-se respostas similares aos valores da E%, em que o maior IVE de 5,45 foi obtido em areia lavada (T2) e os menores índices em substrato comercial (T3) e fibra de dendê natural (T4). Para o TME, verificou-se que o menor valor foi obtido no substrato comercial Bioflora® (5 dias) e a fibra de dendê natural apresentou maior média de tempo para a emergência das plântulas (7 dias). Portanto, o substrato que proporcionou maior E% e IVE das plântulas da couve-de-folha foi a areia lavada (T2). Palavras-chave: substrato; plântulas. Agradecimentos: UFT.
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Utilização da espectrometria-UV-VIS na caracterização de substâncias húmicas Murilo N. Valenciano1, Carlos A. Silva1, Sara D. Rosa1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, mvalenciano@agronomia.ufla.br
A análise espectrométrica UV-visível é uma técnica útil para cálculo de razões de absorbância de materiais húmicos em diferentes comprimentos de onda, sendo possível, com esses índices, pelo menos de modo semi-quantitativo inferir o caráter aromático, alifático e a massa molar de frações húmicas. As análises espectroscópicas nas diferentes regiões do espectro eletromagnético têm ampla aplicação no estudo das substâncias húmicas (SHs), tanto para a identificação e caracterização dos diferentes compostos orgânicos presentes na fração, como para avaliar possíveis alterações químicas e grau de humificação destes compostos, para isso se utilizam relações entre as faixas de absorbância que possibilitam estimar a natureza química dos materiais avaliados. O objetivo deste trabalho foi caracterizar ácidos húmicos, fúlvicos e composto quanto à natureza química e caráter aromático em um ampla faixa de comprimentos de onda do espectro UV-visível bem como a determinação de relação E2/E3, E4/E6, E2/E6 e aromaticidade. O trabalho foi realizado no Laboratório de Estudo da Matéria Orgânica (LEMOS) do Departamento de Ciência do Solo e no Laboratório de Química Ambiental, Departamento de Química da (UFLA). Foram analisadas amostras de AH p.a. e de AH extraído de Leonardita, AH extraído de composto, ácido fúlvico (AF) e composto, sem extração do material húmico. O composto foi preparado com casca de café (60%), esterco de galinha (30%) e carvão (10%) e maturado por 4 meses. Foram dissolvidas 10 mg de cada amostra em 25 mL de bicarbonato de sódio a 0,05 mol L-¹. As leituras foram realizadas em Espectrofotômetro Duplo Feixe de Varredura com Alcance UV/Visível da Micronal®, modelo AJX-6100PC, na faixa de 200 a 800 nm, do DQI/UFLA. Observaram-se diferenças nos perfis espectrais UV-Vis das amostras de AH, AF e composto, principalmente na faixa de comprimento de onda acima de 550 nm. Para diferentes faixas espetrais, os AHs apresentam maior absorção de luz quando comparado com AF, devido a maior concentração de anéis aromáticos e matrizes orgânicas mais condensadas. Para as relações E4/E6 e E2/E6, os valores dos ácidos húmicos e compostos foram menores, indicando a presença de estruturas de caráter mais aromáticas e maior grau de humificação. Por outro lado, o AF apresentou maiores valores de E4/E6 e E2/E6, 7,35 e 72,13 respectivamente, indicando a presença de estruturas alifáticas e menor grau de humificação. A relação E2/E3 e a aromaticidade são inversamente proporcionais, por isso, os AHs apresentaram maior aromaticidade e menor relação E2/E3, enquanto o AF apresentou menor aromaticidade e maior relação E2/E3, 32,30 e 2,98 respectivamente. Por meio da espectrometria de UV-VIS foi possível inferir aspectos associados à estabilidade química, grau de condensação e prováveis grupos funcionais dominantes nas frações húmicas analisadas. Palavras-chave: Razão E4/E6, Humificação, Aromaticidade. Agradecimentos: CNPq (Processos 303899/2015-8 e 461935/2014-7), FAPEMIG, DCS/UFLA, Professor Fabiano Magalhães e Doutoranda Leydiane de Oliveira Pereira (DQI/UFLA).
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Utilização de solução nutritiva na produção de mudas de alface Sylmara Silva1, Alexandre M. G. Júnior2,Synara Silva2, Luciano D. Gonçalves2, Sheila I. do C. Pinto2 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, sylmara-silva@hotmail.com. ²Instituto Federal de Minas Gerais, campus Bambuí.
A produção de hortaliças, como segmento do agronegócio, vem cada vez mais se modernizando e buscando sistemas produtivos mais eficientes e com menores custos. O sucesso do cultivo de hortaliças depende de vários fatores, entre eles deve-se ressaltar a utilização de mudas de alta qualidade. Entretanto na literatura não se encontram indicações de fontes adequadas de nutrientes, nem de doses necessárias para atender a demanda nutricional das diferentes hortaliças na fase de muda. Logo, torna-se necessário a busca por alternativas que permitam a obtenção de mudas de maior qualidade, otimizando o processo produtivo de hortaliças. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento de mudas de alface fertirrigadas com solução nutritiva em diferentes concentrações. O trabalho foi realizado no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais, Campus Bambuí. Para a produção das mudas foram utilizadas bandejas de polietileno com 200 células divididas em 10 quadrantes de 20 células que constituíram as unidades experimentais. As bandejas foram preenchidas com substrato comercial Maxfertil®. Para a semeadura foram utilizadas sementes de alface variedade Verônica. O experimento foi realizado utilizando o delineamento em blocos casualizados com 7 tratamentos e 4 repetições, onde cada parcela experimental foi composta por 20 plantas. Os tratamentos foram compostos por doses diferentes de nutrientes diluídas em água destilada, gerando soluções nutritivas de diferentes concentrações. Para a elaboração das soluções nutritivas foram utilizados os seguintes fertilizantes: Nitrato de cálcio Ca(NO3)2 (15% de N e 28% de Ca); Monoamônio fosfato MAP (11% de N e 59% de P2O5); Nitrato de potássio KNO3 (13% de N e 44% de K2O); Cloreto de potássio KCl (49% de K2O); Sulfato de magnésio MgSO4 (16% Mg e 21% de S) ; Fosfato de potássio KH2PO4 (22% de P2O5 e 28% de K2O); e formulado de micronutrientes (2,1% de B; 0,36% de Cu; 2,66% de Fe; 2,48% de Mn; 0,036% de Mo e 3,38% de Zn). Os fertilizantes foram pesados e diluídos em 1 litro de água destilada para a elaboração das soluções de imersão das bandejas. As doses de micronutrientes foram as mesmas para todos os tratamentos (125 mg L-1), sendo usado o coquetel Yara BR (B, Cu, Fe, Mn, Mo, Ni e Zn). Após a germinação das sementes a bandeja com as mudas foram imersas 3 vezes por semana durante 30 minutos na solução nutritiva. As mudas foram avaliadas 30 dias após a semeadura em relação a: altura das mudas, número de folhas, diâmetro do colo, comprimento de raiz, matéria fresca e matéria seca das mudas e avaliação visual do desenvolvimento das raízes por meio de nota (Nota 1: Raízes pouco ramificadas; Nota 2: Raízes com ramificação intermediária; Nota 3: Raízes muito ramificadas). As variáveis avaliadas foram submetidas a análise de variância (Teste F) e as médias agrupadas utilizando o teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade por meio do uso do programa estatístico SISVAR 5.0. De acordo com as condições em que o presente trabalho foi desenvolvido podese concluir que: A imersão do substrato das mudas de alface por 30 minutos na solução nutritiva contendo 672 mg L-1 de N; 124 mg L-1 de P2O5; 936 mg L-1 de K2O; 720 mg L-1 de CaO; 192 mg L-1 de MgO e 448 mg L-1 de S, três vezes por semana proporciona a formação de mudas de alface com melhor desenvolvimento da parte aérea e raiz em comparação aos demais tratamentos. Palavras-chave: fertirrigação; olericultura; nutrição de plantas. Agradecimentos: Instituto Federal de Minas Gerais, Campus Bambuí.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Utilização de solução nutritiva na produção de mudas de tomate Sylmara Silva1, Alexandre M. G. Júnior2,Synara Silva2, Luciano D. Gonçalves2, Sheila I. do C. Pinto2 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, sylmara-silva@hotmail.com. 2Instituto Federal de Minas Gerais, campus Bambuí.
O sucesso do cultivo de hortaliças depende de vários fatores, entre eles deve-se ressaltar a utilização de mudas de alta qualidade, que aumenta a competitividade, melhora a produtividade e diminui os riscos de produção. Entretanto, apesar dos avanços obtidos na produção de mudas de hortaliças, ainda é grande a necessidade de estudos sobre o uso da adubação, principalmente no que se refere a dosagem adequada de nutrientes. Entre as alternativas utilizadas pelos produtores a fertirrigação tem sido uma prática muito empregada em cultivos mais tecnificados, podendo se obter bons resultados desde que seja bem planejada quanto à concentração de nutrientes na solução nutritiva. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento de mudas de tomate fertirrigadas com solução nutritiva em diferentes concentrações. O trabalho foi realizado no viveiro de mudas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais, Campus Bambuí. Para a produção das mudas foram utilizadas bandejas de polietileno com 200 células divididas em 10 quadrantes de 20 células que constituíram as unidades experimentais. As bandejas foram preenchidas com substrato comercial Maxfertil®. Para a semeadura foram utilizadas sementes de tomate da variedade Santa Cruz Kada Gigante. O experimento foi realizado utilizando o delineamento em blocos casualizados com 7 tratamentos e 4 repetições, onde cada parcela experimental foi composta por 20 plantas. Os tratamentos foram compostos por doses diferentes de nutrientes diluídas em água destilada, gerando soluções nutritivas de diferentes concentrações. Para a elaboração das soluções nutritivas de enriquecimento do substrato foram utilizados os seguintes fertilizantes: Nitrato de cálcio Ca(NO3)2 (15% de N e 28% de Ca); Monoamônio fosfato MAP (11% de N e 59% de P2O5); Nitrato de potássio KNO3 (13% de N e 44% de K2O); Cloreto de potássio KCl (49% de K2O); Sulfato de magnésio MgSO4 (16% Mg e 21% de S) ; Fosfato de potássio KH2PO4 (22% de P2O5 e 28% de K2O); e formulado de micronutrientes (2,1% de B; 0,36% de Cu; 2,66% de Fe; 2,48% de Mn; 0,036% de Mo e 3,38% de Zn). Os fertilizantes foram pesados e diluídos em 1 litro de água destilada para a elaboração das soluções de imersão das bandejas. As doses de micronutrientes foram as mesmas para todos os tratamentos (125 mg L-1), sendo usado o coquetel Yara BR (B, Cu, Fe, Mn, Mo, Ni e Zn). Após a germinação das sementes a bandeja com as mudas foram imersas 3 vezes por semana durante 30 minutos na solução nutritiva. As mudas foram avaliadas 30 dias após a semeadura em relação a: altura das mudas, número de folhas, diâmetro do colo, comprimento de raiz, matéria fresca e matéria seca das mudas e avaliação visual do desenvolvimento das raízes por meio de nota (Nota 1: Raízes pouco ramificadas; Nota 2: Raízes com ramificação intermediária; Nota 3: Raízes muito ramificadas). As variáveis avaliadas foram submetidas a análise de variância (Teste F) e as médias agrupadas utilizando o teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade por meio do uso do programa estatístico SISVAR 5.0. De acordo com as condições em que o presente trabalho foi desenvolvido pode-se concluir que a imersão do substrato das mudas de tomate por 30 minutos na solução nutritiva contendo 896 mg L -1 de N; 496 mg L-1 de P2O5; 1248 mg L-1 de K2O; 640 mg L-1 de CaO; 192 mg L-1 de MgO e 384 mg L-1 de S, três vezes por semana proporciona a formação de mudas de tomate melhor desenvolvidas. Palavras-chave: fertirrigação; olericultura; nutrição de plantas. Agradecimentos: Instituto Federal de Minas Gerais, Campus Bambuí.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Fertilidade do solo e nutrição de plantas
Volatilização de amonia em novas tecnologias de fertilizantes nitrogenados Ramires V. Machado1, José R. F. de Brito1, Felipe V. Andrade1 1
Universidade Federal do Espírito Santo, Alegre - ES, Brasil, josefraga_1717@hotmail.com
A adubação nitrogenada no Brasil é fundamentada praticamente no uso do fertilizante ureia, sendo esse produto oriundo predominantemente de importações. O nitrogênio é um elemento imprescindível ao crescimento das plantas, porém sua eficiência de utilização é baixa devido a perdas principalmente por volatilização de amônia. Nesse contexto novas tecnologias em adubos nitrogenados, principalmente a base de ureia tem sido desenvolvida. Desta forma o objetivo deste trabalho foi quantificar as perdas por volatilização de amônia a partir das novas tecnologias em fertilizantes nitrogenados comparando-as a ureia convencional. O experimento foi realizado em laboratório no Centro de Ciências Agrárias e Engenharias da Universidade Federal do Espírito Santo, em Alegre – ES. Foram utilizadas amostras coletadas de um Latossolo Vermelho-Amarelo, de textura argilosa na profundidade 0 – 20 cm, na região de Alegre - ES. O experimento de volatilização foi realizado em um delineamento experimental inteiramente casualizado, com 3 repetições, em esquema fatorial 5 x 2 x 2, sendo 5 fertilizantes nitrogenados (ureia convencional, ureia + boro e cobre, ureia mais inibidor de uréase, e 2 fertilizantes com ureia recoberta com enxofre e polímero; 2 potenciais matriciais (-30 kPa e -75 kPa); e 2 Épocas de aplicação: Época 1 (100 % da dose aplicada de maneira única no início do experimento) e Época 2 (50% no início do experimento e 50% após 7 dias). A dose de N a ser aplicada dos fertilizantes será de 75 mg dm-3. As unidades experimentais de volatilização foram constituídas por anéis de PVC, com 10 cm de diâmetro e 10 cm de altura. Os anéis foram preenchidos com 0,5 dm3 de TFSA. O solo foi umedecido de acordo com os potenciais matriciais e incubado por 4 dias para aclimatação da biota no solo. Então aplicou-se os fertilizantes nitrogenados à superfície do solo, então foi instalada uma câmara coletora para captura da amônia liberada pelos fertilizantes. O experimento foi conduzido por trinta dias, com tempo de coleta da solução para análise do N-NH3 volatilizado no 2, 4, 7, 9, 11, 14, 18, 22, 26 dia. Os dados foram submetidos à análise de variância, os efeitos dentro dos fatores qualitativos (fertilizantes nitrogenados, potenciais matriciais e formas de aplicação) foram desdobrados em contrastes ortogonais. Houve influência do teor de umidade do solo na volatilização de N-NH3, o solo que recebeu maior conteúdo de água (-30 kPa) foi estatisticamente superior, volatilizando menor quantidade de N-NH3. Isto ocorre porque a umidade permite a difusão do NH4+ no solo, com adsorção desse cátion às cargas negativas dos minerais e da matéria orgânica, reduzindo as perdas por volatilização. As novas tecnologias em adubos nitrogenados reduzem a volatilização de N-NH3 sendo que os fertilizantes revestidos com polímero e enxofre apresentaram as menores perdas por volatilização de N-NH3. Ao analisar a forma de aplicação do nitrogênio ao solo, verificou-se que a adubação realizada uma única vez (100% da dose) obteve menor volatilização de N-NH3 quando comparada a forma parcelada (50% e 50%), resultado esse que vai contra a literatura, devido a isso mais experimentos estão sendo feitos para verificar melhor tal comportamento. Palavras-chave: nitrogênio; ureia. Agradecimentos: CCAE UFES, CAPES, FAPES.
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Comissão: Manejo e conservação do solo e da água..........................159 Acidificação de solos alcalinos no norte de Minas Gerais com uso de enxofre e esterco bovino - Wylyan C. A. da Cruz, Rafael T. M. Campos, Dilermando D. Pacheco...........................................................159 Alterações na agregação e na porosidade de diferentes solos submetidos a manejo conservacionista na cafeicultura - Érika A. Silva, Laura B. B. Melo, Pedro A. N. Benevenute, Geraldo C. Oliveira, José M. de Lima, Bruno M. Silva................................................................................................................................160 Análise de atributos físicos de Cambissolo e Latossolo Amarelo sob manejo florestal na cidade de Curitibanos-SC - Caroline A. da R. Leoncio, Carla E. Carducci, Gustavo H. M. Regazolli, Letícia S. Kohn, Jânio dos S. Barbosa, Valderi N. da S. Júnior............................................................................................................161 Avaliação da estabilidade de agregados em Cambissolo sob sistemas de manejo da cultura de oliveira - Otávio T.Penha, Adnane Beniaich, Danielle V. Guimarães, Fabio A.P. Avalos, Rafael Pio, Marx L. N. Silva........................................................................................................................................................................162 Avaliação da estrutura de um Latossolo Vermelho submetido a dois sistemas de manejo Renata Andrade, Rodrigo F. da Silva, Josimar H. de L. Lessa, Mateus M. Engelhardt, Taylor L. de Souza, Geraldo C. de Oliveira...................................................................................................................................................................163
Avaliação da resistência mecânica do solo a penetração em Cambissolo sob manejo da olivicultura - Lucas G. Elisei, Adnane Beniaich, Danielle V. Guimarães, Wellington de Lima, Marx L. N. Silva, Rafael Pio............................................................................................................................. ..............................................164 Avaliação de perdas de solo para cultura do pessegueiro na região do campo das vertentes Luana M. P. Nascimento, Sérgio G. Martins, Paulo M. Norberto, Claudiney de J. Couto, Mariana Resende, Jolcimar C. da Silva............................................................................................................................................. ...........................165
Avaliação do desempenho das plantas de cobertura para região dos Tabuleiros Costeiros Dione P. Cardoso, Sara F. Nunes, Benedicto Barbosa Netto, Kerwin A. Costa, Fábio R. Pires........................................166 Cátions e ânions na água de veredas, região do Triângulo Mineiro - Larissa B. Barbosa, Diogo C. Nascimento, Bethânia L. Mansur, João P. Carneiro.....................................................................................................167 Erosão hídrica em Cambissolo sob diversos sistemas de manejo da cultura de oliveira - Adnane Beniaich, Danielle V. Guimarães, Fabio A. P. Avalos, Fábio J. Gomes, Marx L. N. Silva, Rafael Pio..................................168 Estimativa da perda de solo na sub-bacia Salso – RS - Thais P. Silva, Stefan D. Nachtigall, Cláudia L. R. de Lima, Maria Cândida M. Nunes, Fioravante J. dos Santos, Alexssandra D. S. de Campos..........................................169 Influência do manejo na desagregação de um Argissolo e liberação de íons catiônicos - Laura B. B. Melo, Geraldo C. Oliveira, Érika A. Silva............................................................................................................170 Intervalo hídrico ótimo de um Latossolo Vermelho submetido a dois sistemas de manejo Renata Andrade, Rodrigo F. da Silva, Josimar H. de L. Lessa, Mateus M. Engelhardt, Taylor L. de Souza, Geraldo C. de Oliveira...................................................................................................................................................................171
Levantamento de indicadores de qualidade ambiental na Sub-bacia das Posses, Extrema, Minas Gerais - Otávio T. Penha, Fábio J. Gomes, Fabio A. P. Avalos, Lucas G. Elisei, Jéssica G. P. Contins, Marx L. N. Silva........................................................................................................................................................................172 Matéria orgânica do solo em sistemas de manejo na cultura de Oliveira (Olea europaea) Danielle V. Guimarães, Adnane Beniaich, Marx L. N. Silva, Fábio A. P. Avalos, Jéssica G. Contins, Rafael Pio .................173
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Métodos para calibração de sensores de capacitância (FDR) para estimativa da umidade do solo - Jéssica G. P. Contins, Danielle V. Guimarães, Marx L. N. Silva, Fábio P. Avalos, Adnane Beniaich, Fábio J. Gomes.....................................................................................................................................................................174 Modelagem do índice de cobertura vegetal - Dione P. Cardoso, Kerwin A. Costa, Fábio R. Pires..............175 Perdas de solo em Cambissolo sob integração lavoura-pecuária no campo das vertentes Jolcimar C. da Silva, Sérgio G. Martins, André L. A. Campos, Janaina A. Martuscello, Lucas F. Rios, Mariana Resende..................................................................................................................................................................176
Processamento digital de imagens fotográficas para o monitoramento da cobertura do solo em parcelas experimentais - Diego F. T. Machado.......................................................................................177 Variação textural entre diferentes solos sob florestas plantadas em Curitibanos-SC Gustavo H. M. Regazolli, Carla E. Carducci, Letícia S. Kohn, Jânio dos S. Barbosa, Caroline A. da R. Leoncio, Valderi N. da S. Júnior............................................................................................................................. ....................................178
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Manejo e conservação do solo e da água
Acidificação de solos alcalinos no norte de Minas Gerais com uso de enxofre e esterco bovino Wylyan C. A. da Cruz1, Rafael T. M. Campos1, Dilermando D. Pacheco1 1
Instituto Federal do Norte de Minas Gerais, Januária - MG, Brasil, ddpacheco.agro@gmail.com
Ao contrário das técnicas para elevar o pH do solo, poucas são as alternativas agronômicas para reduzir o pH de solos alcalinizados a fim de torná-los produtivos. A irrigação com água rica em carbonatos de cálcio alcaliniza solos no semiárido brasileiro, pois o pH fica acima da faixa ideal de cultivo (5,7 a 6,5) e com isto reduz-se drasticamente a disponibilidade de nutrientes como P, Fe, Mn, Zn, S, B e Cu. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência de doses de enxofre elementar (S0) e de esterco bovino sobre a correção de pH de solos alcalinizados do norte de Minas Gerais. As doses testadas foram 0; 0,5; 1,0; 2,0 e 4,0 t ha-1 de S0 combinadas à 0, 10, 15, 25 e 50 t ha-1 de esterco bovino pela matriz experimental Quadrado Duplo, e as características avaliadas foram a acidez ativa (pH em água), a acidez total (H+Al) e a condutividade elétrica aos 30, 60 e 90 dias. O S0 alterou o pH do solo, promovendo redução em pouco mais de uma unidade, sendo isto decorrente da liberação de íons H+ na solução do solo após sua oxidação para SO42-. O esterco foi um potencializador desta acidificação no 30º dia, possivelmente pela liberação de ácidos orgânicos. As concentrações de H+Al elevaram conforme o aumento das doses de Enxofre elementar. Para o pH SMP ocorreu o contrario, conforme se aumentou as doses de S0, as concentrações de H+Al diminuíram , uma vez que as doses de esterco não foram significativas para estas mudanças. A condutividade elétrica também elevou, possivelmente pelo aumento das concentrações de íons solúveis como o Ca2+, Mg2+ e SO42-, a partir da oxidação do S0. Concluiu-se que o S0 é um potente redutor de pH do solo, devendo, para melhor eficiência e recomendação, ser avaliado em associação com diferentes fontes de matéria orgânica e tipos solos. Palavras-chave: acidez; oxidação; redução. Agradecimentos: IFNMG, Alberto Luiz Ferreira Berto, Dilermando Dourado Pacheco.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Manejo e conservação do solo e da água
Alterações na agregação e na porosidade de diferentes solos submetidos a manejo conservacionista na cafeicultura Érika A. Silva1, Laura B. B. Melo1, Pedro A. N. Benevenute1, Geraldo C. Oliveira1, José M. de Lima1, Bruno M. Silva1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, andressaerikasilva@gmail.com
O manejo do solo promove alterações em sua estrutura com consequências na dinâmica do sistema poroso. Assim, este trabalho foi realizado com o objetivo de diagnosticar as prováveis mudanças na agregação e distribuição dos poros de Latossolo, Nitossolo e Cambissolo após cinco anos sob manejo na cafeicultura. Para a avaliação dos atributos físico hídricos destes solos, comparando-os aos ambientes de referência sob vegetação natural, foram coletadas amostras deformadas e indeformadas, em 4 repetições, nas camadas de 0-0,20, 0,20-0,40 e 0,40-0,60 m em áreas sob mata nativa e na linha de cultivo nas áreas sob cafeicultura. A agregação do solo foi mensurada por energia específica ultrassônica e, para isto, 5 g de agregados foram submetidos a níveis crescentes de energia específica. Os dados de agregação foram ajustados a modelos exponenciais e foi calculado o índice b/a. A distribuição de poros por tamanho e o Índice S foram determinados a partir das curvas de retenção de água quando amostras dos solos foram submetidas aos potenciais matriciais (Ψm) de –2 a –1500 kPa e ajustadas à equação de van Genuchten. Neste trabalho, observou-se que o revolvimento profundo no sulco de plantio com correção e fertilização do solo em associação à adição de gesso agrícola e resíduos de braquiária promoveu reestruturação dos solos e consequentemente uma nova organização do espaço poroso. Contudo, este sistema de manejo alterou de forma diferenciada a estrutura nos solos avaliados. Os índices de agregação indicaram uma maior susceptibilidade à desagregação do Nitossolo e do Cambissolo sob manejo, comparados à condição de vegetação natural. Por outro lado, o Latossolo sob manejo apresentou agregados mais estáveis em comparação à condição de mata nativa. Contudo, na camada de 0,20-0,40 m, do Cambissolo observou-se que o sistema de manejo promoveu aumento no volume dos macroporos grandes (>147 μm) e macroporos finos (147-73 μm) responsáveis pela maior aeração e rápida drenagem interna do solo, assim como aumento dos mesoporos grandes (73-49 e 49-29 μm), poros estes responsáveis pela água prontamente disponível para as plantas. No Latossolo, também entre 0,20 e 0,40 m, verificou-se que o manejo proporcionou um incremento expressivo do volume de poros das classes 9,0-2,9; 2,9-0,6; 0,6-0,2 μm (mesoporos), o que é relevante, visto que nesta porosidade a água está disponível para as plantas. No Nitossolo manejado, entretanto, foi observado que nas camadas de 0,0 - 0,20 m e 0,40-0,60 m houve uma diminuição do volume de macroporos grandes (> 145 µm), o que pode comprometer a rápida drenagem interna do perfil aumentando a susceptibilidade à erosão deste solo. O índice “S” apresentou sensibilidade para comparar a influência do manejo na estrutura dos diferentes solos. Palavras-chave: manejo conservacionista; cobertura vegetal; sulcamento profundo. Agradecimentos: Fapemig, Agropecuária Piumhi, Consórcio Embrapa Café, DCS, UFLA.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Manejo e conservação do solo e da água
Análise de atributos físicos de Cambissolo e Latossolo Amarelo sob manejo florestal na cidade de Curitibanos-SC Caroline A. da R. Leoncio1, Carla E. Carducci2, Gustavo H. M. Regazolli1, Letícia S. Kohn1, Jânio dos S. Barbosa1, Valderi N. da S. Júnior¹ 1
Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, Curitibanos - SC, Brasil, caroline.leoncio1901@gmail.com, Universidade Federal da Grande Dourados, Faculdade de Ciências Agrárias – FCA/UFGD, Dourados – MS, Brasil. 2
Cambissolos tem por característica serem solos rasos, distróficos e de cor amarela. Possue Hz B incipiente e devido sua estrutura em blocos, a drenagem de água é menor. Os Latossolos são mais profundos, a maioria mais argilosos e distróficos, possuiem estrutura granular que facilita a infiltração e a drenagem da água no solo. O objetivo desse trabalho foi comparar os atributos físicos de um Cambissolo e um Latossolo Amarelo sob manejo florestal na Fazenda Experimental Florestal da UFSC na cidade de Curitibanos-SC. Foram coletadas amostras de solo com estrutura alterada no Hz A e B de um Cambissolo Háplico Tb Distrófico (CXbd) e um Latossolo Amarelo Ácrico (LAw), na mesma posição da paisagem (terço médio) georreferenciados (UTM) a partir de um GPS Garmin etrex 10 na Fazenda Experimental. A coleta foi realizada através de um trado holandês. No campo, a principal característica observada foi a profundidade efetiva de cada solo. Após a etapa a campo, no laboratório foi realizada a análise granulométrica dos horizontes A e B de cada solo pelo método da pipeta, análise da densidade de partícula (Dp) pelo método do balão volumétrico e o limite de plasticidade (LP) pelo método de Atterberg. A profundidade efetiva do CXbd foi de 1,13 m e do LAw foi +0,98 m. Vale ressaltar que no CXbd foi encontrado uma grande quantidade de pedras, tanto no Hz A como no B, que é um fator limitante ao uso agrícola e florestal. Em relação à textura no Hz A desses solos, foi encontrado maior conteúdo de argila no CXbd em relação ao LAw, sendo 50% e 43%, respectivamente. Já comparando a quantidade de silte nesse mesmo horizonte para cada solo, a maior quantidade dessa fração textural foi observada no LAw (47%). A quantidade de areia encontrada no LAw (10%) foi superior ao CXbd (6%). No horizonte B os valores granulométricos encontrados para a argila foram muito próximos, sendo 49% no LAw e 46% no CXbd. A mesma situação foi observada em relação ao silte, o qual, foi encontrado 37% do total da amostra do CXbd e 40% do LAw. No Cambissolo a quantidade de areia encontrada foi significativa (17%) e maior que no Latossolo (11%). No que se refere a Dp do Hz A no CXbd (2,74 g/cm3) foi maior em comparação ao Latossolo (2,42 g/cm3). Uma das razões para isso ter ocorrido, esta relacionada à textura, já que no Hz A do CXbd foi encontrado uma grande quantidade de argila. No horizonte B o CXbd teve um valor de 2,58 g/cm3, sendo esse maior que 2,44 g/cm3 do LAw. Em relação ao LP desses dois solos, tanto no Hz A como no Hz B, o LAw apresentou resultados superiores, sendo 42% e 39% de umidade para o Hz A e B, respectivamente. Já no CXbd, o LP ficou em 37% de umidade no Hz A e 33% no Hz B. Ao analisar melhor as característicasdos solos em estudo, foi possível observar que o Latossolo necessita de maior quantidade de água retida para atingir a consistência plástica do solo (LP), condição na qual o solo se torna pegajoso, devido o maior conteúdo de argila e silte nos dois horizontes, no entanto com menor conteúdo de água o Cambissolo atinge o LP, o que reduz a resistência do solo à carga externa a exemplo das operações mecanizadas. Abaixo dos valores de umidade indicados pelo LP, seria o momento ideal para realizar o tráfego de máquinas na área. Apesar de estarem na mesma posição da paisagem (terço médio) e sob cultivo de espécies florestais os solos apresentaram maior distinção para os valores de silte, areia e LP, além dos atributos morfológicos. Palavras-chave: textura; densidade de partícula; limite de plasticidade. Agradecimentos: UFSC.
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Salão de Convenções da UFLA 09 a 12 de maio de 2017
Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Manejo e conservação do solo e da água
Avaliação da estabilidade de agregados em Cambissolo sob sistemas de manejo da cultura de oliveira Otávio T. Penha1, Adnane Beniaich1, Danielle V. Guimarães1, Fabio A. P. Avalos1, Rafael Pio1, Marx L. N. Silva1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil,otaviotpenha@gmail.com
O entendimento dos atributos físicos atuantes no solo é de fundamental importância para a predição e contenção da erosão, a qual representa risco de perda de qualidade e produtividade do solo. Neste contexto o estudo da estabilidade dos agregados ganha destaque à manutenção da qualidade física, química e biológica do solo. O grau de estruturação varia quanto ao clima, teor de matéria orgânica do solo (MOS), exsudação de raízes, biomassa microbiana, cobertura vegetal entre outros. A oliveira (Olea europaea. L) apresenta relevância nesse quadro devido ao seu moderado fator de cobertura, e da recente expansão da cultura aos solos rasos. Neste cenário, o objetivo deste trabalho foi avaliar o diâmetro médio ponderado (DMP) e a Matéria Orgânica do solo (MOS) em solo sob cultura de oliveira. O experimento foi conduzido na Universidade Federal de Lavras (UFLA), em Lavras, Minas Gerais, Brasil, nas coordenadas 21º13'20'' S e 44º58'17'' W e altitude média de 925 m, a partir de novembro de 2015 a abril de 2016. O clima é classificado como Cwa, de acordo com o sistema de classificação de Koppen com precipitação média anual de 1.529,7 mm e temperatura média de 19,4 ºC. O solo foi classificado como Cambissolo Háplico. Para os tratamentos foram considerados quatro práticas de manejo da cobertura em sistemas de plantio da cultura da oliveira do cultivar Arbequina (Olea europaea L) plantadas no mês de março de 2015, utilizando três repetições no seguinte arranjo: Oliveira em solo descoberto (OSD); oliveira com vegetação espontânea (OVE); Oliveira com feijão-deporco (Canavalia ensiformis L.) (OCF); oliveira com crotalária (Crotalária Spectabilis) (OCC) e solo descoberto (SD), usado como controle. Foram consideradas para a amostragem as profundidades 0-5, 5-10, 10-20 e 20-40 cm. A MOS foi determinada conforme o método de oxidação da matéria orgânica via úmida com dicromato de potássio em meio sulfúrico. A determinação do DMP do foi realizada pelo método do peneiramento úmido. A variável resposta DMP foi submetida a análise de variância. Posteriormente foi calculado o coeficiente de correlação de Pearson (r) entre a MOS e o DMP. O DMP do solo foi de 4,51 ± 0,10 mm. Não foi observada diferença significativa nas médias do DMP em relação aos tratamentos (F = 2,42, P = 0.06) nem para a interação entre profundidade e tratamento (F = 0.41, P = 0.95), fato que pode ser decorrente do breve tempo de implantação das plantas de cobertura, o qual não foi suficiente para expressar seu potencial para a estruturação do solo. Houve diferença do DMP em relação à profundidade (F = 3,15 P = 0.03), esse efeito, está possivelmente associado à variação do teor de MOS (r = 0,73, P < 0,01), sendo que a MOS está relacionada diretamente com a agregação e estruturação do solo e tanto o DMP e a MOS decrescem segundo as profundidades analisadas. O tempo de avaliação não foi suficiente para a observação do efeito das plantas de cobertura na agregação do solo. Embora o teor de MOS neste solo seja baixo (1,38 ± 0,13 dag kg-1), seu efeito na estabilidade dos agregados foi pronunciado. Palavras-chave: oliveiras; estrutura do solo; cobertura vegetal. Agradecimentos: DCS, FAPEMIG, CNPq, CAPES, UFLA.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Manejo e conservação do solo e da água
Avaliação da estrutura de um Latossolo Vermelho submetido a dois sistemas de manejo Renata Andrade1, Rodrigo F. da Silva1, Josimar H. de L. Lessa1, Mateus M. Engelhardt1, Taylor L. de Souza1, Geraldo C de Oliveira1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, renata.agro@hotmail.com.br
A estrutura do solo é uma propriedade física muito importante. A análise do grau de estrutura, que consiste na força de união entre as partículas do solo, é muito importante do ponto de vista de avaliação do manejo, pois o manejo adotado influencia na agregação do solo. O trabalho teve como objetivo avaliar a estrutura de um Latossolo Vermelho submetido a dois sistemas de manejo através de duas metodologias de estabilidade de agregados. O trabalho foi conduzido no município de Lavras, MG, em um Latossolo Vermelho distroférrico sob dois sistemas de manejo: plantio direto com rotação de culturas de milho, soja e batata e uma área sob cafeeiro Coffea arábica. Foram coletadas amostras indeformadas em cada área de cultivo e em mata nativa para análise da estrutura do solo. No laboratório, as amostras foram secas ao ar. Utilizou-se os agregados da fração de 7-4 mm. Foram utilizadas 25 g desse material para serem processados no Yoder. Das 8 repetições, 4 receberam prétratamento que consistiu no umedecimento lento desses agregados, as outras 4 foram transferidas para a peneira superior do Yoder sem o pré-umedecimento. Após a agitação de 15 minutos, o material presente em cada peneira (2; 1; 0,5; 0,25, 0,1 mm) foi transferido para um recipiente previamente tarado e levou-se para estufa a 105-110 °C até peso constante e determinou-se o peso seco dos agregados em cada classe de tamanho. Posteriormente, foi calculado o Diâmetro Médio Geométrico (DMG) e o Diâmetro Médio em Peso (DMP) de acordo com as duas metodologias para todos os sistemas de manejo. Houve interação significativa entre os dois métodos utilizados para determinação da estabilidade de agregados (seco e úmido) e os manejos e usos do solo estudados. Os maiores valores de DMG observados na mata nativa foram em função do maior acúmulo de resíduos vegetais na superfície, incrementando o valor de carbono orgânico na camada superficial melhorando, assim, o estado de agregação do solo. A matéria orgânica exerce papel importante na formação e estabilização dos agregados do solo pelas ligações de polímeros orgânicos com a superfície das partículas minerais. Tanto para os agregados úmidos quanto secos, o Plantio Direto e o cultivo com o café não diferiram estatisticamente nos valores de DMP e DMG. Contudo, sugere-se que os maiores valores de DMP e DMG no Plantio Direto em relação ao café para os agregados úmidos sejam em função do menor revolvimento da camada superficial e também do acúmulo de resíduos culturais na superfície propiciando a formação de agregados estáveis e maiores aumentando, assim, a infiltração de água no solo. Os resultados da agregação também são atribuídos aos teores de argila e à composição mineralógica do solo em estudo. A expressiva quantidade de óxidos de Fe e Al presentes no solo exercem papel importante na estabilização da estrutura, uma vez que os óxidos precipitam sobre as superfícies das argilas cimentando as partículas floculadas. O DMG e o DMP apresentaram maiores valores quando submetidos ao pré-umedecimento. Assim, a utilização de pré-tratamento influencia a interpretação dos resultados obtidos. A partir desses parâmetros, conclui-se que a mata apresenta melhor agregação do que o solo sob PD e cafeeiro, evidenciando a interferência do manejo na estrutura do solo. Palavras-chave: estabilidade de agregados; sistema de manejo; estrutura do solo. Agradecimentos: NECS, DCS, UFLA, CNPq.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão:Manejo e conservação do solo e da água
Avaliação da resistência mecânica do solo a penetração em Cambissolo sob manejo da olivicultura Lucas G. Elisei1, Adnane Beniaich1, Danielle V. Guimarães1, Wellington de Lima1, Marx L. N. Silva1, Rafael Pio1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil,lucas1993.elisei@gmail.com
A estrutura do solo pode ser considerada uma das propriedades mais importantes no manejo sustentável dos sistemas naturais e agrícolas. Sob o ponto de vista prático, solos bem agregados oferecem melhores condições para o desenvolvimento das plantas. A resistência mecânica a penetração vêm sendo utilizada como parâmetro para analisar a qualidade física do solo. O objetivo do presente resumo foi avaliar a resistência mecânica do solo à penetração em um Cambissolo (CX) sob diferentes manejos na cultura de oliveira. O estudo foi realizado em parceladas de erosão sob oliveira com solo descoberto (OSD), oliveira com vegetação espontânea (OVE), oliveira com feijão-de-porco (OCF), oliveira com milheto (OCM), solo descoberto (SD), instaladas em um CX no pomar do departamento da fitotecnia da Universidade Federal de Lavras. A resistência média do solo à penetração (RP) foi aferida em 5 profundidades (0-10,10-20,20-30,30-40,40-50 cm) e quatro repetições dentro de cada parcela, com um penetromêtro de impacto modelo IAA/PLANALSUCARSTOFL. Os resultados foram submetidos às análises de variância e ao teste de Tukey usando o programa SISVAR. Na profundidade 0-10 cm não houve diferença significativa entre os tratamentos, a ordem de RP é a seguinte: OSD > OCM > OCF > SD > OVE, sendo os valores, respectivamente 2,313; 2,075; 1 ,544; 1,412 e 1,379 Mpa. Os baixos valores de RP sob OVE pode ser explicado pelo sistema radicular superficial característico da vegetação espontânea, devido ao crescimento de sistema radicular ser inversamente correlacionado com a RP. Nas profundidades 10-20; 20-30 e 30-40 cm houve diferença significativa entre OSD e os demais tratamentos. Na profundidade 10-20 cm os valores da RP estão na seguinte ordem OSD > SD > OCM > OCF> OVE,sendo os valores, respectivamente 2,172; 1,637; 1,440; 1,416 e 1,411 Mpa. Nas profundidade 20-30 e 30-40 cm os valores da RP apresentam a mesma ordem OSD > SD > OVE > OCF > OCM. A RP no OCF se demonstrou com valores menores que no OCM nas primeiras duas camadas, nas camadas de 20-30 cm e 30-40 cm os valores de RP em CX sob OCM se apresentaram menores, isto pode ser explicado devido o sistema radicular do feijão-de-porco ser superficial enquanto o sistema radicular do milheto e mais profundo. Os altos valores de RP em OSD e SD demonstram que a falta de cobertura adequada do solo acarretam no adensamento do solo. Os resultados mostraram a importância da cobertura vegetal na conservação do solo, conseguindo assim preservar a qualidade física do solo. A tendência e que com o passar do tempo a qualidade física do CX se apresente em melhores condições a medida que a cultura de oliveira se desenvolva. Palavras-chave: conservação do solo; qualidade do solo; manejo de solo. Agradecimentos: DCS, UFLA, CAPES, FAPEMIG, CNPq.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Manejo e conservação do solo e da água
Avaliação de perdas de solo para cultura do pessegueiro na região do campo das vertentes Luana M. P. Nascimento1, Sérgio G. Martins1, Paulo M. Norberto2, Claudiney de J. Couto1, Mariana Resende1, Jolcimar C. da Silva1 1
Universidade Federal de São João del-Rei - MG, Brasil, jolcimarcesar@hotmail.com, 2Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais
Um dos maiores desafios da humanidade tem sido a produção de alimentos baseado na sustentabilidade dos sistemas. A região do Campo das Vertentes é formada principalmente por solo da classe dos Cambissolos. Estes são solos extremamente susceptíveis às perdas de solos por erosão hídrica. Assim estes tipos de solos não suportam o manejo intensivo, sendo a fruticultura uma alternativa menos impactante, por se tratar de culturas perenes, pois não há necessidade da utilização de maquinário periodicamente para o revolvimento de solo, como a gradagem e aração. No entanto pesquisas relativas às perdas de solo por erosão hídrica em fruticultura para o Campo das Vertentes são inexistentes. Neste sentido este estudo apresentou como objetivo, determinar as perdas de solo para cultura do pessegueiro e compará-las a uma pastagem natural, além da verificação de possíveis camadas compactadas na área experimental. O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental Risoleta Neves, pelo convênio UFSJ – Universidade Federal de São João del-Rei e EPAMIG Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, no período de Agosto de 2015 a Julho de 2016. O clima da região, segundo a classificação de Köppen, é do tipo Cwb, com verão úmido e inverno seco. A precipitação anual concentra-se no período de outubro a abril e o total médio está em torno de 1.400 mm. A temperatura média anual é de 19 ºC. Os tratamentos estudados foram pastagem natural (PN), cultura do pêssego solteiro (Prunus persica) (CPS) e cultura do pessegueiro com integração de Amendoim Forrageiro (Arachis pintoi) (CPI). Em cada parcela foram distribuídos 30 pinos de ferro de 0,40 m, sendo 0,20 m introduzidos no solo e 0,20 m acima da superfície, com um metro de distancia formando uma malha. Cada parcela apresentou uma área de 30 m². Os pinos foram medidos semanalmente para avaliação de alterações da superfície do solo. Na área experimental foi determinada também a resistência à penetração para verificação de possíveis camadas compactadas. O teste de compactação foi realizado na profundidade de 0 – 60 cm. As medições da umidade do solo também foram realizadas nas camadas de 0 – 60 cm. A densidade do solo foi determinada na camada de 0 – 20 cm, para ser utilizada nos cálculo de perdas de solo. A maior perda de solo foi com o tratamento cultura de pessegueiro solteiro com 75,03 Mg.ha-1 ano-1, seguido da pastagem natural com 58,25 Mg.ha-1 ano-1, e o tratamento mais eficiente contra as perdas de solo foi o cultivo do pessegueiro com o Amendoim Forrageiro com 33,28 Mg.ha-1 ano-1 pelo fato que proteger o solo dos impactos direto das pancadas de chuva. Os valores de resistência à penetração para cultura do pêssego na linha de plantio variaram entre 3,1 a 6,0 Mpa. Para pastagem natural os valores de resistência à penetração variaram entre 4,0 a 4,6 Mpa. Conclui-se que o amendoim forrageiro auxiliado a fruticultura, é uma planta em potencial capaz de reduzir as perdas de solo por erosão hídrica, além de repor alguns nutrientes e matéria orgânica. A área estudada apresenta-se compactada, o que pode influenciar de forma negativa a produtividade da cultura do pêssego, além de propiciar perdas de solo por escoamento superficial. Palavras-chave: sustentabilidade; compactação; fruticultura. Agradecimentos: CNPq, PIBIC, UFSJ.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Manejo e Conservação do Solo e da Água
Avaliação do desempenho das plantas de cobertura para região dos Tabuleiros Costeiros Dione P. Cardoso1, Sara F. Nunes1, Benedicto Barbosa Netto1, Kerwin A. Costa1, Fábio R. Pires1 1
Centro Universitário Norte do Espírito Santo, São Mateus - ES, Brasil, cardoso.dione@gmail.com
As plantas de cobertura tornam-se de suma importância para a proteção da superfície do solo, reduzindo o processo erosive e propiciando uma melhoria dos atributos químico, físico e biológico do solo. Portanto, objetivou-se avaliar o desempenho das plantas de cobertura cultivadas na região dos Tabuleiros Costeiros, com base nos atributos fitotécnicos área foliar e índice de cobertura vegetal. O experimento foi instalado no Centro Universitário Norte do Espírito Santo, câmpus de São Mateus-ES. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, em parcelas subdivididas, com quatro repetições. Os tratamentos principais foram duas áreas (com e sem irrigação); nos tratamentos secundários foram seis plantas de cobertura: Pennisetum glaucum L. (Milheto - ADR 300, ADR500, ADRf 6010, BRS 1501), Canavalia ensiformis DC. (feijão-de-porco) e Brachiaria ruziziensis (braquiária ruziziensis). Os parâmetros avaliados foram área foliar e índice de cobertura. A área foliar foi medida com um aparelho da marca Li-cor, modelo LI 3100. O desempenho das plantas de cobertura foram avaliadas mediante os seus índices de cobertura (IC) sendo atribuídos valores (0; 0,5 e 1) quanto à visibilidade, para 0%, 50% e 100% de plantas de cobertura, respectivamente. Foi realizada a Análise de Variância (ANOVA) e, para as variáveis com diferenças significativas (p ≤ 0,05), foi realizado o teste de médias de Tukey. Os valores médio, máximo e mínimo de área foliar para a área irrigada foram 0,40 cm2, 2,62 cm2 e 0,02 cm2, respectivamente. Esses para a área não irrigada foram 0,34 cm2, 4,91 cm2 e 0,04 cm2, sendo os valores médio, máximo e mínimo, respectivamente. Em relação, a variável índice de cobertura vegetal, os valores para área irrigada foram 79,06% (médio), 97,37% (máximo) e 50,00% (mínimo). foram 81,14% (medio), 97,37% (máximo) e 60,53% (mínimo). Para as variáveis, área foliar e índice de cobertura, não houve diferença estatística entre as áreas irrigada e não irrigada. O feijão-de-porco diferenciou do ADR 500, ADRf 6010 e BRS 1501, sendo essa diferença da área foliar de 1,28 cm2, 1,23 cm2 e 1,24 cm2, respectivamente. Quanto ao índice de cobertura, o feijão-de-porco diferenciou em 21,05% do milheto BRS 1501. Em relação, as demais plantas de cobertura avaliadas, não houve diferença estatística destas com o feijão-de-porco. Portanto, visando a proteção da superfície do solo, a espécie mais indicada para a região dos Tabuleiros Costeiros é o feijão-de-porco. Palavras-chave: área foliar; índice de cobertura; Tabuleiros Costeiros. Agradecimentos: FAPES, CAPES, CEUNES-UFES.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Manejo e conservação do solo e da água
Cátions e ânions na água de veredas, região do Triângulo Mineiro Larissa B. Barbosa1, Diogo C. Nascimento2, Bethânia L. Mansur1, João P. Carneiro1, Bruno T. Ribeiro1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, larissabeatrizbarbosa@yahoo.com 2Universidade Federal de Uberlândia
A contaminação dos recursos hídricos é motivo de preocupação no mundo todo. As veredas constituem um importante ecossistema armazenador de água no Bioma Cerrado. Esse bioma passou por uma grande transformação nos últimos 40 anos, com a conversão de áreas nativas em áreas de produção de grãos principalmente. Em algumas situações, a contaminação de corpos d’ água tem sido relacionada com as atividades agropecuárias. Objetivou-se com este trabalho avaliar a concentração de alguns cátions (Na+, NH4+, K+, Mg2+ e Ca2+) e ânions (Cl-, NO2-, Br-, NO3-, SO42-, PO43- e F-) presentes na água de cinco veredas da região de Uberlândia, MG. Cada vereda selecionada foi divida em três transectos (linha imaginária no sentido do declive da encosta e perpendicular ao fluxo de água da vereda) espaçados em aproximadamente 50 m. Cada transecto foi dividido em três regiões (terço superior, terço médio e terço inferior). Nos terços superior e médio foram instalados tubos de PVC de 1,5 m de altura e 15 cm de diâmetro, inseridos a um metro de profundidade. No interior dos tubos realizaram-se as coletas de água, podendo essa ser considerada uma água subsuperficial. Realizaramse coletas de água em dezembro de 2014, março e maio de 2015. Após a coleta as amostras foram filtradas em papel de filtro (filtração média) e congeladas para determinação posterior dos cátions e ânions. Antes da determinação as amostras foram passadas em filtro Millipore ® (0,45 µm). A quantificação dos cátions e ânions foi realizada em cromatógrafo iônico. As concentrações médias dos cátions Na+, NH4+, K+, Mg2+, Ca2+ foram, respectivamente (mg L-1): Na+ (2,0289), NH4+ (0,0943), K+ (1,1768), Mg2+ (0,0710), Ca2+ (1,5636). As concentrações médias dos ânions Cl-, NO2-, Br -, NO3-, SO42-, foram, respectivamente (mg L-1): Cl- (0,6236), NO2- (0,0776), Br- (0,0437), NO3- (1,0046), SO42- (0,8615). Em nenhuma das amostras foram detectados os ânions F- e PO43-. A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece valores orientadores para concentração de alguns íons em águas doces (Classe 1). As concentrações de todos os cátions e ânions encontradas na água das veredas foram baixas, aquém dos valores máximos estabelecido pela legislação. Os resultados do trabalho servem como referência para estudos futuros de contaminação em água de veredas. Palavras-chave: qualidade da água, cerrado, wetlands. Agradecimentos: DCS/UFLA, Capes, Fapemig e CNPq (Projeto APQ 475922/2013-01).
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Manejo e conservação do solo e da água
Erosão hídrica em Cambissolo sob diversos sistemas de manejo da cultura de oliveira Adnane Beniaich1, Danielle V. Guimarães1, Fabio A. P. Avalos1, Fábio J. Gomes1, Marx L. N. Silva1, Rafael Pio1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil,beniaich@gmail.com
As condições dos recursos da terra e da água representam uma grande preocupação na comunidade científica, pois condicionam o futuro da segurança alimentar. Estes recursos estão ameaçados pelos diversos fatores de degradação, sobretudo a erosão hídrica que constitui um dos maior causadores da degradação da sustentabilidade dos solos agrícolas. A erosão pode causar a redução da produtividade das culturas, sendo acelerada nas culturas com baixo índice de cobertura como no caso da cultura da oliveira, notadamente na região Sul do estado de Minas Gerais, onde observa-se grande expansão desta cultura em solos rasos, classificados como Cambissolos. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar perdas de solo e água utilizando a metodologia da parcela-padrão da EUPS (equação universal de perdas de solo). O experimento foi conduzido na Universidade Federal de Lavras (UFLA), em Lavras, Minas Gerais, Brasil, nas coordenadas 21º13'20'' S e 44º58'17'' W e altitude média de 925 m, a partir de novembro de 2015 a abril de 2016. O clima é classificado como Cwa, de acordo com o sistema de classificação de Koppen, com precipitação média anual de 1.529,7 mm e temperatura média de 19,4 ºC. O solo foi classificado como Cambissolo Háplico de acordo com o sistema brasileiro de classificação d e solos. Para os tratamentos foram considerados quatro práticas de manejo da cobertura em sistemas de plantio da cultura da oliveira da cultivar Arbequina (Olea europaea. L), utilizando três repetições na seguinte combinação: oliveira em solo descoberto (OSD); oliveira consorciada com vegetação espontânea (OVE); oliveira consorciada com feijão-de-porco (Canavalia ensiformis L.) (OCF); oliveira consorciada com milheto (Pennisetum glaucum L.) (OCM) e solo descoberto (SD), usado como controle. O plantio da oliveira foi realizado no mês de março do ano de 2015, enquanto as culturas de cobertura feijão-de-porco e milheto foram instaladas no início de novembro do ano 2015 por meio de semeadura manual com sulcos espaçados de 0,5 m e densidade de 8 sem. m-1 e 0,25 m e densidade de 90 sem. m-1 para as respectivas culturas respeitando o sentido do declive sendo lançados diretamente nos sulcos. As avaliações de perdas de solo e água foram realizadas em parcelas com dimensões de 4,0 x 12,0 m declividade média de 0,23 m m-1. A erosividade da chuva foi calculado usando a equação: EI30= 85.672 x Rc0.6567 (onde EI30 é a erosividade média mensal e Rc coeficiente de chuva .Os resultados das perdas do solo foram submetidos às análises de variância e ao teste de Tukey a 5% de probabilidade usando o programa R. A erosividade da chuva para a região de Lavras foi de 5.565 MJ mm ha-1 h-1 ano-1 no ano de 2015, sendo o período crítico de Novembro a Janeiro. A perda do solo apresentou diferença estatística significativa entre OSD e SD e os demais tratamentos. A ordem das perdas de solo foi OSD > SD > OCF > OCM > OVE. A perda de agua mostrou uma diferença estatística significativa entre os tratamentos OSD e SD e os demais tratamentos, com uma tendência na seguinte ordem: SD > OSD > OCF > OCM > OVE. Os valores de perdas de solo foram: 546,45 Mg ha-1 período-1 no OSD, 489,87 Mg ha-1 período-1 no SD, 200,65 Mg ha-1 período-1 no OCF, 125,45 Mg ha-1 período-1 no OCM e 40,86 Mg ha-1 período-1 no OVE. Através dos resultados pode-se concluir que ocorre alto risco da erosão do solo na cultura de oliveira, notadamente nos Cambissolos, nota-se que o tratamento oliveira com vegetação espontânea mostrou ser mais eficiente pra reduzir a perdas de solo e de água em cultura de pós-plantio de oliveira. Palavras-chave: erosão hídrica; segurança alimentar; USLE. Agradecimentos: TWAS, CNPQ, FAPEMIG, CAPES, DCS, UFLA.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Manejo e Conservação do Solo e da Água
Estimativa da perda de solo na sub-bacia Salso – RS Thais P. Silva1, Stefan D. Nachtigall1, Cláudia L. R. de Lima1, Maria Cândida M. Nunes1, Fioravante J. dos Santos1, Alexssandra D. S. de Campos1 1
Universidade Federal de Pelotas, Pelotas - RS, Brasil, thaispalumbosilva@hotmail.com
Em países de clima tropical, principalmente no Brasil, a erosão hídrica tem sido uma das principais consequências da degradação do solo, sendo prejudiciais aos recursos hídricos e a agricultura, podendo ocorrer assoreamento e a eutrofização dos corpos d’água. Pesquisas relacionadas a erosão hídrica tem se intensificado, com o intuito de implantar práticas que minimizam a perda de solo. O objetivo deste trabalho foi estimar a perda de solo em uma sub-bacia localizada no município de Pelotas, Rio Grande do Sul, a partir da Equação Universal de Perda de Solo Revisada (RUSLE). O estudo foi realizado na sub-bacia Salso, inserida na Bacia Arroio Moreira/Fragata. A área apresenta 2.034 hectares e os solos predominantes são: Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico, Planossolo Háplico Eutrófico, Gleissolo Háplico, Planossolo com Argissolo Vermelho-Amarelo e Planossolo Háplico Eutrófico com Argissolo Amarelo e Acinzentado e Argissolo Bruno-Acinzentado. Para a estimativa da perda de solo foi utilizada a RUSLE, sendo os fatores obtidos da seguinte forma: fator R (erosividade da chuva), por estudo já realizado para o município de Pelotas, a partir de dados pluviométricos, com valor médio de 8.159,63 MJ mm ha-1 h-1 ano-1; fator K (erodibilidade do solo), a partir de dados de literatura para solos semelhantes ao da área em estudo; fator LS (declividade e comprimento da rampa), a partir das equações de Desmet e Govers (1996) e Wischmeier e Smith (1978), pela grade altimétrica proveniente do satélite Shuttle Radar Topography Mission (SRTM) com resolução espacial de 30 m, utilizando o software SPRING versão 5.3; fator C (cobertura e manejo do solo), primeiramente foi identificado o uso e manejo do solo na sub-bacia e após, foram utilizados valores encontrados na literatura; fator P (práticas conservacionistas) utilizou-se o valor 1, considerando que não há práticas conservacionistas na área em estudo. Devido à intensidade e frequência das chuvas na região, a erosividade, pode ser classificada como alta. Quanto à erodibilidade, 50% da sub-bacia é composta predominantemente de Argissolos, que apresenta um fator K de 0,0425 Mg h MJ-1 mm-1, o qual se classifica como alto. Com os valores obtidos por meio da equação RUSLE e a espacialização desses dados, observou-se que 57,89% da sub-bacia tem perda de solo inferior a 10 Mg ha-1 ano-1, considerada como pequena, devido, principalmente, ao fator topográfico, que apresenta poucas áreas com declive mais acentuado. Deve-se ressaltar também, a presença de áreas com perdas de 15 a 50 Mg ha-1 ano-1, representando 22,57%, o que se deve, ao uso e manejo inadequado de áreas sob cultivos anuais. Foi constatado que 1,27% da área apresenta perdas acima de 200 Mg ha-1 ano-1, devido a presença de áreas com solo descoberto e maior declividade. Diante disso, pode-se concluir que o modelo da RUSLE foi apropriado para estimar a perda de solo, sendo base para futuras implantações de práticas conservacionistas, visando evitar e/ou minimizar perdas de solo por erosão hídrica. Palavras-chave: conservação; erosão hídrica; rusle. Agradecimentos: PPG-MACSA, UFPel e CAPES.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Manejo e conservação do solo e da água
Influência do manejo na desagregação de um Argissolo e liberação de íons catiônicos Laura B. B. Melo1, Geraldo C. Oliveira1, Érika A. Silva1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, lauramelo26@hotmail.com
As técnicas de ultrassonificação têm sido usadas objetivando a melhor compreensão dos fenômenos que envolvem a formação de agregados em solos, por permitirem a mensuração da energia necessária para a quebra do agregado. Assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar, pelo método de sonificação, a estabilidade de agregados de um Argissolo sob dois usos e relacioná-la com as perdas de íons catiônicos. A área experimental está localizada no município de Bom Sucesso, MG, em solo classificado como Argissolo Vermelho. Atualmente a área é cultivada com Cedro Australiano (Toona ciliata M. Roem). Na adubação de plantio foram utilizados 330 g de superfosfato simples, 100 g de gesso e 100 g de calcário. Além disso, no primeiro ano de plantio, foi aplicada adubação de cobertura, sendo fornecido NPK 20-0-20, na dosagem de 150 g/cova, além de 2 kg de esterco de galinha curtido. Neste estudo foi utilizada como testemunha uma área de mata nativa sob o mesmo solo, localizada a cerca de 1 km da área experimental. Foram coletados blocos de solo com estrutura preservada, que posteriormente foram desagregados e peneirados (4-8 mm), na camada de 0 - 5 cm na área sob mata e também na cultivada com cedro. Para o processo de sonificação, 5g de agregados foram submetidos a níveis crescentes de energia específica (0,0; 2,13; 6,38; 12,75; 19,13 e 25,5 J mL 1 ). Após cada sonificação, as amostras foram passadas em peneira de malha de 0,053 mm. O material retido nesta peneira (MRP) foi seco em estufa por 24 horas a 105 ºC e pesado. Os teores de silte + argila (o que passou pela peneira) foram obtidos por diferença: silte + argila = amostra original (5 g) MRP. Este procedimento possibilitou a determinação, em cada nível de energia específica, do índice de desagregação (ID), obtido pela relação silte + argila dispersa (g)/amostra original (g). O índice de desagregação normalizado (IDN) foi obtido pela relação ID/ID(Máximo). Alíquotas foram coletadas, após cada tempo de sonificação, e as leituras dos teores de Mg2+, K+, Ca2+ e NH4+ foram feitas por cromatografia iônica, utilizando 5 mL de suspensão filtrada com auxílio de seringa e filtro de 0,2 µm. Foram construídas as curvas de desagregação do solo e de liberação dos íons catiônicos utilizando o software SigmaPlot. A análise estatística consistiu de um delineamento inteiramente casualizado (DIC) com seis níveis de energia, dois manejos e três repetições. Os dados de índices de desagregação e dos teores dos íons catiônicos foram submetidos à análise de variância comparando níveis de energia em um mesmo manejo e manejos no mesmo nível de energia, ao nível de 5% de probabilidade pelo teste Scott-Knott. A partir da curva de desagregação, observou-se que a área cultivada com cedro se apresenta mais propensa a erosão quando comparada às condições naturais. Antes da implantação do cedro, esta área já era cultivada e o manejo não era realizado de forma adequada, pressupõe-se que a estrutura do solo já não se apresentava em boas condições. Além disso, observou-se redução nos teores de matéria orgânica (MOS) na área de cedro em relação à de mata. A MOS é um agente importante para a manutenção da estabilidade dos agregados do solo, assim quanto menores seus teores, mais instáveis os agregados do solo. Pelas curvas de dispersão dos íons percebeu-se que a liberação destes está relacionada à desagregação do solo, ocorrendo maior liberação na área de cedro. Salienta-se que uma maior liberação dos cátions Mg2+, Ca2+, K+ e NH4+ dos agregados da área cultivada com cedro também podem ser devidas à adubação realizada na ocasião da implantação da cultura, visto que, a quantidade de um íon perdida por erosão varia principalmente com aquela presente no solo. Além disso, as perdas de MOS também podem explicar esse resultado, visto que nos solos tropicais, a MOS confere cargas negativas ao solo, o que poderia reter estes nutrientes na matriz do solo e evitar suas perdas. Estudos demonstram que a fração orgânica mobilizada pela erosão é a principal causa da perda de nutrientes. Dessa forma, o manejo adequado do solo se mostra fundamental, pois ao favorecer a agregação do solo minimiza os processos de perdas de íons e contaminação de outros ambientes subsequentes. Palavras-chave: sonificação; matéria orgânica; nutrientes. Agradecimentos: DCS, UFLA, FAPEMIG. 170
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Manejo e conservação do solo e da água
Intervalo hídrico ótimo de um Latossolo Vermelho submetido a dois sistemas de manejo Renata Andrade1, Rodrigo F. da Silva1, Josimar H. de L. Lessa1, Mateus M. Engelhardt1, Taylor L. de Souza1, Geraldo C. de Oliveira1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, renata.agro@hotmail.com.br
O Intervalo hídrico ótimo (IHO) é proposto como indicador de qualidade física do solo para a produção das culturas com possível correlação com o crescimento de plantas e com a produtividade. O trabalho teve como objetivo avaliar a água disponível no solo em dois sistemas de manejo e Cerrado nativo através do Intervalo hídrico ótimo. O trabalho foi conduzido no município de Lavras, MG, em um Latossolo Vermelho distroférrico sob dois sistemas de manejo: plantio direto (PD) com rotação de culturas de milho, soja e batata e uma área sob cafeeiro Coffea arábica. Procedeu-se à amostragem indeformada do solo coletando-se 32 amostras em cada sistema de manejo e no Cerrado nativo, na camada de 0 - 20 cm utilizando anéis metálicos. Em laboratório, as amostras indeformadas foram inicialmente saturadas e submetidas ao Potencial Matricial de -6 kPa para a determinação da microporosidade e capacidade de campo (CC). As amostras foram submetidas ao teste de penetrometria, utilizando um penetrômetro de bancada MARCONI-MA 933. A curva de resistência à penetração (CRP) foi obtida e ajustada aos valores de resistência à penetração (RP) em função do conteúdo volumétrico de água (θ) e da densidade do solo (Ds). O IHO foi determinado considerando como limites superiores, o conteúdo de água no solo retido no potencial matricial de -6 kPa como sendo a capacidade de campo (θCC) ou aquele em que a porosidade de aeração (θPA) é igual ou menor que 10%. Como limites inferiores, foram considerados o conteúdo de água retido no potencial matricial de -1500 kPa, o ponto de murcha permanente (θPMP), e/ou o conteúdo de água correspondente à resistência à penetração de 2,5 MPa (θRP). O solo sob Cerrado nativo apresentou boa qualidade física do solo, pois a amplitude do IHO esteve dentro da CC e do PMP. As plantas nessa condição não apresentam limitação de se devolver pela dificuldade de aeração nem pela resistência do solo à penetração. No solo sob PD, e principalmente, sob café, observou-se que a porosidade de aeração limitou a amplitude do IHO em seu limite superior, e a resistência do solo à penetração, em seu limite inferior. O IHO indica através da redução na sua amplitude que as plantas estão cada vez mais sujeitas às condições de estresse físico por causa das alterações nas propriedades físicas do solo, evidenciadas pelo aumento da densidade e diminuição da macroporosidade. O risco de exposição das culturas ao déficit hídrico depende, então, da amplitude do IHO. O IHO é um bom indicador da qualidade físicohídrica do solo. Sugere-se a adoção de sistemas de manejo que proporcionem o aumento do IHO por meio da melhoria estrutural do solo, elevando as ocorrências de umidade dentro da amplitude dos limites críticos do IHO. Palavras-chave: disponibilidade de água; sistema de manejo; estrutura do solo. Agradecimentos: NECS, DCS, UFLA, CNPq.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Manejo e conservação do solo e da água
Levantamento de indicadores de qualidade ambiental na Sub-bacia das Posses, Extrema, Minas Gerais Otávio T. Penha1, Fábio J. Gomes1, Fabio A. P. Avalos1, Lucas G. Elisei1, Jéssica G. P. Contins1, Marx L. N. Silva1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, otaviotpenha@gmail.com
A qualidade ambiental é um dos componentes primordiais para se atingir a sustentabilidade de determinado local. Nesse sentido, o presente estudo objetivou realizar o levantamento de indicadores de qualidade ambiental na Sub-bacia das Posses em Extrema, Minas Gerais. Foram realizadas 35 entrevistas aplicando-se questionários com perguntas abertas, fechadas e mistas referentes à existência ou não de coleta de lixo e rede de esgotamento sanitário, acesso ao abastecimento de água, qualidade da água, à prática de queimadas e ao uso de agrotóxicos e fertilizantes nas propriedades. Para melhor compreensão, após a análise dos dados, os mesmos foram apresentados em percentagem. Verificou-se que em 100% das propriedades entrevistadas existe coleta de lixo que é realizada quinzenalmente pela Prefeitura Municipal de Extrema. Também foi constatado que todas as propriedades visitadas possuem rede de esgoto, no entanto em aproximadamente 70% delas o mesmo era canalizado diretamente para fossas negras. Quanto ao abastecimento de água, a grande maioria dos produtores (71,43%) relatou possuir esse recurso em abundância durante todo o ano em sua propriedade, e, mesmo durante as severas secas dos anos de 2014 e 2015 não houve problemas em relação à escassez da água de servidão. Os demais relataram algumas dificuldades durante este período, como por exemplo, falta ou diminuição acentuada da vazão das nascentes, falta de água para irrigação e para o gado. A água de servidão da grande maioria das propriedades entrevistadas é proveniente de nascentes que se encontram cercadas e protegidas, atendendo a legislação ambiental vigente, segundo os proprietários. Quanto à qualidade da água, todos os entrevistados classificaram-na como de excelente qualidade. Tendo em vista que as queimadas em muitos locais tornou uma prática rotineira para o preparo do solo agrícola e renovação de pastagens, foi perguntado se nas propriedades essa prática era utilizada. A grande maioria (97,14%) respondeu que não utiliza essa prática. O mesmo ocorre em relação ao uso agrotóxicos, 74,28% dos entrevistados não utilizam. Quanto ao tipo de adubação, 77,14% dos entrevistados não utiliza adubação mineral recorrendo unicamente à adubação orgânica em todos os cultivos praticados em suas propriedades. No geral, os indicadores levantados evidenciam boa qualidade ambiental, embora alguns aspectos devam ser melhorados, como por exemplo, a substituição das fossas negras por fossas sépticas para que não ocorra contaminação do solo e do lençol freático. Palavras-chave: sustentabilidade; entrevistas; conservador das águas. Agradecimentos: FAPEMIG, CNPq, CAPES, DCS, UFLA.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Manejo e conservação do solo e da água
Matéria orgânica do solo em sistemas de manejo na cultura de oliveira (Olea europaea) Danielle V. Guimarães1, Adnane Beniaich1, Marx L. N. Silva1, Fábio A. P. Avalos1, Jéssica G. Contins1, Rafael Pio1 1
UniversidadeFederal de Lavras, Lavras - MG, Brasil,danyvguimaraes@hotmail.com
A qualidade do solo depende de um conjunto de atributos físicos, químicos e biológicos do meio, refletindo a capacidade do solo em exercer sua funcionalidade no presente e garantir a mesma no futuro, mantendo assim uma estreita relação com a sustentabilidade dos sistemas. Várias são as formas de avaliação da qualidade do solo, podendo envolver um ou vários indicadores de qualidade. Neste sentido, a matéria orgânica do solo (MOS) tem destaque como indicador por estar diretamente relacionada com diversos processos físicos, biológicos e químicos do solo, sobretudo quando são avaliados componentes da MOS que são mais sensíveis a curto prazo às práticas do manejo, a exemplo das frações particuladas e complexadas. O conhecimento do impacto das culturas no meio é primordial para o planejamento de práticas que visam preservar a qualidade do solo. A olivicultura no Brasil está em expansão e as pesquisas que a envolvem atentam apenas para a produção e manejo, com pouco conhecimento quanto ao impacto desta cultura na qualidade do solo. Neste contexto, o presente estudo teve como objetivo avaliar a dinâmica da MOS e seus compartimentos físicos, além de determinar o índice de manejo de Carbono (IMC) em solo cultivado com Oliveira (Olea europaea). O experimento foi realizado no pomar da Universidade Federal de Lavras, localizada no município de Lavras, sul de Minas Gerais, a classificação climática do local é Cwb, com precipitação e temperatura anual média de 1.411 mm e 19,3 ºC, respectivamente. O solo foi classificado como Cambissolo Háplico, e os tratamentos avaliados foram: Oliveira com solo descoberto, Oliveira com vegetação espontânea e mata nativa, com três pontos coletados aleatoriamente em cada tratamento e três repetições para cada tratamento, nas profundidades de 0-5, 5-10, 10-20 e 20-40 cm. O Carbono Orgânico Total (COT) do solo foi determinado pelo método de oxidação via úmida com aquecimento externo. As frações físicas da MOS foram separadas pelo fracionamento físico granulométrico, obtendo-se a matéria orgânica particulada (MOP) e a associada aos minerais (MOM), e a determinação do carbono de cada fração seguiu a mesma metodologia do COT. O índice de manejo de carbono (IMC) foi obtido por meio da multiplicação do índice de estoque de C (relação entre o COT da área cultivada e COT da área de mata nativa), e o índice de labilidade (relação entre a labilidade de cada área e a labilidade da área de mata) x 100. As médias foram comparadas pelo teste de Scott-Knott (5% de probabilidade) no programa estatístico Sisvar. O COT do solo na área cultivada com oliveira foi 10,06, 8,06, 5,27 e 4,48 g kg-1 nas profundidades 0-5, 5-10, 10-20 e 20-40 cm, respectivamente, enquanto no tratamento Oliveira +vegetação espontânea os valores foram 10,34, 8,93, 6,30 e 5,18 g kg-1 e no solo sob mata nativa 18,57, 10,22, 8,39, 4,51 g kg-1 para as mesmas profundidades. Houve um decréscimo significativo de carbono nas camadas subsuperficiais em relação à superfície do solo e a mata apresentou maior valor de COT na profundidade 0-5 cm. A relação entre MOP/MOM foi 17% e 26% menor na mata quando comparada ao tratamento com Oliveira e Oliveira+vegetação espontânea, respectivamente, o que ocorreu devido ao maior valor de MOM na área de mata (15,03 g kg-1) em relação as demais (9,7 e 10,4 g kg-1 para Oliveira e Oliveira+vegetação espontânea, respectivamente), refletindo assim o efeito da dinâmica de decomposição da MOS na mata nativa, que pode ter favorecido a decomposição da MOP e aumento da MOM. Quanto ao IMC, deve-se considerar que a mata é usada como área de referência (IMC= 100). O sistema Oliveira+vegetação espontânea apresentou IMC elevado (IMC = 103), devido à presença de cobertura vegetal na superfície do solo que reduz os processos erosivos e favorece o aporte de MOS, sendo este um sistema conservacionista, enquanto na área com Oliveira o IMC foi de 82. Observa-se que a prática conservacionista adotada foi eficiente na preservação da qualidade do solo quando considerada a MOS como indicador de qualidade. Palavras-chave: qualidade do solo; plantas de cobertura; carbono. Agradecimentos: DCS, UFLA, Capes, FAPEMIG, CNPq. 173
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Manejo e conservação do solo e da água
Métodos para calibração de sensores de capacitância (FDR) para estimativa da umidade do solo Jéssica G. P. Contins1, Danielle V. Guimarães1, Marx L. N. Silva1, Fábio P. Avalos1, Adnane Beniaich1, Fábio J. Gomes1 1Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, jessicag_pimentel@hotmail.com
Conhecer a umidade do solo é de grande importância para auxiliar os agricultores nas tomadas de decisão, como no melhor momento para entrada de maquinário em suas áreas de cultivo, a fim de evitar a compactação do solo. Com isto, os sensores de umidade do solo se tornaram instrumentos de grande relevância, pois possuem baixo custo e são de fácil acesso e manejo, mas, necessitam de calibração para que obtenham valores confiáveis. Este estudo objetivou comparar duas metodologias de calibração do sensor de umidade FDR EC-TM para um Cambissolo com textura argilosa (43,6% de argila), no município de Lavras, MG. Foram calibrados três sensores. Para a Metodologia 1, onde foi considerada a estrutura do solo, foram coletadas amostras indeformadas de solo nas profundidades de 0-10 cm, 10-20 cm, 20-30 cm em solo descoberto. As amostras coletadas em cilindros foram armazenadas em bandeja com água até saturação do corpo de prova, os sensores foram então instalados verticalmente no solo, tendo sido instalado o sensor 1, sensor 2, e sensor 3, para as profundidades de 0-10 cm, 10-20 cm, 20-30 cm, respectivamente. As amostras foram expostas ao ar para secagem. As leituras nos sensores foram realizadas diariamente, bem como a pesagem das amostras, até a observação do peso constante da amostra. Para obtenção do peso seco, as amostras foram colocadas em estufa a 60 °C, sem o sensor, e após 48 horas de secagem foi feita a leitura do sensor e aferido o peso. Para a Metodologia 2 foram coletadas amostras deformadas de solo. As amostras foram peneiradas (2 mm) e secas ao ar. Após a secagem o solo foi transferido para um recipiente de volume conhecido (2000 ml). Realizou-se a pesagem e leitura do solo seco, e em seguida foi adicionado gradativamente quantidades conhecidas de água ao solo, sempre homogeneizando. A medida que se aumentava a umidade do solo fazia-se a leitura através dos sensores. Com os dados de umidade volumétrica observada e capacitância obtida pelos sensores foram obtidas regressões lineares e geradas as equações de calibração. Para a metodologia 1 as equações que definem a curva de calibração são, U=0,1661*raw-111,55 (R2=0,91); U=0,1417*raw-87,195 (R2=0,96) e U=0,1324*raw80,662 (R2=0,91), para as profundidades de 0-10 cm, 10-20 cm e 20-30 cm, respectivamente, sendo U a umidade do solo em cm³/cm³ e raw a capacitância. Para a metodologia 2 as equações que definem a curva de calibração dos sensores são, U=0,1133*raw-60,461 (R2=0,95); U=0,0741*raw-37,209 (R2=0,97) e U=0,0891*raw-45,146 (R2=0,84), para os sensores 1, 2, e 3, respectivamente. Já a equação do fabricante que definiu a curva de calibração do equipamento foi U = 0,00109*raw-0,629. A metodologia 1 não conseguiu detectar umidades abaixo de 5%, porém obteve resultados satisfatórios para umidades acima; e a metodologia 2 detectou de forma satisfatória as umidades tanto abaixo quanto acima de 5%, sendo, portanto, uma metodologia mais assertiva para obtenção de valores confiáveis em todas as faixas de umidade. Conclui-se, portanto, que a calibração em que a estrutura não foi considerada apresentou maior eficiência, pois conseguiu detectar uma maior amplitude de umidade (0-46%). Palavras-chave: cambissolo, água no solo, sensor de umidade ec-tm. Agradecimentos: DCS, UFLA, CNPq, FAPEMIG, CAPES.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Manejo e conservação do solo e da água
Modelagem do índice de cobertura vegetal Dione Pereira Cardoso1, Kerwin Araujo Costa1, Fábio Ribeiro Pires1 1
Centro Universitário Norte do Espírito Santo, São Mateus - ES, Brasil, cardoso.dione@gmail.com
As práticas conservacionistas, como a utilização das plantas de cobertura, devem permitir a manutenção de uma cobertura eficiente do solo, propiciando uma proteção do impacto da gota d’água sobre a superfície do solo. Objetivou-se estimar modelos matemáticos para plantas de cobertura cultivadas na região Norte do Espírito Santo, utilizando o índice de cobertura vegetal. O experimento foi instalado no Centro Universitário Norte do Espírito Santo, São Mateus-ES. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, em parcelas subdivididas, com quatro repetições. Os tratamentos principais foram duas áreas (com e sem irrigação); nos tratamentos secundários foram seis plantas de cobertura: Pennisetum glaucum L. (Milheto - ADR 300, ADR500, ADRf 6010, BRS 1501), Canavalia ensiformis DC. (feijão-de-porco) e Brachiaria ruziziensis (braquiária ruziziensis). O desempenho das plantas de cobertura foram avaliadas mediante os seus índices de cobertura (IC) sendo atribuídos valores (0; 0,5 e 1) quanto à visibilidade, para 0%, 50% e 100% de plantas de cobertura, respectivamente. Para a obtenção dos modelos matemáticos utilizou a análise de regressão linear, ao nível de significância de 1%. Para a área irrigada, o melhor modelo matemático foi do milheto ADRf 6010, com um coeficiente de determinação de 0,99. Para a área não irrigada, o melhor ajuste matemático foi observado para o feijão-de-porco 0,97 em comparação aos ajustes para as demais plantas de cobertura. E o menor coeficiente de determinação foi observado para o milheto BRS 1501, 0,56 e 0,27 para as áreas irrigada e não irrigada, respectivamente. Para a área irrigada, a planta de cobertura mais eficiente foi o feijão-de-porco, apresentando aos 90 dias após a semeadura um índice de cobertura de 92,8%. Enquanto, para a area não irrigada destacou o milheto ADRf 6010 com 90,1% de índice de cobertura. Para as duas áreas, o milheto cultivar BRS 1501 apresentou os menores índices de cobertura, sendo de 60,5% (area irrigada) e de 71,1% (area não irrigada). Conclui, que para uma área irrigada é indicada o feijão-de-porco como a melhor planta de cobertura, e o milheto ADRf 6010 para a área irrigada, considerando a região Norte do Espírito Santo. Para esta região, a planta de cobertura, que apresentou o menor desempenho tanto em áreas irrigada e não irrigada, foi o milheto BRS 1501. Palavras-chave: milheto; feijão-de-porco; braquiária ruziziensis. Agradecimentos: FAPES, CAPES, CEUNES-UFES.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Manejo e conservação do solo e da água
Perdas de solo em Cambissolo sob integração lavoura-pecuária no campo das vertentes Jolcimar C. da Silva1, Sérgio G. Martins1, André L. A. Campos1, Janaina A. Martuscello1, Lucas F. Rios1, Mariana Resende1 1
Universidade Federal de São João del-Rei - MG, Brasil, jolcimarcesar@hotmail.com
As atividades humanas constituem o principal fator na deflagração dos processos erosivos. A erosão em uma propriedade representa perda de solo, nutriente, água e assoreamento de cursos d’água, e prejuízos econômicos. Assim, surge demanda por alternativas tecnológicas, econômicas, social e ambientalmente viáveis para recuperação dessas áreas degradadas. A integração lavoura-pecuária representa um avanço na sustentabilidade da agropecuária, uma vez que permite simultaneamente a agregação de valores, o uso intensivo da propriedade, redução dos custos de produção e aumento na produtividade. Diante disso, o objetivo é avaliar a perda de solo, por meio de alteração de superfície em sistemas de integração lavoura-pecuária. O experimento foi conduzido de Março 2014 a Abril de 2015 na Fazenda Experimental Risoleta Neves, pelo convênio UFSJ - Universidade Federal de São João del-Rei e EPAMIG-Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, em São João del-Rei, Minas Gerais. Foram coletadas amostras de solo na profundidade de 0 a 20 cm para avaliação das características químicas e físicas, para realizar a adubação. Para implantação do experimento, o solo foi preparado de forma convencional, com aração e gradagem. O experimento foi realizado com 5 tratamentos e 3 repetições. Os tratamentos avaliados são Sorgo (Sorghm bicolor) em cultivo exclusivo (SE), Capim–Piatã (Urochloa brizantha cultivar Piatã) em cultivo exclusivo (PE), Pastagem Natural (PN) e a Integração Lavoura–Pecuária de Sorgo+Capim–Piatã (ILP) e a área testemunha de solo descoberto (SD). O solo do experimento foi classificado em Cambissolo, considerado de baixa fertilidade com declividade de 12%. Para avaliação das perdas de solo por erosão hídrica foi utilizado o método de alteração de superfície do solo, utilizando-se pinos de ferro, cravado no solo, sendo calibrados a 20 cm como superfície de referência, e a uma distância de 1 m entre eles. Os dados foram submetidos à análise de variância e, quando significativo efetuou-se o teste Tukey, a 5% de probabilidade. As perdas de solo foram significativas em comparação aos tratamentos testados. As maiores perdas de solo foram para o solo descoberto, apresentando perdas de 23,27 Mg.ha -1 ano-1, seguido pela pastagem natural com perda de 9,88 Mg.ha-1 ano-1, Capim – Piatã exclusivo com perdas de 8,04 Mg.ha-1 ano-1, Integração Lavoura – Pecuária de Sorgo + Capim – Piatã com 7,65 Mg.ha-1 ano-1 e o sorgo em cultivo exclusivo 6,60 Mg.ha-1 ano-1. A Pastagem Natural, Integração Lavoura – Pecuária, Sorgo em cultivo exclusivo e Capim – Piatã exclusivo não diferiram estatisticamente pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade, diferindo-se estes quatro tratamentos do solo descoberto. Solos descobertos estão propícios a maiores perdas de solo, porque expõe o solo ao impacto direto da gota de chuva, facilitando o processo erosivo. Observou-se que a pastagem natural, capim - Piatã exclusivo, integração lavoura – pecuária e sorgo exclusivo apresentaram perdas menores de solo de 57,55%, 65,45%, 67,13%, 71,64% respectivamente, quando comparado ao solo descoberto. No entanto, as perdas de solo, estão acima da tolerância de perdas de solo para a classe dos Cambissolos, mesmo assim apresentaram perdas bem menores do que em solo descoberto, o que indica que estas culturas apresentam boa cobertura vegetal. Na literatura podemos encontrar perdas aceitáveis de solo de 2 a 4 Mg.ha-1 ano-1 para a classe dos Cambissolos. Possivelmente as perdas de solo acima da tolerância se devem ao tipo de preparo de solo utilizado neste experimento. O tratamento mais indicado seria o (ILP), pois apresenta maior proteção ao solo por reduzir o impacto da gota de chuva no mesmo e produz mais matéria orgânica para o solo, além de uma alternativa sustentável de produção. Palavras-chave: sustentabilidade; erosão hídrica; manejo conservacionista. Agradecimentos: FAPEMIG, PIIC, UFSJ.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Manejo e conservação do solo e da água
Processamento digital de imagens fotográficas para o monitoramento da cobertura do solo em parcelas experimentais Diego F. T. Machado¹ 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, ftm.diego@yahoo.com.br
A cobertura vegetal está diretamente relacionada com a proteção do solo e manutenção da sua qualidade, por isso, é comum sua utilização como fator de influência em diversos estudos. As variações na taxa de cobertura do solo podem ser avaliadas por diferentes métodos, os quais são agrupados em duas categorias: métodos tradicionais manuais-visuais e métodos de análise de imagens. Quanto aos métodos de análise de imagens, existem diversos softwares, aplicativos e algoritmos que permitem a realização de classificações de imagens como o SisCob e o SEROBIN que são fundamentados no modelo de redes neurais, ou o SIARCS e o ENVI 5.1 que apresenta uma série de algoritmos capazes de realizar esse tipo de função. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar a utilização de imagens fotográficas associadas ao método de classificação supervisionada para a estimativa da cobertura vegetal utilizando o algoritmo Maximum Likelihood implementado no software ENVI 5.1. A avaliação da cobertura e a validação da classificação das imagens, foram realizadas a partir de 11 fotografias digitais obtidas ao longo de um experimento com plantas de cobertura, entre Fevereiro e Abril de 2014 na parcela 1 e entre Julho e Setembro na parcela 2. O experimento foi conduzido na Fazenda experimental do campus Glória (UFU) em uma área degradada por erosão hídrica. Foram adquiridas imagens digitais aos 10, 20, 30, 40, 50 e 60 dias após a semeadura (DAS). O registro das imagens se deu entre as 14:00 e 15:00 horas de uma altura média de 1,5 metro da superfície, focando uma área útil de 1 m², delimitada por estacas, utilizando uma câmera fotográfica Panasonic/Lumix modelo FZ47 com 12.1 megapixels. A taxa de cobertura do solo foi estimada através de processamento digital de imagem pelo método de classificação supervisionada com o classificador Maximum Likelihood (ENVI 5.1). Foram definidas duas classes de treinamento para o classificador, sendo estas, cobertura vegetal e solo exposto. Para a validação, foram determinados 200 pontos (pixels) amostrais para cada imagem, dos quais, 100 para a classe solo exposto e 100 para a classe cobertura vegetal. A acurácia do método foi determinada pelos índices Kappa e global. Observando a partir do total de dados, foram determinadas aleatoriamente 2200 amostras de validação, distribuídas entre 5 imagens da parcela 1 e 6 imagens na parcela 2. Do total de 1100 pontos amostrados da classe vegetação, 1046 foram classificados corretamente. Quanto ao atributo solo, dos 1100 pontos amostrados, 1033 foram corretamente classificados. Foram cometidos erros de omissão de 1,8 e 9,7% para o atributo solo nas imagens da área 1 e 2 respectivamente. Para o atributo Vegetação, os erros de omissão foram de 3,4 e 6,2%. Esses erros dizem respeito a acurácia do classificador, estando por tanto, associados a credibilidade da classificação. A exatidão global, foi de 97,4% para as imagens da parcela 1 e 92% para as imagens classificadas da parcela 2. Ambos resultados indicam boa qualidade na classificação das imagens. Os coeficientes Kappa foram obtidos para cada imagem classificada e em seguida extraiu-se a média para cada parcela de cultivo. A classificação das imagens da parcela 1 apresentou índice Kappa médio de 0,95, já as imagens da parcela 2, o valor médio do índice Kappa foi de 0,84. O método de foto-comparação com a classificação supervisionada contribuiu para acompanhar a evolução da cobertura vegetal. A variação de acurácia observada entre os tratamentos pode ter sido influenciada pela ocorrência de sombreamento. Pode-se concluir com base nos resultados obtidos que a rotina de classificação supervisionada de imagens a partir do algoritmo Maximum Likelihood apresentou resultados satisfatórios na distinção das classes propostas. Palavras-chave: classificação supervisionada; processamento de imagens; cobertura vegetal. Agradecimentos: LAGES-UFU, FAPEMIG. 177
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Manejo e conservação do solo e da água
Variação textural entre diferentes solos sob florestas plantadas em Curitibanos-SC Gustavo H. M. Regazolli¹, Carla E. Carducci², Letícia S. Kohn¹, Jânio dos S. Barbosa¹, Caroline A. da R. Leoncio¹, Valderi N. da S. Júnior¹ 1
Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, Curitibanos - SC, Brasil,freza-ghenrique@hotmail.com.br, ²Universidade Federal da Grande Dourados, Faculdade de Ciências Agrárias – FCA/UFGD, Dourados – MS, Brasil.
Textura ou granulometria é a termologia utilizada para indicar a distribuição das frações do solo (argila, silte e areia). Essas frações se diferenciam principalmente pelo seu tamanho, ou seja, a argila possui um menor diâmetro (< 0,002 mm), seguida do silte (0,002 – 0,02 mm) e areia (0,02 – 2,00 mm). Esta influencia tanto na retenção e infiltração de água como também na produtividade de todas as culturas. O objetivo desse trabalho foi determinar a variação textural dos solos presentes na área da Fazenda Experimental Florestal da UFSC em Curitibanos-SC. Foram coletadas amostras de solo com estrutura deformada no Hz A e B em 14 pontos georreferenciados (UTM) a partir de um GPS Garmin etrex 10 na Fazenda Experimental Florestal pertencente a UFSC. Os pontos foram distribuídos a fim de formar uma malha cobrindo a maior parte da área da fazenda. A coleta foi realizada por meio de um trado holandês. Após a etapa a campo, no laboratório foi realizada a análise granulométrica de cada ponto por meio do método da pipeta. No terço superior, no qual há plantações de Araucaria angustifolia e Eucalyptus sp., no horizonte A dos LVAd (Latossolos Vermelho-Amarelos Distróficos) foi encontrada maiores quantidades de argila, sendo uma média de 58%. No Hz B desses solos observou-se a mesma característica, no qual a média foi de 62,5%. No Hz A dos PVd (Argissolos Vermelhos Distróficos) e LVd (Latossolos Vermelhos Distróficos), ainda no terço superior, predominou o silte na fração granulométrica classificando a textura como franco argilo siltosa (textura média), obtendo-se valores de 52% para o primeiro e 55% para o segundo. Já no Hz B dos PVd e LVd, houve uma grande quantidade de argila, destacando-se o PVd com 77% do total. No terço superior os valores correspondentes de areia, tanto para o Hz A como para o Hz B de todos os solos mantiveramse abaixo de 4,5%. No terço médio há plantações de Pinus sp. No Hz A do CXbd (Cambissolo Háplico Tb Distrófico), LAw (Latossolos Amarelos Ácricos) e PVd encontrou-se respectivamente uma média de 55%, 54,5%, 44% de argila. Os valores médios de silte no Hz A para esses solos foram 49% nos PVd, 38% nos LAw e 39% no CXbd, classificando os como solos de textura argilosa (>35%). No Hz B o conteúdo de argila continuou predominando principalmente nos PVd com uma média de 71% do total. No Hz B do CXbd foi encontrada uma quantidade mais elevada de areia (17,42%). No terço inferior os solo são todos SXd (Planossolos Háplicos Distróficos) no qual há plantios de Bambu.O Hz A desses solos predominou a fração silte com uma média de 49,5%, seguido pela argila (45%) e areia com 5,5% do total. Já no Hz B a argila foi predominante com 51% do total. A quantidade de areia aumentou de forma significativa em torno de 13% em relação aos demais solos. Todos os solos presentes na área foram classificados como argilosos e muito argilosos, o que é benéfico por apresentar maior quantidade de colóides minerais que influenciam positivamente na qualidade física, melhoria na estabilidade de estrutura e na química favorece a maior troca de íons, especialmente no horizonte A. Palavras-chave: textura; argila; conservação do solo. Agradecimentos: UFSC.
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Comissão: Planejamento do uso da terra......................................180 Séries temporais MODIS para avaliação da produtividade de soja sob diferentes solos em Mato Grosso - Michel E. D. Chaves, Marcelo de C. Alves....................................................................................180
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Planejamento do uso da terra
Séries temporais MODIS para avaliação da produtividade de soja sob diferentes solos em Mato Grosso Michel E. D. Chaves1, Marcelo de C. Alves1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, medchaves@posgrad.ufla.br
Informações derivadas de sensoriamento remoto podem ser úteis para o monitoramento das lavouras e o acompanhamento da produção ao longo de um ciclo fenológico, possuindo relevância para o planejamento estratégico da agricultura em larga escala. Especificamente em Mato Grosso, região Centro-Oeste do Brasil, o avanço da sojicultura intensificou a busca por informações confiáveis sobre a distribuição espacial da soja. Dada a extensão da atividade e a sua importância econômica, o desenvolvimento e a implementação de ferramentas de monitoramento das lavouras com menos custos e maior precisão torna-se imprescindível. Entre os sensores que se destacam para este propósito, está o MODerate Resolution Imaging Spectroradiometer (MODIS), a bordo dos satélites TERRA e AQUA, devido às suas características espaciais e temporais compatíveis com o tamanho das lavouras e a dinâmica dos cultivos. O sensor MODIS disponibiliza dados diários sobre a vegetação, sob a forma de índices, entre os quais está o Enhanced Vegetation Index (EVI), sensível às variações no vigor de biomassa transcorridas durante o ciclo fenológico. Entre os fatores que influenciam diretamente a produtividade agrícola, o solo pode ser considerado um dos mais relevantes. Logo, investigar como a variabilidade de tipos de solo influencia na produtividade agrícola é essencial para melhorar a precisão do manejo no campo. Inserido neste contexto e considerando que os dados do índice EVI podem ser utilizados como variável confiável para a tomada de decisão na lavoura, este trabalho visou, por meio de análises de séries temporais representativas de talhões de alta e baixa produtividade de soja, avaliar a relação do índice de vegetação EVI com a produtividade de soja plantada em diferentes tipos de solo, utilizando como campo experimental três aglomerados de fazendas no Estado de Mato Grosso na safra 2010/2011. O procedimento metodológico envolveu a alocação das imagens em série temporal e a posterior extração dos valores EVI dos pixels representativos dos talhões, evitando a utilização das bordas dos mesmos para minimizar os efeitos de mistura da resposta espectral dos talhões de soja com os alvos do entorno. Posteriormente, para eliminar ruídos atmosféricos, as séries temporais foram filtradas com o uso das bandas de controle de qualidade do sensor e do filtro Savitzky-Golay, que minimiza ruídos sem modificar o padrão do perfil espectro-temporal do índice de vegetação. Para a interpretação dos resultados, foram utilizadas informações de campo referentes ao tipo de cultivar plantada, as datas de plantio, germinação e colheita, a textura do solo de cada talhão, a área plantada e o total de sacas colhidas em cada talhão ao final da safra. Os resultados demonstram, em nível de talhão, a estreita relação entre o EVIe a produtividade de soja, indicando o potencial deste índice para monitorar o cultivo e auxiliar a elaboração de modelos de previsão de safra e a proposição de ações estratégicas na esfera do planejamento do uso da terra em Mato Grosso. Além disso, os resultados evidenciam diferenças de produtividade entre variedades de soja cultivadas em solos distintos. Palavras-chave: sensoriamento remoto; soja; solos. Agradecimentos: CAPES, DEG, UFLA.
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Comissão: Poluição, Remediação do solo e recuperação de áreas degradadas......................................................................182 Altura de plantas de aveia submetidas a diferentes concentrações de mercúrio no solo Francielle R. D. de Lima, Jade G. Alacoque, Rayner H. C. L. dos Reis, Geraldo de S. Candido, Polyana Pereira, João J. Marques..................................................................................................................................................................182
Avaliações do crescimento de arroz cultivado em Latossolo Vermelho distroférrico contaminado com cromo hexavalente - Rayner H. C. L. dos Reis, Mateus M. Engelhardt, Francielle R. D. de Lima, Carolina N. Scherrer, Adélia. A. A. Pozza, João J. Marques...............................................................................183 Comportamento da aveia amarela em um Latossolo contaminado com mercúrio - Francielle R. D. de Lima, Mateus M. Engelhardt, Gabriel C. Martins, Aline O. Silva, Geraldo de S. Candido, João J. Marques .................184 Desempenho ecofisiológico de arroz e sorgo cultivados em Latossolo Vermelho distroférrico contaminado com Cr VI - Rayner H. C. L. dos Reis, Mateus M. Engelhardt, Francielle R. D. de Lima, Polyana Pereira, Adélia. A. A. Pozza, João J. Marques............................................................................................................185 Efeito de diferentes concentrações de chumbo na cultura do sorgo - Geraldo S. Cândido, Polyana Pereira, Francielle R. D. Lima, Mateus M. Engelhardt, Rayner H. C. L. dos Reis, João José Marques.............................186 Eficiência fotossintética de plantas de aveia cultivadas em solo contaminado com mercúrio -
Francielle R. D. de Lima, Emerson F. Vilela, Mateus M. Engelhardt, Rayner H. C. L. dos Reis, Polyana Pereira, João J. Marques..................................................................................................................................................................187
Fitotoxicidade de cromo VI em plantas de sorgo (Sorghum bicolor L.) - Rayner H. C. L. dos Reis, Mateus
M.
Engelhardt,
Francielle
R.
D.
de
Lima,
Carolina
N.
Scherrer,
Adélia
A.
A.
Pozza,
João
J.
Marques..................................................................................................................................................................188
Influência de diferentes concentrações de chumbo na fisiologia da cultura da soja - Geraldo de S. Cândido, Mateus M. Engelhardt, Polyana Pereira, Francielle R. D. de Lima, Jade G. Alacoque, João J. Marques.....189 Produção de massa seca de plantas de aveia amarela em Latossolo contaminado com mercúrio - Francielle R. D. de Lima, Emerson F. Vilela, Mateus M. Engelhardt, Rayner H. C. L. dos Reis, Polyana Pereira, João J. Marques......................................................................................................................................................190 Respostas de enzimas antioxidantes de plantas de soja em solo contaminado com chumbo Geraldo S. Candido, Polyana Pereira, Francielle R. D. Lima, Mateus M. Engelhardt, Jade G. Alacoque, João José Marques..................................................................................................................................................................191
Taxa fotossintética de plantas de feijão cultivadas em Latossolo contaminado com mercúrio - Francielle R. D. de Lima, Jade G. Alacoque, Mateus M. Engelhardt, Rayner H. C. L. dos Reis, Polyana Pereira, João J. Marques..................................................................................................................................................................192
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Poluição, Remediação do solo e recuperação de áreas degradadas
Altura de plantas de aveia submetidas a diferentes concentrações de mercúrio no solo Francielle R. D. de Lima1, Jade G. Alacoque1, Rayner H. C. L. dos Reis1, Geraldo de S. Candido1, Polyana Pereira1, João J. Marques1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, frandislim@gmail.com
O Hg é um elemento-traço potencialmente tóxico ao homem e ao meio ambiente. Assim, o monitoramento da sua presença no ambiente faz-se de grande importância. Dentre os fatores que podem afetar a acumulação de mercúrio pelas plantas, estão à matéria orgânica do solo, o teor de C orgânico, o potencial redox, a textura do solo e o grau de poluição do solo. A variável altura das plantas geralmente apresenta correlação positiva com a produção. É uma das principais medidas de crescimento, sendo estritamente relacionada ao desenvolvimento vegetativo. Assim, o presente trabalho visou avaliar os efeitos da aplicação de Hg sobre a altura de plantas de Avena byzantina (aveia amarela). O experimento foi realizado em casa de vegetação da Universidade Federal de Lavras, Minas Gerais. O solo utilizado foi classificado como Latossolo Vermelho Amarelo distrófico (LVAd), textura média, cujas características químicas foram: pH (H2O) = 4,9; P (Mehlich) = 3,21 mg/dm3; K = 98,0 mg/dm3; Ca = 1,5 cmolc/dm3; Mg= 0,5 cmolc/dm3; Al= 0,4 cmolc/dm3; H + Al = 3,87 cmolc/dm3; T = 6,12 cmolc/dm3; V = 37%; m = 15%; MO = 2,11 dag/kg; P-rem = 26 mg/L. Foi realizada a correção do pH com carbonato de Ca e Mg, elevando a saturação por bases para 60% e adubação segundo recomendações para cultivo em vaso. O solo foi umedecido com água destilada e o teor de água foi mantido a 70% do espaço poroso saturado por água. Utilizou-se o cultivar comercial São Carlos, em delineamento inteiramente casualizado, com sete tratamentos e quatro repetições. O trabalho foi realizado em vasos contendo 500 cm3 de solo contaminados com HgCl2, nas seguintes concentrações de Hg: 0; 2,5; 5,0; 10,0; 20,0; 40,0 e 80,0 mg kg-1 de solo seco. O plantio foi realizado 24 horas após a aplicação de HgCl2, com 10 sementes por vaso. Posteriormente, foi realizado um desbaste para permanência de seis plantas por vaso. O experimento teve duração de 21 dias contados a partir da germinação de 50% do tratamento controle. Os dados foram submetidos a análise de variância (p<0,05) e regressão. Constatou-se decréscimo na altura das plantas a partir da primeira dose de Hg, verificando-se comportamento linear (R2= 0,84), com declínio acentuado. A altura na última dose de Hg (80,0 mg kg-1 de solo seco) apresentou uma diminuição de 17% em relação ao tratamento controle. O efeito do Hg na diminuição do tamanho das plantas de aveia amarela pode ser explicado pelo fato do Hg se acumular nas raízes, bloqueando a captação e transporte de nutrientes e água e sua translocação para a parte aérea. Palavras-chave: mercúrio; contaminação; Avena byzantina. Agradecimentos: CAPES, DCS, PET Engenharia Agrícola, UFLA.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Poluição, Remediação do solo e recuperação de áreas degradadas
Avaliações do crescimento de arroz cultivado em Latossolo Vermelho distroférrico contaminado com cromo hexavalente Rayner H. C. L. dos Reis1, Mateus M. Engelhardt1, Francielle R. D. de Lima1, Carolina N. Scherrer1, Adélia. A. A. Pozza1, João J. Marques1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, rayner15@gmail.com
O cromo (Cr) é um metal pesado de grande importância ambiental devido aos seus efeitos em macro e microrganismos. Uma vez presente, pode entrar na cadeia alimentar, desequilibrar processos fisiológicos e metabólicos de plantas, e acumular no solo. A concentração natural deste elemento em solos brasileiros pode chegar a 2000 mg kg-1 de acordo com o material de origem, atributos físicos e químicos do solo. Apesar de sua translocação para plantas ser limitada por se concentrar nas raízes e região da rizosfera, o Cr quando adicionado no solo e absorvido inibe a germinação, absorção de alguns macro e micronutrientes, mudanças oxidativas e mutagênicas, redução do crescimento e massa seca. Dessa forma, o objetivo deste experimento foi estudar os efeitos do Cr no crescimento de plantas de arroz (Oryza sativa L.). Foi realizado um experimento em casa de vegetação em vasos de 500 cm³ com seis concentrações de Cr (0; 18,75; 37,5; 75; 150; e, 300 mg/kg solo) e quatro repetições. O cultivo foi em um Latossolo Vermelho distroférrico (LVdf) coletado campus da Universidade Federal de Lavras. As características químicas do solo natural foram: pH (H2O) = 4,4; M.O. = 3,99 dag/kg; argila = 68 dag/kg; P = 1,71 mg/dm3; K = 56 mg/dm3; Ca = 0,3 cmolc/dm3; Mg = 0,2 cmolc/dm3; Al = 1,2 cmolc/dm3; H + Al = 11,11 cmolc/dm3; T = 1,84 cmolc/dm3; V = 6 %; P-rem = 4,72 mg/L. A fim de manter as condições nutricionais mínimas necessárias para as plantas, foram realizadas correção e adubação do solo para cultivos em vasos e o teor de água foi mantido a 70% do espaço poroso saturado por água. Utilizou-se o dicromato de potássio (K2Cr2O7) como a fonte de Cr VI. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com seis tratamentos e quatro repetições. O ensaio foi concluído aos 21 dias após a emergência de 50% das plântulas do tratamento controle e as variáveis avaliadas foram altura e massa seca. No software estatístico Sisvar foi realizada análise de variância (p<0,05) e posteriormente análise de regressão (p<0,05). Todas as variáveis foram afetadas pela presença de Cr VI no solo. Com relação à altura das plantas foi observada redução em todos os tratamentos com Cr, sendo que a maior concentração (300 mg kg-1) ocasionou decréscimo de 53% em relação ao tratamento controle (R2= 0,88). Para a massa seca a maior concentração reduziu em 99% em relação ao tratamento controle (R2= 0,89), o que indica que os mecanismos de defesa das plantas não foram totalmente eficientes, potencializando o efeito tóxico no crescimento e desenvolvimento vegetal. Esse fato também pode ter sido influenciado por uma provável interrupção do funcionamento da cadeia de transporte de elétrons na fotossíntese e alteração no processo redox com a entrada de Cr no lugar de Cu e Fe, consequentemente reduzindo a captação de energia pelas folhas e interferindo no crescimento vegetal. Com isso, fica evidente que o metal induziu a toxicidade em arroz devido sua interferência em processos fisiológicos e, mais especificamente, nos metabólicos, principalmente na fase inicial da absorção de íons. Palavras-chave: fotossíntese; Oryza sativa; solo contaminado. Agradecimentos: FAPEMIG, FEAM, UFLA e DCS.
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Comportamento da aveia amarela em um Latossolo contaminado com mercúrio Francielle R. D. de Lima1, Mateus M. Engelhardt1, Gabriel C. Martins1, Aline O. Silva1, Geraldo de S. Candido1, João J. Marques1 1Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, frandislim@gmail.com
O Hg tem efeitos adversos sobre a saúde humana e o meio ambiente. Exposição a níveis elevados de Hg podem afetar o cérebro, o coração, os rins e pulmões e o sistema imunológico dos seres humanos. A toxicidade do Hg varia de acordo com a sua forma química, a concentração, a via de exposição e a vulnerabilidade do indivíduo exposto. É um elemento altamente tóxico aos organismos vivos, assim é necessário o seu monitoramente no ambiente. O objetivo do presente trabalho foi avaliar alterações induzidas por diferentes concentrações de Hg na matéria seca da parte aérea (MSPA) e no índice de velocidade de emergência (IVE) de plantas de Avena byzantina (aveia amarela). O experimento foi realizado em casa de vegetação da Universidade Federal de Lavras, Minas Gerais. O solo utilizado foi classificado como Latossolo Vermelho distroférrico (LVdf), textura argilosa, cujas características químicas foram: pH (H2O) = 4,4; P (Mehlich) = 1,71 mg/dm3; K = 56,0 mg/dm3; Ca = 0,3 cmolc/dm3; Mg= 0,2 cmolc/dm3; Al= 1,2 cmolc/dm3; H + Al = 11,11 cmolc/dm3; T = 1,84 cmolc/dm3; V = 6%; m = 65%; MO = 3,99 dag/kg; P-rem = 4,72 mg/L. Foi realizada a correção do pH com carbonato de Ca e Mg, elevando a saturação por bases para 60% e adubação segundo recomendações para cultivo em vaso. O solo foi umedecido com água destilada e o teor de água foi mantido a 70% do espaço poroso saturado por água. Utilizou-se o cultivar comercial São Carlos, em delineamento inteiramente casualizado, com sete tratamentos e quatro repetições. O trabalho foi realizado em vasos contendo 500 cm3 de solo contaminados com HgCl2, nas seguintes concentrações de Hg: 0; 2,5; 5,0; 10,0; 20,0; 40,0 e 80,0 mg kg-1 de solo seco. O plantio foi realizado 24 horas após a aplicação de HgCl 2, com 10 sementes por vaso. Posteriormente, foi realizado um desbaste para permanência de seis plantas por vaso. O experimento teve duração de 21 dias contados a partir da germinação de 50% do tratamento controle. Os dados foram submetidos à análise de variância (p<0,05) e ao teste de Dunnet (p<0,05) para determinação do NOEC (maior dose em que não se observou efeito) e LOEC (menor dose em que se observou efeito) comparado ao tratamento controle. Para a variável MSPA, o NOEC e o LOEC foram 5 e 10 mg kg-1. Já para a variável IVE, o NOEC e o LOEC foram 10 e 20 mg kg -1. A MSPA demonstrou ser mais sensível a este metal que o IVE das plantas. Os resultados evidenciam, para estas condições, que teores menores que 5 mg kg-1 de solo seco não afetam o desenvolvimento de aveia amarela. Contudo, deve-se ressaltar que estes resultados devem ser utilizados cautelosamente, pois variações nos atributos químicos, físicos e microbiológicos do solo podem alterar os teores de Hg e, consequentemente, sua toxicidade. Palavras-chave: Avena byzantina, mercúrio, emergência. Agradecimentos: CAPES, DCS, UFLA.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Poluição, Remediação do solo e recuperação de áreas degradadas
Desempenho ecofisiológico de arroz e sorgo cultivados em Latossolo Vermelho distroférrico contaminado com Cr VI Rayner H. C. L. dos Reis1, Mateus M. Engelhardt1, Francielle R. D. de Lima1, Polyana Pereira1, Adélia. A. A. Pozza1, João J. Marques1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, rayner15@gmail.com
A concentração natural de Cromo (Cr) em solos brasileiros é variável e pode chegar a 2000 mg/kg de acordo com o material de origem, atributos físicos e químicos dos solos. Os estados de oxidação deste elemento são o Cr (III) e Cr (VI), sendo que, este último causa sérios problemas ambientais e ecotoxicológicos. A tolerância das plantas ao excesso de Cr deve-se ao acúmulo deste metal nas raízes e região da rizosfera, o que implica em menor translocação para a parte aérea. Quando absorvido e translocado causa redução em pigmentos fotossintéticos, mudanças no balanço de água e nutrientes, impacto negativo na assimilação de carbono e na clorofila total, e, consequentemente, declínio do crescimento de plantas. A fim de estudar os efeitos do Cr em plantas de arroz (Oryza sativa L.) e sorgo (Sorghum bicolor L.) em solo contaminado foi realizado um experimento em casa de vegetação com seis concentrações de Cr (0; 18,75; 37,5; 75; 150; e, 300 mg/kg de solo) e quatro repetições. O solo escolhido foi o Latossolo Vermelho distroférrico (LVdf) coletado no campus da Universidade Federal de Lavras. As características químicas do solo natural foram: pH (H2O) = 4,4; M.O. = 3,99 dag/kg; argila = 68 dag/kg; P = 1,71 mg/dm3; K = 56 mg/dm3; Ca = 0,3 cmolc/dm3; Mg = 0,2 cmolc/dm3; Al = 1,2 cmolc/dm3; H + Al = 11,11 cmolc/dm3; T = 1,84 cmolc/dm3; V = 6 %; P-rem = 4,72 mg/L. A fim de manter as condições nutricionais mínimas necessárias para as plantas, foram realizadas correção e adubação do solo para cultivos em vasos. Os recipientes continham 500 cm³ de terra fina seca ao ar (TFSA) e o teor de água foi mantido a 70% do espaço poroso saturado por água. Utilizou-se o dicromato de potássio (K2Cr2O7) como a fonte de Cr VI. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado e o ensaio foi concluído aos 21 dias após a emergência de 50% das plântulas do tratamento controle. Aos 14 dias, foram realizadas medições no período entre 9 h e 11 h da manhã com um analisador de trocas gasosas por infravermelho (IRGA Li Cor LI - 6400 XT) para quantificar a taxa fotossintética, condutância estomática, taxa transpiratória, bem como o teor de clorofila nas folhas utilizando o clorofilômetro (SPAD - Soil Plant Analysis Development). Os dados foram submetidos à análise de variância (p<0,05) e ao teste de Dunnet (p<0,05) para determinação dos índices de ecotoxicidade NOEC (concentração sem efeito ecotóxicológico observada) e LOEC (menor concentração com efeito ecotoxicológico observada), sendo analisados estatisticamente em relação às plantas do tratamento controle. Realizou-se também análise de regressão dos dados. Não houve diferenças estatísticas entre os tratamentos com Cr e o tratamento controle para todas as variáveis analisadas das duas culturas agrícolas. Assim, não é possível inferir sobre os índices NOEC e LOEC. No entanto, ao realizar a análise de regressão observou-se um decréscimo de 11% do teor de clorofila nas plantas de arroz submetidas a 300 mg de Cr em comparação ao tratamento controle (R 2= 0,69) . Esses resultados nos informam que essas variáveis ecofisiológicas das plantas podem não ser adequadas para experimentos relacionados à fitotoxicidade do Cr VI para as culturas de arroz e sorgo. Palavras-chave: elementos traço; cromo; fitotoxidez. Agradecimentos: FAPEMIG, FEAM, UFLA e DCS.
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Salão de Convenções da UFLA 09 a 12 de maio de 2017
Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Poluição, Remediação do solo e recuperação de áreas degradadas
Efeito de diferentes concentrações de chumbo na cultura do sorgo Geraldo S. Cândido1, Polyana Pereira1, Francielle R. D. Lima1, Mateus M. Engelhardt1, Rayner H. C. L. dos Reis1, João José Marques1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, geraldo.candido@dag.ufla.br
O chumbo (Pb) é um elemento persistente no solo e causa grande preocupação ambiental. A contaminação ambiental por Pb pode ser uma ameaça direta ou indireta à saúde humana, pois gera degradação da qualidade do solo, contribuindo para a redução quantitativa e qualitativa da produção agrícola. Em altas concentrações o Pb pode afetar a germinação de sementes, o crescimento e até promover mudanças negativas no funcionamento enzimático das plantas. O objetivo do presente trabalho foi avaliar as variáveis emergência, índice de velocidade de emergência (IVE), altura das plantas e massa seca da parte aérea (MSPA) de plantas de sorgo (Sorghum bicolor) expostas a doses crescentes de Pb no solo. O experimento foi realizado em casa de vegetação da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Minas Gerais. O solo utilizado foi classificado como Latossolo Vermelho distroférrico típico (LVdf), textura argilosa, cujas características químicas foram: pH (H2O) = 4,4; P (Mehlich) = 1,71 mg/dm3; K = 56,0 mg/dm3; Ca = 0,3 cmolc/dm3; Mg= 0,2 cmolc/dm3; Al= 1,2 cmolc/dm3; H + Al = 11,11 cmolc/dm3; T = 1,84 cmolc/dm3; V = 6%; m = 15%; MO = 3,99 dag/kg; Prem = 4,72 mg/L. Foi realizada a correção do pH com carbonato de Ca e Mg, elevando a saturação por bases para 60% e adubação segundo recomendações para cultivo em vaso. O solo foi umedecido com água destilada e o teor de água foi mantido a 70% do espaço poroso saturado por água. Utilizouse o cultivar comercial de sorgo BRS 310, em delineamento inteiramente casualizado, com oito tratamentos e quatro repetições. O trabalho foi realizado em vasos contendo 500 cm3 de solo contaminado com acetato de Pb, nas seguintes concentrações de Pb: 0, 50, 100, 200, 400, 800, 1600, 3200 mg kg-1 de solo seco. O plantio foi realizado 24 horas após a aplicação de acetato de Pb com 10 sementes por vaso. Posteriormente foi realizado um desbaste para permanência de 6 plantas por vaso. O experimento teve duração de 21 dias contados a partir da germinação de 50% do tratamento controle. Os dados foram submetidos à análise de variância (p<0,05) e posteriormente à análise de regressão, ajustando-se ao modelo quadrático. Com o aumento das doses de Pb no solo houve um decréscimo na emergência, IVE, altura de plantas e MSPA e o coeficiente de determinação (R2) foram respectivamente 0,95, 0,96, 0,93 e 0,97. A emergência, a partir da dose de 400 mg kg-1, teve um decréscimo e na dose de 2800 mg kg-1 houve uma redução de 36,84% em relação ao tratamento controle. Já para a velocidade de emergência, a redução foi observada a partir da dose de 200 mg kg-1 e na dose de 2800 mg kg-1 essa redução foi de 71,12% quando comparado ao tratamento controle. A altura de plantas foi observada uma redução a partir da dose de 200 mg kg-1 e na dose de 2800 mg kg-1 a redução foi de 55,90% em relação ao tratamento controle. Para a MSPA o efeito foi semelhante ao IVE e a altura de plantas, no entanto, a maior dose apresentou uma redução de 66,95% em relação ao tratamento controle. Assim conclui-se que as variáveis analisadas sofreram influência em função do aumento das doses de Pb nos solos. Palavras-chave: sorgo; contaminação; chumbo. Agradecimentos: NECS, DCS, UFLA.
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“Interfaces, desafios e inovações”
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Eficiência fotossintética de plantas de aveia cultivadas em solo contaminado com mercúrio Francielle R. D. de Lima1, Emerson F. Vilela1, Mateus M. Engelhardt1, Rayner H. C. L. dos Reis1, Polyana Pereira1, João J. Marques1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, frandislim@gmail.com
O Hg está entre os mais graves poluentes do meio ambiente, devido a sua elevada toxicidade e persistência, mesmo em concentrações baixas. Em vista da crescente contaminação dos solos por Hg e da expansão da contaminação a outros ecossistemas, é importante se conhecer ao máximo o seu efeito. O objetivo do presente trabalho foi avaliar alterações induzidas por diferentes doses de Hg na eficiência fotossintética das plantas de Avena byzantina (aveia amarela). O experimento foi realizado em casa de vegetação da Universidade Federal de Lavras, Minas Gerais. O solo utilizado foi classificado como Latossolo Vermelho Amarelo distrófico (LVAd), textura média, cujas características químicas foram: pH (H2O) = 4,9; P (Mehlich) = 3,21 mg/dm3; K = 98,0 mg/dm3; Ca = 1,5 cmolc/dm3; Mg= 0,5 cmolc/dm3; Al= 0,4 cmolc/dm3; H + Al = 3,87 cmolc/dm3; T = 6,12 cmolc/dm3; V = 37%; m = 15%; MO = 2,11 dag/kg; P-rem = 26 mg/L. Foi realizada a correção do pH com carbonato de Ca e Mg, elevando a saturação por bases para 60% e adubação segundo recomendações para cultivo em vaso. O solo foi umedecido com água destilada e o teor de água foi mantido a 70% do espaço poroso saturado por água. Utilizou-se o cultivar comercial São Carlos, em delineamento inteiramente casualizado, com sete tratamentos e quatro repetições. O trabalho foi realizado em vasos contendo 500 cm3 de solo contaminados com HgCl2, nas seguintes concentrações de Hg: 0; 2,5; 5,0; 10,0; 20,0; 40,0 e 80,0 mg kg-1 de solo seco. O plantio foi realizado 24 horas após a aplicação de HgCl2, com 10 sementes por vaso. Posteriormente, foi realizado um desbaste para permanência de seis plantas por vaso. O experimento teve duração de 21 dias contados a partir da germinação de 50% do tratamento controle. Ao fim do experimento, foram determinados os valores das variáveis: taxa fotossintética, taxa transpiratória, condutância estomática e teor de clorofila através do índice SPAD. As medições foram realizadas no período entre 9 e 11h com o auxílio de um analisador de trocas gasosas por infravermelho (IRGA- Li-CorLI- 6400XT) e um medidor portátil de clorofila (clorofilômetro- SPAD- 502). Os dados foram submetidos à análise de variância (p<0,05) e ao teste de Dunnet (p<0,05) para determinação dos índices de ecotoxicidade NOEC (concentração sem efeito ecotóxicológico observada) e LOEC (menor concentração com efeito ecotoxicológico observada), sendo analisados estatisticamente em relação às plantas do tratamento controle. Foi realizada a correlação de Spearman entre o índice de SPAD e as variáveis: taxa fotossintética, taxa transpiratória e condutância estomática. O índice SPAD correlacionou positivamente com taxa fotossintética (r = 0,55), taxa transpiratória (r = 0,66) e a condutância estomática (r = 0,65). O LOEC encontrado tanto para a taxa fotossintética e condutância estomática foi na dose de 20 mg kg-1 de solo seco, sendo a primeira dose a apresentar diferença significativa em relação ao controle. O NOEC para as duas variáveis foi na dose de 10 mg kg-1 de solo seco. Já para a taxa transpiratória, encontrou-se um LOEC de 40 mg kg-1 de solo seco e NOEC de 20 mg kg-1 de solo seco. A redução da eficiência fotossintética na presença de Hg pode ser uma consequência da inibição da síntese de clorofilas, devido à inibição da atividade da enzima delta-aminolevulinato desidratase (δ-ALA-D). A δ-ALA-D é sensível ao Hg porque contém grupos -SH em sua estrutura, estes possuem alta afinidade com este metal. Assim, comprova-se o efeito negativo do Hg sobre o aparato fotossintético de plantas de aveia amarela. Palavras-chave: fotossíntese; Avena byzantina; mercúrio. Agradecimentos: CAPES, CNPq, DCS, UFLA.
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Fitotoxicidade de cromo VI em plantas de sorgo (Sorghum bicolor L.) Rayner H. C. L. dos Reis1, Mateus M. Engelhardt1, Francielle R. D. de Lima1, Carolina N. Scherrer1, Adélia A. A. Pozza1, João J. Marques1 1
UniversidadeFederal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, rayner15@gmail.com
A ocorrência natural de metais pesados nos solos brasileiros se deve ao material de origem e sua degradação, teor de argila, de matéria orgânica, pH e ações antrópicas. A depender da estabilidade, a disponibilidade desses elementos aumenta se tornando-os tóxicos às plantas, organismos do solo e ao ser humano. O Cr é um metal pesado que pode ser encontrado nas formas trivalente [Cr(III)] e hexavalente [Cr (VI)] e, no solo, na forma de cromato (Cr 2O42-). A forma hexavalente é a mais tóxica devido à sua maior solubilidade, estabilidade e potencial oxidante. Este estado de oxidação causa estresse oxidativo, mudanças mutagênicas, efeitos negativos em enzimas, clorose em folhas, bem como declínio na germinação, crescimento, fotossíntese e biomassa. A maior tolerância das plantas ao excesso de Cr deve-se ao acúmulo deste metal nas raízes e na região da rizosfera, o que implica em menor translocação para a parte aérea. Visando a proteção do solo, órgãos ambientais estaduais estabelecem os teores aceitáveis de metais pesados no solo de maneira que este não se torne incapaz de exercer suas funções ecológicas. Para o Cr VI não há um valor definido. Com isso, o objetivo deste trabalho foi estudar os efeitos de doses crescentesde Cr VI no solo em plantas de sorgo (Sorghum bicolor L.). Foi realizado um experimento em casa de vegetação em vasos de 500 cm³ com seis tratamentos (0; 18,75; 37,5; 75; 150; e 300 mg/kg de solo) e quatro repetições. As plantas foram cultivadas em um Latossolo Vermelho distroférrico (LVdf) coletado no campus da Universidade Federal de Lavras. As características químicas do solo natural foram: pH (H2O) = 4,4; M.O. = 3,99 dag/kg; argila = 68 dag/kg; P = 1,71 mg/dm3; K = 56 mg/dm3; Ca = 0,3 cmolc/dm3; Mg = 0,2 cmolc/dm3; Al = 1,2 cmolc/dm3; H + Al = 11,11 cmolc/dm3; T = 1,84 cmolc/dm3; V = 6 %; P-rem = 4,72 mg/L. A fim de manter as condições nutricionais mínimas necessárias para as plantas foram realizadas correção e adubação do solo para cultivos em vasos. Os recipientes continham 500 cm³ de terra fina seca ao ar (TFSA) e o teor de água foi mantido a 70% do espaço poroso saturado por água. Utilizou-se o dicromato de potássio (K2Cr2O7) como a fonte de Cr VI. O ensaio foi concluído aos 21 dias após a germinação de 50% de sementes do controle. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado e as variáveis avaliadas foram altura e massa seca. No software estatístico Sisvar foi realizada análise de variância (p<0,05) para as variáveis analisadas. Todas as variáveis foram afetadas pelo Cr VI, de maneira que o aumento das concentrações deste elemento no solo implicou na redução da altura e massa seca de plantas. Nos tratamentos com 300 mg Kg Cr observouse um decréscimo de 47% na altura das plantas (R2 = 0,92) e 83% da massa seca (R2 = 0,92). Essas variáveis foram testadas por serem adequadas para avaliar a sensibilidade do vegetal ao metal estudado devido os efeitos internos causados pelo Cr, que de maneira geral são: alteração de forma negativa dos componentes da clorofila, desempenho fotossintético, além da captação de energia e nutrientes para a parte aérea. Dessa maneira, os resultados mostram que o sorgo é sensível a altas concentrações deste metal no solo. Palavras-chave: cromo hexavalente, elementos traço, sorgo. Agradecimentos: FAPEMIG, FEAM, UFLA e DCS.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Poluição, Remediação do solo e recuperação de áreas degradadas
Influência de diferentes concentrações de chumbo na fisiologia da cultura da soja Geraldo de S. Cândido1, Mateus M. Engelhardt1, Polyana Pereira1, Francielle R. D. de Lima1, Jade G. Alacoque1, João J. Marques1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, mateusme1@hotmail.com
O chumbo (Pb) é um elemento-traço tóxico ao metabolismo vegetal, em razão de causar alterações metabólicas, interferindo direta ou indiretamente em várias funções morfológicas, fisiológicas e bioquímicas, que, na maioria dos casos, induzem a uma variedade de efeitos deletérios. Dentre as alterações que o Pb pode causar nas plantas estão a distorção na estrutura dos cloroplastos, redução da taxa fotossintética e inibição da síntese de pigmentos fotossintetizantes. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência na aplicação de doses crescentes de Pb aplicadas ao solo sobre a taxa fotossintética (A), taxa de transpiratória (Ee), condutância estomática (gs) e massa seca parte aérea (MSPA) da cultura da soja. O experimento foi realizado em casa de vegetação da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Minas Gerais. O solo utilizado foi classificado como Latossolo Vermelho Amarelo distrófico (LVAd), textura média, cujas características químicas foram: pH (H2O) = 4,9; P (Mehlich) = 3,21 mg/dm3; K = 98,0 mg/dm3; Ca = 1,5 cmolc/dm3; Mg= 0,5 cmolc/dm3; Al= 0,4 cmolc/dm3; H+Al = 3,87 cmolc/dm3; T = 6,12 cmolc/dm3; V = 37%; m = 15%; MO = 2,11 dag/kg; P-rem = 26 mg/L. Foi realizada a correção do pH com carbonato de Ca e Mg, elevando a saturação por bases para 60% e adubação segundo recomendações para cultivo em vaso. O solo foi mantido a 60% do espaço poroso saturado com água. Utilizou-se o cultivar comercial de soja (Glycine max L.) cv. CD 238 RR, em delineamento inteiramente casualizado, com oito tratamentos e quatro repetições. O trabalho foi realizado em vasos contendo 500 cm3 de solo contaminado com acetato de Pb, nas seguintes concentrações de Pb: 0, 200, 400, 800, 1200, 1600, 2200, 2800 mg kg-1 de solo seco. O plantio foi realizado 24 horas após a aplicação de acetato de Pb com 10 sementes por vaso. Posteriormente foi realizado um desbaste para permanência de 6 plantas por vaso. O experimento teve duração de 21 dias contados a partir da germinação de 50% do tratamento controle. Os dados foram submetidos à análise de variância e posteriormente foi feita análise de regressão. Os tratamentos apresentaram efeitos estatisticamente significativos (p<0,05) para todas as variáveis. Ajustando as curvas de regressão para as variáveis A, Ee e gs (R2= 0,93, R2 = 0,95 e R2 = 0,90), observa-se redução na atividade de todas as variáveis de acordo com o aumento da concentração de Pb. A MSPA apresentou a mesma tendência observada (R2 = 0,96), com um decréscimo a partir da dose de 200 mg kg-1, sendo que, houve uma redução de 81% da dose de Pb 2800 mg/kg em relação ao controle. A redução da A, pode ser explicada pelo fato do Pb realizar a ruptura da organização do cloroplasto, obstruindo o transporte de elétrons e inibindo a atividade de enzimas do ciclo de Calvin. A gs foi reduzida, como consequência da influência do Pb no mecanismo de abertura e fechamento estomático, já que esse elementro-traço causa um aumento na concentração de fitormônios na parte aérea, que induzem ao fechamento das células-guarda dos estômatos. Com a redução da gs, o processo da Ee também é afetado. As variáveis avaliadas da cultura da soja, foram sensíveis ao aumento da dose de Pb no solo. Palavras-chave: fotossíntese; glycine max; chumbo. Agradecimentos: CAPES, DCS, UFLA.
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Produção de massa seca de plantas de aveia amarela em Latossolo contaminado com mercúrio Francielle R. D. de Lima1, Emerson F. Vilela1, Mateus M. Engelhardt1, Rayner H. C. L. dos Reis1, Polyana Pereira1, João J. Marques1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, frandislim@gmail.com
A toxicidade e os efeitos adversos do Hg na saúde humana e nos ecossistemas são conhecidos há muito tempo. Por isso, a ocorrência de Hg no ambiente deve ser monitorada. Os solos contaminados contribuem para a poluição global com impacto direto sobre as águas, a vegetação, o ar ambiente e, consequentemente, sobre a saúde humana e animal. Propriedades como toxicidade do Hg, solubilidade, mobilidade e bioacumulação variam devido às diferentes formas de Hg presentes nos solos. O objetivo do presente trabalho foi avaliar alterações induzidas por diferentes doses de Hg na produção de massa seca da parte aérea (MSPA) de plantas de Avena byzantina (aveia amarela). O experimento foi realizado em casa de vegetação da Universidade Federal de Lavras, Minas Gerais. O solo utilizado foi classificado como Latossolo Vermelho Amarelo distrófico (LVAd), textura média, cujas características químicas foram: pH (H2O) = 4,9; P (Mehlich) = 3,21 mg/dm3; K = 98,0 mg/dm3; Ca = 1,5 cmolc/dm3; Mg= 0,5 cmolc/dm3; Al= 0,4 cmolc/dm3; H + Al = 3,87 cmolc/dm3; T = 6,12 cmolc/dm3; V = 37%; m = 15%; MO = 2,11 dag/kg; P-rem = 26 mg/L. Foi realizada a correção do pH com carbonato de Ca e Mg, elevando a saturação por bases para 60% e adubação segundo recomendações para cultivo em vaso. O solo foi umedecido com água destilada e o teor de água foi mantido a 70% do espaço poroso saturado por água. Utilizou-se o cultivar comercial São Carlos, em delineamento inteiramente casualizado, com sete tratamentos e quatro repetições. O trabalho foi realizado em vasos contendo 500 cm3 de solo contaminados com HgCl2, nas seguintes concentrações de Hg: 0; 2,5; 5,0; 10,0; 20,0; 40,0 e 80,0 mg kg-1 de solo seco. O plantio foi realizado 24 horas após a aplicação de HgCl2, com 10 sementes por vaso. Posteriormente, foi realizado um desbaste para permanência de seis plantas por vaso. O experimento teve duração de 21 dias contados a partir da germinação de 50% do tratamento controle. Os dados foram submetidos à análise de variância (p<0,05) e ao teste de Dunnet (p<0,05) para determinação dos índices de ecotoxicidade NOEC (maior concentração sem efeito ecotóxicológico observada) e LOEC (menor concentração com efeito ecotoxicológico observada), sendo analisados estatisticamente em relação às plantas do tratamento controle. Para a variável analisada (MSPA) encontrou-se o NOEC na dose de Hg de 10,0 mg kg-1 de solo seco e o LOEC na dose de Hg de 20 mg kg-1 de solo seco. A MSPA pode ser uma boa medida do efeito da contaminação do Hg em plantas de aveia amarela, pelo fato deste metal causar distúrbios na fotossíntese, na absorção de água e de nutrientes, afetando diretamente a produção de massa seca das plantas. Palavras-chave: Avena byzantina; mercúrio; solos contaminados. Agradecimentos: CAPES, CNPq, DCS, UFLA.
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Respostas de enzimas antioxidantes de plantas de soja em solo contaminado com chumbo Geraldo S. Candido1, Polyana Pereira1, Francielle R. D. Lima1, Mateus M. Engelhardt1, Jade G. Alacoque1, João José Marques1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, llyz.polyana@gmail.com
O chumbo (Pb) é um dos poluentes antropogênicos mais tóxicos no meio ambiente. A sua presença pode contribuir para o aumento dos níveis de EROs (espécies reativas de oxigênio) extremamente tóxicas aos seres vivos. Para combater as EROs, as plantas possuem um sistema de defesa composto por antioxidantes enzimáticos e não enzimáticos. Os antioxidantes agem controlando o nível celular das EROs, impedindo que danos sejam causados às células, desintoxicando as plantas e as fazendo superar a situação de estresse abiótico. O objetivo do presente trabalho foi quantificar as seguintes enzimas do sistema antioxidante das plantas: dismutase do superóxido (SOD), peroxidase do ascorbato (APX) e catalase (CAT) em plantas de Glycine max (L.) contaminadas por diferentes doses de Pb. O experimento foi realizado em casa de vegetação da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Minas Gerais. O solo utilizado foi classificado como Latossolo Vermelho distroférrico típico (LVdf), textura argilosa, cujas características químicas foram: pH (H2O) = 4,4; P (Mehlich) = 1,71 mg/dm3; K = 56,0 mg/dm3; Ca = 0,3 cmolc/dm3; Mg= 0,2 cmolc/dm3; Al= 1,2 cmolc/dm3; H + Al = 11,11 cmolc/dm3; T = 1,84 cmolc/dm3; V = 6%; m = 15%; MO = 3,99 dag/kg; P-rem = 4,72 mg/L. Foi realizada a correção do pH com carbonato de Ca e Mg, elevando a saturação por bases para 60% e adubação segundo recomendações para cultivo em vaso. O solo foi umedecido com água destilada e o teor de água foi mantido a 60% do espaço poroso saturado por água. Utilizou-se o cultivar comercial de soja CD 238RR, em delineamento inteiramente casualizado, com oito tratamentos e quatro repetições. O trabalho foi realizado em vasos contendo 500 cm3 de solo contaminado com acetato de Pb, nas seguintes concentrações de Pb: 0, 50, 100, 200, 400, 800, 1600, 3200 mg kg-1 de solo seco. O plantio foi realizado 24 horas após a aplicação de acetato de Pb com 10 sementes por vaso. Posteriormente foi realizado um desbaste para permanência de 6 plantas por vaso. O experimento teve duração de 21 dias contados a partir da germinação de 50% do tratamento controle. As plantas expostas à dose de Pb 3200 mg kg-1 de solo seco não emergiram, impossibilitando a quantificação das enzimas neste tratamento. Os dados foram submetidos à análise de variância (p<0,05) e posteriormente à análise de regressão, sendo ajustados ao modelo quadrático. O coeficiente de determinação (R²) das enzimas SOD, APX e CAT foram respectivamente 0,91, 0,93 e 0,96. Constatou-se acréscimo das três enzimas quantificadas já com a aplicação da menor dose de Pb (50 mg kg-1 de solo seco). Para a maior dose de Pb analisada (1600 mg kg-1 de solo seco) houve um aumento significativo em relação ao controle para as três enzimas (SOD = 91%, APX = 204% e CAT = 100%). O aumento da concentração de Pb no solo resultou no acréscimo da atividade dessas enzimas. Este efeito está relacionado com a situação de estresse oxidativo das plantas, gerada pela presença do Pb no solo. O fato de os efeitos terem sido observados sempre a partir da primeira dose ressaltam o quanto as enzimas do sistema antioxidante são sensíveis à exposição ao Pb. Palavras-chave: soja; enzimas antioxidantes; chumbo. Agradecimentos: NECS, DCS, UFLA.
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Divisão: USO E MANEJO DO SOLO Comissão: Poluição, Remediação do solo e recuperação de áreas degradadas
Taxa fotossintética de plantas de feijão cultivadas em Latossolo contaminado com mercúrio Francielle R. D. de Lima1, Jade G. Alacoque1, Mateus M. Engelhardt1, Rayner H. C. L. dos Reis1, Polyana Pereira1, João J. Marques1 1
Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG, Brasil, frandislim@gmail.com
O conhecimento das concentrações consideradas naturais de metais em solos é fundamental para que se possa avaliar adequadamente o grau de contaminação de áreas impactadas. O Hg é um elementotraço potencialmente tóxico, que em altas concentrações pode causar distúrbios na fisiologia e especificamente afetando o aparato fotossintético das plantas. O objetivo do presente trabalho foi avaliar alterações induzidas por diferentes doses de Hg na taxa fotossintética de plantas de feijão (Phaseolus vulgaris L.). O experimento foi realizado em casa de vegetação da Universidade Federal de Lavras, Minas Gerais. O solo utilizado foi classificado como Latossolo Vermelho Amarelo distrófico (LVAd), textura média, cujas características químicas foram: pH (H2O) = 4,9; P (Mehlich) = 3,21 mg/dm3; K = 98,0 mg/dm3; Ca = 1,5 cmolc/dm3; Mg= 0,5 cmolc/dm3; Al= 0,4 cmolc/dm3; H + Al = 3,87 cmolc/dm3; T = 6,12 cmolc/dm3; V = 37%; m = 15%; MO = 2,11 dag/kg; P-rem = 26 mg/L. Foi realizada a correção do pH com carbonato de Ca e Mg, elevando a saturação por bases para 60% e adubação segundo recomendações para cultivo em vaso. O solo foi umedecido com água destilada e o teor de água foi mantido a 70% do espaço poroso saturado por água. Utilizou-se o cultivar comercial cv. BRSMG Madrepérola, em delineamento inteiramente casualizado, com sete tratamentos e quatro repetições. O trabalho foi realizado em vasos contendo 500 cm3 de solo contaminados com HgCl2, nas seguintes concentrações de Hg: 0; 2,5; 5,0; 10,0; 20,0; 40,0 e 80,0 mg kg -1 de solo seco. O plantio foi realizado 24 horas após a aplicação de HgCl2, com 10 sementes por vaso. Posteriormente, foi realizado um desbaste para permanência de seis plantas por vaso. O experimento teve duração de 21 dias contados a partir da germinação de 50% do tratamento controle. A medição da taxa fotossintética foi realizada com um analisador de trocas gasosas por infravermelho. Os dados foram submetidos à análise de variância (p<0,05) e ao teste de Dunnet (p<0,05) para determinação dos índices de ecotoxicidade NOEC (maior concentração sem efeito ecotóxicológico observada) e LOEC (menor concentração com efeito ecotoxicológico observada), sendo analisados estatisticamente em relação às plantas do tratamento controle. Para a taxa fotossintética de plantas de feijão, a dose de 80 mg kg -1 de solo seco foi a primeira a apresentar diferença significativa em relação ao controle (LOEC). Logo, o índice NOEC será a dose anterior, 40,0 mg kg-1 de solo seco. A taxa fotossintética não mostrou-se uma boa variável para medir a sensibilidade do Hg às plantas de feijão, visto que ela é afetada negativamente apenas em altas concentrações deste elemento. Palavras-chave: fotossíntese; Phaseolus vulgaris L; mercúrio. Agradecimentos: CAPES, DCS, PET Engenharia Agrícola, UFLA.
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Realização:
DIVISÃO 4
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“Interfaces, desafios e inovações”
Salão de Convenções da UFLA 09 a 12 de maio de 2017
Comissão: Solos e segurança alimentar.......................................195 Controle biológico in vitro de Pseudocercospora griseola (Sacc.) por rizobactérias - Tayla É. de Oliveira, Anderson R. dos Santos, José A. Lima, Maria de L. Resende.........................................................................195
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Realização:
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“Interfaces, desafios e inovações”
Divisão: SOLO, AMBIENTE E SOCIEDADE Comissão: Solos e segurança alimentar
Controle biológico in vitro de Pseudocercospora griseola (Sacc.) por rizobactérias Tayla É. de Oliveira1, Anderson R. dos Santos1, José A. Lima1, Maria de L. Resende1 1
Universidade José do Rosário anderson.romão.santos@hotmail.com
Vellano
-
UNIFENAS,
Alfenas
-
MG,
Brasil,
A mancha angular causada pelo fungo Pseudocercospora griseola é uma das principais doenças que ocorrem na cultura do feijão, principalmente em algumas regiões onde as condições são favoráveis à ocorrência do fungo. As rizobactérias são consideradas promotoras de crescimento de plantas e também atuam como controle biológico de doenças causadas por fungos fitopatogênicos. Neste sentido objetivou-se avaliar o potencial de rizobactérias na inibição do crescimento micelial de Pseudocercospora griseola (Sacc.). O experimento in vitro foi desenvolvido no Laboratório de Microbiologia Agrícola da Faculdade de Agronomia da Universidade José do Rosário Vellano UNIFENAS, em Alfenas - MG. O delineamento estatístico utilizado foi o inteiramente casualizado, sendo os tratamentos as bactérias (Unifenas 03-17, Unifenas 03-12 Unifenas 02-10 e Unifenas 100-68) e controle. As bactérias foram cultivadas em meio de cultura 79, até o surgimento de colônias. Já o fungo foi cultivado em meio de cultura V8, a uma temperatura de 25 ºC até o crescimento total da placa. Em seguida foi efetuada a transferência de um disco de seis mm de diâmetro com micélio do fungo no centro da placa de Petri contendo meio V8. As bactérias foram inoculadas, nas mesmas placas formando um círculo com diâmetro, aproximadamente de cinco centímetros, em torno do disco contendo o patógeno. No controle foi utilizado somente o inóculo do fitopatógeno cultivado no mesmo meio. Posteriormente as placas foram acondicionadas em câmara de germinação tipo BOD a uma temperatura de 25 ºC e foto período de 16 horas de luz e 8 horas de escuro, durante 10 dias. A avaliação foi efetuada ao décimo dia onde foi realizada a medição do diâmetro das colônias, em dois sentidos diametralmente opostos, com auxílio de uma régua milimetrada. As variáveis analisadas foram diâmetro micelial e a porcentagem de inibição do crescimento micelial (PIC). Diante aos resultados, foi observado que houve efeito inibidor das rizobactérias ao patógeno. Concluiu-se que as estirpes Unifenas 03-12 e Unifenas 100-68 tem potencial para inibir o crescimento micelial de Pseudocercospera griseola. Palavras-chave: mancha angular, rizobactérias, feijão. Agradecimentos: FAPEMIG E UNIFENAS.
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